Automobilismo | Dallara deixa um recado ao Grande Prémio de Macau

[dropcap]E[/dropcap]nquanto a Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau discutem qual o rumo a dar à prova de Fórmula 3 do Circuito da Guia, o construtor italiano Dallara, que venceu todas as edições da prova desde 1993, alerta para o facto da prova ter um estatuto a manter e, por isso, deverá ter cuidado na escolha que vai fazer para a sua prova de monolugares.

É do conhecimento público que há duas opções em cima da mesa, ambas produzidas pela Dallara, para a continuidade da prova de Fórmula 3 no Circuito da Guia. A primeira é dar as boas-vindas aos novos carros de Fórmula 3 que darão corpo exclusivamente ao novo Campeonato Internacional FIA de F3 e a segunda é manter os monolugares já vistos a competir nas pretéritas edições e que têm homologação até ao final do ano. A primeira opção seria aparentemente uma escolha fácil, se esta não acarretasse obras no circuito, principalmente a nível de segurança, pois os novos Fórmula 3 são mais potentes e rápidos que os da geração anterior.

Se a decisão recair em manter em 2019 os carros vistos em 2018, então novas dúvidas poderão surgir já em 2020, podendo a prova ter de recorrer, em último caso, aos monolugares dos regionais de Fórmula 3, menos potentes e espectaculares. Perante este cenário, o construtor de Varano de’ Melegari está a pensar construir um carro, que deverá ser um Fórmula 3 com uma nomenclatura diferente, capaz suprir esta lacuna, tanto em Macau, como noutros palcos internacionais.

“Não quero prever nada, mas o nosso proposto novo fórmula está em termos de posição ligeiramente abaixo do que será o carro da F3 Internacional e acima dos carros dos regionais”, disse Jos Claes, o líder do projecto de Fórmula 3 da Dallara, à revista inglesa Racecar Engineering. “Cabe ao Grande Prémio de Macau decidir o que quer. Se quiserem manter as pessoas na sala de imprensa, e isso é o resultado de vários anos da presença de pilotos muito importantes com o carro da F3 Internacional, irão manter a qualidade. Mas se trazem o campeonato regional asiático ou qualquer coisa parecida, então a atenção será muito diferente.”

O belga, que há muitos anos é o cérebro por detrás da operação de sucesso da Dallara na categoria, aproveitou também para lembrar que a prova do território tem um estatuto a manter. “Como Grande Prémio, ter o direito de usar o título Grande Prémio sem carros de Fórmula 1, tens que ter cuidado para não desceres muito.”

O Grande Prémio de Macau e o Grande Prémio da Nova Zelândia são os únicos dois eventos com o estatuto FIA de “Grande Prémio” para além das provas do mundial de Fórmula 1.

Questão de peso

A decisão sobre o futuro da prova de Fórmula 3 no território é esperada para breve, sendo que a FIA nunca escondeu que gostaria de manter a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 na RAEM e para isso a prova terá que certamente abraçar os novos carros. Por isso mesmo, o novo Campeonato Internacional FIA de F3 termina em finais de Setembro para dar às dez equipas tempo para preparar a viagem a Oriente, tendo estas no seu calendário provisório uma visita a Macau em Novembro.

O Circuito da Guia tem a homologação Grau 3 da FIA, o que lhe permite albergar qualquer tipo de competição automóvel com uma relação peso/potência de dois a três quilos por cada cavalo de potência. O novo Fórmula 3 tem 350 cavalos de potência, mas o seu peso é por enquanto uma incógnita. Contudo, um peso mínimo de 700 kg seria necessário para atender aos requisitos actuais do Circuito da Guia, o que é pouco provável já que estes deverão ter um peso mínimo igual ou inferior aos Fórmula 1 (660 kg). Visto que tornar os carros mais pesados só para estes competirem em Macau parece fora de questão, melhorar a segurança da pista, para que esta possa receber a homologação de Grau 2, é a alternativa mais viável.

Receios sobre a velocidade de ponta acima dos 300 km/h que estes carros podem atingir, após o aparatoso acidente de Sophia Floersch, podem ser minimizados pelas palavras Didier Perrin, o director técnico da FIA para a F3, que em declarações à revista AUTO referiu: “vamos limitar o downforce dos carros nas corridas. Para os treinos-livres e qualificação, os pilotos podem usar o potencial máximo do downforce, mas para a corrida iremos limitar o ângulo da asa traseira para termos a certeza que a distância de travagem será um pouco mais longa.”

21 Jan 2019

Ténis de mesa | Fu Yu e Marcos Freitas no quadro principal do Open da Hungria

[dropcap]M[/dropcap]arcos Freitas e Fu Yu são os portugueses qualificados para o quadro principal de singulares do Open da Hungria de ténis de mesa, prova que integra o circuito mundial e que está a decorrer em Budapeste.

Em femininos, Fu Yu (36.ª do ‘ranking’ mundial), vai jogar com a húngara Dora Madarasz (77.ª), enquanto que em masculinos Marcos Freitas (25.º) tem como adversário o chinês Bo Fang (n.º 134).

Fu Yu qualificou-se ontem para a ronda de 32, ao conquistar dois triunfos nas rondas preliminares: a olímpica portuguesa começou por vencer a brasileira Lin Gui por 4-1 e derrotou na terceira ronda a russa Yana Noskova, numa partida muito disputada, que teve o resultado final de 4-3.

Em singulares masculinos – e com Marcos Freitas já colocado no quadro principal -, Tiago Apolónia foi afastado na terceira ronda preliminar, ao ser derrotado por 4-1 pelo germânico Dang Qiu.

Jieni Shao foi eliminada na segunda ronda preliminar de femininos, pela chinesa Yuting Gu, com quem perdeu por 4-1.

Na vertente de pares masculinos, Diogo Carvalho e Diogo Chen foram derrotados pela dupla indiana Sharath Kamal Achanta/Sathiyan Gnanasekaran por 3-0.

Em pares mistos, Marcos Freitas e Fu Yu foram eliminados na segunda ronda pela dupla de Hong Kong formada por Kwan Kit Ho/Ho Ching Lee, com quem perderam por 3-0.

17 Jan 2019

Futebol | Selecção focada na qualificação para o Mundial do Qatar

Os jogos de qualificação para o campeonato mundial vão marcar o ano ao nível do futebol no território. O seleccionador Iong Cho Ieng aponta os desafios para a renovação da equipa

 

[dropcap]A[/dropcap] primeira fase de qualificação para o Mundial do Qatar de 2022 é a grande prioridade da selecção de Macau para 2019. No entanto, o seleccionador Iong Cho Ieng reconhece que se está a atravessar uma fase de renovação, que poderá acarretar outros desafios.

Segundo os dados agendados pela Confederação Asiática de Futebol (AFC), os encontros deverão ocorrer a 6 e 11 de Junho. “Este ano vamos atravessar uma nova fase de transição de uma geração mais velha para uma geração mais nova. Por exemplo, o capitão de vários anos, o Paulo Cheang, é um dos atletas que deixou de representar o território”, afirmou o seleccionador. “As nossas grandes atenções vão estar concentradas em Junho, quando começa a qualificação para o Mundial”, sublinhou.

No que diz respeito à participação para a primeira fase de qualificação, vai haver uma partida de carácter particular em Março. Depois, já em Abril, vai começar a concentração da selecção, com vista a preparar a qualificação. Segundo Iong, nessa altura, também deverá acontecer pelo menos um outro encontro de preparação.

Ainda em Setembro e Outubro haverá mais dois amigáveis para a selecção principal de Macau.

Estádios em obras

O evento de ontem serviu igualmente para a AFC explicar a situação dos campos de futebol e o agendamento de jogos para o horário das 19h00, em dias da semana. Esta foi uma situação criticada pelos clubes, uma vez que os atletas não profissionais enfrentam muitas dificuldades para saírem dos respectivos trabalhos a tempo das concentrações para os jogos, que acontecem uma hora antes do apito inicial.

Segundo o presidente da Associação de Futebol de Macau (AFM), Chong Coc Veng, a situação deve-se à legislação actual. “Escolhemos os horários das 19h00 e 21h00 porque o Canídromo fica numa zona com muitas residências. Por isso, há muita gente nas imediações e a legislação em vigor faz com que tenhamos de apagar as luzes e encerrar o estádio às 23h00”, explicou.

De resto, o Canídromo vai ser o espaço privilegiado ao longo do ano para os encontros da selecção do território e da Liga de Elite. Isto porque o campo da MUST deixou de estar aberto às actividades e o Estádio de Macau está em obras, que se vão prolongar até Julho.

No que diz respeito às obras de manutenção dos estádios, a AFM indicou também que em Março tanto o Canídromo como o Estádio de Macau vão estar indisponíveis durante duas semanas, devido ao trabalhos de renovação.

De pequenino…

Ainda no que diz respeito às políticas da Associação de Futebol de Macau (AFM) para o desenvolvimento da modalidade, o presidente Chong Coc Veng explicou que a aposta passa pelo futebol de bases, ou seja pelo maior desenvolvimento deste desporto nas escolas. “Vamos focar-nos no desenvolvimento do futebol de bases. Vai ser a grande prioridade para 2019”, apontou o dirigente. “A outra grande prioridade é a aposta na arbitragem e vamos ter cursos de formação em Abril e Agosto”, acrescentou.
Esta opção passa por uma maior aposta no futebol entre as escolas, com a realização de vários torneios.

 

Orçamento de 10 milhões

Para este ano a AFM vai ter como referência orçamental o valor de 10 milhões de patacas. O montante poderá aumentar de acordo com as actividades realizadas. Segundo a explicação do presidente da AFM, serão promovidos eventos para celebrar o 70.º aniversário da associação e o 20.º ano do estabelecimento da RAEM, mas os planos ainda não estão totalmente definidos e só vão ser revelados mais tarde.

16 Jan 2019

Hong Kong | Prova de automobilismo em risco

[dropcap]D[/dropcap]urante anos foi o sonho de muitos em Hong Kong, mas quatro anos depois, está a um passo do colapso. No próximo mês de Março e pela terceira vez, a ex-colónia inglesa organiza a sua prova de automobilismo, o “Hong Kong E-Prix”, um evento apenas para carros eléctricos e pontuável para o Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E. Contudo, o contrato existente entre a Formula E Holdings e as entidades da RAE vizinha ainda não foi renovado e a continuidade do evento está em causa

A renovação do contrato está dependente dos resultados das negociações em curso e uma decisão final está pendente da viabilidade económica do evento em torno do circuito citadino gizado pelo arquitecto português Rodrigo Nunes. Fonte conhecedora das negociações em curso disse ao HM que “provavelmente haverá uma decisão no próximo mês, mas tudo depende das alternativas que serão apresentadas para travar os prejuízos”, sendo que uma das possibilidades “será encontrar um forte patrocinador para equilibrar as contas”.

A competição de carros eléctricos sob a égide da Federação Internacional do Automóvel (FIA) tem um novo promotor para as provas chinesas e este poderá ter uma última palavra. Em declarações ao portal e-racing365, Alejandro Agag, fundador e director executivo do campeonato, afirmou que “o nosso promotor local na China, que é a Enova e que é propiedade da Yungfeng Capital, decide onde as corridas têm lugar dentro de certos parâmetros na China. Nós vamos ter esta época uma corrida em Sanya e estamos a pensar noutra corrida no Interior da China.”

O empresário espanhol que edificou o campeonato e um dia pensou em organizar uma corrida de Fórmula E em Macau referiu também que os parceiros chineses têm interesse em manter a prova no actual traçado de 1.86 quilómetros, que tem o local de partida na Lung Wo Road, em Admiralty. “Eles [Enova] gostam de Hong Kong e nós também gostamos de Hong Kong, mas é muito caro estar lá. Portanto, há outras opções. Mas também há hipóteses de ficar em Hong Kong,” acrescentou Agag, que admitiu que “estamos no meio de negociações, portanto é difícil saber.”

Com um orçamento aproximado superior a 150 milhões de Hong Kong dólares, o evento organizado pela Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) teve no seu primeiro ano um prejuízo de 50 milhões de dólares de Hong Kong. As duas primeiras edições foram realizadas no mês de Outubro, mas a proximidade com o Grande Prémio de Macau, que se realiza anualmente em Novembro, e alterações no calendário da competição onde corre o jovem luso António Félix da Costa passaram a prova da temporada 2018/2019 para o mês de Março.

Problema de espaço

Não menos problemática é a falta de espaço para aumentar o perímetro do circuito numa área já por si congestionada de edifícios e numa altura em que o campeonato requer uma extensão maior para os seus circuitos, com a chegada de mais construtores automóveis e equipas.

Lawrence Yu Kam-kei, o presidente da Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA), disse na passada semana ao South China Morning Post que “precisamos de estender o circuito para 2.2 quilómetros na próxima temporada, quando mais duas equipas vão participar no E-Prix. O circuito existente ficará demasiado cheio se aumentar o número de equipas.”

O responsável da HKAA disse também que se vai sentar com o Governo local para procurar alternativas, pois a Estação de Hong Kong ocupa a parte oriental do traçado e não pode ser encerrada durante os dois dias do evento devido às ligações com o aeroporto. Uma solução poderá passar por prolongar o circuito até Wan Chai, pois a primeira parte, na Lung Wo Road, não pode seguir pela parte do túnel, tendo anteriormente a FIA recusado um traçado proposto nessa zona devido às altas velocidades que os carros poderiam atingir. A colocação de chicanes, para abrandar os carros, é uma solução a apresentar à FIA.

Menos bilhetes

Depois de uma primeira edição aquém das expectativas, a segunda edição da prova teve uma receita maior, com oitenta e sete por cento dos lugares disponíveis a serem ocupados. Porém, o número de bilhetes disponíveis para edição deste ano do “Hong Kong E-Prix” será reduzido em cinquenta por cento. Na pretérita edição, realizada em 2017, seis mil bilhetes foram colocados à venda, mas este ano o circuito vai perder a bancada da Lung Wo Road, que dará lugar à area de paddock do troféu monomarca Jaguar I-PACE eTROPHY que será a única prova de suporte da Fórmula E em Hong Kong.

Apesar deste corte substancial na bilheteira, os organizadores do evento esperam compensar, enchendo todas as outras bancadas e aumentando as actividades paralelas, convidando o público a comprar ingressos na E-Village e na nova zona de entretenimento ‘Formula E World’, que irá servir de expositor da história das corridas do campeonato, do desenvolvimento da tecnologia e que passará uma mensagem de sustentabilidade.

15 Jan 2019

Transferências | Pang Chi Hang reforça Chao Pak Kei

[dropcap]O[/dropcap] extremo Pang Chi Hang assinou pelo MUST Chao Pak Kei, optando por colocar um fim à ligação que tinha com o Benfica de Macau. A notícia foi confirmada pelo atleta de 25 anos, ao HM, e pelo proprietário da equipa, Stephen Chow.

“Sim, posso confirmar que mudei. Não foi por nenhuma razão em particular. Mas senti que estava na altura de ter uma mudança na carreira”, disse Pang, ao HM. “Agora vou dar 100 por cento pelo Chao Pak Kei e temos de pensar em jogar para ganhar o campeonato”, acrescentou.

Por sua vez, Stephen Chow deixou grandes elogios ao novo atleta da formação. “É um jogador fantástico, sem dúvida que está no topo dos jogadores em Macau. Estamos muito contentes por contar com ele na nossa equipa”, afirmou, em declarações ao HM.

Esta é mais um troca que fragiliza os pentacampeões, depois de outras saídas como de Carlos Leonel, Hugo Silva, Edgar Teixeira e Yuri. Mesmo assim, Stephen Chow não descarta o favoritismo das águias para a vitória final na competição. “É muito cedo para se poder dizer que o Benfica vai ficar mais fraco e que isso se vai notar. Têm muitos jogadores com muita qualidade”, indicou. Como exemplos referiu o guarda-redes Batista e o lateral Vítor Almeida.

Sobre um eventual favoritismo ao título do MUST C.P.K., o dirigente diz que a equipa vai entrar a pensar em vencer, mas nega ser o principal favorito. “É muito cedo para dizermos que somos os principais favoritos, até porque a época ainda nem começou. Mas vamos para participar, como de costume, para ganhar”, apontou. “Posso dizer que estou muito feliz com a nossa posição. Temos um plantel com muita qualidade”, reconheceu.

14 Jan 2019

Liga de Elite | Arranque no dia 23 com o encontro entre Sporting e Hang Sai

O campeonato começa numa quarta-feira, no Canídromo, e nesse dia o Benfica de Macau tem pela frente o Ka I. Mas os jogos às 19h00 dos dias da semana deixam equipas e jogadores em dificuldades

 

[dropcap]O[/dropcap] encontro entre Sporting de Macau e Hang Sai vai marcar o início da Liga de Elite, em que o Benfica procura o hexacampeonato. O primeiro jogo do principal escalão do futebol local em 2019 está agendado para as 19h00 de quarta-feira, dia 23 de Janeiro, no Canídromo.

Ainda no dia de arranque do campeonato, decorre o primeiro jogo grande, com o Benfica a ter pela frente o Ka I, que volta a contar com o técnico Josecler. A partida está agendada para as 21h00, ou seja logo a seguir ao Sporting-Hang Sai.

O sorteio da competição decorreu na sexta-feira e definiu que a liga ia abrir com dois encontros entre equipas com aspirações a um lugar no top três. Assim, além do Benfica de Macau-Ka I, MUST Chao Pak Kei e Ching Fung vão defrontar-se na quinta-feira, 24 de Janeiro. A partida está agendada para as 19h00, no Estádio do Canídromo e é seguida pelo encontro Sub-23 e Tim Iec, às 21h00. A primeira jornada chega ao fim com a partida entre Monte Carlo e a Polícia, às 19h00, no Estádio do Canídromo.

Além da primeira jornada, ficaram igualmente definidas as datas da segunda jornada. Os encontros vão decorrer entre 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro, ou seja, a jornada volta a ter lugar nos dias da semana, com início à quarta-feira.

O horário dos jogos coloca reservas às equipas, uma vez que há atletas que não são profissionais e têm outros empregos. Com partidas às 19h00, os jogadores têm de estar às 18h00 no Canídromo, tarefa vista quase como impossível para quem trabalha no horário entre as 9h00 e as 18h00.

“Talvez sinta alguma desilusão pelo campeonato ser disputado no Canídromo durante os dias da semana. Estou preocupado com o horário das 19h00, porque não sei se conseguimos sair dos respectivos empregos à hora de ponta e chegar a tempo da equipa aquecer de forma adequada e começar o jogo”, explicou Duarte Alves, director do Benfica de Macau, ao HM.

Preocupação semelhante foi partilhada pelo director do Sporting de Macau, José Reis. “Os jogos às 19h00 são incompreensíveis. Os jogadores precisam de estar no relvado uma hora antes. Mas se trabalharem, a precisarem de se deslocar à hora de ponta, talvez precisem de sair dos trabalhos às 17h00…”, disse. “Acho que vai acontecer o que aconteceu há dois ou três anos em que as equipas começavam com oito atletas e os outros iam chegando com o jogo a decorrer”, acrescentou.

Clássico à 8a jornada

Em relação aos encontros grandes, o Benfica, depois de começar a Liga diante do Ka I, vai ter pela frente o MUST C.P.K. à quarta jornada, naquele que se antevê como um dos grandes encontros da Liga deste ano. Duas jornadas depois, à sexta, as águias vão ter pela frente o Ching Fung, finalista vencido da Bolinha do ano passado. À oitava jornada está agendado o grande clássico com águias e leões a defrontarem-se. Ainda não há datas para os jogos.

“Acho que vai ser uma época bastante competitiva, com mais equipas a investir e a nossa mudança de estratégia [desinvestimento] para 2019”, anteviu Duarte Alves, sobre a temporada.

Quanto ao Sporting de Macau, o início do campeonato é mais fácil, com Hang Sai, Tim Iec e Sub-23 a serem os adversários das primeiras três jornadas. Contudo, à quarta surge o primeiro grande desafio, diante do Ching Fung. Logo a seguir os leões têm pela frente o Ka I e na jornada seguinte defrontam a Polícia, num encontro que se antevê extremamente físico. A primeira volta termina com uma prova de fogo para o Sporting com encontros diante Monte Carlo, Benfica de Macau e MUST Chao Pa Kei.

“O ano passado tínhamos um calendário mais equilibrado. Vamos ter um final mais complicado este ano e vai ser importante somar pontos nos primeiros jogos das duas voltas, para depois defrontar o Ching Fung [à quarta jornada] mais motivados”, reconheceu José Reis.

Já o C.P.K começa com o Ching Fung, num teste difícil, e volta aos jogos grandes à quarta jornada, diante do Benfica. À sétima e nona jornadas, a equipa candidata ao título tem depois pela frente Ka I e Sporting de Macau, respectivamente.

A ordem da primeira jornada volta a repetir-se na segunda, o que significa que equipas como Chao Pak Kei e Sporting podem enfrentar os momentos das grandes decisões com um calendário com vários dos principais jogos.

“Começamos com o Ching Fung e sabemos que vai ser um jogo difícil. Têm uma equipa muito boa e reforçaram-se bem com o William. Vai ser um jogo muito difícil”, anteviu o proprietário da equipa, Stephen Chow.

14 Jan 2019

Vaticano cria equipa de atletismo com religiosos e funcionários

[dropcap]O[/dropcap] Vaticano apresentou ontem a sua primeira associação desportiva, “Athletica Vaticana”, que terá uma equipa composta por padres, freiras e funcionários do Vaticano, para mostrar que o desporto pode ser uma ferramenta de solidariedade.

A associação nasce de um acordo com o Comité Olímpico Italiano (CONI) e será composto por cerca de 70 pessoas com o objectivo de fazer uma “corrida divertida”, disse em conferência de imprensa o subsecretário do Conselho Pontifício para a Cultura e presidente da “Athletica Vaticana”.

Através de um acordo com o CONI, a associação poderá participar em competições em Itália e no resto da Europa, e realizará a sua primeira corrida a 20 de Janeiro nas ruas de Roma.

A associação tem também dois jovens refugiados como parceiros honorários tendo sido ainda assinado um protocolo com a Federação Italiana de Desportos Paraolímpicos e Experimentais, uma iniciativa que visa demonstrar como o desporto pode promover a inclusão.

A apresentação também contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho da Cultura, o cardeal Gianfranco Ravasi, que destacou a relação entre o desporto, solidariedade e a fé.

O papa Francisco defendeu em várias ocasiões os valores do desporto como um antídoto ao individualismo e como uma ajuda para fomentar uma cultura de encontro.

11 Jan 2019

Tenista britânico Andy Murray anuncia abandono da carreira este ano

[dropcap]O[/dropcap] tenista britânico Andy Murray anunciou que se vai retirar dos campos este ano e admitiu que o Open da Austrália pode até ser seu último torneio por causa da lesão na anca que lhe prejudicou a carreira.

Murray, de 31 anos, que chegou a ser número um do mundo no ranking ATP, disse numa conferência de imprensa que tem treinado com o objectivo principal de fazer uma última participação em Wimbledon, onde venceu por duas vezes. O escocês, emocionado, chegou mesmo a abandonar a sala a chorar, mas regressou para afirmar não tinha certeza sobre o tempo que poderia ainda jogar.

“Eu vou jogar [na Austrália]. Ainda posso jogar a um nível – não ao nível que eu estou satisfeito. (…) Mas também, não é só isso. A dor é demasiada”, lamentou.

O tricampeão de torneios do Grand Slam vai disputar a sua primeira partida no Open da Austrália contra o número 23 do ranking, Roberto Bautista, numa prova em que foi finalista vencido em cinco ocasiões. Murray foi submetido a uma cirurgia à anca em Janeiro de 2018. Depois de duas breves tentativas para regressar, jogou apenas 12 partidas no ano passado.

O tenista voltou aos campos em Brisbane na semana passada, onde venceu sua partida de estreia, mas perdeu na segunda ronda para Daniil Medvedev, mostrando óbvias dificuldades para se movimentar.

Murray teve uma carreira de sucesso, acabando com prolongados períodos sem vitórias nos Grand Slam para os britânicos, quando venceu o Open dos Estados Unidos em 2012 e Wimbledon no ano seguinte, tornando-se no único jogador a ganhar medalhas de ouro consecutivas nas Olimpíadas.

O Britânico fez parte do grupo de quatro tenistas masculinos que dominaram num mesmo período os grandes torneios mundiais, com Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

Agora, será provavelmente o mais novo deles aposentar-se. Aos 37 anos, Federer está na Austrália para tentar conquistar o título pelo terceiro ano consecutivo e pela sétima vez no geral. Aos 31 anos, Djokovic, no topo do ranking ATP, procura conquistar o sétimo título australiano. Nadal, de 32 anos, número dois do ranking, está confiante em prolongar a sua carreira por mais alguns anos.

Murray, que chegou a seis finais em torneios de Grand Slam, contabiliza 663 vitórias e 190 derrotas, que resultaram na conquista de 45 títulos, entre eles os de Wimbledon (2013 e 2016), Open dos Estados Unidos (2012), bem como em duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos (2012 e 2016).

11 Jan 2019

Dakar 2019 | Paulo Gonçalves sobe mais uma posição nas motas em dia de nova mudança de líder

[dropcap]P[/dropcap]aulo Gonçalves (Honda) subiu ontem ao oitavo lugar na classificação das motas no rali Dakar de todo-o-terreno, após o sexto lugar conquistado na quarta etapa, disputada ontem entre Arequipa e Moquegua, no Peru.

O piloto português gastou 3:54.06 horas para cumprir os 405 quilómetros cronometrados de um total de 511 quilómetros, terminando a 13.36 minutos do vencedor da tirada, o norte-americano Ricky Brabec, seu companheiro de equipa na Honda. Com a vitória de hoje, Brabec é o novo líder nas motas, aproveitando os 20 minutos de atraso do anterior líder, o chileno Pablo Quintanilha (Husqvarna), que teve de abrir a pista.

Para Paulo Gonçalves, cumpriu-se “o objectivo”: “Hoje foi uma especial com 400 quilómetros, em que mudou muito o cenário. Só tivemos os primeiros cenários com dunas, tudo o resto eram pistas. Nos últimos 50 quilómetros, apanhámos um rio com muita pedra, que era muito perigoso. O meu objectivo era chegar a esta primeira parte da etapa maratona sem problemas, para não ter de trabalhar na mecânica e poder recuperar o físico.

O piloto de Esposende espera “terminar sem problemas” a quinta etapa, que vai ligar Monquegua a Arequipa, com um total de 776 quilómetros e uma especial cronometrada de 345 quilómetros, “para poder chegar ao dia de descanso e recuperar fisicamente”. O português está na oitava posição, a 20.45 minutos do companheiro de equipa.

Mário Patrão (KTM) repetiu o 23.º lugar da véspera, a 28.58 minutos do vencedor da tirada. “Realizei a minha etapa num timbre mais cauteloso, para evitar desgastes que esta sexta-feira podem ser cruciais nos 800 quilómetros que nos esperam”, explicou o piloto de Seia, que perdeu uma posição, caindo para 21.º.

Sebastian Bühler (Yamaha) foi o 27.º, com Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) em 30.º e António Maio (Yamaha) em 33.º. David Megre (KTM) foi 54.º e Miguel Caetano 87.º. Fausto Mota (Husqvarna) teve uma avaria no chassis da sua mota a meio da especial e perdeu muito tempo para a reparar, terminando na 100.ª posição, já a 3:16.08 horas do vencedor.

Na geral, Quim Rodrigues Jr. é 31.º, Bühler 33.º e Maio 34.º. Nos automóveis, a vitória sorriu ao catari Nasser Al-Attiyah (Toyota), que alargou, assim, a vantagem sobre o segundo, o francês Stéphane Peterhansel (MINI) em 1.52 minutos. O piloto gaulês foi também o segundo na etapa de hoje e está já a 8.55 minutos do piloto catari.

A 41.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno disputa-se até 17 de Janeiro integralmente em solo peruano.

11 Jan 2019

Vela | Regata internacional e da Grande Baía arrancam hoje

Macau recebe, a partir de hoje, duas regatas: uma da Grande Baía e outra internacional. O evento, de quatro dias, que vai juntar aproximadamente 300 velejadores, divididos por 20 equipas, inclui um desfile a pensar no público

 

[dropcap]A[/dropcap]s águas a sul da praia de Hac Sá acolhem, entre hoje e domingo, duas regatas: uma internacional, a primeira de grande escala, e outra subordinada à Grande Baía. O evento inclui actividades paralelas, entre as quais um desfile das embarcações para o público poder desfrutar – tanto em terra como no mar.

A Regata Internacional, a primeira de grande escala, “abre uma nova era para os desportos náuticos de Macau”, sublinhou a vice-presidente do Instituto do Desporto (ID), Christine Lam, em conferência de imprensa. Na prova vão participar dez equipas oriundas da Austrália, Canadá, Estónia, Filipinas, França, Alemanha, Japão, Rússia, Singapura e Emirados Árabes Unidos. Da lista de entradas, a organização destaca nomeadamente a Marenostrum Racing Club, equipa francesa liderada por Lionel Péan, cujo palmarés inclui a conquista da actualmente designada Volvo Ocean Race, a formação da Estónia e a das Filipinas, pelos respectivos palmarés.

A Regata da Taça Grande Baía também conta com dez equipas, duas das quais de Macau (a Wanboyu Sailing e a Sugram). As restantes chegam de Hong Kong (quatro), Shenzhen (três) e Guangzhou (uma). Ao contrário do que acontece na prova internacional (em que todas as formações competem com veleiros Beneteau First 40.7), na competição da Grande Baía participam diferentes tipos de embarcações. Para o evento, foram convidados juízes internacionais registados na Federação Internacional de Vela.

Orçamento e prémios

O evento, organizado pelo ID e pela empresa Gestão de Eventos em Navegações dos Quatro Oceanos, com o apoio da Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água e a Associação de Vela de Macau, tem um orçamento na ordem de 20,4 milhões de patacas, segundo dados facultados anteriormente pelo ID que entra com um terço, ou seja, com 6,8 milhões.

Os vencedores de cada uma das regatas têm direito a prémios monetários em igual montante, com o primeiro classificado a receber 20 mil dólares de Hong Kong, o segundo 10 mil e o terceiro oito mil.

Actividades paralelas

Além das provas, a terem lugar em simultâneo, foram planeadas duas actividades paralelas a pensar no público: um desfile de embarcações e uma corrida de exibição entre a Doca dos Pescadores e a Ponte Sai Van.

Residentes e turistas terão assim oportunidade de assistir à parada de veleiros (amanhã e domingo entre as 9h e as 11h), antes das provas do dia, a partir da Avenida Dr. Sun Yat Sen (Macau) e Avenida do Oceano (Taipa). Em paralelo, a organização vai disponibilizar seis catamarãs NACRA 17 para participarem em corridas de exibição (todos os dias entre as 12h e as 15h), nas águas entre a Ponte Governador Nobre de Carvalho e a Ponte Sai Van.

“É uma boa oportunidade de aproveitar o nosso mar, de promover o desporto [náutico] e Macau”, afirmou a chefe do departamento dos Grandes Eventos Desportivos, Lei Si Leng, aos jornalistas, dando conta de que a iniciativa de organizar o evento partiu da empresa Gestão de Eventos Em Navegação dos Quatro Oceanos, sucursal de uma empresa chinesa, escolhida com base na experiência na organização de eventos do género na China.

10 Jan 2019

Piloto Filipe Albuquerque confirmado no Campeonato do Mundo de Resistência

[dropcap]O[/dropcap] piloto português Filipe Albuquerque confirmou hoje o regresso ao Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) este ano, com um carro da equipa americana United Autosports, com quem vai disputar também as European Le Mans Series.

O piloto de Coimbra, que foi vice-campeão da segunda categoria, a LMP2, em 2016, fará equipa com o britânico Phil Hanson, aos comandos de um Ligier JS P217. O objectivo será “lutar pelo título”.

“Estou muito contente por estar de regresso ao Mundial de Resistência. Em 2016 fiquei em segundo entre os LMP2 pelo que agora só me resta ambicionar chegar ao título”, sublinhou o português, que vai disputar também o campeonato americano de resistência, com João Barbosa.

“Acho que estamos no ponto certo para lutar pelo título no WEC mas também no ELMS. Vai ser um ano muito exigente em termos profissionais, competindo em três campeonatos. Mas estou preparado e focado para conseguir os melhores resultados em todas as frentes”, concluiu Filipe Albuquerque, citado pela sua assessoria de imprensa.

9 Jan 2019

Nelson Évora no meeting pista coberta de L’Eure

[dropcap]O[/dropcap] atleta português Nelson Évora vai ser uma das figuras do Meeting de L’Eure, em pista coberta, anunciou ontem a organização da prova francesa, que se realiza no dia 1 de Fevereiro em Val-de-Reuil.

O sportinguista surge como um dos destaques da reunião normanda para a prova do triplo-salto, que se realiza uma semana antes dos Campeonatos de Portugal de pista coberta e duas semanas antes da final do nacional de clubes.

Campeão olímpico (2008), mundial (2007) e europeu (2018) ao ar livre, Nelson Évora fará assim uma das suas primeiras provas ‘indoor’ deste ano, com olhos postos nos Europeus, onde certamente quererá defender os títulos conquistados em 2015 e 2017.

Nelson Évora defrontará um velho conhecido das pistas e dos treinos, o francês Teddy Tamgho, também orientado pelo cubano Ivan Pedroso. Campeão mundial em 2013, o gaulês é um dos cinco homens que saltaram acima dos 18 metros e que, tal como o campeão português, também sofreu lesões traumáticas que o afastaram das competições.

9 Jan 2019

Delfim Mendonça Choi promete voltar este ano ao Grande Prémio de Macau

[dropcap]N[/dropcap]a última década o automobilismo do território tem pecado por falta de renovação, não só na ausência de novos nomes no panorama internacional, como também nas competições promovidas pelas instituições da RAEM. Contudo, Delfim Mendonça Choi contraria essa tendência, tendo-se estreado em 2017 nas corridas de carros de Turismo, para obter em 2018 resultados bastante promissores. O piloto macaense espera um dia conseguir subir ao degrau mais alto do pódio numa das corridas do Grande Prémio de Macau.

Apesar de estar atento ao que se passa além fronteiras, Delfim vai, uma vez mais, participar no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) em 2019, alinhando na classe “AAMC Challenge 1950cc e Superior”. Após o surpreendente segundo lugar conquistado na pretérita temporada da competição organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), a aposta este ano volta a recair no seu Mitsubishi Evo 7.

“Vou correr novamente no MTCS em 2019, com o mesmo carro e na mesma equipa”, disse o piloto de 27 anos ao HM. “Estou também planear fazer corridas na Malásia, Tailândia e Japão”, acrescentou Mendonça Choi, ele que deu os primeiros passos nos desportos motorizados em 2014 do outro lado das Portas do Cerco, em provas amadoras de karting e não esquece um começo atribulado.

“Em 2017, no meu primeiro ano de corridas, tive um problema no transporte do meu carro, porque este chegou na semana da corrida. Portanto, não tive hipótese de testar o meu carro na pista de Zhuhai e nunca tinha conduzido nesta pista”, relembra. “Só tive a oportunidade de testar na quinta-feira anterior ao evento e na sexta-feira era já a qualificação (que apurava os melhores concorrentes para as corridas). Apenas pude experimentar a pista nos videojogos e até correu bem, fui 13º em vinte e cinco concorrentes.”

Para além das questões inerentes a um desporto por si só dispendioso e de acreditar que “o Governo deveria conceder mais apoios aos novos pilotos locais”, Mendonça Choi reconhece que para um jovem não é fácil iniciar-se na modalidade, porque “as corridas locais mudam a regulamentação com demasiada frequência”, o que obriga os concorrentes a fazerem avultados investimentos. “Seria melhor se a AAMC não mudasse tanto as regras e ouvisse mais os pilotos locais”, alerta.

Para o piloto do território, a maior ambição na sua carreira desportiva passa por um dia “vencer uma corrida no Grande Prémio de Macau”, mas não esconde as aspirações a curto prazo de “realizar mais corridas no estrangeiro para ganhar mais experiência e melhorar enquanto piloto”.

Época memorável

Na temporada transacta, Delfim apostou num Mitsubishi Evo 7 para as duas jornadas que compõem o MTCS, mas desta vez entregou o seu carro à equipa SLM Racing Team. Esta troca de preparador deu resultados logo na ronda de abertura, ao obter um segundo e um quarto lugar na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”. No segundo confronto no Circuito Internacional de Zhuhai, mais duas subidas ao pódio, e o segundo lugar no campeonato na bagagem.

Para encerrar a temporada, na Taça FOOD4U Carros de Turismo de Macau da 65ª edição do Grande Prémio, o Mitsubishi nº17 terminou no 13º lugar da geral. Em Dezembro último, nas 10 Horas de Buriram, na Tailândia, Delfim Choi fez equipa com três outros experientes pilotos de carros de Turismo de Macau. Na companhia de Ng Kin Ven, Ip Tak Meng e Cheong Chi On, o piloto de matriz portuguesa levou um Honda FD2 ao quinto lugar da geral.

7 Jan 2019

Bielorrussa Aryna Sabalenka conquista torneio de ténis de Shenzhen

[dropcap]A[/dropcap] jovem tenista bielorrussa Aryna Sabalenka, de 20 anos, conquistou ontem o terceiro torneio WTA da sua carreira, ao bater na final de Shenzhen, na China, a norte-americana Alison Riske.

Sabalenka, 13.ª jogadora mundial e primeira cabeça de série, superiorizou-se a Riske, 62.ª, em três ‘sets’, pelos parciais de 4-6, 7-6 (7-2) e 6-3, em duas horas e 11 minutos.

As duas jogadoras também disputaram ontem as meias-finais, com Sabalenka a superar a anfitriã Wang Yafan, 70.ª da tabela WTA, por 6-2 e 6-1 e Riske a beneficiar do abandono da russa Vera Zvonareva, 109.ª, quando vencia por 6-0 e 1-0.

6 Jan 2019

Futebol | Instituto do Desporto prepara jogo entre equipa inglesa e chinesa

Foi em 2007 que o Manchester United visitou Macau para defrontar o Shenzhen FC. Agora, no âmbito dos 20 anos da transição, o Governo quer reeditar este tipo de encontros, entrou em contactos com o Southampton, da Premier League

 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto do Desporto está a preparar um encontro amigável, a ser disputado em Macau, entre uma equipa da Premier League e uma formação do Interior da China. Neste sentido já foram feitos contactos iniciais com o Southampton, mas sem mais desenvolvimento. A revelação foi feita pelo presidente Pun Weng Kun, ontem, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau.

Neste momento ainda não está confirmado que será a equipa do Sul de Inglaterra a actuar em Macau, mas segundo Pun foi feito um convite ao Southampton, onde actua Cédric, português que se sagrou campeão europeu e 2016. Actualmente, o Southampton ocupava o 17.º lugar da Premier League, antes do encontro desta madrugada, diante do Chelsea, e encontra-se a lutar pela permanência no principal escalão do futebol britânico.

Em relação à formação do Interior da China que vai ser convidada, ainda não foram revelados pormenores.
Segundo as declarações de Pun, exista a expectativa que o jogo seja realizado a meio do ano, entre Junho e Agosto, quando as equipas terminarem a época e começarem a preparar a próxima temporada.

O presidente do ID explicou que a ideia de organizar um jogo com dimensão internacional e equipas de diferentes continentes surgiu pelo facto de se comemorarem os 20 anos do estabelecimento da RAEM. Além disso, Pun reconheceu que há muitos anos que Macau não recebe um encontro com equipas europeias mais conhecidas.

O ID aposta assim numa espécie de reedição do encontro de 2007, quando o Estádio de Macau recebeu a partida entre o Manchester United e o FC Shenzhen. Na altura, com um estádio totalmente esgotado, os ingleses ganharam por 6-0, com golos de Ryan Giggs, Wayne Rooney, Nani, que se estreou pelo Red Devils, John O’Shea, Crisitano Ronaldo e Chris Eagles.

Portugal-China

Além deste encontro, em Setembro de 2017, as autoridades portuguesas e chinesas já haviam manifestado o desejo receber uma partida entras as selecções dos respectivas países. Ontem, Pun Wen Kun não avançou informações sobre este assunto.

Porém o desejo já havia sido manifestado e também se enquadra no âmbito das celebrações da transferência da administração de Macau e do reatamento das relações entre as duas nações.

As duas selecções defrontaram-se em duas ocasiões. O primeiro encontro foi em Maio de 2002, em Macau, na preparação para o Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Na altura, Portugal venceu por 2-0, com golos de Nuno Gomes e Pauleta. Esta foi uma partida que também ficou marcada pelo penálti desperdiçado por Rui Costa.

O outro encontro foi disputado no Estádio Municipal de Coimbra, em Março de 2010, e a selecção portuguesa voltou a vencer por 2-0. Hugo Almeida, aos 35 minutos, e Liedson – que tinha substituído Cristiano Ronaldo –, aos 90 minutos, foram os marcadores de serviço.

3 Jan 2019

Especial 2018 | Desporto: Entre o céu e o inferno

[dropcap]N[/dropcap]o campo desportivo, o ano de 2018 teve tudo para ser de excelência na RAEM. A participação surpreendente do Benfica de Macau nas competições asiáticas de futebol e a primeira medalha de ouro para Macau nos Jogos Asiáticos, conquistada por Huang Junhua, na modalidade Wushu, foram os momentos altos do ano. Mas o ouro ficou assombrado pela abertura da caixa de pandora e a exclusão da atleta Paula Carion da competição.

Começando pelo lado positivo, no futebol. É verdade o Benfica de Macau teve até aqui acesso a fundos sem paralelo no panorama da modalidade. Mas ter muito dinheiro não significa ter sucesso. Contudo, Duarte Alves conseguiu montar um projecto dominador internamente, que transpôs uma mentalidade vencedora para a realidade das competições asiáticas, nomeadamente para a Taça AFC.

Em seis jogos na fase de grupos da competição, o Benfica só sofreu duas derrotas, ambas frente à equipa do 25 de Abril, que foi semi-finalista da prova e que é a espinha dorsal da selecção da Coreia do Norte. E todos sabemos que as realidades do futebol na RAEM e na Coreia do Norte não são de todo comparáveis, mesmo que as águias tenham vencido por duas vezes uma outra equipa norte-coreana.

Contra tudo e todos

Mas se a nível desportivo, o Benfica de Macau merece todos os elogios, o maior feito talvez até tenha sido alcançado na secretaria, principalmente na relação com a Associação de Futebol de Macau (AFM). A inscrição é sempre feita contra tudo e contra todos. Em qualquer lado, as pessoas assumem que as associações têm todo o interesse em ver os clubes locais destacarem-se e brilharem foram de portas. Mas a AFM teima, ano após ano, em provar o contrário. Goste-se ou não, a mediocridade associativa local, que fica sempre impune, faz sempre mais para afastar as pessoas e os agentes do futebol.

Em 2017, o Benfica de Macau ficou fora da fase de grupos da Taça AFC porque os responsáveis da AFM “não viram a tempo” o fax para que a inscrição do clube fosse feita. E não, este episódio não é uma brincadeira. E este ano a AFM voltou a tirar o tapete ao Benfica, sem qualquer pudor. Ao contrário do ano passado, os clubes precisam de ter uma equipa do escalão sub-18 para poderem competir na Taça AFC. Dadas as particularidades dos clubes locais, o Benfica não tinha equipa. A solução foi encontrada com convites a futebolistas de equipas escolares para jogarem no escalão local de sub-18. Estes atletas iriam assim jogar no campeonato escolar, pelas respectivas escolas, e no campeonato sub-18 da associação, com as cores do Benfica.

No entanto, numa decisão sem precedentes, a AFM decidiu que as esquipas escolares, que têm um campeonato próprio, também podem jogar no campeonato de sub-18 chancelado por si. Como consequência o Benfica ficou sem equipa e sem hipótese de participar na Taça AFC. Alguém acredita que esta decisão beneficiou o futebol local? A AFM deveria servir os clubes e atletas ou as escolas?

Mesmo assim, em 2018 fica a memória de um clube que foi a excepção e que levou o nome de Macau mais longe, muito mais longe do que a AFM alguns vez conseguiu e, ao que parece, desejou.

Huang de ouro

O ano que agora termina marca igualmente a estreia de Macau entre os medalhados de ouro nos Jogos Asiáticos. Nascido em Guangxi, Huang Junhua veio para Macau atrás do sonho de uma carreira ao mais alto nível das artes marciais e levou a Bandeira da RAEM ao topo, onde nunca tinha estado. A medalha foi conquistada na vertente Nanquan do Wushu.

Mesmo que a modalidade tenha pouca expressão nos países sem comunidades chinesas, a verdade é que o ouro foi conquistado contra as potências do Wushu, nomeadamente Interior da China, Hong Kong e Vietname.

Mais do que um atleta local, Huang é ainda um dos melhores exemplo da essência de Macau, de um território que sempre viveu da imigração e que com ela foi crescendo. Espera-se que Huang consiga repetir por muitos e longos anos as vitórias contra as grandes potências e que continue a orgulhar Macau.

Precedente aberto

Se para o Chefe do Executivo, os Jogos Asiáticos foram um momento de orgulho. O mesmo não se pode dizer que tenha acontecido, principalmente para a comunidade macaense e locais com passaporte português. Pela primeira vez na história da participação de Macau nos Jogos Asiáticos, os residentes com passaporte português foram impedidos de participar. Uma discriminação que vai contra o espírito da Lei Básica. Infelizmente para todos nós, a principal vítima deste Governo fraco, que não sabe proteger os interesses dos seus cidadãos nem a singularidade de Macau, foi a macaense Paula Carion.

Nascida em Macau, residente local, falante das duas línguas oficiais e medalhada com o ouro nos Jogos da Ásia Oriental disputados na RAEM, Carion foi tratada como cidadã de segunda. Sem que tenha havido o mínimo de respeito por tudo o que fez pelo território. E mais grave, foi aberto um precedente que é um ataque directo à comunidade macaense.

E as imagens?

Uma análise ao ano desportivo, não poderia terminar sem uma menção ao Grande Prémio de Macau. À imagem do ano passado, a prova foi um sucesso e o acidente de Sophia Flörsch, felizmente sem consequências de maior face à dimensão do impacto, fez com que o circuito de Macau fosse, mais uma vez, tema de conversa em todos o mundo

No entanto, há um aspecto muito negativo que tem obrigatoriamente de ser mencionado: a ausência de imagens de vários acidentes. O evento ficou marcado por uma omissão dos impactos, que a todos pareceu propositada. E se é normal que não se queira mostrar imagens de sangue e dos pilotos em momentos de angústia, nada justifica que se vá contra a prática habitual da modalidade e que se escondam os momentos dos acidentes. Uma prova com 65 anos de história já não deveria estar envolvida neste tipo de polémicas.

2 Jan 2019

Automobilismo | Campeonato de Carros de Turismo de Macau voltará a Zhuhai

[dropcap]A[/dropcap] Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não anunciou o calendário de corridas para a edição de 2019 do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa), mas o futuro promotor do Campeonato de Hong Kong de Carros de GT antecipou-se e revelou as duas datas para a competição automóvel da RAEM.
Numa conferência de imprensa, realizada na pretérita semana, na sede do Hong Kong Automobile Association (HKAA), a Richburg Motors deu conta que as duas provas deste no campeonato de GT – cujos contornos ainda são muito vagos mas que poderá atribuir convites para a Taça GT Macau – serão em concomitância com os dois fins-de-semana do “Festival de Corridas de Macau” no Circuito Internacional de Zhuhai, onde por tradição se disputam as provas do MTCS.
Assim sendo, o primeiro fim-de-semana da competição que apura dos pilotos locais de carros de Turismo para o Grande Prémio de Macau está marcado para 25 e 26 de Maio, enquanto que o segundo embate está agendado para 29 e 30 de Junho.
Estas mesmas datas estão já reservadas, como é possível consultar no calendário de eventos do Circuito Internacional de Zhuhai disponibilizado online.

Vantagens da proximidade

Apesar de vários pilotos terem mostrado o seu desagrado pelas repetidas visitas ao circuito permanente da cidade adjacente a Macau, a verdade é que este representa bastantes vantagens para os intervenientes locais.
“É aqui ao lado e assim não temos custos de viagens e estadias”, explicou ao HM, o experiente piloto português Rui Valente. Ao mesmo tempo, este representa outras preeminências, como o facto de existirem “vários prestadores de serviços em redor do circuito relacionados com o automobilismo e a facilidade de realizar testes.”
Visto que 2019 deverá ser um ano de transição para o MTCS, pois a introdução da nova regulamentação técnica só é expectável em 2020, não são esperadas novidades de vulto na próxima temporada no único campeonato de automobilismo do território, nem a nível técnico, nem a nível desportivo.

27 Dez 2018

Automobilismo | Vencedores da Taça de Macau de Turismo atacam 24 horas do Dubai

Equipa Teamwork, grande dominadora da prova de carros de turismo para pilotos locais do Grande Prémio de Macau, vai iniciar temporada de 2019 com prova de resistência

 

[dropcap]O[/dropcap]s vencedores da Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, Sunny Wong e Paul Poon, estão entre os quatro pilotos escolhidos pela equipa Teamwork Motorsport para atacar as 24 horas do Dubai. A prova está agendada para o fim-de-semana de 11 de Janeiro, no Autódromo do Dubai, na configuração com uma distância de 5,39 quilómetros.

A participação na prova do Médio Oriente marca o início da próxima época para a equipa Teamwork, que normalmente acaba a temporada com a participação no Grande Prémio de Macau, também devido ao patrocínio da empresa local, Suncity. Além de Wong e Poon, Alex Fung, quinto classificado à geral na Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio, e Alex Hui completam o grupo de quatro pilotos que vai conduzir o Audi RS3 LMS.

“Ao longo dos mais de 20 anos que tenho de experiência no automobilismo posso dizer que tenho poucos quilómetros em provas de resistência. Por isso, sinto-me muito entusiasmado com a hipótese de competir pela primeira vez numa prova de 24 horas”, disse Paul Poon, que tem no currículo sete triunfos na Taça de Carros de Turismo do Grande Prémio de Macau, entre a classe para carros até 1600CC. “O resultado não vai ser o mais importante, o principal vai ser mesmo disfrutar da experiência e da viagem”, acrescentou.

Mais experiente nestas andanças é Sunny Wong. O piloto de Hong Kong estreou-se na competição em 2011. “Vamos correr as 24 horas do Dubai depois de uma pausa de dois meses. Acho que é uma boa forma de começarmos 2019 e de nos prepararmos para os nossos programas de corridas”, afirmou Wong.

O piloto recordou depois as dificuldades da estreia na prova: “A primeira vez que corri esta prova foi em 2011, com uma equipa da Holanda. Na atura, ainda não era um evento muito popular entre as equipas asiáticas. Mas isso mudou. Agora vou regressar com a Teamwork e também quero ver as alterações que a prova sofreu”, acrescentou.

Participação esporádica

Por sua vez, Ken Lui, director técnico da equipa, encara o evento como uma participação esporádica e de aprendizagem. “Vai ser uma participação única nesta parte do globo. E é também um marco porque é a primeira vez que temos viajamos para tão longe para competir”, começou por dizer. “Também é uma oportunidade de rever vários amigos e ex-colegas de trabalho, porque são muitas as equipas asiáticas que vão estar presentes”, sublinhou.

Na lista de inscritos consta também o nome do piloto de Macau Kévin Tse, que vai participar com a equipa Porsche Centre Hong Kong, ao volante de um carro do construtor alemão, o 911 GT3 R.

20 Dez 2018

Desinvestimento do Benfica de Macau abre portas a maior equilíbrio

A cerca de um mês do início da época, ainda há muita indefinição nas equipas locais. Mas o fosse entre o pentacampeão Benfica e as outras equipas vai cair significativamente

 

[dropcap]A[/dropcap]inda falta um mês para o arranque da Liga de Elite, mas os planteis das equipas participantes começam a ganhar forma. A principal novidade para a nova época é o desinvestimento por parte do Benfica de Macau, depois de confirmada a ausência da Taça AFC, que poderá fazer com que outras possam aspirar à conquista do título.

No lado dos encarnados há um claro desinvestimento no plantel. Até ao momento confirma-se a saída do avançado e goleador Carlos Leonel, que como já se sabia foi estudar para o Interior da China, mas podem seguir-se outras saídas. Nesta altura, também ainda não é certo que Nikki Torrão se mantenha no Benfica de Macau.

Ao HM, o director-técnico das águias, Duarte Alves, reconheceu o corte no orçamento para o futebol. “Cortámos bastante no orçamento porque não temos o objectivo da AFC. Só estamos nas competições internas. Por isso vamos ter uma equipa com mais jogadores locais e menos estrangeiros. É com essa equipa que vamos atacar a Liga de Elite”, explicou.

“Mas acredito que vamos ser uma equipa competitiva à mesma e que vamos ser candidatos ao títulos. Temos uma base de jogadores locais muito forte e com bastante experiência”, acrescentou.

Duarte Alves não quis revelar eventuais entradas e saídas, por considerar que ainda falta muito tempo para o início da época. Porém, confirmou que Cuco vai ser o treinador, à imagem do que aconteceu no troféu Bolinha.

Cinco jovens promovidos

No que diz respeito ao Sporting de Macau, ainda se trabalha no sentido de garantir a permanência dos atletas nigerianos, Prince, Malachy e Bright. As certezas são a promoção de cinco jovens da equipa sub-18.
“Temos vários jogadores que vão ficar e que devem constituir a maior parte do plantel para a próxima época e ainda estamos a trabalhar para manter um núcleo duro de jogadores, que ainda não sabemos se vai ser possível”, disse José Reis, director técnico do clube, ao HM.

Confirmada está a inclusão no plantel principal dos jovens Hudson Saviny, Jorge Ferreira, Filipe Ferreira, Romir Goswami e Tiago Monteiro.

A estabilidade é igualmente a aposta do Ching Fung. Segundo o responsável pela equipa, nesta fase, está confirmada a contratação do avançado William Gomes. Contudo, o principal trunfo vai ser a aposta na continuidade dos atletas estrangeiros e locais.

“Ao nível dos atletas estrangeiros vamos manter todos os que tínhamos no ano passado. Ao nível dos jogadores locais vamos também manter a mesma base. Por isso, com os mesmos atletas mas mais um ano de experiência, temos condições para melhorar o quarto lugar do ano passado”, afirmou João Rosa, dono da equipa, ao HM.

“Também contratámos o William Gomes, que deve fechar a nossa equipa. Não temos capacidade para fazer um investimento muito maior do que este”, explicou.

Canarinhos reforçam-se

No Monte Carlo, de acordo com o responsável do clube, Firmino Mendonça, a tendência é para apostar nos jogadores formados internamente. Contudo, existe a possibilidade de haver dois reforços, que poderão fazer com que o Monte Carlo entre na luta pelos cinco primeiros lugares da Liga de Elite. Na última edição da prova, os Canarinhos terminaram no 6.º lugar.

“Vamos apostar nas camadas jovens, como já temos vindo a fazer. Podemos acrescentar dois estrangeiros ao plantel, mas ainda estamos a tratar da composição da equipa”, afirmou Mendonça. “O nosso objectivo vai sempre passar pela manutenção”, frisou.

Firmino não avançou o nome dos eventuais reforços, mas segundo o HM apurou, o defesa Gil Ferreira e o avançado Fabrício Lima devem ser os escolhidos para integrar o plantel orientado pelo ex-seccionador de Macau, Joseph Tam.

Nesta altura ainda não está definida a data do sorteio para a competição. Todavia, a Liga de Elite deverá arrancar a 18 de Janeiro.

19 Dez 2018

José Mourinho deixa comando técnico do Manchester United

[dropcap]O[/dropcap] treinador português José Mourinho deixou hoje o comando técnico do Manchester United, anunciou o sexto classificado da Liga inglesa de futebol. “O Manchester United comunica que o treinador José Mourinho deixa o clube com efeito imediato”, refere a nota na página dos ingleses, acrescentando um agradecimento ao treinador e o desejo de sucesso para o futuro.

Na curta nota, os ‘red devils’ explicam ainda que iniciaram um processo para a escolha de um novo treinador, mas que a equipa terá um interino a curto prazo. “Um novo treinador será indicado até ao final da actual época, enquanto o clube prosseguirá o processo de contratação de um treinador novo, a tempo inteiro”, acrescenta o comunicado.

Mourinho, de 55 anos, chegou aos ‘red devils’ em 2016/17, época em que alcançou os únicos títulos no clube, a Taça da Liga inglesa, a Supertaça e a Liga Europa. Após 17 jornadas, o Manchester United ocupa o sexto lugar do campeonato, com 26 pontos, menos 19 do que o líder Liverpool.

Na Liga dos Campeões, o Manchester United foi segundo na fase de grupos, atrás da Juventus, e nos oitavos de final defrontará os franceses do Paris Saint-Germain. O técnico português levou o clube ao segundo lugar do campeonato na época passada, depois de ter sido sexto na estreia.

18 Dez 2018

Quase 4 mil escolas primárias chinesas incluíram o futebol no currículo

[dropcap]Q[/dropcap]uase quatro mil escolas primárias chinesas incluíram o futebol entre as suas disciplinas, desde que o Governo chinês lançou, em 2015, um plano para converter o país numa potência do futebol, segundo dados oficiais hoje divulgados.

O ministério da Educação da China detalhou hoje que o futebol integra já o programa curricular de 3.916 escolas primárias. “Com uma perspectiva a longo prazo, a China está a alcançar um progresso constante, no seu plano de reforma e desenvolvimento do futebol, lançado em 2015, visando transformar o país numa potência do futebol, até 2050”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua.

O referido plano, aprovado pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o organismo máximo chinês encarregado da planificação económica, prevê a inclusão do futebol em 20.000 escolas, até 2020, e que a modalidade seja praticada, “com frequência”, por mais de 30 milhões de estudantes do ensino primário e secundário.

“O futebol é um projecto a longo prazo na China. Falamos de mais uma ou duas gerações, até que o país possa alcançar o nível necessário para competir com êxito num campeonato do mundo”, afirma o antigo treinador das camadas jovens do clube chinês Guangzhou Evergrande, Marco Pezzaiuoli, citado pela Xinhua.

Na segunda fase do plano, entre 2021 e 2030, a China espera que a sua selecção feminina volte a constar entre as melhores do mundo, depois de, em 1999, ter sido vice-campeã mundial, e que a masculina seja umas das melhores da Ásia.

O objectivo final é colocar a selecção masculina entre “as melhores equipas do mundo”, até meados deste século. Desde a província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, à ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, mais de 100 treinadores portugueses vivem hoje no país asiático, alguns contratados por clubes e outros integrados no sistema de ensino público.

O antigo treinador do FC Porto Vítor Pereira sagrou-se este ano campeão na China, pelo Shanghai SIPG, atribuindo o sucesso dos portugueses no país à sua “capacidade de adaptação” e “boa formação”.

“Um dos segredos do treinador português é ter essa capacidade: chegamos a qualquer lado e adaptamo-nos”, afirmou à agência Lusa o técnico, no final da sua primeira época na China.

A China, o país mais populoso do mundo, com quase 1.400 milhões de habitantes – mais do dobro de toda a União Europeia -, ocupa o 76.º lugar do ‘ranking’ da FIFA, atrás de Cabo Verde, Burkina Faso e muitas outras pequenas nações em vias de desenvolvimento. A única participação do país num Mundial ocorreu em 2002, quando, na Coreia do Sul e no Japão, não passou da fase de grupos, ao somar três derrotas, frente a Brasil, Turquia e Costa Rica.

18 Dez 2018

Mundiais de natação em Hangzhou | Federação portuguesa diz que objectivos foram superados

[dropcap]O[/dropcap] Director Técnico Nacional (DTN) de natação considerou que a participação portuguesa nos Mundiais de piscina curta “ultrapassou os objetivos definidos”, com a obtenção de 14 recordes nacionais e três presenças em finais. A competição realizou-se em Hangzhou, China.

“Esperamos que estes resultados se possam assumir como injeção motivacional para o próximo campeonato do mundo de piscina longa e para o que falta cumprir até ao final do ciclo Tóquio 2020”, afirmou José Machado, em declarações à Federação Portuguesa de Natação (FPN).

José Machado destacou a “atitude competitiva” dos dez atletas que representaram Portugal na competição, que terminou no domingo. O DTN mostrou-se satisfeito com a qualificação “para duas finais individuais e uma de estafeta e 11 classificações individuais dentro dos 16 primeiros”.

O responsável técnico, que considerou fundamental “o papel dos clubes e treinadores dos nadadores” lembrou ainda que “a competição fica marcada pela obtenção de 14 recordes nacionais absolutos, quatro dos quais foram batidos por duas vezes”.

Antes da partir para a China, a seleção portuguesa realizou um estágio em Macau, que José Machado considerou ter sido uma mais-valia para os nadadores.

Em Hangzhou, Portugal marcou presenças na final feminina dos 200 metros mariposa, na qual Ana Catarina Monteiro foi sexta, na final dos 800 metros estilos, que João Vital terminou no oitavo posto, e na final da estafeta masculina 4×200 metros livres, que o quarteto luso concluiu no sétimo lugar.

18 Dez 2018

Automobilismo | Rui Valente não pensa em parar

Rui Valente comemorou este ano trinta anos de carreira no automobilismo, mas a prova de encerramento de um ano que se queria de consagração não correu em nada como o desejado. Contudo, apesar da enorme frustração, o mais antigo piloto português de Macau em actividade não vai atirar a toalha ao chão

 

[dropcap]D[/dropcap]epois dos infortúnios nas provas de apuramento dos pilotos locais, durante o verão no Circuito Internacional de Zhuhai, Rui Valente foi catapultado para a grelha de partida da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) do 65º Grande Prémio de Macau. No entanto, o regresso à Corrida da Guia foi todo menos fácil e o resultado pouco memorável.

A conduzir um Volkswagen Golf GTi TCR alugado a uma equipa chinesa pela primeira vez, Valente não conseguiu qualificar-se para as três corridas do WTCR que faziam parte do programa. “Fiquei mesmo arrasado”, confessou ao HM o piloto que competiu pela primeira vez no Circuito da Guia em 1988. “Depois da primeira qualificação fiquei totalmente desmotivado. Nunca consegui baixar dos 2 minutos 40 segundos. Perdia sempre muito tempo nos primeiros três sectores e só no último é que conseguia acompanhar os outros carros.”

Para além dos vinte quilogramas suplementares que todos os “wild cards” foram obrigados a carregar pelo regulamento do WTCR, tal como outros pilotos locais, o piloto luso debateu-se com uma contrariedade antes mesmo do arranque. O facto de ter alinhado sem seguro em caso de acidente.

“Num circuito em que qualquer pequeno erro se paga muito caro, não consegui colocar isso para trás das costas durante todo o fim-de-semana”, admite hoje Valente que também consente que não foi só essa a razão para ter ficado aquém das suas expectativas, mas sim “um conjunto de factores” que reunidos não jogaram a seu favor num fim-de-semana sempre muito intenso para os representantes da RAEM.

Nunca digas nunca

Embora a estreia no WTCR não se tenha traduzido na experiência que desejava, Valente não esconde que gostava de voltar ao campeonato mundial de carros de Turismo da FIA, mas com outro tipo de preparação.
“Gostei muito de conduzir o Volkswagen Golf TCR e gostaria de voltar a correr no WTCR, mas para lá voltar teria que ser com outras condições. Fazer duas ou três corridas antes de Macau e participar com seguro. Mas isto custa muito dinheiro e é quase impossível”, reconhece Valente.

Todavia, o habitual piloto do campeonato de carros de Turismo de Macau sabe que mesmo com todas as condições é muito difícil para um piloto local ombrear com os melhores do mundo da especialidade.
“Está fora de questão pensar em andar lá à frente, porque os pilotos que correm no WTCR são de nível mundial e têm uma rodagem completamente diferente. Correm com estes carros o ano todo”, afirma. “Mas gostava de ter uma nova oportunidade…”

Já a pensar em 2019

Fora de questão está por agora poisar o capacete. Valente espera voltar a competir já em Março do próximo ano quando arrancar mais uma edição do “GIC Challenge”, a competição de carros de Turismo organizada pelo Circuito Internacional de Guangdong que engloba as antigas categorias N2000, S2000 e Road Sport, e que se realiza nos meses de Março, Abril e Maio.

“Estou a planear novamente correr no ‘GIC Challenge’, no circuito de Zhaoqing, e depois voltar competir no Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa) com o meu MINI”, afirma.
O MINI Cooper S poderá sofrer algumas modificações durante o defeso, de forma a torná-lo ligeiramente mais competitivo para fazer face à concorrência, mas nada extraordinário, visto que a regulamentação técnica expira no final de 2019.

O calendário do MTCS, a competição organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) que apura os pilotos de carros de Turismo locais para o Grande Prémio, ainda não tem o calendário da próxima temporada definido, podendo novamente regressar a Zhuhai para duas jornadas duplas, ou então, rumar a outro circuito no interior da China.

18 Dez 2018

Judoca Jorge Fonseca termina em quinto lugar no Masters de Guangzhou

[dropcap]O[/dropcap] judoca português Jorge Fonseca foi ontem quinto classificado na categoria de -100 kg do Masters de Guangzhou, que decorreu na China e reuniu os 16 melhores praticantes mundiais de 2018 em cada classe de peso.

Jorge Fonseca atingiu a fase de repescagem para a conquista da medalha de bronze, na qual perdeu frente ao egípcio Ramadan Darwish, por ‘ippon’, após 6.06 minutos de combate, alcançado, ainda assim, o melhor resultado da equipa portuguesa que participou na prova.

O judoca português impôs-se no primeiro combate ao chinês EriHemubatu, por ‘ippon’, após 4.44 minutos de confronto, mas ficou depois afastado da luta pelas medalhas de ouro e de prata, ao perder com o israelita Peter Paltchik, por ‘waza-ari’.

Na repescagem para a medalha de bronze, Jorge Fonseca bateu o irlandês Benjamin Fletcher, por ‘ippon’, após 4.18 de combate, antes de ceder perante Darwish, numa altura em que já tinha recebido três penalizações, contra duas do egípcio.

O outro judoca português que entrou ontem em acção no Masters de Guangzhou, Anri Egutidze, na categoria de -81 kg, não passou do combate inaugural, frente ao mongol Dagvasuren Nyamsuren, que se impôs por ‘waza-ari’.

Egutidze teve o mesmo destino das três judocas lusas que participaram sábado na prova, na qual Portugal igualou a maior representação de sempre, com cinco atletas, uma vez que Telma Monteiro (-57 kg), Joana Ramos (-52 kg) e Catarina Costa (-48 kg) também foram eliminadas no primeiro combate.

17 Dez 2018