João Luz Manchete PolíticaCheques | Associações tradicionais afastam conversão Depois de Pereira Coutinho e Ron Lam se terem manifestado contra a conversão do cheque pecuniário em cartão de consumo, deputados das associações tradicionais juntaram-se à oposição. Uma delas foi Lo Choi In, que viu ontem o jornal Cidadão desculpar-se por um artigo escrito por IA em que deputada defendia a substituição dos apoios A polémica relativa à conversão da forma de atribuição do cheque pecuniário num cartão de consumo, que restringe onde gastar o apoio e assume a forma de descontos, conheceu ontem novos contornos, com o “coro” de vozes de deputados a aumentar de volume. A ideia voltou à ordem-do-dia depois de duas reuniões organizadas pelo Governo com representantes de associações, há cerca de duas semanas, para ouvir sugestões sobre a reforma da comparticipação pecuniária. No final, o Executivo revelou que alguém sugeriu mudar a forma como se atribuem os cheques pecuniários, convertendo-os em cartões do consumo para apoiar o comércio e restauração nos bairros comunitários. O deputado Pereira Coutinho começou por criticar a substituição dos apoios e afirmou que iria tentar saber qual a posição dos restantes deputados eleitos por sufrágio directo, cujas associações a que pertencem estiveram nas reuniões com o Governo. Depois de Ron Lam e Nick Lei, deputados das associações tradicionais vieram ontem juntar-se às vozes descontentes com a ideia. Wong Kit Cheng, deputada da Associação Geral das Mulheres de Macau, o deputado Ngan Iek Hang, da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), e Leong Sun Iok, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), assumiram posições contra a alteração à forma como são atribuídos os cheques pecuniários. Falhas tecnológicas A oposição mais caricata à mudança da forma do cheque pecuniário surgiu ontem, com uma errata e pedido de desculpas do jornal Cidadão relativamente ao resumo de artigo escrito com recurso a Inteligência Artificial (IA), onde se indicava que Lo Choi In, deputada da associação ligada à comunidade de Jiangmen, era favorável à polémica conversão. O artigo foi publicado no dia 16 de Janeiro deste ano, mas devido à polémica sobre o assunto, voltou a ressurgir nas redes sociais onde se somaram muitas críticas à posição da deputada reflectida no artigo do Cidadão. O resumo do artigo referia que “a deputada sugere que parte do cheque pecuniário deve ser convertido em cartão do consumo” e que as autoridades devem ajustar a alocação de recursos com flexibilidade. No entanto, o que a deputada realmente defendeu foi a aplicação do montante poupado pela saída do programa de residentes que morem fora de Macau num cartão do consumo para incentivar o consumo nos bairros comunitários. Por esta razão, o jornal publicou ontem uma declaração a pedir desculpas a Lo Choi In. “Devido a problemas técnicos da IA, o artigo apareceu com declarações enganosas, que interpretavam mal a intenção original da deputada Lo Choi In sobre o plano do cheque pecuniário.” A deputada respondeu nas redes sociais, partilhando o pedido de desculpas do jornal Cidadão, e apelou ao público para ler os artigos com conteúdos completos e não se ficar pelos resumos escritos com recursos a softwares de IA.
João Luz PolíticaCoreia do Sul | DST promove Macau com operação de charme em Seul Entre sexta-feira e segunda-feira, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) vai organizar a promoção de rua “Sentir Macau” em Seul, na Coreia do Sul. A iniciativa pretende incentivar turistas da Coreia do Sul a visitar Macau, em especial jovens “millennials” e da geração Z, durante as férias de Verão e a segunda metade do ano. A delegação de Macau irá organizar vários eventos no maior centro comercial de Seul, o The Hyundai Seoul, e logo no primeiro dia, sexta-feira, irá sortear uma viagem a, de três dias e duas noites, “experienciando de imediato a beleza romântica da cidade e o maravilhoso ‘turismo +’”, indicou ontem a DST. A DST vai apostar no romantismo de Macau para atrair jovens sul-coreanos. Para isso, a DST indica que foram “concebidos jogos interactivos, instalações para tirar fotografias e espectáculos”, para os turistas “explorarem cinco experiências de viagem românticas por Macau”. A aposta do Governo da RAEM passa também pelo lançamento de descontos nos preços dos quartos de hotel e voos, através de parcerias com companhias aéreas como a Cathay Pacific, Korea Airlines, Jeju Air e Air Busan. De acordo com dados provisórios, até 16 de Maio, cerca de 235 mil sul-coreanos visitaram Macau, mantendo a “posição estável” do país no “topo do mercado internacional de visitantes de Macau, com um aumento de 26 por cento em relação ao período homólogo de 2024, e recuperando para 65 por cento” dos valores de 2019. Em Abril, o período médio de permanência dos visitantes sul-coreanos em Macau foi de 2,2 dias. Existem actualmente 35 voos semanais entre a RAEM e cidades da Coreia do Sul.
João Luz Manchete PolíticaCheques | Nick Lei também contra troca por cartão de consumo O deputado Nick Lei demarca-se da ideia de converter o cheque pecuniário em cartão do consumo, depois de Pereira Coutinho e Ron Lam terem demonstrado oposição à troca. Nick Lei revela que a opinião de mudar a natureza do apoio foi partilhada por forças associativas minoritárias numa reunião com membros do Governo Afinal, quem defendeu a troca do cheque pecuniário por um cartão de consumo, que pode obrigar a gastos superiores para beneficiar da comparticipação, numa reunião com membros do Governo? Na semana passada, o deputado Pereira Coutinho demonstrou oposição à ideia e garantiu que iria perguntar aos deputados que representam associações que reuniram com o Executivo para saber se concordavam com o fim da atribuição habitual do cheque pecuniário. “Vou contactar os deputados eleitos por sufrágio directo para saber quem apoia esta forma ridícula de atribuição do apoio,” garantiu Pereira Coutinho. Ontem, o deputado Nick Lei, ligado à comunidade de Fujian, publicou um vídeo nas redes sociais a demarcar-se desta posição. A polémica surgiu depois de os gabinetes de Tai Kin Ip e O Lam terem divulgado um comunicado sobre reuniões nos dias 15 e 16 de Maio com associações para ouvir opiniões sobre o aperfeiçoamento da comparticipação pecuniária, vulgarmente designada como cheque pecuniário. Segundo o Governo, alguém sugeriu a “adopção de outras formas de atribuição e combinações de atribuição tais como cartões de consumo ou vales de consumo”. A substituição do cheque por um cartão do consumo poderá implicar a necessidade de consumir primeiro para poder gastar o valor comparticipado pelos cofres públicos. Sem indicar especificamente a associação responsável pela opinião, Nick Lei afirmou que a ideia não contou com a concordância da larga maioria dos participantes na reunião, e que, por isso, “não é necessário recolher as opiniões sobre a forma de atribuição”. Linha na areia Independentemente de quem disse o quê, o deputado que preside à associação Aliança do Povo de Instituição de Macau afirmou ontem ter recebido queixas de residentes contra a conversão do cheque pecuniário em cartão do consumo, medida que considera “inaceitável”. Desde o início da distribuição dos cheques pecuniários, em 2008, a medida tem contado com a opinião favorável dos residentes, correspondendo às suas expectativas, indica o deputado. Porém, Nick Lei defende o lançamento de uma nova ronda de cartão do consumo enquanto complemento do cheque pecuniário. “A sociedade de Macau concorda com a atribuição dos dois apoios. No entanto, se parte do valor do cheque pecuniário for transferido para um cartão de consumo, isso é inaceitável”, concluiu.
João Luz Manchete PolíticaEconomia | Mais de 200 milhões usados em descontos Com o “Grande prémio para o consumo nas zonas comunitárias 2025” a terminar este fim-de-semana, o Governo estima que mais de 200 milhões de patacas em cupões de desconto tenham sido usados até 18 de Maio. O Governo espera que a iniciativa dê início a um ciclo de consumo comunitário, reforçando os negócios das pequenas e médias empresas O “Grande prémio para o consumo nas zonas comunitárias 2025” termina no próximo fim-de-semana. Os residentes têm até sexta-feira tempo para fazer compras superiores a 50 patacas através de aplicações de pagamento aderentes ao programa para se habilitarem ao último sorteio de cupões de desconto para gastar no fim-de-semana. Segundo informação divulgada ontem pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), até 18 de Maio foram utilizados benefícios electrónicos num valor superior a 200 milhões de patacas. No passado dia 9 de Maio, o Governo adiantava que 160 milhões de patacas de cupões de desconto usados haviam gerado até então 680 milhões de patacas em receitas para os estabelecimentos comerciais onde foram gastos. A DSEDT indicou esperar que, “através dos esforços conjuntos de todas as partes, os residentes sejam continuamente incentivados a consumir nos bairros comunitários durante os fins-de-semana, promovendo o ciclo de consumo comunitário e reforçando a confiança das pequenas e médias empresas na exploração dos seus negócios”. Mais para todos Uma das novidades desta edição da iniciativa para impulsionar o consumo, além do aumento para 200 patacas do valor máximo de desconto, foi a criação dos descontos imediatos para idosos através das versões especiais do Macau Pass. Como tal, a DSEDT relembra que os residentes com mais de 65 anos que ainda não tenham levantado a nova versão do cartão para idosos podem fazê-lo até domingo em mais de 100 postos de serviços, ficando com o resto do dia para gastar as 300 patacas do apoio. As autoridades vincam que os descontos imediatos não gozados depois de domingo “serão automaticamente reduzidos a zero”. Recorde-se que os cupões não podem ser utilizados em algumas cadeias de supermercados, como Royal, PARKnSHOP, San Miu e Sunsco. Além disso, não podem ser usados ser utilizados para pagar água, electricidade, gás natural, combustíveis, telecomunicações, transportes transfronteiriços, serviços médicos, serviços prestados por instituições públicas. Também não podem ser usados em casinos, bancos, seguradoras e outras instituições financeiras, casas de penhores, supermercados de grande escala, administração de propriedades, instituições de ensino, parques de estacionamento, táxis, parquímetros e máquinas de venda automática.
João Luz Manchete SociedadeViolência doméstica | Actualizado guia de casos contra crianças O IAS reviu o guia para tratar casos de violência doméstica contra crianças e organizou um curso para passar esses conhecimentos a cerca de 600 agentes policiais, médicos, professores e assistentes sociais. Os profissionais receberam formação sobre mecanismos de colaboração, instrumentos de avaliação, análise e intervenção O Instituto de Acção Social (IAS) actualizou os procedimentos para tratar casos de violência doméstica quando as vítimas são crianças, indicou o presidente da instituição, Hon Wai, numa resposta a interpelação escrita do deputado Ho Iong Sang. No documento divulgado ontem pelo gabinete do deputado da bancada dos Moradores, é indicado que o novo guia, revisto em Março deste ano, actualizou processos de colaboração entre departamentos e polícias, instrumentos de avaliação e análise e prioridades a ter em conta durante a intervenção em casos de violência doméstica com vítimas crianças. Após a actualização do guia, o IAS organizou um curso de formação básica destinado a trabalhadores da linha da frente de diferentes unidades de serviços para partilhar conhecimentos sobre métodos de abordagem e tratamento de casos que envolvam crianças. Segundo Hon Wai, cerca de 600 pessoas participaram no curso, incluindo agentes da polícia, médicos, pessoal docente, pessoal de aconselhamento e assistentes sociais. Além da preparação profissional para o problema, o IAS apostou também na educação e sensibilização da população no sentido de identificar e prestar apoio o mais cedo possível a potenciais casos de violência doméstica. Nesse sentido, mais de 40 instituições de serviços sociais organizaram palestras e actividades sobre a lei e para encorajar a população a fazer o pedido de apoio ou a participar o mais cedo possível, e reconhecer os diferentes tipos de violência doméstica. No terreno Para afinar os mecanismos de intervenção, o IAS estreitou a colaboração com vários departamentos e instituições públicas, como o Ministério Público, a Polícia Judiciária, o Corpo de Polícia de Segurança Pública, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e os Serviços de Saúde. A cooperação inter-departamental é indicada por Hon Wai como indispensável para tratar assuntos relacionados com as medidas de protecção às vítimas e aconselhamento e acompanhamento de agressores. A colaboração inclui ainda entidades como a Comissão do Apoio Judiciário, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e o Instituto de Habitação. Desta forma, o IAS quer garantir a capacidade para prestar “apoio económico urgente ou apoio judiciário, abrigo e protecção temporária, apoio à frequência escolar ou ao emprego, cuidados de saúde gratuitos, e aconselhamento individual ou em família. O objectivo é garantir as “necessidades básicas das vítimas e dos seus filhos”, indica o presidente do IAS.
João Luz Manchete SociedadeEconomia | Inflação em Macau fixa-se em 0,23% em Abril O índice de preços no consumidor em Macau subiu 0,23 por cento em Abril, em termos anuais. A secção de lazer, recreação, desporto e cultura foi a que registou a maior subida mensal de preços, 2,47 por cento, devido à inflacção dos quartos de hotel. Nos primeiros quatro meses do ano, o índice de preços cresceu 0,17 por cento face ao mesmo período de 2024 No passado mês de Abril o índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,23 pontos percentuais face a Abril de 2024, e 0,16 por cento em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados na sexta-feira pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os preços da secção de lazer, recreação, desporto e cultura aumentaram 2,47 por cento em relação a Abril de 2024, principalmente impulsionados pela subida dos preços dos quartos de hotel. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas cresceu 0,48 por cento no mês em análise, “graças à subida dos preços das refeições adquiridas fora de casa e de ‘take-away'”, acrescentou a mesma fonte. Em termos mensais, os preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas desceram ligeiramente face a Março (0,04 por cento), porque os acréscimos dos preços das refeições adquiridas fora de casa e de “take-away” não compensaram “completamente as quedas dos preços do peixe fresco, dos produtos do mar frescos, dos produtos hortícolas e da fruta”. Moda Primavera-Verão No que diz respeito à habitação e combustíveis, os dados da DSEC demonstram uma subida anual foi de 0,21 por cento, devido a um aumento das rendas de casa. Na secção do vestuário e calçado, a DSEC indicou que os preços subiram 0,78 por cento em Abril em relação ao mês anterior, “graças ao lançamento do vestuário de Verão”. Ainda assim, em termos anuais a secção de vestuário e calçado caiu 2,35 por cento. Enquanto nos transportes a subida mensal foi de 0,42 por cento devido “ao aumento dos preços dos bilhetes de avião”, apesar de na comparação em termos anuais se ter verificado uma quebra de 1,67 por cento. Por outro lado, registou-se, no quarto mês do ano, uma queda anual dos preços na área da informação e comunicação (-3,01 por cento), secção que também registou uma quebra mensal de 0,07 por cento. A DSEC indicou também que nos 12 meses terminados em Abril, o IPC subiu 0,42 por cento em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Neste período, as secções que “tiveram os acréscimos mais notáveis” foram produtos e serviços diversos (+2,47 por cento), da educação (+2,21 por cento) e da saúde (+1,62 por cento). Em sentido contrário, os transportes caíram 3 por cento.
João Luz Manchete PolíticaCooperação | Reunião com 50 representantes consulares O Chefe do Executivo jantou na sexta-feira com representantes de consulados de cerca de 50 países e organizações internacionais a quem salientou a missão de estabelecer uma plataforma de cooperação internacional. Sam Hou Fai sublinhou a importância de estreitar laços económicos, comerciais e culturais O Governo da RAEM organizou na sexta-feira uma recepção e jantar que contou com a com a presença de representantes de consulados-gerais de cerca de 50 países e organizações internacionais. No discurso na recepção aos representantes, Sam Hou Fai referiu que “Macau está empenhado em construir uma plataforma de cooperação internacional”, e uma “plataforma de abertura ao exterior de alta qualidade”. O líder da RAEM indicou que o objectivo é tornar Macau “numa janela importante para o intercâmbio e aprendizagem mútuos entre a civilização chinesa e a civilização ocidental”. Dirigindo-se aos convidados internacionais, Sam Hou Fai apontou à cooperação económica e comercial, ao intercâmbio cultural e à conexão de pessoas entre Macau e aqueles países, e garantiu que o seu Executivo irá articular com a estratégia de desenvolvimento nacional, “tendo como força motriz a inovação de regimes jurídicos e a optimização de políticas”. O objectivo passa por “promover de forma coordenada o progresso comum do Governo e do mercado, de Macau e do mundo, em prol da construção de uma plataforma de intercâmbio internacional, mais inclusiva, mais conveniente, e mais eficaz”. Sam Hou Fai vincou também o empenho do seu Executivo na “reforma da administração pública, na elevação constante da eficiência da governação, na inovação do conceito de servir”, e na criação de “um ambiente que facilita ainda mais a vida das pessoas e das empresas”. O governante indicou ainda que todos os países e regiões são bem-vindos para aproveitar o papel de Macau enquanto plataforma de cooperação internacional, e convidou “empresas e turistas de todos os países” a “experimentarem a vitalidade do desenvolvimento de Macau e da China”. Alargar o círculo O Chefe do Executivo mencionou também alguns dos conceitos políticos típicos da RAEM, como a ideia de que o princípio “Um País, Dois Sistemas” “demonstra êxitos mundialmente notáveis”. Depois de salientar a imperiosa necessidade de assegurar a soberania e segurança nacional, Sam Hou Fai destacou a importância de garantir “plenamente um alto grau de autonomia de Macau, manter inalterados por um longo tempo o sistema capitalista e a respectiva maneira de viver, o seu estatuto de porto franco internacional e de zona aduaneira autónoma, e o sistema de direito europeu continental em Macau”. O Chefe do Executivou vincou que “Macau está disposta a partilhar as oportunidades de desenvolvimento com todos os países e regiões, alargando o ‘círculo de amigos’ internacional para alcançar uma cooperação cada vez mais abrangente”.
João Luz Manchete SociedadeJogos Nacionais | Criticado atraso na selecção de atletas locais Ron Lam considera que a moral e preparação física dos atletas de Macau para participarem nos Jogos Nacionais foram prejudicadas pelo atraso na selecção dos atletas que vão competir. O deputado defende que as autoridades deveriam dar prioridade à participação e relativizar medalhas e sucesso desportivo Esta semana, o director do Instituto do Desporto, Luís Gomes, negou rumores e relatos de atletas locais de que estariam afastados de competir nos Jogos Nacionais, e foi revelado que não só o evento desportivo contará com a participação de atletas da RAEM, como a comitiva de Macau será a maior de sempre, com 350 atletas, segundo o Jornal Tribuna de Macau. Apesar da notícia, Ron Lam publicou no Facebook uma opinião a criticar o atraso no processo de selecção dos participantes locais na competição organizada conjuntamente pela província de Guangdong, Hong Kong e Macau, e que começa a 9 de Novembro. No início da semana, Luís Gomes adiantou ao jornal Ou Mun que ainda estavam a ser acertados detalhes sobre a participação de atletas locais com associações desportivas, e que as autoridades iriam analisar regulamentos e exigências que as provas requerem. Tendo em conta que se conhece a dimensão da comitiva da RAEM, mas que ainda não haverá uma lista concreta com o nome dos atletas, Ron Lam criticou a lentidão com que as autoridades têm gerido o processo. “O processo de selecção de atletas de Hong Kong começou em Janeiro. Por exemplo, a Associação Chinesa de Badminton anunciou a lista de participantes no mês passado, incluindo 1.599 do Interior da China, 49 de Hong Kong, 10 de Taiwan, mas zero de Macau. É inacreditável”, comentou o deputado. Alegria de competir O deputado criticou a garantia tardia do Governo em relação à participação de atletas locais e os comentários sobre o nível de competitividade que as provas exigem, e defende a organização de provas desportivas abertas para apurar os atletas que irão integrar a delegação da RAEM. “Os atletas de Macau demonstraram sempre um grande orgulho em representar o território, algo que encaram como a mais elevada meta e competir nos Jogos Nacionais é um sonho para os atletas locais”, afirmou. Ron Lam defende ainda que Macau deveria enviar pelo menos uma equipa para cada modalidade, mesmo sacrificando requisitos mínimos de participação como padrões de desempenho e aptidão física. O deputado reconhece que os Jogos Nacionais representam uma “oportunidade rara” para os atletas locais competirem ao mais alto nível. Porém, sem acção por parte das autoridades ou anúncio da lista de participantes locais, “a moral e os planos de preparação dos atletas de Macau foram afectados”. “A oportunidade de competir é mais importante do que as medalhas. O espírito e participação desportiva são conceitos fundamentais dos Jogos Nacionais”.
João Luz Manchete PolíticaSaúde | Chan Iek Lap diz que vales não beneficiam médicos jovens O deputado e médico Chan Iek Lap considera que o apoio dos vales de saúde é inútil para as clínicas privadas, devido à boa oferta do sistema público, mas também para os jovens médicos que trabalham no privado. O legislador está prestes a abandonar o cargo Com a carreira de deputado a chegar ao fim nesta legislatura, Chan Iek Lap criticou a comparticipação de vales de saúde, cuja actualização para 700 patacas foi oficializada esta semana pelo Conselho Executivo. Ao fim de quase uma década e meia do início do apoio à saúde, destinado a ser usado em clínicas privadas, o legislador e médico salientou ao jornal Exmoo alguns dos vários problemas do programa, mas principalmente da fraca utilidade no impulso à carreira de jovens médicos. Em primeiro lugar, Chan Iek Lap refere que quando chega a hora dos residentes escolherem onde vão usar os vales de saúde, acabam por optar por cuidados prestados por clínicos veteranos. “Quando os residentes vão ao médico com vales de saúde, procuram sempre médicos com muitos anos de experiência. Como tal, a ‘fatia’ do apoio que chega aos médicos mais novos é muito reduzida”, argumentou. O deputado recorreu aos dados oficiais para demonstrar eficácia insípida do programa de comparticipação, sublinhando que todos os anos cerca de um terço dos vales de saúde não chegam a ser utilizados. Mais grave ainda, é o facto de as verbas alocadas para o apoio regressarem aos cofres públicos quando não são usadas, acabando por não beneficiar o sector privado. Assim sendo, Chan Iek Lap gostaria de ver no futuro estas verbas não utilizadas a reverterem para médicos que tenham começado a praticar há menos de três anos. Por outro lado O legislador salienta também o peso dos benefícios de assistência médica gratuita do sistema de saúde de Macau, e a sua qualidade, factores que não tornam tão atraente a utilização de um vale de saúde com valores na casa das centenas de patacas. “O apoio não provoca um grande efeito. O utente acaba por recorrer poucas vezes a clínicas privadas, principalmente tendo em conta que as consultas nos centros de saúde são gratuitas, assim como as consultas de especialidade do Centro Hospitalar Conde de São Januário”, argumentou. Depois do anúncio durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa, o Conselho Executivo deu na terça-feira parecer positivo à proposta para aumentar os vales de saúde para 700 patacas. Tendo em conta o aumento de 100 patacas e o número de beneficiárias do programa prevê-se um gasto do orçamento da RAEM de 519,7 milhões de patacas com este apoio social.
João Luz Manchete PolíticaCheques | Coutinho contra conversão em cartão do consumo Pereira Coutinho não quer ver o cheque pecuniário tomar a forma de cartão de consumo, como foi sugerido numa reunião entre o Governo e associações locais. O deputado teme que a conversão retire o propósito de aliviar famílias mais carenciadas, não permitindo, por exemplo, pagar contas da casa, renda ou despesas escolares A reformulação do cheque pecuniário é uma realidade incontornável, mas a discussão em torno do tema está a preocupar o deputado Pereira Coutinho. Na semana passada, nos dias 15 e 16, o Governo organizou uma série de reuniões com associações locais para ouvir sugestões para a reforma do plano de comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico. Além da introdução do requisito de permanência anual em Macau por 183 dias, foi acrescentado que o objectivo e a natureza do apoio seria também ponderada. O Governo indicou que foi sugerida a “adopção de outras formas de atribuição e combinações de atribuição tais como cartões de consumo ou vales de consumo”. Pereira Coutinho, numa série de publicações no Facebook, mostrou a oposição a esta ideia e referiu que os dois apoios devem ser actualizados e atribuídos separadamente. “O Governo devia aumentar o montante do cheque pecuniário para 15 mil patacas e atribuir adicionalmente um cartão do consumo com valor de 8 mil patacas,” sugeriu. O legislador defende que a própria natureza e objectivo do cheque pecuniário devem ser mantidos. “Muitos residentes, sobretudo idosos e famílias vulneráveis, dependem das 10 mil patacas do cheque pecuniário para terem uma folga no orçamento, por exemplo para pagar renda, hipoteca da casa, água, electricidade, gás natural, propinas ou centro de explicações dos filhos”, indicou. Na óptica do deputado, o cheque pecuniário é um balão de oxigénio que pode ser usado para colmatar as despesas das necessidades mais básicas. A substituição do cheque por um cartão do consumo poderá implicar a necessidade de consumir primeiro para poder gastar o valor comparticipado pelos cofres públicos. Aliás, os limites das despesas em que se pode usar cartão do consumo elimina a capacidade do apoio cobrir as necessidades mais básicas. Quem é quem Em relação às reuniões organizadas pelo Governo para auscultar recomendações de associações sobre a reforma do plano de comparticipação pecuniária, Pereira Coutinho indica que as consultas não decorreram de forma abrangente e que, por exemplo, a entidade que dirige, a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, não foi convidada a participar. O deputado salientou que a sua associação não foi consultada, mas que tem posição firme contra a substituição do cheque pecuniário por cartão do consumo. Contudo, apesar de não ter participado nas reuniões, o deputado quer saber que associações concordaram com a conversão. “Vou contactar os deputados eleitos por sufrágio directo para saber quem apoia esta forma ridícula de atribuição do apoio,” adiantou Pereira Coutinho.
João Luz Manchete PolíticaCooperação | Sam Hou Fai realça contacto próximo com Jilin O Chefe do Executivo recebeu o secretário do Partido Comunista da província de Jilin, com quem trocou impressões sobre o reforço da cooperação nas áreas do turismo, saúde, economia e tecnologia. Sam Hou Fai destacou a proximidade cultural e comercial com a província que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia O Chefe do Executivo recebeu na terça-feira, na Sede do Governo, o secretário do partido comunista chinês da Província de Jilin, Huang Qiang, com quem discutiu as áreas estratégicas para o reforço de cooperação entre os dois territórios. Os responsáveis acordaram estreitar laços “nas áreas de turismo e cultura, medicina e saúde, economia e comércio, e ciência e tecnologia”, reforçando “ininterruptamente o intercâmbio”, indicou o Gabinete de Comunicação Social. Sam Hou Fai “indicou que o contacto entre os residentes das duas regiões é cada vez mais frequente, assim como a relação turística, económica e comercial”. Proximidade apesar da distância de mais de 2.500 quilómetros que separam Macau da província no nordeste do país, que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia. O Chefe do Executivo salientou a base “sólida” da indústria de Jilin e que o Governo da RAEM está “empenhado em promover a indústria de Big Health, que também é uma das cinco indústrias prioritárias daquela província”. A província de Jilin é fortemente industrializada, em particular na extracção de minérios, petróleo e gás natural. Os recursos naturais e ecológicos também foram destacados por Sam Hou Fai, indicando a Huang Qiang que Macau tem aprofundado a integração intersectorial do “turismo +”, de forma a “expandir os mercados de visitantes”. Como tal, “os recursos e as vantagens das duas regiões poderão complementar-se, fortalecendo a cooperação turística”, concluiu. Pai nosso Como é costume nestes encontros com dirigentes nacionais, o Chefe do Executivo recordou a série de discursos do Presidente Xi Jinping, proferidos durante a sua visita a Macau no ano passado. Sam Hou Fai vincou que as palavras de Xi definiram “definiu novas exigências para o futuro desenvolvimento da região, as quais o Governo da RAEM se compromete a cumprir e a implementar”. O líder local reiterou também que “desde o retorno à pátria, Macau tem sofrido grandes mudanças, cujo desenvolvimento socioeconómico tem sido acelerado, e que a implementação do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ com características singulares de Macau obteve grande sucesso”. Em relação à “diversificação adequada e do desenvolvimento de alta qualidade da economia local”, Sam Hou Fai disse esperar “que ambas as partes iniciem um intercâmbio e uma cooperação mais profunda e alargada”.
João Luz Manchete SociedadeImobiliário | Centaline prevê continuação de queda de preços Nos primeiros três meses deste ano, o preço das fracções para habitação caiu 5,5 por cento face ao último trimestre de 2024. O director da agência imobiliária Centaline prevê a continuação da queda, estimando uma depreciação de 10 por cento, e pede novas medidas de apoio ao sector O mercado imobiliário continua a sofrer, com vendas a níveis que não se comparam com o período antes da pandemia e os preços a caírem. E, segundo o director da agência imobiliária Centaline, Roy Ho, o sector ainda não bateu no fundo. Segundo os dados oficiais divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, no primeiro trimestre de 2025 o preço das fracções autónomas para habitação desceu 5,5 por cento face aos últimos três meses do ano passado. A queda foi mais acentuada em termos anuais, com as casas a desvalorizarem 15,5 por cento. Roy Ho espera que o mercado continue a cair no futuro próximo, estimando uma descida de cerca de 10 por cento. Em declarações ao jornal Exmoo, o empresário revelou preocupações com a tendência negativa da evolução do mercado imobiliário. “Não existem, actualmente, factores que sustentem a recuperação do sector, ou a subida dos preços. As transacções que se fazem nesta altura resultam, basicamente, dos preços mais baratos”, lamentou. Seguindo esta inclinação, Roy Ho prevê que no próximo trimestre, entre Maio e Julho, cheguem ao mercado ofertas de desconto para habitações novas, factor que pode ser determinante para o preço das fracções ser “mais leve” durante esse período. Importa referir que nos dois primeiros períodos deste ano, o mercado de compra de habitação foi dominado pela venda de fracções em edifícios novos. O director da agência salientou que a variação de preços pode oscilar bastante, dependendo da variação de vendas de apartamentos novos ou em segunda mão, que são, naturalmente, mais baratos. Resposta do mercado O responsável argumenta ainda que se o preço das habitações a estrear sofrer um corte, os dados estatísticos irão reflectir uma diminuição de vendas de fracções usadas. Face a este cenário, e apesar de não prever quebras de preços na ordem de 30 a 50 por cento, caso as habitações novas apresentem preços mais competitivos, Roy Ho considera que as maiores desvalorizações se devem verificar em imóveis localizados em prédios mais degradados. O empresário aponta também para a possibilidade de compradores, que possam oferecer um valor de entrada maior, estarem em condições favoráveis para negociar preços mais competitivos com proprietários que precisem de verbas urgentemente. Em relação às políticas para impulsionar o sector, Roy Ho entende que o Governo de Macau deve ir além das isenções fiscais e lançar um subsídio para a troca de casa, à semelhança do que foi feito por várias províncias de cidade chinesas e Hong Kong.
João Luz Manchete PolíticaPrevidência central | Confirmada atribuição de 7 mil patacas O Chefe do Executivo confirmou ontem a distribuição de 7.000 patacas este ano a título de repartição extraordinária de saldos orçamentais do regime de previdência central não obrigatório. A garantia tomou a forma de um despacho assinado por Sam Hou Fai, publicado ontem no Boletim Oficial “É atribuída no ano de 2025 uma verba de 7.000 patacas, a título de repartição extraordinária de saldos orçamentais, ao titular da conta individual do regime de previdência central não obrigatório que preencha os requisitos legais.” Foi desta forma que o Chefe do Executivo oficializou ontem a distribuição do apoio, através de um despacho publicado no Boletim Oficial, algo que já havia anunciado durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa para este ano. O despacho entrou ontem em vigor. Recorde-se que o Governo liderado por Ho Iat Seng suspendeu a atribuição do apoio, destinado a residentes idosos, durante três anos marcados pela crise nascida da pandemia da covid-19. Na altura, o Executivo justificou a medida com a falta de saldos financeiros devido à descida das receitas fiscais, enquanto a economia do território esteve paralisada pelas medidas de combate à pandemia. Como e quando A repartição extraordinária de saldos orçamentais foi iniciada para adicionar um apoio à rede de assistência social de residentes idosos e ao regime de segurança social. Os destinatários das 7.000 patacas são residentes permanentes com mais de 65 anos de idade que cumpram os requisitos para atribuição do apoio e que estejam inscritos nas listas para receber a verba. No ano passado, as verbas começaram a ser distribuídas aos primeiros beneficiários no dia 25 de Setembro. O primeiro grupo que recebeu as 7.000 patacas no ano passado era composto por mais de 82 mil pessoas. Porém, no total, de acordo com dados do Fundo de Segurança Social, o universo de beneficiários do apoio foi de quase 390 mil pessoas. Recorde-se que a RAEM fechou o terceiro trimestre deste ano com um excedente de contas públicas maior do que a previsão do Governo para todo o ano de 2025, de acordo o anúncio da Direcção dos Serviços de Finanças do final de Abril. Nos primeiros três meses, o excedente atingiu 9,25 mil milhões de patacas, mais 11,8 por cento do que no mesmo período de 2024.
João Luz Manchete SociedadeSuicídio | Mortes no primeiro trimestre desceram para 18 casos Apesar da descida das mortes por suicídio nos primeiros três meses do ano, os vários casos registados nos últimos dias levaram o Governo a procurar reforçar a prevenção na comunidade. Na sexta-feira, as autoridades reuniram com associações e instituições comunitárias para descentralizar o apoio a grupos vulneráveis Depois de no ano passado o registo de mortes por suicídio ter batidos recordes, as estatísticas relativas aos primeiros três meses de 2025 trouxeram algum alívio. No primeiro trimestre deste ano, 18 pessoas tomaram a sua própria vida, menos quatro em termos homólogos, representando uma descida de 18,2 por cento. De acordo com os dados oficiais, também as tentativas de suicídio caíram de 99 para 84 no período em análise, um decréscimo de 15,1 por cento. Entre as pessoas que se suicidaram, 13 eram homens e cinco mulheres, com idades compreendidas entre os 29 e 72 anos. Das 18 mortes registadas nos primeiros três meses do ano, 16 eram residentes de Macau. Porém, “foram registados bastantes casos de suicídios nos últimos dias”, salientou na sexta-feira o presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Hon Wai, num seminário para trocar impressões com as associações e instituições relacionadas relativas à promoção da saúde mental e à prevenção do suicídio. “O Governo acha que existe a necessidade e a urgência de se associar às forças da comunidade para enfrentar o problema”, acrescentou Hon Wai, citado pelo Canal Macau da TDM. Manter o alerta O presidente do IAS revelou que o Executivo está preocupado com a situação e que a aposta passa por reforçar a prevenção comunitária para identificar e acompanhar grupos mais vulneráveis. A posição foi adoptada no seminário dedicado a promover o conceito de “guardião da vida” e a apoiar “cuidadores de pessoas”. O objectivo do evento foi “promover a mensagem de que todos somos ‘guardiões da vida’ e incentivar a população a estar atenta à própria saúde mental e dos seus familiares e amigos, bem como recorrer aos serviços de apoio do governo e privados quando necessário”. Segundos as autoridades, as principais causas do suicídio continuam a ser problemas emocionais, financeiros ou relacionados com o jogo e doenças mentais. Em termos de acompanhamento da situação, o presidente do IAS garantiu que “o Governo, além de continuar a intensificar a cooperação multi-departamental, vai também tentar descentralizar recursos para a comunidade e promover a participação de mais instituições de serviços sociais”. Hon Wai voltou a alertar para a contenção na partilha de informações demasiado detalhadas por casos particulares de suicídio, “porque a disseminação das notícias pode ter impacto em algumas pessoas, até porque é sabido que são actos que podem ser imitados”. Quem se sentir emocionalmente angustiado ou estiver numa situação de desespero deve ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
João Luz Manchete SociedadeEconomia | Prevista estabilidade no segundo trimestre O Índice de Prosperidade Económica de Macau para o segundo trimestre aponta para estabilidade, mas apresenta desequilíbrios em alguns indicadores, como a baixa confiança dos consumidores chineses e o baixo valor das acções das concessionárias de jogo De acordo com as mais recentes previsões do Índice de Prosperidade Económica de Macau, a economia local irá continuar estável no segundo trimestre, perspectiva que os analistas da Associação Económica de Macau arriscam apenas estimar para um período de curto-prazo. O relatório divulgado na quarta-feira continua a revelar assimetrias na evolução dos vários indicadores avaliados. Seguindo a tendências dos últimos relatórios, a diminuição do poder de compra dos turistas chineses que visitam Macau e a fraca confiança dos consumidores do Interior da China, continuam a fazer pairar nuvens negras por cima das perspectivas económicas da RAEM. Outro indicador negativo, realçado pela Associação Económica de Macau, é a continuação do valor das acções das concessionarias de jogo “pairar no nível baixo durante muito tempo”. O Índice de Prosperidade salienta também a fraca procura por crédito na economia local. O rácio de empréstimos/depósitos de residentes da banca de Macau caiu de 62,4 por cento para 51,1 por cento entre o final de 2022 e o passado mês de Março, é indicado. Os analistas concluem que a menor vontade dos residentes e empresas em contrair empréstimos “reflecte uma atitude cautelosa face à actual situação e perspectivas económicas”. Embora o sistema bancário da RAEM disponha “de ampla liquidez”, os fundos não foram efectivamente convertidos em apoio ao crédito na economia real, o que indica falta de eficiência na afectação de capital e confiança no investimento. A associação liderada pelo ex-deputado Joey Lao vinca também o arrefecimento verificado nos últimos anos nos projectos imobiliários e de investimento em grande escala, assim como os valores elevados do crédito malparado, factores que reduziram ainda mais a procura por empréstimos bancários. Os dois lados A associação indica também, por outro lado, que o volume da massa monetária bateu um novo recorde histórico, ultrapassando pela primeira vez 810 mil milhões de patacas, um aumento anual 8,8 por cento em termos anuais. Outro indicador positivo, diz respeito ao número de visitantes e de hóspedes em hotéis que se mantém num nível “quente”. Depois de ter alertado para o impacto da guerra comercial lançada por Donald Trump, os analistas da Associação Económica de Macau voltaram a realçar o ambiente externo enquanto factor desestabilizador. “Num contexto de fraca procura global, de insuficiente dinâmica de crescimento económico e com um ambiente financeiro restritivo e de riscos relacionados com disputas geopolíticas e tarifárias, Macau, enquanto economia orientada para a micro-exportação, tem de estar muito atento a potenciais riscos de queda nas suas tendências económicas a curto e médio prazo”, é indicado.
João Luz Manchete PolíticaHengqin | Dirigente demite-se após investigação por corrupção O Governo da RAEM anunciou que um vice-director do Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada se demitiu “por motivos pessoais”. O comunicado não menciona que Su Kun apresentou demissão horas depois de ter sido divulgada uma investigação por corrupção a uma empresa estatal responsável pelo desenvolvimento de Hengqin Com Lusa “A pedido de Su Kun, as suas funções de assessor do gabinete do secretário para a Economia e Finanças e subchefe da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada cessam a partir de 15 de Maio de 2025, por motivos pessoais.” Foi desta forma, em apenas uma frase, que o Governo da RAEM reagiu, através do gabinete do secretário para a Economia e Finanças, a um comunicado emitido horas antes pela comissão anticorrupção da província de Guangdong a anunciar a investigação a um caso de corrupção que envolve uma empresa estatal responsável pelo desenvolvimento de Hengqin. Su Kun é um dos seis coordenadores-adjuntos da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau. Segundo o portal do Governo de Macau, esta comissão “assume as funções de promoção da divulgação a nível internacional, captação de negócios e investimentos, introdução de indústrias, exploração de terrenos, construção de projectos específicos e gestão dos assuntos respeitantes à vida da população”. Coisas da vida A demissão de Su Kun acontece horas depois da comissão anticorrupção da vizinha província de Guangdong anunciar o início de uma investigação ao antigo presidente da empresa estatal responsável pelo desenvolvimento da zona especial de Hengqin. Num comunicado, a Comissão Provincial de Inspecção Disciplinar de Guangdong disse que o antigo presidente do grupo Zhuhai Da Hengqin, Hu Jia, “é suspeito de graves violações disciplinares”, uma frase que normalmente se refere a corrupção. A nota, também com apenas uma frase, diz que Hu está a ser alvo de “revisão e investigação disciplinar” por parte da Comissão Municipal de Inspecção e Supervisão Disciplinar de Zhuhai. O grupo Zhuhai Da Hengqin foi criado em 2009 pelo município de Zhuhai para a construção e desenvolvimento da zona económica especial de Hengqin e é responsável pelo investimento, financiamento, construção, operação e gestão de infra-estruturas. No website do grupo empresarial é indicado que Hu Jia é o presidente da Da Heng Qin Investment desde Dezembro de 2013, e foi director-geral de Maio de 2012 a Dezembro de 2013. É ainda referido que Hu ocupou “cargos de gestão numa série de empresas públicas, possui profundos conhecimentos financeiros e uma vasta experiência no funcionamento e gestão de empresas”. Além disso, “tem conhecimentos únicos no que diz respeito à inovação de modelos de finanças empresariais, conceitos de conceção urbana, gestão de grupos de empresas e introdução de talentos empresariais”. É preciso integrar A Lusa perguntou ontem ao Governo de Macau se a demissão de Su Kun está relacionada com a investigação por corrupção contra Hu Jia, mas até ao fecho desta edição não recebeu qualquer resposta. Sam Hou Fai, que tomou posse em Dezembro como Chefe do Executivo, tem defendido uma maior aposta na integração com Hengqin. O desenvolvimento da ilha vizinha “é a nossa principal tarefa”, disse o líder do Governo da RAEM aos jornalistas, na terça-feira. Sam falava numa conferência de imprensa de balanço de uma visita de seis dias a Macau do principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos das duas regiões semiautónomas, Xia Baolong. Na segunda-feira, o director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, sob a tutela do Conselho de Estado, afirmou que “a construção de Hengqin deve ser tratada como uma prioridade de Macau”.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Macau ultrapassou pico de infecções As infecções de covid-19 têm vindo a diminuir progressivamente desde meio de Março, quando foi atingido o pico, mas os Serviços de Saúde alertam que o coronavírus ainda continua activo no território. As autoridades acrescentam que este ano não se registaram mortes resultantes da covid-19 Enquanto nas regiões vizinhas de Macau os casos de infecção de covid-19 continuam a aumentar, por cá as taxas de infecção têm vindo a descer gradualmente desde meio de Março, indicaram os Serviços de Saúde num comunicado divulgado na noite de terça-feira. As autoridades acrescentam que apesar de a RAEM ter ultrapassado o ponto mais crítico de infecções de covid-19, o coronavírus continua activo no território. Como tal, apelam ao cuidado e à adoptação de atitudes preventivas, em especial entre grupos de risco, como idosos, pacientes de doenças crónicas e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, nomeadamente tomando a vacinação completa contra a variante JN.1. Em relação à evolução das taxas de infecção em Macau e nas regiões vizinhas, a entidade liderada por Alvis Lo explica que Macau entrou no pico infeccioso antes das zonas circundantes. De acordo com os dados de monitorização laboratorial, a taxa de positividade do novo coronavírus detectada nos doentes com sintomas de gripe em Macau começou a aumentar no final de Fevereiro deste ano, atingindo o pico em meados de Março. Na semana entre 16 e 22 de Março, as autoridades registarm uma taxa de positividade de 44,3 por cento, valor que foi diminuindo a partir daí. Nas últimas três semanas, a taxa de positividade desceu para 12 por cento, subiu para 17 por cento e depois voltou a descer para 11 por cento, “o que indica uma ligeira recuperação”, concluíram os Serviços de Saúde. Anda aí No que diz respeito a infecções colectivas que resultam em sintomas semelhantes à gripe, entre o início do ano e esta semana foram registados 111 casos, dos quais 26 eram de covid-19, detectados principalmente em lares de idosos. Nestes casos, as autoridades garantem ter prestados serviços médicos adequados a lares de idosos, prescrevendo medicamentos antivirais. Ao longo deste ano, até agora, Macau não registou nenhum caso crítico ou fatal causado por infecção de covid-19, é indicado. A variante do coronavírus prevalente em Macau actualmente é a variante XDV relacionada com a JN.1, que é basicamente a mesma que circula nas áreas circundantes. Os dados mais recentes não mostram que a XDV cause doenças mais graves do que a JN.1, a XBB e as suas linhagens descendentes. Como tal, os Serviços de Saúde asseguram que a vacina contra a variante JN.1 continua a ser eficaz para reduzir “risco de infecção e desenvolvimento de doenças graves causadas pela variante actualmente prevalente.
João Luz Manchete PolíticaMetro | Aliança do Povo defende aceleramento de ligação à China A Aliança do Povo quer que o planeamento da rede do Metro Ligeiro tenha em conta as ligações a Zhuhai e à rede ferroviária nacional. Uma responsável da associação ligada à comunidade de Fujian defende que o Metro Ligeiro deve ser o principal transporte em Macau, com os autocarros a desempenharem um papel complementar O Metro Ligeiro deve ser o principal meio de transporte público em Macau, enquanto os autocarros passam para um papel secundário e complementar. A posição foi tomada por Tong Ho Laam, vogal do conselho executivo da Aliança de Povo de Instituição de Macau, o nome oficial, em declarações ao jornal Ou Mun. Face ao expectável aumento da procura e pressão sobre a rede de transportes públicos e o trânsito na cidade, a responsável indicou que o Governo deve promover activamente a estratégia de tornar o Metro Ligeiro o principal meio de transporte da cidade, de forma a aliviar a pressão rodoviária. Tong Ho Laam entende que quando a rede de estações do Metro Ligeiro for alargada, irá aumentar a eficácia geral dos transportes colectivos e garantir melhores experiências a residentes e turistas. Uma das melhorias que pode ser implementada a curto-prazo é a possibilidade de se usar pagamentos electrónicos e harmonizar a ligação com os autocarros. Além disso, a dirigente da Aliança do Povo defende que o planeamento de estações do Metro Ligeiro deve ser feito em articulação com a estratégia regional de desenvolvimento industrial. Um ponto essencial passa por garantir a conexão com a rede ferroviária nacional, através de Zhuhai, trabalho que deve ser acelerado de forma a reforçar a posição de Macau na Grande Baía. A vogal acredita que a ligação ao Interior da China, nomeadamente a Hengqin, pode trazer um novo impulso ao sector industrial local para prosseguir as áreas emergentes nos polos de inovação tecnológica e medicina chinesa tradicional da Ilha da Montanha. Cura para todos os males Tendo em conta os desafios energéticos resultantes do combate às alterações climáticas, a dirigente associativa defende que o desenvolvimento do Metro Ligeiro deve ser pensado numa perspectiva de longo-prazo, tendo em conta a protecção ambiental. Para tal, a RAEM deveria reservar terrenos para instalações de produção de energia verde, para alimentar o Metro Ligeiro. Tong Ho Laam apontou este objectivo como uma forma da RAEM se destacar em termos ambientais na zona da Grande Baía, adoptando a liderança na meta da neutralidade carbónica, ao mesmo tempo que promove a diversificação económica.
João Luz Manchete SociedadeJoey Lao pede mais acção no desenvolvimento de Hengqin O tempo para a complacência e atitude passiva e meramente observadora chegou ao fim. É assim que o presidente da Associação Económica de Macau, Joey Lao, vê a forma como o Executivo da RAEM encara Hengqin e a zona de cooperação aprofundada. O ex-deputado e economista defende que o Governo de Macau tem de ultrapassar a atitude “observadora” relativamente aos assuntos relacionados com Hengqin e participar activamente na governação nacional, tratando o desenvolvimento da zona de cooperação aprofundada como se estivesse a construir a sua própria casa. A ideia consta de um artigo de opinião assinado pelo ex-deputado e publicado ontem no jornal Ou Mun, na sequência da visita de inspecção a Macau do director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, que terminou ontem. Durante a passagem por Macau, o representante do Partido Comunista da China sublinhou que o Governo da RAEM deve encarar o desenvolvimento de Hengqin como um assunto seu, como uma prioridade de política local. Joey Lao apontou que Macau tem de quebrar barreiras sistemáticas, promover vantagens complementares e procurar a integração com a Ilha da Montanha, de forma a criar um novo espaço que impulsione o forte desenvolvimento de Macau. O ex-deputado recordou que durante a visita do presidente Xi a Hengqin no final do ano passado, o líder chinês salientou a necessidade de serem atingidos resultados substantivos da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin a nível da diversificação económica da RAEM e da qualidade de vida e conveniência dos residentes que vivem e/ou trabalham em Hengqin. Por outro lado Face à complexa conjuntura internacional, Joey Lao considera que Macau deve adoptar uma perspectiva mais ampla e a longo-prazo. “A RAEM e todos os sectores da sociedade precisam de reforçar a consciência de defesa do país, do amor a Macau e de estar preparada para enfrentar perigos”, indica o antigo legislador sem especificar. O economista abordou ainda aquilo a que chama de “contradições profundas na economia” e na capacidade industrial de Macau, referindo que subsistem há muito tempo sem resolução, tornando incontornáveis os desafios e riscos ao nível do desenvolvimento económico. Situações que não podem ser ignoradas. Ainda sobre a ideia de Macau encarar Hengqin como a sua própria casa, Au Kam San partilhou no Facebook uma opinião discordante da proferida por Xia Baolong. O ex-deputado entende que para Macau tratar o desenvolvimento de Hengqin como um assunto local, da sua esfera própria, a Ilha da Montanha deveria ser cedida totalmente à RAEM. Au Kam San exemplificou as assimetrias com o facto de o Produto Interno Bruto de Hengqin não ter qualquer relação com Macau, assim como as receitas fiscais apurados do outro lado da fronteira, onde não é possível oferecer empregos a residentes de Macau com salários que correspondam aos padrões de vida da RAEM. O ex-deputado alerta ainda para a possibilidade de Macau vir a sofrer economicamente, sem capacidade para se diversificar, se aplicar demasiados investimentos em Hengqin, descurando a economia local.
João Luz Eventos MancheteJunho, Mês de Portugal | Exposições, música e gastronomia animam Macau O dia de Portugal será celebrado em Junho com exposições, mostras de cinema, concertos, apresentação de livros e muita gastronomia lusa. Devido às eleições legislativas em Portugal, e posteriores formalidades de tomada de posse do novo Governo, o Presidente da República virá celebrar em Macau o mês de Portugal na segunda metade do ano Maio ainda vai a meio, mas já cheira a Junho, mês em que celebra o 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Como é hábito, as celebrações vão-se estender ao longo de todo o mês. O programa das festividades do “Junho, Mês de Portugal na RAEM” foi apresentado ontem no Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. Macau irá celebrar a portugalidade com exposições variadas, concertos, workshops, lançamento de livros, palestras, eventos gastronómicos e as tradicionais comemorações, como o hastear da bandeira na chancelaria do consulado, a romagem à gruta de Camões, a recepção à comunidade na residência oficial da Bela Vista e o Arraial de Santo António na Escola Portuguesa de Macau. Este ano, estava prevista a presença em Macau do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para comemorar o 10 de Junho. Porém, a agenda política portuguesa marcada pelas eleições legislativas do próximo fim-de-semana ditaram o adiamento da visita a Macau, o que também mexeu com o programa do Junho Mês de Portugal na RAEM, que incluía eventos com Marcelo Rebelo de Sousa. “Tenho a certeza que teremos o Presidente da República entre nós este ano e, no fundo, isso será uma segunda fase do Junho mês de Portugal”, afirmou Alexandre Leitão, acrescentando que os eventos que incluíam a participação do Chefe de Estado “serão realizados mais tarde”. O cônsul não quis arriscar a previsão de uma data precisa para a visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao território, atirando para a segunda metade do ano, seguramente depois do Verão, tendo em conta os compromissos políticos, como a tomada de posse do novo Governo. Dias animados As celebrações arrancam ainda este mês, com três exposições. A partir de 29 de Maio, estará patente na Galeria Amagao, no Artyzen Grand Lapa, a mostra “Arte Portuguesa – Diálogo de Criatividade”, que apresenta uma selecção de obras de 24 artistas contemporâneos portugueses. Entre os autores representados, destaque para Júlio Pomar, Graça Morais, Cunha Nery, José Luís Tinoco, Númparo, Alfredo Luz e Maria Dulce Martins. A organização do evento descreve a exposição como “uma celebração vibrante da arte contemporânea que não apenas ilumina a cena artística em Portugal, mas também provoca reflexões sobre as questões que nos conectam e nos diferenciam na sociedade actual. No dia seguinte, 30 de Maio, o destaque vai para a exposição de fotografia com curadoria de Francisco Ricarte “Somos – Imagens da Lusofonia 2025 – “O Homem e o Divino”, que estará patente na loja 3306 do 3.º piso do Parisian Macau. A exposição é organizada pela Somos – Associação de Comunicação de Língua Portuguesa. No dia 31 de Maio, é inaugurada no Consultado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong a exposição de fotografia “Património Cultural de Macau”, que mostra ao público a colecção fotográfica do Instituto Internacional de Macau. O acervo “tem sido anualmente enriquecido com dezenas de novas fotografias submetidas ao concurso “À Descoberta de Macau e Hengqin”, organizado pelo instituto. O evento irá incluir também o visionamento do documentário trilingue “Heritople”, realizado por António Salas Sanmarful, que realça “a importância do património cultural e as suas vivências” em Macau, através de uma série de entrevistas. Paredes cheias O programa do “Junho, Mês de Portugal na RAEM” apresenta várias oportunidades para disfrutar de exposições e filmes. No dia 3 de Junho, a Casa Garden passa a acolher a exposição “Objectos com Alma – Marionetas Portuguesas”, que conta com a curadoria de Elisa Vilaça. A mostra resulta de uma selecção do espólio pessoal da curadora, que tem “cerca de 1.000 marionetas, representativas de diversos continentes e quase todos os tipos de manipulação existentes”. No dia 11 de Junho, a galeria da Fundação Rui Cunha exibe “Metamorfoses – Exposição Individual de Arte por Lúcia Lemos”, um conjunto de “44 peças que vinculam expressões e estécticas artísticas diversas, como gravura, fotografia, instalação, pintura e cerâmica”. Ainda no âmbito expositório, a sede da Casa de Portugal em Macau apresenta, a partir de 24 de Junho, e exposição de fotografia “Macau – Dias de Ontem e Dias de Hoje”. Fazer filmes Os eventos cinematográficos do programa deste ano, além do mencionado documentário “Heritople”, arranca no dia 4 de Junho com a exibição do filme documental “Metamórphosis”, realizado por António Luís Moreira, na galeria da Fundação Rui Cunha. “Metamórphosis” acompanha as “histórias de três aldeãs cujas vidas reflectem as mutações sociais mais vastas da modernidade”. O filme, exibido a partir das 18h30, retrata o despovoamento, a tenacidade do povo e identidade colectiva em três “aldeias de xisto” do concelho de Góis. No dia seguinte, 5 de Junho, a Livraria Portugal exibe às 18h30 o documentário “Pequenos Mundos em Estado Sólido”, de Cláudia Falcão. Porém, a cereja no bolo cinematográfico será a 7.ª Mostra de Cinema Português em Macau da Portugal Film, que irá decorrer entre 20 e 22 de Junho. Do ecrã para a prato, o Mês de Portugal na RAEM volta a apostar forte na gastronomia portuguesa. Ao longo de todo o mês, a comida lusa será celebrada no “Roteiro Gastronómico – Comer e Beber à Portuguesa”. A terceira edição do evento contará com a participação de 29 estabelecimentos, entre restaurantes de “fine dining”, a restaurantes mais tradicionais, cafetarias e bares, um número recorde para o evento. Os clientes dos 29 estabelecimentos aderentes vão beneficiar de um desconto de 10,6 por cento (10 de Junho) e quem pagar com um cartão de crédito do BNU, ou pela aplicação BNU Pay, habilita-se a ganhar uma viagem a Portugal para duas pessoas. Além disso, no final do roteiro, será ainda sorteada uma refeição para duas pessoas. Mais localizada, a Festa Gastronómica Portuguesa irá encher de aromas a Sala Baccara do Sofitel Macau no dia 12 de Junho, a partir das 18h30. Este ano será oferecida uma “selecção exclusiva das melhores iguarias portuguesas”, incluindo uma variedade de queijos, presunto ibérico Bellota, pães artesanais caseiros, bacalhau, bolinhas de alheira, pastéis de nata da Manteigaria e 30 vinhos de nove regiões portuguesas. Notas e páginas Como não há festa sem música, o programa deste ano do “Junho, Mês de Portugal na RAEM” irá trazer várias oportunidades para disfrutar de música ao vivo. A começar pelo recital de piano de Joana Rolo no Clube Militar no dia 6 Junho, às 19h30. O concerto tem como “inspiração” as viagens e estadias no exterior de compositores portugueses, musa que dá mote ao objectivo de levar a pianista a tocar na China. “A ideia é que ela actue também noutras cidades da China, em parceria com outras embaixadas e consulados. É importante, mas não é fácil de fazer. Infelizmente, não conseguimos planear as coisas a muito longo prazo e dizem-me que na China é preciso apresentar os projectos com muita antecedência de modo a serem aprovados”, adiantou ontem Alexandre Leitão. Apesar das condicionantes, o objectivo permanece. “Queremos tentar, cada vez mais, que alguém que venha aqui actuar possa depois actuar na região”, acrescentou o diplomata. Dois dias depois, a 8 de Junho, a Fundação Rui Cunha acolhe o concerto “Vocalini, Vamos Cantar a Ópera”, que junta a cantora Elvire de Paiva e Pona e a pianista Joana Rolo. No dia 13 de Junho, uma sexta-feira, é a vez do guitarrista Bruno Pernadas actuar na Red House Macau, no NAPE, num concerto a solo, seguido da actuação de vários djs. No que toca aos livros, o jardim do Consulado-Geral será palco de jogos literários na tarde de 7 de Junho, no evento “Lançamento Dinis Caixapiz”, organizado pela Sílaba – Associação Educativa e Literária”. No dia 11 de Junho será lançada a obra “40 Anos da Livraria Portuguesa”, no próprio espaço e no dia 18 de Junho a chancelaria do consulado será palco da apresentação do livro e da exposição “O Vasto Império do Coração”, de autoria de Sara Augusto, que tem por alicerce principal a figura de Camões. O poeta maior volta a estar em destaque no dia 28 de Junho com a apresentação da “Biografia Camões” de Isabel Rio Novo. O evento está marcado para as instalações do Instituto Português do Oriente, a partir das 17h. Nos dias 26 e 27 de Junho, o Restaurante Lvsitanvs acolhe um evento centrado no “Tratado das Paixões da Alma”, livro de autoria do incontornável António Lobo Antunes. As sessões literárias servirão de aperitivo para os jantares que se seguem. O nosso dia A 10 de Junho, como manda a tradição, o dia irá começar às 09h com a cerimónia do hastear da bandeira, na Chancelaria do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. Segue-se a Romagem à Gruta de Camões, no Jardim Camões. O dia termina com a recepção à comunidade na residência oficial da Bela Vista, onde decorrerão as cerimónias oficiais. “A entrada é aberta a todos os portugueses, mas pedimos às pessoas para fazerem um pré-registo, para podermos gerir o espaço interior para o caso de haver muita afluência”, indicou Alexandre Leitão, sublinhando que o evento não está sujeito a convite. O programa de celebrações conta ainda com o Arraial de Santo António nos dias 14 e 15 de Junho na Escola Portuguesa de Macau, com os habituais concertos, jogos e comes e bebes, workshops ao longo do mês e palestras/seminários dedicados aos negócios.
João Luz Manchete PolíticaJogo | Criticada opacidade em investimentos alternativos Ron Lam acusa o Governo de “actuar à porta fechada” em relação aos investimentos de 130 mil milhões de patacas que as concessionárias vão despender ao longo de 10 anos para revitalizar a cidade. Sem orçamentos públicos, planos e calendarização, o deputado entende que a sociedade fica afastada dos projectos Como ficou estabelecido nos novos contratos de concessão de jogo, as operadoras assumiram o compromisso de contribuir com 130 mil milhões de patacas aos longo dos 10 anos de concessão em investimentos não-jogo. A medida prevista para imprimir “vitalidade” à cidade e estimular o desenvolvimento económico local tem passado ao lado da população e dos vários sectores sociais, na óptica de Ron Lam. Na sessão plenária de hoje de respostas a interpelações orais, o deputado irá perguntar ao Governo que medidas irá promover para aumentar a transparência destes projectos, tanto ao nível do orçamento, mas também sobre os planos e calendarização de execução. Segundo a interpelação divulgada ontem pelo gabinete do deputado, “a sociedade ainda nada sabe sobre a calendarização desses planos e a forma da sua concretização”. Dando como exemplo o Desfile Internacional de Macau, em que o Instituto Cultural afirmou não ter assumido as despesas devido à “cooperação mais estreita com as empresas de lazer neste ano”, Ron Lam critica a falta de transparência das autoridades que argumentaram não ser “conveniente divulgar o valor do orçamento, pois este envolvia investimentos de empresas privadas”. Uma vez que os investimentos resultam de compromissos assumidos em contratos públicos, “o uso e a situação da concretização do respectivo orçamento devem ser tratados de forma equivalente à do erário público”, defende Ron Lam. O deputado acusa o Governo de estar “a actuar à porta fechada”, sem haver uma fiscalização prévia, intercalar e posterior da sociedade sobre os investimentos não-jogo. Aliás, Ron Lam indica que os investimentos, que em média ultrapassam os 10 mil milhões de patacas por ano, “se transformaram em carteira privada do Governo para os seus planos e actividades”. Face à sua natureza, o legislador entende que deveriam seguir as regras dos serviços públicos, empresas de capitais integralmente públicos e empresas de capitais públicos com influência dominante, sendo obrigados a publicar integralmente informações relativas ao capital envolvido. Voltando ao caso do Desfile Internacional de Macau, Ron Lam pergunta em que lei o Governo se baseou “para fugir ao direito do público à informação sobre os investimentos não-jogo”. O quadro maior Face ao cenário traçado, Ron Lam pergunta se o Executivo irá definir mecanismos que garantam a divulgação de dados sobre os investimentos das concessionárias, assim como o ponto de situação da execução dos projectos. O deputado pergunta também qual “o serviço responsável pela fiscalização e concretização dos planos não-jogo das seis concessionárias, pela avaliação do desempenho dos respectivos investimentos” e se existe um regime sancionatório se os resultados não corresponderam às expectativas. Ron Lam aproveita para sublinhar a situação de emprego de residentes e não-residentes contratados pelas concessionárias, denunciando o despedimento de “trabalhadores veteranos que não cometeram erros, sem lhes oferecerem qualquer opção de mudança de emprego”. Além disso, afirma que trabalhadores participantes nos “Planos Específicos de Emprego + Formação” foram despedidos sem justa causa, e que residentes que procuravam emprego a tempo inteiro nas concessionárias acabaram por ficar em trabalhos a tempo parcial, depois de não serem contratados após as entrevistas de emprego. Para Ron Lam, esta situação reflecte a posição dos residentes enquanto “complemento da mão-de-obra importada das concessionárias do jogo”.
João Luz Manchete PolíticaAL | Xia diz que relação com Executivo difere de separação de poderes Num encontro com os deputados, o director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado afirmou que a relação entre o Executivo e a Assembleia Legislativa é diferente do conceito de separação de poderes do “Ocidente”. Xia Baolong caracterizou a relação como uma colaboração com predominância do poder Executivo O director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, deslocou-se no domingo à Assembleia Legislativa (AL) para uma sessão de troca de ideias com todos os deputados do plenário. Durante o encontro, Xia Baolong terá afirmado que “a forma como a Lei Básica regula a relação entre os poderes Executivo e Legislativo não é a mesma relação que existe na separação de poderes utilizada pelo ‘Ocidente’”, contou o presidente da AL. Desde o início da sua passagem por Macau, e à semelhança das visitas anteriores, Xia Baolong é citado por responsáveis de altos cargos do Governo e, neste caso, por Kou Hoi In e alguns deputados. Em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, o presidente da AL indicou que Xia Baolong terá vincado a ascendência do Governo em relação à casa das leis. “[O director] disse que temos de reforçar e optimizar ainda mais a relação entre os poderes Executivo e Legislativo. As duas partes precisam de respeito e apoio mútuo para que possamos beneficiar e desenvolver a particularidade de o nosso sistema político ser caracterizado pela predominância do poder Executivo”, contou Kou Hoi In. Importa referir que em nenhum artigo da Lei Básica da RAEM, ou mesmo do anexo que regula a metodologia para a constituição da AL, é indicada a predominância do poder Executivo face ao poder Legislativo. Aliás, o Artigo 71.º da Lei Básica estabelece a possibilidade de a Assembleia Legislativa aprovar uma moção de censura “acusando o Chefe do Executivo de grave violação da lei ou de abandono das suas funções”. Além disso, apesar de ter poderes para dissolver a Assembleia Legislativa, o Artigo 54.º da Lei Básica indica duas situações de conflito com o poder Legislativo que podem resultar na renúncia do cargo do Chefe do Executivo. Arregaçar mangas Durante o encontro com os deputados, Xia Baolong elogiou o trabalho legislativo, em particular as revisões das leis relacionadas com segurança nacional, leis eleitorais e a legislação relacionada com o sector do jogo. A cooperação com Hengqin foi um dos temas mais discutidos, com deputados e o director a concordarem na necessidade de reforçar a integração entre os dois territórios. O director apontou ser “necessário estar consciencializado” e preparado “para as adversidades, fazer bem os trabalhos da aceleração da integração Hengqin-Macau e da diversificação adequada da economia de Macau, e dar mais um passo na optimização da relação entre o poder executivo e o poder legislativo, no sentido do respeito e apoio mútuos, para potenciar as vantagens institucionais da predominância do poder executivo. Segundo um comunicado divulgado ontem pela AL, o director manifestou o desejo de que Macau, enquanto “pérola na palma da mão” da pátria, venha a luzir de forma mais resplendente. Tarifas | Apelo à determinação das empresas locais O director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, reuniu ontem com mais de 20 representantes do sector empresarial. Num encontro que durou mais de duas horas, o responsável deixou palavras de incentivo e resiliência perante as adversidades causadas pela guerra comercial. De acordo com presidente do Conselho de Administração do Grupo Nam Kwong, Fu Jianguo, o director apresentou quatro requisitos específicos para a comunidade empresarial de Macau. Em primeiro lugar, a necessidade de ter espírito de luta e enfrentar a actual situação geopolítica a um nível mais elevado. Xia Baolong pediu também aos empresários para terem confiança nos planos nacionais de médio e longo prazo e contarem bem as histórias da China, de Hong Kong e de Macau. O presidente da Associação de Bancos de Macau e presidente da sucursal de Macau do Banco da China, Jia Tianbing, afirmou que Xia Baolong terá deixado esperanças de que Macau irá superar as dificuldades de desenvolvimento económico.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Melco duplica lucros no primeiro trimestre de 2025 A operadora de jogo Melco anunciou lucros de 32,5 milhões de dólares no primeiro trimestre, mais do dobro do registado no mesmo período de 2024, e um aumento de 11 por cento das receitas Durante os três primeiros meses deste ano os lucros da Melco Resorts and Entertainment mais que duplicaram, passando de 15,2 milhões de dólares para 32,5 milhões de dólares. Num comunicado enviado na quinta-feira à noite à bolsa Nasdaq, em Nova Iorque, o grupo sublinhou que as receitas aumentaram 11 por cento, atingindo 1,23 mil milhões de dólares. Nos primeiros três meses do ano, os casinos de Macau registaram receitas totais de quase 57,7 mil milhões de patacas, mais 0,6 por cento do que no mesmo período de 2024. As apostas no segmento de massas nos casinos da Melco em Macau atingiram 2,68 mil milhões de dólares, mais 3 por cento do que nos primeiros três meses de 2024. Já as apostas dos grandes jogadores, no chamado segmento de jogo VIP, aumentaram 6,3 por cento para 6,05 mil milhões de dólares. O presidente e CEO da Melco Resorts, no comunicado que acompanhou a divulgação dos resultados, realçou a capacidade de crescimento do mercado de Macau. “Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) das propriedades de Macau cresceu 32 por cento em relação ao trimestre anterior, demonstrando a nossa força e potencial de crescimento em Macau”, indicou Lawrence Ho, acrescentando que o segmento de massas aumentou todos os meses ao longo do trimestre, registando resultados recorde. “A força contínua que estamos a observar na nossa dinâmica empresarial é resultado directo dos esforços combinados das nossas equipas e da qualidade das nossas ofertas de produtos, e continuaremos a desenvolver esta dinâmica”, indicou. Ovos noutras cestas Além do mercado de Macau, a Melco Resorts and Entertainment tem casinos nas Filipinas, Chipre e está a finalizar a construção de um resort integrado no Sri Lanka. “O City of Dreams Manila foi afectado pelo aumento da concorrência no mercado, enquanto os resultados do City of Dreams Mediterranean e dos nossos casinos-satélite em Chipre apresentaram um sólido crescimento sequencial e anual, apesar dos contínuos desafios colocados pelos conflitos na região. E, finalmente, os acabamentos do casino City of Dreams Sri Lanka estão a progredir bem e continuamos a esperar iniciar as operações do casino no terceiro trimestre de 2025.” Recorde-se que nas últimas concessões de jogo, o Governo exigiu às concessionárias a aposta em elementos não-jogo e na atracção de visitantes estrangeiros de forma a diversificar a clientela e não depender exclusivamente dos apostadores chineses. Nesse sentido, a Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento não-jogo numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”. Na quarta-feira, a empresa relançou, no hotel-casino City of Dreams, o maior espectáculo permanente do território, The House of Dancing Water, que estava suspenso desde Junho de 2020, devido à pandemia de covid-19. Com Lusa
João Luz Manchete PolíticaTNR | Governo recusa fixar proporção para “trabalhos indesejados” O Governo não irá fixar uma proporção de trabalhadores não-residentes que as empresas podem contratar, nomeadamente para trabalhos “que poucos residentes desejam exercer”. No primeiro trimestre do ano, mais de 2.500 pessoas foram contratadas com o apoio do Executivo, metade tinha menos de 34 anos O Governo não considera “apropriado estabelecer rigidamente uma proporção para o número de trabalhadores residentes ou não-residentes a contratar pelas empresas, nomeadamente para os postos de trabalho que poucos residentes desejam exercer”, indicou o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, em resposta a uma interpelação escrita de Song Pek Kei. A deputada ligada à comunidade de Fujian alertava para os “muitos postos de trabalho de linha da frente procurados por residentes e licenciados”, que acabam por ser desempenhados por trabalhadores não-residentes” (TNR) nas empresas de jogo, turismo e lazer. No entanto, o director da DSAL refere que é feito “um ajustamento mais flexível e pragmático na apreciação dos pedidos de TNR”, “em articulação com a criação do Centro mundial de turismo e lazer de Macau, bem como as necessidades do desenvolvimento socioeconómico”. Neste sentido, Chan Un Tong sublinha que o princípio fundamental da importação de mão-de-obra “é garantir que os trabalhadores residentes tenham prioridade no acesso ao emprego e que os seus direitos e interesses laborais não sejam lesados”. O director da DSAL indica que em todas as circunstâncias, desde que haja residentes interessados que preencham os requisitos para o desempenho de cargos, as empresas devem dar sempre prioridade à sua contratação. Dias de feira Um dos pontos fulcrais da interpelação escrita da deputada Song Pek Kei prendia-se com a dificuldade na entrada no mercado de trabalho sentida por jovens recém-licenciados. O director da DSAL respondeu com números. No primeiro trimestre deste ano, 2.570 candidatos a emprego foram “contratados através das medidas de apoio ao emprego da DSAL, dos quais, cerca de 50 por cento eram jovens com idade igual ou inferior a 34 anos”. Entre os eventos de emparelhamento, ou os planos de contratação por empresas de turismo e lazer, Chan Un Tong realçou a realização da “Feira de Emprego para Jovens”, que acontece no final do ano lectivo de forma a atrair recém-graduados do ensino superior para participar em entrevistas de emprego. Em simultâneo, a Direcção dos Serviços de Assuntos de Subsistência da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, deslocou-se às instituições de ensino superior chinesas onde estão inscritos mais jovens de Macau, a fim de promover planos de estágio e de aprendizagem de Macau, Hengqin e outras províncias e cidades do Interior da China.