Covid-19 | Governo anuncia pacote de medidas de apoio económico

Secretário para a Economia e Finanças anunciou ontem um conjunto de medidas anti-crise no valor estimado de 20 mil milhões de patacas destinados às empresas e à população para fazer face à situação do novo coronavírus. Além de isenção do pagamento de água e electricidade durante três meses, os residentes de Macau vão ter direito a vales de consumo no valor de três mil patacas

 

[dropcap]É[/dropcap] um verdadeiro cabaz de apoio económico que o Governo pretende injectar tanto nas empresas como na população, para fazer face às consequências provocadas pelo surto do novo tipo de coronavírus. Além de medidas de apoio directo à população, o secretário para a Economia e Finanças Lei Wai Nong anunciou ainda uma linha de empréstimos destinada às pequenas e médias empresas (PME) e medidas de apoio social para minimizar o impacto da situação nos que se encontram numa situação mais desfavorecida.

“O Governo sabe das incertezas sentidas pela população durante esta epidemia e a melhor solução para o problema é fazer face à situação. Por isso vamos lançar algumas medidas para atenuar as pressões sentidas”, começou por dizer Lei Wai Nong por ocasião da conferência de imprensa diária, promovida Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O secretário não perdeu tempo em enumerar as cinco grandes áreas de acção deste pacote de medidas excepcionais e que passam pela isenção ou diminuição de impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados para as PME, pelo reforço do apoio social, desenvolvimento das competências profissionais dos trabalhadores e ainda pelo lançamento de vales de consumo electrónico.

O pacote de medidas excepcionais, orçamentado no valor estimado de 20 mil milhões de euros, irá ser implementado de forma faseada e de acordo com a apreciação da Assembleia Legislativa, explicou o secretário para a Economia e Finanças. Lei Wai Nong estabeleceu ainda uma fronteira com a situação vivida na altura do tufão Hato, afirmando que desta vez todos os sectores da sociedade têm de ser apoiados, sem lugar para particularizações.

“Espero que todos compreendam que esta epidemia é diferente do tufão Hato, que foi um ciclone tropical que envolveu dificuldades com estabelecimentos e áreas bem localizadas. Esta situação epidémica envolve dificuldades para todos os quadrantes da sociedade, desde cidadãos, até pequenas e médias empresas e foi por isso que adoptámos medidas de alto nível, onde não é possível fazer arranjos a pensar em casos especiais”, explicou.

Sobre as medidas de alívio fiscal, o Governo anunciou que ao nível do imposto profissional irá proceder-se ao aumento da devolução da colecta para 70 por cento, até ao limite de 20 mil patacas, bem como um aumento da dedução fixa ao rendimento colectável para os 30 por cento. Lei Wai Seng anunciou ainda que os residentes irão ficar isentos do pagamento da contribuição predial urbana das unidades habitacionais referente ao ano de 2019. Os residentes de Macau vão ainda ficar isentos do pagamento das tarifas da electricidade e da água durante três meses, entre Março e Maio.

Injecção de dois milhões

Destinado a “acelerar a recuperação económica da sociedade”, outra das novidades do novo pacote de medidas é o lançamento de vales de consumo no valor de três mil patacas. Os vales serão desenvolvidos pela Macau Pass, têm um prazo de validade de três meses poderão ser gastos em estabelecimentos comerciais da cidade. “O Governo de Macau vai atribuir aos residentes de Macau vales de consumo electrónico no valor de três mil patacas, que podem ser utilizadas nos restaurantes, no retalho, entre outras despesas. Têm a validade de três meses e esperamos que com esse apoio os residentes possam ultrapassar este momento difícil e promover o consumo local. Queremos desta forma investir 2,2 mil milhões de patacas no mercado”, explicou Lei Wai Nong.

Questionado sobre quais das medidas seriam aplicáveis a trabalhadores não residentes (TNR), o secretário confirmou que as medidas se destinam apenas aos residentes de Macau. “A cobrança dos impostos, as respectivas taxas e até alguns apoios para as PME e ajudas aos mais carenciados destinam-se exclusivamente a residentes de Macau. Quanto aos TNR vamos adoptar as suas complementaridades segundo a lei das relações de trabalho”, esclareceu Lei Wai Nong.

A nível social, para os mais carenciados é acrescentada uma nova atribuição dos vales de saúde no valor de 600 patacas e a atribuição dos dois subsídios extra aos agregados que já beneficiavam de apoio económico.

Apoio às empresas

Quanto aos apoios destinados às PME, o destaque vai para o facto de as empresas poderem beneficiar de um crédito com juros bonificados até um montante máximo de dois milhões de patacas, com uma taxa máxima de juros de 4 por cento, durante um período de três anos. Isto para as PME que obtenham empréstimos bancários motivados pela escassez de fundos operacionais relacionados com da epidemia.

Simultaneamente, será lançado um plano de apoio especial para as PME criadas há menos de dois anos, podendo estas solicitar um apoio de 600 mil patacas, isento de juros, ficando obrigado a pagar a dívida nos oito anos seguintes.

Quanto ao restante apoio destinado às empresas, no que respeita ao Imposto Complementar de Rendimentos, a colecta referente ao ano de 2019 vai sofrer uma dedução máxima de 300 mil patacas. Já a contribuição predial urbana para propriedades destinadas ao comércio e industrial referente ao ano de 2019 terá uma dedução de 25 por cento. O Governo anunciou também a isenção por seis meses do imposto de turismo, que corresponde a uma taxa de cinco por cento do consumo feito nos estabelecimentos do sector dos serviços turísticos.

Lei Wai Nong anunciou igualmente que o Governo irá proceder à devolução do imposto de circulação dos veículos comerciais referente ao ano de 2020, bem como para a isenção ou devolução do valor do imposto de selo para alvarás e licenças administrativas referentes a 2020.

 

Fronteiras | Mais rigor

Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças, admitiu ontem que o Governo pode vir a implementar medidas de controlo mais rigorosas na fronteira, numa altura em que continuam a cruzá-la diariamente mais de 10 mil pessoas. “O controlo do fluxo de pessoas é uma medida necessária, mas não podemos implementar esta medida somente através de uma ordem administrativa, temos de fazer uma avaliação geral, recorrendo a informações suficientes para tomar esta decisão. Se o risco aumentar vamos tomar medidas mais rigorosas”, referiu Lei Wai Nong. Numa altura em que a concentração de residentes nas ruas parece estar a aumentar, o secretário deixou ainda um alerta. “Todos precisam de ter consciência. O surto na comunidade é um preço altíssimo que nós não podemos pagar e por isso espero que os cidadãos compreendam que temos de escolher uma maneira de viver mais segura”.

Função pública /Casinos | Compasso de espera

Sobre a possível reabertura dos casinos terminado o prazo de encerramento de 15 dias decretado pelo Governo, Lei Wai Nong referiu que a decisão depende da deliberação administrativa e da avaliação de risco. “A suspensão terminará no dia 19 de Fevereiro mas será prolongada ou não dependendo da decisão administrativa e também da avaliação do risco. Só se avaliarmos a situação como segura é que vamos abrir os estabelecimentos. Temos estado em comunicação estreita com as concessionárias e respectivas entidades.” Já sobre o regresso à actividade da função pública, a secretária para os Assuntos Sociais Ao Leong U referiu que a decisão será “anunciada em breve” e que actualmente o Governo está “a estudar e a avaliar a situação epidemiológica para ver se na próxima semana irão recomeçar as actividades”. Todas as medidas tomadas pelo Governo são para poder iniciar o mais rapidamente possível as actividades”, acrescentou Ao Leong U.

14 Fev 2020

Covid-19 | Governo anuncia pacote de medidas de apoio económico

Secretário para a Economia e Finanças anunciou ontem um conjunto de medidas anti-crise no valor estimado de 20 mil milhões de patacas destinados às empresas e à população para fazer face à situação do novo coronavírus. Além de isenção do pagamento de água e electricidade durante três meses, os residentes de Macau vão ter direito a vales de consumo no valor de três mil patacas

 
[dropcap]É[/dropcap] um verdadeiro cabaz de apoio económico que o Governo pretende injectar tanto nas empresas como na população, para fazer face às consequências provocadas pelo surto do novo tipo de coronavírus. Além de medidas de apoio directo à população, o secretário para a Economia e Finanças Lei Wai Nong anunciou ainda uma linha de empréstimos destinada às pequenas e médias empresas (PME) e medidas de apoio social para minimizar o impacto da situação nos que se encontram numa situação mais desfavorecida.
“O Governo sabe das incertezas sentidas pela população durante esta epidemia e a melhor solução para o problema é fazer face à situação. Por isso vamos lançar algumas medidas para atenuar as pressões sentidas”, começou por dizer Lei Wai Nong por ocasião da conferência de imprensa diária, promovida Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O secretário não perdeu tempo em enumerar as cinco grandes áreas de acção deste pacote de medidas excepcionais e que passam pela isenção ou diminuição de impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados para as PME, pelo reforço do apoio social, desenvolvimento das competências profissionais dos trabalhadores e ainda pelo lançamento de vales de consumo electrónico.
O pacote de medidas excepcionais, orçamentado no valor estimado de 20 mil milhões de euros, irá ser implementado de forma faseada e de acordo com a apreciação da Assembleia Legislativa, explicou o secretário para a Economia e Finanças. Lei Wai Nong estabeleceu ainda uma fronteira com a situação vivida na altura do tufão Hato, afirmando que desta vez todos os sectores da sociedade têm de ser apoiados, sem lugar para particularizações.
“Espero que todos compreendam que esta epidemia é diferente do tufão Hato, que foi um ciclone tropical que envolveu dificuldades com estabelecimentos e áreas bem localizadas. Esta situação epidémica envolve dificuldades para todos os quadrantes da sociedade, desde cidadãos, até pequenas e médias empresas e foi por isso que adoptámos medidas de alto nível, onde não é possível fazer arranjos a pensar em casos especiais”, explicou.
Sobre as medidas de alívio fiscal, o Governo anunciou que ao nível do imposto profissional irá proceder-se ao aumento da devolução da colecta para 70 por cento, até ao limite de 20 mil patacas, bem como um aumento da dedução fixa ao rendimento colectável para os 30 por cento. Lei Wai Seng anunciou ainda que os residentes irão ficar isentos do pagamento da contribuição predial urbana das unidades habitacionais referente ao ano de 2019. Os residentes de Macau vão ainda ficar isentos do pagamento das tarifas da electricidade e da água durante três meses, entre Março e Maio.

Injecção de dois milhões

Destinado a “acelerar a recuperação económica da sociedade”, outra das novidades do novo pacote de medidas é o lançamento de vales de consumo no valor de três mil patacas. Os vales serão desenvolvidos pela Macau Pass, têm um prazo de validade de três meses poderão ser gastos em estabelecimentos comerciais da cidade. “O Governo de Macau vai atribuir aos residentes de Macau vales de consumo electrónico no valor de três mil patacas, que podem ser utilizadas nos restaurantes, no retalho, entre outras despesas. Têm a validade de três meses e esperamos que com esse apoio os residentes possam ultrapassar este momento difícil e promover o consumo local. Queremos desta forma investir 2,2 mil milhões de patacas no mercado”, explicou Lei Wai Nong.
Questionado sobre quais das medidas seriam aplicáveis a trabalhadores não residentes (TNR), o secretário confirmou que as medidas se destinam apenas aos residentes de Macau. “A cobrança dos impostos, as respectivas taxas e até alguns apoios para as PME e ajudas aos mais carenciados destinam-se exclusivamente a residentes de Macau. Quanto aos TNR vamos adoptar as suas complementaridades segundo a lei das relações de trabalho”, esclareceu Lei Wai Nong.
A nível social, para os mais carenciados é acrescentada uma nova atribuição dos vales de saúde no valor de 600 patacas e a atribuição dos dois subsídios extra aos agregados que já beneficiavam de apoio económico.

Apoio às empresas

Quanto aos apoios destinados às PME, o destaque vai para o facto de as empresas poderem beneficiar de um crédito com juros bonificados até um montante máximo de dois milhões de patacas, com uma taxa máxima de juros de 4 por cento, durante um período de três anos. Isto para as PME que obtenham empréstimos bancários motivados pela escassez de fundos operacionais relacionados com da epidemia.
Simultaneamente, será lançado um plano de apoio especial para as PME criadas há menos de dois anos, podendo estas solicitar um apoio de 600 mil patacas, isento de juros, ficando obrigado a pagar a dívida nos oito anos seguintes.
Quanto ao restante apoio destinado às empresas, no que respeita ao Imposto Complementar de Rendimentos, a colecta referente ao ano de 2019 vai sofrer uma dedução máxima de 300 mil patacas. Já a contribuição predial urbana para propriedades destinadas ao comércio e industrial referente ao ano de 2019 terá uma dedução de 25 por cento. O Governo anunciou também a isenção por seis meses do imposto de turismo, que corresponde a uma taxa de cinco por cento do consumo feito nos estabelecimentos do sector dos serviços turísticos.
Lei Wai Nong anunciou igualmente que o Governo irá proceder à devolução do imposto de circulação dos veículos comerciais referente ao ano de 2020, bem como para a isenção ou devolução do valor do imposto de selo para alvarás e licenças administrativas referentes a 2020.
 

Fronteiras | Mais rigor

Lei Wai Nong, secretário para a Economia e Finanças, admitiu ontem que o Governo pode vir a implementar medidas de controlo mais rigorosas na fronteira, numa altura em que continuam a cruzá-la diariamente mais de 10 mil pessoas. “O controlo do fluxo de pessoas é uma medida necessária, mas não podemos implementar esta medida somente através de uma ordem administrativa, temos de fazer uma avaliação geral, recorrendo a informações suficientes para tomar esta decisão. Se o risco aumentar vamos tomar medidas mais rigorosas”, referiu Lei Wai Nong. Numa altura em que a concentração de residentes nas ruas parece estar a aumentar, o secretário deixou ainda um alerta. “Todos precisam de ter consciência. O surto na comunidade é um preço altíssimo que nós não podemos pagar e por isso espero que os cidadãos compreendam que temos de escolher uma maneira de viver mais segura”.

Função pública /Casinos | Compasso de espera

Sobre a possível reabertura dos casinos terminado o prazo de encerramento de 15 dias decretado pelo Governo, Lei Wai Nong referiu que a decisão depende da deliberação administrativa e da avaliação de risco. “A suspensão terminará no dia 19 de Fevereiro mas será prolongada ou não dependendo da decisão administrativa e também da avaliação do risco. Só se avaliarmos a situação como segura é que vamos abrir os estabelecimentos. Temos estado em comunicação estreita com as concessionárias e respectivas entidades.” Já sobre o regresso à actividade da função pública, a secretária para os Assuntos Sociais Ao Leong U referiu que a decisão será “anunciada em breve” e que actualmente o Governo está “a estudar e a avaliar a situação epidemiológica para ver se na próxima semana irão recomeçar as actividades”. Todas as medidas tomadas pelo Governo são para poder iniciar o mais rapidamente possível as actividades”, acrescentou Ao Leong U.

14 Fev 2020

Crónica do saco

[dropcap]D[/dropcap]a China, sinais de desconforto. Yang Fude, Secretário do Partido Comunista chinês partilhou há dias, na conferência de imprensa do Centro Nacional de Saúde, algumas dicas para lidar emocionalmente com o isolamento e a pressão a que muitos estão expostos na cidade de Wuhan, devido ao surto do novo coronavírus.

O responsável afirmou que uma pessoa se sentirá muito mais relaxada depois de tirar alguns minutos para chorar num sítio resguardado. Isso e esmurrar um saco de areia, acrescentou. Com medo de ficar com o saco vazio parecem estar os habitantes de Hong Kong que têm desbastado as prateleiras do supermercado com uma sofreguidão atroz.

Por cá, em dias de relativa estabilização da situação clínica, onde não há registo de novos casos há, pelo menos, sete dias, a bolsa que começa a criar desconforto é a económica, a dar sinais de estar cada vez mais vazia, enquanto vai subsistindo a dúvida se o encerramento dos casinos é prolongado além dos 15 dias decretados pelo Governo.

Olhando para a situação de curto prazo, o cenário é preocupante para o negócio, com cada vez mais estabelecimentos a fechar portas e a encontrar dificuldades em pagar aos colaboradores. Outros sacos que têm criado animosidade por estes dias são os do lixo, após uma infeliz infografia do IAM que apelava ao ensino das empregadas domésticas para não mexer no lixo como forma de prevenção do coronavírus.

Com isto tudo, esperemos apenas que em tempos difíceis surjam soluções construtivas e ponderadas que dêem azo a mais do que apenas vontade de ir ali para o canto chorar. Alguém ainda se lembra da lei dos sacos de plástico?

13 Fev 2020

Hackers | Paul Jackson diz que “ataque pode ser muito danoso para a segurança pessoal e pequenos negócios”

[dropcap]O[/dropcap] ataque em larga escala planeado para hoje em território chinês pelo grupo de piratas informáticos Anonymous e que visa atacar o sistema de vigilância por vídeo na internet (IP cam), pode ser “muito danoso para a segurança pessoal e pequenos negócios”, considera Paul Jackson, especialista em segurança informática da Kroll, empresa sediada em Hong Kong.

“O cenário em que imagens de vídeo privadas possam ser acedidas por alguém é alarmante para a maioria das pessoas. Todos devem estar cientes dos riscos e os conselhos fornecidos pela Polícia de Macau devem ser respeitados”, partilhou o especialista com o HM.

O alerta sobre a ameaça foi dado no passado domingo pela Polícia Judiciária (PJ) após divulgar um comunicado emitido pelo Information Technology Test Evaluation Center, organismo do interior da China, onde era anunciado que “um grupo de hackers internacional iria atacar o sistema de vigilância por vídeo na internet (IP cam) de regiões chinesas (incluindo a RAEM), no dia 13 de Fevereiro”. Mais tarde, de acordo com declarações prestadas ao jornal Ponto Final, o director do Centro de Coordenação de Informática e Telecomunicações da PJ, Chan Si Cheng, confirmou que o suposto ataque será levado a cabo pelo grupo de piratas informáticos Anonymous e a pretexto da independência do Tibete.

Sobre os perigos que um ataque desta natureza pode ter para a população Paul Jackson vincou que a maioria deles advém do facto de muitos destes sistemas estarem ligados a dispositivos com senhas de acesso com fraca segurança.

“O uso de sistemas de vigilância por vídeo, conectados à Internet é comum em ambientes domésticos, em transporte, pequenos escritórios e grandes empresas. Infelizmente, muitos desses dispositivos possuem (…) senhas padrão que os usuários nunca alteram, tornando-os vulneráveis ​​a invasores que podem assumir o controle desses dispositivos e invadir a privacidade dos proprietários”, explicou o especialista.

Blindar dispositivos

Contactada pelo HM, a PJ referiu já ter contactado as empresas de telecomunicações de Macau para fazer face ao ataque de larga escala agendado para hoje e partilhou alguns conselhos de segurança: evitar que dispositivos como webcams estejam desnecessariamente ligadas à internet, garantir uma password de acesso forte, instalar as últimas actualizações em todos os dispositivos para corrigir falhas de segurança e estar alerta em relação a acessos suspeitos.

13 Fev 2020

Hackers | Paul Jackson diz que “ataque pode ser muito danoso para a segurança pessoal e pequenos negócios”

[dropcap]O[/dropcap] ataque em larga escala planeado para hoje em território chinês pelo grupo de piratas informáticos Anonymous e que visa atacar o sistema de vigilância por vídeo na internet (IP cam), pode ser “muito danoso para a segurança pessoal e pequenos negócios”, considera Paul Jackson, especialista em segurança informática da Kroll, empresa sediada em Hong Kong.
“O cenário em que imagens de vídeo privadas possam ser acedidas por alguém é alarmante para a maioria das pessoas. Todos devem estar cientes dos riscos e os conselhos fornecidos pela Polícia de Macau devem ser respeitados”, partilhou o especialista com o HM.
O alerta sobre a ameaça foi dado no passado domingo pela Polícia Judiciária (PJ) após divulgar um comunicado emitido pelo Information Technology Test Evaluation Center, organismo do interior da China, onde era anunciado que “um grupo de hackers internacional iria atacar o sistema de vigilância por vídeo na internet (IP cam) de regiões chinesas (incluindo a RAEM), no dia 13 de Fevereiro”. Mais tarde, de acordo com declarações prestadas ao jornal Ponto Final, o director do Centro de Coordenação de Informática e Telecomunicações da PJ, Chan Si Cheng, confirmou que o suposto ataque será levado a cabo pelo grupo de piratas informáticos Anonymous e a pretexto da independência do Tibete.
Sobre os perigos que um ataque desta natureza pode ter para a população Paul Jackson vincou que a maioria deles advém do facto de muitos destes sistemas estarem ligados a dispositivos com senhas de acesso com fraca segurança.
“O uso de sistemas de vigilância por vídeo, conectados à Internet é comum em ambientes domésticos, em transporte, pequenos escritórios e grandes empresas. Infelizmente, muitos desses dispositivos possuem (…) senhas padrão que os usuários nunca alteram, tornando-os vulneráveis ​​a invasores que podem assumir o controle desses dispositivos e invadir a privacidade dos proprietários”, explicou o especialista.

Blindar dispositivos

Contactada pelo HM, a PJ referiu já ter contactado as empresas de telecomunicações de Macau para fazer face ao ataque de larga escala agendado para hoje e partilhou alguns conselhos de segurança: evitar que dispositivos como webcams estejam desnecessariamente ligadas à internet, garantir uma password de acesso forte, instalar as últimas actualizações em todos os dispositivos para corrigir falhas de segurança e estar alerta em relação a acessos suspeitos.

13 Fev 2020

Máscaras | Nova ronda começa com longas filas nos pontos de venda

O primeiro dia de mais uma ronda do plano de fornecimento de máscaras ficou marcado por longas filas de residentes em busca de obter as unidades a que têm direito. No dia da estreia de venda de máscaras infantis alguns tiveram medo que estas pudessem esgotar. Mais de 100 mil residentes já adquiriram máscaras, revelaram as autoridades

 
[dropcap]“D[/dropcap]ecidi vir hoje [ontem] porque tenho medo que as máscaras esgotem”, confessou ao HM uma mulher na casa dos 20 anos residente de Macau, que tinha chegado há poucos minutos à longa fila que percorria quase na totalidade a rua de São Lourenço até fazer a esquina, continuando pela Rua Inácio Baptista. “Na segunda ronda não vim levantar as máscaras e agora queremos garantir que levantamos as 10 unidades a que tenho direito antes que cheguem ao fim os 10 dias para o levantamento”, explicou.
Contrariando o apelo feito no dia anterior por Lei Wai Seng, responsável dos Serviços de Saúde (SS), no sentido de evitar uma “corrida às farmácias” e “criar ajuntamentos de pessoas que podem aumentar o risco de infecções”, o HM constatou que se formaram longas filas nalguns pontos de venda, nomeadamente nos centros de saúde do Tap Seac e de São Lourenço. Uma agente da polícia destacada para garantir a segurança junto ao centro de saúde de São Lourenço, estimou estarem reunidas cerca de uma centena de pessoas às 14h30. “Não sei porque é que as pessoas decidiram vir todas no primeiro dia”, partilhou.
Num dia que ficou também marcado pelo início do fornecimento de máscaras infantis, sendo estas vendidas exclusivamente nos centros de saúde, foi possível verificar que muitos compareceram propositadamente à sua procura. “Vim porque amanhã [hoje] vou viajar para Hong Kong e tenho um filho com cinco anos”, afirmou uma mulher residente de Macau, de apelido Cheong, enquanto esperava na fila para adquirir máscaras no centro de saúde de São Lourenço. “Penso que o número de máscaras que estão a fornecer destinadas às crianças é suficiente”, acrescentou. De opinião contrária é outra residente de Macau que à sua compra pretendia juntar a compra de máscaras para a irmã mais nova. “Cinco máscaras não é suficiente”, partilhou com o HM.
Recorde-se que as máscaras infantis disponíveis a partir de ontem são destinadas a crianças entre os três e os oito anos, podendo ser adquiridas cinco máscaras por cada criança e de cada vez. “Com base no princípio da justiça, as crianças desta faixa etária também podem ter acesso a cinco máscaras para adultos, ao mesmo tempo, ou podem em alternativa ter 10 máscaras para adultos”, pode ler-se numa nota divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Nesta terceira fase de fornecimento foram colocadas à disposição da população, um milhão de máscaras infantis que o Governo adquiriu.
“Devido à falta de máscaras para crianças em todo o mundo, no plano de fornecimento foi estabelecida uma faixa etária”, justificou o Governo em comunicado.
O funcionário de um hotel dispensado de trabalhar por estes dias que também se encontrava na fila para comprar máscaras revelou ao HM que tem passado a última semana em casa “a jogar jogos e a navegar na internet”. “Em casa tento usar o mínimo possível para poupar as máscaras e só volto ao trabalho no dia 19”, partilhou o homem de apelido Kim. Já Cheong, que continuava à espera que chegasse a sua vez para comprar máscaras para o filho, diz estar a aproveitar o tempo em casa “para ensinar sobre alguns assuntos” o filho de cinco anos.

Mais um milhão

No total, já tinham sido vendidas, ao final da tarde de ontem 1,14 milhões de máscaras, revelaram dados oficiais do Serviços de Saúde, por ocasião da conferência de imprensa diária sobre o novo tipo de coronavírus. Assim, no primeiro dia da terceira ronda, os SS confirmaram que foram mais de 100 mil os residentes que se deslocaram aos 87 pontos de venda de máscaras em Macau, entre as farmácias convencionadas e os 21 pontos de serviço das associações cívicas que participam no plano. Quanto ao número de máscaras infantis vendidas no primeiro dia da terceira ronda de fornecimento, foram vendidas 19 unidades.
Acerca do stock total de máscaras actualmente disponível, as autoridades de saúde confirmaram na terça-feira já terem sido vendidas 10 milhões de máscaras ao fim das duas rondas de fornecimento, ou seja, metade da encomenda total feita pelo Governo de 20 milhões de unidades. “O Governo está a dar o seu melhor para adquirir mais máscaras em todo o mundo e é assim que vamos garantir o fornecimento de máscaras aos residentes de Macau”, explicou na altura, Lei Wai Seng.

13 Fev 2020

Máscaras | Nova ronda começa com longas filas nos pontos de venda

O primeiro dia de mais uma ronda do plano de fornecimento de máscaras ficou marcado por longas filas de residentes em busca de obter as unidades a que têm direito. No dia da estreia de venda de máscaras infantis alguns tiveram medo que estas pudessem esgotar. Mais de 100 mil residentes já adquiriram máscaras, revelaram as autoridades

 

[dropcap]“D[/dropcap]ecidi vir hoje [ontem] porque tenho medo que as máscaras esgotem”, confessou ao HM uma mulher na casa dos 20 anos residente de Macau, que tinha chegado há poucos minutos à longa fila que percorria quase na totalidade a rua de São Lourenço até fazer a esquina, continuando pela Rua Inácio Baptista. “Na segunda ronda não vim levantar as máscaras e agora queremos garantir que levantamos as 10 unidades a que tenho direito antes que cheguem ao fim os 10 dias para o levantamento”, explicou.

Contrariando o apelo feito no dia anterior por Lei Wai Seng, responsável dos Serviços de Saúde (SS), no sentido de evitar uma “corrida às farmácias” e “criar ajuntamentos de pessoas que podem aumentar o risco de infecções”, o HM constatou que se formaram longas filas nalguns pontos de venda, nomeadamente nos centros de saúde do Tap Seac e de São Lourenço. Uma agente da polícia destacada para garantir a segurança junto ao centro de saúde de São Lourenço, estimou estarem reunidas cerca de uma centena de pessoas às 14h30. “Não sei porque é que as pessoas decidiram vir todas no primeiro dia”, partilhou.

Num dia que ficou também marcado pelo início do fornecimento de máscaras infantis, sendo estas vendidas exclusivamente nos centros de saúde, foi possível verificar que muitos compareceram propositadamente à sua procura. “Vim porque amanhã [hoje] vou viajar para Hong Kong e tenho um filho com cinco anos”, afirmou uma mulher residente de Macau, de apelido Cheong, enquanto esperava na fila para adquirir máscaras no centro de saúde de São Lourenço. “Penso que o número de máscaras que estão a fornecer destinadas às crianças é suficiente”, acrescentou. De opinião contrária é outra residente de Macau que à sua compra pretendia juntar a compra de máscaras para a irmã mais nova. “Cinco máscaras não é suficiente”, partilhou com o HM.

Recorde-se que as máscaras infantis disponíveis a partir de ontem são destinadas a crianças entre os três e os oito anos, podendo ser adquiridas cinco máscaras por cada criança e de cada vez. “Com base no princípio da justiça, as crianças desta faixa etária também podem ter acesso a cinco máscaras para adultos, ao mesmo tempo, ou podem em alternativa ter 10 máscaras para adultos”, pode ler-se numa nota divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. Nesta terceira fase de fornecimento foram colocadas à disposição da população, um milhão de máscaras infantis que o Governo adquiriu.

“Devido à falta de máscaras para crianças em todo o mundo, no plano de fornecimento foi estabelecida uma faixa etária”, justificou o Governo em comunicado.

O funcionário de um hotel dispensado de trabalhar por estes dias que também se encontrava na fila para comprar máscaras revelou ao HM que tem passado a última semana em casa “a jogar jogos e a navegar na internet”. “Em casa tento usar o mínimo possível para poupar as máscaras e só volto ao trabalho no dia 19”, partilhou o homem de apelido Kim. Já Cheong, que continuava à espera que chegasse a sua vez para comprar máscaras para o filho, diz estar a aproveitar o tempo em casa “para ensinar sobre alguns assuntos” o filho de cinco anos.

Mais um milhão

No total, já tinham sido vendidas, ao final da tarde de ontem 1,14 milhões de máscaras, revelaram dados oficiais do Serviços de Saúde, por ocasião da conferência de imprensa diária sobre o novo tipo de coronavírus. Assim, no primeiro dia da terceira ronda, os SS confirmaram que foram mais de 100 mil os residentes que se deslocaram aos 87 pontos de venda de máscaras em Macau, entre as farmácias convencionadas e os 21 pontos de serviço das associações cívicas que participam no plano. Quanto ao número de máscaras infantis vendidas no primeiro dia da terceira ronda de fornecimento, foram vendidas 19 unidades.

Acerca do stock total de máscaras actualmente disponível, as autoridades de saúde confirmaram na terça-feira já terem sido vendidas 10 milhões de máscaras ao fim das duas rondas de fornecimento, ou seja, metade da encomenda total feita pelo Governo de 20 milhões de unidades. “O Governo está a dar o seu melhor para adquirir mais máscaras em todo o mundo e é assim que vamos garantir o fornecimento de máscaras aos residentes de Macau”, explicou na altura, Lei Wai Seng.

13 Fev 2020

Associação pede que Governo subsidie alojamento de TNR

[dropcap]A[/dropcap] Associação Choi In Tong Sam, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), sugere que o Governo da RAEM possa vir a subsidiar o alojamento temporário de trabalhadores não residentes (TNR) que tenham necessidades diárias de deslocação entre Macau e Zhuhai, nos hotéis económicos que se encontrem desocupados ou que tenham suspendido actividade.

Desta forma, defende a associação ligada à FAOM num comunicado enviado às redacções, não só é possível reduzir o risco de contágio do novo tipo de coronavírus através da diminuição do fluxo diário de pessoas que cruzam as fronteiras, fixando-as em Macau, como contribui também para ajudar a indústria hoteleira, gerando receitas e aumentando as taxas de ocupação.

“Sugerimos que o Governo considere subsidiar, no futuro, os hotéis económicos de Macau, à luz da severa situação epidemiológica que vivemos, de forma a que os residentes de Macau e estrangeiros que tenham de viajar diariamente de e para Zhuhai, possam arrendar um quarto por preço especial”, pode ler-se no comunicado.

Lembrando que nos últimos dias têm sido vários os estabelecimento hoteleiros a anunciar a suspensão das suas actividades, “deixando livres um total de 1450 quartos” e que tanto as taxas de ocupação, como as despesas operacionais são tópicos de preocupação, a Choi In Tong Sam refere que a medida pode salvaguardar também os interesses da indústria hoteleira da região.

“Se por um lado pode reduzir os riscos de infecção cruzada nas fronteiras, por outro, pode também apoiar a indústria hoteleira a lidar com o actual dilema das baixas taxas de ocupação e a trabalhar em conjunto para lidar com as dificuldades”.

Ao todo, fecharam temporariamente oito grandes hotéis e 15 pequenas unidades hoteleiras. Entre as unidades que já suspenderam as operações, estão o Four Seasons, o Conrad, o Sofitel e o Rocks.

Contornar a quarentena

Apontando que actualmente ainda são cerca de 35 mil os trabalhadores estrangeiros que todos os dias viajam entre Zhuhai e Macau, a associação lembra que nas regiões vizinhas, como Hong Kong e Taiwan, já foram implementadas medidas mais restritivas à entrada de visitantes provenientes do Interior da China, os quais são obrigados a um período de 14 dias de quarentena.

O Governo de Macau não vai seguir, para já, a medida das regiões vizinhas. Confrontado com o facto na semana passada, Lam Chong, dos Serviços de Saúde, sublinhou apenas que é aconselhável, a quem entra no território vindo da China, que permaneça em casa e que, a seu tempo, o Governo irá anunciar novas medidas, se necessário.

12 Fev 2020

Epidemia | Metade das máscaras encomendadas já foram vendidas

Arranca hoje a terceira fase de venda de máscaras e inclui, pela primeira vez, unidades dedicadas a crianças. Depois de vendidas 10 milhões de máscaras nas duas primeiras rondas, o Governo garante que está a fazer de tudo para assegurar o fornecimento das próximas rondas. Um dos pacientes deve ter alta nos próximos dois dias

 

Com Lusa 

[dropcap]J[/dropcap]á foram vendidas em Macau 10 milhões de máscaras ao fim de duas primeiras rondas de fornecimento à população, ou seja, metade da encomenda do Governo destinada ao racionamento deste tipo de material de protecção contra o contágio do novo tipo de coronavírus. A informação foi revelada ontem, por ocasião da conferência de imprensa diária de actualização da situação da doença na região. “Na primeira ronda vendemos cinco milhões e na segunda ronda também cinco milhões, ou seja, no total quase 10 milhões de máscaras, revelou o médico adjunto da direção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng, assegurando que as autoridades estão a fazer de tudo para garantir que haverá máscaras para todos, em futuras rondas de fornecimento.

“Só podemos verdadeiramente confirmar que amanhã [hoje] é dado início à terceira ronda de venda de máscaras. Já quanto à quarta e quinta rondas nós (…) não sabemos. O Governo está a dar o seu melhor para adquirir mais máscaras em todo o mundo e é assim que vamos garantir o fornecimento de máscaras aos residentes de Macau”, explicou Lei Wai Seng, quando questionado sobre o estado do stock adquirido pelo Governo.

Na véspera da terceira fase de venda das 20 milhões de máscaras encomendadas, Lei Wai Seng apelou ainda à população que evite uma “corrida às farmácias”, que obrigou já a um reforço policial. Para esta terceira ronda, os Serviços de Saúde partilharam também que existem menos dois pontos de venda em relação à fase anterior, sendo agora 87.

Os SS revelaram também que, a partir de hoje, os centros de saúde vão passar a fornecer máscaras infantis destinadas a crianças entre os três e os oito anos, sendo que cada uma terá direito, no máximo a cinco máscaras, apenas disponíveis para aquisição nos centros de saúde, ao contrário das restantes. No, entanto, foi também esclarecido que as crianças têm, na mesma, direito a um total de dez máscaras, ou seja, os pais podem comprar cinco com tamanho de criança e outras cinco do tamanho normal, para adultos. Questionado sobre se cinco máscaras seriam suficientes para as crianças, Lei Wai Seng respondeu positivamente, uma vez que “não é preciso usar máscara em casa”.

Longe da normalidade

Nos próximos dois dias, um dos nove casos confirmados de Macau ainda em isolamento, irá receber alta, confirmaram os SS. “Nos próximos dois dias, um dos casos confirmados irá receber alta. Mas ainda temos que provar que o teste de transmissibilidade e do vírus é negativo, inclusivamente nos testes aos excrementos. Havendo uma certeza de não haver transmissibilidade é que podemos dar alta”, confirmou Lei Wai Seng, depois da possibilidade de dar alta a mais doentes ter sido admitida no passado domingo.

Apesar dos sinais positivos dados pela possibilidade de mais pacientes infectados com o novo coronavírus terem alta e pela inexistência de novos casos nos últimos dias, o director do Centro de Controlo e Prevenção da Doença, Lam Chong, defendeu que a situação ainda está longe da nornalidade, vincando que o cenário é mais grave do que em 2003, altura do SARS (Síndrome Respiratório Agudo Grave).

“Em Hubei, parece que o surto está mais calmo, mas noutras cidades da China, nos últimos dias, foram confirmados mais casos. Em comparação com a SARS, em 2003, o cenário é mais grave porque o surto, desta vez, atingiu vários países, noutras partes do mundo. Por isso, é difícil sabermos quando podemos ter a normalidade restabelecida”, explicou.

O responsável dos SS lembrou ainda que o novo tipo de coronavírus é ainda desconhecido para os especialistas, encontrando-se em mutação. Exemplo disso mesmo foi o facto de, no dia anterior, Lei Chin Ion, director dos SS, ter referido que o período de incubação pode chegar aos 24 meses nos casos mais raros.
Na conferência de imprensa de ontem, o médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng adiantou que 103 motoristas de autocarros de casinos e de turismo foram contactados pelo Governo para fazer testes de despistagem ao novo tipo de coronavírus.

No total, nas últimas semanas foram realizados 861 testes em Macau, dos quais já foram descartados 820 casos suspeitos. Trinta e uma pessoas continuam a aguardar o resultado das análises, enquanto 27 já saíram do isolamento imposto pelas autoridades de saúde.

12 Fev 2020

Epidemia | Metade das máscaras encomendadas já foram vendidas

Arranca hoje a terceira fase de venda de máscaras e inclui, pela primeira vez, unidades dedicadas a crianças. Depois de vendidas 10 milhões de máscaras nas duas primeiras rondas, o Governo garante que está a fazer de tudo para assegurar o fornecimento das próximas rondas. Um dos pacientes deve ter alta nos próximos dois dias

 
Com Lusa 
[dropcap]J[/dropcap]á foram vendidas em Macau 10 milhões de máscaras ao fim de duas primeiras rondas de fornecimento à população, ou seja, metade da encomenda do Governo destinada ao racionamento deste tipo de material de protecção contra o contágio do novo tipo de coronavírus. A informação foi revelada ontem, por ocasião da conferência de imprensa diária de actualização da situação da doença na região. “Na primeira ronda vendemos cinco milhões e na segunda ronda também cinco milhões, ou seja, no total quase 10 milhões de máscaras, revelou o médico adjunto da direção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng, assegurando que as autoridades estão a fazer de tudo para garantir que haverá máscaras para todos, em futuras rondas de fornecimento.
“Só podemos verdadeiramente confirmar que amanhã [hoje] é dado início à terceira ronda de venda de máscaras. Já quanto à quarta e quinta rondas nós (…) não sabemos. O Governo está a dar o seu melhor para adquirir mais máscaras em todo o mundo e é assim que vamos garantir o fornecimento de máscaras aos residentes de Macau”, explicou Lei Wai Seng, quando questionado sobre o estado do stock adquirido pelo Governo.
Na véspera da terceira fase de venda das 20 milhões de máscaras encomendadas, Lei Wai Seng apelou ainda à população que evite uma “corrida às farmácias”, que obrigou já a um reforço policial. Para esta terceira ronda, os Serviços de Saúde partilharam também que existem menos dois pontos de venda em relação à fase anterior, sendo agora 87.
Os SS revelaram também que, a partir de hoje, os centros de saúde vão passar a fornecer máscaras infantis destinadas a crianças entre os três e os oito anos, sendo que cada uma terá direito, no máximo a cinco máscaras, apenas disponíveis para aquisição nos centros de saúde, ao contrário das restantes. No, entanto, foi também esclarecido que as crianças têm, na mesma, direito a um total de dez máscaras, ou seja, os pais podem comprar cinco com tamanho de criança e outras cinco do tamanho normal, para adultos. Questionado sobre se cinco máscaras seriam suficientes para as crianças, Lei Wai Seng respondeu positivamente, uma vez que “não é preciso usar máscara em casa”.

Longe da normalidade

Nos próximos dois dias, um dos nove casos confirmados de Macau ainda em isolamento, irá receber alta, confirmaram os SS. “Nos próximos dois dias, um dos casos confirmados irá receber alta. Mas ainda temos que provar que o teste de transmissibilidade e do vírus é negativo, inclusivamente nos testes aos excrementos. Havendo uma certeza de não haver transmissibilidade é que podemos dar alta”, confirmou Lei Wai Seng, depois da possibilidade de dar alta a mais doentes ter sido admitida no passado domingo.
Apesar dos sinais positivos dados pela possibilidade de mais pacientes infectados com o novo coronavírus terem alta e pela inexistência de novos casos nos últimos dias, o director do Centro de Controlo e Prevenção da Doença, Lam Chong, defendeu que a situação ainda está longe da nornalidade, vincando que o cenário é mais grave do que em 2003, altura do SARS (Síndrome Respiratório Agudo Grave).
“Em Hubei, parece que o surto está mais calmo, mas noutras cidades da China, nos últimos dias, foram confirmados mais casos. Em comparação com a SARS, em 2003, o cenário é mais grave porque o surto, desta vez, atingiu vários países, noutras partes do mundo. Por isso, é difícil sabermos quando podemos ter a normalidade restabelecida”, explicou.
O responsável dos SS lembrou ainda que o novo tipo de coronavírus é ainda desconhecido para os especialistas, encontrando-se em mutação. Exemplo disso mesmo foi o facto de, no dia anterior, Lei Chin Ion, director dos SS, ter referido que o período de incubação pode chegar aos 24 meses nos casos mais raros.
Na conferência de imprensa de ontem, o médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng adiantou que 103 motoristas de autocarros de casinos e de turismo foram contactados pelo Governo para fazer testes de despistagem ao novo tipo de coronavírus.
No total, nas últimas semanas foram realizados 861 testes em Macau, dos quais já foram descartados 820 casos suspeitos. Trinta e uma pessoas continuam a aguardar o resultado das análises, enquanto 27 já saíram do isolamento imposto pelas autoridades de saúde.

12 Fev 2020

Vírus | Estudo indica que gestão do fornecimento de máscaras é a medida mais popular

[dropcap]O[/dropcap]s impactos das medidas de prevenção contra o coronavírus já começam a ser sentidos de forma mais ou menos positiva pela população. Quase 90 por cento dos cidadãos de Macau consideraram a medida de apoio à compra de máscaras cirúrgicas lançada pelo Governo de Macau, como a mais satisfatória das acções de prevenção contra o novo tipo de coronavírus decretadas pelo Executivo.

A conclusão é da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, após um estudo realizado entre 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro que analisou 194 questionários enviados a empresas de 16 indústrias.

Entre as medidas de prevenção que recolheram mais aplausos estão assim, depois da medida de apoio à compra de máscaras cirúrgicas (88,5 por cento), as políticas de imigração que visam os visitantes de Hubei (82 por cento), o cancelamento das celebrações do Ano Novo Lunar (81,14 por cento), medidas de isolamento aplicadas a viajantes de Hubei que ficam em Macau (78,1 por cento) e, por último, o adiamento do regresso às aulas (76,5 por cento).

Já quanto às principais preocupações apontadas pelos diferentes sectores de actividade, o destaque vai para a impossibilidade de operar devido à suspensão temporária, contrariedade referida por 68 por cento dos inquiridos do sector da educação, 60 por cento no sector do turismo e 42 por cento na indústria dos transportes, armazenamento e comunicações. A assinalar preocupações relativas a problemas de liquidez apontaram metade dos inquiridos da indústria hoteleira, transportes, armazenamento e comunicações e do turismo. Por fim, indicando dificuldades no pagamento de salários apontaram a indústria do catering (50 por cento) e a hoteleira (50 por cento). Já metade dos inquiridos da indústria do retalho e por atacado referiram sentir pressão para obter novas encomendas e no pagamento de empréstimos.

Lista de desejos

De acordo com o estudo da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, as medidas que os sectores industriais mais desejam ver implementados na sequência da prevenção da situação epidémica que tem levado ao agravamento da situação económica, está, no topo, a redução ou isenção dos impostos para as empresas, seguida de medidas fiscais como a concessão de empréstimos, a redução da factura da prestação de serviços públicos, a implementação de mais medidas de segurança social e de estímulo social e o apoio na área da formação.

Elogiando as medidas decretadas pelo Executivo liderado por Ho Iat Seng no combate ao coronavírus e que “fortaleceram a confiança da comunidade internacional de que Macau é uma cidade segura”, a Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, sugere ainda quais os pontos nos quais o Governo se deve concentrar.

Entre os quais a associação presidida por Wong Ka Lon sugere mais medidas de restrição à circulação e reunião, medidas de estabilização da economia através da manutenção da “competitividade como pilar” e do suporte às pequenas e médias empresas, manutenção de uma baixa taxa de desemprego, apoio psicológico para estudantes e alunos no momento em que as aulas forem retomadas, a melhoria de medidas de segurança social e a alteração das leis destinadas aos trabalhadores estrangeiros.

11 Fev 2020

Vírus | Estudo indica que gestão do fornecimento de máscaras é a medida mais popular

[dropcap]O[/dropcap]s impactos das medidas de prevenção contra o coronavírus já começam a ser sentidos de forma mais ou menos positiva pela população. Quase 90 por cento dos cidadãos de Macau consideraram a medida de apoio à compra de máscaras cirúrgicas lançada pelo Governo de Macau, como a mais satisfatória das acções de prevenção contra o novo tipo de coronavírus decretadas pelo Executivo.
A conclusão é da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, após um estudo realizado entre 30 de Janeiro e 1 de Fevereiro que analisou 194 questionários enviados a empresas de 16 indústrias.
Entre as medidas de prevenção que recolheram mais aplausos estão assim, depois da medida de apoio à compra de máscaras cirúrgicas (88,5 por cento), as políticas de imigração que visam os visitantes de Hubei (82 por cento), o cancelamento das celebrações do Ano Novo Lunar (81,14 por cento), medidas de isolamento aplicadas a viajantes de Hubei que ficam em Macau (78,1 por cento) e, por último, o adiamento do regresso às aulas (76,5 por cento).
Já quanto às principais preocupações apontadas pelos diferentes sectores de actividade, o destaque vai para a impossibilidade de operar devido à suspensão temporária, contrariedade referida por 68 por cento dos inquiridos do sector da educação, 60 por cento no sector do turismo e 42 por cento na indústria dos transportes, armazenamento e comunicações. A assinalar preocupações relativas a problemas de liquidez apontaram metade dos inquiridos da indústria hoteleira, transportes, armazenamento e comunicações e do turismo. Por fim, indicando dificuldades no pagamento de salários apontaram a indústria do catering (50 por cento) e a hoteleira (50 por cento). Já metade dos inquiridos da indústria do retalho e por atacado referiram sentir pressão para obter novas encomendas e no pagamento de empréstimos.

Lista de desejos

De acordo com o estudo da Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, as medidas que os sectores industriais mais desejam ver implementados na sequência da prevenção da situação epidémica que tem levado ao agravamento da situação económica, está, no topo, a redução ou isenção dos impostos para as empresas, seguida de medidas fiscais como a concessão de empréstimos, a redução da factura da prestação de serviços públicos, a implementação de mais medidas de segurança social e de estímulo social e o apoio na área da formação.
Elogiando as medidas decretadas pelo Executivo liderado por Ho Iat Seng no combate ao coronavírus e que “fortaleceram a confiança da comunidade internacional de que Macau é uma cidade segura”, a Associação de Educação Patriótica da Juventude de Macau, sugere ainda quais os pontos nos quais o Governo se deve concentrar.
Entre os quais a associação presidida por Wong Ka Lon sugere mais medidas de restrição à circulação e reunião, medidas de estabilização da economia através da manutenção da “competitividade como pilar” e do suporte às pequenas e médias empresas, manutenção de uma baixa taxa de desemprego, apoio psicológico para estudantes e alunos no momento em que as aulas forem retomadas, a melhoria de medidas de segurança social e a alteração das leis destinadas aos trabalhadores estrangeiros.

11 Fev 2020

Comércio | Alexandre Ma quer cooperação entre patrões e empregados

O Presidente da Associação Comercial de Macau afirma estar a fazer de tudo para colaborar com o Governo na implementação de medidas de revitalização derivadas do surto do novo tipo de coronavírus. Sobre relações laborais, Alexandre Ma diz ser necessária união entre as partes

 

[dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial de Macau não vai poupar esforços na cooperação com o Governo para aplicar medidas de prevenção contra o novo tipo de coronavírus e na aplicação de planos de dinamização económica. Quem o diz é o seu presidente, Alexandre Ma que, em plena “tempestade” social e económica derivada do encerramento de praticamente toda a actividade comercial na região, apela ainda, citado pelo jornal Macau Daily, ao entendimento de empregadores e funcionários para trabalhar em prol de objectivos comuns.

Perante a situação de crescimento negativo de Macau, derivado do surto epidémico e a preocupação levantada por vários grupos da sociedade relativamente ao facto de muitos funcionários poderem vir a ser despedidos ou dispensados nesta fase, Alexandre Ma respondeu que a Associação Comercial de Macau “sempre enfatizou que empregadores e funcionários têm o mesmo destino comum e não interesses opostos”.

Citado pelo Macau Daily, Ma apelou assim para que os empregadores façam tudo o que estiver ao seu alcance para promover um desenvolvimento equilibrado entre as partes, assente na evolução mútua.

“No caso de haver um problema, empregadores e funcionários devem adoptar formas de comunicar eficazes e racionais, de forma a encontrar a melhor solução ou abordagem”, referiu Alexandre Ma. “Perante um caso epidémico severo, todos os sectores da sociedade devem unir-se, lutar de forma empenhada e trabalhar em conjunto para restaurar a normalidade social o quanto antes”, acrescentou.

Recorde-se que na passada semana, depois de ter decretado o encerramento dos casinos de Macau durante quinze dias, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determinou também o encerramento dos serviços públicos básicos e a diminuição da frequência de transportes públicos, tendo sido aconselhado que a população ficasse em casa. Estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou mesmo jardins públicos foram também fechados como medida de prevenção.

Ajudar com o possível

De forma a responder activamente às necessidades impostas pela crise epidémica, a Associação Comercial de Macau apontou alguns pontos de trabalho mútuo do foro económico que têm recebido respostas positivas por parte do Governo, como medidas de revitalização económica e de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Estas prendem-se sobretudo com o alívio de impostos do sector empresarial, tais como impostos sobre rendimentos, imóveis, impostos turísticos e imposto sobre a renda.

Recorde-se também que, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, o Governo decidiu também isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centres, quiosques para venda de produtos, etc”.

11 Fev 2020

Comércio | Alexandre Ma quer cooperação entre patrões e empregados

O Presidente da Associação Comercial de Macau afirma estar a fazer de tudo para colaborar com o Governo na implementação de medidas de revitalização derivadas do surto do novo tipo de coronavírus. Sobre relações laborais, Alexandre Ma diz ser necessária união entre as partes

 
[dropcap]A[/dropcap] Associação Comercial de Macau não vai poupar esforços na cooperação com o Governo para aplicar medidas de prevenção contra o novo tipo de coronavírus e na aplicação de planos de dinamização económica. Quem o diz é o seu presidente, Alexandre Ma que, em plena “tempestade” social e económica derivada do encerramento de praticamente toda a actividade comercial na região, apela ainda, citado pelo jornal Macau Daily, ao entendimento de empregadores e funcionários para trabalhar em prol de objectivos comuns.
Perante a situação de crescimento negativo de Macau, derivado do surto epidémico e a preocupação levantada por vários grupos da sociedade relativamente ao facto de muitos funcionários poderem vir a ser despedidos ou dispensados nesta fase, Alexandre Ma respondeu que a Associação Comercial de Macau “sempre enfatizou que empregadores e funcionários têm o mesmo destino comum e não interesses opostos”.
Citado pelo Macau Daily, Ma apelou assim para que os empregadores façam tudo o que estiver ao seu alcance para promover um desenvolvimento equilibrado entre as partes, assente na evolução mútua.
“No caso de haver um problema, empregadores e funcionários devem adoptar formas de comunicar eficazes e racionais, de forma a encontrar a melhor solução ou abordagem”, referiu Alexandre Ma. “Perante um caso epidémico severo, todos os sectores da sociedade devem unir-se, lutar de forma empenhada e trabalhar em conjunto para restaurar a normalidade social o quanto antes”, acrescentou.
Recorde-se que na passada semana, depois de ter decretado o encerramento dos casinos de Macau durante quinze dias, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determinou também o encerramento dos serviços públicos básicos e a diminuição da frequência de transportes públicos, tendo sido aconselhado que a população ficasse em casa. Estabelecimentos comerciais, de entretenimento ou mesmo jardins públicos foram também fechados como medida de prevenção.

Ajudar com o possível

De forma a responder activamente às necessidades impostas pela crise epidémica, a Associação Comercial de Macau apontou alguns pontos de trabalho mútuo do foro económico que têm recebido respostas positivas por parte do Governo, como medidas de revitalização económica e de apoio às pequenas e médias empresas (PME). Estas prendem-se sobretudo com o alívio de impostos do sector empresarial, tais como impostos sobre rendimentos, imóveis, impostos turísticos e imposto sobre a renda.
Recorde-se também que, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, o Governo decidiu também isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centres, quiosques para venda de produtos, etc”.

11 Fev 2020

Fronteiras | Deputados querem medidas de controlo mais apertadas

Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem maior controlo fronteiriço ou até mesmo proibir a entrada de visitantes provenientes do Interior da China, para evitar a propagação do novo tipo de coronavírus em Macau. Mais medidas para garantir o nível de stocks alimentares e de bens essenciais e o alojamento de trabalhadores não residentes são também exigidas

 

[dropcap]O[/dropcap]s deputados à Assembleia Legislativa (AL), Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem medidas mais restritivas à entrada de visitantes provenientes do interior da China como forma de combater a propagação da pneumonia que teve o seu epicentro em Wuhan.

As solicitações, entregues ao Governo sob a forma de interpelação escrita, surgem numa altura em que o novo tipo de coronavírus já ultrapassou o SARS (Síndrome Respiratório Agudo Severo) em número de vítimas mortais (811) e no seguimento da entrada em vigor de medidas semelhantes em Hong Kong e Taiwan e que obrigam todos visitantes oriundos do continente chinês a fazer quarentena de 14 dias. No caso de Taiwan, os próprios residentes de Macau e Hong Kong têm também de ficar sujeitos ao período de isolamento.

“De acordo com vários especialistas epidemiológicos, os próximos seis meses poderão ser um período crítico da epidemia e nas regiões vizinhas foram aplicadas medidas de controlo de entrada (…) como em Hong Kong, para controlar a entrada de residentes do Interior da China, argumenta Sulu Sou. “A fim de evitar um surto massivo na comunidade, o Governo deve, de forma decisiva, bloquear a fonte e aplicar medidas mais rigorosas de controlo de entrada, envidando todos os esforços para minimizar o movimento de pessoas nos postos fronteiriços”, acrescenta.

Lembrando que na província de Guangdong foram registados mais de 1100 casos, o deputado pede assim ao Governo para “proibir a entrada temporária de residentes do Interior da China”.

Sobre o tema, apesar de não ir tão longe, Ng Kuok Cheong defende também que o Governo deve “reforçar urgentemente a protecção contra a epidemia e aplicar um controlo sanitário geral aos visitantes do Interior da China”.

Fixar TNR

Já quanto a medidas a tomar para minimizar o fluxo de trabalhadores não residentes (TNR) provenientes do Interior da China, Ng Kuok Cheong pede ao Governo que crie mecanismos de apoio que permitam alojar temporariamente trabalhadores com “necessidades reais” na região e questiona se não será necessário rever a estratégia de desenvolvimento da região. “Quanto à estratégia de desenvolvimento da RAEM, será necessário proceder a uma revisão, incentivando os residentes de Macau a viver em Macau e reduzir o número de trabalhadores não residentes?”, pergunta o deputado.

Já Sulu Sou, recordou que existem casos confirmados em Zhuhai, Hong Kong e Taiwain e que, mesmo no dia seguinte ao encerramento dos casinos, ainda entraram em Macau 31 mil pessoas, das quais 16 mil eram residentes e trabalhadores do continente. O deputado pede assim ao Governo que institua o período de quarentena obrigatória para os trabalhadores oriundos do continente, providencie alojamento e incite as concessionárias a fazer a sua parte. “O Governo poderá fornecer habitação social e solicitar às concessionárias que proporcionem alojamento temporário (…) aos funcionários públicos e trabalhadores das empresas privadas, a fim de reduzir ainda mais as suas necessidades de ida e volta durante a epidemia?”, questiona Sulu Sou.

Com o objectivo de evitar a “ocorrência de novos ataques de pânico por parte dos residentes”, relacionado com o abastecimento de produtos alimentares, Sulu Sou questiona ainda o Governo se tem a capacidade necessária para assegurar “o fornecimento de produtos alimentares e materiais essenciais”

Por seu turno, Ng Kuok Cheong dirige ainda uma última preocupação na sua interpelação escrita direccionada para o facto de os Serviços de Saúde terem revelado que o vírus pode ser transmitido através de excrementos. “Quais são as medidas do Governo para tratar com urgência os casos de fuga de esgotos não resolvidos de Macau?”, questionou ainda Ng Kuok Cheong.

10 Fev 2020

Fronteiras | Deputados querem medidas de controlo mais apertadas

Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem maior controlo fronteiriço ou até mesmo proibir a entrada de visitantes provenientes do Interior da China, para evitar a propagação do novo tipo de coronavírus em Macau. Mais medidas para garantir o nível de stocks alimentares e de bens essenciais e o alojamento de trabalhadores não residentes são também exigidas

 
[dropcap]O[/dropcap]s deputados à Assembleia Legislativa (AL), Sulu Sou e Ng Kuok Cheong querem medidas mais restritivas à entrada de visitantes provenientes do interior da China como forma de combater a propagação da pneumonia que teve o seu epicentro em Wuhan.
As solicitações, entregues ao Governo sob a forma de interpelação escrita, surgem numa altura em que o novo tipo de coronavírus já ultrapassou o SARS (Síndrome Respiratório Agudo Severo) em número de vítimas mortais (811) e no seguimento da entrada em vigor de medidas semelhantes em Hong Kong e Taiwan e que obrigam todos visitantes oriundos do continente chinês a fazer quarentena de 14 dias. No caso de Taiwan, os próprios residentes de Macau e Hong Kong têm também de ficar sujeitos ao período de isolamento.
“De acordo com vários especialistas epidemiológicos, os próximos seis meses poderão ser um período crítico da epidemia e nas regiões vizinhas foram aplicadas medidas de controlo de entrada (…) como em Hong Kong, para controlar a entrada de residentes do Interior da China, argumenta Sulu Sou. “A fim de evitar um surto massivo na comunidade, o Governo deve, de forma decisiva, bloquear a fonte e aplicar medidas mais rigorosas de controlo de entrada, envidando todos os esforços para minimizar o movimento de pessoas nos postos fronteiriços”, acrescenta.
Lembrando que na província de Guangdong foram registados mais de 1100 casos, o deputado pede assim ao Governo para “proibir a entrada temporária de residentes do Interior da China”.
Sobre o tema, apesar de não ir tão longe, Ng Kuok Cheong defende também que o Governo deve “reforçar urgentemente a protecção contra a epidemia e aplicar um controlo sanitário geral aos visitantes do Interior da China”.

Fixar TNR

Já quanto a medidas a tomar para minimizar o fluxo de trabalhadores não residentes (TNR) provenientes do Interior da China, Ng Kuok Cheong pede ao Governo que crie mecanismos de apoio que permitam alojar temporariamente trabalhadores com “necessidades reais” na região e questiona se não será necessário rever a estratégia de desenvolvimento da região. “Quanto à estratégia de desenvolvimento da RAEM, será necessário proceder a uma revisão, incentivando os residentes de Macau a viver em Macau e reduzir o número de trabalhadores não residentes?”, pergunta o deputado.
Já Sulu Sou, recordou que existem casos confirmados em Zhuhai, Hong Kong e Taiwain e que, mesmo no dia seguinte ao encerramento dos casinos, ainda entraram em Macau 31 mil pessoas, das quais 16 mil eram residentes e trabalhadores do continente. O deputado pede assim ao Governo que institua o período de quarentena obrigatória para os trabalhadores oriundos do continente, providencie alojamento e incite as concessionárias a fazer a sua parte. “O Governo poderá fornecer habitação social e solicitar às concessionárias que proporcionem alojamento temporário (…) aos funcionários públicos e trabalhadores das empresas privadas, a fim de reduzir ainda mais as suas necessidades de ida e volta durante a epidemia?”, questiona Sulu Sou.
Com o objectivo de evitar a “ocorrência de novos ataques de pânico por parte dos residentes”, relacionado com o abastecimento de produtos alimentares, Sulu Sou questiona ainda o Governo se tem a capacidade necessária para assegurar “o fornecimento de produtos alimentares e materiais essenciais”
Por seu turno, Ng Kuok Cheong dirige ainda uma última preocupação na sua interpelação escrita direccionada para o facto de os Serviços de Saúde terem revelado que o vírus pode ser transmitido através de excrementos. “Quais são as medidas do Governo para tratar com urgência os casos de fuga de esgotos não resolvidos de Macau?”, questionou ainda Ng Kuok Cheong.

10 Fev 2020

Epidemia | Pacientes devem ter alta nos próximos dias

Os nove pacientes diagnosticados com o novo tipo de coronavírus em Macau deverão ter alta nos próximos dias, confirmaram ontem os Serviços de Saúde. Apesar de não terem sido registados casos nos últimos dias, as autoridades pedem à população, contudo, que se mantenha alerta

 
Com Lusa
[dropcap]H[/dropcap]á sinais de esperança, mas o caminho até à normalidade ainda parece ser longo de percorrer. Todos os nove pacientes diagnosticados com o novo tipo de coronavírus deverão ter alta no decorrer dos próximos dias, anunciou ontem Chang Tam Fei, coordenador dos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, por ocasião da conferência de imprensa diária sobre a doença.
“Uma paciente já teve alta. Em relação aos outros nove casos confirmados, o estado clínico é bastante estável, a situação é leve e não há nenhuma situação grave. Sinceramente nos próximos dias vamos dar alta hospitalar aos pacientes e, por isso, vão poder sair”, confirmou o responsável. Acrescentando que o estado de “infecção leve” dos pacientes se traduz no facto de já não apresentarem febre, nem revelarem sinais de pneumonia ou dificuldades respiratórias, Chang Tam Fei, referiu que ainda será necessário repetir os testes “para garantir que os resultados são negativos e que a segurança dos cidadãos é assegurada”. “Nos próximos dias vamos anunciando a saída dos pacientes”, rematou.
Num tom menos optimista, mas igualmente cauteloso, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e controlo de Doença alertou para o facto de, apesar de Macau não ter registado qualquer novo caso confirmado de coronavírus nos últimos dias, não é o momento para descurar o nível de vigilância e de cuidado.
“Nos últimos dias não tivemos novos casos, mas não fiquem descontraídos porque este novo coronavírus apresenta realmente um elevado nível de transmissibilidade e, por isso, é preciso ficar alerta. Mesmo que por uns dias não tenham existido novos casos, não podemos dizer que vai tudo voltar à normalidade porque, por enquanto, ainda existe um grande surto em todo o mundo. Por isso, esta epidemia poderá não ser tão fácil de ser controlada”, explicou o responsável dos Serviços de Saúde.
Confirmando que “a teceira ronda para a aquisição de máscaras vai iniciar-se em breve”, Lam Chong reforçou também que a transmissão por via aérea é o principal modo de contágio do novo tipo de coronavírus.
“Verificámos que a principal via de transmissão é pelo ar (…), porque quando nós temos contacto com pessoas cara a cara, o coronavírus pode ser transmitido (…) e, por isso, temos de tomar medidas necessárias para impedir essa transmissão, como por exemplo pedir aos cidadãos para usar máscaras”, sublinhou.
Questionado sobre como tem sido a afluência aos serviços de urgência, Chang Tam Fei indicou ainda que a procura diminuiu, de 400 a 500 casos diários, para os actuais 300, sendo que muitos dos casos dizem respeito à gripe sazonal. Segundo os dados revelados ontem pelos SS, nas últimas 24 horas, foram realizados pouco mais de 100 testes no Laboratório de Saúde Pública.

Ecos de Macau em Wuhan

Em Hubei, revelou ontem Inês Chan por ocasião da mesma conferência de imprensa, permanecem ainda 91 residentes de Macau, entre estudantes e idosos, espalhados tanto em zonas mais remotas daquela província, como em Wuhan. “A maior parte (…) espera voltar o mais rapidamente possível a Macau e o Governo, através de diferentes meios, está a tentar ajudar”, referiu a responsável do departamento de licenciamento e inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo de Macau.
Enquanto estuda ainda possibilidades de retirar estes residentes, tarefa muitíssimo dificultada no dia de hoje, devido ao “encerramento” dos transportes na região como medida de prevenção contra a propagação do coronavirus, o Governo, refere Inês Chan, confirma ainda existirem relatos de falta de bens essenciais vindos de Hubei.
“Já estamos em contacto com os residentes de Macau em Hubei. Algumas pessoas têm falta de produtos alimentares, outros de bens essenciais e nós estamos a tentar arranjar a melhor forma para os ajudar e fazer o envio dos bens essenciais para que possam ficar lá mais uns dias. Quanto aos projectos de resgate, por enquanto, ainda não podemos fazer nada devido ao fecho dos transportes”, explicou Inês Chan.
Já em Macau, continuam 144 pessoas de Hubei que entraram no território ainda em Dezembro. Os SS referiram ainda que, pelo facto de algumas estarem no território há 14 ou mais dias, já foi ultrapassado o período de incubação da doença e, por isso, deixaram de existir existem motivos de preocupação.
“Ilibados” do contágio estarão também os quinze residentes de Macau a bordo do cruzeiro World Dream, ancorado em Hong Kong. “Estes residentes de Macau (…) podem voltar a Macau, pois foram declarados como não infectados pelas autoridades de saúde pública de Hong Kong e, por isso, não vão ficar em quarentena. Mas vamos dar-lhes as informações para acompanharem um pouco, por eles próprios, o seu estado de saúde”, partilhou Lam Chong.
 

Menos 15 hotéis

Alegando falta de clientes, mais 15 hotéis fecharam portas em Macau. O anúncio foi feito ontem por Inês Chan, dos serviços de Turismo, por ocasião da conferência de impressa diária relativa ao coronavírus, e acontece dias depois de ter sido anunciado o encerramento de sete outros hotéis, incluindo de cinco estrelas: Hotel Legend Palace, Rocks Hotel, Hotel Sofitel, The Four Seasons Hotel, Grand Harbour Hotel, St. Regis Macao e o Conrad Macao. Os 15 estabelecimentos em questão são pensões ou hotéis com menos de três estrelas e representam uma oferta total de 364 quartos. Confrontada com o facto de ser impossível fazer reservas para os próximos dias em alguns hotéis de cinco estrelas, Inês Chan confirmou que a situação se deve à actual falta de recursos humanos, não estando os estabelecimentos hoteleiros obrigados a comunicar tal facto ao gabinete de Turismo.

10 Fev 2020

Epidemia | Pacientes devem ter alta nos próximos dias

Os nove pacientes diagnosticados com o novo tipo de coronavírus em Macau deverão ter alta nos próximos dias, confirmaram ontem os Serviços de Saúde. Apesar de não terem sido registados casos nos últimos dias, as autoridades pedem à população, contudo, que se mantenha alerta

 

Com Lusa

[dropcap]H[/dropcap]á sinais de esperança, mas o caminho até à normalidade ainda parece ser longo de percorrer. Todos os nove pacientes diagnosticados com o novo tipo de coronavírus deverão ter alta no decorrer dos próximos dias, anunciou ontem Chang Tam Fei, coordenador dos Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, por ocasião da conferência de imprensa diária sobre a doença.

“Uma paciente já teve alta. Em relação aos outros nove casos confirmados, o estado clínico é bastante estável, a situação é leve e não há nenhuma situação grave. Sinceramente nos próximos dias vamos dar alta hospitalar aos pacientes e, por isso, vão poder sair”, confirmou o responsável. Acrescentando que o estado de “infecção leve” dos pacientes se traduz no facto de já não apresentarem febre, nem revelarem sinais de pneumonia ou dificuldades respiratórias, Chang Tam Fei, referiu que ainda será necessário repetir os testes “para garantir que os resultados são negativos e que a segurança dos cidadãos é assegurada”. “Nos próximos dias vamos anunciando a saída dos pacientes”, rematou.

Num tom menos optimista, mas igualmente cauteloso, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e controlo de Doença alertou para o facto de, apesar de Macau não ter registado qualquer novo caso confirmado de coronavírus nos últimos dias, não é o momento para descurar o nível de vigilância e de cuidado.

“Nos últimos dias não tivemos novos casos, mas não fiquem descontraídos porque este novo coronavírus apresenta realmente um elevado nível de transmissibilidade e, por isso, é preciso ficar alerta. Mesmo que por uns dias não tenham existido novos casos, não podemos dizer que vai tudo voltar à normalidade porque, por enquanto, ainda existe um grande surto em todo o mundo. Por isso, esta epidemia poderá não ser tão fácil de ser controlada”, explicou o responsável dos Serviços de Saúde.

Confirmando que “a teceira ronda para a aquisição de máscaras vai iniciar-se em breve”, Lam Chong reforçou também que a transmissão por via aérea é o principal modo de contágio do novo tipo de coronavírus.

“Verificámos que a principal via de transmissão é pelo ar (…), porque quando nós temos contacto com pessoas cara a cara, o coronavírus pode ser transmitido (…) e, por isso, temos de tomar medidas necessárias para impedir essa transmissão, como por exemplo pedir aos cidadãos para usar máscaras”, sublinhou.

Questionado sobre como tem sido a afluência aos serviços de urgência, Chang Tam Fei indicou ainda que a procura diminuiu, de 400 a 500 casos diários, para os actuais 300, sendo que muitos dos casos dizem respeito à gripe sazonal. Segundo os dados revelados ontem pelos SS, nas últimas 24 horas, foram realizados pouco mais de 100 testes no Laboratório de Saúde Pública.

Ecos de Macau em Wuhan

Em Hubei, revelou ontem Inês Chan por ocasião da mesma conferência de imprensa, permanecem ainda 91 residentes de Macau, entre estudantes e idosos, espalhados tanto em zonas mais remotas daquela província, como em Wuhan. “A maior parte (…) espera voltar o mais rapidamente possível a Macau e o Governo, através de diferentes meios, está a tentar ajudar”, referiu a responsável do departamento de licenciamento e inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo de Macau.

Enquanto estuda ainda possibilidades de retirar estes residentes, tarefa muitíssimo dificultada no dia de hoje, devido ao “encerramento” dos transportes na região como medida de prevenção contra a propagação do coronavirus, o Governo, refere Inês Chan, confirma ainda existirem relatos de falta de bens essenciais vindos de Hubei.

“Já estamos em contacto com os residentes de Macau em Hubei. Algumas pessoas têm falta de produtos alimentares, outros de bens essenciais e nós estamos a tentar arranjar a melhor forma para os ajudar e fazer o envio dos bens essenciais para que possam ficar lá mais uns dias. Quanto aos projectos de resgate, por enquanto, ainda não podemos fazer nada devido ao fecho dos transportes”, explicou Inês Chan.

Já em Macau, continuam 144 pessoas de Hubei que entraram no território ainda em Dezembro. Os SS referiram ainda que, pelo facto de algumas estarem no território há 14 ou mais dias, já foi ultrapassado o período de incubação da doença e, por isso, deixaram de existir existem motivos de preocupação.

“Ilibados” do contágio estarão também os quinze residentes de Macau a bordo do cruzeiro World Dream, ancorado em Hong Kong. “Estes residentes de Macau (…) podem voltar a Macau, pois foram declarados como não infectados pelas autoridades de saúde pública de Hong Kong e, por isso, não vão ficar em quarentena. Mas vamos dar-lhes as informações para acompanharem um pouco, por eles próprios, o seu estado de saúde”, partilhou Lam Chong.

 

Menos 15 hotéis

Alegando falta de clientes, mais 15 hotéis fecharam portas em Macau. O anúncio foi feito ontem por Inês Chan, dos serviços de Turismo, por ocasião da conferência de impressa diária relativa ao coronavírus, e acontece dias depois de ter sido anunciado o encerramento de sete outros hotéis, incluindo de cinco estrelas: Hotel Legend Palace, Rocks Hotel, Hotel Sofitel, The Four Seasons Hotel, Grand Harbour Hotel, St. Regis Macao e o Conrad Macao. Os 15 estabelecimentos em questão são pensões ou hotéis com menos de três estrelas e representam uma oferta total de 364 quartos. Confrontada com o facto de ser impossível fazer reservas para os próximos dias em alguns hotéis de cinco estrelas, Inês Chan confirmou que a situação se deve à actual falta de recursos humanos, não estando os estabelecimentos hoteleiros obrigados a comunicar tal facto ao gabinete de Turismo.

10 Fev 2020

Fitch prevê perdas de 50% nos casinos no primeiro trimestre

[dropcap]O[/dropcap] sector do jogo em Macau deve registar perdas de 50 por cento no primeiro trimestre de 2020, avança a agência de rating norte-americana Fitch. A previsão vem no seguimento do anúncio do Governo de encerrar os casinos da região, numa medida sem precedentes para fazer face ao surto do novo tipo de coronavírus. No entanto, diz a Fitch, apesar das consequências negativas ao nível das receitas serem imediatas, as operadoras de jogo estão bem posicionadas para fazer face à situação.

“O encerramento dos casinos de Macau durante duas semanas, e a situação do coronavírus em geral, vão ter um impacto significativo e imediato nas receitas das operadoras de jogo de Macau. Em sentido positivo, as operadoras de jogo estão bem posicionadas para absorver as perdas por terem dinheiro em caixa, elevados níveis de liquidez e não terem dívidas para pagar a curto prazo”, afirmou o analista Colin Mansfield, através de um comunicado oficial emitido pela Fitch.

Caso o cenário de encerramento dos casinos venha a ser estendido depois dos 15 dias decretados pelo Governo, além da queda de 50 por cento prevista para o primeiro trimestre, a Fitch admite também, de acordo com um teste de stress feito às seis operadoras do sector, que pode vir a ser registada uma descida de 25 por cento das receitas de jogo no segundo trimestre do presente ano.

Sobre o impacto esperado para as próximas duas semanas, a Fitch, aponta para perdas de 1.500 milhões de dólares norte-americanos. Isto tendo em conta que, antes do surto da pneumonia de Wuhan, o sector do jogo em Macau estava a gerar receitas brutas diárias de 100 milhões de dólares norte-americanos.

Esperança no horizonte

Antecipando um cenário de estagnação antes do surto do novo tipo de coronavírus, a Fitch estima agora que, em 2020, as receitas registem um crescimento negativo, tendo em conta, as incertezas existentes em torno do coronavírus e factores externos como a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

No entanto, os analistas mantêm-se positivos acerca da evolução financeira do sector do jogo. “A longo prazo não prevemos impactos duradouros nos sectores do turismo e do jogo em Macau e esperamos que o impacto nas receitas seja temporário”, refere a Fitch. Também de acordo com analistas da Sanford C. Bernstein e da Co LLC citados pelo GGR Asia, o cenário a longo prazo deverá ser positivo, apontando para uma forte recuperação na segunda metade do ano, caso o coronavírus venha a ser controlado. Os analistas acreditam neste momento que “Macau deverá ter uma recuperação sólida na segunda metade do ano”, muita apoiada por medidas de estímulo económico lançadas pelo Governo da região.

7 Fev 2020

Hotel Fortuna | Trabalhadores forçados a assinar declaração acabam despedidos

O Hotel Fortuna pediu a 20 trabalhadores não residentes para assinar uma declaração onde tomam conhecimento do seu despedimento, fazendo-os acreditar que seriam dispensados de trabalhar apenas durante dois meses. Alguns funcionários já trabalhavam na empresa há 12 anos

 

[dropcap]N[/dropcap]ove trabalhadores não residentes de dois espaços de entretenimento localizados no interior do Hotel Fortuna acabaram despedidos, acreditando estar apenas dispensados de trabalhar pelo período de dois meses, após terem sido convencidos a assinar uma declaração redigida em chinês que não conseguiam ler.

Os trabalhadores, oriundos do Vietname, Filipinas e Indonésia, estavam empregados no Fortuna Night Club e no Supreme Sauna, localizados no interior do Hotel Fortuna, no ZAPE (Zona de Aterros do Porto Exterior), de acordo com informações avançadas ontem pelo Macau Daily Times. A tomada de posição da empresa responsável pela exploração dos dois espaços está relacionada com o anúncio do encerramento dos casinos e espaços de entretenimento durante duas semanas, decretado pelo Governo na passada terça-feira, como medida de contenção do surto do novo tipo de coronavírus.

De acordo com a mesma fonte, o Hotel Fortuna terá alegadamente dito aos trabalhadores que estariam dispensados de trabalhar durante dois meses devido ao encerramento anunciado pelo Governo de duas semanas e que para o efeito teriam de assinar uma declaração onde constava esse mesmo conteúdo. No entanto, de acordo com o Macau Daily Times que teve acesso ao documento redigido em chinês, contrariamente ao que a empresa disse aos trabalhadores, a declaração atesta que “a situação laboral terminou, tendo sido entregues todas as remunerações devidas”.

Alta pressão

Segundo um representante dos trabalhadores da instituição, que pediu para não ser identificado segundo a mesma fonte, nove dos funcionários que estiveram de serviço durante a noite de quarta-feira já assinaram a declaração, enquanto outros 20, todos não residentes, foram instruídos para fazer o mesmo até às 18 horas de ontem.
Uma das funcionárias afectadas confirmou ter sido induzida a assinar a carta por não saber ler caracteres chineses, afirmando que o documento foi apresentado ao mesmo tempo que os trabalhadores recebiam os salários de Janeiro. Alguns funcionários, avançou o Times, já trabalhavam para o Hotel Fortuna há 12 anos.

Recorde-se que todos os trabalhadores não residentes devem obrigatoriamente ter uma autorização de trabalho para exercer funções laborais em Macau, sendo que, em caso de cessação do contrato de trabalho, os ex-funcionários têm oito dias para sair da cidade antes de estarem em situação de incumprimento.

Ao saber o conteúdo que constava realmente no documento que foram induzidos a assinar, os trabalhadores procuraram obter ajuda junto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). No entanto, não tiveram sucesso nem sabem agora como proceder, devido ao facto de a DSAL estar encerrada juntamente com outros serviços públicos, de acordo com as medidas decretadas pelo Governo.

O HM entrou em contacto com a DSAL para obter esclarecimentos acerca do caso mas, apesar de ter confirmado a situação, até ao fecho da edição não forneceu mais detalhes acerca dos trabalhadores do Hotel Fortuna.

7 Fev 2020

Hotel Fortuna | Trabalhadores forçados a assinar declaração acabam despedidos

O Hotel Fortuna pediu a 20 trabalhadores não residentes para assinar uma declaração onde tomam conhecimento do seu despedimento, fazendo-os acreditar que seriam dispensados de trabalhar apenas durante dois meses. Alguns funcionários já trabalhavam na empresa há 12 anos

 
[dropcap]N[/dropcap]ove trabalhadores não residentes de dois espaços de entretenimento localizados no interior do Hotel Fortuna acabaram despedidos, acreditando estar apenas dispensados de trabalhar pelo período de dois meses, após terem sido convencidos a assinar uma declaração redigida em chinês que não conseguiam ler.
Os trabalhadores, oriundos do Vietname, Filipinas e Indonésia, estavam empregados no Fortuna Night Club e no Supreme Sauna, localizados no interior do Hotel Fortuna, no ZAPE (Zona de Aterros do Porto Exterior), de acordo com informações avançadas ontem pelo Macau Daily Times. A tomada de posição da empresa responsável pela exploração dos dois espaços está relacionada com o anúncio do encerramento dos casinos e espaços de entretenimento durante duas semanas, decretado pelo Governo na passada terça-feira, como medida de contenção do surto do novo tipo de coronavírus.
De acordo com a mesma fonte, o Hotel Fortuna terá alegadamente dito aos trabalhadores que estariam dispensados de trabalhar durante dois meses devido ao encerramento anunciado pelo Governo de duas semanas e que para o efeito teriam de assinar uma declaração onde constava esse mesmo conteúdo. No entanto, de acordo com o Macau Daily Times que teve acesso ao documento redigido em chinês, contrariamente ao que a empresa disse aos trabalhadores, a declaração atesta que “a situação laboral terminou, tendo sido entregues todas as remunerações devidas”.

Alta pressão

Segundo um representante dos trabalhadores da instituição, que pediu para não ser identificado segundo a mesma fonte, nove dos funcionários que estiveram de serviço durante a noite de quarta-feira já assinaram a declaração, enquanto outros 20, todos não residentes, foram instruídos para fazer o mesmo até às 18 horas de ontem.
Uma das funcionárias afectadas confirmou ter sido induzida a assinar a carta por não saber ler caracteres chineses, afirmando que o documento foi apresentado ao mesmo tempo que os trabalhadores recebiam os salários de Janeiro. Alguns funcionários, avançou o Times, já trabalhavam para o Hotel Fortuna há 12 anos.
Recorde-se que todos os trabalhadores não residentes devem obrigatoriamente ter uma autorização de trabalho para exercer funções laborais em Macau, sendo que, em caso de cessação do contrato de trabalho, os ex-funcionários têm oito dias para sair da cidade antes de estarem em situação de incumprimento.
Ao saber o conteúdo que constava realmente no documento que foram induzidos a assinar, os trabalhadores procuraram obter ajuda junto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). No entanto, não tiveram sucesso nem sabem agora como proceder, devido ao facto de a DSAL estar encerrada juntamente com outros serviços públicos, de acordo com as medidas decretadas pelo Governo.
O HM entrou em contacto com a DSAL para obter esclarecimentos acerca do caso mas, apesar de ter confirmado a situação, até ao fecho da edição não forneceu mais detalhes acerca dos trabalhadores do Hotel Fortuna.

7 Fev 2020

Ensaio sobre a cegueira

[dropcap]S[/dropcap]uspender a actividade do sector do jogo em Macau é uma medida que exige coragem e que demonstra, perante uma situação extraordinária como é a epidemia do novo coronavírus, que o Governo parece estar verdadeiramente a colocar a saúde e os interesses da população em primeiro lugar.

Para além do conteúdo, a forma desembaraçada (pelo menos) de Ho Iat Seng transmitir as medidas necessárias, passa uma imagem de frontalidade e transparência numa situação de crise. E isso é bom nos tempos que vivemos. O que já não é tão positivo é a “cegueira” de alguns que, em estado de pânico, acorreram aos supermercados, ainda o discurso do Chefe do Executivo não tinha terminado, para fazer precisamente o contrário dos apelos anunciados e da garantia dada, de que existem alimentos suficientes para assegurar o abastecimento da RAEM nas próximas semanas.

Como relatado em algumas passagens da obra de Saramago, muitas vezes, maior que o perigo em si de uma epidemia, pode ser o perigo despoletado por actos desesperados, onde reina o egoísmo e decisões extremadas, nunca antes ponderadas num contexto normal, deixando valores fundamentais para segundo plano e não contemplando, por exemplo, os interesses dos mais carenciados. Por isso, para o bem de todos, é preciso estar de olhos bem abertos. Até porque, ao contrário da epidemia romanciada em “Ensaio sobre a cegueira”, o coronavírus é uma epidemia que não impede ninguém de ir vendo o que se passa à sua volta.

6 Fev 2020

Economia | Arrendatários de espaços públicos isentos durante três meses

[dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu a isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centers, quiosques para venda de produtos, etc”.

A medida foi anunciada ontem pelo Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças “em resposta ao impacto que a epidemia tem provocado para a economia de Macau e a vida da população”, que prevê ainda, para além de iniciativas destinadas às Pequenas e Médias Empresas (PME), introduzir ajustamentos sobre impostos e taxas e aumentar também os investimentos na área da construção de infra-estruturas.

“O Governo da RAEM já tem planos e está preparado para fazer face ao impacto provocado pela epidemia, estando actualmente a lançar, passo a passo, uma série de medidas em resposta, de acordo com a evolução da epidemia, a fim de aliviar as pressões, de carácter económico, sentidas pelos residentes e empresas locais”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo Gabinete liderado por Lei Wai Nong.

Assim, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, que terá lugar no próximo mês de Abril, o Governo planeia introduzir medidas destinadas especificamente às PME, como a referida isenção de pagamentos durante três meses, aos arrendatários de espaços públicos.

“A Direcção dos Serviços de Economia está a acelerar o processo de apreciação e autorização dos pedidos aos Plano de Apoio a PME, Plano de Garantia de Créditos a PME e Plano de Garantia de Créditos a PME destinado a Projecto Específico, ajustando ainda as medidas respeitantes ao reembolso dos montantes atribuídos no âmbito desses planos, a fim de as ajudar a ultrapassarem as dificuldades prementes”, sublinhou o gabinete.

Incentivos no horizonte

Em relação à tributação, o Governo encontra-se a acelerar o processo de avaliação sobre os impostos, nomeadamente o Imposto Complementar de Rendimentos, o Imposto Profissional, a Contribuição Predial, o Imposto de Turismo, de modo a que sejam “ajustados o mais rápido possível”.

“Com o objectivo de melhorar as infra-estruturas de Macau e aumentar as oportunidades de emprego “serão aumentados os investimentos na área de construção de infra-estruturas” e “alargada a procura doméstica”. “Quando a situação epidémica for controlada, o Governo vai lançar planos destinados a incentivar o consumo local e a dinamizar a economia de Macau, para que as micro, pequenas e médias empresas possam ficar beneficiadas”, pode ler-se na nota oficial.

6 Fev 2020

Economia | Arrendatários de espaços públicos isentos durante três meses

[dropcap]O[/dropcap] Governo decidiu a isentar, a partir de Fevereiro e durante três meses, os arrendatários de espaços públicos, do pagamento de rendas respeitantes ao aluguer de propriedades destinadas a fins comerciais, como “shopping centers, quiosques para venda de produtos, etc”.
A medida foi anunciada ontem pelo Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças “em resposta ao impacto que a epidemia tem provocado para a economia de Macau e a vida da população”, que prevê ainda, para além de iniciativas destinadas às Pequenas e Médias Empresas (PME), introduzir ajustamentos sobre impostos e taxas e aumentar também os investimentos na área da construção de infra-estruturas.
“O Governo da RAEM já tem planos e está preparado para fazer face ao impacto provocado pela epidemia, estando actualmente a lançar, passo a passo, uma série de medidas em resposta, de acordo com a evolução da epidemia, a fim de aliviar as pressões, de carácter económico, sentidas pelos residentes e empresas locais”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo Gabinete liderado por Lei Wai Nong.
Assim, após já ter sido anunciada a antecipação da implementação do Plano de Comparticipação Pecuniária no Desenvolvimento Económico para o ano de 2020, que terá lugar no próximo mês de Abril, o Governo planeia introduzir medidas destinadas especificamente às PME, como a referida isenção de pagamentos durante três meses, aos arrendatários de espaços públicos.
“A Direcção dos Serviços de Economia está a acelerar o processo de apreciação e autorização dos pedidos aos Plano de Apoio a PME, Plano de Garantia de Créditos a PME e Plano de Garantia de Créditos a PME destinado a Projecto Específico, ajustando ainda as medidas respeitantes ao reembolso dos montantes atribuídos no âmbito desses planos, a fim de as ajudar a ultrapassarem as dificuldades prementes”, sublinhou o gabinete.

Incentivos no horizonte

Em relação à tributação, o Governo encontra-se a acelerar o processo de avaliação sobre os impostos, nomeadamente o Imposto Complementar de Rendimentos, o Imposto Profissional, a Contribuição Predial, o Imposto de Turismo, de modo a que sejam “ajustados o mais rápido possível”.
“Com o objectivo de melhorar as infra-estruturas de Macau e aumentar as oportunidades de emprego “serão aumentados os investimentos na área de construção de infra-estruturas” e “alargada a procura doméstica”. “Quando a situação epidémica for controlada, o Governo vai lançar planos destinados a incentivar o consumo local e a dinamizar a economia de Macau, para que as micro, pequenas e médias empresas possam ficar beneficiadas”, pode ler-se na nota oficial.

6 Fev 2020