Fringe apresenta espectáculos para animar Coloane

[dropcap]N[/dropcap]o total, o Festival Fringe vai apresentar no próximo fim-de-semana, em Coloane, um total de oito espectáculos diferentes apropriados para toda a família. Integrados no tema “Festival de Teatro de Marionetas e Objectos em Coloane” da série especial “Crème de la Fringe”, os destaques vão para “Caminhada Nocturna: Porquê?”, uma produção de Taiwan, que promete guiar o público ao longo de uma caminhada “destinada a despertar a consciência para o som, a luz e a sombra.

Outro destaque é “Mercado de Estórias”, um espectáculo que inclui uma série de caixinhas de estórias intrigantes e únicas, com orifícios que permitem ao público espreitar o mundo deslumbrante criado por um marionetista do Rolling Puppet Alternative Theatre. Ambos os espectáculos incluem sessões da manhã e da tarde nos dias 18 e 19 de Janeiro.

Já amanhã e na quinta-feira, perto do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau, haverá lugar para o espectáculo “Caleidoscópio em Movimento”, um trabalho interdisciplinar que mistura dança, projecção e elementos digitais. “Corpos, tempo e espaços, memórias, luzes e sombras entrelaçam-se, fundindo-se num caleidoscópio deslumbrante, criando efeitos visuais subtis e estimulando a imaginação desenfreada do público”, pode ler-se na descrição presente no comunicado oficial da organização.

Para todos os gostos

O programa do Festival Fringe desta semana inclui ainda, a partir de amanhã e até sábado, no Estaleiro Naval Son Veng, o espectáculo “Break & Break!”, uma exposição ao vivo com actuação de um grupo de dança de Taiwan e, durante o fim de semana, nas Oficinas Navais nº2, “Plutão num Universo Paralelo”, do artista local Kawo, o qual “convida o público a experimentar um mundo mágico paralelo”. Também durante o fim-de-semana, mas desta feita na Praça de Lobo de Ávila, será possível assistir à co-produção “Vestindo as Minhas Histórias por Contar”, da autoria da Soda-City Experimental Workshop Arts Association e Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box.

“Guia da Propriedade na Casa de Lou Kau”, pelo artista local Jay Lei, “A Dupla Cinematográfica” pelo artista local Chan Si Kei e Co-coism de Taiwan e ainda “LOOK@YOU”, pela Associação de Academia de Talentos de Macau, são outras das performances que constam na programação do festival no decorrer desta semana.

15 Jan 2020

Analistas da Universidade de Macau prevêem contracção do PIB de 3,7%

Previsões macroeconómicas divulgadas pela Universidade de Macau (UM) apontam para a continuação da recessão na RAEM em 2020. Segundo o relatório, a queda deve-se ao abrandamento das receitas de jogo, do sector do turismo e ainda fruto da tensão económica entre os EUA e a China

 

[dropcap]O[/dropcap] departamento de economia da Universidade de Macau (UM) divulgou ontem um relatório macroeconónico que prevê que a economia local continue em recessão este ano, antecipando para 2020 uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,7 por cento. “O PIB de Macau deverá diminuir 3,7 por cento em 2020, podendo variar entre um cenário mais pessimista de – 12 por cento, e uma previsão optimista de 4,7 por cento”, pode ler-se no documento.

De acordo com os analistas, a queda resulta de uma acentuada contracção na formação bruta de capital fixo, acentuada pelas tensões comerciais entre a China e os EUA, que ainda “não estão completamente resolvidas”, mesmo depois da assinatura do acordo comercial de fase 1.

“As estatísticas mostram que a economia de Macau continuou a cair em 2019, seguindo o abrandamento económico da China continental. O crescimento negativo foi registado durante três trimestres consecutivos.

As taxas de crescimento anuais registaram uma evolução negativa de 3,8 por cento no primeiro trimestre, de 2,2 por cento no segundo e de 4,5 por cento no terceiro trimestre, respectivamente”, pode ler-se no documento.

Outro factor que contribui, segundo os analistas da UM, para prejudicar o desempenho económico de Macau em 2020, prende-se com a desaceleração do sector do turismo, intimamente relacionada com o decréscimo do número de apostadores chineses que visitam Macau.

“Com a desaceleração do crescimento económico na China, os gastos dos turistas chineses em Macau, principalmente os gastos com actividades relacionadas com o jogo, diminuíram. As exportações de serviços fixaram-se em 80,4 mil milhões de patacas no terceiro trimestre de 2019, uma redução de 4,7 por cento em relação ao ano anterior. Já as exportações de serviços relacionadas com o jogo (…) foram de 53,7 mil milhões de patacas, uma queda de 4,2 por cento”, referem os analistas.

Menos visitas

Detalhando o número de visitantes em ternos anuais, até Dezembro de 2019, chegaram a Macau menos 10,9 por cento de turistas. Os visitantes da China continental diminuíram 10,9 por cento, ao passo que os visitantes provenientes de Hong Kong decresceram 3,4 por cento em relação ao ano anterior.

Relativamente às receitas brutas do sector do jogo, os economistas da UM sublinharam que estas se fixaram em 70,8 milhões de patacas, uma queda de 4,1 por cento em relação a 2018.

15 Jan 2020

Manuel Lopes Porto, académico: “Democracia, o sistema menos mau de todos”

O especialista em assuntos europeus e antigo eurodeputado Manuel Lopes Porto condena o proteccionismo de Trump e acredita que é possível competir a nível mundial com o modelo europeu. Ao HM, contou que a democracia continua a ser para si o melhor sistema político e que Portugal tem ainda um papel a desempenhar na China

 

[dropcap]M[/dropcap]acau celebrou recentemente o 20º aniversário da RAEM. Como vê Macau nos dias de hoje?

É, claramente, e sem exagero, uma história de sucesso. Por circunstâncias da vida e por já ter uns anos, acontece ter acompanhado este processo desde há bastante tempo. Estive no Parlamento Europeu 10 anos (1989-1999), era membro de diferentes comissões e delegações com países fora da Europa e, por coincidência, fui sempre membro da delegação oficial para a China. Fui a Pequim três vezes oficialmente e cheguei a estar no gabinete do senhor Lu Ping, que foi negociador da integração de Hong Kong e Macau na China. Portanto, foi um processo que foi feito com calma e bem. Houve, desde logo, uma coisa curiosa no começo: quando foi o 25 de Abril a ideia era que todos os territórios portugueses do Ultramar tivessem independência ou fossem integrados. É também interessante recordar que, na altura, ainda era Chefe de Estado aqui na China, o Sr. Mao Zedong. Não era o Deng Xiaoping nem nada desses “liberalões”. Era ele. E ele fez saber que Macau só passava para China quando houvesse, calmamente, um bom acordo. E a pergunta que eu ponho sempre é, “teria sido melhor para a China, logo em 1975, Macau ser integrado na China?” A resposta é que isso não adiantava nada. Era mais um bocado de terreno em que se teria perdido, talvez, possibilidades relacionadas, não só com o jogo, mas também de negócio. Portanto, foi um processo feito com vagar, durante 25 anos (74-99), em que a integração foi feita de forma bem ponderada e os resultados estão à vista. Macau tem dos maiores PIBs per capita do mundo, é uma terra onde se vive com calma e em segurança. Claramente, Macau é um caso de sucesso.

Portugal continua a ser importante para a China?

Temos de ter a noção da nossa dimensão e da nossa economia. Portugal tem 10 milhões e a Europa 500 milhões de habitantes e depois há a Alemanha, Itália, França e tudo isso. Não digo a principal, mas Portugal é uma porta de entrada na Europa e é importante haver esta ligação que tem circunstâncias curiosas. Uma delas, estou à vontade para dizê-lo, é a questão do Direito. O Direito praticamente é o mesmo que é aqui aplicado desde o tempo do Código Civil, de modo que é curioso que haja aqui um Direito Continental que tem vantagens sobre o direito do Case law dos países anglo-saxónicos, que não sei se são melhores. Portanto, aqui, num país como a China, ou num território da China como é Macau, o Direito Continental com influência alemã, italiana, francesa, etc, é um Direito codificado que dá outra segurança aos negócios. Às vezes perguntam-me aqui se não é melhor irmos para o sistema anglo-saxónico e eu não sei. Para mim, basta comparar o superavit da Alemanha com o deficit do Reino Unido ou dos Estados Unidos. São casos delicados de referir, mas é verdade, é o que está na estatística. Portanto, é um Direito que dá grande segurança e é também uma ligação muito estreita. Eu tenho grandes ligações à Índia e este é outro caso onde há ligações do Direito muito curiosas. O Código Civil ainda hoje aplicado em Goa, Damão e Diu é o Código Civil do Seabra de 1867. Por isso, o Direito é uma via de comunicação curiosa. Já para não falar no Brasil, porque eles querem ter uma ligação enorme connosco como é sabido. Só em Coimbra há mais de dois mil estudantes brasileiros e, portanto, há uma enorme ligação entre os dois países ao nível do Direito. Portanto, em Macau o Direito é um elo de ligação que, de facto, se mantém e penso ser frutuoso e útil para ambas as partes.

E quanto à língua portuguesa?

Esse é que é o problema. É muito curioso, pois é difícil manter a língua portuguesa em regiões que não sejam o Brasil e os países africanos de língua portuguesa. Não nos consola, mas a questão é que nenhuma língua europeia se manteve, fora o inglês. No Vietnam, onde estive na minha última missão do Parlamento Europeu há 20 anos, quase ninguém fala francês, nas Filipinas quase ninguém fala espanhol, na Malásia e Indonésia, quase ninguém fala holandês. De facto, as línguas europeias não conseguiram manter-se nos territórios da Ásia com a mesma prevalência do inglês. É claro que eu preferia que fosse o português, mas ser o inglês não é mau de todo porque é uma língua que todos temos e que nos dá vantagem. Mas na China há 33 locais onde se aprende português. O português é a língua mais falada do hemisfério sul e a quarta ou quinta mais falada do mundo. Com uma vantagem, que já me tem ajudado a convencer pessoas a ir para Portugal estudar, pois quem sabe português percebe espanhol, sem aprender, e até o próprio italiano. Já o contrário não é verdadeiro. Os espanhóis não percebem português e os italianos nem pouco mais ou menos percebem o português. Portanto, a língua portuguesa dá-nos também acesso aos países de língua espanhola e língua italiana.

Uma vez mais, o relatório do congresso norte-americano lamenta a ausência de sufrágio universal em Macau e o Governo de Macau acusou em resposta os EUA de “cegueira selectiva” e de interferência externa. Que comentário merece esta situação que vem sendo habitual?

Não tenho dúvida que qualquer democracia, como dizia Churchill, é um sistema mau, mas é o menos mau de todos. É, claramente, o melhor e vê-se em termos de dados internacionais. Um exemplo que eu cito muito é o caso da Alemanha, que tem salários altos, uma democracia política, alternância no poder, direito à greve, modelo social europeu e tem, de longe, o melhor superavit do mundo. Portanto, é possível. A grande questão que se pode colocar, e que é importante para alguns países da Ásia e da América do Sul, é saber se é possível competir no mundo global do século XXI com democracia. Na minha opinião sim, porque a Alemanha dá esse exemplo e compete a nível mundial. É um caso fantástico, comparando até com o Reino Unido que não tem razões de queixa. Tem a sua língua falada em todo o mundo, tem moeda própria e não o horrível Euro e, todavia, tem o segundo maior deficit do mundo. Portanto, é possível, com modelo europeu, competir a nível mundial e a Europa tem uma grande responsabilidade perante o mundo e presta um grande serviço, pois mostra que com fronteiras abertas, normas aproximadas e uma moeda única é possível competir.

Como vê a actual ordem mundial onde novas forças, como a China ou Índia se mostram determinadas a ocupar um papel preponderante a nível mundial?

É interessantíssimo ver a evolução do mundo. Em 1500 a maior economia do mundo era a indiana e depois a chinesa. Em 1820, há 200 anos atrás, portanto, a China e a Índia tinham 42,7 por cento do PIB mundial e o conjunto da França e da União Soviética, 5,5 por cento, Alemanha 2,3 por cento e os EUA 1,8 por cento. Sim, custa a acreditar. Em 2004, a China e a Índia tinham 6 por cento do PIB mundial. Actualmente, estes são os países mais populosos do mundo e estão a crescer como nunca se viu

Como vê a actual conflito económico entre os EUA e a China?

É extraordinário como é que o Sr. Trump me presta a mim um bom serviço porque dá actualidade às minhas teses desde há quarenta e tal anos. A minha tese em Oxford em 1976 já falava a favor do livre cambismo, depois trabalhei para o Banco Mundial num grande projecto que comparava a liberalização do comércio com o proteccionismo e claramente também aí saiu melhor o livre-cambismo. Aliás, sempre que houve livre-cambismo o mundo assistiu a tempos de crescimento e menos desemprego comparando com as fases onde existiu proteccionismo. E o Sr. Trump vem agora com esta história das tarifas defender-se, o que é sinal de fraqueza de um país que não consegue ter um superavit na balança de pagamentos, mas que não leva a nada. Quando colocam uma taxa de 20 por cento sobre o México há quem fique prejudicado, e essa gente são os consumidores. O proteccionismo protege, mas à custa de quem? Ou é com impostos alfandegários ou taxações de importações, o que em qualquer caso diminui a oferta. E quem são principais prejudicados, são os milionários ou os pobres? São os pobres. Acho que os EUA têm de se responsabilizar e competir. Devem assumir-se responsabilidades para competir por esforço próprio, como é o caso da Alemanha e da Holanda, que trabalham muito e trabalham bem.

Como tem visto a actuação da administração Trump nesse sentido?

Os EUA deviam fazer o que faz a Europa, ou seja, ser competitivos. No seu todo, a zona Euro tem um superavit brutal de mais de 400 mil milhões. Já um país como os EUA tem um deficit enorme e isso é que é o problema. Outra coisa que me choca é que as melhores universidades do mundo são todas americanas e inglesas, não há uma única alemã. Os prémios nobel são todos, se não nacionais, radicados nos EUA ou em Inglaterra. Não existe correspondência entre os rankings das universidades e os prémios Nobel com a eficácia dos países. Ou seja, os alemães são assim os laparotos para produzir carros e companhia. Mas não é bem assim, a indústria faz falta. Aquela ideia de que a indústria é para os laparotos, os labregos, que fazem produtos, e que o que dá são as tecnologias e a praça financeira de Londres, não sei se chega. O Reino Unido agora só exporta 10 por cento. Quando foi o referendo de 1975 eu vivia numa casa ao lado da British Legend que fazia carros. Hoje em dia, vamos a uma rua e não vemos um carro inglês. É impressionante como estes países não se adaptam aos tempos modernos. E se vimos bem, apesar de dizermos mal da Europa, onde é que a China e companhia estão a investir? Na Europa. E os chineses não estão mal informados nem são incautos.

E no meio de tudo isto temos uma Europa confrontada com a realidade do brexit e atentar manter-se firme na era do populismo…

Eu sou comunista, como já terá percebido, e choca-me como é possível que países que fizeram o “homem novo” como a Húngria, a Polónia e companhia, hoje em dia são os mais xenófobos. Portugal é um país com uma sorte fantástica ou mérito. Não tem populismos, nada, nada, tirando o Chega agora, mas trata-se apenas de um caso isolado. Nesse aspecto, nem sabemos a sorte que temos. Mas também eu sou um bocado optimista, dorme-se melhor à noite. A Europa tem de ser complacente. Não pode um país sair e ter a vantagem de ter desvantagens. Um dos argumentos invocados é não pagar por orçamento 9 mil milhões e euros. Com o Brexit vão deixar de pagar, mas deixam também de ter ajuda da agricultura e o que interessa, por exemplo, à Alemanha não é o dinheiro que tem do orçamento, mas sim as oportunidades de mercado que tem com o mercado único europeu. Um país com visão como o Reino Unido devia ter essas oportunidades em vista e não a questão do que paga pelo orçamento e do seu retorno.

15 Jan 2020

Conselho Executivo | André Cheong estreia-se como porta-voz

[dropcap]P[/dropcap]or ocasião da conferência de imprensa realizada a propósito da abertura da secção de Macau do Posto Fronteiriço de Hengqin, André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, falou ontem pela primeira vez na qualidade de porta-voz do Conselho Executivo (CE). É a primeira vez desde 1999 que um membro do Governo é nomeado porta-voz do órgão de consulta do Chefe do Executivo.

André Cheong mostrou-se preparado e acredita que nada será diferente por acumular os dois cargos. “O funcionamento do CE é regido pelo regulamento interno (…) e o meu papel é facilitar a comunicação entre o Governo e a comunicação social e passar as informações do Governo, dando o melhor esclarecimento”, explicou André Cheong.

“Sendo também secretário, creio que isso vai facilitar o meu trabalho ao nível da comunicação, pelo facto de ter mais informações e conhecimentos sobre o Governo”, acrescentou o novo porta-voz do Conselho Executivo.

14 Jan 2020

Conselho Executivo | André Cheong estreia-se como porta-voz

[dropcap]P[/dropcap]or ocasião da conferência de imprensa realizada a propósito da abertura da secção de Macau do Posto Fronteiriço de Hengqin, André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, falou ontem pela primeira vez na qualidade de porta-voz do Conselho Executivo (CE). É a primeira vez desde 1999 que um membro do Governo é nomeado porta-voz do órgão de consulta do Chefe do Executivo.
André Cheong mostrou-se preparado e acredita que nada será diferente por acumular os dois cargos. “O funcionamento do CE é regido pelo regulamento interno (…) e o meu papel é facilitar a comunicação entre o Governo e a comunicação social e passar as informações do Governo, dando o melhor esclarecimento”, explicou André Cheong.
“Sendo também secretário, creio que isso vai facilitar o meu trabalho ao nível da comunicação, pelo facto de ter mais informações e conhecimentos sobre o Governo”, acrescentou o novo porta-voz do Conselho Executivo.

14 Jan 2020

Capitais públicos | Novo Gabinete apresenta directivas em Fevereiro

O âmbito de actuação do novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos coordenado por Sónia Chan foi ontem apresentado na Assembleia Legislativa (AL). Após a reunião foram também anunciadas visitas às empresas de capitais públicos

 

[dropcap]A[/dropcap]s competências do Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos anunciado pelo Governo de Ho Iat Seng no dia 20 de Dezembro 2019, foram ontem divulgadas após a primeira reunião entre o novo Gabinete e a comissão de acompanhamento para os assuntos das finanças públicas.

Coordenado pela ex-secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, que marcou presença na reunião, o novo organismo irá, numa primeira fase, proceder à pesquisa de informações de forma a aperfeiçoar os regimes actuais relacionados com três tipos de activos públicos da RAEM.

“Este gabinete tem por missão reorganizar e rever as situações e os regimes relacionados com os três tipos de activos públicos da RAEM: bens imóveis pertencidos à RAEM e às entidades autónomas, empresas de capitais públicos e fundos autónomos”, afirmou Sónia Chan após a reunião, através de uma nota publicada, em resposta às questões colocadas pelos jornalistas portugueses.

No final do encontro, o presidente da comissão de acompanhamento, Mak Soi Kun, anunciou também que o novo Gabinete vai criar directivas destinadas ao funcionamento das empresas de capitais públicos, anunciadas no próximo mês. Estas medidas irão contemplar aspectos como “o trabalho feito pelos representantes do Governo no conselho de administração destas empresas” e a fiscalização da concretização, ou não, de objectivos. Além disso, da fase inicial dos trabalhos farão também parte visitas aos fundos autónomos e às empresas de capitais públicos.

“Neste momento, estão a ser elaboradas as directivas e prevê-se a sua divulgação em Fevereiro. O Gabinete também vai efectuar visitas aos fundos autónomos e às empresas de capitais públicos para se inteirar da situação dessas entidades”, revelou Mak Soi Kun.

Acerca das directivas que estão a ser preparadas, oficialmente designadas por “Instruções para a divulgação pública de informações por empresas de capitais públicos”, Sónia Chan detalhou ainda que, “serão aplicadas às empresas de capitais públicos em que a RAEM ou as outras pessoas colectivas de direito público da RAEM detêm, directa ou indirectamente, e cumulativamente, participações financeiras superiores a 50 por cento”.

Sanções no horizonte

Sublinhando que o novo gabinete tem como principal objectivo “melhorar a utilização do erário público”, Mak Soi Kun esclareceu ainda que o organismo irá permitir uma fiscalização mais eficaz dos activos públicos pois visa “aferir se os investimentos feitos permitem alcançar os objectivos inicialmente propostos”.

“Não se trata apenas de uma questão de legalidade, mas sim de razoabilidade. Cabe a este gabinete alertar o Governo para casos em que não se justifica determinado investimento (…), como um espaço pouco apropriado ou luxo desnecessário”, explicou Mak Soi Kun. “Se o Chefe do Executivo andar de Mercedes, não faz sentido outros representantes do Governo circularem num veículo de categoria superior”, exemplificou o presidente da comissão.

Já sobre eventuais incumprimentos das regras, Mak Soi Kun disse ser preciso “esperar pela elaboração dos diplomas legais que vão regulamentar a actividade destas empresas de capitais públicos para saber se serão definidas sanções.

Quanto às dúvidas levantadas pela comissão acerca da eventual sobreposição de papéis entre o Comissariado da Auditoria e o novo gabinete, o presidente da comissão de acompanhamento afirmou que os dois organismos terão função independentes.

“O Comissariado faz um trabalho de supervisão à posteriori e também durante a execução do orçamento e por isso é um trabalho de verificação do cumprimento das normais legais ou não. Já o novo gabinete irá incidir sobretudo sobre os direitos patrimoniais”, esclareceu Mak Soi Kun.

14 Jan 2020

Capitais públicos | Novo Gabinete apresenta directivas em Fevereiro

O âmbito de actuação do novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos coordenado por Sónia Chan foi ontem apresentado na Assembleia Legislativa (AL). Após a reunião foram também anunciadas visitas às empresas de capitais públicos

 
[dropcap]A[/dropcap]s competências do Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos anunciado pelo Governo de Ho Iat Seng no dia 20 de Dezembro 2019, foram ontem divulgadas após a primeira reunião entre o novo Gabinete e a comissão de acompanhamento para os assuntos das finanças públicas.
Coordenado pela ex-secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, que marcou presença na reunião, o novo organismo irá, numa primeira fase, proceder à pesquisa de informações de forma a aperfeiçoar os regimes actuais relacionados com três tipos de activos públicos da RAEM.
“Este gabinete tem por missão reorganizar e rever as situações e os regimes relacionados com os três tipos de activos públicos da RAEM: bens imóveis pertencidos à RAEM e às entidades autónomas, empresas de capitais públicos e fundos autónomos”, afirmou Sónia Chan após a reunião, através de uma nota publicada, em resposta às questões colocadas pelos jornalistas portugueses.
No final do encontro, o presidente da comissão de acompanhamento, Mak Soi Kun, anunciou também que o novo Gabinete vai criar directivas destinadas ao funcionamento das empresas de capitais públicos, anunciadas no próximo mês. Estas medidas irão contemplar aspectos como “o trabalho feito pelos representantes do Governo no conselho de administração destas empresas” e a fiscalização da concretização, ou não, de objectivos. Além disso, da fase inicial dos trabalhos farão também parte visitas aos fundos autónomos e às empresas de capitais públicos.
“Neste momento, estão a ser elaboradas as directivas e prevê-se a sua divulgação em Fevereiro. O Gabinete também vai efectuar visitas aos fundos autónomos e às empresas de capitais públicos para se inteirar da situação dessas entidades”, revelou Mak Soi Kun.
Acerca das directivas que estão a ser preparadas, oficialmente designadas por “Instruções para a divulgação pública de informações por empresas de capitais públicos”, Sónia Chan detalhou ainda que, “serão aplicadas às empresas de capitais públicos em que a RAEM ou as outras pessoas colectivas de direito público da RAEM detêm, directa ou indirectamente, e cumulativamente, participações financeiras superiores a 50 por cento”.

Sanções no horizonte

Sublinhando que o novo gabinete tem como principal objectivo “melhorar a utilização do erário público”, Mak Soi Kun esclareceu ainda que o organismo irá permitir uma fiscalização mais eficaz dos activos públicos pois visa “aferir se os investimentos feitos permitem alcançar os objectivos inicialmente propostos”.
“Não se trata apenas de uma questão de legalidade, mas sim de razoabilidade. Cabe a este gabinete alertar o Governo para casos em que não se justifica determinado investimento (…), como um espaço pouco apropriado ou luxo desnecessário”, explicou Mak Soi Kun. “Se o Chefe do Executivo andar de Mercedes, não faz sentido outros representantes do Governo circularem num veículo de categoria superior”, exemplificou o presidente da comissão.
Já sobre eventuais incumprimentos das regras, Mak Soi Kun disse ser preciso “esperar pela elaboração dos diplomas legais que vão regulamentar a actividade destas empresas de capitais públicos para saber se serão definidas sanções.
Quanto às dúvidas levantadas pela comissão acerca da eventual sobreposição de papéis entre o Comissariado da Auditoria e o novo gabinete, o presidente da comissão de acompanhamento afirmou que os dois organismos terão função independentes.
“O Comissariado faz um trabalho de supervisão à posteriori e também durante a execução do orçamento e por isso é um trabalho de verificação do cumprimento das normais legais ou não. Já o novo gabinete irá incidir sobretudo sobre os direitos patrimoniais”, esclareceu Mak Soi Kun.

14 Jan 2020

Posto fronteiriço de Hengqin apontado ao primeiro semestre de 2020

[dropcap]O[/dropcap] novo porta-voz do Conselho Executivo e secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, anunciou ontem que as obras do lado de Macau do posto fronteiriço de Hengqin estão concluídas, assim como a discussão proposta de lei sobre “as normas fundamentais para a aplicação do direito da RAEM” na zona.

A proposta, que está pronta para ser entregue à Assembleia Legislativa (AL), poderá entrar em vigor em menos de seis meses, acredita o porta-voz do Conselho Executivo. “O tempo não podemos prever pois está dependente da AL, mas creio que não vai demorar muito tempo. Creio que vai ser antes do final do primeiro semestre”, referiu André Cheong.

O anúncio surge no seguimento do comité permanente da Assembleia Popular Nacional da China ter delegado poderes ao Governo de Macau para administrar a parte correspondente do território do posto fronteiriço de Hengqin e zonas contíguas, definida pela “planta cadastral”, entretanto já publicada em despacho do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng.

“A proposta de lei estipula expressamente que a referida planta cadastral delimita as vias da RAEM para entrada ou saída legal da Zona do Posto Fronteiriço da Parte de Macau, estipulando ainda que as zonas contíguas incluem as respectivas partes da Ponte Flor de Lótus e da ponte de acesso que liga a Universidade de Macau e o Posto Fronteiriço Hengqin (excepto os pilares), bem como o espaço reservado do Metro Ligeiro de Macau que se estende até ao Posto Fronteiriço Hengqin”, pode ler-se no comunicado oficial que acompanhou o anúncio.

Sobre a ponte de acesso entre a Universidade de Macau e o posto fronteiriço de Hengqin, o Cheong acrescentou ainda que esta ainda não foi construída e que não existe, de momento, calendário para a construção da infra-estrutura.

Afinar detalhes

Além do funcionamento do novo posto fronteiriço estar agora dependente da aprovação da referida proposta de lei por parte da Assembleia Legislativa (AL), o porta-voz do Governo referiu ainda faltarem inspecções técnicas e testes à estrutura.

“O funcionamento do posto fronteiriço da parte de Macau depende agora da coordenação entre duas partes. A primeira está relacionada com a aplicação do direito da RAEM nesta zona específica (…), segundo o que a China delegou para o exercício de jurisdição na zona do posto fronteiriço. Por outro lado, depende da parte técnica, pois já acabámos as obras e resta a parte dos testes (…), de verificação de todas as instalações e testes de circulação de passageiros”, explicou André Cheong.

14 Jan 2020

Pneumonia | Governo envia equipa de investigação a Wuhan

Depois de as autoridades de saúde do continente terem divulgado a morte do primeiro doente com pneumonia viral em Wuhan no sábado passado, o Governo da RAEM anunciou no mesmo dia o envio de uma equipa de trabalho à região. Em Macau, uma mulher de 37 anos está em isolamento

 

[dropcap]U[/dropcap]ma delegação do Governo, composta por três representantes, estará em Wuhan durante os dias de hoje e amanhã para se inteirar da situação epidemiológica da pneumonia viral de origem desconhecida que tem vindo a afectar a cidade localizada na província de Hubei, no centro da China. O anúncio foi feito ontem pelo Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida, informando ainda que a delegação do Governo da RAEM é composta pelo Coordenador do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr. Lam Chong e ainda por dois representantes do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

“A delegação vai deslocar-se à cidade de Wuhan para uma inspecção da situação local e troca de informações com os representantes do Interior da China, a fim de inteirar-se da situação (…) que tem ocorrido naquela cidade, da situação de diagnóstico e tratamento de pacientes, assim como de prevenção e controlo da doença”, pode ler-se na nota divulgada.

O anúncio surgiu no mesmo dia em que a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan fez um balanço da situação, onde deu conta da primeira morte resultante da pneumonia. Segundo as autoridades de Wuhan trata-se de um homem de 61 anos que sofria de doenças crónicas, como tumores abdominais e doença hepática crónica. No balanço emitido, as autoridades de Wuhan reviram ainda em baixa o número de pacientes afectados de 59 para 41. A investigação epidemiológica descobriu, até agora, que os pacientes são os comerciantes e agentes de compras do Mercado Grossista de Marisco Huanan da Cidade de Wuhan.

No seguimento da avaliação da situação e depois de ter sido também identificado inicialmente o agente patogénico da “pneumonia viral de causa desconhecida” como o novo coronavírus, o Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida considerou que o risco para Macau ainda é médio, mantendo por isso o actual nível de alerta como Nível III (Grave).

Em observação

Até ao passado sábado, os Serviços de Saúde (SS) divulgaram a existência de um caso de uma mulher de 37 anos, residente em Wuhan, que viajou para Macau no dia 10 de Janeiro, apresentando sintomas de febre ligeiros e corrimento nasal. Após observação, a doente foi colocada em isolamento no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), onde foi sujeita a um exame aprofundado para excluir a possibilidade de pneumonia de origem desconhecida de Wuhan.

Segundo os SS, “o resultado da análise laboratorial da amostra do tracto respiratório do caso foi negativo para os vírus respiratórios comuns”, sendo o estado clínico da mulher considerado estável, sem manifestação de pneumonia.

Desde o início do ano foram registados em instituições médicas de Macau, no total, nove casos relacionados com pessoas que estiveram em Wuhan no período de 14 dias antes do início dos sintomas e que manifestaram sintomas de febre e do trato respiratório. Em oito destes nove casos, já foi excluída a possibilidade de pneumonia de origem desconhecida de Wuhan.

13 Jan 2020

Pneumonia | Governo envia equipa de investigação a Wuhan

Depois de as autoridades de saúde do continente terem divulgado a morte do primeiro doente com pneumonia viral em Wuhan no sábado passado, o Governo da RAEM anunciou no mesmo dia o envio de uma equipa de trabalho à região. Em Macau, uma mulher de 37 anos está em isolamento

 
[dropcap]U[/dropcap]ma delegação do Governo, composta por três representantes, estará em Wuhan durante os dias de hoje e amanhã para se inteirar da situação epidemiológica da pneumonia viral de origem desconhecida que tem vindo a afectar a cidade localizada na província de Hubei, no centro da China. O anúncio foi feito ontem pelo Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida, informando ainda que a delegação do Governo da RAEM é composta pelo Coordenador do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr. Lam Chong e ainda por dois representantes do Centro Hospitalar Conde de São Januário.
“A delegação vai deslocar-se à cidade de Wuhan para uma inspecção da situação local e troca de informações com os representantes do Interior da China, a fim de inteirar-se da situação (…) que tem ocorrido naquela cidade, da situação de diagnóstico e tratamento de pacientes, assim como de prevenção e controlo da doença”, pode ler-se na nota divulgada.
O anúncio surgiu no mesmo dia em que a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan fez um balanço da situação, onde deu conta da primeira morte resultante da pneumonia. Segundo as autoridades de Wuhan trata-se de um homem de 61 anos que sofria de doenças crónicas, como tumores abdominais e doença hepática crónica. No balanço emitido, as autoridades de Wuhan reviram ainda em baixa o número de pacientes afectados de 59 para 41. A investigação epidemiológica descobriu, até agora, que os pacientes são os comerciantes e agentes de compras do Mercado Grossista de Marisco Huanan da Cidade de Wuhan.
No seguimento da avaliação da situação e depois de ter sido também identificado inicialmente o agente patogénico da “pneumonia viral de causa desconhecida” como o novo coronavírus, o Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Pneumonia de Origem Desconhecida considerou que o risco para Macau ainda é médio, mantendo por isso o actual nível de alerta como Nível III (Grave).

Em observação

Até ao passado sábado, os Serviços de Saúde (SS) divulgaram a existência de um caso de uma mulher de 37 anos, residente em Wuhan, que viajou para Macau no dia 10 de Janeiro, apresentando sintomas de febre ligeiros e corrimento nasal. Após observação, a doente foi colocada em isolamento no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), onde foi sujeita a um exame aprofundado para excluir a possibilidade de pneumonia de origem desconhecida de Wuhan.
Segundo os SS, “o resultado da análise laboratorial da amostra do tracto respiratório do caso foi negativo para os vírus respiratórios comuns”, sendo o estado clínico da mulher considerado estável, sem manifestação de pneumonia.
Desde o início do ano foram registados em instituições médicas de Macau, no total, nove casos relacionados com pessoas que estiveram em Wuhan no período de 14 dias antes do início dos sintomas e que manifestaram sintomas de febre e do trato respiratório. Em oito destes nove casos, já foi excluída a possibilidade de pneumonia de origem desconhecida de Wuhan.

13 Jan 2020

Videovigilância | Sulu Sou pede suspensão de “experiência ilegal”

Comparando o nível de concentração de câmaras de videovigilância prevista pelo Governo, com o termo Big Brother introduzido na obra de George Orwell “1984”, Sulu Sou volta a pedir a suspensão da tecnologia de reconhecimento facial enquanto não forem definidos mecanismos eficazes de fiscalização

 

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou enviou uma interpelação oral a questionar o Governo sobre a legitimidade da aplicação da tecnologia de reconhecimento facial em modo “background” em 100 câmaras de videovigilância, a título experimental, no primeiro trimestre de 2020.

Recordando que em Março de 2019, naquilo que considerou ser uma “total falta de transparência, consulta pública e fiscalização”, os Serviços de Polícia Unitários adiantaram que iriam testar a tecnologia de reconhecimento facial no início deste ano, Sulu Sou acusa o Governo de ter divulgado os detalhes do sistema a “conta-gotas” e de forma pouco clara, colocando em perigo o direito à privacidade da população. Em causa está o facto de estar estipulado que o modo background obriga os agentes da Polícia Judiciária (PJ) a consultar os dados com credenciais individuais e numa sala específica sem ter, no entanto, de respeitar os dispostos presentes no “Regime Jurídico de Videovigilância em espaços públicos”.

“As autoridades sofismaram que como o modo backgound não faz parte da videovigilância, não precisa de seguir a Lei da videovigilância, isto é, o reconhecimento facial não se sujeita à audição a priori do parecer do [Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais] GPDP e à divulgação dos locais de instalação, nem à destruição automática dos dados pessoais a posteriori”, apontou Sulu Sou. “Com tanta falta de protecção legal e de mecanismos de fiscalização, o direito à privacidade da população é posto em perigo, e são inimagináveis as consequências do abuso e fuga de dados pessoais”, acrescentou.

Na interpelação enviada, Sulu Sou questiona, dadas as implicações para o direito à privacidade e reserva de intimidade privada, o direito à imagem, à palavra e à liberdade de circulação, se o Governo vai suspender “o quanto antes a experiência ilegal do reconhecimento ilegal do reconhecimento facial na videovigilância”.

O deputado pede ainda ao Executivo que forneça explicações pormenorizadas sobre a execução do projecto como “o fluxograma da recolha de dados pessoais” ou “as características técnicas dos dispositivos” e sugere em jeito de pergunta, que o Governo abandone a criação de uma base de dados de grande dimensão para responder às “preocupações (…) da sociedade”.

Debaixo de olho

Estimando-se de acordo com o plano do Governo que até 2028 estejam instaladas 4200 câmaras de vigilância em espaços públicos, Sulu Sou compara mesmo o nível de concentração deste tipo de equipamentos com a sociedade do Big Brother, plenamente vigiada e profetizada por George Orwell, de forma satírica, nas páginas de “1984”. “A concentração é tão grande que a sociedade de Macau está a caminhar para a plena vigilância por parte do Governo, tal como se descreve na sátira ‘1984’ ”, sublinhou o deputado.

Além disso, a execução deste sistema de permanente monitorização implica, segundo Sulu Sou, “trabalhos ocultos”, sobretudo pela forma como as autoridades de segurança recorrem constantemente aos argumentos da “segurança pública” e da “confidencialidade policial”, como pretexto para recusar a divulgação de pormenores.

Por isso mesmo, o deputado faz ainda um apelo ao Governo para que crie um mecanismo de fiscalização “eficaz e independente” que permita assegurar que o direito à privacidade é protegido e que os cidadãos “fiquem facilmente a saber se os seus direitos estão a ser afectados, para poder recorrer, atempadamente, aos meios jurídicos para a respectiva resolução”.

Vigilância no horizonte

Projectado pelo Governo para ser implementado em seis fases, o sistema dispõe actualmente de 820 câmaras correspondentes às três primeiras fases e prevê que a conclusão da quarta aconteça no primeiro trimestre deste ano, altura em que deverão já estar em funcionamento um total de 1620 câmaras. A fase seguinte, de aplicação a curto prazo, contempla a instalação de 2600 câmaras até 2023 e tem como objectivo “reforçar a vigilância de locais de grande concentração de pessoas, designadamente instalações de ensino, estações de autocarro e táxis”. Cinco anos depois, até ao final da 6ª fase em 2028, o número de câmaras vai aumentar para 4200.

13 Jan 2020

Videovigilância | Sulu Sou pede suspensão de “experiência ilegal”

Comparando o nível de concentração de câmaras de videovigilância prevista pelo Governo, com o termo Big Brother introduzido na obra de George Orwell “1984”, Sulu Sou volta a pedir a suspensão da tecnologia de reconhecimento facial enquanto não forem definidos mecanismos eficazes de fiscalização

 
[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou enviou uma interpelação oral a questionar o Governo sobre a legitimidade da aplicação da tecnologia de reconhecimento facial em modo “background” em 100 câmaras de videovigilância, a título experimental, no primeiro trimestre de 2020.
Recordando que em Março de 2019, naquilo que considerou ser uma “total falta de transparência, consulta pública e fiscalização”, os Serviços de Polícia Unitários adiantaram que iriam testar a tecnologia de reconhecimento facial no início deste ano, Sulu Sou acusa o Governo de ter divulgado os detalhes do sistema a “conta-gotas” e de forma pouco clara, colocando em perigo o direito à privacidade da população. Em causa está o facto de estar estipulado que o modo background obriga os agentes da Polícia Judiciária (PJ) a consultar os dados com credenciais individuais e numa sala específica sem ter, no entanto, de respeitar os dispostos presentes no “Regime Jurídico de Videovigilância em espaços públicos”.
“As autoridades sofismaram que como o modo backgound não faz parte da videovigilância, não precisa de seguir a Lei da videovigilância, isto é, o reconhecimento facial não se sujeita à audição a priori do parecer do [Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais] GPDP e à divulgação dos locais de instalação, nem à destruição automática dos dados pessoais a posteriori”, apontou Sulu Sou. “Com tanta falta de protecção legal e de mecanismos de fiscalização, o direito à privacidade da população é posto em perigo, e são inimagináveis as consequências do abuso e fuga de dados pessoais”, acrescentou.
Na interpelação enviada, Sulu Sou questiona, dadas as implicações para o direito à privacidade e reserva de intimidade privada, o direito à imagem, à palavra e à liberdade de circulação, se o Governo vai suspender “o quanto antes a experiência ilegal do reconhecimento ilegal do reconhecimento facial na videovigilância”.
O deputado pede ainda ao Executivo que forneça explicações pormenorizadas sobre a execução do projecto como “o fluxograma da recolha de dados pessoais” ou “as características técnicas dos dispositivos” e sugere em jeito de pergunta, que o Governo abandone a criação de uma base de dados de grande dimensão para responder às “preocupações (…) da sociedade”.

Debaixo de olho

Estimando-se de acordo com o plano do Governo que até 2028 estejam instaladas 4200 câmaras de vigilância em espaços públicos, Sulu Sou compara mesmo o nível de concentração deste tipo de equipamentos com a sociedade do Big Brother, plenamente vigiada e profetizada por George Orwell, de forma satírica, nas páginas de “1984”. “A concentração é tão grande que a sociedade de Macau está a caminhar para a plena vigilância por parte do Governo, tal como se descreve na sátira ‘1984’ ”, sublinhou o deputado.
Além disso, a execução deste sistema de permanente monitorização implica, segundo Sulu Sou, “trabalhos ocultos”, sobretudo pela forma como as autoridades de segurança recorrem constantemente aos argumentos da “segurança pública” e da “confidencialidade policial”, como pretexto para recusar a divulgação de pormenores.
Por isso mesmo, o deputado faz ainda um apelo ao Governo para que crie um mecanismo de fiscalização “eficaz e independente” que permita assegurar que o direito à privacidade é protegido e que os cidadãos “fiquem facilmente a saber se os seus direitos estão a ser afectados, para poder recorrer, atempadamente, aos meios jurídicos para a respectiva resolução”.

Vigilância no horizonte

Projectado pelo Governo para ser implementado em seis fases, o sistema dispõe actualmente de 820 câmaras correspondentes às três primeiras fases e prevê que a conclusão da quarta aconteça no primeiro trimestre deste ano, altura em que deverão já estar em funcionamento um total de 1620 câmaras. A fase seguinte, de aplicação a curto prazo, contempla a instalação de 2600 câmaras até 2023 e tem como objectivo “reforçar a vigilância de locais de grande concentração de pessoas, designadamente instalações de ensino, estações de autocarro e táxis”. Cinco anos depois, até ao final da 6ª fase em 2028, o número de câmaras vai aumentar para 4200.

13 Jan 2020

Parada | Ano Novo Chinês celebrado no centro e no norte de Macau

Orçamentado em 28,3 milhões de patacas, o evento realiza-se no terceiro e no oitavo dia do Ano Novo Lunar (27 de Janeiro e 1 de Fevereiro) e conta com um total de 34 grupos de animação, desfile de 18 carros alegóricos, concertos e fogo-de-artifício

 
[dropcap]“2[/dropcap]020, ano do rato, é o ano da dupla Primavera e é o ano propício para o casamento”, foi desta forma que o director substituto da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Cheng Wai Tong deu ontem o mote para a apresentação do programa da Parada de Celebração do Ano do Rato, que terá lugar no terceiro e no oitavo dia do Ano Novo Lunar (27 de Janeiro e 1 de Fevereiro). A parada, que terá lugar no centro e na zona norte da cidade, vai contar com desfiles de carros alegóricos, espectáculos culturais, fogo-de-artifício e vários passatempos.
“Ao longo do tempo temos vindo a promover o nível da qualidade da parada de recepção do Novo Ano Lunar, esperando melhorar a organização de cada edição (…), pois queremos com este grande evento do ano, proporcione uma atmosfera festiva e repleta de cultura e tradições chinesas a todos”, partilhou Cheng Wai Tong.
Assim, a primeira parada agendada para 27 de Janeiro terá início a partir das 20h no centro da cidade, mais precisamente na Praça do Lago Sai Van, em frente à Torre de Macau. O espectáculo abre com dança aérea e acrobacias que darão início a um desfile de 18 carros alegóricos, acompanhados de 34 grupos de animação locais e estrangeiros, que seguirão pela Avenida Dr. Sun Yat Sen, com ponto de chegada no Centro de Ciência de Macau.
Antes disso, a partir das 17h30 haverá também lugar para actuações diversas que antecedem o evento principal da noite, que irá contar com a presença de celebridades de Hong Kong e Macau como Selena Lee, Paisley Hu e Mandy Wong. Pelas 21h45 haverá um espectáculo de fogo-de-artifício com a duração de 15 minutos, na zona ribeirinha em frente à Torre de Macau.
Já as celebrações do dia 1 de Fevereiro, oitavo dia do Ano Novo Lunar, terão início pelas 20 horas e contará com um desfile dos 18 carros alegóricos, que partirão da Rua Norte do Patane, passando pela Avenida do Conselheiro Borja, Estrada do Arco, Estrada da Areia Preta, Avenida de Venceslau de Morais, Rua Quatro do Bairro da Areia Preta, Avenida da Longevidade e Rua do Mercado de Iao Hon. O cortejo segue depois em direcção ao ponto de chegada situado no Jardim do Mercado do Iao Hon, onde se realizará um espectáculo de encerramento que conta com actuações de artistas de Hong Kong e Macau como Louis Yuen, Germano Guilherme, Elise Lei, Elvin Chio, BoBo Chan e Kenny Lei.
De referir ainda que A Marcha do Alto do Pina, vencedora da última edição das marchas populares de Lisboa, será um dos 34 grupos que irão participar na parada.
Questionado sobre o número de espectadores esperado para este ano, o director substituto da DST, Cheng Wai Tong, disse esperar uma afluência semelhante à do ano passado, ou seja, entre 80 mil a 90 mil pessoas.

Orçamento inflaccionado

“Temos mais grupos de animação locais e também maior inflação”, foi desta forma que Cheng Wai Tong justificou ontem o orçamento de 28,3 milhões de patacas dedicado à Parada de Celebração do Ano Novo Chinês e que reflecte um aumento de três por cento em relação ao ano passado.
Confrontado sobre as recentes indicações do Governo para controlar as despesas públicas, o responsável disse apenas que os serviços de turismo receberam ordens de Ho Iat Seng “para racionalizar as despesas em função da rentabilidade e em função dos resultados”.
Já sobre tomadas medidas específicas acerca da Pneumonia de Origem Desconhecida de Wuhan, Cheng Wai Tong afirmou que os serviços de turismo estão a acompanhar a situação de perto e que tomarão medidas se vier a ser necessário.
“A DST é um dos membros do grupo de contingência e por isso temos vindo a acompanhar a situação. Até ao dia da parada ainda faltam algumas semanas e por isso vamos dar acompanhamento à evolução da pneumonia e claro que, se, entretanto, a pneumonia agravar iremos tomar as medidas necessárias”
Questionado sobre se poderá estar em causa a realização do evento devido a um surto da doença, Cheng Wai Tong afirmou que terá de ser avaliado na altura “o grau da situação da pneumonia”. “A DST não pode suspender a parada por si só e teremos de entregar um projecto ao grupo de contingência para avaliar a situação”, acrescentou.

10 Jan 2020

Parada | Ano Novo Chinês celebrado no centro e no norte de Macau

Orçamentado em 28,3 milhões de patacas, o evento realiza-se no terceiro e no oitavo dia do Ano Novo Lunar (27 de Janeiro e 1 de Fevereiro) e conta com um total de 34 grupos de animação, desfile de 18 carros alegóricos, concertos e fogo-de-artifício

 

[dropcap]“2[/dropcap]020, ano do rato, é o ano da dupla Primavera e é o ano propício para o casamento”, foi desta forma que o director substituto da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Cheng Wai Tong deu ontem o mote para a apresentação do programa da Parada de Celebração do Ano do Rato, que terá lugar no terceiro e no oitavo dia do Ano Novo Lunar (27 de Janeiro e 1 de Fevereiro). A parada, que terá lugar no centro e na zona norte da cidade, vai contar com desfiles de carros alegóricos, espectáculos culturais, fogo-de-artifício e vários passatempos.

“Ao longo do tempo temos vindo a promover o nível da qualidade da parada de recepção do Novo Ano Lunar, esperando melhorar a organização de cada edição (…), pois queremos com este grande evento do ano, proporcione uma atmosfera festiva e repleta de cultura e tradições chinesas a todos”, partilhou Cheng Wai Tong.

Assim, a primeira parada agendada para 27 de Janeiro terá início a partir das 20h no centro da cidade, mais precisamente na Praça do Lago Sai Van, em frente à Torre de Macau. O espectáculo abre com dança aérea e acrobacias que darão início a um desfile de 18 carros alegóricos, acompanhados de 34 grupos de animação locais e estrangeiros, que seguirão pela Avenida Dr. Sun Yat Sen, com ponto de chegada no Centro de Ciência de Macau.

Antes disso, a partir das 17h30 haverá também lugar para actuações diversas que antecedem o evento principal da noite, que irá contar com a presença de celebridades de Hong Kong e Macau como Selena Lee, Paisley Hu e Mandy Wong. Pelas 21h45 haverá um espectáculo de fogo-de-artifício com a duração de 15 minutos, na zona ribeirinha em frente à Torre de Macau.

Já as celebrações do dia 1 de Fevereiro, oitavo dia do Ano Novo Lunar, terão início pelas 20 horas e contará com um desfile dos 18 carros alegóricos, que partirão da Rua Norte do Patane, passando pela Avenida do Conselheiro Borja, Estrada do Arco, Estrada da Areia Preta, Avenida de Venceslau de Morais, Rua Quatro do Bairro da Areia Preta, Avenida da Longevidade e Rua do Mercado de Iao Hon. O cortejo segue depois em direcção ao ponto de chegada situado no Jardim do Mercado do Iao Hon, onde se realizará um espectáculo de encerramento que conta com actuações de artistas de Hong Kong e Macau como Louis Yuen, Germano Guilherme, Elise Lei, Elvin Chio, BoBo Chan e Kenny Lei.

De referir ainda que A Marcha do Alto do Pina, vencedora da última edição das marchas populares de Lisboa, será um dos 34 grupos que irão participar na parada.

Questionado sobre o número de espectadores esperado para este ano, o director substituto da DST, Cheng Wai Tong, disse esperar uma afluência semelhante à do ano passado, ou seja, entre 80 mil a 90 mil pessoas.

Orçamento inflaccionado

“Temos mais grupos de animação locais e também maior inflação”, foi desta forma que Cheng Wai Tong justificou ontem o orçamento de 28,3 milhões de patacas dedicado à Parada de Celebração do Ano Novo Chinês e que reflecte um aumento de três por cento em relação ao ano passado.

Confrontado sobre as recentes indicações do Governo para controlar as despesas públicas, o responsável disse apenas que os serviços de turismo receberam ordens de Ho Iat Seng “para racionalizar as despesas em função da rentabilidade e em função dos resultados”.

Já sobre tomadas medidas específicas acerca da Pneumonia de Origem Desconhecida de Wuhan, Cheng Wai Tong afirmou que os serviços de turismo estão a acompanhar a situação de perto e que tomarão medidas se vier a ser necessário.

“A DST é um dos membros do grupo de contingência e por isso temos vindo a acompanhar a situação. Até ao dia da parada ainda faltam algumas semanas e por isso vamos dar acompanhamento à evolução da pneumonia e claro que, se, entretanto, a pneumonia agravar iremos tomar as medidas necessárias”

Questionado sobre se poderá estar em causa a realização do evento devido a um surto da doença, Cheng Wai Tong afirmou que terá de ser avaliado na altura “o grau da situação da pneumonia”. “A DST não pode suspender a parada por si só e teremos de entregar um projecto ao grupo de contingência para avaliar a situação”, acrescentou.

10 Jan 2020

Droga | Homem detido por venda cocaína no valor de 120 mil patacas

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) revelou ontem ter detido dois suspeitos, um homem e uma mulher, por envolvimento num esquema de tráfico de droga em Macau. O homem, de 24 anos e natural de Hong Kong, confessou que operava no NAPE durante a noite e que, no total, vendeu 50 gramas de cocaína, no valor de 120 mil patacas.

O caso aconteceu na quarta-feira, quando a PJ seguiu o suspeito até à Taipa, onde viria a encontrar-se com uma mulher de 29 anos, residente de Macau, para vender ou entregar droga. A polícia interceptou de seguida os dois suspeitos, sendo que a mulher trazia com ela quatro pacotes de cocaína, com 1,2 gramas no total. Já o homem de Hong Kong tinha com ele oito pacotes do estupefaciente, com 2,4 gramas no total, com o valor aproximado de 6.500 patacas.

No seguimento da detenção, a polícia acompanhou o homem até às instalações de um casino no NAPE onde viriam a ser encontrados, dentro da casa de banho do terraço do edifício, mais 38 pacotes, que continham, no total, 12,03 gramas de cocaína. Segundo a PJ, o homem de Hong Kong confessou que já tinha transportado droga para vender em Macau por diversas ocasiões e que, por dia, é capaz de ganhar cerca de 2500 dólares de Hong Kong. O suspeito confessou ainda ter feito este trabalho durante cinco dias e que outro envolvido, também originário de Hong Kong, lhe pediu para entregar droga em vários locais da cidade.

“O suspeito confessou ter vendido, no total, 50 gramas de cocaína em Macau e que cada pacote contém 0,3 gramas do produto, sendo vendido à unidade por 700 patacas. No total, o homem vendeu cocaína em Macau no valor de 120 mil patacas”, revelou o porta-voz da PJ.

Apesar de o suspeito ter avançado que a mulher estaria a comprar droga, no valor de 3 mil patacas para consumo próprio, a PJ suspeita que a envolvida possa também estar implicada no esquema de tráfico de droga. Os dois casos seguiram já para o Ministério Público, sendo que a origem da droga está ainda por investigar.

10 Jan 2020

Droga | Homem detido por venda cocaína no valor de 120 mil patacas

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) revelou ontem ter detido dois suspeitos, um homem e uma mulher, por envolvimento num esquema de tráfico de droga em Macau. O homem, de 24 anos e natural de Hong Kong, confessou que operava no NAPE durante a noite e que, no total, vendeu 50 gramas de cocaína, no valor de 120 mil patacas.
O caso aconteceu na quarta-feira, quando a PJ seguiu o suspeito até à Taipa, onde viria a encontrar-se com uma mulher de 29 anos, residente de Macau, para vender ou entregar droga. A polícia interceptou de seguida os dois suspeitos, sendo que a mulher trazia com ela quatro pacotes de cocaína, com 1,2 gramas no total. Já o homem de Hong Kong tinha com ele oito pacotes do estupefaciente, com 2,4 gramas no total, com o valor aproximado de 6.500 patacas.
No seguimento da detenção, a polícia acompanhou o homem até às instalações de um casino no NAPE onde viriam a ser encontrados, dentro da casa de banho do terraço do edifício, mais 38 pacotes, que continham, no total, 12,03 gramas de cocaína. Segundo a PJ, o homem de Hong Kong confessou que já tinha transportado droga para vender em Macau por diversas ocasiões e que, por dia, é capaz de ganhar cerca de 2500 dólares de Hong Kong. O suspeito confessou ainda ter feito este trabalho durante cinco dias e que outro envolvido, também originário de Hong Kong, lhe pediu para entregar droga em vários locais da cidade.
“O suspeito confessou ter vendido, no total, 50 gramas de cocaína em Macau e que cada pacote contém 0,3 gramas do produto, sendo vendido à unidade por 700 patacas. No total, o homem vendeu cocaína em Macau no valor de 120 mil patacas”, revelou o porta-voz da PJ.
Apesar de o suspeito ter avançado que a mulher estaria a comprar droga, no valor de 3 mil patacas para consumo próprio, a PJ suspeita que a envolvida possa também estar implicada no esquema de tráfico de droga. Os dois casos seguiram já para o Ministério Público, sendo que a origem da droga está ainda por investigar.

10 Jan 2020

Duas mulheres envolvidas em lavagem de dinheiro promovido por “namorado cibernético”

[dropcap]U[/dropcap]ma mulher de 22 anos, residente de Macau, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) na passada quarta-feira, acusada do crime de lavagem de dinheiro, após ter ajudado a transferir e a levantar 1,2 milhões de patacas a partir da sua própria conta, a mando do seu alegado “namorado cibernético”. Outra mulher, de 30 anos, que também partilhava a mesma paixão digital terá sido levada a emprestar dinheiro ao suspeito por 14 ocasiões.

Segundo informações avançadas ontem pela Polícia Judiciária (PJ), o caso remonta a 31 de Novembro de 2019 e surgiu após uma denúncia feita pela mulher de 30 anos, que trabalha num casino. Solteira, a mulher conheceu um “namorado” através das redes sociais, afirmando que ele estava envolvido num esquema de negócios ilícitos. Na sua denúncia, a vítima revelou ainda que o homem lhe pediu dinheiro por diversas vezes, dando de seguida instruções para depositar o dinheiro numa conta de Macau.

“Durante dois meses, a mulher emprestou dinheiro por 14 ocasiões, no valor total de 1,2 milhões de patacas”, revelou o porta-voz da PJ.

Através da denúncia, a PJ veio, no entanto, a descobrir que o detentor da conta para onde era transferido o dinheiro era, na verdade, uma mulher de 22 anos residente de Macau, acabando por proceder à sua detenção, no centro da cidade, no dia 8 de Janeiro. De acordo com a suspeita acusada de crime de lavagem de dinheiro, o “namorado cibernético” ter-lhe-á pedido para usar a sua conta para receber dinheiro, alegando que a sua conta está sediada fora de Macau.

No sítio errado

Acreditando que estava a apenas a ajudar o parceiro e apesar de não ter recebido qualquer montante, a residente de Macau de 22 anos acabou por se ver envolvida no crime de lavagem de dinheiro. Segundo a suspeita, o namorado deu-lhe instruções para levantar dinheiro e entregá-lo fora de Macau a dois homens de nacionalidade estrangeiras, tendo usado o valor recebido unicamente para comprar a respectiva viagem e estadia num país asiático.

“A suspeita acreditou em todos os pedidos feitos e ajudou a depositar o dinheiro na sua conta e entre Outubro e Novembro de 2019, esta suspeita já recebeu dinheiro por 34 vezes, tendo depois tratado de levantar os montantes sob orientações do suspeito”, revelou o porta-voz da PJ.

No decurso da investigação foram encontradas mais de 20 notas de transferência bancária e 30 comprovativos de levantamento de dinheiro provenientes de ATM´s.

Segundo as autoridades policiais, ainda não sabe se a suspeita terá alguma vez encontrado presencialmente o namorado e se existem mais pessoas envolvidas.

10 Jan 2020

Crime | Casos de associação criminosa duplicam em 2019

No ano passado, a PJ registou o dobro dos casos de associação criminosa e, só nos crimes relacionados com o jogo, foram instaurados 2.157 processos, o que representa um aumento de 14,5 por cento em relação a 2018

 

[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) registou, em 2019, 40 casos de associação criminosa, um aumento para o dobro em relação ao ano anterior, disse ontem o director da corporação.

“Entre estes casos estão envolvidos usura, auxílio à migração clandestina, exploração de prostituição, tráfico de estupefacientes e burla”, entre outros, indicou Sit Chong Meng. A PJ conseguiu desmantelar vários grupos criminosos, transfronteiriços e locais, “de grande envergadura”, através de um maior recurso à “investigação orientada pelas informações”, acrescentou.

Nos crimes relacionados com o jogo, a PJ instaurou 2.157 processos criminais, o que representa um aumento de 14,5 por cento em relação a 2018. Destes, 602 casos eram de agiotagem e 344 de sequestro relacionado com agiotagem, num aumento de 8,7 por cento e 11,7 por cento, respectivamente.

Os roubos e burlas derivados da “troca de dinheiro” continuam a aumentar anualmente, disse o director da PJ, acrescentando que desde o ano passado, a PJ passou a comunicar à Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) os indivíduos envolvidos na “troca de dinheiro” aos quais a DICJ proíbe a entrada nos casinos. “Procuramos adoptar medidas rápidas para resolver este tipo de crimes”, tendo aumentado as acções de controlo, garantiu.

Com uma diminuição de nove casos relativamente a 2018, foram instaurados no ano passado 119 processos de burla telefónica.

Em contrapartida, as “burlas cibernéticas”, especialmente as burlas de namoro ‘online’ e “armadilhas de serviços sexuais”, registaram em 2019 um aumento de 62 e 91 casos, ou 87,9 e 250 por cento, respectivamente, em relação ao ano anterior. Neste tipo de burlas, a “operação PJ Oystercatcher”, no final de 2019, desmantelou uma “enorme rede internacional de burlas de namoro ‘online'”.

No ano passado, os processos de roubo registaram um aumento de 13,6 por cento em relação a 2018, com casos ocorridos sobretudo em estabelecimentos hoteleiros e em “pontos mais difíceis relativamente à segurança”.

O director da PJ sublinhou ainda que os crimes graves mantêm uma taxa de ocorrência “próxima do zero” e em 2019 “foram resolvidos todos os casos” de homicídio (dois) e de “ofensas graves à integridade física” (cinco).

Em relação aos crimes relacionados com droga, Sit Chong Meng destacou que foram instaurados 89 processos em 2019, uma descida de 3,3 por cento em comparação com o ano anterior, tendo sido resolvidos 62 casos que envolveram 86 residentes de Hong Kong, num aumento de 51,2 e 56,4 por cento, respectivamente. Entre os detidos, 21 são menores, o que mostra uma subida significativa comparativamente a três detidos em 2018, e uma maior incidência nos jovens, disse.

Violência doméstica aumenta

Sobre os casos de violência doméstica, o responsável adiantou que a população de Macau “dá mais atenção” a este tipo de crimes e “procura cooperar com a polícia”. A PJ instaurou 107 inquéritos, mas apenas 17 casos foram apresentados como crimes de violência doméstica, num aumento de 14 casos relativamente a 2018.

No ano passado, a PJ instaurou 6.352 inquéritos, um aumento de 5,9 por cento em comparação com 2018. Também o número de processos concluídos (15.338) aumentou 4,2 por cento em relação ao mesmo período.

O número de indivíduos (detidos, não detidos e menores não responsáveis criminalmente) presentes ao Ministério Público foi de 4.191, um aumento de 6,4 por cento em relação a 2018.

10 Jan 2020

Crime | Casos de associação criminosa duplicam em 2019

No ano passado, a PJ registou o dobro dos casos de associação criminosa e, só nos crimes relacionados com o jogo, foram instaurados 2.157 processos, o que representa um aumento de 14,5 por cento em relação a 2018

 
[dropcap]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) registou, em 2019, 40 casos de associação criminosa, um aumento para o dobro em relação ao ano anterior, disse ontem o director da corporação.
“Entre estes casos estão envolvidos usura, auxílio à migração clandestina, exploração de prostituição, tráfico de estupefacientes e burla”, entre outros, indicou Sit Chong Meng. A PJ conseguiu desmantelar vários grupos criminosos, transfronteiriços e locais, “de grande envergadura”, através de um maior recurso à “investigação orientada pelas informações”, acrescentou.
Nos crimes relacionados com o jogo, a PJ instaurou 2.157 processos criminais, o que representa um aumento de 14,5 por cento em relação a 2018. Destes, 602 casos eram de agiotagem e 344 de sequestro relacionado com agiotagem, num aumento de 8,7 por cento e 11,7 por cento, respectivamente.
Os roubos e burlas derivados da “troca de dinheiro” continuam a aumentar anualmente, disse o director da PJ, acrescentando que desde o ano passado, a PJ passou a comunicar à Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) os indivíduos envolvidos na “troca de dinheiro” aos quais a DICJ proíbe a entrada nos casinos. “Procuramos adoptar medidas rápidas para resolver este tipo de crimes”, tendo aumentado as acções de controlo, garantiu.
Com uma diminuição de nove casos relativamente a 2018, foram instaurados no ano passado 119 processos de burla telefónica.
Em contrapartida, as “burlas cibernéticas”, especialmente as burlas de namoro ‘online’ e “armadilhas de serviços sexuais”, registaram em 2019 um aumento de 62 e 91 casos, ou 87,9 e 250 por cento, respectivamente, em relação ao ano anterior. Neste tipo de burlas, a “operação PJ Oystercatcher”, no final de 2019, desmantelou uma “enorme rede internacional de burlas de namoro ‘online'”.
No ano passado, os processos de roubo registaram um aumento de 13,6 por cento em relação a 2018, com casos ocorridos sobretudo em estabelecimentos hoteleiros e em “pontos mais difíceis relativamente à segurança”.
O director da PJ sublinhou ainda que os crimes graves mantêm uma taxa de ocorrência “próxima do zero” e em 2019 “foram resolvidos todos os casos” de homicídio (dois) e de “ofensas graves à integridade física” (cinco).
Em relação aos crimes relacionados com droga, Sit Chong Meng destacou que foram instaurados 89 processos em 2019, uma descida de 3,3 por cento em comparação com o ano anterior, tendo sido resolvidos 62 casos que envolveram 86 residentes de Hong Kong, num aumento de 51,2 e 56,4 por cento, respectivamente. Entre os detidos, 21 são menores, o que mostra uma subida significativa comparativamente a três detidos em 2018, e uma maior incidência nos jovens, disse.

Violência doméstica aumenta

Sobre os casos de violência doméstica, o responsável adiantou que a população de Macau “dá mais atenção” a este tipo de crimes e “procura cooperar com a polícia”. A PJ instaurou 107 inquéritos, mas apenas 17 casos foram apresentados como crimes de violência doméstica, num aumento de 14 casos relativamente a 2018.
No ano passado, a PJ instaurou 6.352 inquéritos, um aumento de 5,9 por cento em comparação com 2018. Também o número de processos concluídos (15.338) aumentou 4,2 por cento em relação ao mesmo período.
O número de indivíduos (detidos, não detidos e menores não responsáveis criminalmente) presentes ao Ministério Público foi de 4.191, um aumento de 6,4 por cento em relação a 2018.

10 Jan 2020

Privacidade | Lam Lon Wai apela à revisão da lei de protecção de dados

Numa interpelação oral dirigida ao Governo e onde aborda temas como a cidade inteligente e o sistema de videovigilância “olhos no céu”, o deputado Lam Lon Wai afirma que a lei da protecção de dados pessoais, que entrou em vigor há 10 anos, “apresenta grande margem de revisão”

 

[dropcap]L[/dropcap]am Lon Wai, deputado à Assembleia Legislativa e presidente da direcção da Associação Choi In Tong Sam dirigiu ao Governo uma interpelação a questionar o Executivo sobre o que está a ser feito na Administração Pública ao nível da “coordenação e cooperação entre serviços”, tendo por base as questões de privacidade emergentes de temáticas como o desenvolvimento do projecto da cidade inteligente e dos sistema de videovigilância “olhos no céu” e de informação e gestão de tráfego. Sobretudo numa altura em que já passaram mais de 10 anos desde a entrada em vigor da lei da protecção de dados pessoais.

“A lei da protecção de dados pessoais, que entrou em vigor há mais de 10 anos, apresenta grande margem para revisão. Com o desenvolvimento da tecnologia informática, a aplicação de mega-dados amadureceu. O desenvolvimento da internet das coisas e blockchain implicam novos desafios para a protecção de dados pessoais, logo há que proceder a um estudo sobre a revisão dessa lei”, justifica o deputado.

Assim sendo, o deputado questionou o Governo se vai proceder àa consulta sobre a revisão da Lei da protecção de dados pessoais, tendo em conta que “muitas das suas disposições estão desactualizadas”.

Convergir é preciso

Lembrando que o Governo assinou inclusivamente um acordo com o Grupo Alibaba para a cooperação estratégica na área da construção da cidade inteligente para impulsionar esta transformação de Macau através da computação em nuvem, Lam Lon Wai referiu também na interpelação que é necessário “que o Governo defina bem o plano, garantindo a sinergia dos serviços públicos para apoiar a governação inteligente, no sentido de conseguir o dobro do resultado com metade do esforço na construção da cidade inteligente”.

Já sobre a coordenação que aponta ser necessária entre “equipamentos com finalidades diferentes”, mas com “componentes e funções semelhantes” como são o caso dos sistemas de videovigilância “olhos no céu” da responsabilidade da polícia, do sistema de informação e gestão de tráfego (DSAT) e ainda uma parede de vídeo e o novo sistema informático no centro de controlo de tráfego (concurso público), o deputado apela ao Governo para que use eficazmente os recursos disponíveis. “Estes três tipos de equipamentos têm finalidades diferentes, mas têm componentes e funções semelhantes (…) porém são da responsabilidade de três serviços”, explicou o deputado. “Assim, os recursos e dados serão partilhados? É possível minimizar a repetição de instalação? Isto depende muito da inteligência do plano do Governo”, acrescentou.

Argumentando que a “falta de comunicação e cooperação entre os serviços públicos (…) resulta em desperdício e baixa produtividade” e que Ho Iat Seng afirmou que a “reforma da Administração Pública ia ser o seu primeiro trabalho”, Lam Lon Wai espera avanços e questiona o Governo como vai melhorar a eficácia ao nível da utilização de recursos.

“Para melhor aproveitar os recursos e elevar o nível da nossa cidade inteligente, em termos de software e hardware, o Governo deve proceder a uma integração das câmaras de vigilância, do centro de controlo de tráfego e dos postes de iluminação inteligentes, a fim de poupar recursos e obter maiores efeitos. Vai fazê-lo?”, pergunta o deputado.

9 Jan 2020

Privacidade | Lam Lon Wai apela à revisão da lei de protecção de dados

Numa interpelação oral dirigida ao Governo e onde aborda temas como a cidade inteligente e o sistema de videovigilância “olhos no céu”, o deputado Lam Lon Wai afirma que a lei da protecção de dados pessoais, que entrou em vigor há 10 anos, “apresenta grande margem de revisão”

 
[dropcap]L[/dropcap]am Lon Wai, deputado à Assembleia Legislativa e presidente da direcção da Associação Choi In Tong Sam dirigiu ao Governo uma interpelação a questionar o Executivo sobre o que está a ser feito na Administração Pública ao nível da “coordenação e cooperação entre serviços”, tendo por base as questões de privacidade emergentes de temáticas como o desenvolvimento do projecto da cidade inteligente e dos sistema de videovigilância “olhos no céu” e de informação e gestão de tráfego. Sobretudo numa altura em que já passaram mais de 10 anos desde a entrada em vigor da lei da protecção de dados pessoais.
“A lei da protecção de dados pessoais, que entrou em vigor há mais de 10 anos, apresenta grande margem para revisão. Com o desenvolvimento da tecnologia informática, a aplicação de mega-dados amadureceu. O desenvolvimento da internet das coisas e blockchain implicam novos desafios para a protecção de dados pessoais, logo há que proceder a um estudo sobre a revisão dessa lei”, justifica o deputado.
Assim sendo, o deputado questionou o Governo se vai proceder àa consulta sobre a revisão da Lei da protecção de dados pessoais, tendo em conta que “muitas das suas disposições estão desactualizadas”.

Convergir é preciso

Lembrando que o Governo assinou inclusivamente um acordo com o Grupo Alibaba para a cooperação estratégica na área da construção da cidade inteligente para impulsionar esta transformação de Macau através da computação em nuvem, Lam Lon Wai referiu também na interpelação que é necessário “que o Governo defina bem o plano, garantindo a sinergia dos serviços públicos para apoiar a governação inteligente, no sentido de conseguir o dobro do resultado com metade do esforço na construção da cidade inteligente”.
Já sobre a coordenação que aponta ser necessária entre “equipamentos com finalidades diferentes”, mas com “componentes e funções semelhantes” como são o caso dos sistemas de videovigilância “olhos no céu” da responsabilidade da polícia, do sistema de informação e gestão de tráfego (DSAT) e ainda uma parede de vídeo e o novo sistema informático no centro de controlo de tráfego (concurso público), o deputado apela ao Governo para que use eficazmente os recursos disponíveis. “Estes três tipos de equipamentos têm finalidades diferentes, mas têm componentes e funções semelhantes (…) porém são da responsabilidade de três serviços”, explicou o deputado. “Assim, os recursos e dados serão partilhados? É possível minimizar a repetição de instalação? Isto depende muito da inteligência do plano do Governo”, acrescentou.
Argumentando que a “falta de comunicação e cooperação entre os serviços públicos (…) resulta em desperdício e baixa produtividade” e que Ho Iat Seng afirmou que a “reforma da Administração Pública ia ser o seu primeiro trabalho”, Lam Lon Wai espera avanços e questiona o Governo como vai melhorar a eficácia ao nível da utilização de recursos.
“Para melhor aproveitar os recursos e elevar o nível da nossa cidade inteligente, em termos de software e hardware, o Governo deve proceder a uma integração das câmaras de vigilância, do centro de controlo de tráfego e dos postes de iluminação inteligentes, a fim de poupar recursos e obter maiores efeitos. Vai fazê-lo?”, pergunta o deputado.

9 Jan 2020

MAM | Relíquias do intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente em exposição

A inauguração da exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” acontece já no próximo sábado no Museu de Arte de Macau (MAM) e apresenta mais de 100 relíquias culturais do auge do intercâmbio entre civilizações

 

[dropcap]“M[/dropcap]acau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, recorda Chan Kai Chon, presidente do Instituto Cultural (IC) na nota de abertura da exposição publicada no portal online do MAM.

Para lá e para cá, o mundo nunca mais foi o mesmo e, felizmente, há objectos que podem fazer prova disso mesmo. O Museu de Arte de Macau (MAM) abre portas já no próximo sábado à segunda fase da mega-série de exposições dedicada ao tema “A Grande Viagem”, que inclui as exposições, “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” e “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” para apresentar uma vasta colecção de relíquias culturais que testemunharam a “época dourada” da Rota da Seda.

Apresentando um total de quase 150 relíquias culturais de grande valor provenientes do acervo do Museu do Palácio, incluindo porcelanas, instrumentos científicos, relógios, artigos de uso diário, peças esmaltadas, obras de caligrafia, pinturas e tecidos relacionados com a Rota Marítima da Seda, a exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” divide-se em três secções: “Atravessando os Oceanos”, “Influência ocidental chega a oriente” e “Eclectismo”.

As peças da colecção representam “frutos das trocas e interacções das cortes Ming e Qing com o mundo exterior, ilustrando o papel significativo de Macau como antigo entreposto internacional no Extremo Oriente”, pode ler-se num comunicado oficial.

Este conjunto de relíquias culturais inclui sobretudo tributos apresentados por enviados estrangeiros, presentes e objectos trazidos por missionários ocidentais e caligrafia e pinturas produzidas já na corte por esses missionários, bem como vários produtos comprados ou feitos por encomenda da corte ou por oficinas imperiais ou provinciais, imitando e adaptando criativamente os produtos importados.

Tesouros ocultos

Já a exposição “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” pretende dar a conhecer a cultura que se esconde por trás dos muros da Cidade Proibida a partir de diferentes perspectivas e “através da apresentação de diferentes aspectos, incluindo trajes e joias da corte, relíquias culturais e objectos relacionados com os mares e a astronomia usados no Palácio, relógios, os 24 termos solares e a vida na corte”.

Exibindo produtos culturais e criativos que evidenciam o valor cultural intrínseco da colecção do Museu do Palácio, a mostra pretende rejuvenescer a cultura tradicional, dando a conhecer aos visitantes a história do intercâmbio comercial e artístico que se desenvolveu ao longo da Rota Marítima da Seda e revelando ao mesmo tempo a vida da corte e a sua cultura.

“Macau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, disse na nota oficial da exposição, em jeito de remate, Chan Kai Chon.

8 Jan 2020

MAM | Relíquias do intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente em exposição

A inauguração da exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” acontece já no próximo sábado no Museu de Arte de Macau (MAM) e apresenta mais de 100 relíquias culturais do auge do intercâmbio entre civilizações

 
[dropcap]“M[/dropcap]acau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, recorda Chan Kai Chon, presidente do Instituto Cultural (IC) na nota de abertura da exposição publicada no portal online do MAM.
Para lá e para cá, o mundo nunca mais foi o mesmo e, felizmente, há objectos que podem fazer prova disso mesmo. O Museu de Arte de Macau (MAM) abre portas já no próximo sábado à segunda fase da mega-série de exposições dedicada ao tema “A Grande Viagem”, que inclui as exposições, “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” e “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” para apresentar uma vasta colecção de relíquias culturais que testemunharam a “época dourada” da Rota da Seda.
Apresentando um total de quase 150 relíquias culturais de grande valor provenientes do acervo do Museu do Palácio, incluindo porcelanas, instrumentos científicos, relógios, artigos de uso diário, peças esmaltadas, obras de caligrafia, pinturas e tecidos relacionados com a Rota Marítima da Seda, a exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” divide-se em três secções: “Atravessando os Oceanos”, “Influência ocidental chega a oriente” e “Eclectismo”.
As peças da colecção representam “frutos das trocas e interacções das cortes Ming e Qing com o mundo exterior, ilustrando o papel significativo de Macau como antigo entreposto internacional no Extremo Oriente”, pode ler-se num comunicado oficial.
Este conjunto de relíquias culturais inclui sobretudo tributos apresentados por enviados estrangeiros, presentes e objectos trazidos por missionários ocidentais e caligrafia e pinturas produzidas já na corte por esses missionários, bem como vários produtos comprados ou feitos por encomenda da corte ou por oficinas imperiais ou provinciais, imitando e adaptando criativamente os produtos importados.

Tesouros ocultos

Já a exposição “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” pretende dar a conhecer a cultura que se esconde por trás dos muros da Cidade Proibida a partir de diferentes perspectivas e “através da apresentação de diferentes aspectos, incluindo trajes e joias da corte, relíquias culturais e objectos relacionados com os mares e a astronomia usados no Palácio, relógios, os 24 termos solares e a vida na corte”.
Exibindo produtos culturais e criativos que evidenciam o valor cultural intrínseco da colecção do Museu do Palácio, a mostra pretende rejuvenescer a cultura tradicional, dando a conhecer aos visitantes a história do intercâmbio comercial e artístico que se desenvolveu ao longo da Rota Marítima da Seda e revelando ao mesmo tempo a vida da corte e a sua cultura.
“Macau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, disse na nota oficial da exposição, em jeito de remate, Chan Kai Chon.

8 Jan 2020

Tabaco | Mais de cinco mil multas aplicadas em 2019

[dropcap]N[/dropcap]um total de 333.646 inspecções realizadas pelos Serviços de Saúde (SS) em 2019, foram detectados 5.337 casos de violação à lei do tabaco. Destes, a maior parte, 5311 dizem respeito a casos de pessoas encontradas a fumar em zonas proibidas, sendo que destas, 28 estariam a utilizar cigarros electrónicos.

Segundo as informações divulgadas ontem em comunicado pelos SS, houve ainda 23 casos de venda irregular de produtos relacionados com tabaco.

Comparando com igual período do ano passado, o número de acusações a fumadores ilegais diminuiu 5,1 por cento (menos 285 casos). Relativamente à proveniência dos infractores, os SS revelam que 1.593 multas foram aplicadas a cidadãos residentes de Macau (30,0 por cento), 3.524 multas foram aplicadas a turistas (66.4 por cento) e 195 infracções foram cometidas por trabalhadores não residentes (3,7 por cento).

Quanto à aplicação da lei nos casinos, foram acusados 1.375 fumadores, sendo que o número revela uma diminuição de infractores na ordem dos 19,8 por cento em relação ao ano passado. De entre os infractores 1.143 são turistas (83,1 por cento), 229 são residentes de Macau (16,7 por cento) e três eram trabalhadores não residentes de Macau (0,2 por cento).

Até ao dia 31 de Dezembro de 2019, os Serviços de Saúde receberam pedidos de 35 casinos para o licenciamento de 677 salas de fumo, das quais foram autorizadas 642 distribuídas por 34 casinos. Recorde-se que desde o dia 1 de Janeiro de 2019 é totalmente proibido fumar em todos os recintos públicos fechados, excepto em salas autorizadas e que as multas a aplicar por infracções aumentou desde então para 1.500 patacas.

Entre 1 de Janeiro de 2012 e 31 de Dezembro de 2019, as autoridades promoveram um total de 2.294.118 inspeções (uma média diária de 785) e registaram 55.649 acusações.

8 Jan 2020