Novos casos identificados de Covid-19 adiam regresso às aulas

Representante da Direcção de Serviços de Educação e Juventude justificou a medida com a segurança dos alunos e assegurou que haverá tempo para leccionar as matérias, nem que seja no próximo ano lectivo

 

[dropcap]O[/dropcap] surgimento de sete casos de Covid-19 nos últimos quatro dias em Macau fez com que a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) adiasse o regresso às aulas. A medida foi anunciada por Wong Kin Mou, Chefe de Departamento de Estudos e Recursos Educativos, e, por enquanto, não há uma data marcada para a reabertura das escolas.

“O mais importante é a segurança dos alunos […] No início o regresso dependia da situação interna, mas agora há muitos factores exógenos a afectar a nossa decisão. A situação internacional está a afectar muito a situação interna”, indicou Wong, para justificar a decisão.

Em relação aos futuros critérios que vão definir a data de regresso às aulas, o representante do Executivo apontou mais explicações para o futuro.

O membro da DSEJ desvalorizou o impacto na aprendizagem das crianças à luz da segurança e apontou soluções como o prolongamento do ano lectivo ou a transferência de algumas matérias para o próximo ano. Porém, ressalvou que deve haver uma pausa nas escolas em Agosto.

“As escolas podem adiar o fim das aulas, por exemplo de 3 de Julho para 10 de Julho, ou até 31 de Julho. Mas a partir de 31 de Julho não deve haver aulas. Em Agosto defendemos que deve ser feita uma paragem, porque os professores também têm de ter um descanso”, afirmou Wong. “As escolas também podem gerir as matérias leccionadas e, caso entendam, passar alguns conteúdos para o próximo ano lectivo. Não há pressa”, frisou.

Segundo o plano anterior, as aulas para o ensino secundário seriam recomeçadas a partir de 30 de Março e as restantes começariam de forma faseada a partir de 13 de Abril.

Três novos casos

A decisão do adiamento foi anunciada após terem sido confirmados mais três casos, que fazem com que desde o início da epidemia já tenham sido registadas 17 infecções em Macau.

O primeiro dos três casos anunciados, ainda na quarta-feira, envolveu um trabalhador não-residente de nacionalidade filipina, de 31 anos. O homem, definido com a 15.ª ocorrência, esteve nas Filipinas entre 27 de Janeiro e 15 de Março, tendo regressado já no dia 16, através de Hong Kong. No dia seguinte foi ao hospital Kiang Wu e acabou por ser diagnosticado com a Covid-19.

Quanto ao 16.º caso, trata-se de uma residente de Macau com 19 anos que viajou do Reino Unido onde estava a estudar. A residente apanhou o voo SQ317 da Singapore Airlines que partiu de Heathrow com destino a Hong Kong e apanhou um transporte privado para atravessar a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

Em Macau foi-lhe recolhida amostra de saliva e enviada para casa, até que os exames deram positivo, o que fez com que fosse internada em regime de isolamento.

Finalmente, o último caso conhecido é um não residente com 11 anos, filho da trabalhadora não-residente que foi identificada como o 14.º caso. O doente tinha viajado, com os pais, no dia 17 de Março de Jacarta para Hong Kong.

Lei Chin Ion fez ainda um ponto de situação sobre os sete infectados que se encontram em tratamento. Apresentam todos sintomas ligeiros, à excepção do cidadão espanhol, identificado como 12.º caso. “Em relação aos sete internados, o paciente com nacionalidade espanhola apresentou dificuldades respiratórias e foi assistido com ventilador. Todos os outros internados estão bem, embora um ou dois apresentem diarreia leve, que pode ser uma consequência da medicação”, revelou Lei.

SSM | Lei Chin Ion admite nervosismo

O registo de sete caso em quatro dias levou a que o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, admitisse sentir-se nervoso com a situação. O responsável apontou mesmo uma mudança no ambiente local, depois de quase 40 dias em que as pessoas estiveram mais descansadas. “Todos estamos mais alertados e nervosos [devido aos casos dos últimos dias]. Os quase 40 dias sem casos levaram-nos a ficar mais descontraídos, mas agora a população está mais atenta”, considerou. “Ontem [quarta-feira] quando o colega do laboratório me ligou a confirmar mais um caso positivo também fiquei mais nervoso”, reconheceu.

Covid-19 | Resgatados de Wuhan sem sintomas

Os resultados do últimos testes de todos os 57 residentes resgatados da província de Hubei foram negativos. A revelação foi feita ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde. “Tenho boas notícias. Os 57 residentes que voltaram para Macau trazidos de Wuhan fizeram o terceiro teste ao vírus e os resultados foram negativos. Até amanhã [hoje] vão continuar de quarentena, mas como até agora ninguém apresentou sintomas, devem ter alta no sábado”, afirmou. Os residentes não ficam imediatamente com liberdade total de movimentos e nos próximos 14 dias ainda têm de ficar em casa de quarentena. Esta é uma medida de precaução adoptada pelos SSM, depois de uma pessoa que tinha sido curada, no Interior da China, ter voltado a testar positivo.

20 Mar 2020

Ensino superior | Aulas recomeçam a partir de 1 de Abril 

[dropcap]E[/dropcap]stão definidas as datas do regresso às aulas no ensino superior. Desta forma, foram criados três grupos de alunos, compostos por estudantes finalistas, locais e por aqueles que estejam em fase de entrega de tese, realização de trabalhos de investigação ou de estágios.

A data inicial para o regresso gradual às aulas é o dia 1 de Abril, mas tudo dependerá da situação de cada instituição de ensino. “Sabemos que seis instituições do ensino superior vão reiniciar alguns cursos [nessa data], como o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turístico, a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, a Universidade de São José e o Instituto de Enfermagem de Kiang Wu, sem esquecer a escola do ensino superior de gestão.

“A maior parte das escolas não vão iniciar as aulas ao mesmo tempo e os estudantes não regressam a Macau neste período de tempo. Sabemos que há vários estudantes do Interior da China mas só depois de receberem as informações é que podem regressar. Enquanto não receberem podem acompanhar as aulas online”, disse o representante da Direcção dos Serviços do Ensino Superior.

18 Mar 2020

Ensino superior | Aulas recomeçam a partir de 1 de Abril 

[dropcap]E[/dropcap]stão definidas as datas do regresso às aulas no ensino superior. Desta forma, foram criados três grupos de alunos, compostos por estudantes finalistas, locais e por aqueles que estejam em fase de entrega de tese, realização de trabalhos de investigação ou de estágios.
A data inicial para o regresso gradual às aulas é o dia 1 de Abril, mas tudo dependerá da situação de cada instituição de ensino. “Sabemos que seis instituições do ensino superior vão reiniciar alguns cursos [nessa data], como o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turístico, a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, a Universidade de São José e o Instituto de Enfermagem de Kiang Wu, sem esquecer a escola do ensino superior de gestão.
“A maior parte das escolas não vão iniciar as aulas ao mesmo tempo e os estudantes não regressam a Macau neste período de tempo. Sabemos que há vários estudantes do Interior da China mas só depois de receberem as informações é que podem regressar. Enquanto não receberem podem acompanhar as aulas online”, disse o representante da Direcção dos Serviços do Ensino Superior.

18 Mar 2020

Japão | Dois residentes de Macau no cruzeiro com dez infectados

Dois idosos residentes de Macau encontram-se em observação, após os Serviços de Saúde (SS) terem anunciado que fazem parte dos 3.711 passageiros que estão de quarentena no Japão, a bordo do “Diamond Princess”. Até ao momento, não há residentes contaminados fora de Macau

 

[dropcap]O[/dropcap]s SS anunciaram ontem que dois residentes de Macau estão a bordo de um navio cruzeiro com dez passageiros contaminados com o novo tipo de coronavírus. Os dois residentes, um homem na casa dos 80 anos e uma mulher na casa dos 60, não estão infectados e encontram-se agora em observação, anunciou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde, sobre o novo coronavírus.

“As autoridades japonesas notificaram-nos hoje [ontem] sobre a situação de dois residentes de Macau que estão no cruzeiro. “Os residentes de Macau são titulares do passaporte da RAEM e estão em observação médica. Essas duas pessoas não foram infectadas com o novo tipo de coronavírus, mas precisam de 14 dias de observação clínica”, referiu Lam Chong. Recorde-se que as autoridades japonesas decidiram colocar sob quarentena o navio “Diamond Princess”, que chegou à baía de Yokohama, perto de Tóquio, na passada segunda-feira, com 3.711 passageiros a bordo.

Questionado pelos jornalistas, Lam Chong confirmou também que, até momento, não existe qualquer caso que aponte para que existam residentes contaminados fora de Macau. “Estamos em comunicação estreita, tanto com outros países, como com a [Organização Mundial de Saúde] OMS e o Interior da China, e até agora não temos nenhuma confirmação acerca de casos registados fora de Macau”, esclareceu.

Durante a conferência de imprensa, os SS deram também a conhecer mais medidas de prevenção do novo tipo de coronavírus, que apontam para a sensibilização da população. Assim, após uma reunião entre departamentos do Governo, ficou decidido que, a partir de hoje, iriam circular pelas ruas de Macau, automóveis equipados com altifalantes, panfletos e mensagens em ecrãs.

“Para reforçar ainda mais o trabalho de divulgação do Coronavírus, o IC, a DSEJ e outros departamentos governamentais reuniram-se a fim de tomar algumas medidas para combater o coronavírus. Esses trabalhos de divulgação incluem (…) panfletos e notícias em ecrãs. Também vamos disponibilizar veículos do Governo para circular nas ruas de Macau para lançar apelos à população para ficar em casa (…) e evitar lugares com uma grande concentração de pessoas”, sublinhou Lam Chong.

Quarentena descartada

O Governo de Macau não vai seguir, para já, a medida que impõe um período de quarentena a todos visitantes oriundos do Interior da China, anunciada ontem pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Confrontado com o facto, Lam Chong sublinhou apenas que é aconselhável, a quem entra no território vindo da China, que permaneça em casa e que, a seu tempo, o Governo irá anunciar novas medidas, se necessário.

“A todos os que estiveram em Hubei, residentes ou não de Macau, pedimos que fiquem em isolamento. Quanto a pessoas que estiveram no Interior da China, pedimos que façam uma gestão de saúde apropriada e que se isolem em casa durante 14 dias. Se tivermos novas medidas iremos divulgar atempadamente”, apontou o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.

À excepção dos residentes de Hubei, que são obrigados a apresentar um atestado médico que comprove que não são portadores da doença, na RAEM permanecem assim inalteradas as medidas aplicadas aos visitantes provenientes do Interior da China.

Segundo a medida que entrará em vigor em Hong Kong, já a partir do próximo sábado, os visitantes que entrarem no território a partir do continente vão ser obrigados a um período de 14 dias de quarentena. “A medida é difícil. Mas após este anúncio (…) acredito que o número de chegadas diminuirá”, disse ontem Carrie Lam, de acordo com informações da agência Lusa.

Mais de 40 residentes de Hubei por localizar

Dos 100 residentes provenientes da província de Hubei que se encontram em Macau, há ainda 42 por localizar. A informação foi avançada ontem por Chio Song Un, responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) que confirmou também que a maioria dos residentes identificados se encontra na Pousada Marina Infante ou no Centro do Alto de Coloane. Quanto aos residentes de Macau que se encontram em Hubei, existem ainda 86 cidadãos do território naquela província, de acordo com informações avançadas por Inês Chan, responsável dos Serviços de Turismo. Segundo Inês Chan, além de Hubei, existem cidadãos de Macau que estão a ter dificuldades para regressar ao território a partir da China e um, dos EUA.

Clínicas privadas devem fechar

Lei Wai Seng, membro da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, lançou um apelo especificamente destinado às clínicas privadas que operam em edifícios residenciais para que encerrem, como forma de minimizar eventuais riscos de contaminação do novo tipo de coronavírus.”Recomendamos o encerramento tanto a clínicas privadas como empresas, porque muitas estão situadas em áreas de residentes dos edifícios e isto também contribui para o maior risco de propagação. Apelamos às clínicas que, se não tiverem as condições apropriadas, que encerrem o seu funcionamento durante este período”, sublinhou Lei Wai Seng por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde (SS).

Questionado sobre uma eventual sobrecarga dos SS por via do encerramento dos privados, o responsável argumentou que irá ser feito reforço de pessoal se necessário e que estão a ser tomadas medidas como melhorar o sistema de triagem ou instalar tendas de campanha fora das urgências do Hospital de Kiang Wu.

6 Fev 2020

Japão | Dois residentes de Macau no cruzeiro com dez infectados

Dois idosos residentes de Macau encontram-se em observação, após os Serviços de Saúde (SS) terem anunciado que fazem parte dos 3.711 passageiros que estão de quarentena no Japão, a bordo do “Diamond Princess”. Até ao momento, não há residentes contaminados fora de Macau

 
[dropcap]O[/dropcap]s SS anunciaram ontem que dois residentes de Macau estão a bordo de um navio cruzeiro com dez passageiros contaminados com o novo tipo de coronavírus. Os dois residentes, um homem na casa dos 80 anos e uma mulher na casa dos 60, não estão infectados e encontram-se agora em observação, anunciou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde, sobre o novo coronavírus.
“As autoridades japonesas notificaram-nos hoje [ontem] sobre a situação de dois residentes de Macau que estão no cruzeiro. “Os residentes de Macau são titulares do passaporte da RAEM e estão em observação médica. Essas duas pessoas não foram infectadas com o novo tipo de coronavírus, mas precisam de 14 dias de observação clínica”, referiu Lam Chong. Recorde-se que as autoridades japonesas decidiram colocar sob quarentena o navio “Diamond Princess”, que chegou à baía de Yokohama, perto de Tóquio, na passada segunda-feira, com 3.711 passageiros a bordo.
Questionado pelos jornalistas, Lam Chong confirmou também que, até momento, não existe qualquer caso que aponte para que existam residentes contaminados fora de Macau. “Estamos em comunicação estreita, tanto com outros países, como com a [Organização Mundial de Saúde] OMS e o Interior da China, e até agora não temos nenhuma confirmação acerca de casos registados fora de Macau”, esclareceu.
Durante a conferência de imprensa, os SS deram também a conhecer mais medidas de prevenção do novo tipo de coronavírus, que apontam para a sensibilização da população. Assim, após uma reunião entre departamentos do Governo, ficou decidido que, a partir de hoje, iriam circular pelas ruas de Macau, automóveis equipados com altifalantes, panfletos e mensagens em ecrãs.
“Para reforçar ainda mais o trabalho de divulgação do Coronavírus, o IC, a DSEJ e outros departamentos governamentais reuniram-se a fim de tomar algumas medidas para combater o coronavírus. Esses trabalhos de divulgação incluem (…) panfletos e notícias em ecrãs. Também vamos disponibilizar veículos do Governo para circular nas ruas de Macau para lançar apelos à população para ficar em casa (…) e evitar lugares com uma grande concentração de pessoas”, sublinhou Lam Chong.

Quarentena descartada

O Governo de Macau não vai seguir, para já, a medida que impõe um período de quarentena a todos visitantes oriundos do Interior da China, anunciada ontem pela Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. Confrontado com o facto, Lam Chong sublinhou apenas que é aconselhável, a quem entra no território vindo da China, que permaneça em casa e que, a seu tempo, o Governo irá anunciar novas medidas, se necessário.
“A todos os que estiveram em Hubei, residentes ou não de Macau, pedimos que fiquem em isolamento. Quanto a pessoas que estiveram no Interior da China, pedimos que façam uma gestão de saúde apropriada e que se isolem em casa durante 14 dias. Se tivermos novas medidas iremos divulgar atempadamente”, apontou o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.
À excepção dos residentes de Hubei, que são obrigados a apresentar um atestado médico que comprove que não são portadores da doença, na RAEM permanecem assim inalteradas as medidas aplicadas aos visitantes provenientes do Interior da China.
Segundo a medida que entrará em vigor em Hong Kong, já a partir do próximo sábado, os visitantes que entrarem no território a partir do continente vão ser obrigados a um período de 14 dias de quarentena. “A medida é difícil. Mas após este anúncio (…) acredito que o número de chegadas diminuirá”, disse ontem Carrie Lam, de acordo com informações da agência Lusa.

Mais de 40 residentes de Hubei por localizar

Dos 100 residentes provenientes da província de Hubei que se encontram em Macau, há ainda 42 por localizar. A informação foi avançada ontem por Chio Song Un, responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) que confirmou também que a maioria dos residentes identificados se encontra na Pousada Marina Infante ou no Centro do Alto de Coloane. Quanto aos residentes de Macau que se encontram em Hubei, existem ainda 86 cidadãos do território naquela província, de acordo com informações avançadas por Inês Chan, responsável dos Serviços de Turismo. Segundo Inês Chan, além de Hubei, existem cidadãos de Macau que estão a ter dificuldades para regressar ao território a partir da China e um, dos EUA.

Clínicas privadas devem fechar

Lei Wai Seng, membro da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, lançou um apelo especificamente destinado às clínicas privadas que operam em edifícios residenciais para que encerrem, como forma de minimizar eventuais riscos de contaminação do novo tipo de coronavírus.”Recomendamos o encerramento tanto a clínicas privadas como empresas, porque muitas estão situadas em áreas de residentes dos edifícios e isto também contribui para o maior risco de propagação. Apelamos às clínicas que, se não tiverem as condições apropriadas, que encerrem o seu funcionamento durante este período”, sublinhou Lei Wai Seng por ocasião da conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde (SS).
Questionado sobre uma eventual sobrecarga dos SS por via do encerramento dos privados, o responsável argumentou que irá ser feito reforço de pessoal se necessário e que estão a ser tomadas medidas como melhorar o sistema de triagem ou instalar tendas de campanha fora das urgências do Hospital de Kiang Wu.

6 Fev 2020

Epidemia | Registados mais dois casos e número de infectados sobe para dez

Uma trabalhadora da Galaxy e um condutor de shuttle bus da SJM foram confirmados como os novos casos de infectados com o coronavírus em Macau. A mulher de 29 anos é sobrinha de uma outra residente, que tinha sido confirmada como o oitavo caso

 

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas com a Pneumonia de Wuhan em Macau subiu para 10, com o anúncio de mais dois casos que envolvem locais. Tratam-se de duas pessoas que trabalharam para os casinos, nomeadamente Galaxy e SJM.

O nono caso confirmado envolve uma residente de 29 anos que vive no edifício Kong Fok On e trabalha como jardineira no Galaxy. É sobrinha de uma outra mulher infectada que foi considerada como o oitavo caso.

Devido ao contacto entre as duas mulheres, este poderia ser o primeiro caso de contaminação local, mas os Serviços de Saúde ainda não confirmam o cenário: “Como a mulher esteve no Interior mais do que uma vez ainda não podemos dizer que é um caso local, pode ter sido importado”, afirmou Leong Iek Hou, coordenador do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.

O contacto entre a mulher de 29 anos e a tia, que é a oitava infectada em Macau, terá acontecido em duas ocasiões, a 23 e 24 de Janeiro. No primeiro dia a sobrinha esteve em casa da tia a fazer reparações e utilizou sempre máscara, ao contrário da familiar. A segunda ocasião tratou-se de um jantar de família, mas as duas não terão comido na mesma mesa nem estado à conversa mais do que cinco minutos

Antes dos encontros, a mulher de 29 anos esteve em Zhuhai, a 19 de Janeiro, onde assistiu a um concerto. Esta é uma das ocasiões em que o vírus também poderá ter sido contraído.

Apenas no dia 25, após mais um encontro familiar com 12 membros, é que a mulher começou a apresentar sintomas como febre, dores de costas e tosse. Porém, após dois dias em casa, foi trabalhar entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro.

Finalmente, no domingo, como a tia tinha sido confirmada com o oitavo caso, a mulher foi ao hospital e fez o teste, que acabou por dar positivo.

O caso levou ainda ao isolamento de três colegas de trabalho, e 14 familiares. Além disso, 34 colegas de trabalhão estão a ser observados, caso apresentem sintomas.

Jantar em Zhuhai

O 10.º caso é um homem, de 59 anos, que conduz shutles bus para a SJM, nos percursos entre as Portas do Cerco e o casino Grande Lisboa, e entre o terminal Marítimo do Pac On e o Grande Lisboa.

Vive no edifício Pat tat Sun Chuen, na Avenida Venceslau Morais, e esteve no Interior no dia 25 de Janeiro, onde pagou um jantar de família à mãe. No entanto, quando regressou já apresentava sintomas como febre e tosse.

Entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro o homem foi por duas vezes a clínicas privadas, mas como não se curava decidiu ir ao Hospital Kiang Wu. Também a esta instituição fez duas visitas, anteontem e ontem, até que foi confirmado como o 10.º caso, já depois de ser transferido para o Centro Hospitalar Conde São Januário. O facto de ter estado em Zhuhai a jantar faz com que o caso seja considerado importado.

O homem esteve em contacto próximo com a mulher e os dois filhos e ainda com nove pessoas com quem terá tido uma refeição mais longa. Além disso, 57 pessoas, que estavam na altura no hospital Kiang Wu vão ficar em observação e ser testadas.

4 Fev 2020

Epidemia | Registados mais dois casos e número de infectados sobe para dez

Uma trabalhadora da Galaxy e um condutor de shuttle bus da SJM foram confirmados como os novos casos de infectados com o coronavírus em Macau. A mulher de 29 anos é sobrinha de uma outra residente, que tinha sido confirmada como o oitavo caso

 
[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas com a Pneumonia de Wuhan em Macau subiu para 10, com o anúncio de mais dois casos que envolvem locais. Tratam-se de duas pessoas que trabalharam para os casinos, nomeadamente Galaxy e SJM.
O nono caso confirmado envolve uma residente de 29 anos que vive no edifício Kong Fok On e trabalha como jardineira no Galaxy. É sobrinha de uma outra mulher infectada que foi considerada como o oitavo caso.
Devido ao contacto entre as duas mulheres, este poderia ser o primeiro caso de contaminação local, mas os Serviços de Saúde ainda não confirmam o cenário: “Como a mulher esteve no Interior mais do que uma vez ainda não podemos dizer que é um caso local, pode ter sido importado”, afirmou Leong Iek Hou, coordenador do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença.
O contacto entre a mulher de 29 anos e a tia, que é a oitava infectada em Macau, terá acontecido em duas ocasiões, a 23 e 24 de Janeiro. No primeiro dia a sobrinha esteve em casa da tia a fazer reparações e utilizou sempre máscara, ao contrário da familiar. A segunda ocasião tratou-se de um jantar de família, mas as duas não terão comido na mesma mesa nem estado à conversa mais do que cinco minutos
Antes dos encontros, a mulher de 29 anos esteve em Zhuhai, a 19 de Janeiro, onde assistiu a um concerto. Esta é uma das ocasiões em que o vírus também poderá ter sido contraído.
Apenas no dia 25, após mais um encontro familiar com 12 membros, é que a mulher começou a apresentar sintomas como febre, dores de costas e tosse. Porém, após dois dias em casa, foi trabalhar entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro.
Finalmente, no domingo, como a tia tinha sido confirmada com o oitavo caso, a mulher foi ao hospital e fez o teste, que acabou por dar positivo.
O caso levou ainda ao isolamento de três colegas de trabalho, e 14 familiares. Além disso, 34 colegas de trabalhão estão a ser observados, caso apresentem sintomas.

Jantar em Zhuhai

O 10.º caso é um homem, de 59 anos, que conduz shutles bus para a SJM, nos percursos entre as Portas do Cerco e o casino Grande Lisboa, e entre o terminal Marítimo do Pac On e o Grande Lisboa.
Vive no edifício Pat tat Sun Chuen, na Avenida Venceslau Morais, e esteve no Interior no dia 25 de Janeiro, onde pagou um jantar de família à mãe. No entanto, quando regressou já apresentava sintomas como febre e tosse.
Entre 28 de Janeiro e 1 de Fevereiro o homem foi por duas vezes a clínicas privadas, mas como não se curava decidiu ir ao Hospital Kiang Wu. Também a esta instituição fez duas visitas, anteontem e ontem, até que foi confirmado como o 10.º caso, já depois de ser transferido para o Centro Hospitalar Conde São Januário. O facto de ter estado em Zhuhai a jantar faz com que o caso seja considerado importado.
O homem esteve em contacto próximo com a mulher e os dois filhos e ainda com nove pessoas com quem terá tido uma refeição mais longa. Além disso, 57 pessoas, que estavam na altura no hospital Kiang Wu vão ficar em observação e ser testadas.

4 Fev 2020

Saúde | Residente de 71 anos morre devido a Gripe A

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) comunicaram ontem que uma mulher de 71 anos, residente de Macau, faleceu na sequência de Gripe A. Com um historial de doenças crónicas e portadora de um tumor, a paciente deu entrada nas Urgências do Hospital Kiang Wu no domingo com sintomas de febre e tosse. Depois de feito o teste rápido da gripe, verificou-se reacção positiva ao vírus de gripe A.

Devido ao estado grave da doente, que sofria de insuficiência respiratória, foi prontamente encaminhada Urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário onde foi diagnosticada uma pneumonia direita na radiografia de tórax.

Os SS informaram também que 43 alunos, de quatros escolas diferentes, foram diagnosticados com gripo. Desde Setembro de 2019 até ao presente momento, Macau registou 31 casos de gripe complicados com pneumonia, entre os quais, registou-se, agora, o primeiro caso mortal. Entre os 31 casos de gripe complicados, 81 por cento não tinham administrado a vacina anti-gripal.

14 Jan 2020

Saúde | Residente de 71 anos morre devido a Gripe A

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) comunicaram ontem que uma mulher de 71 anos, residente de Macau, faleceu na sequência de Gripe A. Com um historial de doenças crónicas e portadora de um tumor, a paciente deu entrada nas Urgências do Hospital Kiang Wu no domingo com sintomas de febre e tosse. Depois de feito o teste rápido da gripe, verificou-se reacção positiva ao vírus de gripe A.
Devido ao estado grave da doente, que sofria de insuficiência respiratória, foi prontamente encaminhada Urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário onde foi diagnosticada uma pneumonia direita na radiografia de tórax.
Os SS informaram também que 43 alunos, de quatros escolas diferentes, foram diagnosticados com gripo. Desde Setembro de 2019 até ao presente momento, Macau registou 31 casos de gripe complicados com pneumonia, entre os quais, registou-se, agora, o primeiro caso mortal. Entre os 31 casos de gripe complicados, 81 por cento não tinham administrado a vacina anti-gripal.

14 Jan 2020

Isto começa bem…

[dropcap]O[/dropcap] ataque de Ho Iat Seng a Alexis Tam foi tão inesperado quanto violento, fugindo e muito ao tom habitualmente usado pelos políticos de Macau. A coisa é de tal modo assim que muitos se interrogam se o alvo de Ho Iat Seng era mesmo Alexis Tam ou se pretendia atingir mais acima, isto é, a gestão de Chui Sai On. Afinal, Tam foi chefe de gabinete de Chui e depois o seu Secretário.

Neste caso, a ser assim, será que o novo Chefe do Executivo estava criticar o “despesismo” relacionado com o Hospital Kiang Wu e a falta de investimento no hospital público? Será que Ho Iat Seng estava a pensar no “despesismo” com a universidade conhecida por MUST? Ora estas são as áreas de Alexis Tam, embora todos saibam que o Secretário nelas pouco riscava, pois que nos lembramos ter o director dos Serviços de Saúde sempre despachado directamente com Chui Sai On, deixando Alexis Tam a pregar no deserto.

Uma coisa é, porém, certa: Ho Iat Seng não se devia estar a referir à área da Cultura, já que o investimento do Governo nesta área, com a excepção dos grandes eventos, tem sido ridículo. O Alexis leva para o tabaco, mas será que o ataque tão incisivo lhe era mesmo dirigido? Isto começa bem…

30 Dez 2019

Hong Kong | Governo quer que estudantes de Macau terminem cursos no território

A Direcção dos Serviços do Ensino Superior reuniu com responsáveis das universidades do território a fim de que os estudantes da RAEM em Hong Kong possam regressar temporariamente a Macau para concluir os estudos. Fernando Dias Simões, professor universitário em Hong Kong, felicita a criação da alternativa

 

 

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) emitiu na sexta-feira uma nota oficial onde aponta que está a ser criado um mecanismo para que os estudantes de Macau que frequentam as universidades de Hong Kong possam concluir temporariamente os seus estudos na RAEM.

“Tendo em conta o recente caso de violência escolar ocorrido em Hong Kong, muitos estudantes de Macau que estudam em Hong Kong suspenderam os seus estudos, regressando a Macau”, aponta um comunicado.
Neste sentido, o Governo diz estar “muito atento”, tendo activado “de imediato o mecanismo de emergência, negociando com as sete instituições do ensino superior, como a Universidade de Macau, o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turística de Macau, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, a Universidade da Cidade de Macau, a Universidade de São José, o Instituto de Enfermagem Kiang Wu de Macau, e chegaram a um consenso”.

Assim, “as instituições do ensino superior concordaram com a implementação de medidas especiais para que os estudantes de Macau que estudam em Hong Kong possam regressar, temporariamente, a Macau para continuarem os seus estudos”.

As medidas mais concretas deste plano serão divulgadas posteriormente, aponta a DSES. Recorde-se que Sou Chio Fai, director da DSES, afirmou esta semana estar atento aos acontecimentos na região vizinha, sobretudo desde que ocorreram episódios de violência no campus da Universidade Chinesa de Hong Kong, esta terça-feira. Também o Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong emitiu uma nota onde pede os contactos de todos os estudantes portugueses que se encontrem a frequentar o ensino superior na RAEHK, a fim de monitorar a sua situação.

Boa alternativa

A Universidade de São José (USJ) emitiu entretanto uma nota oficial na sua página de Facebook, onde afirma dar todo o apoio aos estudantes de Macau e portugueses que desejem regressar ao território. Também a Universidade de Macau (UM) pretende dar todo o apoio a esta acção, tendo sido criado um “grupo de trabalho especial” e uma linha de atendimento.

“A UM irá prestar todo o apoio e assistência necessários para que estes estudantes possam ter, com a maior brevidade possível, um ambiente onde possam estudar ininterruptamente. De acordo com a situação individual desses estudantes e com base na discussão com os mesmos, a UM poderá prestar diferentes tipos de apoio, permitindo-lhes, nomeadamente, assistir às aulas, utilizar os recursos de estudos e beneficiar da orientação dos professores, entre outros”, lê-se numa nota oficial.

Ao HM, o professor universitário Fernando Dias Simões, actualmente a dar aulas na Universidade Chinesa de Hong Kong, considerou esta decisão da DSES positiva. “É importante que sejam dadas alternativas às pessoas. Estas irão tomar as suas decisões. Taiwan também se voluntáriou para receber os alunos. Conheço alguns alunos da universidade (chinesa de Hong Kong) que decidiram voltar para a China. As pessoas estão à espera para ver o que vai acontecer aproveitando este hiato até final do ano. Se a situação se tornar insustentável vão pensar se querem continuar os seus estudos em Hong Kong”, concluiu.

15 Nov 2019

MUST | Fundo financiou projectos com 340 milhões de patacas

[dropcap]O[/dropcap] Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau financiou 260 projectos de investigação científica com 340 milhões de patacas entre Janeiro e Outubro. Os números foram apresentados ontem com o relatório das actividades do Fundo presidido por Frederico Ma, numa conferência de imprensa que teve lugar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês).

A principal novidade entre o ano passado e o actual foi o aumento do orçamento, que mais do que duplicou, ao passar de 247 milhões de patacas, em 2018, para 535 milhões no corrente ano.

Em relação à taxa de aprovação dos projectos científicos este ano, a taxa de aprovação foi de 43 por cento, uma vez que houve 604 pedidos de financiamento que resultaram em 260 projectos apoiados.

No evento de ontem estiveram igualmente presente alguns dos autores dos projectos apoiados, entre eles Lok Ka In, investigador ligado ao Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, que foca a eficácia das aplicações para dispositivos móveis na gestão, ao nível dos valores do sangue, na doença Diabetes de Tipo 2.

De acordo com Lok, a aplicação permite gravar a informação sobre a glicose, pressão arterial e comunicação em tempo real com a equipa de médicos que acompanha o doente. “A situação de download do Apps ainda não é ideal, mas existe a possibilidade de trazer verdadeiros benefícios médicos para o território. Muitas vezes os doentes crónicos têm muita falta de disciplina no controlo da doença, mas assim é possível mudar essa hábito e controlar os diabetes de forma mais eficaz”, afirmou Lok sobre as vantagens do projecto.

O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia aposta também num aumento da cooperação com o exterior e lançou, em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Província de Cantão, um apoio para projectos das área que chega aos 20 milhões de patacas.

7 Nov 2019

MUST | Fundo financiou projectos com 340 milhões de patacas

[dropcap]O[/dropcap] Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau financiou 260 projectos de investigação científica com 340 milhões de patacas entre Janeiro e Outubro. Os números foram apresentados ontem com o relatório das actividades do Fundo presidido por Frederico Ma, numa conferência de imprensa que teve lugar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês).
A principal novidade entre o ano passado e o actual foi o aumento do orçamento, que mais do que duplicou, ao passar de 247 milhões de patacas, em 2018, para 535 milhões no corrente ano.
Em relação à taxa de aprovação dos projectos científicos este ano, a taxa de aprovação foi de 43 por cento, uma vez que houve 604 pedidos de financiamento que resultaram em 260 projectos apoiados.
No evento de ontem estiveram igualmente presente alguns dos autores dos projectos apoiados, entre eles Lok Ka In, investigador ligado ao Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, que foca a eficácia das aplicações para dispositivos móveis na gestão, ao nível dos valores do sangue, na doença Diabetes de Tipo 2.
De acordo com Lok, a aplicação permite gravar a informação sobre a glicose, pressão arterial e comunicação em tempo real com a equipa de médicos que acompanha o doente. “A situação de download do Apps ainda não é ideal, mas existe a possibilidade de trazer verdadeiros benefícios médicos para o território. Muitas vezes os doentes crónicos têm muita falta de disciplina no controlo da doença, mas assim é possível mudar essa hábito e controlar os diabetes de forma mais eficaz”, afirmou Lok sobre as vantagens do projecto.
O Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia aposta também num aumento da cooperação com o exterior e lançou, em conjunto com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Província de Cantão, um apoio para projectos das área que chega aos 20 milhões de patacas.

7 Nov 2019

Alexis Tam fala de recrutamento público e acesso de TNR a privados 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, disse, citado por um comunicado, que está a ser levado a cabo um recrutamento gradual de profissionais de saúde tendo em conta a abertura do novo Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas. “O Governo está a recrutar gradualmente médicos e enfermeiros, de modo a garantir que existam recursos humanos suficientes e de alta qualidade em serviço quando o novo hospital estiver concluído.”

Nesse sentido, os Serviços de Saúde de Macau realizaram um concurso público para recrutar 160 enfermeiros “com o objectivo de equipar o sistema público de saúde, prestar melhores serviços médicos à população e reservar profissionais para o novo hospital”.

Apesar de admitir que em Macau existe escassez de enfermeiros, a verdade é que Alexis Tam explicou que esse é um problema que se verifica a nível global. No que diz respeito aos salários pagos no território, o secretário disse que “o salário dos enfermeiros públicos de Macau é superior ao das regiões vizinhas avançadas, pelo que acredita que isso ajuda os jovens em ingressarem na profissão”.

Ainda assim, Alexis Tam garantiu que o “Governo da RAEM vai criar, em múltiplos aspectos e de forma activa, mais incentivos para atrair estudantes e jovens para esta profissão, prestando serviços médicos mais adequados e de maior qualidade à população de Macau”. Outro dos pontos defendidos pelo governante, para justificar a falta de enfermeiros, é o facto de, nos “últimos anos ter diminuído a fonte de alunos graduados do ensino secundário, sendo necessário criar mais incentivos para atrair pessoas habilitadas a ingressarem no sector da enfermagem”.

Sim aos não residentes

Como medida para resolver a escassez de recursos humanos na saúde, Alexis Tam adiantou que se verifica “a perda da mão-de-obra a curto prazo nas instituições médicas privadas e sem fins lucrativos, face ao aumento do recrutamento na saúde pública”. Nesse sentido, será feita uma aposta no recrutamento de trabalhadores não residentes.

“O Governo da RAEM vai encarar de maneira realista as demandas sociais e permitirá que os hospitais privados e instituições de serviço social recrutem pessoal médico e de enfermagem no interior da China e em outros países para colmatar essa escassez”, adiantou o mesmo comunicado.

Alexis Tam prometeu também que o novo edifício do Instituto de Enfermagem Kiang Wu nas ilhas será concluído este ano, “o que promoverá a formação de futuros profissionais de enfermagem de Macau”.

23 Set 2019

Ex-deputado acusa hospital público de desviar clientes dos privados

Ung Choi Kun acusa o Governo de oferecer condições demasiado boas a utentes e médicos e de “dificultar a vida” às clínicas privadas. Ex-deputado do campo de Chan Meng Kam defende preços mais elevados para “aliviar as contas públicas”

 

[dropcap]O[/dropcap] ex-deputado Ung Choi Kun atacou o Governo por desviar clientes e recursos de hospitais e clínicas privadas. As declarações do presidente da Associação de Incentivar Políticas da Humanidades de Sabedoria de Macau [ndr. os erros gramaticais fazem parte do nome oficialmente registado] foram prestadas durante uma palestra do Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, no domingo, e foram citadas na edição de segunda-feira do Jornal do Cidadão.

De acordo com Ung, o investimento público tem subido demasiado depressa, algo que os privados não conseguem acompanhar e que, como tal, “as autoridades devem equilibrar o desenvolvimento das instituições da área pública e privada”.

Ao mesmo tempo, o ex-deputado ligado a Chan Meng Kam defende que o desenvolvimento da assistência médica pública e privada não está totalmente equilibrado, em particular quando os hospitais públicos oferecem aos residentes serviços “gratuitos” ou com um preço mais acessível do que os hospitais privados. Segundo Ung, os preços praticados no público dificultam o desvio de pacientes das entidades públicas para as privadas.

Por este motivo, Ung defendeu políticas públicas para apoiar o crescimento das instituições médicas privadas e evitar “o excesso de encargos para o orçamento público”.

Na mesma palestra esteve presente Cheung Chun Wing, vice-director do Hospital Kiang Wu, que também deixou críticas às políticas de contratação do Executivo. Segundo Cheung, “devido aos diferentes benefícios dados aos funcionários entre as instituições de assistência médica pública e privada, os gerentes do sector privado precisam de enfrentar a perda contínua de pessoas”.

O mesmo director do hospital privado defendeu ainda que Macau pode aproveitar os recursos médicos da Grande Baía e ajudar a reformar a saúde do Interior da China, dado o avanço face à realidade do outro lado da fronteira.

Problema de fundo

Entre os presentes, apenas Hewick Yu, presidente da direcção da Macau Society of Clinical Internal Medicine, referiu a necessidade de aumentar a confiança na população nos serviços médicos locais.

Segundo Hewick, os investimentos públicos e privados podem ser mais equilibrados, porém, se a confiança dos residentes aumentar vai haver uma maior procura, o que permitirá desenvolver ainda mais o sector.

O mesmo operador privado apontou também a necessidade de haver maior formação de médicos locais no exterior, onde podem ter contacto com operações e procedimentos médicos poucas vezes realizados no território, devido à dimensão da população residente.

Também da Macau Society of Clinical Internal Medicine, a secretária-geral Kok Wan defendeu que a saúde pública deve existir para garantir a sobrevivência das instituições privadas.

23 Jul 2019

Procriação medicamente assistida | Deputada exige colaboração entre sector público e privado 

[dropcap]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng interpelou o Governo sobre a necessidade de desenvolver a técnica de procriação medicamente assistida no território. Nesse sentido, a deputada deseja saber se os Serviços de Saúde de Macau (SSM) vão cooperar com os hospitais neste sentido, para que mais casais com dificuldade em ter filhos possam recorrer a este método de tratamento.

Wong Kit Cheng recordou que, em 2016, os SSM deixaram de comparticipar os tratamentos no exterior de casais inférteis, o que obrigou estes residentes a pagarem um preço elevado em Hong Kong ou outros locais onde se fazem tratamentos de infertilidade. Como em Macau existe este serviço no sector privado, a deputada deseja saber se o Governo está disposto a colaborar.

No que diz respeito à lei que regula as técnicas de procriação medicamente assistida, não consta no relatório das Linhas de Acção Governativa para este ano, o que leva Wong Kit Cheng a questionar o seu progresso.

Na sua interpelação, Wong Kit Cheng fez referencia aos dados estatísticos do centro de procriação medicamente assistida do Hospital Kiang Wu que revelam que neste momento existem 84 casais à procura de ter filhos por esta via, sendo que todos eles sao residentes de Macau. O mesmo estudo mostra que a taxa de sucesso do serviço de inseminação intra-uterina é de dez por cento, enquanto que, no caso do serviço de fertilização (IVF, em sigla inglesa), a taxa de sucesso é de 40 por cento.

22 Jul 2019

Metro Ligeiro | Chui Sai On experimenta as carruagens

[dropcap]C[/dropcap]hui Sai On esteve ontem de visita ao Parque de Materiais e Oficina do Metro Ligeiro, projecto que arrancou antes do início do seu mandato como Chefe do Executivo e que ainda não está em funcionamento.

Inicialmente, em 2007, previa-se que o projecto estivesse concluído em 2011, mas depois de quase 12 anos as operações só deverão arrancar por volta de Dezembro. O líder do Governo experimentou a viagem entre o Parque de Materiais e Oficina e a estação do Oceano.

Durante a visita, segundo o comunicado oficial, Chui Sai On “mostrou interesse” no horário do metro, nas ligações a Seac Pai Van e na estação do Hospital das Ilhas, onde vai funcionar o Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, com ligações à família do líder do Governo. Ainda segundo o comunicado, Chui Sai On esteve acompanhado por vários titulares de altos cargos.

16 Jul 2019

Medicina | Licenciados vão ganhar 50 mil no curso de especialidade

O director dos Serviços de Saúde revelou que um licenciado em medicina que faça especialidade em Macau vai auferir um salário de cerca de 50 mil patacas mensais. As formações serão feitas nos hospitais do território e do exterior e terão um prazo de seis anos

 

[dropcap]F[/dropcap]oram revelados mais detalhes sobre as condições concedidas aos licenciados em medicina que vão fazer a sua especialidade em Macau, na nova Academia Médica de Macau. De acordo com o Jornal do Cidadão, o director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Lei Chin Ion, garantiu que cada licenciado em medicina irá ganhar cerca de 50 mil patacas mensais durante o curso da especialidade, que terá uma duração de seis anos.

Além disso, essa mesma especialidade será ministrada, em 90 por cento, nos hospitais de Macau e do exterior, tal como a China, Hong Kong ou Singapura, entre outros. Os formandos vão também ter aulas na Academia Médica, que ficará situada no edifício Centro Hotline, na zona do NAPE. A Academia Médica é formada por 12 colégios que se dividem em 40 secções.

Lei Chin Ion disse ainda que o número de admissões de licenciados, bem como o orçamento da entidade, vai depender das necessidades do sistema de saúde do território após os primeiros seis anos de funcionamento, bem como do ambiente de formação que os hospitais podem fornecer.

Especialidade à espera

Antes do estabelecimento da Academia Médica de Macau, a formação de médicos tem sido feita pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário e Hospital Kiang Wu, sem que haja um plano global pensado para todas as entidades hospitalares e profissionais de saúde do território. A Academia Médica vem, por isso, coordenar o acesso à especialidade e o regime de internatos médicos.

Os primeiros membros admitidos pela Academia Médica precisam estar capacitados com conhecimentos e qualificações que correspondam à categoria de médico especialista. Lei Chin Ion explicou que já foram recebidas mais de 700 candidaturas, 384 das quais já foram aprovadas. Cerca de 83 por cento dos candidatos fizeram especialidade em hospitais locais.

Os membros aceites serão responsáveis pela orientação da formação dos licenciados no período de internato médico, além de serem júris na avaliação final desse mesmo internato. Como o regime legal de inscrição de médicos especialistas ainda não entrou em vigor, os finalistas dos cursos de especialidade administrados pela Academia Médica de Macau ficam, para já, com uma qualificação mais técnica, sem poderem exercer medicina na qualidade de especialistas, adiantou Lei Chin Ion.

15 Jul 2019

IPM | Autorizada criação de doutoramento em português

[dropcap]F[/dropcap]oi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) um despacho assinado pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, que autoriza o Instituto Politécnico de Macau (IPM) a estabelecer o curso de doutoramento em Português.

Com duração de três anos, o curso terá como línguas veiculares o português e o chinês e estará sujeito a aulas presenciais. “História da Tradução” e “Literaturas e Culturas em Português: Portugal e Brasil” são algumas das disciplinas que compõem a componente lectiva deste doutoramento, que é finalmente uma realidade no IPM graças à entrada em vigor da nova lei do ensino superior.

Foi também autorizado o curso de mestrado em enfermagem, igualmente administrado pelo Instituto Politécnico de Macau (IPM). O primeiro curso do género foi aprovado o ano passado no Instituto de Enfermagem do Kiang Wu. O mestrado no IPM terá a duração de dois anos e tem como línguas veiculares o inglês e o chinês.

9 Jul 2019

Ilha Verde | Duas jovens hospitalizadas por intoxicação

[dropcap]U[/dropcap]m vazamento de monóxido de carbono num apartamento do Edifício Mayfair Garden, na Ilha Verde, aconteceu na madrugada de sábado para domingo, afectando duas irmãs que se encontravam no local e foram enviadas para o hospital para tratamento médico, informou ontem o canal chinês da Rádio Macau.

O incidente ocorreu à 1h da manhã, no Bloco 3 do Edifício Mayfair Garden, quando uma rapariga de 16 anos, residente no apartamento, foi levada para o Hospital Kiang Wu por sentir tonturas, sendo mais tarde confirmada a intoxicação por monóxido de carbono.

Às 3h da manhã, a irmã, de 20 anos, também se sentiu indisposta e foi acompanhada ao Hospital pelo pai. Os bombeiros foram então chamados ao local para investigar: testaram o esquentador e detectaram o monóxido de carbono, descobrindo que apesar de ter sido instalado o mais seguro esquentador a gás com chaminé, faltava a instalação do tubo de extracção dos gases para o exterior.

3 Jun 2019

Carlos Melancia, ex-Governador de Macau: “Gostava de ter feito mais”

Aos 91 anos de idade, Carlos Melancia vive em Castelo de Vide numa casa cuja vista alcança o Alentejo inteiro. Na sala repousam fotografias e livros sobre Macau, lugar que lhe deu “chatices”. O caso do Fax de Macau foi uma delas, considerada pelo ex-Governador a mais difícil, que lhe afectou a reputação. Melancia fala do projecto do segundo hospital público que nunca avançou e defende que Hengqin deveria pertencer ao território

 

Deixou Macau em 1991, o que tem feito desde então?

[dropcap]J[/dropcap]á tinha esta casa e sempre disse que viria a servir para quando me reformasse. Em primeiro lugar não vinha muito contente de Macau, e em segundo lugar já não estava para aturar mais chatices. Acabei por mudar-me de Lisboa para aqui (Castelo de Vide). Juntei uns trocos e tentei arrancar com uma sociedade e iniciar um hotel. O hotel ainda existe mas as coisas não correram lá muito bem. Depois ainda me meti a fazer um campo de golfe que temos aqui perto da fronteira (com Espanha), começamos com o envolvimento de pessoas daqui, mas depois de três ou quatro anos a Câmara, que também fazia parte da sociedade, desistiu. Também estive ligado a uma fábrica de cortiça, que já fechou. A última coisa em que me meti foi a Ammaia.

A fundação ligada ao património situada em Marvão. Como surgiu essa ligação?

É simples. Sempre tive uma certa obsessão pelo património, porque acho que é um dos motores do turismo cultural. Quando cheguei a Macau fiquei mais ligado ao património. Constatei que, desde 1948, estavam classificadas umas ruínas de uma cidade romana como monumento nacional e nunca ninguém tinha feito nada. Acabei por apresentar um projecto à Câmara Municipal de Marvão e mais umas entidades para ver se se conseguia fazer alguma coisa. Criou-se então uma fundação, embora aquele património seja do Estado. Tem-se revelado uma coisa fora de série e neste momento estou à espera dos resultados de uma candidatura que nós fizemos. Se tudo correr bem não me preocupo mais com o futuro da fundação. Mas o património é sempre tratado como parente pobre, é considerado uma despesa em vez de um investimento, em termos estratégicos.

Relativamente a Macau, há quem afirme que no tempo da Administração portuguesa o património não foi devidamente protegido. Concorda?

Uma das primeiras coisas que se pretendeu fazer foi restaurar de raiz os edifícios de origem arquitectónica portuguesa, como o Leal Senado, para que fosse possível candidatar esses edifícios a património mundial da UNESCO. É óbvio que nunca me passou pela cabeça que fossemos nós (a arrancar com o processo), quando estávamos a preparar a transferência de soberania de Macau e sobretudo devido ao grande volume de património chinês que havia. A China propôs depois a classificação desses edifícios. Mas quando fui a Macau da última vez, e já foi há quatro anos, percebi que há problemas com a UNESCO no que diz respeito à manutenção dos edifícios. E isso é a China que tem de resolver. Esse património é um dos factores que distingue Macau face a Hong Kong e China.

Ficou contente com o que viu no centro histórico?

Fiquei. Mas os portugueses não foram capazes de se lembrar (e eu não sou nenhuma excepção), e lamento que tenha sido assim, daquilo que hoje os números do jogo e dos turistas representam para Macau. Era previsível que tudo iria ficar submerso. Macau, qualquer dia, não tem espaço para respirar. No tempo da Grande Guerra os japoneses ocuparam as ilhas à volta de Macau, uma delas a Ilha da Montanha, com o objectivo de que, por essa via, controlar Hong Kong e Macau, sem prejudicar as actividades recorrentes, pois as ilhas estavam praticamente desabitadas. Na perspectiva da filosofia da expansão da autonomia do território, achava que aquelas ilhas deveriam ser de novo integradas no território de Macau.

A Ilha da Montanha?

Sim. A zona de Hengqin, onde está o campus universitário.

Chegou a fazer alguma proposta concreta nesse sentido?

Fiz uma proposta concreta ao primeiro-ministro sobre isto. Ele disse-me que tinha muita pena, e que se se tivessem lembrado disso na hora de negociar, ele seria o primeiro a pensar nisso seriamente, mas que já era tarde. Isto aquando da assinatura da Declaração Conjunta. Quando se começou a conhecer a intenção do Governo Central de fazer um campus universitário daquela dimensão, recordei-me daquilo que ele me tinha dito, de que não se esquecia da minha preocupação.

Acha então que a construção do campus da Universidade de Macau foi uma resposta da China a essa questão territorial?

Acho que sim e é um dos factores que mostra que a China fez um esforço sério para cumprir aquilo que estava programado. Não foi só o facto de não querer misturar o assunto de Macau com o das ex-colónias (portuguesas).

Falemos novamente do tempo em que foi Governador. Disse que quando deixou Macau não queria mais chatices. O caso do Fax de Macau foi o mais difícil?

Em termos pessoais foi. As pessoas gostam muito de levantar problemas, mas depois quando eles se resolvem, para o bem e para o mal, não querem saber. Se lhe perguntarem como é que esse caso acabou, talvez não saiba.

Foi considerado inocente. Apesar disso, foi um caso que manchou o seu nome e credibilidade?

Manchou. Há duas coisas que para mim são muito importantes. O facto de ter sido absolvido na primeira instância não significa que o Ministério Público não tenha recorrido para repetir o julgamento. Na prática a sentença transitou em julgado até ao Supremo e durante esse tempo confirmou-se a sentença. Mas há outra coisa que é importante dizer, uma vez que, na prática, houve um grupo de pessoas que foi julgado em paralelo sobre este assunto e que foi condenado. Essas pessoas devolveram os 50 mil contos à Wideplan e confessaram que tinham tido a iniciativa e com que intenções. Houve condenações mas juridicamente a sentença não foi executada, mas disso ninguém fala. Isso poderia ter aparecido nos jornais da mesma maneira, e não apareceu.

Considera que foi vítima de uma injustiça pela maneira como foi tratado, na praça pública?

Sim, e até mais do que isso. O principal visado não era eu, mas sim o Presidente da República (Mário Soares), pois havia eleições.

Sei que chegou a haver a iniciativa, durante o seu Governo, da construção de um segundo hospital público na Taipa. Como explica o facto de nunca ter sido construído?

Houve esse projecto, mas no meu mandato queria acabar primeiro as obras do Centro Hospitalar Conde de São Januário, que já tinham dez anos, e também do hospital Kiang Wu. Eu pretendia que, logo que os dois estivessem construídos, houvesse um novo hospital. Foi o Rocha Vieira que depois seguiu os planos que já estavam pensados. Este não pôs em causa a estratégia global de se construir o aeroporto, e fizeram-se outras coisas em simultâneo, como o Porto de Ka-Hó e a universidade. E aqui não se colocava apenas o problema da falta de uma universidade. Portugal teve uma responsabilidade e conseguiu que a língua portuguesa ficasse na RAEM durante 50 anos, bem como o Direito de matriz portuguesa. Nessa perspectiva, era indispensável ter um curso de Direito apoiado por universidades portuguesas. Mas esse projecto do segundo hospital foi Rocha Vieira que não lhe deu seguimento.

Houve aí interesses privados para o projecto não avançar?

A situação de hoje não é comparada com a situação desse tempo. E não apenas devido ao turismo. A Taipa, nessa altura, tinha quatro gatos pingados, e Coloane ainda menos. Não estive nesse processo até ao fim, não posso dizer mais nada.

Mas é uma falha não haver um segundo hospital público?

É. Mas o crescimento de Macau face ao crescimento que vemos na Europa é uma coisa impensável.

Ainda sobre a UM. Disse na entrevista à Lusa que negociou o processo para a sua criação, mas foi o Governador Garcia Leandro que deu início às negociações.

Eu sei, é verdade. O que o Garcia Leandro fez foi negociar o financiamento do edifício. O meu objectivo era ter o curso de Direito em português apoiado por universidades portuguesas. Há aqui uma diferença qualitativa que se caracteriza pela diferença temporal, pois no tempo do Garcia Leandro havia a preocupação de aprovar um estatuto (Estatuto Orgânico de Macau). Não tinha recursos para fazer muito mais. A universidade de raiz portuguesa em termos científicos era uma coisa nova e justificava, perante os chineses, que, por nossa iniciativa, a Declaração Conjunta ia até mais longe do que aquilo que lá estava, pois não constava a obrigação de criar uma universidade. Não se deve misturar alhos com bugalhos. Admiti que ir mais longe politicamente era fazer o curso de Direito dentro do quadro das obrigações não expressas na Declaração Conjunta, por iniciativa do Governo português.

Saiu de Macau com a sensação de dever cumprido?

Gostava de ter feito mais, de ter concluído as coisas em termos formais. Quem concluiu o aeroporto foi o Rocha Vieira, o terminal marítimo também, porque a lei das coisas era assim. Pudemos fazer mais coisas que fossem de interesse comum das pessoas nos primeiros anos do que nos últimos. O facto de ter lançado essas coisas todas não foi porque tinha a mania das grandezas, mas sim porque queríamos fazer um programa a 12 anos. Sei que correu bem porque o Rocha Vieira completou em 90 por cento o que estava programado.

Macau começou a desenvolver-se no pós-25 de Abril, houve reformas no tempo de Garcia Leandro e concluíram-se depois os planos previstos na Declaração Conjunta no tempo de Rocha Vieira. Macau atrasou-se por ter sido tudo feito em tão pouco tempo?

É o outro lado da moeda. Reconheço que algumas coisas importantes foram feitas mas não na totalidade, porque 12 anos é pouco tempo para uma tarefa dessas. Mas acho que o saldo é capaz de ser positivo. Hoje é legítimo olhar para Macau e ver que a Administração chinesa manteve ou tem mantido algumas componentes identitárias, como a língua, o Direito e o património.

Fala-se do projecto da Grande Baía, e da questão da integração regional. Fala-se disso mais cedo do que se deveria falar?

Estive três vezes com o primeiro-ministro chinês Li Peng. E devo dizer que o Li Peng sempre me tratou como se eu fosse o presidente da França ou algo do género. Durante aquele período sempre resolveu os problemas que eu lhe apresentava de uma maneira positiva. Fazia-me questões que reconheço que um simples Governador de Macau não tinha importância, dentro da escala hierárquica, para as receber. E uma delas foi essa, sobre os 50 anos (da existência da RAEM). Ele perguntou-me que justificação é que eu achava que o Governo chinês tinha apresentado para ter conseguido um acordo com 50 anos.

E não mais cedo, ou mais tarde.

Sim. Eu disse que havia muito para se fazer em termos formais, e que se aquilo que fizéssemos em 12 anos fosse satisfatório, coisa que o Governo chinês admitiu, a priori, que ia acontecer, valia a pena ter mais 50 anos sem perder de vista o que era o passado de Macau. Ele disse-me que não era só isso, e que, na prática, a China não podia prescindir de uma estratégia mundial. Não andavam a brincar às coisas para depois passados dois ou três anos voltarem para trás. Isto para mostrar o que era a sua filosofia externa no que diz respeito à durabilidade e manutenção. Não traz muito de novo, mas acho que tem significado ele ter perguntado isso.

Poderia não o ter feito.

Poderia. Na altura em que apareceu Gorbachev, ele perguntou-me o que eu achava dele. Era uma pergunta delicada e complicada, sobretudo para um europeu, que considera ambos os regimes (da China e da antiga URSS) discutíveis. Disse que não sabia, que politicamente não conhecia o suficiente sobre a política russa, mas disse que tudo evoluía, tal como iria acontecer na China e em Portugal, e que achava que Gorbachev tinha alguma hipótese de colmatar algumas das dificuldades que a URSS tinha. Ele disse-me: “Já vi que não me quer responder”. E era verdade (risos). Ele disse-me: “É fácil. O senhor tem razão em relação à evolução e às revoluções políticas mas há uma coisa que lhe posso garantir: não há exemplo nenhum de uma revolução ter sucesso quando a população tem fome. E neste momento os russos nem pão têm para comer.”

Como vê a China hoje? Diz-se que Xi Jinping poderá ser um novo Mao Zedong.

Acho que já faltou mais para que ele seja o novo Mao. Não é normal nas instâncias políticas ter um mandato sem prazo. Mas temos de levar em consideração que não se pode governar um país com um bilião de habitantes como um país com 100 milhões.

Já que falamos de sistemas políticos. A questão do sufrágio universal rebentou em Hong Kong mas não chegou a Macau com a mesma dimensão. Como olha para isso?

O peso político de Portugal em relação a Macau, comparado com o peso político de Inglaterra face a Hong Kong, é completamente diferente. Os ingleses sempre consideraram aquilo 100 por cento uma colónia e com interesses materiais a sério, porque era uma praça financeira a nível mundial. Na prática há coisas que se podem fazer em Hong Kong que eu não vejo serem possíveis de fazer em Macau. Mas estou convencido que o Governo chinês é suficientemente hábil para contornar o modo de ser dos ingleses que eu tenho alguma dificuldade em perceber. Os ingleses são muito mais conservadores e insurgentes do que a maior parte dos europeus. A única coisa que Portugal faz são cortesias e não tem a mesma escala.

Então na hora de negociar falta perspicácia aos portugueses?

Sim, e também determinação.

No caso de Macau também faltou perspicácia? Portugal não defendeu bem os seus interesses?

Criticar é muito fácil.

Também fez parte do processo…

Sim. Tudo o que aconteceu à volta do 25 de Abril deveria ter sido feito 100 anos antes. Nas chamadas províncias ultramarinas os líderes eram todos formados em Coimbra e nós não fomos capazes de ter perspicácia suficiente para perceber que não éramos os únicos no mundo a ter um império. Estou convencido de que se não fosse a iniciativa da China para negociar directamente e criar um estatuto próprio para o território, o problema de Macau tinha passado por piores dias. Nenhuma das outras colónias teve essa possibilidade. O português iria ficar ao abandono e a população de Macau iria sofrer consequências negativas, sem a nacionalidade portuguesa.

No processo de negociação a comunidade macaense foi pouco ouvida?

Na prática tratámos sempre mal (a comunidade), pois nunca houve um Governador que fosse natural de Macau. Recorria-se sistematicamente a militares como solução única. Não que eu tenha alguma coisa contra eles, mas é a prova de uma falta de visão e de descentralização. O Carlos D’Assumpçao foi dos poucos que me lembro que foi chamado a pronunciar-se e não o quis fazer sem a autorização do Presidente da República. De resto, houve mais duas ou três pessoas. Isso pode também ser resultado de algum servilismo ou da nossa falta de iniciativa para envolver mais as pessoas de uma etnia diferente, a milhões de quilómetros de distancia.

Estava previsto um crescimento tão grande na área do jogo?

Nunca esteve. A esta escala não. Quando saí de Macau havia apenas sete casinos.

Falava-se da liberalização, ou era uma questão longínqua?

Era longínqua. Se Macau tem a exclusividade do regime do jogo em relação ao resto da China, é a China que tem de decidir, e o dia em que decide cai lá tudo. O peso face a essa decisão é duas vezes mais importante do que o nosso.

20 anos depois, gosta da Macau de hoje?

É capaz de haver gente a mais, o território foi atropelado pelo turismo. Mas a população está satisfeita e não creio que haja dificuldades. Há meses uma jornalista ligou-me para comentar o problema das pessoas que não tinham documentos e estavam clandestinos em Macau. Constatei, quando era Governador, que havia clandestinos com dez anos de Macau e tinham os filhos na escolas, alguns na escola portuguesa. Todos os dias as crianças fugiam da escola para não serem apanhados pela polícia. Eu achava isto uma coisa execrável.

Isso foi antes de Mário Soares pegar numa criança ao colo, num momento célebre, e prometer a nacionalidade portuguesa a todos os chineses sem documentos.

Sim. Por razões que não conheci bem, interpretaram a ideia que eu tinha regularizado a situação de um dia para o outro. E na fronteira apareceram milhares de pessoas com miúdos para os regularizar. O Soares chegou nesse dia, e quando chegou foi informado de que estavam pessoas à porta do palácio do Governador. E ele disse: “Eu resolvo!”, à Soares.

Ele resolvia as coisas assim, com essa proximidade?

Sim. E logo a seguir foi engraxar os sapatos, a falar com o homem sem perceber nada, fazia gestos.

A vossa relação funcionava?

A minha maior dificuldade eram as relações que existiam entre o primeiro-ministro e o Mário Soares. Quando vinha a Portugal nunca deixei de fazer o ponto de situação com o primeiro-ministro que tinha assinado a Declaração Conjunta, mas sempre tiveram dificuldades um com o outro. Às vezes não era prático.

Foi notícia há pouco tempo devido ao valor da sua reforma vitalícia, que é uma das mais altas do país (9 mil euros). Isso incomodou-o?

Incomodou, e ainda por cima estive para aí três anos sem receber um tostão. Esse tipo de reforma está suspenso desde 2005, mas os primeiros têm direito a receber. Acho muito bem que a Assembleia da República pense em mudar, mas não pode é andar para trás. Mas a situação da burocracia já está resolvida. Mas deixe-me contar mais uma história.

Diga.

O Governador de Hong Kong, que era um tipo que tinha 18 anos de experiência, telefonou-me a dar as boas vindas no dia a seguir a ter chegado. E disse-me que eu tinha um programa grande, que lhes ia bater o pé. Perguntou-me quem era o meu homem do Fung Soi para que me assegurasse que o aeroporto iria ser um êxito. Disse-me que tinha três mestres de Fung Soi, e eu perguntei se ele me queria ceder um. Nos bastidores, em Portugal, disseram-me logo que era uma subserviência, mas eu sempre disse que no sítio com uma civilização diferente o que temos de fazer é adaptar-nos às circunstâncias. O mestre disse-me que a Taipa era o sítio certo para o aeroporto, mas alertou-me: “O senhor vai ter de acompanhar a evolução das obras do aeroporto de dia e de noite”. E disse para eu por à porta do palácio uma carpa em pedra que iria vigiar as obras. E a carpa continua lá e ninguém sabe porquê. É a prova em como as pessoas têm de se adaptar a condições excepcionais, mas diziam-me que era bruxedo.

A verdade é que tudo correu bem com a obra do aeroporto.

Sim.

27 Mai 2019

Crime | Esfaqueamento no Cotai resultou num morto e três feridos

Uma vítima mortal e três feridos foi o resultado do esfaqueamento que ocorreu na noite de sábado no exterior do Hotel Four Seasons no Cotai. Dois dos feridos tiveram ontem alta e foram reencaminhados para a PJ para serem ouvidos

[dropcap]E[/dropcap]ram cerca de nove horas da noite de sábado quando a Polícia Judiciária (PJ) recebeu uma notificação da Polícia de Segurança Pública a dar conta de um esfaqueamento ocorrido as imediações do Hotel Four Seasons na Taipa, que havia vitimizado quatro homens oriundos do Interior da China.

Um dos indivíduos, com 40 anos de idade, deu entrada no Hospital Kiang Wu e acabou por morrer. Os restantes três, com idades entre os 19 e os 29 anos, foram admitidos no Hospital Conde de São Januário. De entre estes feridos, um teve de ser submetido a uma cirurgia de urgência. Os restantes dois não apresentavam ferimentos graves, como tal receberam alta médica e foram encaminhados para as instalações da PJ para serem ouvidos pelas autoridades.

De acordo com a PJ, a morte está classificada como homicídio, embora a causa esteja pendente de exame forense. Para já, as autoridades dizem não estarem na posse de elementos probatórios que indiquem que o caso esteja relacionado com agiotagem ou jogo.

Até ao fecho da edição não havia informação sobre o autor do ataque, desconhecendo-se se estava entre os feridos ou em fuga.

Violência em alta

Recorde-se que na passada quinta-feira foram divulgados os números da criminalidade relativos aos primeiros três meses do ano. O destaque dos dados revelados foi precisamente para o aumento dos crimes violentos, que registaram um crescimento de 8,3 por cento durante os primeiros três meses do ano face ao período homólogo do ano transacto, com um total de 157 casos contra 145.

Segundo os dados apresentados pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, os maiores aumentos no tipo de crimes violentos aconteceram ao nível dos sequestros e violações.

Relativamente aos homicídios, destacou-se no primeiro trimestre de 2019, o caso de um cidadão do Interior da China morto por outro com a mesma origem num hotel do Cotai. Em causa esteve uma operação de “troca ilegal de dinheiro”. Cinco dias depois do crime, com a cooperação das autoridades do Interior, o homem foi detido e enviado para Macau.

20 Mai 2019

Saúde | Detectados mais dois casos de rubéola

[dropcap]F[/dropcap]oram detectados esta quarta-feira mais dois casos de rubéola. De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), “os novos casos foram diagnosticados em dois residentes de Macau, que trabalham no Casino MGM Macau”.

Um dos pacientes é do sexo masculino, com 34 anos de idade, tendo apresentado sinais de febre no dia 21 de Abril. No dia 23 de Abril apresentou tosse e erupções cutâneas que começaram a surgir na cabeça e rosto e que alastraram depois a todo o corpo. Nesse mesmo dia, o paciente recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

A outra paciente é uma mulher de 43 anos de idade que começou a ter sinais de febre no dia 22 de Abril. No dia seguinte começou a ter os olhos vermelhos, além de que apareceram erupções cutâneas no pescoço, que depois se espalharam por todo o corpo. Os SSM escrevem que a paciente se dirigiu primeiro ao Hospital Kiang Wu e que, “devido à continuação de sintomas”, se deslocou no mesmo dia ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento.

“Os Serviços de Saúde estão a acompanhar o estado de saúde das pessoas que tiveram contacto com os pacientes durante o início da doença, e a instruíram no respectivo local de trabalho para o reforço da limpeza e da desinfecção do âmbito, a monitorização rigorosa do estado de saúde dos trabalhadores”, aponta o mesmo comunicado. Até ao momento, foi registado um total de 24 casos de rubéola.

26 Abr 2019

Registados 14 casos de rubéola desde 1 de Abril

Desde o início de 2019 registaram-se 15 casos de rubéola no território, 14 dos quais surgiram desde 1 de Abril. Sete destes casos afectaram empregados de hotéis. Os Serviços de Saúde admitem a possibilidade de um surto da doença

 

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) receberam 14 casos de doentes infectados com rubéola desde o dia 1 de Abril, foi anunciado ontem em conferência de imprensa. “Nos anos anteriores não foram registados casos destes.

De Janeiro até final do mês de Março foi registado um caso e a partir de Abril os casos aumentaram”, revelou o chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças – Serviços de Saúde, Lam Chong. Os números indicam que possa acontecer um “surto pequeno em Macau”.

“Prevê-se que nos próximos dias aconteçam mais casos. A rubéola não é de fácil transmissão para outras pessoas. Não podemos prever os casos no futuro”, acrescentou.

Dos 15 casos diagnosticados este ano, 10 atingiram sujeitos do sexo masculino e cinco do sexo feminino. Entre estes, apenas três casos foram registados em cidadãos não residentes: um filipino, um vietnamita e um chinês.

Todos os doentes deram entrada no Hospital Kiang Wu, sendo posteriormente encaminhados para o Centro Hospitalar Conde de São Januário.

Apesar de Lam Chong ter garantido que 70 por cento dos residentes estão imunes à doença, apelou à vacinação e que, “ao mínimo sintoma se dirijam às instituições de saúde”. “Os sintomas são idênticos aos do sarampo e incluem febre, erupção cutânea e inflamação dos gânglios linfáticos”, advertiu.

O responsável alertou ainda para o risco acrescido da contracção da doença por mulheres grávidas e apelou a quem tenha a intenção de engravidar medidas de prevenção como “evitar lugares com muita gente”. OS SS estão a acompanhar actualmente uma mulher grávida, que apesar de não estar diagnosticada com rubéola, se encontra em observação por ter estado em contacto com um dos infectados, apontou Lam Chong.

Doença de hotel

Segundo os SS, sete dos casos de rubéola identificados este mês, ou seja, metade, referem-se a pessoas que trabalham em unidades hoteleiras, mais especificamente quatro trabalhadores do Starworld Hotel e três do City of Dreams.

No que respeita a medidas de prevenção, Lam Chong revelou que os restantes trabalhadores foram alertados para acções preventivas, nomeadamente o uso de máscara, uma vez que a propagação do vírus é feita por contacto, advertiu.

No entanto, para o responsável a contracção de rubéola não é “muito grave”. “Queremos sublinhar que esta é uma doença com sintomas mais ligeiros”, e a sua cura requer “apenas por algum descanso”, acrescentou.

O responsável apontou ainda que recentemente o Japão atravessa um surto da doença e o mesmo tem acontecido na China. No entanto, ainda não há detalhes sobre a proveniência do surto em Macau, “não se sabe se é um vírus importado ou não”, rematou Lam Chong.

Em Outubro do ano passado, Macau foi declarado um território livre de rubéola. Os SS vão agora reportar os casos à Organização Mundial de Saúde.

11 Abr 2019