Finanças | Ministro diz que dívida dos governos locais não ameaça estabilidade

A dívida dos governos locais e regionais da China “não constitui um problema” para o sistema financeiro chinês, disse ontem o ministro das Finanças do país, Liu Kun, em conferência de imprensa.

As dívidas dos governos locais chineses, que há anos são apontadas por analistas como potenciais fontes de risco, aumentaram em 2022, devido à estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, que paralisou a actividade económica e acarretou despesas extras.

O portal de notícias económicas Caixin noticiou recentemente que, em 2022, o montante gasto em políticas de prevenção epidémica atingiu o equivalente a 10,3 mil milhões de dólares, só na província de Guangdong, no sudeste do país. Na província de Zhejiang, no leste, as despesas com testes de ácido nucleico e pessoal ascenderam a 6,3 mil milhões de dólares. O município de Pequim gastou 4,3 mil milhões de dólares.

Pelo menos 17 das 31 regiões que compõem o país enfrentaram uma relação entre dívida pendente e receita tributária em 2022 superior a 120 por cento, segundo cálculos da agência Bloomberg.

Liu assegurou que o principal problema da dívida da China é a sua distribuição “desigual” entre as regiões, já que algumas delas enfrentam maiores riscos de dívida e maior pressão com amortizações e juros.

O ministro assegurou que Pequim tem exigido às autoridades competentes que resolvam os problemas de endividamento dos diferentes governos – também afectados pela crise no sector imobiliário, o que dificulta as receitas através da venda de terrenos, uma das principais fontes de dinheiro das administrações locais – e garantam o equilíbrio.

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