Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Altos representantes em Pequim para “descongelar” relações Após o encontro de Xi e Biden na véspera da cimeira do G20, os dois países começam a dar passos em direcção à normalização das relações bilaterais. A deslocação da delegação norte-americana de alto nível ao país tem como objectivo preparar a anunciada visita do secretário de Estado Anthony Blinken a Pequim no início de 2023 Os EUA enviaram a primeira delegação de alto nível à China desde as promessas, feitas em Novembro, pelo líder chinês Xi Jinping e pelo seu homólogo norte-americano Joe Biden, de “descongelarem” as relações bilaterais. O secretário de Estado adjunto para o Pacífico e Ásia Oriental norte-americano, Daniel Kritenbrink, acompanha a directora sénior do Conselho de Segurança Nacional para a China e Taiwan, Laura Rosenberger, de 11 a 14 de Dezembro, anunciou no sábado o Departamento de Defesa. A delegação irá ainda visitar a Coreia do Sul e Japão. Na China, Kritenbrink irá preparar a deslocação do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prevista para o início de 2023, naquela que será a primeira viagem do chefe da diplomacia norte-americana à China em quatro anos. Ponto de viragem A visita da delegação acontece menos de um mês depois de uma reunião entre Biden e Xi na cimeira do bloco G20 na Indonésia, num encontro que serviu para tentar reduzir as tensões entre as duas principais potências económicas. Na ilha de Bali, Biden exortou Xi a procurar formas de “gerir as diferenças” para evitar que a competição entre os dois países degenere num conflito, e manifestou disponibilidade para colaborar em “assuntos globais urgentes”, incluindo alterações climáticas e insegurança alimentar. Por sua vez, Xi manifestou a intenção de manter um “diálogo franco e profundo” com Biden sobre os temas de importância estratégica nas relações bilaterais, a nível regional e global. Nessa reunião, Xi avisou o homólogo norte-americano para não “cruzar a linha vermelha” em Taiwan. “A questão de Taiwan está no centro dos interesses centrais da China, a base da fundação política das relações sino-americanas, e é a primeira linha vermelha a não ser atravessada nas relações sino-americanas”, disse Xi a Biden, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Esse foi o primeiro encontro presencial entre Biden e Xi desde a chegada do norte-americano à Casa Branca, em Janeiro de 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaArábia Saudita | Xi na primeira cimeira China-Estados Árabes Classificada como um marco histórico nas relações entre a China e os países árabes, a visita do Presidente chinês à Arábia Saudita visa estreitar as relações entre os dois lados e passar uma mensagem de solidariedade para o mundo O Presidente chinês, Xi Jinping, participa na primeira cimeira China-Estados Árabes. Este será o maior e mais alto nível evento diplomático entre a China e o mundo árabe desde a fundação da República Popular da China, bem como um marco histórico na história das relações sino-árabes, disse uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros na quarta-feira, citado pelo Diário do Povo. “Realizar a primeira cimeira China-Estados Árabes é uma decisão estratégica conjunta de ambos os lados para fortalecer a solidariedade e a coordenação nas circunstâncias actuais. Esperamos que a cimeira proporcione uma oportunidade para os dois lados explorarem ideias para aumentar mais ainda as nossas relações, estabelecer o plano para a cooperação futura e inaugurar um futuro brilhante da parceria estratégica sino-árabe”, disse a porta-voz, Mao Ning, numa conferência de imprensa. “Esperamos construir mais entendimentos comuns estratégicos sobre as principais questões regionais e internacionais para enviar uma mensagem forte sobre a nossa determinação de fortalecer a solidariedade e a coordenação, prestar apoio firme uns aos outros, promover o desenvolvimento comum e defender o multilateralismo. Esperamos agir em conjunto na Iniciativa de Desenvolvimento Global e na Iniciativa de Segurança Global, promover a cooperação de alta qualidade do projecto “Uma Faixa, Uma Rota” e contribuir para a paz e o desenvolvimento do Oriente Médio e do mundo em geral”, acrescentou. “Esperamos construir uma comunidade sino-árabe com um futuro compartilhado na nova era e identificar os caminhos e medidas práticas juntos, a fim de promover a solidariedade entre os países em desenvolvimento e contribuir para uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”, disse a porta-voz. Xi está de visita à Arábia Saudita desde dia quarta-feira, dia 7, onde permanecerá até sábado, a convite do rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, anunciou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, nesta quarta-feira. Parceria aprofundada Afirmando que os países do CCG são parceiros importantes para a China na sua cooperação com o Médio Oriente, Mao disse que as relações China-CCG têm desfrutado de um crescimento abrangente, rápido e profundo nos últimos 41 anos, com uma cooperação frutífera abrangendo as áreas de economia, comércio, energia, serviços financeiros, investimento, alta tecnologia, aeroespaço, língua e cultura, estabelecendo o ritmo para a cooperação entre a China e os países do Médio Oriente. Sobre a visita de Estado do presidente Xi à Arábia Saudita, a porta-voz disse que será a primeira visita de Xi a um país do Oriente Médio Oriente após o bem-sucedido 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China e sua segunda visita à Arábia Saudita em seis anos. Durante a visita, o presidente Xi terá trocas profundas de pontos de vista com o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud e com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro, Mohammed bin Salman Al Saud, sobre relações bilaterais e questões de interesse compartilhado, e elevará a parceria estratégica abrangente China-Arábia Saudita a um nível mais alto, disse Mao.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão quer aumentar orçamento de defesa em 56% O Japão planeia aumentar o seu investimento militar para 43 biliões de ienes (300 mil milhões de euros) entre 2023 e 2027, um aumento de 56 por cento em relação ao total dos últimos cinco anos, anunciou ontem o Governo nipónico. O país asiático procura aumentar de forma drástica as suas capacidades de defesa para fazer face às crescentes ameaças que sente nas suas fronteiras, desde a Coreia do Norte à China passando pela Rússia após a invasão da Ucrânia. O montante de 43 biliões de ienes para 2023-2027 foi anunciado ontem em Tóquio pelo ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, após uma reunião com o primeiro-ministro, Fumio Kishida, e o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki. “Com este nível [de investimento] seremos capazes de atingir o nosso objectivo de fortalecer as nossas capacidades de defesa”, disse à imprensa Hamada. O anúncio surge uma semana após a decisão de Kishida de aumentar o orçamento anual de defesa para atingir 2 por cento do PIB nacional até 2027, de um máximo de 1 por cento até agora. Pouco pacífico Mesmo que o Japão estivesse apenas a imitar um princípio há muito estabelecido entre os Estados-membros da NATO, tal objectivo é controverso no país, que tem uma Constituição pacifista desde 1947, o que limita muito os meios e as missões das suas “Forças de Autodefesa”. De acordo com a imprensa local, um dos objectivos do investimento militar adicional seria adquirir uma capacidade de “contra-ataque” com armas que pudessem atingir os lugares de lançamento de mísseis inimigos, mas que ainda seriam consideradas pelo Governo japonês como defensivas. O Japão também corre o risco de ter de fazer duras concessões fiscais noutros sectores, se quiser aumentar os seus gastos militares sem aumentar os impostos, enquanto o seu nível de dívida pública já é o mais alto entre os principais países industrializados, que se situa atualmente em mais de 260 por cento do seu produto interno bruto (PIB), segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Hoje Macau China / ÁsiaRelatório | Três dos 10 produtos mais vendidos da China são energéticos e de aquecimento solar Novos produtos de energia, incluindo ferramentas domésticas de aquecimento solar, representam três dos 10 produtos mais vendidos da China, de acordo com dados da indústria divulgados na segunda-feira, representando a rápida resposta da cadeia industrial da China à procura do mercado externo. Ferramentas domésticas de aquecimento solar, pilhas de carregamento e bicicletas eléctricas estavam entre os itens listados, de acordo com a plataforma de comércio electrónico Alibaba.com, citada pelo Diário do Povo. As ferramentas domésticas de aquecimento solar são agora mais populares nos mercados europeus, impulsionadas pelo aumento dos preços da energia e pelos subsídios do governo. As vendas de aquecedores eléctricos de água domésticos e de aquecedores eléctricos dispararam na plataforma nos três primeiros trimestres deste ano, e as vendas de cobertores eléctricos aumentaram quase cinco vezes, assim como as bicicletas eléctricas. A lista reflecte a resiliência dos comerciantes chineses e também a confiança do mercado no crescimento de alta qualidade do comércio exterior da China, de acordo com Zhang Kuo, presidente do Alibaba.com, acrescentando que os produtos fabricados na China ganham cada vez mais popularidade com a digitalização, e que a cadeia de suprimentos da China está a desempenhar um papel cada vez mais importante na sustentação do comércio global. A crescente procura por novos produtos energéticos era inevitável, disse Wei Jianguo, vice-presidente do Centro de Intercâmbio Económico Internacional da China e ex-vice-ministro do Ministério do Comércio.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Rota da Seda | Projecto reforçado com a participação da Argélia A Argélia e a China assinaram esta terça-feira um documento para a concretização do envolvimento do Estado africano no projecto chinês conhecido como ‘Nova Rota da Seda’, designado em Inglês como ‘One Belt, One Road’. O Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino informou, em comunicado, que a cerimónia, realizada por via virtual, contou com o seu titular, Ramtane Lamamra, e o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, He Lifeng. Estes dirigentes assinaram um acordo de cooperação trienal, para o período 2022-2024, focado nas principais áreas económicas comuns. Esta cerimónia, que ocorreu pouco antes da primeira sessão da Cimeira Sino-Árabe, desenrolou-se “no âmbito da consolidação da associação estratégica global em curso entre a Argélia e a República Popular da China e do fortalecimento das relações históricas entre os dois países amigos em vários campos”, segundo o documento. Há um mês, os dois Estados tinham assinado o II Plano Quinquenal de Cooperação Estratégica Global 2022-2026. As relações sino-argelinas estão a desenrolar-se desde que em 2014 assinaram um acordo similar e, quatro anos depois, a Argélia juntou-se ao projecto chinês da Nova Rota da Seda. Em Novembro, o presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, apresentou a candidatura do seu Estado a membro dos BRICS, bloco integrado por Brasil, Federação Russa, Índia, China e África do Sul, também designado por BRICS, depois de em Setembro na ONU, em Nova Iorque, o seu homólogo chinês ter apoiado esta pretensão.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | China despede-se de ex-líder Jiang Zemin A partida do antigo Presidente chinês foi assinalada por todo o país. Três minutos de silêncio precederam o início da cerimónia, seguidos por sirenes e buzinas que se fizeram ouvir em várias cidades. Xi Jinping elogiou a “visão” de Jiang para a “construção de um país próspero” O Presidente chinês, Xi Jinping, e vários outros altos quadros do Partido Comunista (PCC) prestaram ontem homenagem ao ex-líder Jiang Zemin, que morreu na semana passada, numa demonstração de unidade. Jiang Zemin morreu aos 96 anos. A sua liderança ficou marcada por reformas económicas e pela abertura da China ao exterior, que culminou com a adesão do país à Organização Mundial do Comércio e a vitória de Pequim na candidatura para acolher os Jogos Olímpicos de 2008. O ex-líder chinês era também uma figura exuberante, que tocava piano, cantava em público e falava inglês com entusiasmo, contrastando com a formalidade dos seus antecessores e sucessores. Durante o memorial realizado ontem no Grande Palácio do Povo, Xi Jinping descreveu Jiang Zemin como um “líder de prestígio e um grande marxista, diplomata e guerrilheiro comunista”, que liderou a China em “desafios sem precedentes”. A cerimónia contou com a presença da viúva de Jiang, Wang Yeping. O braço direito de Jiang durante parte da sua liderança, o antigo primeiro-ministro Zhu Rongji, e o seu sucessor Hu Jintao, não foram vistos durante a transmissão da homenagem, feita pela televisão estatal CCTV. Hu esteve presente na segunda-feira, na cremação de Jiang. Glória eterna Três minutos de silêncio precederam o início do evento, seguidos por sirenes e buzinas em Pequim e outras cidades chinesas, ao longo de 180 segundos. Xi enfatizou a persistência de Jiang em prosseguir com o processo de “abertura e reforma económica” e elogiou o seu papel no retorno à China da soberania de Macau e Hong Kong, outrora sob domínio de Portugal e do Reino Unido, respectivamente. O actual líder destacou a “visão” de Jiang para a “construção de um país próspero”. Xi, que usou uma pulseira preta durante a cerimónia, agradeceu ao falecido ex-presidente por “esclarecer a relação entre o socialismo, a estabilidade e o desenvolvimento económico”. “Desejo glória eterna ao camarada Jiang Zemin”, proclamou. Os participantes curvaram-se então três vezes e ouviram a Internacional comunista. Xi fez o discurso ao lado de um enorme retrato de Jiang, instalado na tribuna, onde os restos mortais do ex-presidente foram cobertos com uma bandeira com a foice e o martelo. Engenheiro de formação e ex-secretário do PCC em Xangai, a maior cidade da China, Jiang liderou a China entre 1989 e 2002.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Várias cidades relaxam medidas de prevenção epidémica As autoridades chinesas vão dando cada vez mais sinais de abandono da política de zero casos. A baixa virulência da variante Ómicron coloca o país numa nova abordagem no combate à covid-19. O incentivo à vacinação, sobretudo entre a população mais velha, é agora uma das prioridades do Governo Várias cidades chinesas estão a abolir algumas medidas de prevenção contra a covid-19, sinalizando o fim gradual da estratégia ‘zero casos’, que manteve o país isolado durante quase três anos e afectou a economia. O levantamento das restrições está a ser feito de forma informal, já que o Comité Permanente do Politburo, a cúpula do poder na China, não fez qualquer anúncio. A vice-primeira-ministra chinesa Sun Chunlan, encarregada da estratégia ‘zero covid’, afirmou apenas, na semana passada, que a baixa virulência do vírus e a alta taxa de vacinação entre a população “criaram condições” para o país “ajustar as medidas contra a pandemia”, já que se encontra agora “numa nova situação”. Em Pequim, duas pessoas que testaram positivo para a covid-19 contaram à agência Lusa que o resultado do teste PCR não foi actualizado no código de saúde, a aplicação utilizada na China para aceder a locais públicos ou residenciais. Os dois residentes apuraram que estavam infectados após realizarem testes rápidos em casa, depois de terem sentido sintomas de infecção pelo novo coronavírus. Até há uma semana, quem testava positivo para a covid-19 era levado para isolamento num centro de quarentena: instalações improvisadas, com as camas distribuídas num espaço comum, sem chuveiros, e com uma casa de banho para centenas ou até milhares de pessoas. Os contactos directos eram isolados em espaços individuais: hotéis ou contentores. Qualquer condomínio onde fossem diagnosticados casos era colocado sob bloqueio durante pelo menos uma semana. Shenzhen e Xangai, duas das principais cidades do país, deixaram também, desde ontem, de exigir que os passageiros apresentem resultados de testes PCR para entrar em transportes públicos. Vários centros comerciais e edifícios de escritórios, no entanto, continuam a exigir a apresentação de resultado negativo num teste para o coronavírus feito nas 48 horas anteriores. Dezenas de cidades do país continuam, também, sob bloqueios rigorosos. Medidas esgotadas Cidades na província costeira de Zhejiang, como Ningbo ou Hangzou, anunciaram ontem que o teste de PCR com resultado negativo já não é obrigatório para aceder a transportes e entrar em locais públicos. As autoridades de Ningbo declararam que já não vai ser necessário digitalizar o código QR, uma prática comum no país asiático há quase dois anos para rastrear casos suspeitos e contactos próximos. Numa reunião com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na quinta-feira passada, o Presidente chinês, Xi Jinping, reconheceu que ocorreram protestos em várias cidades do país, no final de Dezembro, contra as medidas de prevenção epidémica, segundo autoridades europeias presentes no encontro, citadas pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. Xi atribuiu os protestos à “frustração” de estudantes, após três anos de medidas altamente restritivas. O líder chinês reconheceu que a Ómicron é menos letal do que as variantes anteriores da covid-19, mas que estava preocupado com as baixas taxas de vacinação entre os idosos. Pequim está agora a tentar reiniciar a campanha de vacinação. Apenas cerca de 40 por cento das pessoas com 80 anos ou mais receberam as três doses necessárias para as vacinas chinesas Sinopharm e Sinovac atingirem altos níveis de protecção contra a Ómicron.
Hoje Macau China / ÁsiaMorreu Jill Jolliffe, jornalista que testemunhou invasão indonésia de Timor A jornalista australiana Jill Jolliffe, que testemunhou as primeiras incursões militares indonésias em Timor-Leste, morreu na sexta-feira, aos 77 anos de idade, afirmou à agência Lusa fonte ligada à família. A jornalista, que chegou a viver em Portugal, testemunhou as primeiras incursões militares indonésias em território timorense, em Setembro de 1975, tendo noticiado a morte de cinco colegas de profissão em Outubro daquele ano (Brian Peters, Greg Shackleton, Gary Cunningham, Malcolm Rennie e Tony Stewart), assassinados na localidade de Balibó, tendo ficado conhecidos como os “Cinco de Balibó”. Os cinco jornalistas foram mortos numa operação clandestina das forças especiais da Indonésia, em preparação para a invasão do território, que era até então uma colónia portuguesa. O livro que Jill Jolliffe escreveu, “Cover Up – The inside story of the Balibo Five”, inspirou a longa-metragem realizada por Robert Connolly e protagonizada por Anthony LaPaglia, que estreou em 2009 na Austrália. Uma “de nós” O antigo presidente timorense Xanana Gusmão lamentou no sábado a morte da jornalista australiana. “É com grande tristeza que soubemos da morte de Jill Jolliffe, uma aclamada jornalista australiana, activista política e que sempre lutou pela justiça em Timor-Leste. Jill era uma heroína do povo timorense”, afirmou Xanana Gusmão, numa nota enviada à agência Lusa. “Jill foi uma activista, uma rebelde, uma lutadora. Expôs de forma persistente a realidade da ocupação militar indonésia e apoiou a luta do povo timorense. Terá sempre um lugar especial na nossa história nacional. Ela é uma de nós”, afirmou. Xanana Gusmão salientou que a jornalista apoiou a luta de independência timorense, com grandes sacrifícios pessoais, recordando a cobertura que fez em 1975, aquando das primeiras incursões indonésias e do caso dos “Cinco de Balibó”. “Jill estava em Dili para cobrir a proclamação de independência a 28 de Novembro de 1975. Ela tirou fotografias dos nossos líderes, incluindo do presidente Nicolau Lobato, que serão para sempre imagens preciosas e icónicas para a nossa nação”, recordou o antigo presidente timorense.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Ex-director de segurança detido por suspeita de encobrir homicídio O ex-director de segurança nacional da Coreia do Sul foi detido no sábado por suspeita de encobrir o homicídio de um funcionário do organismo de pesca sul-coreana pela Coreia do Norte perto da fronteira marítima dos dois países em 2020. A detenção de Suh Hoon ocorre quando o governo conservador do Presidente do país, Yoon Suk Yeol, investiga o modo como o seu predecessor liberal lidou com este homicídio e outro incidente na fronteira no mesmo ano, casos que geraram muitas críticas. Seul estava, na altura destes incidentes, a tentar desesperadamente apaziguar a Coreia do Norte para melhorar as suas relações. O ex-Presidente Moon Jae-in, que apostou o seu único mandato na reaproximação entre as Coreias antes de deixar o cargo em Maio, reagiu com raiva à investigação sobre as acções de Suh. Moon emitiu um comunicado esta semana acusando o Governo de Yoon de levantar alegações infundadas e de politizar questões de segurança sensíveis. De acordo com um comunicado do Tribunal Distrital Central de Seul, o juiz Kim Jeong-min aprovou o pedido do procurador para deter Suh, com o objectivo de evitar a destruição de provas. Suh não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre as alegações feitas contra si na sexta-feira, quando compareceu ao tribunal para uma revisão do pedido de mandado de prisão da procuradoria. Uma investigação anterior do Conselho de Auditoria e Inspecção da Coreia do Sul concluiu que funcionários do governo de Moon não fizeram nenhuma tentativa significativa de resgatar Lee Dae-jun depois de saber que o oficial de pesca de 47 anos estava à deriva em águas perto da fronteira marítima ocidental da Coreia em Setembro de 2020. Depois de confirmar que Lee tinha sido morto a tiro por tropas norte-coreanas, as autoridades levantaram publicamente a possibilidade de que estivesse a tentar desertar para a Coreia do Norte, citando as suas dívidas de jogo e problemas familiares, enquanto ocultavam evidências que Lee não tinha essa intenção, segundo um relatório do Conselho de Auditoria de Outubro. Sem rasto Suh serviu também como chefe de espionagem de Moon antes de ser nomeado director de segurança nacional dois meses antes do assassínio. O ex-director da segurança nacional enfrenta suspeitas de que usou uma reunião do Gabinete para instruir as autoridades a destruírem os registos de informação relacionados ao incidente, enquanto o governo elaborava uma explicação pública para a morte de Lee. Suh é ainda suspeito de ordenar que o Ministério da Defesa, o Serviço de Informação Nacional e a Guarda Costeira colocassem nos seus relatórios que Lee estava a tentar desertar. Em Junho, o Ministério da Defesa e a Guarda Costeira reverteram a descrição do incidente feita pelo governo de Moon, dizendo que não havia provas de que Lee estivesse a tentar desertar.
Hoje Macau China / ÁsiaImprensa | Presidente de Xinhua reúne com homóloga da AP O presidente da Agência de Notícias Xinhua, Fu Hua, reuniu-se com Daisy Veerasingham, presidente da Associated Press (AP), via videoconferência em Pequim, na quinta-feira. Observando que este ano marca o 50.º aniversário da cooperação entre os dois lados, Fu disse que a Xinhua está disposta a trabalhar com a AP para continuar a cobrir histórias sobre as relações China-EUA de maneira abrangente, objectiva e precisa, a fim de adicionar energia positiva aos esforços que trazem os laços bilaterais de volta ao caminho do crescimento sólido e estável, relata o Diário do Povo. Ao informar a sua homóloga da AP sobre as metas e tarefas estabelecidas no 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, Fu disse que a modernização chinesa deve fornecer mais oportunidades para o mundo. A Xinhua está disposta a melhorar a cooperação com a AP para cumprir seriamente os deveres e servir como uma ponte que facilita a compreensão mútua entre as pessoas de todos os países, disse o responsável da agência chinesa. Durante o encontro, Veerasingham estendeu suas condolências pela morte do camarada Jiang Zemin, pelas quais Fu expressou agradecimentos. Veerasingham disse que boas relações China-EUA são importantes para o mundo. A AP tem coopera há largos anos com a Xinhua e espera maior comunicação e cooperação em vários campos entre os dois lados.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Duas novas mortes. Cidades diminuem restrições Apesar de manterem a política de zero-casos no combate à pandemia, as autoridades chinesas começam a dar indicações de uma nova abordagem ao aliviarem as restrições em algumas das principais cidades do país. A taxa de vacinação continua a ser um dos maiores factores de preocupação A China anunciou ontem duas mortes adicionais causadas pela covid-19, enquanto algumas cidades agem com cautela para aliviar as restrições de combate ao SARS-CoV-2, após o aumento das manifestações contra as medidas relacionadas com o novo coronavírus. A Comissão Nacional de Saúde chinesa disse que as mortes ocorreram nas províncias de Shandong e Sichuan. Nenhuma informação foi fornecida sobre a idade das vítimas ou se estavam totalmente vacinadas. Ontem, a China anunciou mais 35.775 casos entre sábado e domingo, 31.607 dos quais assintomáticos, elevando o total para 336.165, com 5.235 mortes. A China, onde o vírus foi detetado pela primeira vez no final de 2019 na cidade central de Wuhan, é o último grande país a tentar interromper completamente a transmissão por meio de quarentenas, confinamentos e testes em massa. Analistas consideram que as preocupações com as taxas de vacinação figuram com destaque na determinação do Partido Comunista de manter a sua estratégia. Nove em cada 10 chineses foram vacinados, entretanto, apenas 66 por cento das pessoas com mais de 80 anos receberam uma dose da vacina e 40 por cento receberam a dose de reforço nesta faixa etária, de acordo com a Comissão. O organismo disse que 86 por cento das pessoas com mais de 60 anos estão vacinadas. Dados esses números e o facto de que relativamente poucos chineses desenvolveram anticorpos ao serem expostos ao vírus, teme-se que milhões possam morrer se as restrições forem totalmente suspensas. No entanto, as manifestações em massa parecem ter levado as autoridades a suspender algumas das restrições mais duras, mesmo quando dizem que a estratégia “zero-covid” – que visa isolar todas as pessoas infectadas – ainda esteja em vigor. Tragédias e relaxamento As manifestações começaram em 25 de Novembro, depois de um incêndio num prédio de apartamentos na cidade de Urumqi, no noroeste do país, ter provocado a morte de pelo menos 10 pessoas. Isso desencadeou perguntas na internet sobre se os bombeiros ou as vítimas que tentavam escapar foram bloqueados por portas trancadas ou outros controlos antivírus. As autoridades negaram, mas as mortes tornaram-se um foco de frustração pública. O país viu vários dias de protestos em cidades como Xangai e Pequim, com manifestantes a exigir uma flexibilização das restrições para o combate da covid-19. Pequim e algumas outras cidades chinesas anunciaram que os passageiros podem embarcar em autocarros e metros sem um teste de vírus pela primeira vez em meses. Esta exigência gerou reclamações de alguns residentes de Pequim de que, embora a cidade tenha fechado muitas estações de teste, a maioria dos locais públicos ainda exige testes de covid-19. Embora muitos tenham questionado a precisão dos números chineses, estes permanecem relativamente baixos em comparação com os Estados Unidos e outras nações que agora estão a relaxar os controlos e a tentar conviver com o vírus que matou pelo menos 6,6 milhões de pessoas em todo o mundo e infectou quase 650 milhões. A China ainda impõe quarentena obrigatória para os viajantes que chegam, mesmo que os seus números de infecção sejam baixos em comparação com sua população de 1,4 mil milhões. OMS aplaude A Organização Mundial da Saúde (OMS) aplaudiu sexta-feira o alívio da estratégia “zero covid” da China, após vários dias de protestos no país contra as restrições. “Estamos satisfeitos por ver que as autoridades chinesas estão a ajustar as suas estratégias e a tentar realmente calibrar as medidas de controlo com as pessoas, as suas vidas e os seus direitos humanos” disse Mike Ryan, gestor de emergência da OMS, numa conferência de imprensa em Genebra. “Todos tivemos de lidar com restrições de movimento que mudaram as nossas vidas, francamente é cansativo para todos, por isso há uma frustração natural e é fundamental que os governos ouçam o seu povo”, acrescentou, citado pela agência EFE. O responsável da OMS disse, no entanto, que “cada país deve enfrentar a luta contra as doenças infecciosas de acordo com a sua avaliação de risco e os instrumentos à sua disposição” e, no caso da China, um dos grandes desafios era a baixa taxa de vacinação, que está a começar a aumentar.
Hoje Macau China / Ásia‘Startups’ portuguesas em contacto com investidores da Grande Baía Seis ‘startups’ portuguesas apresentaram esta quarta-feira os negócios a fundos de capital de risco na China, numa sessão ‘online’ promovida para “abrir portas” ao investimento na região chinesa da Grande Baía. “Estamos à procura de investimento e conhecimento, especialmente no mercado chinês, onde não temos contactos. Estamos à procura de alguém para estabelecer essa ponte”, disse durante a sessão “928 Invest Connect” Gabriela Gonçalves, representante da ProBio Vaccine, empresa portuguesa que desenvolve vacinas orais para peixes em aquacultura. Renee Pan, do fundo de investimento Gobi China, foi uma das intervenientes a abordar a empresa portuguesa, questionando se a estratégia de entrada no gigante asiático pode passar “por alianças com empresas locais”. Gabriela Gonçalves respondeu afirmativamente e realçou que os parceiros chineses podem dar apoio com informação e “estabelecer plataformas para incorporar a vacina na alimentação dos peixes, fornecendo-a aos agricultores locais”. Entre as empresas presentes na sessão, esteve também a Inclita Seaweed Solutions (ISS), negócio de biotecnologia marinha que desenvolve ingredientes funcionais à base de extractos de algas. Desafios no mercado A ProBio Vaccine e a ISS são duas das seis finalistas do “928 Challenge”, uma competição para ‘startups’ entre os países de língua portuguesa e a China, explicou à Lusa Marco Rizzolio, cofundador da 928. “Pegámos nas melhores [‘startups’] portuguesas que estiveram nas finais e criámos este pós-evento”, notou Rizzolio, observando que a ideia é “abrir portas” aos candidatos para o mercado chinês. “Para quem está no mundo das ‘startups’ sabe que captar investimento é muito complicado, o processo é difícil, é um mundo muito fechado”, realçou. Marco Rizzolio espera ainda que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), um dos coorganizadores desta bolsa de contactos, possa fazer a apresentação das empresas a investidores da China, “o segundo maior mercado do mundo de fundos de capital de risco”. Mário Ferreira, diretor da AICEP em Guangzhou, capital da província de Cantão, assumiu-se como “uma espécie de engenheiro que quer construir novas pontes entre Portugal e a China” e expressou disponibilidade para apoiar as empresas de Portugal no diálogo. De acordo com a organização este foi o “primeiro contacto entre equipas [de ‘startups’] portuguesas e investidores da área da Grande Baía”.
Hoje Macau China / ÁsiaIndonésia | Portuguesa Vision-Box vai instalar equipamentos em quatro aeroportos A empresa portuguesa Vision-Box venceu um concurso internacional para instalar nova tecnologia biométrica para controlo automático de fronteiras em quatro aeroportos da Indonésia, incluindo Jacarta e Bali, disse um responsável da empresa. Pedro Pinto, responsável global de Desenvolvimento de Negócio da Vision-Box, disse à Lusa num contacto telefónico a partir de Jacarta, que o projecto segue o sucesso da primeira instalação da empresa levada a cabo em 2017 num dos terminais do aeroporto internacional de Jacarta. “Tivemos muito sucesso nessa instalação em 2017. Há agora uma estratégia muito agressiva do Governo de conseguirem abrir novamente para o turismo e querem que todo o processo de chegadas e partidas seja o mais simples e eficaz possível, para reduzir as filas de espera na imigração”, explicou à Lusa. “Com um parceiro local respondemos a um concurso publico internacional e fomos seleccionados para implementar nova tecnologia biométrica para controlo automático de fronteira”, disse. Pedro Pinto sublinha que para a Vision-Box o foco de internacionalização está agora virado para a Ásia, tendo a empresa vencido um concurso internacional para cinco aeroportos no Vietname, e mantendo a presença em países como a Malásia, o Japão e outros, incluindo, eventualmente no futuro, Timor-Leste. “A Indonésia é um país com imenso potencial para o nosso crescimento orgânico, com 200 milhões de pessoas, 30 aeroportos, grande potencial de crescimento orgânico”, disse, destacando o apoio da diplomacia económica da Embaixada de Portugal em Jacarta. Boas ligações O responsável da empresa – com sede em Lisboa, mais de 500 funcionários de 25 nacionalidades em todo o mundo e vários projectos em curso em várias geografias – disse que Portugal é “um país muito bem visto” na Indonésia e na região “com uma “boa reputação tecnológica”. “O nome de Portugal nas tecnologias é bem visto em todos os 35 países onde estamos. Há muitas empresas tecnológicas portuguesas com imenso potencial e começamos a ver cada vez mais empresas a iniciarem o processo de internacionalização”, disse. Pedro Pinto falava à Lusa à margem de um almoço que reuniu ontem em Jacarta o secretário de Estado para a Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, responsáveis de empresas portuguesas com negócios na Indonésia, a Câmara de Comércio e Indústria Indonésia – Portugal, e a EuroCham Indonesia, a Câmara de Comércio Europeia na Indonésia. “É mais um sinal de que Portugal é um país que está na primeira linha da 4.ª e 5.ª revoluções industriais. O que a Vision-Box faz é de primeira linha e qualidade em qualquer lugar do mundo”, afirmou. Bernardo Ivo Cruz está numa digressão pela região, que inclui já uma visita a Timor-Leste. De Jacarta partiu para Singapura.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pequim admite que Ómicron é menos virulenta e sinaliza fim de ‘zero casos’ A vice-primeira-ministra chinesa encarregue de supervisionar as políticas de prevenção epidémica reconheceu ontem que o país se encontra numa “situação nova” e que a virulência da covid-19 “está a enfraquecer”, sinalizando o fim da estratégia ‘zero casos’. Sun Chunlan “ouviu as opiniões e sugestões dos especialistas” da Comissão Nacional de Saúde da China sobre como “aprimorar as medidas de contenção”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. Além de a variante Ómicron da covid-19 ter uma virulência “reduzida”, a responsável salientou que “cada vez mais pessoas estão a ser vacinadas” e que “está a ser acumulada maior experiência na contenção do vírus”. Foi a Sun – a única mulher no Politburo do Partido Comunista Chinês – que coube o papel de se deslocar às cidades que registavam surtos do novo coronavírus, para instar à imposição de confinamentos e restrições, nos últimos dois anos. A responsável pediu agora esforços para “optimizar” a resposta contra a covid-19 e “melhorar” as medidas de diagnóstico, detecção, tratamento e quarentena, exigindo que o sistema de saúde aumente as reservas de medicamentos e outros recursos, para o tratamento de pacientes.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Xi Jinping assegura que “não existem conflitos estratégicos” entre Pequim e Europa O Presidente chinês, durante o encontro com o representante do Conselho Europeu, Charles Michel, reafirmou a vontade do país estreitar laços com o velho continente e de trabalhar em conjunto para a construção de um mundo mais harmonioso e pacífico O líder chinês, Xi Jinping, assegurou ontem, em Pequim, que “não existem conflitos estratégicos” entre a China e a União Europeia e que ambas as partes devem “reforçar a comunicação”, num encontro com o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. “Não existe conflito estratégico entre a China e a União Europeia [UE]”, afirmou o Presidente chinês, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “Devemos reforçar a coordenação em questões macroeconómicas, garantir em conjunto cadeias de fornecimento estável, construir alicerces para a economia digital e proteger o meio ambiente”, acrescentou. Xi enfatizou que ambos os lados devem opor-se à “desassociação entre economias, a uma nova guerra fria ou ao proteccionismo comercial”. “A China vai permanecer aberta às empresas europeias e espera que a UE elimine a interferência e forneça um ambiente de negócios justo e transparente para as empresas chinesas”, acrescentou. Laços fortalecidos Segundo Xi Jinping, a China deseja que a UE se torne num “parceiro importante” para o país asiático, para que ambos “aproveitem as oportunidades de mercado que vão surgir”. “Devemos esclarecer que não há diferenças estratégicas ou conflitos fundamentais entre os dois. A China não quer dominar ninguém e apoia a UE a manter uma estratégia autónoma”, frisou, numa referência aos laços entre a Europa e Estados Unidos. “Esperamos que as instituições europeias e os seus Estados-membros possam ter uma compreensão objectiva e correcta da China e aderir a uma política de coexistência e cooperação pacíficas”, acrescentou. Xi Jinping acrescentou que, mesmo que “haja diferenças em alguns assuntos”, ambos os lados devem “manter uma comunicação construtiva”. “A chave é respeitar as preocupações e interesses de cada um, especialmente em relação à soberania e integridade territorial, e não interferir nos assuntos internos da outra parte”, afirmou Xi, antes de assegurar que Pequim está “pronta” para manter o Diálogo China – UE sobre os Direitos Humanos, “com base na igualdade e no respeito mútuo”. “Quanto mais turbulento o mundo se tornar e quanto mais desafios globais enfrentarmos, mais significativas serão as relações entre nós”, afirmou. Em relação à guerra na Ucrânia, Xi disse que uma solução “política” é do “melhor interesse da Europa e dos países da Eurásia”. “É necessário evitar uma escalada ou um aprofundamento da crise”, disse. “Persistimos na promoção do diálogo para a paz e no controlo dos efeitos indirectos da crise. A China apoia a UE a mediar e liderar a construção de uma arquitectura de segurança europeia equilibrada, eficaz e sustentável. A China está sempre do lado da paz e continuará a desempenhar um papel construtivo à sua maneira”, apontou. Do outro lado De acordo com o comunicado das autoridades chinesas, Charles Michel disse a Xi que a UE respeita a política de ‘Uma só China’ e que deseja “reforçar a comunicação”, para “reduzir mal-entendidos” e “enfrentar desafios no âmbito da energia, saúde e clima”. “O lado europeu está disposto a continuar a promover o processo para chegar a um acordo de investimento entre ambas as partes”, disse o presidente do Conselho Europeu, sobre o acordo que está congelado há mais de um ano.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Xi Jinping felicita reunião que marca solidariedade com Palestina O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou a reunião da ONU realizada na terça-feira para comemorar o Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestino. Numa mensagem, Xi disse que a questão palestina está no centro da questão do Oriente Médio, e uma solução abrangente e justa da questão palestina tem a ver com a paz e a estabilidade regionais, bem como com a equidade e a justiça internacionais. A coexistência pacífica entre Palestina e Israel e o desenvolvimento conjunto das nações árabes e judaicas são do interesse de longo prazo de ambos os lados e permanecem como uma aspiração comum dos povos de todos os países, disse Xi, citado pelo Diário do Povo. A comunidade internacional deve aderir à solução de dois Estados, priorizar a questão palestina na agenda internacional e ajudar o povo palestino a realizar o seu sonho de um Estado independente a curto prazo, acrescentou. Xi enfatizou também que a China apoia de forma consistente e firme a justa causa do povo palestino de restaurar os seus legítimos direitos nacionais, promove activamente as negociações de paz e promove a paz entre a Palestina e Israel. Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e um grande país responsável, a China continuará a trabalhar com a comunidade internacional para fazer contribuições positivas para a paz duradoura, a segurança universal e a prosperidade comum no Oriente Médio, rematou o Presidente chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaFoshan | Construída réplica de Macau por 1,5 mil milhões de yuan A cidade chinesa de Foshan construiu uma réplica de Macau, um investimento de cerca de 1,5 mil milhões de yuan, anunciaram ontem as autoridades locais. A construção em Foshan, localizada a cerca de uma centena de quilómetros de Macau, ficou concluída na terça-feira e deverá abrir ao público em meados do próximo ano. As autoridades sublinharam que este é o primeiro projecto de integração comercial, cultural e turística ao estilo Macau-Português na vizinha província de Guangdong. A cidade de Macau em Foshan cobre uma área que ronda os cinco quilómetros quadrados e é constituída por dois grandes grupos: residencial e o distrito comercial ao “estilo Macau-Português”. Está planeada a introdução de comércio a retalho, gastronomia luso-macaense, actividades culturais, entre outros negócios, com a aposta em atracções turísticas que recuperam essencialmente o centro histórico de Macau e que vão desde as Ruínas de São Paulo até à calçada portuguesa, mas também a Rua do Cunha, situada na ilha da Taipa. Foshan é uma das cidades da área da Grande Baía, o projecto de Pequim de construir uma metrópole mundial que integra Macau, Honk Kong e nove cidades chinesas da província de Guangdong. Foshan tem uma área de quase quatro mil quilómetros quadrados e 9,5 milhões de habitantes, de acordo com o Censo de 2020. Por toda a China, partes de grandes cidades foram transformadas para se assemelharem a destinos ocidentais e cidades inteiras foram inspiradas ou construídas à imagem de locais emblemáticos estrangeiros, tal como Paris (Tianducheng), Hallstatt (Luoyang), Florença (Tianjin e Foshan), Hallstattan (Cantão), Londres (Suzhou), Manhattan (Tianjin), Reino Unido (Songiang), Amesterdão e Países Baixos (Pudong) e Veneza (Dalian).
Hoje Macau China / ÁsiaFinancial Times | Magnata Jack Ma está a viver em Tóquio O patrão da plataforma gigante Alibabba vive há cerca de seis meses na capital nipónica, segundo o Financial Times O bilionário fundador da plataforma de vendas ‘online’ Alibaba, Jack Ma, vive em Tóquio há seis meses, noticiou ontem o jornal Financial Times (FT). A mudança de Ma para o Japão aconteceu, na sequência de críticas, no final de 2020, à burocracia chinesa e do fracasso na oferta pública inicial da empresa de ‘fintech’ Ant Group, agravado pela maior multa ‘anti-trust’ da história da China, imposta por Pequim à Alibaba em Abril de 2021, no valor de 2,8 mil milhões de dólares. Ma permaneceu na capital japonesa com a família e nos últimos meses viajou para outras zonas do Japão, Estados Unidos e Israel, entre outros países, disseram ao FT fontes próximas do magnata. A ausência de Ma da vida pública chinesa coincidiu com as novas restrições de prevenção e controlo da pandemia da covid-19, no âmbito da política oficial ‘zero covid’, em algumas das principais cidades do país, incluindo Xangai e Hangzhou, onde fica a sede da Alibaba e onde o empresário também possui uma casa. Durante a estada em Tóquio, Ma optou também pela discrição e reduziu a vida social a uma série de clubes privados nos bairros mais famosos da capital nipónica, frequentados por outros empresários chineses que vivem no Japão ou que permanecem por longos períodos de tempo no país, de acordo com as mesmas fontes, citadas pelo jornal. Amigos do negócio A presença no Japão levou a especulações sobre os movimentos de Ma relacionados com a possível cedência de controlo nas empresas. A gigante tecnológica japonesa Softbank anunciou uma redução da participação na Alibaba de 24,28 por cento para 23,73 por cento, entre Abril e Junho, uma transação que coincidiu com a estada da Ma em Tóquio e trouxe à empresa japonesa lucros de 5,37 triliões de ienes (37,13 mil milhões de euros). Ma integrou o conselho de administração da Softbank até meados de 2020, enquanto o fundador e CEO do grupo japonês, Masayoshi Son, também ocupou um lugar no conselho de administração da Alibaba.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pequim vai incrementar vacinação de idosos A China anunciou ontem a intensificação da campanha de vacinação contra o vírus SARS CoV-2 junto de pessoas com mais de 80 anos. A Comissão Nacional da Saúde comprometeu-se transmitindo um aviso que indica “o incremento de campanhas de vacinação a pessoas com mais de 80 anos” acrescentando que vai também aumentar a inoculação da população entre os 60 e os 79 anos de idade. O anúncio ocorre numa altura em que se regista contestação às medidas de confinamento adoptadas por Pequim. No fim de semana, centenas de moradores na capital chinesa saíram à rua, rompendo as medidas de prevenção epidémica vigentes, a que estavam sujeitos, enquanto manifestações se alastraram por várias cidades contra a imposição de medidas de confinamento. “As pessoas em toda a China estão a assumir riscos extraordinários para exigir os seus direitos”, disse Yaqiu Wang, investigador sénior da Human Rights Watch na China, urgindo as autoridades de Pequim a “permitir que todos expressem pacificamente as suas opiniões”. No comunicado, a organização lembra as diversas manifestações de protesto pacíficas que se multiplicaram nos últimos dias contra as restrições sanitárias, incluindo moradores no bairro de Urumqui, em Pequim, ou estudantes em diversas cidades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Derrota eleitoral do PDP significa “ilha a favor da paz” As visitas de políticos ocidentais, que agravaram sobremaneira as relações com o continente, tiveram um efeito contrário ao que pretendiam os dirigentes de PDP, que perderam o controlo sobre as mais importantes cidades As escolhas dos residentes de Taiwan, que fizeram o Partido Democrático Progressista (PDP) perder os seus lugares-chave como Taipé, Taoyuan e Hsinchu nas eleições locais da ilha, foram um “Não” estrondoso às políticas das autoridades do PDP numa vasta gama de tópicos relacionados com a subsistência das pessoas, incluindo a caótica resposta COVID-19 e a incapacidade de controlar o aumento dos preços, e também demonstraram que a “aposta da ameaça da China” de Tsai Ing-wen teve um efeito contrário. “Tais resultados provaram que a opinião pública dominante na ilha era a favor da paz”, disseram as autoridades chinesas do continente sobre os assuntos de Taiwan, enquanto prometiam continuar a trabalhar com a população para “promover o desenvolvimento pacífico das relações entre as duas margens do Estreito” e opor-se firmemente “à interferência externa”. O PDP conseguiu cinco dos 21 postos de “prefeitos de cidade” e “chefes de condado” e o Kuomintang (KMT) conseguiu 13. Nos seis “municípios especiais”, nomeadamente Nova Taipé, Taoyuan, Taichung, Tainan e Kaohsiung, quatro estavam nas mãos do KMT enquanto o PDP mantinha Tainan e Kaohsiung no sul. O Partido Popular de Taiwan, fundado em 2019, ficou com Hsinchu, e os outros dois postos foram para pessoas sem filiações partidárias, de acordo com os meios de comunicação social de Taiwan. Os resultados eleitorais estavam amplamente em linha com as antecipações e o cenário nas eleições locais de 2018. A perda do DPP do norte de Taiwan, onde os esforços de campanha se concentraram para ambos os partidos, levou Tsai Ing-wen a renunciar à presidência do DPP, mas ela continuará a servir como líder até 2024, de acordo com a Reuters. Tsai tinha considerado as eleições como” sendo mais do que uma votação local”, dizendo que “o mundo estava a observar como a ilha de Taiwan defende a sua democracia” no meio de tensões com o continente, mas a estratégia “não conseguiu compensar e ganhar o apoio do público”, disse a Reuters. Wang Jianmin, um perito da Universidade Normal de Minnan, na província de Fujian, disse que o PDP perdeu o apoio das pessoas devido às suas falhas no tratamento de muitos assuntos internos relativos à subsistência pública e aos escândalos frequentes que violam os “valores” de que se gabava. “A corrupção e o nepotismo violaram severamente o que o PDP tinha prometido ao povo”, disse Wang, e citou em particular o escândalo da integridade académica do ex-prefeito de Hsinchu, Lin Chih-chien. O grau e diploma de Lin foram revogados pela Universidade Chung Hua por um grave plágio na sua tese de mestrado, noticiada pelos meios de comunicação social da ilha em Agosto. Embora Lin tenha mais tarde desistido das eleições para Taoyuan, o escândalo “frustrou gravemente a jovem geração, a base de voto tradicional do PDP” e o novo candidato foi visto como estando “no mesmo campo de Lin” e perdeu a integridade política, disse Wang. Os analistas também concordaram que não era surpreendente que as autoridades do PDP não pudessem agarrar Taoyuan quando nomearam Chen Shih-chung como o candidato a presidente da câmara, apesar do desagrado público. O desempenho de Chen no controlo da COVID como chefe da autoridade de saúde irritou muita gente. Lin, Chen e muitos outros funcionários do DPP que não foram punidos ou foram indulgentes por violações graves puseram em destaque “os dois pesos e duas medidas do PDP, o que as pessoas comuns ressentem”, disse Wang. Zheng Boyu, vice-presidente da Associação para as Empresas de Taiwan do Conselho da Juventude de Pequim, disse que a taxa de votação foi bastante baixa este ano. Nos seis “municípios especiais”, a taxa média de votação foi de 60,17%, uma queda de 6 pontos percentuais em relação a 2018, relataram os meios de comunicação locais. As autoridades do DPP em Fevereiro flexibilizaram a proibição de importação de alimentos das cinco prefeituras do Japão em redor do local do desastre nuclear de Fukushima 2011. A “comida nuclear”, como os residentes de Taiwan lhe chamam, foi finalmente aprovada depois de ter sido proibida durante mais de 10 anos. Apesar da oposição de 75% do público, as autoridades do DPP, em 2020, chamaram de “verde” a carne de porco americana com ractopamina, uma vez que contavam completamente com os EUA para continuar a “aposta da ameaça da China”. Apelo à paz Em Pequim, Zhu Fenglian, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, disse que os resultados eleitorais mostraram que a opinião pública em Taiwan era a favor da “paz, estabilidade e uma boa vida”. “Vamos continuar a trabalhar com o povo de Taiwan para promover o desenvolvimento pacífico das relações entre as duas margens do Estreito e opor-nos firmemente à independência de Taiwan e à interferência externa”, disse Zhu. As autoridades do PDP também ponderaram o prolongamento do serviço militar obrigatório, uma ideia muito impopular entre os jovens. Com o KMT a recuperar Taipé e Taoyuan, Li Zhenguang previu que alguns mecanismos de intercâmbio de cidade a cidade com o continente chinês poderiam ser restaurados e funcionar melhor, tais como o fórum de Taipé-Shanghai. Com a manutenção desses canais, existem algumas oportunidades, ou uma janela, para que ambos os lados do Estreito de Taiwan comuniquem. Enquanto o mecanismo existir, há esperança, disse Li. Mas os observadores também disseram que a principal tendência da situação entre as duas margens do Estreito está a ser cada vez mais afectada pelas relações internacionais, em particular as relações China-EUA, em vez dos laços entre as duas margens do Estreito.
Hoje Macau China / ÁsiaBBC | Repórter preso em Xangai “não se identificou como jornalista” A China disse ontem que o jornalista da BBC, detido no domingo, durante um protesto em Xangai, não se identificou como jornalista, após a cadeia televisiva britânica ter revelado que um dos seus colaboradores foi preso e “espancado” pela polícia. “De acordo com aquilo que nos foi transmitido pelas autoridades competentes em Xangai, ele não se identificou como jornalista e não apresentou voluntariamente as suas credenciais de imprensa”, disse Zhao Lijian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, apelando à imprensa estrangeira que “respeite as leis e regulamentos chineses enquanto estiverem na China”. A televisão pública britânica, através de um porta-voz, mostrou-se “muito preocupada”, no domingo, ao confirmar que o repórter de imagem Edward Lawrence “foi atacado” em Xangai, como demonstram imagens partilhadas nas redes sociais, nas quais se vêem agentes da policia a arrastarem o jornalista algemado pelo chão.
Hoje Macau China / ÁsiaProtestos na China | Governo relaxa medidas e promete que luta contra vírus será um sucesso A China relaxou ontem algumas medidas de prevenção epidémica, mas garantiu que a estratégia ‘zero covid’ “vai culminar em sucesso”, depois de manifestações contra confinamentos e testes em massa se terem alastrado por várias cidades. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, acusou “forças com motivações ocultas” de “estabelecerem uma ligação” entre um incêndio mortal na cidade de Urumqi, no noroeste da China, e as medidas de bloqueio impostas no âmbito da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Sob a “liderança do Partido Comunista Chinês e (com) o apoio do povo chinês, a nossa luta contra a covid-19 vai culminar em sucesso”, assegurou Zhao, em resposta à vaga de protestos ocorrida nos últimos dias. As autoridades anunciaram ontem, porém, o relaxamento de algumas medidas de prevenção epidémica em diferentes áreas do país, após os protestos dos últimos dias, mas ressalvaram que a estratégia de “zero casos” vai ser mantida. No fim de semana, centenas de grupos de moradores em Pequim saíram dos seus condomínios, rompendo de facto com as medidas de prevenção epidémica vigentes na China, enquanto manifestações se alastraram por várias cidades chinesas contra a imposição de medidas de confinamento. Urumqi retoma transportes e produção As autoridades locais em Urumqi, capital da Região Autónoma Xinjiang Uygur do Noroeste da China, anunciaram no domingo que a cidade retomará gradualmente os transportes públicos e a produção relacionada com a subsistência das pessoas em áreas de baixo risco, um dia depois de a cidade ter declarado que basicamente limpou os casos da COVID-19 a nível comunitário e ter prometido restaurar a ordem nas vidas dos residentes em áreas de baixo risco de uma forma faseada. A China Southern Airlines disse que já retomou quatro rotas a partir de Urumqi. Estas incluem voos de Urumqi para Changsha, Sanya, Zhengzhou, e Chongqing. Mais serviços aéreos serão retomados num futuro próximo. A cidade irá também reabrir gradualmente empresas essenciais, incluindo mercados, supermercados, drogarias, restaurantes, estações de serviço, bancos, barbearias, lojas de ferragens, correios, parques e pontos de interesse paisagístico. No entanto, o jantar em restaurantes e locais culturais e de entretenimento permanecerá suspenso. Turista retida dois meses Uma turista de apelido Ye, que ficou retida em Urumqi durante mais de dois meses devido ao surto, disse estar entusiasmada com o reinício dos caminhos-de-ferro e das companhias aéreas e mal pode esperar para comprar bilhetes para regressar a casa. Tendo viajado para Urumqi em Setembro e depois selada na casa de uma amiga desde o início de Outubro, disse no domingo que ela e a sua amiga foram finalmente autorizadas a sair do complexo residencial e levou alguns frangos fritos e hambúrgueres de um restaurante. Algumas outras cidades na região de Xinjiang estão também a levantar as restrições da COVID-19. Shihezi e Korla anunciaram que a ordem pública normal foi retomada a partir de domingo. Shihezi disse que os autocarros e táxis, bem como os supermercados e mercados retomaram as operações. Embora as pessoas possam conduzir dentro da cidade, serão implementadas restrições de viagem rigorosas nas auto-estradas da cidade para evitar riscos. Zhang, um perito anti-epidémico baseado em Xinjiang, disse que, embora a epidemia tenha sido controlada nas cidades acima mencionadas, locais na região sul de Xinjiang, incluindo as prefeituras de Hotan e Kashi, ainda relatam um grande número de casos diários. Desde 16 de Novembro, a região de Xinjiang relatou mais de 900 novos casos locais todos os dias. Segundo a autoridade sanitária regional, Xinjiang registou 992 casos locais no sábado, dos quais 443 eram de Kashi e 413 de Hotan. Na conferência de imprensa do governo da cidade de Urumqi, no domingo de manhã, os funcionários destacaram os planos para se concentrarem nos problemas levantados pelos residentes locais, afirmando que o governo local irá em breve divulgar uma série de “pacotes de políticas” para ajudar os residentes e as empresas a aliviar os seus problemas. “Para problemas individuais, pedidos e sugestões, damos as boas-vindas aos residentes para se registarem na comunidade e juntos negociaremos e encontraremos soluções”, disse o funcionário. O governo do município de Pequim anunciou que não vai mais trancar os portões para bloquear o acesso a complexos residenciais onde forem detectados casos do novo coronavírus. “As passagens devem permanecer abertas para casos de socorro médico, fugas de emergência e resgates”, disse um funcionário da cidade encarregado da prevenção epidémica Wang Daguang, de acordo com a imprensa oficial. O Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista, apelou a que a política de ‘zero casos’ fosse executada de forma eficaz, indicando que o governo do líder chinês, Xi Jinping, não planeia mudar de rumo. “Os factos provaram plenamente que cada nova versão do plano de prevenção e controlo epidémico resistiu ao teste da prática”, escreveu um comentador do jornal. Cantão, a maior cidade do sul da China, anunciou ontem também que os residentes em algumas áreas não vão mais ser sujeitos a testes em massa, citando a necessidade de conservar recursos.
Hoje Macau China / ÁsiaCuba | Pequim doa cerca de 96 milhões de euros a Havana A China doou 100 milhões de dólares (a Cuba por ocasião da visita do Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, ao país asiático, informou no sábado Havana. O vice-primeiro-ministro cubano, Alejandro Gil, garantiu que o montante será aplicado “nas prioridades do povo”, segundo a Presidência. Em declarações à imprensa cubana que cobriu a viagem de Díaz-Canel e seis dos seus ministros à China, Rússia, Argélia e Turquia, Gil explicou que foram assinados 12 instrumentos jurídicos. O governante destacou os relacionados com a “reabertura de novos financiamentos” como o investimento num dique flutuante enviado da China para Cuba, em 2019. “Está praticamente concluído esse investimento, mas ficaram pendentes alguns ajustes”, considerou, citado na imprensa. O também responsável pela Economia e Planeamento referiu que ficou acordado concretizar um investimento no “programa de reconversão ou modernização da imprensa”. No encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, o chefe de Estado cubano abordou a crise económica no seu país, enquanto o líder da nação asiática garantiu que “fará todo o possível para dar apoio” aos cubanos perante os “grandes desafios” que enfrentam.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Tsai Ing-wen deixa comando do partido após derrota eleitoral A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, demitiu-se este sábado do cargo de chefe do Partido Progressista Democrático, no poder, na sequência das perdas nas eleições locais sofridas pelo seu partido. Tsai apresentou a sua demissão num curto discurso em que também agradeceu aos apoiantes, pouco depois de conhecidos os resultados eleitorais, dos quais, disse, assumirá a responsabilidade. Os eleitores em Taiwan escolheram esmagadoramente o Partido Nacionalista, na oposição, em várias grandes cidades da ilha numa eleição, no sábado, em que as preocupações persistentes sobre as ameaças de integração pela China deram lugar a questões mais locais. Chiang Wan-an, candidato a presidente da câmara pelo Partido Nacionalista, conquistou o lugar na capital, Taipei. “Vou deixar o mundo ver a grandeza de Taipei”, disse no seu discurso de vitória. Outros candidatos do Partido Nacionalista também ganharam em Taoyuan, Taichung e na cidade de New Taipei.Os habitantes de Taiwan escolheram os seus autarcas e outros líderes locais em todos os 13 condados e em nove cidades. Houve também um referendo para baixar a idade de voto de 20 para 18 anos. Má gestão Embora observadores internacionais e o partido no poder tenham tentado ligar as eleições à sobrevivência de Taiwan, muitos especialistas locais não acham que a China tenha desempenhado um grande papel desta vez. Durante a campanha, foram poucas as menções aos exercícios militares em larga escala que a China realizou em Agosto em reacção à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (EUA), Nancy Pelosi. Em vez disso, a campanha focou questões locais como a poluição atmosférica, o tráfego e as estratégias de compra de vacinas da covid-19, que deixaram a ilha em escassez durante um surto no ano passado. A derrota do Partido Progressista Democrático pode dever-se, em parte, à forma como lidou com a pandemia, consideram analistas.