Cinema | Filme de Tracy Choi seleccionado para Festival de Busan

Tracy Choi, aclamada realizadora local desde a sua estreia com “Sisterhood”, conseguiu agora, pela primeira vez, colocar um filme seu num festival de cinema asiático de maior dimensão, nomeadamente na secção de competição “Vision Section” do Festival Internacional de Cinema de Busan. “Girlfriends”, um regresso ao elenco de “Sisterhood”, foi o filme escolhido

 

A carreira da realizadora local Tracy Choi soma e segue. Desta vez, acaba de ser anunciado que o seu mais recente filme, “Girlfriends”, foi pela primeira vez seleccionado para a prestigiada competição “Vision Section” na 30.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Busan, na Coreia do Sul, que decorre em Setembro. Além da selecção para competição, a exibição do filme em Busan constitui a sua estreia mundial, sendo que “Girlfriends” estreia em Macau, Hong Kong e Taiwan apenas no próximo ano.

“Girlfriends” é uma co-produção entre estas três regiões e retrata “a jornada de uma mulher desde a adolescência até à fase adulta através de três histórias de amor que se entrelaçam”, contando com actrizes como Jennifer Yu, Fish Liew, Natalie Hsu, Eliz Lau, Han Ning e Elizabeth Tang, todas elas nomeadas e premiadas pela indústria do cinema.

Citada por um comunicado oficial, Tracy Choi mostrou-se honrada pelo facto de o seu trabalho ter sido escolhido para integrar esta competição. “Girlfriends é um filme repleto de amor, e tanto o elenco como a equipa técnica dedicaram-se com total sinceridade a este projecto. Esperamos que esta história sobre três mulheres urbanas chegue a públicos de diferentes culturas”, disse.

Já Jennifer Yu disse estar muito contente por ter voltado a trabalhar com Fish Liew e com Tracy Choi oito anos depois. A actriz afirmou que a escolha de “Girlfriends” para o Festival de Cinema de Busan é “profundamente significativa”.

“Esta colaboração permite-nos transmitir mensagens importantes através do cinema, e esperamos que o público se conecte com o nosso trabalho”, revelou. Por sua vez, Fish Liew disse que este filme “representa mais do que um simples reencontro da equipa de ‘Sisterhood’, sendo um testemunho da nossa evolução como artistas”.

“O filme reflecte três etapas transformadoras da vida, e cada mulher envolvida, tanto em frente como atrás das câmaras, trouxe a sua própria jornada pessoal para este projecto”, destacou.

Nomes do cartaz

Segundo informação oficial do Festival de Cinema de Busan, Tracy Choi é descrita como sendo uma realizadora “activa tanto no documentário como no cinema narrativo”, estreando-se ao lado de nomes como Natalia Uvarova, nova realizadora oriunda do Cazaquistão que estreia “Malika”, e Tribeny Rai, vencedora do “NFDC Film Bazaar Work-In-Progress Lab”, que apresenta o filme “Shape of Momo”.

“Girlfriends” vai ser exibido ainda ao lado de “If On a Winter’s Night”, de Sanju Surendran, “aclamado [realizador] entre o documentário e a ficção”, e ainda Takashi Koyama, que deixou as produções mais comerciais para “depositar todo o seu espírito” num segundo projecto pessoal, intitulado “ALL GREENS”.

“Girlfriends” foi financiado na quarta edição do Programa de Apoio à Produção de Longas-Metragens coordenado pelo Instituto Cultural, tendo sido seleccionado para outros programas de financiamento de cinema asiáticos, como o “Taipei Golden Horse Film Project Promotion”, em 2023, e o “Hong Kong-Asia Film Financing Forum WIP Program”, no ano passado.

O Festival Internacional de Cinema de Busan foi criado em 1996 e desde então que se tem firmado como um dos mais importantes a nível mundial. No que diz respeito à secção “Vision Section” pretende reconhecer obras originais, constituindo uma “plataforma vital para o cinema independente coreano”. O evento decorre entre os dias 17 e 26 de Setembro.

20 Ago 2025

CCCM apresenta novos cursos em Setembro

Apesar da anunciada fusão do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Agência Nacional de Inovação, a agenda de cursos e actividades prossegue nesta entidade ligada a Macau.

Prova disso, é a realização, a partir de Setembro, de cursos de patuá, tradução criativa e de língua chinesa, cujas inscrições já estão abertas.

No caso do curso “Iniciação à Língua Patuá” esta será a terceira edição, realizando-se entre 15 de Setembro e 27 de Novembro. As 22 sessões serão ministradas por duas figuras que mais têm lutado pela preservação e manutenção deste crioulo macaense, nomeadamente Joaquim Ng Pereira e Raúl Leal Gaião. O primeiro é macaense, licenciado em Ciências da Comunicação e Cultura e mestre em Programação e Gestão Cultural, enquanto o segundo é investigador na área da linguística, sendo autor do Dicionário de Crioulo de Macau – Escrita de Adé em Patuá, publicado em 2019.

Segundo a descrição do curso, o patuá é “um crioulo macaense cuja matriz oral provém fundamentalmente do português”, mantendo “influências africanas, malaias e chinesas”. Assim, “pretende-se que o curso seja um conjunto de aulas vivas e que estimule pontes entre o Oriente e o Ocidente”.

Segue-se, a partir do dia 23 de Setembro, o curso de música “Cítara Chinesa (Gujin), com um programa constituído por oito sessões “onde serão estudadas a cultura inerente ao Gujin, a sua apreciação e prática do instrumento, desde as origens ao desenvolvimento, incluindo timbres, pautas e exercícios musicais”. Pretende ainda abordar-se “o contributo desta arte para a saúde e equilíbrio físico e mental, que os letrados souberam manter desde os tempos antigos, criando uma cultural oriental que chegou aos nossos dias”. A formação estará a cargo de Du Wanzhen, professora aposentada de chinês e estudiosa do Gujin, e ainda Ana Cristina Alves, responsável pelo sector educativo e de tradução no CCCM.

Contar de outra forma

A terceira oferta lectiva que começa em Setembro no CCCM é o curso de Tradução Criativa, ministrado por Ana Cristina Alves e António Graça de Abreu, tradutor de poesia chinesa já com várias obras editadas. O curso livre, que decorre entre 17 de Setembro e 5 de Novembro, visa “ensinar a traduzir do chinês para o português, e de português para chinês, com base em materiais literários e filosóficos já traduzidos ou a traduzir durante as várias sessões”.

Desta forma, os alunos “irão traduzir a analisar poemas e pequenos contos, como as colectâneas poéticas de António Graça de Abreu e textos clássicos de grandes sinólogos como Matteo Ricci”, que viveu entre os anos de 1552 e 1610.

19 Ago 2025

Concerto | Setembro traz Dear Jane a Macau

“Dearest Dear Jane Live 2025” é o nome do espectáculo da banda de Hong Kong que sobe ao palco do Galaxy Arena a 13 de Setembro. Eis a oportunidade para ouvir a batida rock de uma das bandas mais conhecidas do território vizinho, e que marca o 20.º aniversário do grupo na estrada

 

Há 20 anos que os Dear Jane espalham o rock de Hong Kong para o mundo. Chegou a vez de Macau sentir o resultado de anos de palcos e música. Isto porque 13 de Setembro é a data apontada para o concerto “Dearest Dear Jane Live 2025”, que decorre na Galaxy Arena, tratando-se de um espectáculo com o tema “Dearest”, como prova “das profundas conexões entre a banda e os fãs ao longo de duas décadas desde a estreia do grupo”.

A banda, composta por Tim, vocalista, Howie, guitarrista, Jackal, baixista e Nice, baterista, promete trazer a Macau todos os clássicos do grupo, nomeadamente “Never Be Alone”, “You&Me” e “Days Gone By”. Promete-se, por isso, “uma noite cheia de nostalgia e energia”.

A banda nasceu em 2003, sendo que Adam Diaz e Howie Yung já tinham pertencido antes a um outro projecto musical, chamado “Fuse”. Primeiro assinaram com a editora discográfica See Music Ltd, mas em 2011 conseguiram um contrato com a prestigiada Warner Music. O primeiro álbum foi lançado em 2006, intitulando-se “100”.

“Limerence” é o mais recente álbum dos Dear Jane, lançado em plena pandemia, 2020. Composto por faixas como “Last Record Store”, “Galactic Repairman”, “Can’t Keep Going On” ou ainda “Masked Love”, constitui mais uma prova da energia da banda ao fim de tantos anos de espectáculos e num panorama cada vez mais dominado pelo cantopop.

Vida longa

A permanência dos Dear Jane na cena musical de Hong Kong durante tantos anos motivou uma entrevista ao baixista Jackal Ng em 2022, que ao jornal South China Morning Post (SCMP) explicou alguns segredos para o sucesso e a continuidade do grupo.

“Depois de 20 anos juntos continuo a desfrutar do facto de me sentar com os meus colegas de banda, interagir com eles e podermos criar algo juntos. Tens de fazer música e tomar decisões com base naquilo que te faz feliz, e há que ser honesto como grupo”, disse.

A verdade é que desde que lançaram o primeiro disco, em 2006, que a banda se tem mantido no activo, e com sucesso. Outros trabalhos discográficos intitulam-se “XOXO”, lançado em 2009, “GAMMA”, de 2011, “Yellow Fever”, lançado em 2012, e depois uma edição especial “Dear Jane Special Edition” em 2014. Foram ainda lançados “Unavoidable”, em 2013 e, três anos depois, “101”.

Na mesma entrevista ao SCMP, Jackal Ng falou também na união que caracteriza o grupo desde o início. “E se apenas duas pessoas quiserem ser famosas? Será que todos querem o mesmo tipo de ganhos da música? Este é o tipo de coisas que tem de se saber desde o início. Temos sido abençoados pelo facto de estarmos alinhados naquilo que queremos fazer e isso salvou-nos de uma série de sofrimentos.”

Jackal Ng assumiu-se mesmo como o elemento agregador dos Dear Jane. “Toda a banda necessita de alguém que faça as coisas mais pequenas. Desde o primeiro dia que todos desempenharam o seu papel e isso não mudou. Eu sou um faz-tudo, e além de compor, sou aquele que executa os detalhes e as tarefas”, assumiu.

Esperemos para ver esta união e lição de longevidade musical em Setembro, no palco local da Galaxy Arena. Os bilhetes têm estado à venda nos últimos meses e custam entre 588 e 1288 dólares de Hong Kong.

19 Ago 2025

Redes sociais | Macau acolhe semana dedicada a influencers digitais

O território vai acolher um evento dedicado a influencers digitais entre os dias 24 e 28 de Outubro, intitulado “CreatorWeekMacao 2025”. A iniciativa promete ser “o maior evento internacional de influenciadores digitais da Ásia”, estando prevista a presença de “180 influenciadores digitais de topo”.

Por detrás da organização deste evento está a Direcção dos Serviços de Turismo em parceria com uma empresa de produção de conteúdos media, participando também as seis operadoras de jogo. Os 180 influencers convidados têm, no conjunto, 300 milhões de seguidores, além de que serão convidados “líderes do sector e figuras de renome das plataformas de redes sociais para participarem no evento”.

A DST pretende recrutar 20 embaixadores locais que sejam criadores de conteúdo a fim de poderem trabalhar na realização dos eventos, e ainda “visitar pontos turísticos e bairros comunitários de Macau em conjunto com os visitantes do Interior da China e do exterior”. Nestas visitas, serão apresentadas as características culturais de Macau e dos seus bairros, a fim de ajudar os influencers de fora a conhecer melhor o território.

As inscrições para embaixadores locais começam hoje e decorre até ao dia 12 de Setembro, devendo estes ser residentes de Macau e possuir pelo menos uma conta individual em redes sociais como o Instagram, Facebook, Douyin, TikTok ou Xiaohongshu. Os interessados devem produzir um vídeo original, com a duração máxima de três minutos, subordinado ao tema “One Day in Macao”, apresentando, em inglês, o itinerário de um dia de visita a Macau. O evento “CreatorWeek” realizou-se pela primeira vez em Singapura no ano passado.

17 Ago 2025

História | Exposição sobre vitória dos aliados na II Guerra abre este mês

Será inaugurada no próximo dia 25 a exposição que celebra o aniversário da vitória dos aliados e da China contra a ocupação japonesa nos anos da II Guerra Mundial. “Pela Libertação Nacional e pela Paz Mundial – Exposição do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista” acontece no edifício do Fórum Macau

 

O edifício do Fórum Macau acolhe, a partir do dia 25 deste mês, uma exposição que celebra os 80 anos em que os aliados se sagraram vencedores da II Guerra Mundial e em que a China conseguiu vencer os japoneses que ocuparam partes do território, bem como Hong Kong, durante alguns anos do conflito.

A mostra tem como nome “Pela Libertação Nacional e pela Paz Mundial – Exposição do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista” e tem por objectivo “recordar o feito histórico, homenagear os mártires e exaltar os nobres espíritos patrióticos”.

Trata-se de um projecto organizado pelo Governo de Macau e Museu Comemorativo da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa. A mostra pode ser vista até ao dia 24 de Setembro, estando aberta a visitas de grupo, por marcação. Além disso, no dia 20 de Setembro decorre no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau um simpósio sobre este tema com organização do Instituto Cultural e Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude. Para esta conferência serão convidados “especialistas e académicos do Interior da China e de Macau para abordarem o significado histórico da vitória na guerra de resistência”.

Os especialistas são Wang Xiaoli, professora da Escola do Partido do Comité Provincial de Shaanxi do PCC (Academia de Administração de Shaanxi), Lam Fat Iam, professor e director da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Politécnica de Macau, e ainda Lin Guangzhi, professor e director do Instituto de Pesquisa Social e Cultural da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau.

Estes vão “partilhar estudos sobre o envolvimento dos jovens patriotas na revolução e as suas convicções durante a guerra da resistência, bem como os feitos e contribuições de todos os sectores da sociedade de Macau durante a guerra”.

História de duros

No que diz respeito à exposição, a história deste conflito conta-se em seis partes, com nomes como “A Eclosão da Guerra – Levantar-se pela Salvação Nacional”, “Resistência de Toda a Nação – Lutando Juntos contra a Agressão Japonesa”, “Unidos como Um – Uma Resolução Comum contra os Invasores”, “Entusiasmo Crescente – A Resistência Vermelha em Macau”, “Lutando Juntos contra o Fascismo – O Principal Campo de Batalha Oriental” e ainda “A Grande Vitória – Um Ponto de Viragem para o Rejuvenescimento Nacional”.

Com recurso a “uma grande quantidade de imagens e vídeos históricos”, apresenta-se “o árduo percurso de 14 anos da guerra de resistência do povo chinês decorrida entre 1931 e 1945”.

Além disso, a mostra conta a história “do apoio prestado por vários sectores da sociedade de Macau na luta contra a agressão japonesa através de angariação de fundos, divulgação de informações sobre a salvação nacional, ajuda aos refugiados e participação na linha de frente”.

Tal mostra “o vínculo solidário entre os compatriotas de Macau e o povo do País, unidos por laços de sangue e destino comum”. A inauguração da exposição acontece dia 25 às 15h, podendo esta ser visitada de forma gratuita.

17 Ago 2025

“Memória de Macau” | FM aceita imagens antigas até final do ano

O website cultural e histórico “Memória de Macau”, criado pela Fundação Macau, faz seis anos de existência e a pensar nessa efeméride está a ser pedido ao público a doação de imagens antigas de Macau. Assim, e até ao dia 31 de Dezembro deste ano, decorre o “Programa de Partilha de Imagens ‘Minh Memória de Macau'”, visando “incentivar os residentes a capturar momentos preciosos da vida, instantes subtis e comoventes, integrando as suas experiências pessoais na memória coletiva da cidade, tornando-se, assim, parte importante da memória cultural de Macau”.

O referido programa está aberto a todos os residentes de Macau interessados, sejam fotógrafos profissionais ou amadores. O conteúdo das imagens submetidas deve ser referente a Macau, podendo incluir paisagens urbanas, arte e cultura, costumes populares, desenvolvimento histórico, entre outros, sem restrições quanto a local ou data de captura.

A FM diz que, com este projecto, “espera incentivar mais residentes a prestar atenção a detalhes à sua volta, a explorar e partilhar momentos e memórias históricos da vida, transformando histórias individuais num arquivo comum de Macau e a alcançar o objetivo de participação colectiva”.

Este ano serão seleccionadas até um máximo de 250 imagens, sendo que cada uma será premiada com a atribuição de 300 patacas. Para participar basta o registo no website “Memória de Macau”, podendo cada pessoa enviar até um máximo de 50 imagens.

“Memória de Macau” é uma grande base de dados históricos e culturais criada pela Fundação Macau, onde são partilhadas, regularmente, informações sobre a história e a cultura de Macau através de plataformas sociais.

15 Ago 2025

IC | Filha de músico cazaque faz doação de materiais de Xian Xinghai

O Instituto Cultural (IC) formalizou esta quarta-feira a recepção da doação de materiais históricos de Xian Xinghai feita por Baldyrgan Baikadamova, filha do músico cazaque Bakhytzhan Baikadamov. Estes materiais, que ficam agora à guarda do Museu Memorial de Xian Xinghai, em Macau, foram deixados no Cazaquistão, incluindo-se documentos, partituras e fotografias.

Segundo o IC, esta doação, bem como os próprios materiais, “são uma testemunha da amizade que transcendeu o tempo e o espaço entre a China e o Cazaquistão, enriquecendo o acervo do Museu Memorial de Xian Xinghai e os recursos da educação patriótica de Macau”.

Xian Xinghai nasceu em Macau a 13 de Junho de 1905 e é aclamado como o “músico do povo”. As suas obras mais famosas incluem “Cantata do Rio Amarelo”, “A Marcha do Exército e do Povo” e “Cantata da Produção”. Nos anos 40 do século XX, Xian Xinghai ficou retido na União Soviética devido à guerra e foi acolhido pela família do músico Bakhytzhan Baikadamov em Almaty, no Cazaquistão, com quem estabeleceu uma profunda amizade.

Durante esse período, compôs obras musicais famosas como “Sinfonia da Libertação Popular”, “A Guerra Santa”, “Man Jiang Hong” e ainda “Sinfonia Amangeldy”. O Museu Memorial de Xian Xinghai foi inaugurado em Macau em 2019 a fim de “homenagear as suas grandes realizações musicais, honrar a sua contribuição para o país e divulgar a sua vida marcada por lutas e sacrifício pela nação”.

15 Ago 2025

Albergue SCM | Susana Gaudêncio e Carla Castiajo apresenta exposição

“Aqueles Que Nos Querem Falar” é o nome da nova mostra do Albergue da Santa Casa da Misericórdia (SCM) protagonizada pela artista portuguesa Susana Gaudêncio, que se junta a Carla Castiajo. Ambas apresentam uma mostra com diversas expressões artísticas, que vão do vídeo à instalação, para nos mostrar mensagens e perspectivas de pensamento em silêncio

 

E se falássemos sem, de facto, falar? E se recorrêssemos a outros modos de comunicar onde não se usa a palavra ou o gesto, mas sim a ferramenta, a estrutura, para transmitir diversos pensamentos e ideias? Esta pode ser a ideia por detrás da exposição “Aqueles Que Nos Querem Falar”, da autoria das artistas Susana Gaudêncio e Carla Castiajo, e que se apresenta na próxima semana, dia 20, no Albergue SCM – Santa Casa da Misericórdia. A inauguração decorre a partir das 18h30, sendo que a exposição fica patente até ao dia 30 de Setembro na Galeria A2 do Albergue.

A curadoria está a cargo de Mafalda Santos e aqui se verifica o trabalho destas duas artistas que recorrem “ao vídeo, animação, escultura e instalação como meios de expressão, continuando uma narrativa onde a linguagem se cala, permitindo que o cintilar das imagens, o peso das pedras e a textura do cabelo se tornem novas letras”, refere o comunicado do Albergue SCM sobre a nova mostra.

Nestas criações, transmitem-se, assim, “pensamentos e perspectivas no silêncio, interpretando-se camadas e ressonâncias do ‘não verbal'”, acrescenta-se. Mafalda Santos descreve, no texto de curadoria que acompanha a exposição, que se trata aqui de uma junção de trabalhos artísticos “em que o gesto e a matéria se entrelaçam para invocar forças invisíveis, discursos não-ditos e dispositivos de sedução e resistência”.

Diversas práticas

Para Mafalda Santos, “as práticas de Susana Gaudêncio e Carla Castiajo desenvolvem-se a partir de investigações artísticas que cruzam pensamento crítico, gesto simbólico e experimentação material”, sendo que Susana Gaudêncio, que também é docente de arte na Universidade do Minho, “explora o legado histórico de conceitos como utopia, heterotopia e cidade, activando imagens e narrativas com forte carga política e poética”.

Por sua vez, Carla Castiajo “foca-se na potência simbólica dos materiais — em especial o cabelo humano — para construir objectos que evocam o corpo, a memória e o desejo, num território entre o ritual e o íntimo”. Esta artista opta por “partir do corpo para criar objectos de forte carga sensorial e simbólica”, nomeadamente cabelo humano, que é usado como “matéria, veículo de identidade, desejo e tabu”, construindo, dessa forma, “peças que oscilam entre a joalharia expandida e a escultura”. São uma espécie de “objectos íntimos e inquietantes, dotados de uma presença ambígua, que nos podem remeter para os objectos rituais africanos, fetiches, utilizados para propósitos como protecção, cura, adivinhação e comunicação com o mundo espiritual”.

Uma das peças presentes nesta mostra do Albergue SCM intitula-se “Abracadabra”, onde Susana Gaudêncio “explora a tensão entre a expressão política e a sua dimensão encenada, revelando o potencial encantatório da linguagem e da imagem como instrumentos de persuasão”.

Esta é uma peça que varia entre a escultura e a vídeo-animação, evocando-se “o gesto como inscrição e inscrição como encantamento”, com “discursos políticos são apropriados, redesenhados e devolvidos ao espectador como imagens que oscilam entre o real e o ritual”.

Há depois a instalação “Duelo-Dilema”, que é composta por 65 esculturas em gesso, com ligação “às letras do poema mágico ‘Abracadabra'”, onde se reencena “a escrita como acto performativo, uma coreografia de formas que evocam símbolos arcaicos, seres orgânicos e signos perdidos”.

Para Mafalda Santos, o conjunto das obras das duas artistas “propõem formas de escuta e manifestação, um espaço de comunicação sensível, lugar de fronteira entre o visível e o oculto, entre o gesto e a presença, entre a evocação a e interpelação”.

Susana Gaudêncio licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, sendo também mestre em Belas Artes pelo Hunter College – City University of New York. É ainda doutorada em Belas Artes, ramo multimédia e audiovisuais, tendo como áreas de interesse, para criar, as “máquinas de imaginar” ou os conceitos de utopia, heterotopia e distopia.

Carla Castiajo tem também formação académica na área das artes, tendo feito o doutoramento em 2016 na Estonian Academy of Arts, onde desenvolveu um projecto artístico e de investigação intitulado “Purity or Promiscuity? Exploring Hair as Raw Material in Jewellery and Art”, onde explora, precisamente, a possibilidade de o cabelo humano ser usado como material artístico e a sua interconexão com as áreas da arte e da joalharia. Carla Castiajo estudou ainda na Suécia e licenciou-se em Arte e Design na Escola Superior de Arte e Design de Matosinhos, Portugal.

15 Ago 2025

Lai Chi Vun | Banhos e diversão em “Mr. Bubbles Summer Splash Bazaar”

De antiga povoação com uma indústria de construção naval a lugar de entretenimento para miúdos e graúdos: esta é a nova fase de Lai Chi Vun, em Coloane, que recebe agora o evento “Mr.Bubbles Summer Splash Bazaar”. Trata-se de um bazar que junta as brincadeiras de Verão na piscina com a realização de mercados e actividades culturais, organizado pelo grupo Galaxy.

Os eventos decorrem em torno do tema “Família Mr. Bubbles” entre os dias 16 de Agosto e 28 de Setembro, sempre aos sábados e domingos, para que as famílias possam aproveitar, da melhor forma, os fins de semana.

Segundo um comunicado da Galaxy sobre esta iniciativa, “as crianças podem brincar e refrescar-se na piscina, deslizar em escorregas e participar em desafios com pistolas de água”, sendo que a área do mercado apresenta “marcas criativas locais com oferta de produtos temáticos, artesanato e refrescos, a fim de celebrar a diversidade e a vitalidade das indústrias culturais e criativas de Macau”. Haverá ainda espaço para “instalações fotográficas de grande dimensão e actuações ao vivo para completar o ambiente festivo, criando-se momentos memoráveis para visitantes de todas as idades”.

O grupo Galaxy diz querer “levar marcas originais locais para esta comunidade, apoiar o crescimento dos sectores culturais e criativos de Macau e revitalizar os Estaleiros de Lai Chi Vun como um lugar dinâmico e acolhedor para famílias”.

A operadora de jogo disponibiliza um shuttle-bus gratuito a cada 40 minutos para os estaleiros de Lai Chi Vun a partir do empreendimento Galaxy Macau.

14 Ago 2025

Fotografia | Exposição sobre Soong Ching-ling para ver em Hong Kong

O Hong Kong Fringe Club acolhe este mês uma exposição de fotografia dedicada a Soong Ching-ling, a mulher que foi vice-presidente da República Popular da China e casada com Sun Yat-sen, o grande revolucionário republicano. “China is Unconquerable — A Photography Exhibition: Soong Ching Ling in the Chinese People’s War of Resistance Against Japanese Aggression and the World Anti-Fascist War” é o nome da mostra

 

No ano em que passam 80 anos sobre a vitória da China sobre a invasão japonesa em contexto da II Guerra Mundial, o Hong Kong Fringe Club apresenta uma exposição de fotografia que conta parte dessa história na figura de Soong Chi-ling. A mostra chama-se “China is Unconquerable — A Photography Exhibition: Soong Ching-ling in the Chinese People’s War of Resistance Against Japanese Aggression and the World Anti-Fascist War” e está patente numa das galerias do Fringe Club entre os dias 21 e 24 de Agosto.

Soong Chi-ling foi uma das três irmãs Soong, um núcleo familiar bastante importante no início do século XX na China pelo poder financeiro da família e pelas ligações aos nacionalistas. Soong Chi-ling foi casada com Sun Yat-sen, considerado o pai da China moderna e um dos grandes participantes e estrategas da revolução republicana de 1911, mas anos mais tarde aderiu ao comunismo, tornando-se vice-presidente da República Popular da China.

A ideia desta exposição é, como o nome indica, lembrar os 80 anos da vitória dos chineses sobre os japoneses no contexto da II Guerra Mundial, uma ocupação que gerou uma enorme vaga de refugiados oriundos do sul da China com destino a Macau e Hong Kong. A Guerra Sino-Japonesa, que decorreu entre os anos de 1937 e 1945, ficou também conhecida como a “Guerra da Resistência Contra a Agressão Japonesa”.

“Esta exposição vai reproduzir vividamente as grandes contribuições de Soong Ching-ling durante a Guerra da Resistência Chinesa Contra a Agressão Japonesa através de detalhadas imagens e materiais”, lê-se na descrição da exposição nas redes sociais.

Do contra

A vida das irmãs Soong esteve tão interligada aos movimentos políticos e sociais que marcaram a China dos primórdios do século XX que deu mesmo origem a um livro. Jung Chang escreveu “As Irmãs Soong: a Mais Velha, a Mais Nova e a Vermelha – As três mulheres que marcaram a China do século XX”, obra editada em Portugal, e que conta precisamente o percurso diferenciador feito por Soong Ching-ling, que casou ainda jovem, com apenas 26 anos, com Sun Yat-sen, sendo a sua segunda esposa. Dele ficou viúva, ganhando dessa forma um estatuto próprio na China republicana e mesmo depois na China comunista, já depois de 1949.

Soong Ching-ling nasceu em Xangai em 1893, e faleceu em Pequim em 1981, tendo estudado nos EUA como todas as irmãs. Numa primeira fase, apoiou o partido Kuomitang, mas depois voltou-se para o comunismo, tendo vivido durante dois anos na então União Soviética. Jung Chang descreve-a na obra biográfica como sendo a “irmã vermelha”, por ser a única que seguiu este caminho político.

No contexto da defesa do território chinês contra a invasão e ocupação japonesas, Soong Ching-ling organizou a Liga de Defesa Chinesa, onde realizou trabalho social e de apoio médico aos mais necessitados, sobretudo nas zonas do país controladas pelo Partido Comunista Chinês. No livro de Jung Chang descreve-se como a adesão de Soong Ching-ling ao comunismo a afastou da família, que se manteve sempre ligada aos ideais nacionalistas, até porque a irmã, Soong Mei-ling, estava casada com Chiang Kai-shek, líder do Kuomitang.

14 Ago 2025

Portugal | Festival Fólio regressa a Óbidos com dois Nobel da Literatura no programa

O Fólio – Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorrerá entre 9 e 19 de Outubro, contará nesta edição com dois prémios Nobel da Literatura: a bielorrussa Svetlana Alexievich e o sul-africano J. M. Coetzee, anunciou a organização.

Na sua 10.ª edição, o festival levará a Óbidos, no distrito de Leiria, dois laureados com o Prémio Nobel da Literatura, reforçando “a dimensão internacional e o prestígio crescente do evento no panorama cultural europeu e mundial”, divulgou a Câmara Municipal, organizadora do evento.

A escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich, vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2015, participará no Fólio no dia 11 de Outubro, numa mesa de autores agendada para as 21h.

Svetlana Alexievich é autora de cinco livros em prosa que constituem o projecto literário “Vozes da Utopia”, do qual fazem parte as obras “Vozes de Chernobyl, “A Guerra não Tem Rosto de Mulher”, “O Fim do Homem Soviético”, “As Últimas Testemunhas” e “Rapazes de Zinco”.

No dia 17 de Outubro, o Folio receberá John Maxwell Coetzee, escritor sul-africano que recebeu o Nobel de Literatura em 2003. J. M. Coetzee é autor de vários romances e ensaios, a maior parte deles traduzidos em português, entre os quais “A Vida e o Tempo de Michael K.”, com o qual recebeu pela primeira vez o prémio Booker, em 1983, e, “A Desgraça”, que lhe valeu o mesmo prémio em 1999. “À Espera dos Bárbaros”, “A Ilha” e “A Idade do Ferro” são outras das obras do escritor.

“A sua intervenção no Fólio será um dos pontos altos desta edição e uma oportunidade única de contacto com uma figura central do pensamento literário contemporâneo”, considera a organização do festival.

Além dos dois laureados com o Prémio Nobel da Literatura estão confirmados na edição 2025 autores como a jornalista norte-americana Anne Applebaum, o historiador israelita Avi Shlaim, o escritor irlandês Paul Murray e a norte-americana Carmen Maria Machado.

Para reflexão

A edição 2025 do festival tem como tema “Fronteiras” e, segundo a câmara, a programação, que deverá ser apresentada nas próximas semanas, “propõe uma reflexão crítica e plural sobre os limites geográficos, políticos, linguísticos, identitários”.

O festival contará com mesas-redondas, conversas com autores, sessões de leitura, concertos, exposições, performances, lançamentos de livros, iniciativas para o público escolar, programação infantojuvenil e diversas ações em rede com escolas, universidades, bibliotecas e livrarias.

Organizado pelo município de Óbidos, em parceria com a empresa municipal Óbidos Criativa, a Ler Devagar e a Fundação Inatel, o Fólio teve a sua primeira edição em 2015, apenas interrompido em 2020 devido à pandemia de covid-19.

A edição de 2024 atraiu mais de 100 mil pessoas ao concelho de Óbidos, Cidade Criativa da Literatura da UNESCO desde 2015.

13 Ago 2025

Casa Garden | Inaugurada “After Oriental Garden” com obras de artistas locais e estrangeiros

A Fundação Oriente acolhe, desde ontem, mais uma exposição, integrada no programa anual da “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau”. Trata-se de “After Oriental Garden”, com curadoria de Kathine Cheong, e que acolhe trabalhos de Charlie Perez-Tlatenchi, Elói Scarva, Ho Tzu Nyen, JinJin Xu e Vividly, nome da dupla Jay Lee e Jay Lei

 

Desde ontem que é possível visitar, na Casa Garden, sede da Fundação Oriente (FO) em Macau, uma nova exposição. Trata-se de “After Oriental Garden” [Depois do Jardim Oriental”, uma mostra colectiva que pode ser vista até ao dia 5 de Outubro e que é mais uma iniciativa da “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau”.

Com entrada livre, a curadoria deste projecto esteve a cargo de Kathine Cheong, revelando-se trabalhos onde “Macau é a âncora para navegar pelas memórias multifacetadas da cidade, reflectindo-se sobre a interligação entre história colonial, fluxos comerciais e mudanças ecológicas”, descreve-se numa nota de imprensa sobre o evento.

O público poderá ver trabalhos de cinco grupos de artistas locais e estrangeiros, nomeadamente Charlie Perez-Tlatenchi, Elói Scarva, Ho Tzu Nyen, JinJin Xu e Vividly, nome da dupla Jay Lee e Jay Lei. Todos eles “transformaram experiências pessoais em criações artísticas sob forma de arquivos, esculturas, vídeos e instalações sonoras”.

Em “After Oriental Garden”, procura-se “desestabilizar metanarrativas estereotipadas, permitindo que vozes ocultas venham à tona e que ‘outros’ invisíveis se façam presentes no espaço”. Na Casa Garden haverá, portanto, a “convergência de diferentes artistas” num formato “interdisciplinar”.

Visões múltiplas

A exposição apresenta o trabalho de Elói Scarva, artista português de Macau e que também trabalha como jornalista. Scarva apresenta a obra de escultura “Cápsulas – Câmaras de Eco”, composta por “oito cápsulas temporais que confrontam as evidências físicas de trocas culturais”. Fundador da associação “República das Artes de Coloane”, Elói Scarva tem vindo a promover iniciativas ligadas à arte contemporânea no território.

Outra artista presente nesta mostra, é JinJin Xu, cuja arte deambula entre Macau, Xangai e Nova Iorque. Esta responde ao apelo lançado pela mostra com o trabalho “Poética da Testemunha”. A artista foi reconhecida pela edição chinesa da Forbes como “uma das 100 Personalidades Chinesas Mais Influentes”.

Destaque também para o artista de Singapura, Ho Tzu Nyen, que apresenta o vídeo “O de Ópio”, onde se “reexamina o impacto histórico do comércio de ópio na região asiática”. As suas obras mais recentes abordam transformações históricas e visões futuras da Ásia.

A Casa Garden acolhe ainda o trabalho do emergente artista nova-iorquino Charlie Perez-Tlatenchi, que exibe novas e antigas obras, onde utiliza “materiais e imagens como fábulas para reflectir sobre histórias ocultas no processo de globalização”.

Quem também marca presença é a dupla que adoptou o nome Vividly, e que já foi nomeada quatro vezes para os prémios “Hong Kong Theatre Libre”. Em Macau, a dupla de artistas apresenta “um novo projecto comissionado sobre a viagem das cidades, da memória e dos objectos”, intitulado “Pulso das Coisas: Uma Memória sob o Riacho Desaparecido”.

Esta mostra está dividida em três partes, nomeadamente “Ecos Errantes”, “Viagem ao Oriente” e “Palimpsesto da Fénix”. Os trabalhos dispostos na parte dos “Ecos Errantes” podem ser vistos logo nas escadas da Casa Garden, seguindo-se “Viagem ao Oriente” com “três portas que encaminham [os visitantes] para diferentes espaços narrativos”. Na fase final, “Palimpsesto da Fénix”, permite um prolongamento de todas as narrativas contadas anteriormente, “entrelaçando a memória histórica e a experiência contemporânea, transformando-as para uma recriação, estabelecendo-se um espaço para o pensamento aberto”.

Além da mostra propriamente dita, durante o período de exposição haverá actividades paralelas como o concerto-sonoro “No Jardim – Fluxo da Lua”, a partilha de pesquisa “Histórias de Excursão” pelo coletivo Vividly; a conversa de artistas “Fronteiras: Métodos de Pesquisa em Projetos Interdisciplinares”, a oficina de botânica “Ramos Simbióticos: A Linguagem Secreta das Plantas em Macau” e ainda workshops educativos para estudantes do ensino secundário e universitário.

13 Ago 2025

Banda desenhada | Felix Ip em destaque na nova mostra da FRC

Apresenta-se hoje ao público a exposição “Comics 2025 + Hong Kong Machines”, acolhida pela Fundação Rui Cunha. Com trabalhos de vários criadores, o destaque vai mesmo para Felix Ip, artista de Hong Kong amplamente conhecido pela sua obra nesta área e que trabalhou como director criativo em cinema de animação

 

A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, a iniciativa “Comics 2025 + Hong Kong Machines” [Exposição dos Artistas de Manga da Região da Grande Baía ‘Associação de Promoção do Intercâmbio Cultural de Banda Desenhada e Animação de Macau Comics 2025 + Hong Kong Machines’], tratando-se de duas exposições que decorrem entre hoje e sábado, dia 16, seguindo-se depois os dias 19 a 23 de Agosto. Trata-se de duas produções co-organizadas pela Associação de Promoção de Intercâmbio Cultural de Banda Desenhada e Animação de Macau. A abertura da exposição hoje contará com a presença de Felix Ip.

A curadoria está a cargo de Howard Chan, presidente da referida associação. A exposição apresenta mais de 60 trabalhos artísticos, com 30 a serem expostos esta semana, com assinatura de cinco artistas de banda desenhada, manga e ilustração de Macau. São eles Leung Wai Ka, Nasu, Vincent Ho, Yeung Siu, e ST, destacando-se o facto de todos eles serem membros da associação que co-organiza o evento.

Estrela presente

Na segunda semana, faz-se a apresentação de 30 trabalhos de Felix Ip, que além de ser artista de banda desenhada, tem trabalhado como ilustrador e realizador na área da animação, tendo ainda ter participado na produção de brinquedos. Felix Ip foi director criativo de cinema da Imagi Animation Studios e da Unicorn Animation Studios, sendo que alguns dos seus trabalhos mais conhecidos são “Zentrix”, “Teenage Mutant Ninja Turtle”, “Astroboy” e “Monkey King Reloaded”.

Em 2012, a banda desenhada adaptada de artes marciais “Blood and Steel”, da sua autoria, ganhou o prémio Golden Dragon de Melhor Banda Desenhada para Adultos. Em 2019, o livro de ilustrações “Hong Kong Machines 1”, que apresenta uma série de robôs “rústicos” com a ligação das suas memórias nostálgicas de infância, ganhou o prémio de Melhor Livro de Arte na categoria de Animação e Banda Desenhada da Ásia-Pacífico. A série “Hong Kong Machines” é a mais popular entre os seus trabalhos e conta com um grande apoio do público e de várias empresas.

Desde 2023, esta série tem vindo a expandir-se para o mercado externo, como Singa Machines, Malaysia Machines, Taiwan Machines e Thailand Machines. Recentemente, a série “Blind Box” da “Hong Kong Machines” – Tourist ganhou o Prémio de Ouro no Concurso de Design Inteligente de Hong Kong.

O trabalho mais recente de Felix Ip, “Daydream Notebook”, ganhou o Prémio de Prata no “HK Comics Support Programme”, patrocinado pela CreateHK.

A Associação de Promoção do Intercâmbio Cultural de Banda Desenhada e Animação de Macau surgiu em 2014 para apoiar o desenvolvimento profissional da indústria, o intercâmbio técnico e a cooperação entre ilustradores locais e estrangeiros, com vista a assegurar mais projectos de alta qualidade e em grande escala, bem como publicações, palestras e outras actividades que beneficiem a comunidade de Macau.

11 Ago 2025

Gastronomia | Governo promove zona do ZAPE com atracção turística

Decorre esta semana a iniciativa turística e gastronómica “ZAPE com Sabores”, entre as zonas pedonais da Rua de Cantão e Rua de Xangai. Do dia 15 ao dia 24 deste mês será possível participar numa feira que conta com a participação de comerciantes locais e que traz atracções musicais e de entretenimento

 

A zona do ZAPE [Zona de Aterros do Porto Exterior] tem estado na ordem do dia com pedidos de requalificação urbanística e de turismo, tendo em conta o encerramento de alguns casinos-satélite no local. Nesse contexto, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), em parceria com a Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau (AGCUM), decidiu juntar esforços e realizar uma feira com gastronomia misturada com entretenimento.

“ZAPE com Sabores” é o nome do evento que decorre entre os dias 15 e 24 deste mês, tendo lugar nas zonas pedonais da Rua de Cantão e da Rua de Xangai. Segundo uma nota da DST, a feira “contará com a participação de comerciantes e grupos de espectáculos locais, combinando gastronomia diversificada e elementos culturais e criativos”. A ideia é que, apresentando um projecto desta natureza no ZAPE, se possa “mostrar o encanto comunitário de Macau”.

Desta forma, pretende-se fomentar o turismo nesta zona, com os petiscos a serem servidos entre as 15h30 e as 22h sob o tema “Sabores da Comida de Rua no Food Truck”. Combinam-se “costumes do Sudeste Asiático e a diversidade gastronómica de Macau”, contando-se com seis rulotes de comida e temática e mais de 30 bancas.

Música para todos

Nesta feira do ZAPE irá servir-se, além de comida, jogos e entretenimento para todos os gostos, já que “artistas e associações locais irão apresentar danças e canções em palco, proporcionando-se aos visitantes experiências diversificadas”, dentro das ideias de turismo associado à gastronomia e, por sua vez, ao consumo.

Haverá uma centena de lugares para refeições e “uma zona com várias instalações para o público tirar fotografias”.

Há ainda incentivos ao consumo, pois “durante o período da feira, caso o público queira comprar qualquer produto no local, por cada 100 patacas em compras terá uma oportunidade de entrar num jogo de garra para apanhar brinquedos”, sendo que “quanto mais alto for o valor de consumo, maior o número de ofertas”. Há ainda promoções online integradas na programação de “ZAPE com Sabores”.

As entidades organizadoras deste evento dizem ter consultado as associações de comerciantes da zona “para explicar o conteúdo desta actividade e recolher opiniões”, a fim de garantir a realização do evento sem sobressaltos ou grande impacto em termos de barulho e gestão urbana.

11 Ago 2025

MICAF traz “Annie, O Musical” e teatro para bebés este fim-de-semana

O MICAF – Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau continua este fim-de-semana a disponibilizar espectáculos para os mais pequenos. É o caso de “O Bosque dos Sonhos”, peça de teatro para bebés que sobe ao palco do Estúdio I do Centro Cultural de Macau (CCM) até domingo, tendo a primeira sessão decorrido esta quarta-feira. Há três horários disponíveis: 11 horas, 14h45 e 17 horas.

A ideia é, segundo a sinopse do espectáculo, construir “pequeninos passos sensoriais”, levando os bebés “a viver uma nova aventura e a descobrir as boas sensações das quatro estações do ano”. Neste palco, “a luz do sol brilha nas cavernas para detectar animais em hibernação, e a neve e o lago congelado derretem gradualmente”, sendo também possível “acordar com a brisa e a luz da Primavera, antes de entrar nas alegrias de Verão com novos amiguinhos”.

“O Bosque dos Sonhos” é uma produção local, que conta com produção de Chan Si Kei e a coreografia de Wendy Choi e Anette Ng. Trata-se de um espectáculo que se realiza há quatro temporadas destinado a bebés dos quatro aos 15 meses.

Annie marca presença

O grande destaque do cartaz do MICAF para este fim-de-semana é a apresentação do espectáculo internacional “Annie, O Musical”, que sobe ao palco do Grande Auditório do CCM amanhã, domingo e segunda-feira.

Este é um espectáculo que funciona como uma máquina do tempo que nos leva à Broadway e à cidade de Nova Iorque dos anos 30. “Annie é um musical perfeito para toda a família que nos conta as exaltantes aventuras de uma pequena e corajosa menina. Encenada ao som de uma banda sonora memorável, incluindo canções clássicas como ‘Tomorrow’ e ‘It’s the Hard Knock Life’, esta é uma das mais amadas produções, vencedora de sete prémios Tony, incluindo, claro, o de Melhor Musical”, lê-se na sinopse.

“Annie, O Musical” já foi transformado em filme, nomeado para os Óscares, nos anos 80, tendo partido em digressão, primeiro nos EUA e depois pelo mundo, chegando agora a Macau.

A história centra-se em Anne, que decide ir procurar os pais e escapar às garras de Miss Haningan, a malvada directora do orfanato. É assim que Annie vai parar a Nova Iorque, sendo que “na mansão de Oliver Warbuck, um solitário e excêntrico bilionário, encontra uma nova família, mudando para sempre a sua vida”.

“Desfiando impecáveis dotes vocais e enérgicos movimentos coreográficos, este esfusiante espectáculo retrata de forma colorida a tensão entre a espontaneidade infantil e a malícia dos mais crescidos”, descreve a mesma sinopse.

8 Ago 2025

Hong Kong | STAYC e Xdinary Heroes em destaque este mês no Asia World Expo

Primeiro são a “girls band” pop STAYC a actuar já este sábado, seguindo-se, num registo musical diferente, a banda de rock Xdinary Heroes. A música sul-coreana está em destaque na agenda cultural de Hong Kong este mês, com a Asia World Expo a acolher os concertos das digressões dos dois grupos musicais

 

Para quem gosta de música pop cantada no feminino, ou de sons a roçar o rock, o Asia World Expo, em Hong Kong, proporciona ao público e amantes da música duas opções, e ambas vindas da Coreia do Sul. Este sábado, dia 9, é a vez da girls band STAYC actuar, a partir das 18h, com bilhetes que custam entre 899 e 1,899 dólares de Hong Kong.

As STAYC são formadas por seis raparigas, de nome Sumin, Sieun, ISA, Seeun, Yoon, J, que se estrearam no mundo dos palcos em Novembro de 2020 com a música “SO BAD”, retirada do álbum “Star To A Young Culture”.

As ideias por detrás da criação do grupo prendem-se com conceitos próximos da cultura adolescente, a fim de criar uma onda de confiança e novas sonoridades, criando-se uma nova forma de fazer música dentro do género K-Pop, “com o visual marcante e os tons únicos de todas os seis”, lê-se no website da High Up Entertainment, responsável pela carreira do grupo.

Este ano as STAYC lançaram um álbum com apenas três singles, “BEBE”, “DIAMOND” e “PIPE DOWN”, revelando uma “identidade musical mais madura” e “a nova direcção que as STAYC querem alcançar”, com apelos a sentimentos como a sensualidade, sofisticação e auto-estima, lê-se no mesmo website.

No que diz respeito a “BEBE”, a música é descrita como sendo “mais do que uma canção”, em que a letra “expressa o desejo de libertação de uma imagem esperada por outros e para que se possa revelar a verdadeira identidade”. Trata-se de uma música que “não se refere a alguém em particular, mas representa as noções pré-concebidas que o público tem tido sobre as STAYC”.

“Ao quebrar estes estereótipos, o grupo revela a sua marca e o lado sensual como nunca fez antes”, seguindo-se o single “DIAMOND”, uma música que “brilha intensamente como um diamante, mostrando uma mentalidade sofisticada e forte”.

Já a terceira faixa do álbum, “PIPE DOWN”, aborda a ideia de auto-estima, “silenciando uma contraparte mais barulhenta, como se existisse um botão para desligar, completando a transformação total das STAYC”.

Lugar ao Rock

Dentro de um género musical completamente diferente apresenta-se o grupo Xdinary Heroes, com a digressão “Beautiful Mind World Tour” a 24 de Agosto. O espectáculo começa às 18h e os bilhetes têm um custo que varia entre os 699 e os 1,699 dólares de Hong Kong.

No dia 7 de Julho deste ano foi a vez do grupo ligado ao rock lançar um novo single, “FiRE (My Sweet Misery)”, depois da música “Beautiful Minds”, lançada em Março deste ano.

Segundo o website da banda, cujas músicas são editadas com a chancela da JYP Entertainment, todos os membros do grupo participaram na composição do mais recente single, “FiRE (My Sweet Misery)”, que é uma “canção com duas facetas emocionais”. Juntamente com “Beautiful Mind” a banda “descobriu a forma mais bonita de encarar a vida e o mundo”.

“FiRE (My Sweet Misery)” é descrita como sendo “uma música que explode com uma energia enlouquecida, combinando um som metal intenso com sintetizadores”. Além disso, “os vocais que alternam entre sussurros e gritos e os instrumentos musicais criam uma sinergia rock poderosa que ultrapassa os limites”, descreve-se ainda no website da banda.

8 Ago 2025

Cinemateca | Ciclo Fantástico para ver nas próximas semanas

A Cinemateca Paixão apresenta este mês um novo ciclo de cinema, intitulado “Devaneios & Labirintos – Festival de Cinema Fantástico”. De entre os títulos seleccionados, destaque para “Dangerous Animals” e o assustador “Massacre no Texas”, sem esquecer o toque musical trazido com o documentário sobre os Blur

 

O cinema tem o dom de nos revelar outras formas de vida e histórias, mas quando essas histórias têm uma pitada de horror ou de fantástico, a atracção pelo filme que se vai ver pode diferenciar-se, para melhor ou pior. Para quem adora filmes de terror ou com histórias do género fantástico, este é um bom mês para ir à Cinemateca Paixão, que apresenta o ciclo “Devaneios & Labirintos – Festival do Cinema Fantástico”. Um total de 17 películas integra este cartaz, que se prolonga até Setembro.

E um dos destaques vai para “Dangerous Animals”, exibido a 16 de Agosto e depois no dia 6 de Setembro.

Eis uma história que remete para o azar de Zephyr, uma surfista astuta e de espírito livre, que é raptada por um assassino em série obcecado por tubarões e mantida prisioneira no seu barco.

A mulher terá de encontrar uma forma de escapar antes que este assassino a dê de comer aos tubarões que nadam por baixo do sítio onde Zephyr se encontra. Só Moses percebe que ela desapareceu, sendo uma pessoa por quem tem um interesse amoroso.

Destaque ainda para a exibição da cópia restaurada de “Massacre no Texas”, filme de 1974 que celebrou 50 anos de existência no ano passado, e que ainda se mantém actual e com uma onda de fãs.

Realizado por Tobe Hooper, “Massacre no Texas” continua a ser uma referência para o subgénero de filmes de terror, intitulado “Slasher”. Foi filmado num curto espaço de tempo, com um orçamento limitado e actores completamente desconhecidos do grande público.

“Não há nenhum canto do mundo onde se possa ir e dizer o título “Texas Chainsaw Massacre” e ninguém saber do que é que está a falar, quer tenha visto o filme ou não”, disse à France-Presse (AFP) Chase Andersen, da Exurbia Films, que detém os direitos da saga.

A história centra-se num grupo despreocupado de jovens que se depara com uma casa isolada ocupada por um lunático mascarado que começa a cortá-los com coisas afiadas, Leatherface. Na Cinemateca Paixão o filme será exibido no sábado, 30 de Agosto.

Rostos da felicidade

“A Different Man” [Um Homem Diferente] não é apenas sobre um homem que tem uma estranha doença que lhe deforma o rosto, fazendo dele um monstro em forma de gente. É também uma história sobre o sentido e concepção de felicidade, e de como esta depende da vida e escolhas de cada um.

O protagonista, Oswald, é interpretado por Adam Pearson, um actor que sempre lutou contra a neurofibromatose que lhe alterou as formas do rosto. Oswald tinha tudo para ser um homem infeliz e tímido, escondendo-se da humanidade, mas acontece o oposto: consegue ser popular e uma pessoa perfeitamente integrada na sociedade. O mesmo não acontece com um actor com quem se cruza. “A Different Man” será exibido nos dias 19 e 29 de Agosto.

No dia 16 de Agosto, será exibido “O Sonho de Alexandria” [The Fall], que remete para a Los Angeles de 1920, quando em Hollywood domina ainda o cinema mudo. Nesses tempos aparece uma menina imigrante internada num hospital após uma queda, e que faz amizade com um homem acamado, paralisado também devido a um acidente durante uma filmagem. Ele encanta-a com uma história fantástica que a transporta para além da monotonia do hospital, rumo a paisagens exóticas da própria imaginação. Esta versão exibida neste festival é também uma versão restaurada em 4K com cenas adicionais face à versão de 2006, tendo sido filmado em 24 países.

A história dos Blur

“Blur: To The End” [Blur: Até ao Fim] é um documentário de 2024 marcado para exibição nos dias 17 de Agosto e 7 de Setembro, e onde se conta a história da amizade e companheirismo dos membros dos Blur, banda britânica de britpop e rock alternativo formada no final dos anos 80, e que marcou toda uma geração na década de 90.

Este documentário foi filmado em 2023, quando a banda se reuniu para gravar novas canções e para se preparar para os primeiros espectáculos no Estádio de Wembley, em Londres, e que tiveram lotação esgotada. O filme conta com interpretações dos temas mais icónicos e acarinhados pelos fãs, incluindo também imagens da banda em estúdio e na estrada.

Num registo bem diferente apresenta-se “A Rapariga com a Agulha”, exibido nos dias 22 de Agosto e 7 de Setembro, em que se conta a história de Karoline, uma operária fabril que luta para sobreviver na cidade de Copenhaga, nos anos a seguir à I Guerra Mundial. Quando se vê desempregada, abandonada e grávida, cruza-se com Dagmar, uma mulher carismática que gere uma agência de adopção clandestina, ajudando mães a encontrar lares de acolhimento para os filhos indesejados. Sem alternativa, Karoline aceita o papel de ama de leite. Entre as duas mulheres nasce uma forte ligação, mas o mundo de Karoline desmorona-se ao descobrir a chocante verdade por detrás do seu trabalho, descreve a sinopse do filme.

7 Ago 2025

Dirks Theatre | Teatro não verbal com ligações a Saramago

Chama-se “Echoes in Dreams” (Exiling Thoughts Edition) e é a nova peça de teatro não verbal da companhia local Dirks Theatre. Agendado para Setembro, este espectáculo mistura as composições do argentino José Luís Merlin, com performances corporais inspiradas na psicologia e no conto “O Centauro”, de José Saramago

 

A companhia teatral de Macau Dirks Theatre apresenta, entre os dias 19 e 21 de Setembro, o espectáculo “Echoes in Dreams” (Exiling Thoughts Edition), que constitui uma performance em que corpos deambulam ao som da guitarra clássica, com sonoridades do argentino José Luís Merlin, e expressões de teatro não verbal.

A peça apresenta-se na zona norte da península, nomeadamente no espaço “Hiukok Laboratory, no número 408 da Rua dos Pescadores, mais concretamente no edifício industrial Nam Fong.

Segundo informações disponibilizadas pela companhia, mistura uma “guitarra clássica, seis cordas, e três almas e corpos”, sendo um espectáculo que “levará o público a observar o comportamento humano a partir de uma perspectiva na terceira pessoa, mergulhando em temas como o conflito físico-mental e o subconsciente, explorando a própria compreensão de ‘identidade'”.

Nesta peça não faltam também influências da literatura portuguesa, nomeadamente do Nobel da Literatura José Saramago, com o conto “O Centauro”.

Trata-se de um texto que começa desta forma: “O cavalo parou. Os cascos sem ferraduras firmaram-se nas pedras redondas e resvaladiças que cobriam o fundo quase seco do rio. O homem afastou com as mãos, cautelosamente, os ramos espinhosos que lhe tapavam a visão para o lado da planície. Amanhecia já.”

“O Centauro, uma criatura pré-histórica imortal, metade homem, metade cavalo, sente culpa pelo facto de a sua raça ter sido aniquilada pelos humanos enquanto ele nada pôde fazer para o impedir. Esta criatura híbrida tem vagueado pelo mundo desde então, transformando-se numa figura nocturna apenas para se manter afastado de toda a espécie humana. O ‘lar’ tornou-se algo tão distante que agora só existe dentro de si. Nem sequer se vê capaz de lá voltar, nem que seja uma última vez. À medida que vê outras espécies antigas desaparecerem gradualmente à sua volta, lida com um conflito interno profundo, dividido entre ser ‘homem’ e ‘cavalo'”, descreve a companhia sobre o espectáculo.

Jung marca presença

Além da referência a Saramago, “Echoes in Dreams” vai também buscar inspiração à psicologia, nomeadamente à obra “Memórias, Sonhos, Reflexões” do psicólogo suíço Carl Gustav Jung. Em palco, o guitarrista de Macau Bruce Chi Man Pun interpreta as composições de José Luís Merlin, ao mesmo tempo que o actor Ka Man Ip e a bailarina Chloe Wong “apresentam uma performance visual e emocionalmente evocativa”.

“Echoes in Dreams” é sobre conceitos como “nostalgia”, “contraste”, “exílio” e “felicidade”, narrando-se o mundo interior de “alguém que vive numa certa cidade”. Faz-se também, na peça, uma reflexão sobre os temas de “exílio” e “pertença” no contexto global contemporâneo.

Os bilhetes estão à venda na plataforma DART Ticketing e custam 240 patacas, com descontos para quem comprar o ingresso antecipadamente e também para estudantes e reformados. “Echoes in Dreams” já subiu aos palcos uma vez, com outro formato. Segundo a companhia, o que o público irá ver em Setembro trata-se de uma “pequena retrospectiva da primeira corrida de ‘Echoes in Dreams'”.

“Não será igual ao que fizemos em 2023. O mundo mudou e todos nós nos movemos. Vamos dançar uma vez mais”, é referido.

6 Ago 2025

FRC | Caligrafia em destaque na mostra “Vai em Frente, o Futuro Brilha”

É hoje inaugurada uma nova exposição na Fundação Rui Cunha, e que ficará patente por um curto período de tempo, até este sábado. Trata-se de “Vai em Frente, o Futuro Brilha”, uma mostra de caligrafia cujos protagonistas são os alunos dos cursos de arte e literatura do Centro Budista Fo Guang Shan. Trata-se de uma homenagem ao mestre Hsing Yun

 

A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe, entre hoje e sábado, uma nova exposição de caligrafia. Trata-se da mostra “Keep Going, The Future is Bright” [Vai em Frente, o Futuro Brilha], com organização do professor e alunos dos cursos de arte e literatura do Centro Budista Fo Guang Shan, e é apresentada como uma homenagem ao “venerável mestre” Hsing Yun.

A mostra apresenta cerca de 50 obras de caligrafia e pintura chinesa “que procuram dar continuidade ao espírito do mestre Hsing Yun, fundador do Centro Budista, cujos problemas de visão se viriam a agravar nos últimos anos de vida”, descreve uma nota do FRC. O mesmo mestre desenvolveu e utilizou o “olho do coração” e o “olho do Dharma” para escrever a sua caligrafia única de “um traço”, na esperança de transmitir compaixão, sabedoria, paz e luz através das suas criações.

O Dharma é um conceito multifacetado que se refere, em grande parte, ao princípio da ordem cósmica, da rectidão, do dever e do caminho para uma existência com sentido, o que no budismo abrange as obrigações morais do indivíduo, a conduta ética e as leis naturais que governam o universo.

Obras com mensagens

O projecto inclui os trabalhos dos alunos de arte e literatura do professor Hok-lon Yim, um “jovem e influente calígrafo e pintor de Macau” que foi convidado pelo Centro Budista Fo Guang Shan para orientar o ensino da caligrafia e pintura a todos os entusiastas, com maior ou menor experiência, utilizando o pincel e a tinta para transmitir bênçãos e levar alegria às pessoas.

A fundação do Centro Budista de Macau remonta ao início de 1989, quando o mestre Hsing Yun pregou o Dharma em locais públicos de Hong Kong, congregando devotos do território vizinho e também formações espontâneas de grupos provenientes de Macau, para assistirem às palestras. O convite foi então lançado ao Mestre Hsing Yun para a enviar discípulos a Macau que pregassem o Dharma, e o próprio veio cá inúmeras vezes, entre 1991 e 2014, realizando palestras emotivas, sempre com auditórios lotados.

Em 1996, o Centro foi oficialmente registado como uma organização de caridade sem fins lucrativos pelo Governo, iniciando a sua missão de difundir o Dharma em Macau, seguindo o princípio de “promover o Budismo humanista e construir uma terra pura”. Esta é uma filial da Fo Guang Shan regional e o maior centro budista urbano de Macau.

5 Ago 2025

Joaquim Surumali ajuda a preservar património cultural timorense

É na sua oficina em Tasi Tolu, em Díli, que Joaquim Surumali preserva o património cultural de Timor-Leste ao replicar em joias, para utilização diária, peças utilizadas nas casas sagradas e em cerimónias e danças tradicionais.

Nas suas mãos, o ‘kaebauk’, ornamento com chifres de búfalo, que representa o sol, a força, segurança, protecção e poder, tradicionalmente usado na cabeça e em cima dos telhados das casas sagradas, ganha a forma de brincos e de pendentes para serem utilizados num colar.

Já o “belak”, um disco de bronze que simboliza a lua e é utilizado ao peito e no interior das casas sagradas, também pode ser comprado em brincos.

Na oficina de Joaquim Sumali também não faltam os colares, denominados de “morten”, por norma com a cor laranja, que trazem sorte e prosperidade e afastam os maus espíritos e as energias negativas.

“Eu quero fazer este trabalho. O meu pai também trabalhava com joias, moldava o belak e o kaebauk desde o tempo dos portugueses, e até agora os meus irmãos e irmãs às vezes ainda fazem joias como kaebauk e belak em Díli”, contou à Lusa Joaquim Surumali.

O joalheiro, de 34 anos, sublinhou que a sua arte é uma tradição da família, que continua até aos dias de hoje. “Aprendi a fazer joias com o meu pai e com os meus irmãos. Mas o nosso trabalho vem do nosso próprio sangue, do nosso pai e dos mais velhos que também faziam joias como as que se fazem hoje”, explicou Joaquim Surumali.

Outros materiais

Joaquim Surumali faz as joias em ouro, prata ou bronze, dependendo da preferência e do dinheiro dos clientes. O material, segundo o joalheiro, é comprado em Timor-Leste, mas a maioria vem da Indonésia ou de Singapura, porque os recursos no país são escassos.

“Como as pessoas compram em ouro para colocar nas casas sagradas, ele já não está disponível. Por isso, tentamos comprar do estrangeiro. Na maioria das vezes, os clientes são eles que trazem o ouro e nós apenas cobramos pela nossa mão-de-obra”, disse o joalheiro.

Questionado sobre os preços das joias, o artesão explicou que um “belak” de ouro puro pode custar 600 dólares e um “morten” 100 dólares. “Muitos timorenses compram estas joias, mas também muitos portugueses, sobretudo professores”, afirmou.

Joaquim explicou que os portugueses apreciam estas peças porque vêem nelas algo único e tradicional de Timor-Leste. Os timorenses compram-nas para as colocar nas casas sagradas das famílias e que podem ser vistas em todos os municípios do país. Os artigos mais comprados são, sobretudo, os “belak” de ouro.

Sobre o rendimento mensal da produção de joias, Joaquim Surumali disse que pode chegar até aos 500 dólares mensais, mas que depende da quantidade de clientes e das visitas.

4 Ago 2025

Fringe | Evento dedicado ao “Passeio Urbano” regressa em Setembro

“Passeio Urbano” é a temática central da próxima edição do Festival Fringe, a 23.ª, que chega ao território entre os dias 5 e 28 de Setembro. O público poderá desfrutar de um total de 18 espectáculos e 13 actividades, dentro e fora de portas, e com a habitual onda de energia e criatividade a que o Fringe já habituou Macau

 

O Instituto Cultural (IC) anunciou, na sexta-feira, a programação da 23.ª edição do Festival Fringe, agendado para os dias 5 a 28 de Setembro e com o tema “Passeio Urbano”. No total, serão realizadas no território, em diversos locais, 18 espectáculos e 13 actividades, prometendo-se “palcos cheios de criatividade”, em que “a arte se espalha conforme os percursos de cada um”, lê-se no comunicado de imprensa do IC.

Um dos destaques é a secção “Crème de la Fringe”, onde se integram dois eventos: “TOMATO – Mostra de Teatro Digital Interactivo”, apresentado entre os dias 10 e 21 de Setembro; e “Palhaços para o Festival ‘Complicité'”.

Quanto ao “TOMATO”, trata-se de um evento com curadoria de Erik Kuong que apresenta quatro programas distintos: “O Monstro – Um Teatro de Aventura Imersiva e Pessoal”; “Diários à Deriva – Teatro de Passeio Urbano”; “Velado Brilho: Exposição de Instalação de Micro-sensações Urbanas” e “Livro de Aventuras – Uma Janela Oculta em Macau – Versão com Acompanhamento Musical”.

O objectivo é que, através de uma aplicação de telemóvel, a plataforma “Chito”, o público possa acompanhar as histórias por detrás destes programas, que se passam em zonas antigas de Macau como é o caso das freguesias de Santo António, da Sé ou de São Lourenço. Trata-se de uma iniciativa “onde os mundos digital e físico convergem”, destaca o curador, e que permite “ao público seguir a história e explorar recantos ocultos da cidade através de uma aplicação”, tratando-se de uma “experiência teatral pioneira que conecta comunidades através da narração de histórias digitais”.

Depois, dentro do “Crème de la Fringe” apresenta-se ainda o “Palhaços para o Festival ‘Complicité'”, que tem curadoria de Chan Lai Nei e inclui três eventos: “Kung Food: A Arte Marcial Vegetariana”, “O Menu de Hoje” e ainda “Tu ou Eu?”, todos eles realizados na Feira do Carmo e com participação gratuita.

Com criação da companhia Canu Theatre, esta série do Fringe traz “grupos artísticos da Europa e Ásia”, apresentando-se “três espectáculos culturalmente diversos e interactivos e duas actividades de extensão”, com a promessa de uma “conspiração de alegria” e uma “hilaridade acidental que desencadeia uma reacção em cadeia de gargalhadas”.

Chan Lai Nei diz que a sua visão sobre o mundo dos palhaços “mudou completamente” depois de um período de estudos em França. Assim, o “Palhaços para o Festival ‘Complicité’ quer oferecer uma experiência teatral inesperada, com momentos que ressoam no seu coração”, lê-se na sinopse do espectáculo.

Comédias e outras histórias

Além do “Crème de la Fringe” existem ainda outras iniciativas, nomeadamente a actuação do grupo japonês Co.SCOoPP que apresenta o espectáculo “Para Sobreviver nas Cidades!”, uma “comédia repleta de emoções que combina elementos de acrobacia aérea, interacção e malabarismo”.

Destaque ainda para programas como o “Convés Oscilante”, apresentado por Ao Ieong Pui San e Zhang Hui, onde se “ajusta a realidade aumentada ao mundo real, permitindo aos participantes experimentar o Porto Interior [de outra forma], onde memórias se fundem com visões oníricas”.

Suzuki Cheng apresenta “Obrigado por Estar Aqui”, abordando o tema da maternidade num “diálogo temporal e espacial através de um teatro imersivo”. Já o Estúdio de Arte PO apresenta “Máquina Sem Sonhos, Classe Inútil”, onde “os participantes se tornam juízes e experimentam vários tipos de máquinas de auto-atendimento no centro comercial”.

A companhia Own Theatre traz ao Fringe “Wendy e o País das Maravilhas”, para contar uma história “de busca pela inocência infantil” onde se integram “acrobacias corporais, andas e dança aérea”. De frisar também a inclusão do espectáculo “Congregação”, que nasce de uma colaboração entre o artista sonoro britânico Ray Lee e a “Tempest Projects”. Trata-se de “uma experiência dinâmica que combina ambiente, música e tecnologia”, onde, com a “emissão de sons, a esfera suspensa guia os participantes por caminhos e vielas que podem ser familiares ou uma descoberta”.

Ligação à história

O IC destaca que esta edição do Fringe tem a preocupação de levar o festival a zonas mais antigas, como o bairro da Ilha Verde ou os estaleiros de Lai Chi Vun, em Coloane, só para citar alguns exemplos. O que se pretende fazer é a mistura da “arte cenográfica com o charme histórico”, onde muitos grupos locais participam.

É o caso da Associação de Arte Teatral Dirks, que apresenta “Orquídeas à Velha Casa”, contando a história do “tráfico de leitões” com recurso à música.

Temos depois o espectáculo a solo de Chan Si Kei, “Uma Reunião na Solidão”, que tem por pano de fundo um antigo salão de chá, onde o artista “tece considerações sobre vinhetas evocativas dos jantares familiares”.

A Casa de Portugal em Macau também se integra no cartaz do Fringe com o espectáculo “Jazzés & The Blackbird”, onde “três músicos cantam os clássicos do jazz, num palco improvisado na varanda da sede da Casa de Portugal, ornado por uma instalação artística de aves gigantes da autoria de Elisa Vilaça”.

Se já há cartaz, ainda não há bilhetes disponíveis. A venda de ingressos para o Fringe começa no dia 10 de Agosto, próximo domingo.

4 Ago 2025

Curtas-metragens | Galaxy associa-se a festival de Veneza

O “2.º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau do Galaxy Entertainment Group” acaba de firmar uma colaboração com o Festival Internacional de Cinema de Veneza, nomeadamente com a secção do evento “Giornate degli Autori”, a fim de mostrar o trabalho dos realizadores locais neste evento.

Assim, será realizada nos dias 29 e 30 de Agosto uma série de eventos associados ao “Dia de Macau” no festival de Veneza, nomeadamente a exibição de curtas-metragens locais e uma sessão de partilha na “Casa degli Autori”, um dos principais locais desta secção do festival.

Segue-se “uma recepção para apresentar aos profissionais da indústria cinematográfica e ao público internacional as produções cinematográficas e a singularidade cultural de Macau”, descreve uma nota do Instituto Cultural (IC), que apoia o festival de curtas-metragens organizado pela Galaxy.

Pretende-se, com a colaboração em Veneza, dar “maior visibilidade internacional às obras cinematográficas de Macau e criar oportunidades para que cineastas emergentes possam alcançar o palco global”.

“Giornate degli Autori” é uma importante secção paralela do Festival Internacional de Cinema de Veneza, dedicando-se à promoção de filmes independentes e de obras de cineastas emergentes. É um dos três programas oficiais do Festival, juntamente com o Festival Internacional de Cinema de Veneza e a Semana Internacional da Crítica de Cinema de Veneza.

Depois desta passagem por Itália, a segunda edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens em Macau realiza-se em Setembro nos Cinemas Galaxy, no Auditório Galaxy do Centro de Convenções Internacional Galaxy e no Andaz Hotel, e na Cinemateca Paixão.

1 Ago 2025

Música | Grupos corais de Macau participam no “Lisbon Music Festival”

O coro “Dolce Voce” está em Portugal para participar no “Lisbon Music Festival – Lisbon International Youth Music Festival”, protagonizando quatro concertos num evento dedicado ao canto coral e à música clássica. Destaque ainda para a participação de outro grupo de Macau do Colégio do Sagrado Coração de Jesus

 

O grupo de canto coral de Macau “Dolce Voce Choir” encontra-se em Portugal para a realização de uma série de espectáculos integrados no cartaz do “Lisbon Music Festival – Lisbon International Youth Music Festival”.

Amanhã, as vozes e a música do grupo vão fazer-se ouvir junto às Ruínas do Carmo, no Museu Arqueológico do Carmo, bem no centro de Lisboa, a partir das 21h30, repetindo-se a actuação no dia 6 de Agosto, no Mosteiro da Batalha. No dia seguinte, quinta-feira, o grupo desloca-se a Peniche, actuando na Igreja de São Pedro, seguindo-se um último concerto no dia 9 de Agosto na Sé Catedral do Porto.

Segundo uma nota do grupo, a digressão está em consonância com a classificação de Macau como “Cidade da Cultura da Ásia Oriental”, pretendendo o coro, com estes concertos, “mostrar ao público internacional o encanto único da cultura macaense através da arte coral”. Apresenta-se, nestas actuações, “um repertório diversificado que reflecte a riqueza cultural de Macau”, onde se incluem ” mais de 20 obras ‘a capela’ de estilos variados, com programas diferentes em cada concerto”.

Esperam-se actuações que “incluem música sacra, canções folclóricas, temas populares, excertos musicais, obras modernas chinesas, canções tradicionais macaenses em patuá e arranjos corais de fados portugueses, entre outros”, com interpretações em cerca de dez idiomas.

Assim, “o coro não só demonstra a diversidade cultural de Macau e o talento dos seus membros, como também promove o intercâmbio cultural entre a China e Portugal”, é referido.

Rumo à internacionalização

O coro “Dolce Voce” diz estar comprometido em “elevar o perfil cultural e artístico de Macau no palco internacional”, sendo “o primeiro grupo coral de Macau a actuar na prestigiada Sala Dourada de Viena (Musikverein)”, além de ter sido o primeiro grupo local a fazer uma digressão pelas salas de espectáculos do Reino Unido.

“Agora, com esta nova digressão em Portugal, o coro reafirma o seu papel activo no enriquecimento da cena artística macaense, contribuindo para o desenvolvimento da indústria cultural e criativa da cidade”, é ainda referido na mesma nota.

Destaque ainda para o facto de o cartaz do “Lisbon Music Festival – Lisbon International Youth Music Festival” incluir no rol de convidados o coro do Sacred Heart Canossian College [Colégio do Sagrado Coração de Jesus], que actua no Palácio da Ajuda, em Lisboa, no dia 8 de Agosto, e no dia 10 de Agosto na Basílica do Rosário de Fátima, ao lado da Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima. No cartaz deste festival está também incluído um grupo coral de Taiwan, o Taipei Philarmonic Youth Ensemble, que actua no dia 8 de Agosto no Convento de Cristo, em Tomar, e também junto às Ruínas do Carmo, em Lisboa, no dia 9.

1 Ago 2025

MICAF apresenta este fim-de-semana a peça “Um Dia de Astronauta”

O Festival Internacional de Artes para Crianças de Macau (MICAF, na sigla inglesa) apresenta este fim-de-semana uma peça de teatro oriunda de uma companhia chinesa, a Grande Barco. Trata-se do espectáculo “Um Dia de Astronauta”, que sobe ao palco do pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) amanhã, a partir das 19h30, sábado e domingo a partir das 15h.

Esta é uma “aventura em órbita”, descreve a sinopse do espectáculo pensado para os mais pequenos. “Enquanto enormes painéis solares se estendem como asas pelo cenário, meteoritos voam sobre o público. Por entre fantásticos ecrãs LED e efeitos multimédia, esta é mais do que uma simples viagem acima das nuvens, é também uma aventura imersiva”, descreve-se.

Com “Um Dia de Astronauta”, o público é convidado a entrar nesta aventura, podendo os miúdos “transformar-se em estrelas do universo”, pelo que cada apresentação deste espectáculo promete ser “uma experiência única”.

Em palco “a destemida Fei Fei, o físico Orbit e o engenheiro mecânico Da Shou estão sempre ocupados”, com tarefas como “as rotinas diárias e investigações importantes”. “Uns recolhem dados sobre combustões a baixas temperaturas, conhecidas como ‘fogo frio’, enquanto outros cultivam arroz ou estudam painéis de energia solar. É a fascinante vida em órbita a desenrolar-se diante dos nossos olhos”, é descrito.

O espectáculo, em mandarim e com legendas em chinês e inglês, promete dar respostas ao público sobre os grandes mistérios do espaço e do universo, podendo até “despertar novos sonhos cósmicos”.

Fim-de-semana preenchido

Outro dos eventos que decorre amanhã, até ao dia 29 de Agosto, é o “Acampamento Criativo para Crianças”, também no CCM, com bilhetes a 600 patacas. O acampamento destina-se a crianças dos 8 aos 12 anos e é monitorizado pela Macao Applied Theatre Association, organizando-se workshops e actividades onde as crianças podem brincar e aprender em conjunto.

Também esta sexta-feira decorre a última sessão da “Casa Mágica das Estrelas”, nome para outro workshop do MICAF que decorre na Sala de Ensaio do CCM, e que se destina a crianças com necessidades educativas especiais. Destaque ainda para a exposição permanente “A Magia das Linhas: O Mundo Maravilhoso dos Livros Ilustrados de Serge Bloch”.

31 Jul 2025