Sofia Margarida Mota Eventos Festival Internacional de Cinema - Especial Manchete“Hotel Império” | A cidade imaginária de Ivo Ferreira em destaque no MIFF “Hotel Império” não é um filme sobre uma Macau real, mas sim o resultado da percepção do realizador, Ivo Ferreira, acerca da cidade onde vive há mais de 20 anos. Esta é premissa deixada pelo cineasta ao HM acerca da película que está entre os dez filmes recomendados pela 3a edição do Festival Internacional de Cinema de Macau. “Hotel Império” é apresentado dia 11 de Dezembro, às 21h30 na Torre de Macau [dropcap]D[/dropcap]epois da estreia mundial no Festival de Cinema de Pingyao, em Outubro, e de ter sido apontado como um filme “excepcional que dá uma visão única de Macau” pelo director artístico do Festival Internacional de Cinema de Macau, Mike Goodridge, “Hotel Império” de Ivo Ferreira está em destaque no programa da 3.ª edição do maior evento local dedicado à sétima arte a decorrer a partir de amanhã, até dia 14, e que tem projecção marcada para a próxima terça-feira, na Torre de Macau, pelas 21h30. O filme é uma produção portuguesa e chinesa que traz ao grande ecrã “a cidade e as relações que nela se estabelecem”, começa por dizer Ivo Ferreira ao HM. Mas não se trata de uma Macau comum e capaz de ser identificada por todos, é antes um território que aparece como resultado de uma interpretação imaginária que o realizador foi construindo. “É uma visão, uma espécie de ideia possível de Macau. Eu não sei o que é Macau, não sei quem são as pessoas. Tenho apenas ideias sobre isso”, aponta. Em “Hotel Império”, a cidade é “uma espécie de colecção destas ideias que tenho desde os 18 anos, altura em que cheguei cá pela primeira vez”, refere. Duas décadas a viver em Macau permitiram a Ivo Ferreira assistir às transformações do território, e como tal, o filme apresenta também “a forma como o olhar foi mudando ao longo dos anos. É um mundo inventado, uma Macau fora do tempo ancorada em ideias dos anos 90 e em ideias de futuro”. “[Macau] Tem uma atmosfera muito especial e apesar de tudo há uma espécie de fragrância a melancolia que será, talvez, uma coisa deixada pelos portugueses e que às vezes parece contaminar os espaços.” IVO FERREIRA REALIZADOR IDENTIFICAÇÕES DE LADO O objectivo do realizador em “Hotel Império” não é uma aproximação do real até porque as pessoas que vivem em Macau não vão, na sua grande parte, identificar-se com o que poderão ver, considera. O que Ivo Ferreira pretende é que o público se “entretenha, em vez de ir à pro- cura dos pontos de contacto com a realidade, ou que tente procurar uma pureza dessa Macau que cada um pensa que conhece”, aponta. De acordo com o realizador português, o cinema não é para ser feito como retrato da verdade, “e mal do cinema se fosse”, até porque “para esse efeito existem géneros muito específicos como o documentário ou determinadas ficções”, aponta. “‘Hotel Império’ retrata uma Macau que se desenha muito na possibilidade ou da impossibilidade das personagens que habitam aquele espaço e das suas relações”, sublinha Ivo Ferreira. PALCO DE POUCO CINEMA Imaginado ou real, o território é um espaço apelativo para fazer cinema. “Tem uma atmosfera muito especial e apesar e tudo há uma espécie de fragrância a melancolia que será, talvez, uma coisa deixada pelos portugueses e que às vezes parece contaminar os espaços”, diz o realizador. No entanto, não é fácil fazer filmes por cá, e talvez por isso as películas que têm o território como pano de fundo ainda sejam poucas. “A quantidade de vezes que Macau aparece em filmes é irrisória se com- pararmos com outras cidades como Hong Kong, com Lisboa ou com Pequim”, sendo que esta ausência da sétima arte “não é por acaso, com certeza”, aponta. As dificuldades em produzir cinema no território sentem-se em vários aspectos, e reflectem que Macau é “uma cidade pouco habituada a ser filmada”, o que se vê “nas questões ligadas a autorizações de filmagens com as questões que têm que ver com o próprio tráfego da cidade, por exemplo”, lamenta o realizador. Mas as circunstâncias podem mudar e o Festival Internacional de Cinema, que teve início em 2016, pode representar uma alavanca nesse sentido. “Aliás, Macau começa a ser falada por causa do festival a já está no mapa da sétima arte. Trata-se de um marco importantíssimo para a imagem do território no exterior e para os realizadores locais”, sublinha. Por outro lado, a promoção do cinema feito localmente “é uma forma de dar uma imagem da cida- de que vai para além do jogo e dos casinos. Uma imagem que esteja mais ligada à identidade do lugar e que passa pela cultura”, acrescenta Ivo Ferreira. Não menos importante é o contributo que este tipo de eventos pode trazer para a formação dos próprios residentes, sendo que “contribui para a sua formação intelectual e estabelece um maior contacto com o que se passa no resto do mundo e até dentro do próprio território”, remata.
Hoje Macau EventosExposição de Ung Vai Meng inaugura na próxima quarta-feira no Albergue [dropcap]U[/dropcap]ng Vai Meng está de regresso às exposições individuais. “Vestígios de Linhas”, que abre na próxima quarta-feira, pelas 18h30, no Albergue SCM, surge integrada nas celebrações do 19.º aniversário da RAEM. No total, são 29 obras organizadas em cinco séries temáticas – “Instantes”, “Santos”, “Anjos”, “Ópera Chinesa” e “Esboços” –, explorando “uma linguagem, onde a pintura tradicional chinesa se cruza com o desenho a carvão”, diz um comunicado divulgado ontem pelo Albergue SCM. A mostra, comissariada pelo arquitecto Carlos Marreiros, vai estar patente ao público até 13 de Fevereiro. Com entrada livre, pode ser visitada de terça a domingo entre as 12h e as 20h. Nascido em Macau, onde estudou desenho e aguarela, Ung Vai Meng realizou uma vasta gama de exposições individuais em Macau, Hong Kong, na China e na Europa, tendo vencido inúmeros prémios em competições de arte e design em Macau e no exterior. Ung Vai Meng, que foi presidente do Instituto Cultural, é actualmente professor convidado e mentor de doutoramento da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.
Hoje Macau EventosArtista polaco vence Trienal de Gravura de Macau [dropcap]A[/dropcap]obra “Habitable structure”, da autoria do artista polaco Lukasz Koniuszy, venceu o prémio de ouro da terceira Trienal de Gravura de Macau, organizada pela Instituto Cultural (IC). A prata e o bronze foram atribuídos, respectivamente, às obras “The remains of the painful thing 6” e “The way of harvester No. 2”, ambas da autoria de artistas tailandeses (Warranutchai Kajaree e Rattana Sudjarit). O anúncio foi feito ontem pelo IC em comunicado, dando conta de que foram ainda atribuídas sete menções honrosas a Alberto Balletti (Itália), Bianca Cork (Reino Unido), Chalita Tantiwitkosol (Tailândia), Cao Jianhong, Li Can e Zuo Wei (China) e a Lee Wen-Jye de Taiwan. Na mesma nota, o IC destaca a enorme adesão à Trienal de Gravura de Macau, dado que foram recebidos 1097 trabalhos da autoria de 720 artistas oriundos de um total de 39 países e territórios. Um número recorde desde que a iniciativa foi lançada em 2012. As 175 obras premiadas e finalistas vão ser exibidas a partir do próximo dia 28, e até 17 de Março, no Centro de Arte Contemporânea de Macau – Oficinas Navais N.º 1, na Galeria Tap Seac, na Galeria de Exposições Temporárias do IACM, bem como na Galeria de Exposições e Casa Nostalgia das Casas da Taipa.
Diana do Mar EventosFestival Fringe regressa em Janeiro com um total de 18 propostas O Fringe está de regresso. O cartaz do festival, que vai decorrer entre 11 e 27 de Janeiro, contempla 18 propostas pensadas para “quebrar as barreiras e as convenções e a redescobrir o excepcional da vida quotidiana” [dropcap]É[/dropcap]com “Sigma”, uma produção do grupo Gandini Juggling (Reino Unido), que combina ritmos, padrões e cores exuberantes num cenário de espelhos, celebrando o diálogo entre os mundos do malabarismo, da música e da dança clássica indiana que vai abrir o XVIII Festival Fringe, cujo cartaz foi ontem apresentado. Subordinada ao tema “Extra. Ordinário”, a iniciativa, organizada pelo Instituto Cultural (IC), pretende levar o público a “quebrar as barreiras e as convenções e a redescobrir o excepcional da vida quotidiana” através de um total de 18 propostas, a terem lugar entre 11 e 27 de Janeiro. É também do Reino Unido que chega “Wet Sounds”, um concerto subaquático “sem precedentes”, apresentado por Joel Cahen que vai transformar uma piscina comum num espaço para música, bem como “The Icebook”, o “primeiro livro pop do mundo em vídeo ‘mapping’, dos artistas britânicos Davy e Kristin McGuire. Já com a marca dos Estados Unidos surge “Transmissão Silenciosa”, pela mão da artista Morgan O’Hara, conhecida pelo desenho ao vivo “Live Transmissions”, que vai juntar-se à Associação de Desenvolvimento Comunitário para explorar o significado do desaparecimento e da incompletude da vida. “Peixe-dourado” titula a peça da Four Dimension Spatial de Macau e da Companhia de Dança Moderna de Changde (China), que se propõe a revelar memórias ocultas de tabus emocionais sob a lógica do sonho. Desenhos que soam O Conjunto de Música Urbana Interactiva, por seu turno, vai apresentar uma instalação com desenhos de diferentes instrumentos musicais que podem ser tocados. “É uma instalação interactiva baseada nas formas de arte de rua. Basicamente, é uma parede de seis por três metros com desenhos de instrumentos que ao serem tocados vão dar som”, explicou o português João Oliveira, sem esconder a expectativa de ver a reacção do público. “Hei-de vir todos os dias para filmar, porque, para mim, o que tem piada é isso mesmo, não haver distanciação entre os artistas e quem observa. Na realidade, o público é o artista, eles é que vão fazer algo”, sublinhou. João Oliveira explicou ainda que estarão patentes instrumentos distintos, desde chineses a indianos, ou mesmo da música electrónica, como sintetizadores. Em paralelo, vão ter lugar pequenas performances com o objectivo de explicar um pouco o conceito a quem passar pela Praça de Jorge Álvares. O programa tem, de resto, uma forte componente local, como “Pequeno Escape”, que revela histórias de vida entre os corredores de um supermercado, da autoria de Lei Sam I, bem como “Sê Meu Velho Amigo”, produzido pela companhia local Dream Theater Association, em que, por via de objectos de estimação, velhos amigos contam histórias pessoais, lembrando a Macau do antigamente. Destaque também para “Flash Mob – Phubber Drama”, de Cherrie Leong, que reflecte sobre a sociedade actual, centrada no mundo dos “phubbers”, ou seja, dos que ignoram alguém por estar constantemente fixado no telemóvel ou para “Sonia”, escrita pelo dramaturgo local Ma Wai In e encenada por Ku Ieng Un, em que o público vai ser convidado a ouvir uma história que, dando vida a personagens não-humanas, reproduz a realidade. A oferta inclui ainda espectáculos transdisciplinares e fruto de colaborações inter-regionais, como “Horizonte Corporal”, da Companhia de Dança Amálgama (Portugal), Dancecology (Taiwan) e Stella e Artistas de Macau, que apresentará uma nova perspectiva que permitirá ver Macau de um outro ângulo, através das linhas da paisagem com a extensão dos corpos. O Fringe contempla ainda espectáculos para públicos de diferentes idades, tais como “Magia de Luz e Sombra”, apresentado pelo mimo francês Edi Rudo e pelo CANU Theatre, os quais irão criar um mundo teatral absurdo, usando luzes e sombras com as mãos; e o concerto “Era uma vez a cantar em Português”, da Casa de Portugal em Macau, que apresenta clássicos da Disney e canções tradicionais infantis portuguesas. O XVIII Festival Fringe, com um orçamento de três milhões de patacas, oferece 18 programas, duas exposições e instalações, sete ‘workshops’ e três palestras temáticas, num total de mais de 100 sessões ao longo de 17 dias.
Hoje Macau EventosConan Osiris, D.A.M.A, Surma e Lura entre os compositores do Festival da Canção 2019 [dropcap]C[/dropcap]onan Osiris, D.A.M.A, Surma, Miguel Guedes, Flak, D’Alva, Lura e Calema estão entre os artistas e bandas convidados pela RTP para comporem temas para ao Festival da Canção 2019, anunciou hoje a estação pública. Num comunicado hoje divulgado, a RTP divulga os nomes “dos 16 responsáveis pela composição das canções concorrentes” ao Festival da Canção 2019, cujas semifinais decorrem a 16 e 23 de Fevereiro, nas instalações da estação em Lisboa, e a final a 2 de Março, em local a anunciar. Dos 16 compositores a concurso, 14 foram convidados pela RTP, “uma vez mais tendo em conta a representação da diversidade de géneros musicais que tem sido aplicada desde que foi posta em prática uma remodelação do formato após um ano de pausa verificado em 2016”. “Os dois restantes concorrentes chegaram de dois concursos promovidos pela Antena 1, um deles através do programa ‘Masterclass’ e aberto a quem não tenha até aqui música editada, o outro através de um concurso de livre submissão pública”, lê-se no comunicado. A RTP convidou os seguintes músicos e bandas: André Tentúgal, Calema, Conan Osíris, D’Alva, D.A.M.A., Flak, Frankie Chavez, Lura, Miguel Guedes, NBC, Rui Maia, São Pedro, Surma e Tiago Machado. Mariana Bragada e Filipe Keil foram escolhidos por concurso, respetivamente através do programa ‘masterclasses’ e do concurso de livre submissão pública. A música “O Jardim”, interpretada por Cláudia Pascoal e composta por Isaura, venceu este ano o Festival da Canção, cuja final decorreu em Guimarães. Cláudia Pascoal e Isaura representaram Portugal no Festival Eurovisão da Canção, que decorreu pela primeira vez em Portugal, em Lisboa, na sequência de o país se ter sagrado vencedor em 2017, em Kiev com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. A edição deste ano do Festival da Canção da RTP, cujo modelo foi renovado em 2016, ficou marcada por duas polémicas: um erro na contagem dos votos na primeira semifinal, que acabou por retirar da corrida a canção “Eu te Amo”, composta por Mallu Magalhães, entrando o tema de Jorge Palma; e a suspeita de plágio da música “Canção do fim”, composta e interpretada por Diogo Piçarra, uma das escolhidas na segunda semifinal, que acabou por levar o músico a desistir da competição, dando lugar ao tema de Aline Frazão. A RTP “oportunamente divulgará quais serão os títulos das canções e os respectivos intérpretes” a concurso em 2019.
João Luz EventosMacau Jazz Week com concertos gratuitos de 17 a 22 de Dezembro Está aí a sétima edição do Macau Jazz Week, a semana que traz as batidas e o groove aos amantes do estilo musical. O primeiro concerto está marcado para o dia 17 de Dezembro e o cartaz encerra com uma jam session, como manda a tradição do festival. Os concertos têm entrada gratuita [dropcap]A[/dropcap]s notas inaugurais vão soar pelas 20h do dia 17 de Dezembro e prometem inundar o Teatro Dom Pedro V com a languidez ritmada do swing. Vindos de Singapura, The Jeremy Monteiro Generations Band tem honras de abertura da sétima edição do Macau Jazz Week, o festival que celebra o estilo musical que nasceu nos Estados Unidos, mas que tomou o mundo de assalto. Este ano, o cartaz conta com músicos de Singapura, Taiwan, Macau e Hong Kong, que sobem ao palco do Teatro Dom Pedro V entre os dias 17 e 21 de Dezembro. O espectáculo que encerra o festival, uma jam session que reúne músicos locais e os Jazz Roaster de Hong Kong para um concerto de improviso, terá lugar na Fundação Oriente, às 16h de 22 de Dezembro. Mas os primeiros convidados chegam de Singapura. The Jeremy Monteiro Generations Band é um conjunto liderado pelo pianista conhecido como o “Rei do Swing de Singapura”. Com uma vasta discografia, o músico tocou e gravou com lendas como Michael Brecker, Charlie Haden, Toots Thielemans, James Moody, Ernie Watts e Simon e Garfunkel. Esta é a segunda vez que Jeremy Monteiro toca em Macau, depois de há dois anos ter tocado para o público local integrado na Asian Jazz All-Stars Power Quartet. O pianista sobe ao palco do Teatro Dom Pedro V, às 20h do dia 17 de Dezembro, acompanhado pelo saxofonista Sean Hong Wei, Ben Poh no baixo e o baterista Yap Ting Wei. A banda será acompanhada pela voz do convidado especial Louis Soliano. O cantor, conhecido como o Padrinho do Jazz de Singapura, tem uma carreira de quase 60 anos e actuou com gigantes como Stan Getz, Anita O’Day e Bud Powell. Grandes em palco O segundo dia, 18 de Dezembro, será marcado pela actuação do conjunto local Macau Anglican College Big Band, que se juntou a outros grupos de estudantes que formam a Macau Jazz Orchestra. O concerto está agendado para as 20h, também no Teatro Dom Pedro V. No dia 19 de Dezembro, às 20h, o palco do Dom Pedro V será trono do “Rei da Bateria de Taiwan”, Rich Huang e o seu trio constituído pelo pianista Yu-Yin Hsu e o baixista Vincent Hsu. Os dois dias seguintes são dedicados ao pianista Tony Abelardo, uma lenda do panorama artístico de Macau, que foi director musical do Hotel Lisboa desde 1970. Figura incontornável da primeira geração de músicos de jazz do território, Tony Abelardo foi testemunha da evolução que o estilo musical teve por cá. No dia 20, pelas 19h30 no Teatro Dom Pedro V, o músico dá uma palestra intitulada “50 anos de Jazz em Macau”. No dia seguinte, às 20h no mesmo local, membros e estudantes da Macau Jazz Promotion Association dão um concerto de tributo ao mestre e professor Tony Abelardo. Finalmente, no último dia do festival, e para fechar em beleza o Macau Jazz Week, a Fundação Oriente recebe às 16h uma jam session em honra do espírito livre e do improviso. A sessão de encerramento do festival fica ao encargo de músicos locais que se juntam à banda Jazz Roaster, de Hong Kong. Seguindo o espírito do jazz, todos os concertos têm entrada livre.
Hoje Macau EventosModa | Designer Winky Chan mostra nova colecção esta sexta-feira [dropcap]A[/dropcap] Associação para o Desenvolvimento da Mulher Nova de Macau promove, esta sexta-feira, um desfile de moda da estilista Winky Chan, com o nome “Fashion Reflection”. O evento acontece no espaço Jai Alai Avenue por volta das 19h00 e vai contar com manequins de vários países, além de apresentar diferentes performances, em colaboração com a Associação da Indústria da Música de Macau. Winky Chan estudou design de moda e gestão na Universidade de Tecnologia de Tainan, estando actualmente a fazer uma formação em design de moda e manufacturas no Centro de Produtividade e Tecnologia de Macau. A estilista, natural de Macau, trabalhou com o designer Michel Langeno Winklaarr & Allan Vos em 2015, além de ter feito roupas para a cantora de Taiwan Zooey Wonder, um projecto desenvolvido em 2017. As roupas que Winky Chan vai apresentar nesta colecção têm o tema futurismo como pano de fundo, estabelecendo um paralelismo com a tecnologia dos tempos modernos. A estilista recorreu ao uso de materiais pouco convencionais, “mostrando um novo estilo através dos tempos”.
Hoje Macau EventosSunday Show | LMA recebe este domingo espectáculo de variedades [dropcap]É[/dropcap] já este domingo que o espaço de concertos Live Music Association (LMA) recebe o espectáculo intitulado “Sunday Show”, promovido pela 10 Marias – Associação Cultural. De acordo com um comunicado, o espectáculo traz para Macau um conceito que começou a ser mostrado ao público no Bairro Alto, em Lisboa, em 2002. Nessa altura as tardes iniciavam-se por volta das 17h00 “com apresentação de Madunna e/ou La Monique, que iam introduzindo outras personagens e imprimiam o ritmo do espectáculo”. “Começava assim um show, um mundo mágico de fantasia, glitter e trash, onde semanalmente os números se sucediam para puro deleite do público. Entre o famoso ‘Repeat’, onde todos interpretavam a mesma música, outras vezes a mesma dança, as temáticas iam mudando consoante o que se presenciava na realidade da altura”, recorda a associação. Além disso, o “burlesco, a sátira ou simplesmente o absurdo eram dissecados tanto pelos artistas como pela audiência”. O espectáculo durou mais de dez anos, “marcou uma geração” e o evento que agora acontece no LMA pretende recordar isso mesmo. Nessa época, “por enfado ou falta de outras opções”, acabou por surgir “um núcleo duro de artistas e não artistas, ao qual se iam juntando outras pessoas, com o intuito de recriarem um ambiente de cabaret puro e duro onde, durante duas horas, a audiência estava entretida”. Este ano “surgiu a vontade de celebrar os seus quase 20 anos, tanto em Lisboa como em Macau, onde se encontram as peças chave deste show de variedades”. A iniciativa conta com apoios financeiros do Instituto Cultural de Macau, além dos apoios logísticos da Fundação Oriente, Fundação Macau e Casa de Portugal em Macau.
Andreia Sofia Silva EventosONU | Escolhidos cartoons de Rodrigo de Matos e de Stephh para aniversário O cartoon “Desemprego pontual”, da autoria do cartoonista Rodrigo de Matos, foi um dos 30 seleccionados pela Organização das Nações Unidas para celebrar os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. O cartoon de Stephh, colaborador do HM, também foi escolhido [dropcap]A[/dropcap] precariedade laboral dos tempos modernos é o tema principal do cartoon de Rodrigo de Matos que foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para recordar os 70 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem. A efeméride comemora-se no próximo dia 10 de Dezembro com a publicação da declaração ilustrada com 30 cartoons de todo o mundo. O cartoon ilustra o artigo 22.º da Declaração, que aponta que “toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social (…)”, tendo sido publicado no semanário português Expresso em 2011. A escolha deixou Rodrigo de Matos, residente em Macau, surpreendido. “Não estava à espera”, contou ao HM. “Parece que eram mais de 500 cartoons, muitos deles de cartoonistas que admiro, a competir para ilustrar apenas um dos 30 artigos da Declaração”, acrescentou. Nomes como Silvano Mello, que publica na edição brasileira da revista Courrier Internacional, ou Elena Ospina, colombiana e “artista superpremiada”, são alguns dos cartoonistas que Rodrigo de Matos mais admira e que também foram incluídos nesta selecção. O cartoonista francês Stephh, que colabora com o HM, também viu o seu trabalho ser escolhido, e que ilustra o artigo 19.º da Declaração, relativo à liberdade de expressão. O cartoon de Rodrigo de Matos, que também colabora com os jornais locais Ponto Final e Macau Daily Times, retrata o período de crise económica que Portugal viveu quando recorreu à ajuda externa do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2011. Cartoon de Steph “O cartoon chama-se ‘Desemprego pontual’. Na altura falava-se em emprego precário e tinha saído uma notícia sobre pessoas que eram contratadas em regime de trabalho temporário, e que depois eram mandadas embora. Então imaginei um relógio gigante e um trabalhador sentado à sua secretária no ponteiro dos minutos, a escorregar para fora do relógio, à medida que o tempo passa e o ponteiro fica mais inclinado, para depois cair num caixote do lixo”, explicou. Rodrigo de Matos quis juntar a ideia da “fugacidade dos vínculos laborais que se praticam actualmente” com a noção de que “as pessoas são cada vez descartáveis nas empresas”. “Achei que esse cartoon se enquadrava bem no artigo 22.º da Declaração, que é sobre a segurança social, a que temos de recorrer quando falta o trabalho, por exemplo. Felizmente, parece que as pessoas também acharam”, apontou. Exposição em Macau? O Alto- Comissariado da ONU para os Direitos Humanos coloca a possibilidade dos cartoons seleccionados serem expostos em todo o mundo. Rodrigo de Matos não põe de lado a possibilidade de se vir a realizar uma iniciativa em Macau, mas prefere que as associações locais façam a proposta. “Nada impede que alguém ou alguma instituição traga essa exposição para cá. É mais fácil que uma associação que se sinta em condições e tenha interesse nisso avance do que eu andar a bater de porta em porta. Deixo a sugestão”, frisou. Apesar do seu cartoon ter sido seleccionado pela ONU, Rodrigo de Matos assegura que não se preocupa com um maior reconhecimento que daí possa vir. “Prefiro acreditar que o meu trabalho é relevante pelo que possa aportar ao leitor, por retratar de certa forma o momento histórico que vivemos. Quanto a louros não é algo que me mova, até porque, sendo já cartoonista num meio de comunicação de referência no meu país, como é o Expresso, há pouco mais que possa pedir a esse nível”, apontou. Chamada de atenção Tratando-se de um meio de transmissão de informação, o cartoon também pode ser uma forma de chamar a atenção do leitor para a questão dos direitos humanos, defendeu Rodrigo de Matos. “É uma linguagem que transpõe fronteiras pela sua universalidade. Passados 70 anos da apresentação da Declaração, em grande parte do mundo a maior parte dos artigos ali enunciados não passa de uma miragem. É caso para dizer aos governantes deste planeta: ‘querem que faça um desenho?’”, ironizou. O cartoonista assegura que, independentemente dos temas que rabisca, os direitos humanos são sempre uma temática presente no seu trabalho. “Sempre que um cartoon ataca um problema social é capaz de envolver um ou mais artigos da Declaração, como o direito à vida ou à liberdade de pensamento. São coisas que devemos desejar e lutar para que estejam disponíveis para todos os habitantes deste planeta.” Os 30 cartoons seleccionados vão dar origem a uma exposição que decorre em simultâneo nas cidades de Genebra, Haia, Dakar e São Paulo.
Hoje Macau EventosDocumentário de tributo aos macaenses em competição no festival Sound&Image [dropcap]S[/dropcap]essenta anos separam as imagens documentadas em “Caminhos Longos”, uma “história de amor e encontros” e um tributo “a todos os macaenses”, em competição no festival Sound&Image de Macau, que arranca hoje. Com imagens de Macau, em 1957 e em 2017, o documentário, um dos 13 em competição na 9.ª edição do Sound&Image, é uma “história baseada na infância” do realizador António Lemos Ferreira, filho de pai português e mãe macaense, que voltou no ano passado à terra onde nasceu, mas onde “tudo está diferente”, declarou. “O nome é baseado no título de um filme de longa-metragem que o meu pai fez naquela altura, em Macau, quando eu tinha quatro anos. O primeiro e único durante muito tempo filmado a oito milímetros (8mm)”, lembrou, à margem da conferência de imprensa que antecedeu a inauguração do festival, já a decorrer no teatro D. Pedro V. Depois de anos emigrado em Moçambique e Portugal, o realizador voltou no ano passado a Macau e filmou “exactamente os mesmos sítios”, moldados pelo tempo e pelo próprio olhar. “É uma história de uma família de Macau, o encontro de várias culturas, uma história de amor, ao fim ao cabo” e é “dedicado a todos os macaenses”, descreveu. Sem apoios ou patrocínios, o documentário foi “feito em termos familiares” e filmado entre Portugal, com a camada mais “jovem da família”, e Macau com a “mais idosa”, detalhou. Um dia antes, é exibida a animação “Rácio entre dois volumes”, da portuguesa Catarina Sobral, um dos 84 trabalhos finalistas entre mais de quatro mil candidaturas. Com duas personagens verdadeiramente opostas, o filme é um “retrato irónico” de “dois extremos no modo de sentir e agir perante o mundo”, disse, na mesma ocasião, a artista portuguesa, com dez livros infantis publicados em 13 línguas. Trazer o filme a Macau é uma mistura daquilo que a própria sentiu ao visitar pela primeira vez o território: a presença portuguesa chegar tão longe e ser “tão profunda ainda”, afirmou, “é bom e simbólico”. Portugal é um dos países com maior representação no festival, que vai apresentar também trabalhos da Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Irão, Malásia, República Checa, Rússia, Síria, entre outros. O festival de curtas-metragens, que arrancou com o documentário “A vida aqui, está vista?”, do português Filipe Carvalho, termina no domingo, com a entrega dos prémios. O grande júri será presidido por Miguel Dias, um dos directores do Festival Internacional de Curtas de Vila do Conde, pelo diretor de informação e programas dos canais portugueses da TDM, João Francisco Pinto, e pelo realizador e produtor Detsky Graffam.
Hoje Macau EventosIFFAM | Projectos de Tracy Choi e Chao Koi Wang seleccionados para prémio [dropcap]D[/dropcap]uas produções de Macau, “Lost Paradise”, da autoria de Tracy Choi e “Wonderland”, de Chao Koi Wang, fazem parte do grupo de 14 projectos cinematográficos seleccionados para o prémio Project Market, integrado na terceira edição do Festival Internacional de Cinema de Macau (IFFAM, na sigla inglesa). De acordo com um comunicado oficial, as 14 produções, que ainda não estão finalizadas, são “promissoras”. Este ano a organização do IFFAM decidiu atribuir quatro prémios, no valor total de 40 mil dólares americanos, ao invés dos três que foram atribuídos nos anos anteriores. Na lista constam ainda produções de Singapura, Espanha, Argentina, China, Hong Kong e Reino Unido, entre outros.
Sofia Margarida Mota EventosÓpera | Joyce DiDonato no CCM a 13 de Janeiro A cantora lírica Joyce DiDonato vai marcar o início das celebrações do 20º aniversário do Centro Cultural de Macau com um espectáculo no dia 13 de Janeiro. A artista vai marcar presença em palco vestida com criações de Vivienne Westwood e acompanhada pela orquestra Il Pomo d’Oro [dropcap]A[/dropcap]s comemorações do 20º aniversário do Centro Cultural de Macau têm início no próximo mês com o concerto da americana Joyce DiDonato, uma referência no canto lírico da actualidade. O evento está marcado para o dia 13 de Janeiro, às 20h e traz ao palco do CCM a cantora lírica, vestida com as criações da estilista Vivienne Westwood e acompanhada pela orquestra barroca Il Pomo d’Oro, dirigida por Maxim Emelyanychev. O espectáculo integra a digressão “Em Guerra e Paz” que apresenta um concerto composto por uma série de árias em que “o timbre de DiDonato flutua entre a inocente simplicidade e a maturidade das emoções (…) e desfia uma perspectiva abrangente do Barroco através de obras do compositor inglês Henry Purcell, do génio alemão George Frideric Handel, e da criatividade italiana de Leonardo Leo”, aponta a organização em comunicado. Reconhecimento premiado Joyce DiDonato foi galardoada, em 2015, com o Grammy para “Best Classical Solo Album” com o disco “Joyce & Tony – Live From Wigmore Hall” e, este ano, foi a vez de receber o galardão máximo do prémio Olivier para “Outstanding Achievement in Opera”. A artista foi ainda proclamada pela revista New Yorker como “talvez a mais potente cantora de sua geração”. Com uma voz “nada menos do que ouro de 24 quilates”, de acordo com a Times, Joyce DiDonato conhecida também pela sua originalidade enquanto performer conquistou destaque internacional com a sua participação em óperas de Handel e de Mozart, sendo ainda aclamada pelos suas interpretações de bel canto nas obras de Rossini e Donizetti. Com uma demanda crescente a nível internacional, a cantora lírica esteve no Carnegie Hall e no London’s Barbican Centre, e foi solista convidada na BBC’s Last Night of the Proms, de acordo com a apresentação da cantora na sua página oficial. Os trabalhos mais recentemente destacados de Joyce DiDonato incluem as interpretações com a Orquestra Filarmónica de Roterdão dirigida por Yannick Nézet-Séguin, a Filarmónica de Berlim sob a batuta de Sir Simon Rattle e com a Orquestra Sinfónica de Chicago sob o comando de Ricardo Muti. Joyce DiDonato interpretou ainda os papéis de Sister Helen em “Dead Man Walking” no Teatro Real Madrid e no London’s Barbican Centre e de Didon em “Les Troyens” sob o comando de John Nelsons, em Estrasburgo. Para que o público tenha oportunidade de conhecer melhor a artista, o CCM tem agendada uma tertúlia uma hora antes do início do espectáculo aberta a todos. Os bilhetes já se encontram à venda com valores entre as 180 e as 580 patacas.
João Luz EventosLMA | Elias Sahlin no palco da Coronel Mesquita [dropcap]O[/dropcap] site Noisey descreve o sueco Elias, nome de palco, como uma combinação entre a alma de James Blake e o potencial musical de Bon Iver. Com apenas dois registos na bagagem, o EP de “Warcry” e o disco de estreia “Entwined”, lançado este ano, Elias Sahlin chega a Macau para mostrar a sua música ao vivo. O concerto está marcado para o palco do LMA na próxima quinta-feira, a partir das 21h. De acordo com um texto que promove o evento, o músico sueco é um dos raros exemplos de um talento completamente formado que surge vindo do nada, de menino de coro de gospel a promissora voz de soul. O disco “Entwined” é o resultado de três anos de trabalho de estúdio e milhares de horas de trabalho de produção que resultaram numa colagem poderosa de estilos musicais. Como tal, o jovem sueco Elias, de apenas 20 anos, é uma promessa a confirmar no palco do LMA. Os bilhetes custam 100 patacas para quem os comprar antecipadamente e 120 patacas à porta do concerto.
Hoje Macau EventosAurélio Furdela vence prémio literário INCM/Eugénio Lisboa em Moçambique [dropcap]A[/dropcap]urélio Furdela venceu a segunda edição do Prémio Literário Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM)/Eugénio Lisboa, anunciou hoje o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, em Maputo. O júri “deliberou atribuir o prémio de prosa literária INCM/Eugénio Lisboa ao texto ‘Saga d’Ouro’, da autoria de Aurélio Furdela, e uma menção honrosa a ‘Sonhos Manchados, Sonhos Vividos’, de Agnaldo Bata”, divulgou a instituição em comunicado. O prémio, que visa incentivar a criação literária moçambicana, contempla a edição da obra vencedora, bem como a atribuição de um valor monetário de cinco mil euros ao vencedor. O júri foi constituído pelo escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, na qualidade de presidente, por Teresa Manjate e Paula Mendes. A atribuição do prémio à obra “Saga d’Ouro” deve-se, segundo o júri, à escrita cuidada a nível linguístico e por manifestar um domínio sobre as técnicas da narrativa. Por seu turno, a atribuição da menção honrosa a “Sonhos Manchados, Sonhos Vividos” deve-se à criatividade temática da obra. Ao prémio concorreram 15 textos, dos quais 13 entregues em Maputo e dois nas províncias. Nascido em 1930 em Moçambique, Eugénio Lisboa é um ensaísta e crítico literário, autor de prosa e poesia, especialista na obra de José Régio, e antigo presidente da Comissão Nacional da UNESCO.
Hoje Macau EventosFestival das Luzes acontece até dia 31 e aposta no video mapping e novos itinerários [dropcap]C[/dropcap]omeçou este domingo a quarta edição do Festival das Luzes, que tem como tema “Viagem no Tempo em Macau” e que irá acontecer em vários pontos do território até ao dia 31 deste mês. De acordo com um comunicado oficial, o objectivo deste evento é “transportar o público num percurso entre o passado e o presente da cidade”. Este ano o festival conta com novos percursos e locais a visitar, incluindo espectáculos de vídeo mapping produzidos por equipas locais e estrangeiras e diversos jogos interactivos. Pela primeira vez o Festival das Luzes vai contar com a presença de roulotes de comida e um mercado nocturno de gastronomia, entre outros pontos de atracção para visitantes. Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, referiu que o objectivo do Festival das Luzes é a internacionalização e inovação. “Este ano continuamos empenhados em inovar, concebendo uma série de novos elementos e formatos para os espectáculos”, disse a responsável, que destacou o facto de terem sido endereçados convites a equipas de produção de efeitos de luz de Portugal, Bélgica e Macau. Estas equipas produziram três espectáculos de vídeo mapping que serão projectados nas Ruínas de São Paulo, esperando-se, com esta aposta, “que ajude a internacionalizar o festival”, apontou Helena de Senna Fernandes. O festival acontece entre as 19h00 e 22h00, sendo que cada espectáculo de vídeo mapping acontece todas as noites às 21h50. No último dia do ano as instalações luminosas no Anim’Arte Nam Van vão estar ligadas até às 00h10. Percursos temáticos A organização do festival conta este ano com três percursos temáticos que acontecem em 11 locais situados em cinco zonas. O primeiro itinerário chama-se “Tempo de Divertimento” e passa por locais como a Igreja de S. Domingos, as Ruínas de São Paulo e novos pontos adicionados, que incluem o Pátio de Chôn Sau, a Rua das Estalagens, a Rua dos Ervanários, e o Largo do Pagode do Bazar, a par com o Jardim de Luís de Camões, na Freguesia de Santo António, e a Calçada da Igreja de São Lázaro, na Freguesia de São Lázaro. O segundo itinerário intitula-se “Tempo Jovem” e abrange as zonas de Nam Van e Sai Van, o Centro Náutico da Praia Grande e Anim’Arte Nam Van. O terceiro itinerário chama-se “Sabor do Tempo” e passa pelas Casas Museu da Taipa, na Freguesia de Nossa Senhora do Carmo. Acrescentam-se ainda novos pontos o Mercado Municipal da Taipa, o Templo de Pak Tai e espaço em frente ao Templo Pak Tai.
Hoje Macau EventosOrquestra de Macau actua esta sexta-feira na igreja de São Domingos [dropcap]A[/dropcap] Orquestra de Macau apresenta-se esta sexta-feira na igreja de São Domingos com o concerto “Sinfonia do Novo Mundo”, que acontece por volta das 20h00 e que será dirigido pelo maestro italiano Julian Kovatchev. O concerto, que tem organização do Instituto Cultural (IC), será composto pelas obras Abertura de Nabucco de Verdi e a Sinfonia do Novo Mundo de Dvořák, que “transmitem a essência do séc. XIX, uma época em que os países europeus mostraram as suas personagens nacionais e promoveram o espírito nacionalista”, aponta um comunicado do IC. “Em Itália, país que se encontrava dividido há muito, a ópera Nabucco de Giuseppe Verdi, evocou fortes sentimentos do povo italiano pela independência e pela busca do renascimento através da história trágica dos antigos hebreus. Antonín Leopold Dvořák nasceu na Boémia sob opressão estrangeira, tendo combinado perfeitamente a música tradicional checa e a música folclórica americana do ‘Novo Mundo’”, acrescenta o IC. Os bilhetes serão distribuídos por ordem de chegada na igreja uma hora antes do concerto, sendo limitados a um máximo de dois bilhetes por pessoa.
Hoje Macau EventosInstituto Confúcio começou com 14 alunos e hoje ensina mandarim a mil portugueses [dropcap]C[/dropcap]om um universo de 14 alunos foi criado há 10 anos, na Universidade de Lisboa, o Instituto Confúcio, que actualmente ensina chinês (mandarim) a cerca de mil portugueses, entre jovens ou reformados. Além das aulas, que têm como objectivo ensinar a ler, escrever e falar, há cursos de cultura chinesa e actividades complementares, como a arte da caligrafia, uma das mais concorridas, de acordo com a directora da instituição, Teresa Cid. “A caligrafia na China é uma das artes maiores porque combina escrita com pintura e por isso é muitíssimo valorizada”, afirmou, referindo que na cultura chinesa não se trata apenas de escrever à mão. “É preciso uma grande habilidade, não é só para escrever os caracteres, é para os desenhar caligraficamente, com o pincel na posição certa, com o papel certo, tudo isso”, explicou. Na cerimónia do chá, uma das actividades de divulgação, mostra-se como os chineses bebem o chá: “É muito diferente da nossa maneira de beber o chá. É uma cerimónia quase de reflexão e introspecção”, salientou. Os alunos têm as mais diversas origens e proveniências, universitários, empresários, pessoas das várias profissões. “Temos pessoas reformadas que estão a aprender chinês e cultura chinesa por gosto e por estímulo intelectual também e até, eu diria, estímulo de actividade mental, porque exige memória e capacidade de compreensão muito finas”, precisou. “É bastante exigente, por um lado, mas por outro lado muito compensador, tanto quanto muitos dos nossos alunos também nos dizem”, acrescentou a responsável pelo Confúcio em Lisboa. O instituto, criado em parceria com a China, está também a apoiar o ensino da língua em escolas da área da grande Lisboa, no âmbito da colaboração num projeto-piloto do Ministério da Educação. Em Portugal, há outros institutos Confúcio no Minho, em Aveiro e em Coimbra, que colaboram com escolas e instituições de ensino superior e que estão também envolvidos no apoio aos professores desse projecto, indicou. A universidade parceira de Lisboa é a Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin, que Teresa Cid descreveu como “uma pequena cidade portuária, de 13 milhões de habitantes, muito bonita”, ligada a Pequim. Alguns cursos permitem um estágio naquela universidade. Todos os anos há bolsas para três tipos de estudos – um curso de verão, por um semestre ou um ano, além de apoios a mestrados e doutoramentos. O instituto tem adaptado a oferta à procura e há cerca de um ano criou um curso para turismo. No segundo semestre os alunos fazem um estágio na China, numa cadeia de hotéis. “No fundo vão ter uma experiência ‘in loco’ e ver como é que os chineses recebem os seus visitantes, sejam chineses ou estrangeiros, para tentarem depois adaptar, ao regressarem, o que aprenderam, além de terem desenvolvido muitíssimo a capacidade de falar”, sublinhou. Antes têm um curso intensivo de um mês na universidade parceira de Tianjin. Em entrevista à Lusa, Teresa Cid contou que a experiência reportada pelos alunos é positiva: “Todos consideram que foi um grande desafio lidar com o choque cultural, que é uma das coisas que temos de perceber. Os chineses quando chegam cá têm um choque cultural e nós quando vamos para lá também”. De acordo com a responsável, quase todos os alunos querem voltar: “Temos muitos casos desses, de as pessoas se apaixonarem”. O domínio do mandarim é considerado uma vantagem empresarial na apresentação dos cursos do Instituto Confúcio, que está a tentar desenvolver formações mais personalizadas para dar resposta à procura dos empresários. Todos os professores são chineses, enviados pela China, maioritariamente da universidade parceira, que há vários anos lecciona um curso de português.
Maria João Belchior EventosExposição com peças que testemunham Rota Marítima da Seda é inaugurada hoje em Lisboa [dropcap]U[/dropcap]ma exposição com peças que representam a Rota Marítima da Seda, com porcelana, relógios e instrumentos científicos, entre outras, é inaugurada hoje no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Intitulada “A Rota Marítima da Seda – Museu da Cidade Proibida”, a exposição apresenta uma imagem do que foi a interacção e comunicação das cortes Ming e Qing, na China, com o mundo exterior, de acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), responsável pela organização. Para a exposição, segundo a DGPC, foram selecionados, de uma colecção composta por mais de 1,8 milhões de peças, artefactos que incluem porcelana, peças de jade, utensílios de vidro, utensílios de esmalte, relógios e instrumentos científicos. As peças “apresentam uma imagem da interacção e comunicação das cortes Ming e Qing com o mundo exterior, demonstrando que essa “estrada” não era apenas uma florescente rota comercial, mas também o vínculo entre a China imperial e a civilização mundial”, explica a nota. O Palácio-Museu, construído no local do palácio imperial da dinastia Ming e Qing, é o maior museu generalista da China, refere a organização. O seu enorme acervo – de onde provêm as peças para a exposição – é oriundo principalmente das colecções das cortes imperiais. Esses itens incluíam presentes tributários de emissários da corte imperial e dos estados com os quais possuía relações tributárias, presentes de missionários estrangeiros, tributos pagos por súbditos do império, itens adquiridos ou encomendados pela corte e produtos de oficinas imperiais ou locais, inspirados ou imitando produtos estrangeiros. A exposição mostra como esta rota marítima abriu a China imperial ao mundo exterior e especialidades como a porcelana, o chá e a seda que foram enviadas dos portos do leste e do sul do império para todo o mundo, fortalecendo as trocas do país com o leste, sudeste e oeste da Ásia e norte da África.
Sofia Margarida Mota EventosSound & Image | Festival revela programa dedicado aos documentários São 13 as curtas documentais que vão preencher as tardes dos próximos dias 7 e 8 no Teatro D. Pedro V e que integram mais uma parte do programa da 9ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau [dropcap]D[/dropcap]e 4 a 9 de Dezembro, o Festival Internacional de Curtas-Metragens – Sound & Image Challenge – traz ao Teatro Dom Pedro V 34 ficções, 13 documentários, 25 animações e 10 videoclips. A apresentação dos filmes documentais do programa desta edição do festival de curtas divide-se em três sessões nos próximos dias 7 e 8. A primeira sessão de projecções é dedicada aos temas biográficos, na sexta-feira pelas 14h e abre com o filme, “A piece for two hands” da Lituânia. Realizado por Akvilė Žilionytė, o documentário desdobra-se em 23 fragmentos da memória narrados por um homem e uma mulher conversando entre si e com eles mesmos. “Lembro-me da primeira vez que beijei alguém cujos lábios eram tão grandes quanto os meus. A sensação foi tão intensa, como encontrar alguém que tivesse lido todos os meus livros favoritos” , dizem. Segue-se “Fighting Two Wars: The story of Thalia Jane Ainsley” do americano Aaron Curtis. O filme foca-se na história de um veterano de guerra Thalia Jane Ainsley que opta por se transformar numa mulher. “Midas” é a curta russa de Victoria Babkina e traz ao ecrã a temática da fama e das suas vantagens e maldições. O documentário trata a história do produtor musical Rostov-on-Don que ao conhecer um jovem rapper afro-russo num gueto lhe promete fama e sucesso. A película iraquiana “Raven” de Shukri Mahmod Raven encerra a sessão. O argumento relata a história do pintor Yizidean que, em 2014, escapou ao ISIS refugiando-se em Duhok. O filme revela as constantes ameaças da organização terrorista ao artista e os ataques que destroem a coexistência pacífica entre diferentes religiões e crenças. Longe de tudo A segunda sessão dedicada ao filme documental tem início no mesmo dia às 15h30 e é dedicada à temática da emigração. As projecções começam com uma película local. “Good bye again, Macau” de Cheang Chi Leong explora as áreas menos conhecidas do território vistas e interpretadas pelo realizador. Macau continua a ser o palco do filme seguinte com a curta portuguesa “Long Paths” de António José de Lemos Ferreira que traz o realizador de regresso ao território anos depois de aqui ter vivido. O que encontra? A surpresa causada pelas transformações brutais que Macau sofreu. O filme inclui ainda imagens inéditas guardadas durante sessenta anos. A história de uma jovem imigrante polaca, que se muda, após o divórcio, para Greenpoint onde conhece diferentes gerações de polacos e as suas histórias longe de casa é o argumento de “Past States” realizado por Olga Blumczyńska. Do argentino Martín Miguel Pereira vai ser exibido “What wouldn’t I give for the memory” que trata a história de um grupo de mineiros expulso da sua aldeia depois do fecho das minas. Mas é ali que permanecem as suas memórias e antepassados. Aos desafortunados Os documentários continuam no sábado, dia 8 de Dezembro às 14h no Teatro D. Pedro V. Anderson é um brasileiro de meia idade com paralisia cerebral e a figura central deste documentário homónimo dedicado ao futebol. O protagonista aceitou participar no filme com uma condição: que não se tratasse de um drama. “La Cumbre” de Dana Romanoff revela a dura realidade da vida de um amputado num mundo em desenvolvimento numa película feita em parceria com o Projecto Range of Motion e que conta a histópria do alpinista Chad Jukes. Segue-se “The Fight” de Violeta Ayala. Uma co-produção da Austrália e da Bolívia que traz à tela o drama das pessoas portadoras de deficiência naquele país latino americano. Um grupo de deficientes que se sente descriminado organiza uma excursão e após percorrerem 380 quilómetros pelas montanhas em cadeiras de rodas, para conseguirem falar com o presidente do país Evo Morales, são impedidos de o fazer por se confrontarem com uma carga policial que os atinge com gás lacrimogéneo e canhões de água. O luta é outra em “The Good Fight” de Ben Holman que narra a história de Alan Duarte. Duarte, depois de ter perdido nove familiares devido à violência armada das favelas brasileiras, resolve criar um clube de boxe para envolver a comunidade e dar um futuro melhor ao filho. Os documentários terminam com a exibição de mais um filme local: de “The Last Ride” de Vong Kuan Chak que traz a história de A Mo, um amante de escaladas que se cansou de as fazer e resolve organizar uma última aventura nas montanhas com amigos.
Hoje Macau EventosFestival Literário Palavras de Fogo ambiciona ser um dos maiores a nível internacional [dropcap]A[/dropcap]presidente da Arte-Via Cooperativa, a escritora Ana Filomena Amaral, manifestou a ambição de que o Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo venha a ser um dos maiores a nível internacional. “Já na primeira edição tivemos convidados de Macau, Bangladesh, Tailândia e, para este ano, já estão confirmados de Pequim, Tailândia, Macau, e, portanto, nós queremos ultrapassar e derrubar todas as fronteiras”, disse a autora lousanense, numa conferência de imprensa em que anunciou uma parceria com a Universidade de Coimbra. Segundo Ana Filomena Amaral, que em Dezembro apresenta, em Goa, o seu último romance, “O Director”, “não há limites para este festival” “Vamos até onde nos deixarem ir, até onde nos apoiarem e até onde conseguirmos ir. Assim como falamos do Festival de Pequim, que é um dos maiores do mundo, um dia também gostaríamos de ser um dos cinco maiores festivais literários do mundo e estamos a trabalhar para isso”, disse a escritora. Realizado em Junho pela primeira vez, em homenagem às vítimas dos incêndios florestais de 2017, o Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo vai decorrer pela segunda vez entre 14 a 17 de Junho de 2019, com o alto patrocínio da Presidência da República. Presente na conferência de imprensa, o vice-reitor da Universidade de Coimbra Luís Menezes considerou “irrecusável” a proposta da Arte Via Cooperativa e do consórcio do festival, “porque ver hoje o mundo com a abrangência que ele tem só faz sentido se todos estiverem juntos e se houver trabalho conjunto”. “Coimbra prepara agora a campanha da candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2017. Esta dimensão transcende todos os desafios para a cidade e região, mas cria-nos a responsabilidade de lançar desde muito cedo sementes que possam ir crescendo para chegar ao ano da celebração e termos algo extremamente importante”, disse. “Só posso apadrinhar e comprometer-me a deixar esta semente protocolada para que este projecto tenha pernas para andar e crie esta consistência e sustentabilidade para que, daqui a nove anos, se tudo correr bem, tenhamos aqui um festival com dimensão nacional, pelo menos”, salientou. A Arte-Via Cooperativa e o consórcio do Festival Literário Internacional do Interior – Palavras de Fogo apresentaram, em Setembro, a criação de um prémio literário nacional para a descoberta de novos escritores, com idade até 35 anos. A iniciativa é suportada pela Direcção Regional de Cultura do Centro, que atribui um prémio de 7.500 euros à obra premiada, no seguimento de uma sugestão do Presidente da República, aquando da primeira edição do festival Palavras de Fogo. O concurso literário vai distinguir um texto original no domínio da ficção, romance ou novela, escrito em língua portuguesa, por autor de nacionalidade portuguesa, com idade não superior a 35 anos, incluindo a edição da obra.
Hoje Macau EventosReggae jamaicano é Património Imaterial da Humanidade da UNESCO [dropcap]A[/dropcap] música reggae jamaicana foi ontem inscrita na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade por uma comissão especializada da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A UNESCO destacou “a contribuição” desta música para a consciência internacional “sobre questões de injustiça, resistência, amor e humanidade”, graças a artistas como Bob Marley, de acordo com um comunicado divulgado após a reunião em Port-Louis, capital da ilha Maurícia. O reggae “preserva toda uma série de funções sociais básicas da música – sujeita a opiniões sociais, práticas catárticas e tradições religiosas – e continua a ser um meio de expressão cultural para a população jamaicana como um todo”, sublinhou. A organização da ONU lembrou que o género musical surgiu de um “amálgama de antigos ritmos musicais jamaicanos e outros de origens muito diferentes: Caraíbas, América Latina e América do Norte”. Em todos os níveis do sistema educacional do país, “o ensino desta música está presente, de creches a universidades”, acrescentou o comunicado.
Sofia Margarida Mota EventosSound & Image Challenge | Conhecida totalidade das curtas em competição Entre os dias 4 e 9 de Dezembro, o Teatro Dom Pedro V recebe o Festival Internacional de Curtas-Metragens Sound & Image Challenge. A organização deu a conhecer a totalidade do cartaz dedicado às curtas de ficção com a apresentação de 19 películas [dropcap]A[/dropcap] 9 ª edição do Sound & Image Challenge vai decorrer de 4 a 9 de Dezembro e traz ao Teatro Dom Pedro V, 84 curtas-metragens, 10 vídeos-musicais e três Master Classes além de várias conversas com realizadores estrangeiros e de Macau. Entretanto a organização já divulgou os últimos filmes do programa das curtas de ficção em competição. “A Drowning Man” vai ser exibido a 7 de Dezembro na sessão das 17h30. O filme dinamarquês é realizado por Mahdi Fleifel e traz ao ecrã a história de Kid que resolve ir para longe de casa, rumo a uma cidade desconhecida, em busca do sentido da vida. No entanto, acaba cercado por predadores tendo que ceder às suas exigências e assumir compromissos para conseguir sobrevier. Segue-se a projecção da película americana “Amal” realizada por Dilek Ince. Um filme centrado na actualidade em que Amal conta a história de uma médica americana que se encontra na Síria devastada pela guerra. Ao regressar ao seu país tenta levar uma menina ferida, mas é impedida de prosseguir com o seu objectivo pelos serviços de imigração dos Estados Unidos. Ling , é a viúva e mãe solteira malaia que emigrou para Hong Kong com a filha. Quatro anos depois, e devido a problemas mentais perde a custódia da menina. Acaba por ficar sem família, sem amigos e mesmo sem trabalho. Esta é o argumento que dá vida a “ Flow In The Wind” de Lee Pei-Yi. A sessão termina com “Who Am I?”, uma co-produção de Macau e das Filipinas realizada por Mark Justine Aguillon. O filme tenta responder à questão colocada com o título. “Quem sou eu?” é a pergunta colocada por três protagonistas femininas sendo que cada uma tem como referência o seu contexto em diferentes situações: na família , na carreira e no amor. À pergunta de todas acrescem as dúvidas acerca das razões da existência num mundo de incertezas. Mulheres reveladas As sessões de sexta continuam às 20h no Teatro D. Pedro V. “Labor” é o filme agendado para abrir as projecções do serão e que trata do drama de uma mulher que opta por ser barriga de aluguer e que deseja pôr fim à gravidez de um filho destinado a outra mulher. A película é realizada por Cecilia Albertini. A noite continua com “Livestreaming”, uma produção local do realizador Chao Ut Ieng. Mais um drama pessoal à volta de uma mulher que adopta um gato para escapar à pressão do marido para ter um filho. Mas a exigência do companheiro não é inocente e um segredo acaba por ser revelado. O filme espanhol com toques de surrealismo de Alicia Albares, “Mothers of Luna” é também centrado no feminino e traz a história de quatro mulheres de diferentes partes do mundo. Todas ouvem a voz de uma menina que ainda não nasceu mas que vive de alguma forma nas suas barrigas. Este bebé narra às mães a história das suas vidas passadas enquanto luta pelo seu grande objectivo: nascer. Uma discussão conjugal acerca das brincadeiras de um menino que prefere brincar com bonecas é o mote para “Till the sun comes in the sky”, o filme que fecha as projecções do dia. Vem da Suécia e é realizado por Alexe Landgren. O sábado cinematográfico começa às 16h com “Day One”. O filme russo de Quan Phuong é a recordação de Eli, uma jovem cega e surda, da sua primeira aula com a professora Anna. A história é baseada nas memórias de Helen Keller na peça “The miracle worker de William Gibson”. Isabella, lutadora de boxe fica gravemente ferida num combate que a deixa limitada a uma cadeira de rodas. Mas a filha Luna de oito anos, que vive com ela, embarca numa missão: fazer a mãe acreditar que pode voltar aos ringues e ser de novo a lutadora que a criança sempre conheceu e de quem precisa. Esta é a história de “Shadow Boxer” de Andreas Bøggild Monies. Segue-se “Telephone”, o filme sírio de Samah Safi Bayazid e de Muhammad Bayazid. Passado numa cela de prisão, “Telephone” traz a saga de um detido que descobre que tem uma linha telefónica na sua cela. Destinado a encontrar uma paixão antiga, o prisioneiro consegue ter acesso a um telefone para fazer ligações e tentar encontrar a agente de viagens por quem se tinha apaixonado. “The Gray Line” é uma película adaptada do conto homónimo de Manik Bandopadhyay pelo realizador do Bangladesh, Saki Farzana e que trata a história de um país e das suas divisões através de duas crianças, uma hindu e uma muçulmana. “The most beautiful moment in life” volta a trazer à tela o cinema local, desta feita com a realização de Dice Leong e uma história ternurenta de uma jovem que encontra um senhor idoso que veste um cachecol feito por ela. A fechar a tarde de sábado vai estar o filme chileno “The Visit” de Patricio Quinteros Allende que percorre a procura de memórias de uma menina de nove anos ao confrontar-se com uma visita de estranhos. No lado negro O serão de sábado começa às 20h e no programa traz um conjunto de filmes dark. “Behind the Dream” do realizador de Taiwan Chih Yuan-Yan Lu conta o sonho de Lin Hsian antes da sua morte e que o leva aos recantos mais obscuros do inconsciente. Em “Crackled Skulls” o suspense reina quando Roger, diagnosticado com problemas mentais vai para um hospício onde trabalha um barbeiro sob quem paira a suspeita de assassínio. O filme de Kris Verdonck atinge o seu auge quando Roger tem que ir cortar a barba. A situação dos emigrantes ilegais em Macau é tratada por Penny Lam Kin-Kuan em “Illegalist”. Dois emigrantes chineses, um trabalhador da construção civil e uma prostituta vêm para o território, mas começam a ver a sua vida cada vez mais complicada quando as políticas de prevenção da emigração ilegal começam a ser mais rigorosas e as punições mais pesadas. Steffen Geypens realiza “Silent Campine” . A película desenrola-se na Flandres após a primeira Guerra Mundial em que um ex-soldado que sofre de um trauma de guerra vai caçar diariamente com o filho para alimentar a família. O dia termina com “The Girl in the Snow” do suíço Dennis Ledergerber que traz a história de um artista solitário. A organização revelou ainda os protagonistas das master Classes a serem realizadas. Aditya Kapur, Pascal Forney e Detsky Graffam vão falar de “A imagem: da captura ao controle”, do desenvolvimento do negócio das curtas metragens e de “Como escrever, produzir e distribuir uma curta-metragem”, respectivamente, nos dias 7 e 8 de Dezembro.
Hoje Macau EventosEscritora Margaret Atwood anuncia continuação de “História de uma serva” [dropcap]A[/dropcap] escritora Margaret Atwood anunciou que está a escrever a sequela de “The Handmaid’s Tale” e que o livro, intitulado “The Testaments”, será publicado em Setembro de 2019, revelou ontem a editora britânica Penguin. “A História de uma serva” (na tradução portuguesa, publicada pela Bertrand) é um romance distópico, da autora canadiana Margaret Atwood, no qual as mulheres eram obrigadas a obedecer a regras rígidas e de subjugação, tendo inspirado uma série televisiva homónima de sucesso. De acordo com um comunicado divulgado pela editora Penguin, a escritora, de 79 anos, anunciou que agora, mais de três décadas depois da publicação original de “História de uma serva” (1985), está a preparar uma sequela, intitulada “The Testaments”, narrada por três personagens femininas. “Desde a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o livro ‘História de uma serva’ tornou-se um símbolo dos direitos das mulheres e de um posicionamento contra a misoginia. Agora, podemos revelar que Margaret Atwood está a escrever uma sequela”, escreve a editora. A história é passada 15 anos após a cena final de Offred, a protagonista do primeiro livro, o momento em que a porta da ‘van’ preta bate e a personagem está prestes a ser levada para um futuro incerto ou de liberdade, ou de mais tortura e prisão, ou até mesmo de morte. “Tudo aquilo que sempre me perguntaram sobre Gilead [República de Gilead, onde a história se passa] e o seu funcionamento interno é a inspiração para este livro. Bem, quase tudo! A outra inspiração é o mundo em que vivemos”, disse Margaret Atwood sobre a obra, dirigindo-se aos leitores. “The Testaments” será publicado mundialmente a 10 de Setembro de 2019.
Hoje Macau EventosDocumentário português abre festival Sound & Image Challenge [dropcap]O[/dropcap] documentário “A vida aqui, está vista?”, do português Filipe Carvalho, vai abrir o festival internacional de música e curtas-metragens Sound & Image, que arranca em Macau no dia 4 de Dezembro. “Observando o desenrolar da vida na mina São Domingos (Alentejo), o filme propõe um caminho utópico em direção ao futuro daquele território e da sua comunidade”, lê-se na página do evento, que avança para a nona edição com 72 curtas-metragens e dez vídeos musicais. O documentário, que já passou pelo festival Indie Lisboa, vai ser apresentado na secção “Cinema Expandido”, que inclui também oito curtas-metragens do Festival de Cinema do Douro, o único festival de super oito milímetros realizado em Portugal. As 72 curtas-metragens desdobram-se em 34 ficções, 13 documentários, 25 animações. Há filmes provenientes da Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Irão, Malásia, República Checa, Rússia, Síria, entre outros. Há duas animações assinadas por portugueses: “Porque este é o meu ofício”, de Paulo Monteiro, e “Rácio entre dois volumes”, de Catarina Sobral. O grande júri será presidido Miguel Dias, um dos diretores do Festival Internacional de Curtas de Vila do Conde, pelo director de informação e programas dos canais portugueses da TDM e pelo realizado e produtor Detsky Graffam. O festival, organizado pelo Creative Macau, arranca no dia 4 e estende-se até dia 9 de Dezembro no Teatro Dom Pedro V. No ano passado, o filme “Bitchboy” do realizador sueco Mans Berthas conquistou os prémios de melhor filme e de melhor ficção da oitava edição.