Especial 2018 | Desporto: Entre o céu e o inferno

[dropcap]N[/dropcap]o campo desportivo, o ano de 2018 teve tudo para ser de excelência na RAEM. A participação surpreendente do Benfica de Macau nas competições asiáticas de futebol e a primeira medalha de ouro para Macau nos Jogos Asiáticos, conquistada por Huang Junhua, na modalidade Wushu, foram os momentos altos do ano. Mas o ouro ficou assombrado pela abertura da caixa de pandora e a exclusão da atleta Paula Carion da competição.

Começando pelo lado positivo, no futebol. É verdade o Benfica de Macau teve até aqui acesso a fundos sem paralelo no panorama da modalidade. Mas ter muito dinheiro não significa ter sucesso. Contudo, Duarte Alves conseguiu montar um projecto dominador internamente, que transpôs uma mentalidade vencedora para a realidade das competições asiáticas, nomeadamente para a Taça AFC.

Em seis jogos na fase de grupos da competição, o Benfica só sofreu duas derrotas, ambas frente à equipa do 25 de Abril, que foi semi-finalista da prova e que é a espinha dorsal da selecção da Coreia do Norte. E todos sabemos que as realidades do futebol na RAEM e na Coreia do Norte não são de todo comparáveis, mesmo que as águias tenham vencido por duas vezes uma outra equipa norte-coreana.

Contra tudo e todos

Mas se a nível desportivo, o Benfica de Macau merece todos os elogios, o maior feito talvez até tenha sido alcançado na secretaria, principalmente na relação com a Associação de Futebol de Macau (AFM). A inscrição é sempre feita contra tudo e contra todos. Em qualquer lado, as pessoas assumem que as associações têm todo o interesse em ver os clubes locais destacarem-se e brilharem foram de portas. Mas a AFM teima, ano após ano, em provar o contrário. Goste-se ou não, a mediocridade associativa local, que fica sempre impune, faz sempre mais para afastar as pessoas e os agentes do futebol.

Em 2017, o Benfica de Macau ficou fora da fase de grupos da Taça AFC porque os responsáveis da AFM “não viram a tempo” o fax para que a inscrição do clube fosse feita. E não, este episódio não é uma brincadeira. E este ano a AFM voltou a tirar o tapete ao Benfica, sem qualquer pudor. Ao contrário do ano passado, os clubes precisam de ter uma equipa do escalão sub-18 para poderem competir na Taça AFC. Dadas as particularidades dos clubes locais, o Benfica não tinha equipa. A solução foi encontrada com convites a futebolistas de equipas escolares para jogarem no escalão local de sub-18. Estes atletas iriam assim jogar no campeonato escolar, pelas respectivas escolas, e no campeonato sub-18 da associação, com as cores do Benfica.

No entanto, numa decisão sem precedentes, a AFM decidiu que as esquipas escolares, que têm um campeonato próprio, também podem jogar no campeonato de sub-18 chancelado por si. Como consequência o Benfica ficou sem equipa e sem hipótese de participar na Taça AFC. Alguém acredita que esta decisão beneficiou o futebol local? A AFM deveria servir os clubes e atletas ou as escolas?

Mesmo assim, em 2018 fica a memória de um clube que foi a excepção e que levou o nome de Macau mais longe, muito mais longe do que a AFM alguns vez conseguiu e, ao que parece, desejou.

Huang de ouro

O ano que agora termina marca igualmente a estreia de Macau entre os medalhados de ouro nos Jogos Asiáticos. Nascido em Guangxi, Huang Junhua veio para Macau atrás do sonho de uma carreira ao mais alto nível das artes marciais e levou a Bandeira da RAEM ao topo, onde nunca tinha estado. A medalha foi conquistada na vertente Nanquan do Wushu.

Mesmo que a modalidade tenha pouca expressão nos países sem comunidades chinesas, a verdade é que o ouro foi conquistado contra as potências do Wushu, nomeadamente Interior da China, Hong Kong e Vietname.

Mais do que um atleta local, Huang é ainda um dos melhores exemplo da essência de Macau, de um território que sempre viveu da imigração e que com ela foi crescendo. Espera-se que Huang consiga repetir por muitos e longos anos as vitórias contra as grandes potências e que continue a orgulhar Macau.

Precedente aberto

Se para o Chefe do Executivo, os Jogos Asiáticos foram um momento de orgulho. O mesmo não se pode dizer que tenha acontecido, principalmente para a comunidade macaense e locais com passaporte português. Pela primeira vez na história da participação de Macau nos Jogos Asiáticos, os residentes com passaporte português foram impedidos de participar. Uma discriminação que vai contra o espírito da Lei Básica. Infelizmente para todos nós, a principal vítima deste Governo fraco, que não sabe proteger os interesses dos seus cidadãos nem a singularidade de Macau, foi a macaense Paula Carion.

Nascida em Macau, residente local, falante das duas línguas oficiais e medalhada com o ouro nos Jogos da Ásia Oriental disputados na RAEM, Carion foi tratada como cidadã de segunda. Sem que tenha havido o mínimo de respeito por tudo o que fez pelo território. E mais grave, foi aberto um precedente que é um ataque directo à comunidade macaense.

E as imagens?

Uma análise ao ano desportivo, não poderia terminar sem uma menção ao Grande Prémio de Macau. À imagem do ano passado, a prova foi um sucesso e o acidente de Sophia Flörsch, felizmente sem consequências de maior face à dimensão do impacto, fez com que o circuito de Macau fosse, mais uma vez, tema de conversa em todos o mundo

No entanto, há um aspecto muito negativo que tem obrigatoriamente de ser mencionado: a ausência de imagens de vários acidentes. O evento ficou marcado por uma omissão dos impactos, que a todos pareceu propositada. E se é normal que não se queira mostrar imagens de sangue e dos pilotos em momentos de angústia, nada justifica que se vá contra a prática habitual da modalidade e que se escondam os momentos dos acidentes. Uma prova com 65 anos de história já não deveria estar envolvida neste tipo de polémicas.

2 Jan 2019

Automobilismo | Campeonato de Carros de Turismo de Macau voltará a Zhuhai

[dropcap]A[/dropcap] Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não anunciou o calendário de corridas para a edição de 2019 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), mas o futuro promotor do Campeonato de Hong Kong de Carros de GT antecipou-se e revelou as duas datas para a competição automóvel da RAEM.
Numa conferência de imprensa, realizada na pretérita semana, na sede do Hong Kong Automobile Association (HKAA), a Richburg Motors deu conta que as duas provas deste no campeonato de GT – cujos contornos ainda são muito vagos mas que poderá atribuir convites para a Taça GT Macau – serão em concomitância com os dois fins-de-semana do “Festival de Corridas de Macau” no Circuito Internacional de Zhuhai, onde por tradição se disputam as provas do MTCS.
Assim sendo, o primeiro fim-de-semana da competição que apura dos pilotos locais de carros de Turismo para o Grande Prémio de Macau está marcado para 25 e 26 de Maio, enquanto que o segundo embate está agendado para 29 e 30 de Junho.
Estas mesmas datas estão já reservadas, como é possível consultar no calendário de eventos do Circuito Internacional de Zhuhai disponibilizado online.

Vantagens da proximidade

Apesar de vários pilotos terem mostrado o seu desagrado pelas repetidas visitas ao circuito permanente da cidade adjacente a Macau, a verdade é que este representa bastantes vantagens para os intervenientes locais.
“É aqui ao lado e assim não temos custos de viagens e estadias”, explicou ao HM, o experiente piloto português Rui Valente. Ao mesmo tempo, este representa outras preeminências, como o facto de existirem “vários prestadores de serviços em redor do circuito relacionados com o automobilismo e a facilidade de realizar testes.”
Visto que 2019 deverá ser um ano de transição para o MTCS, pois a introdução da nova regulamentação técnica só é expectável em 2020, não são esperadas novidades de vulto na próxima temporada no único campeonato de automobilismo do território, nem a nível técnico, nem a nível desportivo.

27 Dez 2018

Automobilismo | Vencedores da Taça de Macau de Turismo atacam 24 horas do Dubai

Equipa Teamwork, grande dominadora da prova de carros de turismo para pilotos locais do Grande Prémio de Macau, vai iniciar temporada de 2019 com prova de resistência

 

[dropcap]O[/dropcap]s vencedores da Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, Sunny Wong e Paul Poon, estão entre os quatro pilotos escolhidos pela equipa Teamwork Motorsport para atacar as 24 horas do Dubai. A prova está agendada para o fim-de-semana de 11 de Janeiro, no Autódromo do Dubai, na configuração com uma distância de 5,39 quilómetros.

A participação na prova do Médio Oriente marca o início da próxima época para a equipa Teamwork, que normalmente acaba a temporada com a participação no Grande Prémio de Macau, também devido ao patrocínio da empresa local, Suncity. Além de Wong e Poon, Alex Fung, quinto classificado à geral na Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio, e Alex Hui completam o grupo de quatro pilotos que vai conduzir o Audi RS3 LMS.

“Ao longo dos mais de 20 anos que tenho de experiência no automobilismo posso dizer que tenho poucos quilómetros em provas de resistência. Por isso, sinto-me muito entusiasmado com a hipótese de competir pela primeira vez numa prova de 24 horas”, disse Paul Poon, que tem no currículo sete triunfos na Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, entre a classe para carros até 1600CC. “O resultado não vai ser o mais importante, o principal vai ser mesmo disfrutar da experiência e da viagem”, acrescentou.

Mais experiente nestas andanças é Sunny Wong. O piloto de Hong Kong estreou-se na competição em 2011. “Vamos correr as 24 horas do Dubai depois de uma pausa de dois meses. Acho que é uma boa forma de começarmos 2019 e de nos prepararmos para os nossos programas de corridas”, afirmou Wong.

O piloto recordou depois as dificuldades da estreia na prova: “A primeira vez que corri esta prova foi em 2011, com uma equipa da Holanda. Na atura, ainda não era um evento muito popular entre as equipas asiáticas. Mas isso mudou. Agora vou regressar com a Teamwork e também quero ver as alterações que a prova sofreu”, acrescentou.

Participação esporádica

Por sua vez, Ken Lui, director técnico da equipa, encara o evento como uma participação esporádica e de aprendizagem. “Vai ser uma participação única nesta parte do globo. E é também um marco porque é a primeira vez que temos viajamos para tão longe para competir”, começou por dizer. “Também é uma oportunidade de rever vários amigos e ex-colegas de trabalho, porque são muitas as equipas asiáticas que vão estar presentes”, sublinhou.

Na lista de inscritos consta também o nome do piloto de Macau Kévin Tse, que vai participar com a equipa Porsche Centre Hong Kong, ao volante de um carro do construtor alemão, o 911 GT3 R.

20 Dez 2018

Desinvestimento do Benfica de Macau abre portas a maior equilíbrio

A cerca de um mês do início da época, ainda há muita indefinição nas equipas locais. Mas o fosse entre o pentacampeão Benfica e as outras equipas vai cair significativamente

 

[dropcap]A[/dropcap]inda falta um mês para o arranque da Liga de Elite, mas os planteis das equipas participantes começam a ganhar forma. A principal novidade para a nova época é o desinvestimento por parte do Benfica de Macau, depois de confirmada a ausência da Taça AFC, que poderá fazer com que outras possam aspirar à conquista do título.

No lado dos encarnados há um claro desinvestimento no plantel. Até ao momento confirma-se a saída do avançado e goleador Carlos Leonel, que como já se sabia foi estudar para o Interior da China, mas podem seguir-se outras saídas. Nesta altura, também ainda não é certo que Nikki Torrão se mantenha no Benfica de Macau.

Ao HM, o director-técnico das águias, Duarte Alves, reconheceu o corte no orçamento para o futebol. “Cortámos bastante no orçamento porque não temos o objectivo da AFC. Só estamos nas competições internas. Por isso vamos ter uma equipa com mais jogadores locais e menos estrangeiros. É com essa equipa que vamos atacar a Liga de Elite”, explicou.

“Mas acredito que vamos ser uma equipa competitiva à mesma e que vamos ser candidatos ao títulos. Temos uma base de jogadores locais muito forte e com bastante experiência”, acrescentou.

Duarte Alves não quis revelar eventuais entradas e saídas, por considerar que ainda falta muito tempo para o início da época. Porém, confirmou que Cuco vai ser o treinador, à imagem do que aconteceu no troféu Bolinha.

Cinco jovens promovidos

No que diz respeito ao Sporting de Macau, ainda se trabalha no sentido de garantir a permanência dos atletas nigerianos, Prince, Malachy e Bright. As certezas são a promoção de cinco jovens da equipa sub-18.
“Temos vários jogadores que vão ficar e que devem constituir a maior parte do plantel para a próxima época e ainda estamos a trabalhar para manter um núcleo duro de jogadores, que ainda não sabemos se vai ser possível”, disse José Reis, director técnico do clube, ao HM.

Confirmada está a inclusão no plantel principal dos jovens Hudson Saviny, Jorge Ferreira, Filipe Ferreira, Romir Goswami e Tiago Monteiro.

A estabilidade é igualmente a aposta do Ching Fung. Segundo o responsável pela equipa, nesta fase, está confirmada a contratação do avançado William Gomes. Contudo, o principal trunfo vai ser a aposta na continuidade dos atletas estrangeiros e locais.

“Ao nível dos atletas estrangeiros vamos manter todos os que tínhamos no ano passado. Ao nível dos jogadores locais vamos também manter a mesma base. Por isso, com os mesmos atletas mas mais um ano de experiência, temos condições para melhorar o quarto lugar do ano passado”, afirmou João Rosa, dono da equipa, ao HM.

“Também contratámos o William Gomes, que deve fechar a nossa equipa. Não temos capacidade para fazer um investimento muito maior do que este”, explicou.

Canarinhos reforçam-se

No Monte Carlo, de acordo com o responsável do clube, Firmino Mendonça, a tendência é para apostar nos jogadores formados internamente. Contudo, existe a possibilidade de haver dois reforços, que poderão fazer com que o Monte Carlo entre na luta pelos cinco primeiros lugares da Liga de Elite. Na última edição da prova, os Canarinhos terminaram no 6.º lugar.

“Vamos apostar nas camadas jovens, como já temos vindo a fazer. Podemos acrescentar dois estrangeiros ao plantel, mas ainda estamos a tratar da composição da equipa”, afirmou Mendonça. “O nosso objectivo vai sempre passar pela manutenção”, frisou.

Firmino não avançou o nome dos eventuais reforços, mas segundo o HM apurou, o defesa Gil Ferreira e o avançado Fabrício Lima devem ser os escolhidos para integrar o plantel orientado pelo ex-seccionador de Macau, Joseph Tam.

Nesta altura ainda não está definida a data do sorteio para a competição. Todavia, a Liga de Elite deverá arrancar a 18 de Janeiro.

19 Dez 2018

José Mourinho deixa comando técnico do Manchester United

[dropcap]O[/dropcap] treinador português José Mourinho deixou hoje o comando técnico do Manchester United, anunciou o sexto classificado da Liga inglesa de futebol. “O Manchester United comunica que o treinador José Mourinho deixa o clube com efeito imediato”, refere a nota na página dos ingleses, acrescentando um agradecimento ao treinador e o desejo de sucesso para o futuro.

Na curta nota, os ‘red devils’ explicam ainda que iniciaram um processo para a escolha de um novo treinador, mas que a equipa terá um interino a curto prazo. “Um novo treinador será indicado até ao final da actual época, enquanto o clube prosseguirá o processo de contratação de um treinador novo, a tempo inteiro”, acrescenta o comunicado.

Mourinho, de 55 anos, chegou aos ‘red devils’ em 2016/17, época em que alcançou os únicos títulos no clube, a Taça da Liga inglesa, a Supertaça e a Liga Europa. Após 17 jornadas, o Manchester United ocupa o sexto lugar do campeonato, com 26 pontos, menos 19 do que o líder Liverpool.

Na Liga dos Campeões, o Manchester United foi segundo na fase de grupos, atrás da Juventus, e nos oitavos de final defrontará os franceses do Paris Saint-Germain. O técnico português levou o clube ao segundo lugar do campeonato na época passada, depois de ter sido sexto na estreia.

18 Dez 2018

Quase 4 mil escolas primárias chinesas incluíram o futebol no currículo

[dropcap]Q[/dropcap]uase quatro mil escolas primárias chinesas incluíram o futebol entre as suas disciplinas, desde que o Governo chinês lançou, em 2015, um plano para converter o país numa potência do futebol, segundo dados oficiais hoje divulgados.

O ministério da Educação da China detalhou hoje que o futebol integra já o programa curricular de 3.916 escolas primárias. “Com uma perspectiva a longo prazo, a China está a alcançar um progresso constante, no seu plano de reforma e desenvolvimento do futebol, lançado em 2015, visando transformar o país numa potência do futebol, até 2050”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua.

O referido plano, aprovado pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o organismo máximo chinês encarregado da planificação económica, prevê a inclusão do futebol em 20.000 escolas, até 2020, e que a modalidade seja praticada, “com frequência”, por mais de 30 milhões de estudantes do ensino primário e secundário.

“O futebol é um projecto a longo prazo na China. Falamos de mais uma ou duas gerações, até que o país possa alcançar o nível necessário para competir com êxito num campeonato do mundo”, afirma o antigo treinador das camadas jovens do clube chinês Guangzhou Evergrande, Marco Pezzaiuoli, citado pela Xinhua.

Na segunda fase do plano, entre 2021 e 2030, a China espera que a sua selecção feminina volte a constar entre as melhores do mundo, depois de, em 1999, ter sido vice-campeã mundial, e que a masculina seja umas das melhores da Ásia.

O objectivo final é colocar a selecção masculina entre “as melhores equipas do mundo”, até meados deste século. Desde a província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, à ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, mais de 100 treinadores portugueses vivem hoje no país asiático, alguns contratados por clubes e outros integrados no sistema de ensino público.

O antigo treinador do FC Porto Vítor Pereira sagrou-se este ano campeão na China, pelo Shanghai SIPG, atribuindo o sucesso dos portugueses no país à sua “capacidade de adaptação” e “boa formação”.

“Um dos segredos do treinador português é ter essa capacidade: chegamos a qualquer lado e adaptamo-nos”, afirmou à agência Lusa o técnico, no final da sua primeira época na China.

A China, o país mais populoso do mundo, com quase 1.400 milhões de habitantes – mais do dobro de toda a União Europeia -, ocupa o 76.º lugar do ‘ranking’ da FIFA, atrás de Cabo Verde, Burkina Faso e muitas outras pequenas nações em vias de desenvolvimento. A única participação do país num Mundial ocorreu em 2002, quando, na Coreia do Sul e no Japão, não passou da fase de grupos, ao somar três derrotas, frente a Brasil, Turquia e Costa Rica.

18 Dez 2018

Mundiais de natação em Hangzhou | Federação portuguesa diz que objectivos foram superados

[dropcap]O[/dropcap] Director Técnico Nacional (DTN) de natação considerou que a participação portuguesa nos Mundiais de piscina curta “ultrapassou os objetivos definidos”, com a obtenção de 14 recordes nacionais e três presenças em finais. A competição realizou-se em Hangzhou, China.

“Esperamos que estes resultados se possam assumir como injeção motivacional para o próximo campeonato do mundo de piscina longa e para o que falta cumprir até ao final do ciclo Tóquio 2020”, afirmou José Machado, em declarações à Federação Portuguesa de Natação (FPN).

José Machado destacou a “atitude competitiva” dos dez atletas que representaram Portugal na competição, que terminou no domingo. O DTN mostrou-se satisfeito com a qualificação “para duas finais individuais e uma de estafeta e 11 classificações individuais dentro dos 16 primeiros”.

O responsável técnico, que considerou fundamental “o papel dos clubes e treinadores dos nadadores” lembrou ainda que “a competição fica marcada pela obtenção de 14 recordes nacionais absolutos, quatro dos quais foram batidos por duas vezes”.

Antes da partir para a China, a seleção portuguesa realizou um estágio em Macau, que José Machado considerou ter sido uma mais-valia para os nadadores.

Em Hangzhou, Portugal marcou presenças na final feminina dos 200 metros mariposa, na qual Ana Catarina Monteiro foi sexta, na final dos 800 metros estilos, que João Vital terminou no oitavo posto, e na final da estafeta masculina 4×200 metros livres, que o quarteto luso concluiu no sétimo lugar.

18 Dez 2018

Automobilismo | Rui Valente não pensa em parar

Rui Valente comemorou este ano trinta anos de carreira no automobilismo, mas a prova de encerramento de um ano que se queria de consagração não correu em nada como o desejado. Contudo, apesar da enorme frustração, o mais antigo piloto português de Macau em actividade não vai atirar a toalha ao chão

 

[dropcap]D[/dropcap]epois dos infortúnios nas provas de apuramento dos pilotos locais, durante o verão no Circuito Internacional de Zhuhai, Rui Valente foi catapultado para a grelha de partida da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) do 65º Grande Prémio de Macau. No entanto, o regresso à Corrida da Guia foi todo menos fácil e o resultado pouco memorável.

A conduzir um Volkswagen Golf GTi TCR alugado a uma equipa chinesa pela primeira vez, Valente não conseguiu qualificar-se para as três corridas do WTCR que faziam parte do programa. “Fiquei mesmo arrasado”, confessou ao HM o piloto que competiu pela primeira vez no Circuito da Guia em 1988. “Depois da primeira qualificação fiquei totalmente desmotivado. Nunca consegui baixar dos 2 minutos 40 segundos. Perdia sempre muito tempo nos primeiros três sectores e só no último é que conseguia acompanhar os outros carros.”

Para além dos vinte quilogramas suplementares que todos os “wild cards” foram obrigados a carregar pelo regulamento do WTCR, tal como outros pilotos locais, o piloto luso debateu-se com uma contrariedade antes mesmo do arranque. O facto de ter alinhado sem seguro em caso de acidente.

“Num circuito em que qualquer pequeno erro se paga muito caro, não consegui colocar isso para trás das costas durante todo o fim-de-semana”, admite hoje Valente que também consente que não foi só essa a razão para ter ficado aquém das suas expectativas, mas sim “um conjunto de factores” que reunidos não jogaram a seu favor num fim-de-semana sempre muito intenso para os representantes da RAEM.

Nunca digas nunca

Embora a estreia no WTCR não se tenha traduzido na experiência que desejava, Valente não esconde que gostava de voltar ao campeonato mundial de carros de Turismo da FIA, mas com outro tipo de preparação.
“Gostei muito de conduzir o Volkswagen Golf TCR e gostaria de voltar a correr no WTCR, mas para lá voltar teria que ser com outras condições. Fazer duas ou três corridas antes de Macau e participar com seguro. Mas isto custa muito dinheiro e é quase impossível”, reconhece Valente.

Todavia, o habitual piloto do campeonato de carros de Turismo de Macau sabe que mesmo com todas as condições é muito difícil para um piloto local ombrear com os melhores do mundo da especialidade.
“Está fora de questão pensar em andar lá à frente, porque os pilotos que correm no WTCR são de nível mundial e têm uma rodagem completamente diferente. Correm com estes carros o ano todo”, afirma. “Mas gostava de ter uma nova oportunidade…”

Já a pensar em 2019

Fora de questão está por agora poisar o capacete. Valente espera voltar a competir já em Março do próximo ano quando arrancar mais uma edição do “GIC Challenge”, a competição de carros de Turismo organizada pelo Circuito Internacional de Guangdong que engloba as antigas categorias N2000, S2000 e Road Sport, e que se realiza nos meses de Março, Abril e Maio.

“Estou a planear novamente correr no ‘GIC Challenge’, no circuito de Zhaoqing, e depois voltar competir no Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa) com o meu MINI”, afirma.
O MINI Cooper S poderá sofrer algumas modificações durante o defeso, de forma a torná-lo ligeiramente mais competitivo para fazer face à concorrência, mas nada extraordinário, visto que a regulamentação técnica expira no final de 2019.

O calendário do MTCS, a competição organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) que apura os pilotos de carros de Turismo locais para o Grande Prémio, ainda não tem o calendário da próxima temporada definido, podendo novamente regressar a Zhuhai para duas jornadas duplas, ou então, rumar a outro circuito no interior da China.

18 Dez 2018

Judoca Jorge Fonseca termina em quinto lugar no Masters de Guangzhou

[dropcap]O[/dropcap] judoca português Jorge Fonseca foi ontem quinto classificado na categoria de -100 kg do Masters de Guangzhou, que decorreu na China e reuniu os 16 melhores praticantes mundiais de 2018 em cada classe de peso.

Jorge Fonseca atingiu a fase de repescagem para a conquista da medalha de bronze, na qual perdeu frente ao egípcio Ramadan Darwish, por ‘ippon’, após 6.06 minutos de combate, alcançado, ainda assim, o melhor resultado da equipa portuguesa que participou na prova.

O judoca português impôs-se no primeiro combate ao chinês EriHemubatu, por ‘ippon’, após 4.44 minutos de confronto, mas ficou depois afastado da luta pelas medalhas de ouro e de prata, ao perder com o israelita Peter Paltchik, por ‘waza-ari’.

Na repescagem para a medalha de bronze, Jorge Fonseca bateu o irlandês Benjamin Fletcher, por ‘ippon’, após 4.18 de combate, antes de ceder perante Darwish, numa altura em que já tinha recebido três penalizações, contra duas do egípcio.

O outro judoca português que entrou ontem em acção no Masters de Guangzhou, Anri Egutidze, na categoria de -81 kg, não passou do combate inaugural, frente ao mongol Dagvasuren Nyamsuren, que se impôs por ‘waza-ari’.

Egutidze teve o mesmo destino das três judocas lusas que participaram sábado na prova, na qual Portugal igualou a maior representação de sempre, com cinco atletas, uma vez que Telma Monteiro (-57 kg), Joana Ramos (-52 kg) e Catarina Costa (-48 kg) também foram eliminadas no primeiro combate.

17 Dez 2018

Mundiais de natação em Hangzhou | Gabriel Lopes bate recorde nacional

[dropcap]O[/dropcap] nadador português Gabriel Lopes bateu ontem o recorde nacional dos 200 metros costas, apesar de ter falhado a qualificação para a final da prova, no último dia dos Mundiais de piscina curta, em Hangzhou, na China.

Gabriel Lopes nadou a distância em 1.52,66 minutos, superando o anterior máximo nacional, de 1.53,06, que pertencia a Pedro Oliveira desde 22 de dezembro de 2012, e terminando com o 16.º melhor tempo das eliminatórias, nas quais se apuravam para a final os oito mais rápidos.

O atleta do Louzan Natação foi uma das principais figuras da seleção portuguesa em Hangzhou, uma vez que já batido o recorde nacional dos 50 metros costas (23,75 segundos e, posteriormente, 23,69), dos 100 metros costas (51,48 segundos) e ajudado a superar os máximos na estafeta de 4×100 e 4×200 metros livres.

Portugal terminou os Mundiais de piscina curta com um total de 14 novos recordes nacionais e três presenças em finais, por Ana Catariana Monteiro (sexta classificada, nos 200 metros mariposa), João Vital (oitavos, nos 400 metros estilos) e a estafeta de 4×200 livres (sétima colocada).

Também ontem Raquel Pereira, que tinha superado o recorde nacional dos 100 metros estilos, terminou no 18.º lugar a prova dos 200 metros bruços, com o tempo de 2.25,28 minutos, a 18.ª melhor marca, entre 32 participantes.

17 Dez 2018

Hong Kong vence Torneio da Soberania

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong conquistou ontem o Torneio da Soberania, que junta equipas de veteranos, após a vitória por 3-0, na final, diante da Malásia. Macau terminou no sexto lugar, enquanto Portugal, representado pelo Vitória de Setúbal, ficou em quarto.

“Hong Kong venceu com muita justiça porque teve uma boa prestação ao longo do torneio, mas também aproveito para dar os parabéns à equipa da Malásia, porque desta vez veio mesmo com a intenção de ganhar”, comentou Francisco Manhão, fundador e antigo presidente da Associação dos Veteranos de Futebol de Macau, a entidade que organiza anualmente a prova. “Este ano verifiquei que as equipas estavam mais bem preparadas, procurando trazer os melhores jogadores e quem saiu beneficiado foi a Associação dos Veteranos de Futebol de Macau, porque o torneio despertou interesse pelas equipas participantes”, sublinhou, em declarações ao HM.

Hong Kong ficou assim em primeiro lugar, a Malásia em segundo, num pódio que ficou completo com Taipé que, na manhã de ontem, bateu os sadinos por 2-1 na sequência de grandes penalidades, após um empate de 1-1 no fim do tempo regulamentar, remetendo então o Vitória de Setúbal para o quarto posto.

Já a Coreia do Sul que se sagrou campeã por oito vezes, a última das quais na competição do ano passado, ficou em quinto. Os veteranos de Macau não foram além do sexto lugar, enquanto a selecção do Vietname foi sétima classificada. A China, representada pela província de Sichuan, ficou em oitavo e último lugar.

17 Dez 2018

Mundiais de natação em Hangzhou | João Vital qualifica-se para final de 400m estilos

[dropcap]O[/dropcap] nadador português João Vital qualificou-se ontem para a final da prova dos 400 metros estilos dos Mundiais de piscina curta, que decorrem em Hangzhou, na China, ao obter o oitavo melhor tempo nas eliminatórias.

João Vital foi o último nadador apurado para a final, que se disputou ontem, ao concluir a prova com o tempo de 4.06,93 minutos, superando por larga margem o seu máximo pessoal (4.09,19) e ficando muito perto do recorde nacional, de Diogo Carvalho, cifrado em 4.06,83.

Nos 200 metros estilos femininos, as duas representantes lusas falharam a presença na final. Victoria Kaminskaya, recordista nacional, obteve o 19.º tempo nas eliminatórias, com 2.12,82 minutos, enquanto Diana Durães terminou com a 28.ª marca, de 2.16,26, tendo a qualificação para a final ficado fechado em 2.07,78.

Ana Catarina Monteiro bateu o recorde pessoal nos 100 metros mariposa, com o tempo de 59,27 segundos, mas também não conseguiu apurar-se para as meias-finais da prova, uma vez que a última nadadora apurada obteve 58,22, tendo terminado com 24.º melhor registo, entre 46 inscritas.

16 Dez 2018

Judocas portuguesas não passam do primeiro combate no Masters de Guangzhou

[dropcap]A[/dropcap]s três judocas portuguesas que ontem combateram no Masters de Guangzhou foram eliminadas logo na primeira eliminatória da prova, que decorre na China e reúne 16 melhores praticantes mundiais de 2018 em cada categoria.

Telma Monteiro, a judoca lusa com mais titulada, com destaque para a medalha de bronze olímpica conquistada em 2016, no Rio de Janeiro, perdeu com a kosovar Nora Gjakova – que viria a conquistar a medalha de prata -, na categoria de -57 kg, por ‘waza-ari’, depois de já ter sido alvo de duas advertências.

Na categoria de -52kg, Joana Ramos foi eliminada no combate inaugural pelo mesmo método (‘waza-ari’) e igualmente após ter sofrido duas advertências, perante a suíça Evelyne Tschopp.

Catarina Costa, em -48 kg, também não conseguiu passar da primeira ronda, ao perder por ‘ippon’ frente à sérvia Milica Nikolic, após 2.42 minutos de combate e também depois de ter recebido duas advertências, por falta de combatividade e por falso ataque.

Apesar de igualar em Guangzhou a maior participação de sempre, registada no ano passado, com cinco judocas, Portugal teve uma entrada em cena modesta, procurando melhorar o desempenho no domingo, através de Anri Egutidze, na categoria de -81 kg, e de Jorge Fonseca, em -100 kg.

16 Dez 2018

Material roubado do carro de Sophia Floersch recuperado

[dropcap]A[/dropcap] asa frontal do carro da piloto alemã Sophia Floersch, que tinha sido roubada durante o Grande Prémio e colocada à venda no eBay, foi recuperada pelas autoridades. A peça do carro que está avaliada em cerca de 50 mil patacas é agora aguardada na Holanda, pela equipa Van Amersfoort Racing, de acordo com um artigo da revista Autosport.com.

A publicação entrevistou o dono da equipa, Frits van Amersfoort, que revelou que logo a seguir ao acidente a asa da frente do carro de Fórmula 3 foi levada, assim como o restritor de ar do motor. Mais tarde a asa foi mesmo encontrada à venda online.

“Houve um amigo que nos contou o que se tinha passado”, começou por dizer o holandês. “E eu quando soube disse logo: ‘Que diabo! A asa da frente sobreviveu!’. Depois notificámos rapidamente a polícia, que já enviou o material pelo correio”, revelou Frits.

O HM contactou a Polícia Judiciária (PJ) para perceber os contornos de caso, mas até à hora do fecho da corrente edição, a informação não foi disponibilizada.

Frits van Amersfoort comentou ainda o acidente da alemã, que aconteceu em Novembro: “Foram dias que nunca vou esquecer”, recordou. O holandês fez depois um ponto da situação: “Ela está a recuperar muito bem e está muito bem disposta. Temos esperança que comece a competir no simulador já no próximo mês”, acrescentou.

Foi a 18 de Novembro, durante o Grande Prémio de Fórmula 3, que Sophia Floersch sofreu um aparatoso acidente na Curva do Lisboa. O acidente deu-se na zona mais rápida do circuito em que os carros atingem velocidades de 270 km/h.

Como consequência, Sophia Floersch fracturou a vértebra C7 e foi submetida a uma operação que durou cerca de 9 horas. Apesar do aparato, a piloto acabaria por ter alta ainda antes do final desse mês.

Na altura, os médicos estimaram que a atleta fosse ter mais seis meses pela frente da fisioterapia, contudo, as indicações apontam para que seja capaz de voltar a competir normalmente. A própria piloto já demonstrou vontade de regressar para o ano ao circuito da Guia para voltar a competir da Fórmula 3.

14 Dez 2018

Veteranos | Hélio Sousa e Mário Loja apontam à vitória no Torneio da Soberania

Arrancou hoje o Torneio da Soberania e a equipa de veteranos do Vitória de Setúbal quer levar a taça para Portugal. A estreia realizou-se frente à Coreia do Sul

 

[dropcap]O[/dropcap] Vitória de Setúbal, em representação de Portugal, entra em acção hoje no Torneio da Soberania, às 12h15, diante da Coreia do Sul. O objectivo é claro: conquistar a competição. As metas foram traçadas pelos atletas Hélio Sousa, actual seleccionador sub-19 da equipa das quinas, e Mário Loja, ex-defesa do Vitória de Setúbal e Boavista.

“No Vitória, desde sempre, no passado e no presente, entramos para ganhar. É essa mentalidade e não há excepções só por estarmos no escalão de veteranos”, disse Hélio Sousa, ao HM, que passou toda a carreira como jogador profissional nos Sadinos.

Agora, pretende juntar mais um troféu ao palmarés, desta feita a nível de veteranos, à Taça de Portugal conquistada em 2004/2005, quando o Setúbal derrotou o Benfica de Giovanni Trapattoni por 2-1, no Jamor.

“É claro que estes torneios têm um vertente de recriação, de convívio e que nos permite conhecer outros locais e cultura. Mas não é por isso que a componente desportiva deixa de estar muito presente. Com isto em mente, vamos tentar fazer o nosso melhor, que neste caso é vencer”, acrescentou.

Objectivos semelhantes foram traçados por Mário Loja, atleta de 40 anos que representa actualmente o Comércio e Indústria, nos distritais de Setúbal, e que ao longo da carreira representou o V. Setúbal, Boavista, Beira-Mar, Arouca, entre outros.

“Não conhecemos o nível das outras equipas. Mas sabemos o nosso. Se estivermos ao nosso melhor nível e evitarmos lesões, acho que os adversários vão ter tarefas muito complicadas”, contou Mário Loja, ao HM.
“O nosso pensamento passa sempre por ganhar. Mas primeiro vamos focar-nos no encontro inaugural, depois no jogo seguinte e assim sucessivamente, para podermos chegar o mais longe possível”, completou.

Duas estreias

Apesar do Vitória de Setúbal ter participado na competição em 2016 (perdeu na final por 2-1, com Hong Kong), 2018 marca a estreia de Hélio Sousa e Mário Loja no território. A boa experiência dos outros atletas da equipa na primeira passagem foi uma das razões apontadas para aceitarem participar na Taça da Soberania.

“Como os outros colegas que participaram anteriormente me falaram muito bem do torneio, disseram que é uma prova muito bem organizada, que tinham sido muito bem recebidas, decidi vir. Sempre que posso, jogo na equipa dos veteranos do Vitória do Setúbal e como o meu calendário permitia, estou aqui”, explicou Hélio Sousa, que como jogador se sagrou campeão do mundo de sub-20 em Riade, 1989, por Portugal.

Quanto às primeiras impressões da RAEM, Mário Loja admitiu que ficou surpreendido. “O nível dos arranha-céus, os casinos, tudo isto é muito diferente do que imaginava quando estava em Portugal… No final do torneio vamos ter mais dois dias para passear e ver melhor a cidade. Mas até agora gostei das primeiras impressões”, revelou.

À procura da finalíssima

À semelhança dos anos anteriores, a competição divide-se em dois grupos. Um que se chama Torneio da Soberania, e que conta com as equipas de Macau, Hong Kong, Taipé e Interior da China, representado por uma formação da Sichuan. O outro é o Torneio da Soberania por Convite, em que participa o Vitória de Setúbal, e equipas vindas do Vietname, Malásia e Coreia do Sul.

Os vencedores dos grupos disputam depois a finalíssima que está agendada para domingo, no Canídromo, ainda com hora a definir.

14 Dez 2018

Mundiais de natação em Hangzhou | Ana Catarina Monteiro superou-se com sexto lugar

[dropcap]A[/dropcap] nadadora portuguesa Ana Catarina Monteiro, sexta classificada na final dos 200 metros mariposa dos Mundiais de piscina curta, com recorde nacional, em Hangzhou, na China, disse ontem que a “superação marcou o dia”.

“Estou muito feliz só pelo facto de ter participado. Claro que o primeiro recorde nacional e um lugar na final e depois o segundo recorde com um sexto lugar na final deixam-me com uma alegria indescritível”, referiu a nadadora, admitindo que apesar do resultado não se sentia a 100%.

Ana Catarina Monteiro, que terminou a prova a 4,14 segundos da vencedora, a húngara Katinka Hosszu, fixou o novo máximo de Portugal em 2.05,74 minutos, superando por larga margem o recorde que tinha estabelecido nas eliminatórias realizadas durante a manhã, com o tempo de 2.06,49 minutos.

“Os recordes estavam nos meus planos até porque treino todos os dias com esse objectivo. Estes resultados motivam-me para continuar a traçar os objetivos que são os Jogos Olímpicos”, referiu nadadora, que chegou a admitir não participar devido a problemas com a adaptação à comida.

A nadadora do Fluvial Vilacondense chegou à final com o oitavo tempo das eliminatórias, depois de ter terminado no quarto lugar da sua série e superado o recorde de Portugal que vigorava à partida para a China, de 2.07,62 minutos, que lhe pertencia desde 15 de Abril de 2018.

“Eu e o meu treinador, Fábio Pereira, temos tudo bem pensado, mas vamos superando um objectivo de cada vez. Ainda vou nadar os 100 metros mariposa, uma prova muito rápida para mim, e o recorde [português] é o objetivo”, explicou.

A jornada ficou ainda marcada pelo recorde nacional de Miguel Nascimento nos 200 metros livres (1.43,76 minutos), depois do nadador do Benfica ter fixado na véspera novo máximo nos 100 livres (47,61 segundos), no primeiro percurso da estafeta de 4×100 livres, na qual também foi superado o máximo nacional.

“Os 200 livres foram um pouco surpreendentes pela positiva. Competi na pista da ponta, o que dificulta a observação dos adversários mais directos. Acabei por gerir a prova por mim e procurar arrancar nos terceiros 50 metros como havia combinado com o meu treinador”, disse Miguel Nascimento.

O nadador manifestou-se satisfeito com o resultado obtido num grande evento internacional e disse que vai agora descansar para os 50 metros livres e as estafetas.

“O estágio que realizámos em Macau antes do Mundial foi fundamental, porque nos permitiu uma adaptação ao fuso horário, que é de oito horas, mas que nos leva ainda a contrariar o relógio biológico”, observou o nadador do Benfica.

Ainda na segunda jornada do Mundial de piscina curta, que decorre até domingo, Tamila Holub obteve o 12.º tempo nos 800 metros livres, entre 30 nadadoras, com recorde pessoal (8.29,58 minutos), ao vencer a segunda série, seguida de Diana Durães, 13.ª classificada, com 8.30,12.

13 Dez 2018

Kim Yong Jun designado selecionador da Coreia do Norte

[dropcap]O[/dropcap] ex-jogador futebolista internacional norte-coreano Kim Yong Jun foi designado selecionador da Coreia do Norte, em substituição do treinador norueguês Jorn Andersen, que deixou o cargo há seis meses, anunciou hoje a agência noticiosa local KCNA.

O técnico vai comandar a seleção na Taça Asiática, que começa a disputar-se no início de 2019, na qual a Coreia do Norte, 109.º classificada no ranking da FIFA, faz parte do Grupo E, juntamente com o Qatar, Líbano e Arábia Saudita, frente à qual o novo selecionador fará a estreia.

Kim Yong Jun, de 35 anos, integrou, como jogador, a seleção da Coreia do Norte que se qualificou para o Mundial de 2010, realizado na África do Sul, na qual perdeu com Portugal por 7-0 e foi eliminada na fase de grupos da competição.

12 Dez 2018

Nadadores Ana Catarina Monteiro e Miguel Nascimento batem recordes nacionais na China

[dropcap]O[/dropcap]s nadadores Ana Catarina Monteiro, nos 200 metros mariposa, e Miguel Nascimento, nos 200 livres, bateram hoje os respectivos recordes nacionais, no segundo dia do Mundial de piscina curta, em Hangzhou, na China.

A nadadora do Fluvial Vilacondense terminou a prova com 2.06,49 minutos, o oitavo tempo (quarta na sua série), superando o seu anterior recorde de Portugal, que lhe pertencia desde 15 de abril de 2018 com 2.07,62, garantindo a presença na final.

O nadador do Benfica, que na terça-feira bateu o recorde nacional dos 100 metros livres (47,61 segundos), no primeiro percurso da estafeta de 4×100 metros livres, na qual também foi superado o máximo nacional, voltou a apresentar-se ao seu melhor nível, com a obtenção de um novo recorde de Portugal dos 200 livres, com o tempo de 1.43,76 minutos.

Ainda na segunda jornada do Mundial de piscina curta, que decorre até domingo, Tamila Holub obteve o 12.º tempo nos 800 metros livres, entre 30 nadadoras, com recorde pessoal (8.29,58 minutos), ao vencer a segunda série, seguida de Diana Durães, 13.ª classificada, com 8.30,12.

12 Dez 2018

Campeã olímpica Simone Biles assume medicação para combater ansiedade

[dropcap]A[/dropcap] ginasta multicampeã olímpica Simone Biles admitiu ontem que está a tomar medicação para combater a ansiedade desde que em Janeiro confessou ser vítima de abuso sexual do médico da selecção norte-americana Larry Nassar.

“Agora estou a tomar medicação contra a ansiedade porque tive muitos altos e baixos durante o ano, tentando perceber o que estava a falhar”, explicou a jovem norte-americana num programa da televisão ABC.

Nassar foi condenado a um mínimo de 40 anos de prisão por abusar de centenas de desportistas ao longo de vários anos.

“Não é fácil, mas graças às pessoas que me rodeiam, que são do melhor, é um pouco mais fácil”, acrescentou a vencedora de quatro medalhas de ouro nos Jogos do Rio2016, antes de revelar que recorre “com regularidade” a terapia.

Biles foi uma das últimas vítimas do clínico a reconhecer publicamente os factos, em pleno apogeu do movimento #MeToo, que denuncia as agressões sexuais sofridas maioritariamente por mulheres de diferentes áreas da sociedade.

“Eu também sou uma das muitas sobreviventes que sofreram de abusos sexuais por parte de Larry Nassar”, escreveu a ginasta de 21 anos, e que soma 14 títulos mundiais, na sua conta do Twitter.

12 Dez 2018

Mundiais de natação | 4×100 metros livres dos Estados Unidos com recorde do mundo de piscina curta

[dropcap]A[/dropcap] estafeta masculina dos Estados Unidos bateu ontem o recorde do mundo dos 4×100 metros livres em piscina curta, na final da prova nos Mundiais, que se estão a disputar em Hangzhou, na China.

Caeleb Dressel, Blake Pieroni, Michael Chadwick e Ryan Held cumpriram a prova em 3.03,03 minutos, batendo o anterior recorde, também norte-americano, datado de 2009, por 27 centésimos. A equipa feminina também conquistou o ouro na mesma prova.

12 Dez 2018

Automobilismo | Raul Torras promete regresso a Macau

A estreia de Raul Torras no Grande Prémio de Motos de Macau teve tanto de curta, como de intensa. Apesar do aparatoso acidente e do enorme susto, o espanhol de 42 anos promete voltar ao Circuito da Guia já no próximo ano

 

[dropcap]O[/dropcap] piloto espanhol Raul Torras foi um dos dois motociclistas acidentados que visitou o Centro Hospitalar Conde São Januário na manhã do dia 15 de Novembro. Ainda a recuperar das mazelas da queda à passagem do vigésimo quarto minuto do primeiro treino-livre do evento, Torras admite que lhe saiu a lotaria naquele momento particular. Mesmo com a aposta contínua que a organização da prova tem feito na segurança do circuito nos últimos anos, as consequências de um acidente naquele ponto da pista e àquela velocidade poderiam ter sido bem mais graves. “Sinto-me fisicamente muito, mas muito, dorido”, disse Torras ao HM. “O golpe foi muito, muito forte, e a uma velocidade muito alta. Afortunadamente sofri ‘poucas’ lesões.”

Torras perdeu o controlo da sua Yamaha R1 na entrada da Curva do Mandarim Oriental e acabou por bater no muro exterior. O piloto ficou assombrosamente inerte no asfalto, enquanto a moto japonesa acabou por se imobilizar já em chamas longos metros depois.

Estreante no Circuito da Guia, apesar de ter no seu currículo várias presenças nas principais provas de estrada de nível mundial, o piloto foi rapidamente assistido pela equipa de intervenção e transportado de emergência para o Centro Hospitalar Conde São Januário, onde lhe foi diagnosticada uma hemorragia cerebral e uma inflamação da clavícula direita. “É quase um milagre que três dias depois tive alta hospitalar e pude regressar a casa a andar pelos meus próprios pés”, admite o catalão. “Pese embora, como digo, três semanas depois ainda tenho muitas dores nas costas, pescoço e ombros e ainda não consigo fazer a vida normal.”

A recuperar

Mal chegou ao seu país Natal, Torras iniciou o processo de recuperação, porque deixar as pistas nunca foi opção e quer estar pronto o mais depressa possível para voltar à competição. “Agora, sinto-me muito melhor. Iniciei a reabilitação do ombro, tenho mais mobilidade. As dores persistem, mas com menos intensidade”, explica, sendo que “se tudo correr bem, espero estar totalmente recuperado em quatro ou cinco semanas.”
Torras reconhece que o seu acidente não foi provocado por ter saído mal da curva, mas antes por ter tocado no muro interior. As motos chegam a atingir os 250 km/h neste ponto da pista e o segredo passa por encontrar a trajectória certa, o “apex” perfeito.

“O acidente foi culpa minha”, admite hoje o piloto da equipa MartiMotos. “Eu não calculei bem onde estava o vértice da curva, fechei muito o interior e bati na parede com o ombro. Isso desequilibrou-me, fez-me abrir a trajectória e ir contra o muro exterior. Como as curvas são totalmente cegas, é muito difícil saber e, ou, calcular onde está o ápice da curva.”

Missão por completar

Apesar da infeliz primeira passagem pela RAEM, Torras ficou cliente da prova de motociclismo de estrada mais importante do continente asiático e já pensa em competir entre nós em 2019. “À parte de tudo isto, estou ansioso pelo próximo ano. De Macau gostei muito. O Grande Prémio de Macau e a sua organização parecem-me o melhor que já conheci”, afirma Torras que representou o seu país em provas diversas, como a célebre Ilha de Man TT, a North West 200 ou o Grande Prémio de Ulster.

O infortúnio à quinta volta ao Circuito da Guia não o atemorizou, bem pelo contrário, apenas lhe deu um motivo para regressar com mais força, pois Torras acredita que tem agora uma missão a completar. “Claro que eu quero voltar! Embora tenha rodado pouco, realmente gostei de estar aí. Conheci pessoas muito porreiras e quero voltar para, pelo menos, terminar a corrida.

A queda deixou-me com um ‘espinho na cabeça’. É como deixar algo ‘a meio’ e não gosto desse sentimento. Quero terminar o que comecei”, afiança o número 49, que não hesita repetir, “gostei muito da organização do Grande Prémio de Macau. Devo felicitá-los a todos e espero vê-los no próximo ano!”

12 Dez 2018

Três recordes nacionais na abertura dos Mundiais de piscina curta na China

[dropcap]O[/dropcap]s recordes nacionais de Gabriel Lopes, nos 100 metros costas, Miguel Nascimento, nos 100 livres, e da estafeta masculina dos 4×100 livres marcaram hoje a participação portuguesa nos Mundiais de natação de piscina curta, em Hangzhou, na China.

No primeiro dia de competição, Gabriel Lopes superou o seu recorde de Portugal nos 100 metros costas, ao terminar em 17.º, com 51,48 segundos, ficando a um lugar das meias-finais, entre 48 nadadores inscritos.

Miguel Nascimento esteve ligado à obtenção dos outros dois recordes. O benfiquista esteve em excelente nível, superando o recorde nacional absoluto dos 100 livres durante o primeiro percurso da estafeta 4×100 livres, com 47,61 segundos, um máximo que pertencia a Alexandre Agostinho (47,64) desde 2009, em Istambul, na Turquia.

O quarteto que acabou por bater o recorde nacional absoluto, ao assegurar o 10.º lugar nos 4×100 metros livres, com o tempo de 3.15,56 minutos, foi formado, além de Miguel Nascimento (47,61 segundos, recorde nacional), por Gabriel Lopes (48,14), Diogo Carvalho (50,33) e Alexis Santos (49,48).

Miguel Nascimento tinha sido o primeiro elemento da selecção a participar nos Mundiais de piscina curta (25 metros), nos 400 metros livres, tendo terminado no 17.º lugar, com 3.44,79 minutos, entre 41 inscritos.

Nos 200 metros estilos, Diogo Carvalho (Galitos) foi 10.º (1.54,34 minutos), próximo do seu recorde nacional de 1.53,45, entre 43 inscritos. O apuramento para a final fechou em 1.53,69. Por seu lado, Alexis Santos (Sporting) foi 13.º, com 1.54,71 minutos, melhorando o recorde pessoal (1.54,85).

Na participação feminina, Diana Durães foi 23.ª nos 200 metros livres, com 1.59,30 minutos, entre 56 inscritas, a menos de um segundo do seu recorde nacional (1.58,62).

A atleta do Benfica voltou à piscina para nadar os 400 metros estilos, onde registou 4.39,81 minutos (20.º lugar), numa prova em que a colega de equipa Vitória Kaminskaya foi 17.ª (4.38,49), entre 30 inscritas, e o apuramento para a final fechou nos 4.31.13.

11 Dez 2018

Japonês Daiya Seto bate recorde mundial dos 200 metros mariposa em piscina curta

[dropcap]O[/dropcap] nadador japonês Daiya Seto bateu hoje o recorde mundial dos 200 metros mariposa em piscina curta, em Hangzhou, na China, com o tempo de 1.48,24 minutos, superando o seu anterior recorde de 1.49,88.

Daiya Seto, bronze olímpico nos 400 metros, superou o sul-africano Chad le Clos, que registou 1.48,32, e o chinês Zhuhao Li, que demorou 1.50,39 a completar a prova, na final da prova dos Mundiais que estão a decorrer na China. O atleta japonês tinha fixado o anterior máximo já nas eliminatórias.

11 Dez 2018

Cancelo foi o segundo jogador mais valorizado segundo Observatório Internacional

[dropcap]O[/dropcap] defesa-direito internacional português João Cancelo, companheiro de Cristiano Ronaldo na Juventus, foi o segundo jogador com maior valorização absoluta no último trimestre, segundo um relatório do Observatório Internacional de Futebol (CIES).

De acordo com o CIES, Cancelo, jogador formado no Benfica e que passou pelo Valência antes de se transferir este ano para a heptacampeã italiana, viu o seu valor passar de 27,8 milhões de euros (ME) para 74,2 ME, tendo sido apenas superado pelo avançado inglês Jadon Sancho, do Borussia Dortmund, líder da liga alemã, que passou de 9,7 ME para os 87,9 ME.

Além de Cancelo, que ainda esteve emprestado uma temporada pelo Valência ao Inter de Milão, o top-20 neste trimestre inclui outro jogador luso, Bernardo Silva, igualmente formado nos ‘encarnados’ e que actua no campeão inglês Manchester City, depois de ter passado pelo Mónaco.

Bernardo Silva, que já se sagrou campeão em França pelos monegascos e também pelos ‘citizens’, ocupa a sexta posição na tabela de valorização absoluta, tendo valorizado de 98,8 ME para 128,6 ME.

Jadon Sancho evidenciou-se no arranque de época pelo Dortmund, na qual disputou já 14 jogos e marcou cinco golos na ‘Bundesliga’, além de ter actuado nos cinco encontros da ‘Champions’ e anotado um tento, tendo visto o valor de mercado ‘disparar’ 806%, que o coloca também na liderança da tabela de valorização relativa.

11 Dez 2018