Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Vice-presidente na Arábia Saudita e em Pequim O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, partiu no domingo para a Arábia Saudita, primeira escala de uma viagem que terminará na China, e que visa ampliar o acesso aos dois mercados, principalmente ao gigante asiático. Alckmin, que também assegura a pasta ministerial da Indústria e Comércio, será recebido em Riade por autoridades do Governo saudita e participará num seminário empresarial, no qual serão discutidas alternativas para promover investimentos mútuos e comércio bilateral. “A Arábia Saudita tem muitos recursos para investir e o Brasil oferece hoje muitas oportunidades nos mais diversos sectores, como petróleo e gás, minerais, infra-estruturas e agricultura, com um portfólio bastante diversificado”, afirmou o vice-presidente antes da viagem. No caso da China, destacou que é, há mais de uma década, o maior parceiro comercial do Brasil, que exportou em 2023 para aquele mercado asiático produtos no valor de 105 mil milhões de dólares, o que representou 30 por cento das vendas externas. Geraldo Alckmin participará em reuniões de uma comissão bilateral de alto nível que discute questões de cooperação e dirigirá um seminário que reunirá cerca de 400 empresários dos dois países, segundo a vice-presidência brasileira. A comitiva que acompanha Alckmin é formada pelos ministros do Planeamento, Simone Tebet, do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e da Agricultura, Carlos Fávaro, entre outras autoridades.
Hoje Macau China / ÁsiaIndicador privado diz que actividade transformadora cresceu em Maio A actividade da indústria transformadora da China cresceu em Maio, pelo sétimo mês consecutivo, de acordo com o índice de gestores de compras divulgado ontem pelo jornal privado Caixin, contrariando os dados do Governo chinês. Este indicador, compilado pela empresa britânica de informação económica IHS Markit e que muitos investidores internacionais tomam como referência para analisar o sector industrial chinês, aumentou em Maio de 51,4 para 51,7 pontos. No índice de gestores de compras, uma marca acima dos 50 pontos representa uma expansão da actividade em relação ao mês anterior, enquanto um valor abaixo daquela marca representa uma contração. O indicador do Caixin cresceu em Maio ao ritmo mais acelerado dos últimos 23 meses e atingiu o valor mais elevado desde Junho de 2022. Os dados agora divulgados superaram as previsões dos analistas, que esperavam que o indicador não passasse de 51,5 pontos. O Caixin atribuiu o aumento a uma expansão da produção e da procura no sector da indústria transformadora, apontando especificamente para o aumento da produção de bens de consumo. Ainda assim, o jornal digital sublinhou que o mercado de trabalho no sector industrial encolheu pelo nono mês consecutivo devido à cautela das empresas quando se trata de contratar. À procura de solução Os preços permaneceram baixos devido à forte concorrência no sector, embora os custos tenham crescido à taxa mais elevada em sete meses devido ao aumento dos metais industriais, plásticos e petróleo bruto, disse o Caixin. “A economia chinesa está geralmente estável e continua no caminho da recuperação (…). No entanto, a pressão sobre o emprego e a procura mais fraca do que a oferta continuam a ser problemas importantes”, disse Wang Zhe, economista da Caixin. “Levará tempo para encontrar soluções para os problemas que se acumulam. As políticas que procuram estabilizar a economia, impulsionar a procura interna e aumentar o emprego devem ser reforçadas e consistentes”, acrescentou. Pelo contrário, os dados oficiais, divulgados na sexta-feira pelo Gabinete Nacional de Estatística da China, indicam que a actividade da indústria transformadora encolheu em Maio, após dois meses de expansão. O índice de gestores de compras do Gabinete de Estatística chinês situou-se em 49,5 pontos em Maio, menos 0,9 pontos do que em Abril (50,5). Dos cinco sub-índices que compõem o indicador, os da produção e prazos de entrega conseguiram passar para a zona de expansão, enquanto os do emprego, novas encomendas – chave para a procura – e reservas de matérias-primas permaneceram na zona negativa. O estatístico Zhao Qinghe atribuiu na sexta-feira a contracção da actividade da indústria transformadora da China à “falta de procura efectiva” no mercado. Mas o analista oficial destacou que a produção económica da China “em geral continuou a expandir-se” e sublinhou a confiança empresarial e a produção das grandes empresas como factores positivos.
Hoje Macau China / ÁsiaEspionagem | Pequim diz ter desmantelado conspiração do Reino Unido A Segurança da China deteve um casal de cidadãos chineses suspeitos de colaborarem com o MI6 britânico O Ministério da Segurança do Estado da China disse ontem ter detido dois chineses por alegadamente fazerem parte de um plano de espionagem lançado pelos serviços secretos do Reino Unido MI6. O Ministério indicou que foi detido um funcionário de uma agência governamental chinesa, de apelido Wang, e a mulher de apelido Zhou, de acordo com um comunicado oficial, publicado na rede social WeChat. As autoridades chinesas acusaram o MI6 de ter intervindo para garantir que, em 2015, a candidatura de Wang num programa de intercâmbio entre a China e o Reino Unido fosse aprovada, permitindo ao funcionário estudar no exterior. Depois de ter chegado ao Reino Unido, o MI6 terá organizado diversas actividades para Wang, incluindo convites para jantares e visitas turísticas, “com o objectivo de identificar pontos fracos e preferências”, alegou o Ministério. Sentindo uma “forte inclinação por dinheiro”, agentes do MI6, fazendo-se passar por antigos alunos da universidade em que Wang estudava, abordaram o cidadão chinês e ofereceram-lhe uma suposta oportunidade de consultoria, referiu o comunicado. O MI6 terá oferecido uma remuneração significativamente mais elevada do que o habitual para encorajar Wang a participar em projectos públicos de investigação, como pretexto para o envolver gradualmente em assuntos ligados à agência governamental chinesa em que tinha trabalhado, disse o Ministério. No comunicado, o MI6 é acusado de fornecer “formação especializada” em espionagem a Wang, que foi pressionado a regressar à China e recolher informações confidenciais, assim como a recrutar a mulher. O Ministério disse que Wang e Zhou foram detidos após uma investigação que desmantelou uma “grande operação de espionagem do MI6 dentro do sistema interno chinês”, embora outras investigações relacionadas com este caso prossigam. Mistérios por resolver O anúncio surgiu dez dias depois da justiça britânica ter acusado o director do escritório comercial de Hong Kong em Londres, Chung Biu Yuen, e um outro homem, Peter Wai Chi Leung, de terem ajudado as autoridades da região administrativa especial chinesa a recolher informações no Reino Unido. Um terceiro suspeito, o britânico Matthew Trickett, também foi acusado no caso, mas foi encontrado morto a 19 de Maio, num parque, em circunstâncias que a polícia não soube explicar. No ano passado, a China reviu a lei de combate à espionagem, para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e agentes” na categoria de espionagem. Além das investigações lançadas nos últimos meses sobre empresas de consultoria e empresas estrangeiras na China, que suscitaram preocupações entre a indústria e potenciais investidores estrangeiros, o Ministério reviu igualmente outra legislação para salvaguardar os segredos de Estado. O organismo também reforçou os alertas nas redes sociais chinesas para a ameaça representada pelos “espiões estrangeiros”, pedindo ao público que partilhe informações sobre “actividades suspeitas”.
Hoje Macau China / ÁsiaZelensky acusa Pequim de tentar boicotar cimeira da paz na Suíça O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou ontem a China de tentar impedir países de participaram na cimeira de paz na Ucrânia, que se realiza a 15 e 16 de Junho, na Suíça. “Infelizmente, a China está agora a tentar impedir os países de participarem na cimeira de paz”, disse Zelensky aos jornalistas, à margem de um fórum de segurança em Singapura, citado pela agência francesa AFP. Zelensky referiu que Pequim não pode dizer que aceita a soberania e a integridade territorial da Ucrânia “e, ao mesmo tempo, ser aliado de um país que viola os princípios da Carta das Nações Unidas”, referindo-se à Rússia. Segundo Zelensky, a China está a fazer “tudo o que está ao seu alcance” para obstruir a cimeira, através de um esforço diplomático para convencer outros países asiáticos e do chamado “sul global” a absterem-se de participar. “A Ásia precisa de saber o que está a acontecer na Ucrânia. Precisamos do apoio dos países asiáticos. Precisamos muito do apoio dos países asiáticos”, afirmou, em declarações divulgadas pela agência Bloomberg. Zelensky disse que a cimeira na Suíça contará com a presença de mais de 100 países e 75 chefes de Estado e de Governo, segundo a agência espanhola Europa Press. Devo ir ou ficar A China disse na sexta-feira que seria difícil participar na cimeira se a Rússia não fosse convidada, uma declaração aprovada por Moscovo. “Existe uma clara discrepância entre os preparativos para a conferência, por um lado, e as exigências da China e as expectativas gerais da comunidade internacional, por outro, o que torna difícil a participação da China”, afirmou a porta-voz da diplomacia chinesa Mao Ning. “Caso contrário, será difícil para a conferência desempenhar um papel substancial no restabelecimento da paz”, acrescentou Mao numa conferência de imprensa em Pequim na sexta-feira passada. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também ainda não confirmou a presença na cimeira. “Estamos desapontados com o facto de alguns líderes mundiais ainda não terem confirmado a sua participação na Cimeira da Paz”, comentou Zelensky em Singapura, sem mencionar o nome da China ou dos Estados Unidos. Portugal irá participar na cimeira da paz com uma delegação liderada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e que inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. A cimeira da paz na Suíça será antecedida por uma conferência sobre a reconstrução da Ucrânia, nos dias 11 e 12 de Junho, em Berlim.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan e presença de Zelensky marcam fórum de defesa de Singapura A autonomia de Taiwan, que divide China e Estados Unidos, e a presença do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, marcaram ontem o último dia do principal fórum de defesa da Ásia, em Singapura. O ministro da Defesa chinês, almirante Dong Jun, afirmou que as suas tropas estão preparadas para travar “pela força” tentativas de independência de Taiwan e acusou forças estrangeiras de interferência, referindo-se aos Estados Unidos, segundo um balanço da agência EFE. “O Exército de Libertação do Povo chinês sempre foi uma força indestrutível e poderosa na defesa da unificação da pátria e actuará sempre com determinação e força para impedir a independência de Taiwan”, proclamou Dong em Singapura. Dong reafirmou o empenho da China numa reunificação pacífica com Taiwan. “Mas a situação está a ser constantemente corroída pelos separatistas e pelas forças estrangeiras”, afirmou no encontro na cidade-Estado do Sudeste Asiático. O Diálogo Sangri-La, entre sexta-feira e domingo, realizou-se uma semana depois de a China ter efectuado exercícios militares em redor de Taiwan, na sequência da posse do líder William Lai, que Pequim descreve como secessionista. À margem do fórum, o ministro chinês reuniu-se na sexta-feira durante 45 minutos com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, o primeiro encontro deste tipo desde há um ano e meio. Austin advertiu Dong para que a China não utilize a transição política de Taiwan, decorrente de eleições democráticas, “como cobertura para medidas coercivas”. Tanto Austin como Dong concordaram, nos respectivos discursos, em manter o diálogo como instrumento para reduzir as tensões e evitar “mal-entendidos e erros de cálculo”. Ponto de equilíbrio Além da situação sobre a antiga Formosa, os pontos de vista de Washington e Pequim também entram em conflito sobre o Mar do Sul da China, uma região-chave para o comércio mundial. Os Estados Unidos defendem a liberdade de navegação e as reivindicações territoriais de países aliados, como as Filipinas, enquanto o gigante asiático reclama a soberania sobre praticamente toda a área. Perante as inúmeras tensões entre as duas potências, o ministro da Defesa de Singapura, Ng Eng Hen, anfitrião da reunião, tentou encontrar um ponto de equilíbrio. “Devemos evitar a todo o custo um conflito armado na Ásia. (…) O mundo não pode permitir a abertura de uma terceira frente”, observou Ng, aludindo às guerras na Ucrânia e em Gaza. Sobre Taiwan, Ng advogou que o ‘status quo’ é a melhor solução para uma questão que disse ser complexa. “Nem independência, nem reunificação”, resumiu. Anunciado em cima da hora, Volodymyr Zelensky participou no fórum com um apelo à diplomacia como mecanismo para forçar a Rússia a negociar a paz com Kiev. “É muito importante para nós iniciar o processo de estabelecimento de uma paz justa”, afirmou no sábado, após um encontro com o Presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta. “A Rússia não quer acabar com a guerra. Por isso, temos de trabalhar em conjunto com todo o mundo para aproximar a paz”, acrescentou. No discurso de ontem, Zelensky convidou os líderes da Ásia-Pacífico a participarem na cimeira de paz de 15 e16 de Junho, na Suíça. “A Ucrânia propõe-se alcançar a paz através da diplomacia. (…) Convido a vossa região, os vossos líderes e países a participarem, para que os vossos povos se envolvam nos assuntos mundiais”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaMTC | Lançadas na China medidas para apoiar reabilitação A China divulgou medidas de apoio para aproveitar ao máximo o papel da medicina tradicional chinesa (MTC) nos serviços de reabilitação do país, com o objectivo de atender à crescente procura da população por melhores serviços médicos, indicou o Diário do Povo, na sexta-feira. Um conjunto de directrizes divulgadas pela administração nacional da MTC na quinta-feira apresentou oito medidas para fortalecer a criação de departamentos de reabilitação nos hospitais de MTC. De acordo com as directrizes, mais de 70 por cento dos hospitais MTC de segundo nível na China terão departamentos de medicina de reabilitação até 2025. Como a MTC tem uma vantagem exclusiva em prevenção, tratamento e reabilitação de doenças, as directrizes exigem que os hospitais aproveitem totalmente a MTC na melhoria e restauração da função física em casos de doenças agudas, bem como na prevenção de doenças crónicas, acrescenta a publicação estatal. O documento também incentiva os hospitais a integrarem as terapias de reabilitação da MTC com a medicina ocidental e solicita esforços para expandir o acesso aos serviços de reabilitação da MTC nas áreas rurais, permitindo que os necessitados recebam os serviços relacionados mais perto de casa. As autoridades chinesas emitiram um plano para melhorar os serviços de reabilitação da MTC no período do 14.º Plano Quinquenal (2021-2025), com o objectivo de dar à MTC um papel completo no campo da reabilitação e aprimorar os serviços relacionados.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Sonda chinesa pousou no lado distante da Lua O programa espacial chinês continua a desenvolver-se com sucesso. A sonda Chang’e 6 deverá trazer amostras lunares para a terra pela segunda vez Uma sonda espacial chinesa pousou ontem no lado distante da Lua para recolher amostras de rochas, anunciou a Administração Espacial da China. A sonda Chang’e 6, lançada no início de Maio do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na ilha tropical chinesa de Hainan, pousou como planeado na imensa bacia Aitken, no Pólo Sul lunar, uma das maiores crateras de impacto conhecidas no sistema solar, afirmou a Administração Espacial chinesa, citada pela agência oficial de notícias Xinhua. Esta missão é a sexta do programa chinês de exploração da lua Chang’e, nomeado em homenagem à deusa chinesa da Lua, e será a segunda a trazer amostras lunares de volta à Terra, após uma primeira no lado próximo do corpo celeste, em 2020. Na nova missão, o módulo irá usar um braço mecânico e um perfurador para recolher até 2 quilos de material de superfície e subterrâneo, a enviar de volta à Terra numa cápsula que está actualmente a orbitar a Lua. Um projéctil no topo do módulo levará as amostras até à nave em órbita num recipiente de vácuo de metal, que será transferido para uma cápsula de reentrada que deve regressar à Terra nos desertos da região da Mongólia Interior da China, por volta de 25 de Junho. As missões para o lado distante da Lua são consideradas mais difíceis porque exigem um satélite de retransmissão para manter as comunicações. Corrida espacial Entre as recentes conquistas espaciais da China estão a exploração de Marte e a construção da sua própria estação espacial, Tiangong, para onde regularmente envia tripulações. A ambição espacial da China continua a crescer, com a possibilidade de Tiangong se tornar na única estação espacial em funcionamento, caso a Estação Espacial Internacional, tal como previsto, seja retirada. O programa lunar faz parte de uma crescente rivalidade com os Estados Unidos e outros países, incluindo o Japão e a Índia, para explorar o espaço. A China tem como objectivo colocar uma pessoa na Lua antes de 2030, o que a tornaria a segunda nação a fazê-lo depois dos Estados Unidos. A agência espacial norte-americana NASA planeia colocar astronautas na Lua novamente — pela primeira vez em mais de 50 anos — embora no início deste ano tenha adiado para 2026 a data-alvo.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim adverte comunidade internacional para deixar de interferir A China advertiu ontem os críticos internacionais da lei de segurança nacional de Hong Kong de que devem deixar de interferir, depois da detenção de sete pessoas por apelos à desobediência nas redes sociais. “Aconselhamos os países e os líderes políticos (…) a deixarem imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China”, afirmou um porta-voz do comissário da diplomacia chinesa no território, citado pela agência francesa AFP. Segundo a polícia de Hong Kong, os actos contrários à nova lei de segurança nacional começaram em Abril, e os suspeitos tinham como alvo uma “data sensível”. A lei de segurança nacional foi imposta pelo Partido Comunista Chinês a Hong Kong em 2020. Ao abrigo da lei de segurança nacional, um tribunal de Hong Kong declarou ontem 14 activistas pró-democracia culpados de subversão por terem realizado primárias não oficiais em 2020 para seleccionar candidatos da oposição ao parlamento local. A sentença está prevista para o final do ano e os arguidos incorrem em penas que podem chegar a prisão perpétua. Os três juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional absolveram dois ex-conselheiros distritais da acusação de “conspiração para subverter o poder do Estado”. A acusação anunciou que vai recorrer da decisão. O tribunal terá ainda de decidir sobre outros 31 acusados no mesmo processo, no maior julgamento realizado em Hong Kong ao abrigo da lei de segurança nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim diz que independência equivale a declaração de guerra A China advertiu ontem que uma eventual independência de Taiwan seria equivalente a uma declaração de guerra e que não haverá paz em caso de secessão. O exército chinês “assume a missão sagrada de proteger a soberania e a integridade territorial do país”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Wu Qian, numa conferência de imprensa em Pequim, citado pelo jornal oficial Diário do Povo. Wu afirmou que as forças chinesas “sempre estiveram alerta para derrotar todas as tentativas de secessão” na ilha e atentas para “impedir a interferência de todas as forças externas”. “A reunificação da pátria é uma tendência histórica imparável”, afirmou, segundo a agência espanhola EFE. A advertência de Wu surge no meio de uma tensão crescente na sequência da tomada de posse, a 20 de Maio, do líder da ilha, William Lai. O Ministério da Defesa da China avisou recentemente que voltará a “tomar contramedidas” se as “forças secessionistas que procuram a independência continuarem a provocar”. Esta política será mantida “até que a reunificação completa do país seja alcançada”, disse o ministério.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Xi pede conferência de paz “credível e eficaz” O Presidente chinês discursou no Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, que juntou em Pequim líderes do Egipto, dos EAU, do Bahrein, e da Tunísia O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem uma conferência internacional de paz “credível e eficaz” para resolver o conflito israelo-palestiniano e reiterou o apoio à criação do Estado da Palestina. “A justiça não pode estar sempre ausente e a solução de dois Estados não pode ser arbitrariamente contornada”, disse Xi, que defende a coexistência pacífica de Israel e da Palestina. Num discurso no Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, em Pequim, citado pela agência espanhola Europa Press, Xi prometeu 500 milhões de yuan de ajuda humanitária a Gaza. Prometeu também doar três milhões de dólares à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). A agência, criticada pelas autoridades israelitas, presta assistência e socorro aos refugiados da guerra entre Israel e o Hamas. A China há muito que apoia os palestinianos e denuncia Israel pelos colonatos nos territórios ocupados, embora mantenha laços económicos crescentes com o Estado israelita. Xi defendeu o reforço das relações bilaterais com os países árabes, porque a guerra “não pode durar indefinidamente”. “O Médio Oriente tem grandes perspectivas de desenvolvimento”, afirmou o Presidente da República Popular China aos líderes da Tunísia, Egipto, Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU) presentes no fórum. Xi disse também que a China vai impulsionar a cooperação estratégica com os países árabes em domínios como o da energia e apelou para a celebração de acordos regionais de comércio livre. “Estamos dispostos a construir estas relações de forma a manter a paz e a estabilidade a nível global”, afirmou, segundo a agência noticiosa chinesa Xinhua. Xi anunciou ainda que a China vai acolher a segunda cimeira China-Árabe, que descreveu como uma “pedra angular” das relações bilaterais, em 2026. Participam no fórum os líderes do Egipto, Abdel Fattah al-Sisi, dos EAU, Mohamed bin Zayed al Nahyan, do Bahrein, Hamad bin Salman Al Khalifa, e da Tunísia, Kais Saied. Posição elogiada O Presidente egípcio, que discursou na cerimónia de abertura, elogiou a China por apoiar um cessar-fogo imediato em Gaza e a criação de um Estado palestiniano independente. “Apelo a todos os actores activos da comunidade internacional para que assumam as suas responsabilidades morais e legais para pôr termo à ultrajante guerra israelita”, afirmou al-Sissi, citado pela agência norte-americana AP. Pediu também “medidas imediatas e decisivas” para a entrega de ajuda humanitária em Gaza, “a fim de romper o cerco israelita e contrariar quaisquer tentativas de deslocar à força os palestinianos das suas terras”. A ofensiva israelita em curso na Faixa de Gaza já causou mais de 36.000 mortos, segundo o governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Deli | Registada temperatura recorde de 49,9°C A capital da Índia registou uma temperatura recorde de 49,9 graus Celsius na terça-feira, anunciaram ontem os serviços meteorológicas do país. Ao assinalar “fortes ondas de calor”, as autoridades registaram o recorde em duas estações, Narela e Mungeshpur, nos arredores de Nova Deli. Em Maio de 2022, os termómetros tinham marcado 49,2°C em certos bairros da capital, noticiaram ‘media’ indianos na altura. As temperaturas muito altas são comuns na Índia durante o Verão, mas, de acordo com especialistas, as alterações climáticas estão a provocar ondas de calor ainda mais longas, mais frequentes e mais intensas. As autoridades de Nova Deli também alertaram para o risco de escassez de água, tendo sido registados cortes no abastecimento em algumas zonas. O ministro da Água, Atishi Marlena, apelou para a “responsabilidade colectiva” dos habitantes para pôr termo ao desperdício, noticiou ontem o jornal Times of India. “Para resolver o problema da escassez de água, tomámos uma série de medidas como a redução do abastecimento de água de duas vezes por dia para uma vez por dia em muitas áreas”, notou Atishi, segundo o Indian Express. Os serviços meteorológicos indianos alertaram para as consequências do calor para a saúde, nomeadamente para crianças, idosos e doentes crónicos. Entretanto, os estados de Bengala Ocidental e Mizoram, no nordeste do país, foram atingidos por violentos ventos e chuvas torrenciais com a passagem do ciclone Remal, que devastou a Índia e o Bangladesh no domingo, matando mais de 38 pessoas. O departamento meteorológico do Bangladesh declarou que o ciclone foi um dos mais longos que o país já viu e culpou as alterações climáticas pela duração excepcional.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Antigo PM Shinawatra acusado de difamar monarquia O antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra da Tailândia vai ser acusado de difamação da monarquia, avançou o Ministério Público (MP), três meses depois de o ex-dirigente ter saído em liberdade condicional por outras acusações. Shinawatra pediu, no entanto, um adiamento da audiência de acusação, apresentando provas de que tem covid-19, disse em conferência de imprensa o porta-voz do gabinete do Procurador-Geral Prayuth Bejraguna. A nova audiência ficou marcada para 18 de Junho, acrescentou Prayuth, notando que Shinawatra será também acusado de violar a lei da criminalidade informática. Shinawatra esteve em exílio autoimposto desde 2008, mas regressou à Tailândia em Agosto para cumprir uma pena de oito anos. Em Fevereiro, saiu em liberdade condicional do hospital, em Banguecoque, onde passou seis meses a cumprir pena por crimes relacionados com corrupção. Ao regressar ao país, o antigo líder foi transferido quase de imediato da prisão para o hospital por motivos de saúde e, cerca de uma semana depois, o rei Maha Vajiralongkorn reduziu a pena para um ano. No início do mês, Shinawatra obteve liberdade condicional devido à idade, 74 anos, e ao estado de saúde. Após o regresso à Taiândia, o gabinete do procurador-geral indicou ter recuperado uma investigação sobre a alegada violação, há quase nove anos, da lei lesa-majestade, um crime punível com até 15 anos de prisão. Shinawatra foi acusado em 2016 de violar a lei por comentários que fez a jornalistas quando estava em Seul, na Coreia do Sul, um ano antes.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Antigo director de grupo Huarong condenado à morte O antigo director executivo do conglomerado financeiro China Huarong, um dos grupos mais endividados da China, foi condenado à morte por corrupção, informou ontem a imprensa local. A China Huarong Asset Management é um dos maiores gestores de dívida malparada da China, ou seja, dívidas com elevada probabilidade de não serem pagas. Foi uma das quatro empresas criadas em 1999 pelo Governo chinês para sanear o sector bancário. Desde então, o grupo diversificou as suas actividades, nomeadamente para a área do investimento e crédito e sector imobiliário. O principal accionista da China Huarong é o Ministério das Finanças chinês. Os tribunais consideraram o antigo director executivo do grupo Bai Tianhui culpado de ter recebido cerca de 1,1 mil milhões de yuan em subornos, informou a televisão estatal CCTV. Bai Tianhui foi condenado à pena de morte, avançou o canal estatal, citando a decisão de um tribunal de Tianjin, uma importante cidade portuária perto de Pequim. A condenação à morte é pouco habitual na China para um alto dirigente empresarial. No entanto, frequentemente estes veredictos são convertidos em pena de morte suspensa, o que corresponde à prisão perpétua. A sentença de Bai Tianhui é idêntica à do antigo director do fundo de investimento Lai Xiaomin, executado em 2021. Lai foi acusado pelos tribunais de ter obtido 215 milhões de euros em subornos. Foi também considerado culpado de “poligamia”. As imagens de um apartamento em Pequim, supostamente pertencente a Lai Xiaomin, com cofres e armários cheios de maços de dinheiro, foram exibidas pela televisão estatal. A China Huarong tem feito manchetes nos últimos anos devido à sua dívida, equivalente a 214 mil milhões de euros, e à sua gestão irregular. Em 2021, a negociação das acções da empresa foi suspensa por nove meses na Bolsa de Valores de Hong Kong. O preço a pagar Nos últimos meses, várias figuras importantes do sector bancário e financeiro foram denunciadas por corrupção na China. Numa altura em que a economia chinesa está a abrandar, as más práticas no sector financeiro estão no centro da campanha anticorrupção do Presidente chinês, Xi Jinping. A cúpula do Partido Comunista Chinês (PCC) disse ontem que os “riscos financeiros” são “uma questão de segurança nacional” e avisou os seus funcionários que “serão responsabilizados” se não “assumirem a responsabilidade” de “assegurar a saúde financeira do país”. Funcionários “a todos os níveis” vão ser instados a “assegurar que as várias tarefas destinadas a reforçar a regulação financeira em todos os domínios são correctamente executadas”, prosseguiu a liderança do partido único na China. “Os regulamentos devem ser aplicados à letra e os infractores devem ser responsabilizados. Aqueles que não cumprirem os seus deveres devem ser responsabilizados e serão punidos”, advertiu ainda o PCC, numa altura em que algumas agências de notação da dívida baixaram para “negativa” a perspectiva do ‘rating’ do país, face aos “riscos crescentes” para as finanças públicas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Seis detidos por violarem nova lei de segurança nacional A polícia de Hong Kong deteve ontem seis pessoas por alegada publicação de mensagens sediciosas nas redes sociais – as primeiras detenções conhecidas ao abrigo da nova lei de segurança nacional da cidade. Um dos detidos é o antigo organizador da vigília anual durante décadas convocada para assinalar os acontecimentos da Praça de Tiananmen, em Pequim, a 04 de Junho de 1989. O secretário para a Segurança, Chris Tang, disse que o antigo organizador dessa vigília, Chow Hang-tung, juntamente com cinco outros, utilizou uma página da rede social Facebook para publicar anonimamente as mensagens de convocatória da concentração. Segundo a polícia, os actos contrários à nova lei de segurança nacional começaram em Abril e os suspeitos tinham como alvo uma “data sensível”. As autoridades não revelaram o conteúdo das mensagens divulgadas no Facebook, mas a página começou a 30 de Abril a publicar uma série de ‘posts’ para assinalar o 35.º aniversário, que em breve se completa, de Tiananmen. Tang alegou que o grupo divulgou tais mensagens com a intenção de incitar ao inconformismo ou mesmo ao ódio contra o Governo central chinês, o Governo de Hong Kong e o poder judicial. As mensagens pretendiam também encorajar os internautas a organizar actividades “que poriam em perigo a segurança nacional”, sustentou. “Embora Hong Kong tenha agora iniciado a viagem da estabilidade para a prosperidade, não podemos baixar a guarda. Continuamos a enfrentar riscos para a segurança nacional”, declarou Tang numa conferência de imprensa. Além de não especificarem o conteúdo das mensagens, as autoridades também não identificaram os outros cinco suspeitos detidos.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Pequim e Guiné Equatorial reforçam relações O Presidente chinês reuniu-se quarta-feira com o homólogo da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, com quem quer elevar o nível das relações entre os dois países para uma “parceria estratégica de cooperação”. Durante o encontro com Obiang, que já visitou a China dez vezes, Xi Jinping disse que o “apoio mútuo” entre as duas nações ilustra a amizade entre a China e os países africanos, de acordo com a imprensa local, citada pela agência de notícias espanhola EFE. Desde 1970, ano em que foram estabelecidas relações diplomáticas entre os dois países, a China tem mantido acordos de cooperação com a Guiné Equatorial em sectores como a saúde, a educação, a energia, a construção, as telecomunicações e a navegação. O interesse da China na Guiné Equatorial progrediu paralelamente à descoberta de importantes depósitos de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) no país, no final da década de 1990. A imprensa estatal chinesa sublinhou esta semana que a visita de Obiang, no poder desde 1979, tem como objectivo “expandir a colaboração bilateral” para “diversificar a economia do país africano e melhorar a sua capacidade industrial”. De acordo com o jornal Global Times, os laços bilaterais são “um modelo de cooperação sul-sul” de dois países que se “tratam como iguais”. “A China tem apoiado a Guiné Equatorial em muitos domínios, tanto económicos como técnicos. Pode dizer-se que parte da transformação da Guiné Equatorial se deve precisamente ao apoio económico do Governo chinês”, afirmou Obiang numa entrevista recente à agência noticiosa estatal Xinhua. Obiang disse que a Guiné Equatorial espera que a China “aumente o apoio à formação de talentos para ajudar o país a estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento independente”. A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente.
Hoje Macau China / ÁsiaFMI | Elevada previsão de crescimento em 2024 para 5% O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou ontem a previsão para o crescimento da economia da China em 2024 de 4,6 por cento para 5 por cento, a meta fixada pelo Governo chinês em Março. “O crescimento económico da China deverá permanecer sólido em 5 por cento em 2024 e abrandar para 4,5 por cento em 2025”, afirmou o FMI num comunicado, divulgado após o final de uma visita de 12 dias à China de uma equipa da instituição multilateral. O FMI previa anteriormente um crescimento de 4,6 por cento este ano. A revisão em alta da previsão é “impulsionada por fortes dados do PIB [produto interno bruto] do primeiro trimestre e por medidas políticas recentes”, acrescentou o fundo. A economia da China cresceu 5,3 por cento, no primeiro trimestre de 2024, após ter sido impulsionada pelas políticas de estímulo do Governo e o aumento da procura. A China anunciou em 17 de Maio, um dia após o início da visita da equipa do FMI, novas medidas para revigorar o sector imobiliário, depois de os últimos dados terem revelado que os preços da habitação caíram quase 10 por cento desde o início do ano. As autoridades reduziram a entrada para hipotecas e o limite mínimo das taxas de juro para a primeira e segunda habitações e instaram as administrações locais a comprar aos promotores imobiliários terrenos não urbanizados ou imóveis não vendidos. Várias cidades, incluindo a capital financeira do país, Xangai, também suspenderam as restrições às transações de imóveis, que caíram 24,3 por cento em 2022 e mais 8,5 por cento em 2023, medidas por área útil. Abrandamento previsto O FMI saudou ontem as medidas tomadas pela China e defendeu que “a correcção em curso no mercado imobiliário, necessária para orientar o sector para uma trajectória mais sustentável, deverá continuar”. No entanto, “um conjunto mais abrangente de medidas facilitaria uma transição eficiente e menos onerosa, ao mesmo tempo que protegeria contra os riscos de deterioração” do mercado, observou a instituição. No médio prazo, “o crescimento deverá abrandar para 3,3 por cento devido ao envelhecimento da população e ao abrandamento dos ganhos de produtividade”, detalhou a vice-directora-geral do FMI, Gita Gopinath, citada no comunicado. Segundo dados oficiais, existem na China cerca de 280 milhões de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, 19,8 por cento da população total. Em 2035, estima-se que haverá mais de 400 milhões de idosos, mais de 30 por cento da população. A número dois do FMI também destacou “os desafios orçamentais significativos, especialmente para os governos locais” que o país enfrenta, acrescentando “que é necessária uma consolidação fiscal sustentada a médio prazo”. A agência de notação financeira Moody’s baixou em Dezembro a perspectiva da dívida da China de “estável” para “negativo”, devido aos “indícios crescentes de que o governo e o sector público vão prestar apoio financeiro aos governos regionais e às empresas públicas em dificuldades”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Anunciado fracasso de lançamento de satélite A Coreia do Norte anunciou ontem o fracasso de uma nova tentativa de colocar em órbita um satélite espião, devido a um alegado problema no motor do propulsor. O propulsor do satélite de reconhecimento Malligyong-1-1 “explodiu durante a primeira fase do voo e falhou”, declarou o vice-director da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA) norte-coreana num comunicado divulgado pelos meios de comunicação oficiais, acrescentando que “a causa do acidente foi a fiabilidade do novo motor a oxigénio líquido e querosene”. O responsável norte-coreano indicou que uma análise preliminar do acidente apontou um problema num dos motores da primeira fase. A Coreia do Norte demorou pouco mais que 90 minutos a informar sobre o fracasso do lançamento do foguetão espacial, efectuado pelas 22:44 locais de ontem, segundo o Exército sul-coreano. Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detectado pela primeira vez às 22:44 locais (o rasto do projéctil lançado da zona de Tongchang-ri – no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae – em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo). Apenas dois minutos depois de localizar o lançamento, os radares sul-coreanos voltaram a detectar o projéctil “como um grande aglomerado de fragmentos nas águas norte-coreanas”, indicando que o foguetão falhou em pleno voo. A Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na Primavera e no Verão de 2023. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse numa conferência de imprensa que o projéctil “desapareceu [do radar)] em pleno voo sobre o mar Amarelo”. “Por isso, acreditamos que não atingiu a órbita terrestre”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede ao MNE iemenita fim dos ataques a navios civis no Mar Vermelho O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, pediu ontem ao seu homólogo iemenita, Shaya Mohsin Zindani, o fim dos ataques a embarcações civis no Mar Vermelho, a fim de “garantir a segurança das rotas marítimas”. Após meses de ataques perpetuados pelos rebeldes Houthi contra várias embarcações naquelas águas, Wang explicou a Zindani que “a situação tensa no Mar Vermelho” é “uma consequência das repercussões do conflito de Gaza”, guerra para a qual apelou a um cessar-fogo. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros sublinhou a importância de “manter a unidade e a estabilidade” no Iémen e manifestou esperança de que “todas as partes envolvidas no conflito iemenita adiram a uma solução política e respondam positivamente aos esforços de paz da ONU e dos países da região”. Zindani saudou o “apoio incondicional da China à independência e soberania do Iémen” e a assistência prestada por Pequim “ao desenvolvimento económico e social do país, sem condições políticas”. O ministro iemenita manifestou esperança de que a China “continue a desempenhar um papel significativo na redução das tensões no Mar Vermelho e na reconstrução do Iémen”. Contra ataques Os ataques dos Houthi podem ter um grande impacto na economia mundial, uma vez que o Mar Vermelho representa quase 15 por cento do comércio marítimo mundial. A China tem criticado as acções das forças norte-americanas contra os Houthis desde que o grupo insurgente começou a atacar, há meses, navios no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb, que alega estarem ligados a Israel ou dirigirem-se para lá. Segundo Pequim, os ataques lançados pelos EUA não estão abrangidos pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU ou pela Carta das Nações Unidas e são, por isso, contrários ao direito internacional. Zindani encontra-se na capital chinesa para participar na 10.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação China – Estados Árabes, esta quinta-feira. A conferência contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, do Rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El Sisi, do Presidente da Tunísia, Kais Saied, e do Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | China mostra “profunda preocupação” com operação militar em Rafah O Governo chinês expressou hoje a sua “profunda preocupação” com os ataques israelitas em Rafah, na Faixa de Gaza, depois de o exército de Israel ter bombardeado um campo para pessoas deslocadas, que fez um elevado número de mortos. “A China manifesta a sua profunda preocupação com as operações militares israelitas em curso contra Rafah”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa regular. “Exigimos que todas as partes protejam os civis e as instalações civis e instamos Israel a dar ouvidos ao apelo da comunidade internacional e a cessar os seus ataques a Rafah”, afirmou Mao Ning. Israel intensificou ontem os seus ataques à cidade. O Conselho de Segurança da ONU convocou já uma reunião de emergência. Estes novos bombardeamentos surgem na sequência de uma onda de condenação internacional a um ataque na zona, que fez 45 mortos e 249 feridos, no domingo à noite, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou “o acidente trágico”. O exército israelita afirmou que está a investigar a morte das vítimas civis, depois de ter dito inicialmente que tinha visado dois altos funcionários do Hamas com “munições precisas”. “A posição da China sobre o conflito israelo-palestiniano é constante e clara. Opomo-nos a qualquer violação do direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional”, sublinhou Mao Ning. “A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para aliviar e pôr fim ao desastre humanitário em Gaza”, vincou. A China tem boas relações com Israel, mas apoia a causa palestiniana há décadas. Pequim tem tradicionalmente feito campanha por uma solução de dois Estados, enquanto o processo de paz israelo-palestiniano está num impasse desde 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Quadros vão ser responsabilizados por falta de saúde financeira A cúpula do Partido Comunista Chinês (PCC) defendeu ontem que os “riscos financeiros” são “uma questão de segurança nacional” e advertiu que os seus quadros “serão responsabilizados” se não “assumirem a responsabilidade” de “assegurar a saúde financeira do país”. O Presidente chinês, Xi Jinping, presidiu à reunião do Politburo, o mais alto órgão de decisão do PCC, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua. Um despacho difundido pela agência indica que os líderes do partido salientaram que “prevenir e neutralizar os riscos financeiros influencia grandemente a segurança nacional”, e “é um trabalho importante para alcançar um desenvolvimento de alta qualidade”. “Vão ser formuladas normas judiciais para responsabilizar aqueles que não conseguem prevenir os riscos financeiros”, advertiram. “O objectivo é que o partido continue a exercer uma autogovernação plena e rigorosa e a reforçar também a liderança centralizada do PCC sobre o sector financeiro, para que os departamentos administrativos e as instituições financeiras assumam as suas responsabilidades”, frisou a cúpula do poder chinês. Funcionários “a todos os níveis” vão ser instados a “assegurar que as várias tarefas destinadas a reforçar a regulação financeira em todos os domínios são correctamente executadas”. “Os regulamentos devem ser aplicados à letra e os infractores devem ser responsabilizados. Aqueles que não cumprirem os seus deveres devem ser responsabilizados e serão punidos”, advertiu o PCC, numa altura em que vários antigos funcionários foram punidos por corrupção e em que algumas agências de notação da dívida baixaram para “negativa” a perspectiva do ‘rating’ do país, face aos “riscos crescentes” para as finanças públicas. Compromissos No final do ano passado, as autoridades chinesas comprometeram-se a “reforçar a supervisão financeira” para “prevenir e neutralizar eficazmente os riscos”, numa altura em que várias administrações locais e regionais do país enfrentam problemas de endividamento e a crise imobiliária está a arrastar a recuperação económica. Os dirigentes do PCC reconheceram então que “continuam a surgir problemas de corrupção e de caos financeiro” e apontaram a necessidade de “reforçar” as “fracas” capacidades de supervisão do sector. Uma das questões abordadas nessa reunião foi o já referido problema da dívida dos governos locais, que, segundo o Fundo Monetário Internacional, acumulavam cerca de 9 biliões de dólares de “dívida oculta”, mais do dobro do valor em 2017. A falta de liquidez foi agudizada por uma crise no sector imobiliário, já que a venda de terrenos pelos governos locais constituía uma importante fonte de receitas para as construtoras.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara “projétil não-identificado”, confirma exército sul-coreano A Coreia do Norte disparou um “projétil não-identificado”, anunciou hoje o Exército sul-coreano, algumas horas depois de Pyongyang ter informado o Japão de que estava a preparar o lançamento de um novo satélite espião. “A Coreia do Norte disparou um projétil não-identificado para sul”, sobre o mar Amarelo, indicou o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, depois de Seul, Pequim e Tóquio terem concluído a sua primeira cimeira trilateral desde 2019. Segundo Seul, “muitos fragmentos de projétil” foram encontrados no mar, após o disparo de Pyongyang. Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detetado pela primeira vez às 22:44 locais o rasto do projétil lançado da zona de Tongchang-ri – no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae – em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo). “O projétil foi detetado como um grande aglomerado de fragmentos à superfície das águas norte-coreanas por volta das 22:46 (14:46 de Lisboa), e as autoridades da República da Coreia (nome oficial do Sul) e dos Estados Unidos estão a proceder a uma análise detalhada para determinar se o voo foi normal”, acrescenta o texto. Dado que a primeira deteção do rasto do projétil tem apenas dois minutos de diferença em relação à segunda, sob a forma de fragmentos, acredita-se que este explodiu pouco depois da descolagem e que a Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na primavera e no verão de 2023. Em novembro, Pyongyang conseguiu finalmente lançar com êxito o foguetão e colocar em órbita o seu primeiro satélite espião, o Malligyong-1. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse numa conferência de imprensa que o projétil “desapareceu [do radar)] em pleno voo sobre o mar Amarelo”. “Por isso, acreditamos que não atingiu a órbita terrestre”, acrescentou. O sistema de alerta japonês para a população foi inicialmente ativado em Okinawa (sudoeste do país) após ter detetado e calculado a trajetória do projétil, mas foi desativado minutos depois, uma vez que este “nunca sobrevoou a área designada”, disse uma fonte governamental japonesa à agência noticiosa Kyodo. Por sua vez, a televisão japonesa NHK difundiu imagens aparentemente captadas a partir da fronteira chinesa com a Coreia do Norte (a base de Sohae fica cerca de 50 quilómetros a sul da cidade chinesa de Dandong) que mostram, no céu noturno, uma combustão com um padrão irregular primeiro e depois o que parece ser uma deflagração. Pyongyang notificou hoje a guarda costeira japonesa de uma janela de lançamento entre hoje, segunda-feira, e o próximo dia 03 de junho para colocar em órbita um novo satélite espião. A Coreia do Norte afirmou no início deste ano que iria lançar mais três satélites espiões “Malligyong” até 2024. Para o êxito do lançamento de novembro, acredita-se que tenha sido fundamental a ajuda da Rússia, que foi muito reforçada depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, terem realizado uma cimeira, em setembro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim quer problemas resolvidos pelos países da região O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China Deng Li afirmou ontem que os problemas no Médio Oriente “devem ser resolvidos pelos países e povos da região” através do “diálogo”. Deng sublinhou que a China “sempre esteve envolvida nos esforços para promover a paz na região”, numa conferência de imprensa para discutir a 10ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação China – Estados Árabes, que se realiza em Pequim, na quinta-feira. O responsável rejeitou a ideia de que o país asiático, que aumentou o seu envolvimento diplomático na região nos últimos anos, esteja a tirar partido de “um vazio deixado pelos Estados Unidos” no Médio Oriente. O vice-ministro salientou que, perante a escalada de conflitos, como o surto de violência em Gaza, a China, enquanto “país responsável”, sente “a necessidade de contribuir para a paz regional e assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mitigação da crise humanitária”. “Chegou o momento de a comunidade internacional agir com sentido de justiça e bem comum para fazer algo pela paz no Médio Oriente”, afirmou Deng, acrescentando que a China deve “esforçar-se por fazer algo para pôr fim a este conflito”. “Esta é a razão fundamental que está por detrás do recente aumento da actividade diplomática da China no Médio Oriente. O nosso objectivo é a humanidade, a justiça, a estabilidade e a paz na região”, concluiu Deng Li. Papel moderador A conferência ministerial de quinta-feira contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, do Rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El Sisi, do Presidente da Tunísia, Kais Saied, e do Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan, para além de outros funcionários de menor escalão. Uma das questões que deve ser debatida durante a reunião é o conflito em Gaza, relativamente ao qual Pequim tem apelado nos últimos meses a “todos os esforços possíveis para proteger os civis e evitar uma catástrofe humanitária ainda maior”. A China também manifestou o seu apoio à “solução dos dois Estados” e os seus funcionários realizaram numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz. Nos últimos anos, a China tem também desempenhado um papel de mediação na região: representantes do grupo islâmico Hamas e do movimento Fatah reuniram-se recentemente em Pequim “para um diálogo profundo e sincero” sobre a reconciliação palestiniana. No ano passado, a China mediou um acordo entre o Irão e a Arábia Saudita para o restabelecimento de relações diplomáticas.
Hoje Macau China / ÁsiaSamsung | China assegura que vai estar sempre aberta às empresas estrangeiras O primeiro-ministro chinês afirmou que a China estará sempre aberta às empresas estrangeiras e comprometeu-se a tomar medidas para aumentar a confiança na segunda maior economia do mundo, informou ontem a imprensa estatal. Li Qiang fez estes comentários no domingo, durante um encontro com Lee Jae-yong, presidente da Samsung Electronics, na véspera da cimeira trilateral entre a Coreia do Sul, China e Japão. O gigante mundial da produção de semicondutores e telemóveis, que é uma das maiores empresas estrangeiras na China, investiu milhares de milhões de dólares em instalações para produzir ‘chips’ e produtos electrónicos. “As empresas estrangeiras são essenciais para o desenvolvimento da China e o mega-mercado chinês estará sempre aberto às empresas estrangeiras”, afirmou Li, durante a reunião com o director da Samsung, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. “Pequim vai adoptar medidas como a expansão do acesso ao mercado para melhorar o ambiente empresarial, de modo a que as empresas estrangeiras possam ter confiança no seu investimento e desenvolvimento na China”, acrescentou. “A China dá as boas-vindas às empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung, para que continuem a desenvolver o seu investimento e cooperação na China”, vincou. A Câmara de Comércio da União Europeia na China declarou recentemente que os seus membros enfrentam dificuldades no país, nomeadamente em termos de acesso ao mercado e de barreiras regulamentares. A Samsung é uma das poucas empresas capazes de produzir ‘chips’ semicondutores avançados, componentes essenciais na produção de alta tecnologia, incluindo inteligência artificial, mas que têm também aplicações militares.
Hoje Macau China / ÁsiaRedes sociais | Contas de influenciadores encerradas por ostentação Várias redes sociais chinesas encerraram e bloquearam contas de influenciadores conhecidos por “ostentarem a sua riqueza”, incluindo Wang Hongquan, uma celebridade que ganhou a alcunha de “Kim Kardashian da China” pelo seu estilo de vida luxuoso. Wang Hongquan tinha acumulado mais de 4,3 milhões de seguidores no Douyin, a versão chinesa do TikTok, que está bloqueado na China, desde Abril passado. Numa declaração recente, Wang, de 30 anos, disse que não sai de casa “sem levar uma quantia de oito dígitos em dinheiro”. É também conhecido pela sua tendência para adquirir várias propriedades e veículos de luxo, como Rolls-Royces, algo que as plataformas estão agora a tentar erradicar ao abrigo das orientações oficiais que pretendem evitar a “extravagância”. Outros influenciadores igualmente conhecidos por exibirem a sua riqueza também desapareceram das plataformas. Em Abril, a rede social Weibo anunciou que ia combater os conteúdos que promovem “valores negativos” como o “esbanjamento e a ostentação”. Outras redes, como a plataforma de vídeo Bilibili e a aplicação de vídeos curtos Kuaishou, também anunciaram medidas semelhantes. Em Dezembro, o Gabinete da Comissão Central para os Assuntos do Ciberespaço lançou uma campanha de um mês contra “informações falsas”, “conteúdos inadequados” e “valores errados” no sector de difusão de vídeos curtos. O regulador chinês da Internet visou então comportamentos como a “criação de esquemas para ajudar grupos desfavorecidos” para “explorar a solidariedade do público”, “ostentação de riqueza”, “culto do materialismo” e “indulgência no luxo”.