João Luz Eventos MancheteStudio City | MIRROR e companhia animam fim de ano Os MIRROR estão de volta a Macau para dois espectáculos na noite de 31 de Dezembro e 1 de Janeiro no Centro de Eventos do Studio City. O local de espectáculos da Melco Resorts & Entertainment será um dos pontos fulcrais das festividades de passagem de ano, com um evento especial na noite de fim de ano. No meio de champanhe e antecipação pelas doze baladas que irão relegar 2025 para o passado, os MIRROR serão o grande destaque do espectáculo que irá levar sete bandas ao palco do Studio City, todas saídas do mesmo programa de talentos que revelou a mais famosa boys band de Hong Kong. A festa da contagem decrescente, como é referida na região, será abrilhantada com as performances de COLLAR, ERROR, LYMAN, P1X3L, ROVER e 5G, com o início dos concertos está marcado para as 22h. No dia seguinte, às 19h, será a vez dos fãs dos MIRROR se regalarem com um concerto da banda de Keung To, Anson Lo e Edan Lui. Os bilhetes para os espectáculos serão colocados à venda hoje, a partir do meio-dia. Os ingressos para os concertos da noite de fim de ano custam entre 988 patacas e 1.888 patacas. Para o concerto a solo dos MIRROR, os bilhetes custam entre 1.088 patacas e 2.388 patacas. Família em palco Com sete anos de carreira na bagagem, os MIRROR e os ERROR foram apresentados ao mundo cantonês através da primeira série do programa de talentos da ViuTV “King Maker”. As restantes bandas que vão subir ao palco do Studio City na noite de passagem de ano fizeram o mesmo percurso televisivo. A organização salienta que esta será a primeira vez que toda a “família” King Maker irá actuar em Macau. Além de MIRROR e ERROR, a noite de réveillon será abrilhantada pela performance da girls band COLLAR, mais um membro da família, saídas da série de 2021 do mesmo programa de talentos. Ainda sem um álbum na bagagem, as sete artistas que formam a banda contam com 11 singles na discografia. Porém, a noite de passagem de ano irá muito além de performances individuais de cada banda, com a organização a prometer vários momentos de partilha de palco e combinações de vários membros das sete bandas. Para já, e tendo em conta a oportunidade rara de “reunião familiar”, as colaborações em palco estão guardadas no segredo dos deuses. Os doze apóstolos Já há algum tempo que os MIRROR não se juntam todos em palco, circunstância que a organização sublinha nos materiais promocionais. “Os doze membros proporcionarão uma experiência de palco totalmente nova, interpretando com energia uma série dos seus sucessos clássicos mais apreciados, criando um Dia de Ano Novo único e inesquecível para os seus fãs”, indica a organização. Sete anos depois do lançamento do primeiro single “In a second”, os MIRROR tornaram-se num fenómeno de popularidade sem precedentes. Os membros da boys band multiplicaram-se em participações em programas de televisão, filmes e série de ficção, assim como pontuais momentos musicais a solo. O membro mais popular da banda é Keung To. Todos os anos, no dia do seu aniversário, milhares fãs enchem a zona de Causeway Bay, que passa a ser Keung To Bay, e os eléctricos que circulam na ilha de Hong Kong são grátis (pagos pelo clube de fãs) e enfeitados com fotos do jovem ídolo. Aliás, por toda a cidade, e também em Macau, apesar da escala menor, os fãs pagam a empresas de transportes públicos publicidade para homenagear Keung To no seu aniversário, assim como em painéis publicitários.
João Luz Manchete PolíticaSalário mínimo | Empresas de condomínio pedem divulgação ao Governo O salário mínimo será actualizado a partir de 1 de Janeiro em uma pataca por hora, passando de 34 para 35 patacas por uma hora de trabalho, ou 7.072 para 7.280 patacas mensais. Depois das reacções de patronato e empresários, que resistiram à actualização no Conselho Permanente de Concertação Social, o sector da administração de condomínios pediu ao Governo que esclareça a população sobre os aumentos dos salários de trabalhadores de limpezas e segurança em edifícios de habitação. A posição foi tomada pela presidente da Associação de Administração de Propriedades de Macau, Sit Un Na, que entende que o Executivo tem mais credibilidade para explicar aos proprietários as consequências do ajuste ao salário mínimo nas despesas de condomínio. Em declarações ao jornal do Cidadão, a responsável admitiu que actualização do salário mínimo irá resultar em aumentos dos custos de condomínio, que não devem ultrapassar 2,9 por cento dos orçamentos actuais. Recorde-se que a subida do salário mínimo irá abranger cerca de 18.000 pessoas, o que representa 4,4 por cento da força de trabalho total de Macau. A dirigente associativa estima que a alteração incida sobre mais de 10.000 trabalhadores do sector da administração de propriedades, 90 por cento dos quais são trabalhadores não-residentes. Em relação ao valor mensal dos rendimentos, Sit Un Na prevê que cada trabalhador leve para casa mais 200 patacas por mês. As duas vias Contudo, a representante associativa realça que nem todas as empresas de gestão de condomínios podem ser afectadas da mesma forma, porque algumas fixaram com os proprietários contratos com preços fixos, o que lhes confere a flexibilidade para cortar noutros custos para compensar o aumento das despesas com salários. Um dos casos “bicudos” em termos contratuais diz respeito à administração nos edifícios de habitação pública, onde as despesas de condomínio não podem aumentar. Além da divulgação dos efeitos do aumento salarial, para ajudar os proprietários a compreender a subida das despesas de condomínio, Sit Un Na sugeriu que o Governo reveja a lei da actividade comercial de administração de condomínios e o regime jurídico da administração das partes comuns do condomínio, que entraram em vigor em 2018. A responsável lembra que os diplomas deveriam ter sido revistos a cada três anos, mas desde que entraram em vigor nunca foram actualizados. Em termos de medidas de apoio, Sit Un Na defende que o Governo deve subsidiar as empresas de administração que gerem edifícios de habitação pública, ou que sejam canceladas as restrições que impedem alterações ao orçamento da administração do condomínio para suportar o aumento do salário do mínimo. Outra possibilidade, seria incluir o sector de administração no âmbito dos serviços de apoio à digitalização, para que as empresas tenham apoios e fundo.
João Luz EventosGaleria Tap Seac | Mostra de arte contemporânea chega ao fim no domingo A exposição “A Reinvenção do Real”, patente no Galeria do Tap Seac até domingo, é mote para exibições de tauromaquia e de caricaturas ao vivo. As actividades são integradas na participação do Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira no cartaz da Bienal Internacional de Arte de Macau Está a chegar ao fim a exibição da mostra “A Reinvenção do Real – Arte Contemporânea Portuguesa na Colecção do Museu do Neo-Realismo, integrada no Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira”, que vai estar exibição na Galeria Tap Seac até domingo. Para fechar a exposição, o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e o Instituto Português do Oriente (IPOR) organizaram um programa de actividades paralelas, para promover a exposição e as características culturais da cidade de Vila Franca de Xira nas quais se inclui a arte tauromáquica. Como tal, o jardim do Consulado-Geral de Portugal será palco de curtas exibições de tauromaquia da Associação de Escola de Toureio José Falcão, de Vila Franca de Xira, amanhã e na sexta-feira. As exibições têm a duração de 15 minutos e começam às 15h e às 15h45 dos dois dias. Em simultâneo, entre as 15h e as 17h de quarta e quinta-feira, também no jardim do consulado, vão decorrer sessões de caricaturas desenhadas ao vivo pelo cartoonista Vasco Gargalo. Recorde-se que a exposição “A Reinvenção do Real – Arte Contemporânea Portuguesa na Colecção do Museu do Neo-Realismo, integrada no Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira” foi aberta ao público a 12 de Setembro. Com a curadoria de David Santos, director do Museu do Neo-Realismo, e o artista visual José Maçãs de Carvalho, a mostra é composta por 20 obras da autoria de 14 artistas portugueses (Alice Geirinhas, André Cepeda, Carla Filipe, Pedro Cabral Santo, Fernando José Pereira, Luciana Fina, Luísa Ferreira, Manuel Santos Maia, Miguel Palma, Paulo Mendes, Rita Barros, Válter Vinagre, José Maçãs de Carvalho). Touros e outras faenas Em relação aos convidados da cidade ribatejana, a organização indica que “a Associação Escola de Toureio José Falcão de Vila Franca de Xira, fundada em 11 de Agosto de 1984, nasceu da vontade de preservar a tradição taurina vilafranquense e de formar novas gerações de toureiros, inspiradas na figura e no exemplo do inesquecível matador José Falcão”. É referido ainda que a instituição oferece aulas tauromáquicas e organiza novilhadas de promoção e provas públicas, e que, ao longo de quatro décadas, “tem formado gerações de jovens que hoje representam Portugal nas arenas de todo o mundo”. Quanto a Vasco Gargalo, o IPOR apresenta-o como “um dos mais reconhecidos cartoonistas e ilustradores portugueses”, com trabalho publicado em vários meios de comunicação nacionais e internacionais. O vila-franquense tem colaborado com o jornal I, Diário de Notícias, Courrier Internacional, revista Groene Amsterdammer, revista Spotsatire, e é colaborador permanente do Correio da Manhã e da revista Sábado.
João Luz Manchete PolíticaComerciantes afectados não vão receber subsídio directo À semelhança da resposta aos prejuízos causados pelo tufão Hato, Nick Lei perguntou ao Governo se iria também atribuir subsídios directos aos comerciantes afectados pelas cheias do tufão Ragasa. A resposta do Executivo foi negativa, restando aos empresários recorrerem ao seguro contra grandes desastres Em Macau, existe um período antes do tufão Hato e outro depois do tufão Hato. Esta realidade ficou bem patente na resposta do Governo a uma interpelação de Nick Lei, em que o deputado perguntava se seriam atribuídos a comerciantes afectados pelas cheias do tufão Ragasa subsídios de montante, à semelhança do que aconteceu depois do tufão Hato. Na resposta, o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, indicou que os comerciantes e as pequenas e médias empresas (PME) podem recorrer ao seguro contra grandes desastres. O responsável lembrou a Nick Lei que em 2019 a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico lançou o “Plano de Apoio Financeiro à Subscrição de Seguro de Bens Patrimoniais contra Grandes Desastres para as Pequenas e Médias Empresas”. O plano, implementado em cooperação com a Autoridade Monetária de Macau tem como objectivo encorajar as PME que enfrentam necessidades a subscrever seguros contra desastres e aliviar o encargo económico na subscrição de seguros. Outra lacuna que a medida tem em vista colmatar, é oferecer uma solução para o problema de falta de cobertura de seguros para danos em bens comerciais durante condições meteorológicas extremas. O deputado ligado à comunidade de Fujian reconhece que o plano de apoio à subscrição de seguros aliviou parte da pressão económica dos empresários afectados, “mas o valor do seguro contra grandes desastres é elevado, ou seja, 100 mil, 200 mil, 300 mil e 500 mil patacas, logo, os prémios também são elevados”. Importa referir que o apoio do Executivo oferece 50 por cento do prémio standard global ou um montante máximo de 30 mil patacas (consoante o valor mais baixo). Retoques e melhorias Em relação às críticas feitas à medida de apoio, o Governo sublinhou que “o esquema do seguro contra grandes desastres tem sido continuamente aprimorado, incluindo a eliminação do limite de indemnização para mercadorias e da franquia, a introdução de descontos na renovação sem sinistros, bem como a ampliação da cobertura para incluir perdas de bens comerciais ocorridas durante o sinal de chuva intensa preta.” Além disso, em 2023, o plano foi optimizado com a redução das taxas de prémio em 40 por cento, para 15 por cento, foi adicionada uma opção de cobertura com um valor segurado de meio milhão de patacas e concedidos descontos na renovação do seguro para comerciantes que tenham apresentado pedidos de indemnização anteriormente. Também o número de seguradoras locais participantes no esquema foi ampliado este ano para seis. Recorde-se que o tufão Ragasa passou por Macau a 24 de Setembro, batendo uma série de recordes. Pela primeira vez, desde 1968, as autoridades emitiram duas vezes o sinal número 10 de tufão no mesmo ano. A tempestade, que provocou inundações consideráveis, oito feridos e momentos virais de pessoas a apanhar peixes à mão em plena via pública, representou também o sinal 10 de tufão mais longo (10 horas e 30 minutos).
João Luz Manchete SociedadeSMG | Previsões deixam Macau fora da trajectória do Fung-wong O tufão Fung-wong levou ontem à emissão do sinal 1 de tempestade tropical, mas com a possibilidade “relativamente baixa a moderada” de elevar o sinal de alerta. A tempestade deverá passar a cerca de 500 quilómetros de Macau entre a próxima madrugada e a manhã de quarta-feira Tudo indica que Macau ficará de fora do percurso do tufão Fung-wong, segundo as previsões avançadas pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) que emitiram ontem às 14h o sinal 1 de tempestade tropical. A decisão de emitir o sinal de alerta significa que uma tempestade está localizada a menos de 800 quilómetros de Macau. No entanto, os SMG indicaram ontem que a possibilidade de elevar o alerta para o sinal 3, durante a manhã de hoje, era “relativamente baixa a moderada”. “O tufão Fung-wong vai tomar um rumo para o quadrante norte, hoje e amanhã, atravessando a parte norte do Mar do Sul da China. Prevê-se que, “Fung-wong” passe o ponto mais próximo do território na terça-feira à noite (11), a cerca de 500 km a sudeste de Macau”, avançaram ontem os SMG. Apesar da distância do território, as autoridades estimaram a possibilidade de intensificação dos ventos, “podendo atingir níveis de 5 a 6, com rajadas significativas”. As autoridades ressalvaram que, “a menos que o Fung-wong adopte uma trajectória mais para oeste e se aproxime das regiões costeiras de Guangdong, o Sinal de Ventos Fortes de Monção (bola preta) será emitido em substituição do Sinal de Tempestade Tropical, de acordo com as condições de vento em Macau”. Em relação ao estado do tempo, os SMG apontaram ontem para a probabilidade “relativamente baixa nos próximos dias” de chuva, e para uma ligeira descida da temperatura mínima, para cerca de 18 graus, na quinta-feira. Como é normal nestas circunstâncias, várias entidades públicas emitiram alertas e aconselharam medidas de segurança. A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais apelou a “cidadãos e empreiteiros” para adoptarem “medidas de prevenção, principalmente em relação aos andaimes, aparelhos elevatórios (por exemplo, gruas), janelas de construções e materiais pendurados nas fachadas”. Também o Instituto Cultural aconselhou os responsáveis de edifícios patrimoniais, “especialmente dos sítios sitos nas zonas baixas, para desencadearem as medidas de protecção necessárias e oportunas em relação ao património e tomarem as medidas de prevenção de vento e inundações”. Aqui ao lado Na região vizinha, o Observatório de Hong Kong também emitiu o sinal 1 de tempestade e manteve algumas reservas quanto à possibilidade de elevar o sinal de alerta. “Dependendo da mudança de intensidade do Fung-wong, da sua distância de Hong Kong, do impacto da monção nordeste no Fung-wong e das condições locais do vento, o Observatório avaliará a necessidade de emitir o Sinal de Vento Forte, n.º 3, ou o Sinal de Monção Forte”, indicou ontem à tarde a entidade meteorológica da região vizinha. As autoridades de Hong Kong indicam ainda que a interacção entre o Fung-wong, à medida que avança em direcção a Taiwan, e a monção nordeste, irá enfraquecer gradualmente o tufão. Porém, o Observatório de Hong Kong previu a subida de meio metro do nível das águas no pico da maré alta da noite de ontem, com a possibilidade de inundações das zonas baixas e agitação marítima.
João Luz Internacional PolíticaConsumo | Incentivo gerou mais de mil milhões de patacas Entre o início de Setembro e o passado dia 2 de Novembro, o Grande Prémio do Consumo gerou negócios no 1,06 mil milhões de patacas no comércio de restauração nos bairros comunitários, a partir de 260 milhões de patacas em cupões de desconto. A iniciativa termina no final deste mês Em cerca de dois meses, a edição corrente do Grande Prémio do Consumo gerou cerca de 1,06 mil milhões de patacas em negócios no comércio e restauração nos bairros residenciais de Macau. As contas foram apresentadas ontem pelo director dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), Yau Yun Wah, aos microfones do programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. O responsável acrescentou que entre 1 de Setembro (quando começou a iniciativa) e 2 de Novembro, o programa desenhado para impulsionar o comércio local e o consumo no território distribuiu um total de 260 milhões do montante de benefícios electrónicos. Em resposta a ouvintes do programa matinal, que se queixaram do valor baixo dos descontos, Yau Yun Wah revelou que a taxa de utilização dos cupões é elevada para os descontos mais avultados, mas que mesmo os descontos de 10 e 20 patacas têm uma taxa de utilização superior a 80 por cento. Música, maestro Para responder às dificuldades que os comerciantes da zona norte da península enfrentam, o Governo lançou outro programa, entre 20 de Março e 13 de Outubro, para atrair turistas para os bairros residenciais. Segundo o director da DSEDT, a iniciativa que espalhou bonecos da marca Sanrio pela zona norte atraiu “mais de 400 mil visitantes para tirar fotografias,” afirmou. Yau Yun Wah acrescentou ainda que os comerciantes da zona ficaram “satisfeitos” com a actividade. O responsável mencionou também o papel dos concertos na atracção de turistas para Macau. “Muitos turistas visitam Macau para assistir a concertos, motivo pelo qual estabelecemos um acordo de cooperação com uma plataforma de venda de bilhetes do Interior da China. Desde o fim de Outubro, lançámos uma iniciativa promocional que oferece descontos no comércio local e bilhetes para o Museu do Grande Prémio. Até agora, contamos com a participação de 30 comerciantes nesta iniciativa”, revelou Yau Yun Wah. O director mostrou-se confiante quanto ao aumento de negócios aderentes à medida, podendo ultrapassar uma centena até ao final deste mês, mas realçou que é preciso estudar a eficácia dos descontos, em coordenação com os comerciantes. Quanto à segunda fase dos serviços de apoio à digitalização de pequenas e médios empresas, Yau Yun Wah apontou que nas duas fases foram disponibilizadas 2.000 vagas. Na primeira fase, as autoridades receberam 1.691 candidaturas.
João Luz EventosFotografia | AMAGAO acolhe exposição que reinterpreta a Ásia Oriental É inaugurada esta semana, na galeria AMAGAO, a exposição “EASTASIA TROUGH THE LENS”, que exibe 25 obras de cinco autores que, através da fotografia, reflectem e reinterpretam a riqueza e diversidade das culturas, pessoas e cidades da Ásia Oriental Cores, texturas, jogos de sombra e luz, pessoas e recantos explorados com profundidade, revelando detalhes únicos que distinguem as gentes e culturas da Ásia Oriental, são o ponto de partida para a exposição de fotografia “EASTASIA TROUGH THE LENS”. A mostra será inaugurada na próxima quinta-feira, às 18h30, na galeria AMAGAO no hotel Artyzen Grand Lapa, exibindo 25 trabalhos de cinco fotógrafos que procuram explorar através da fotografia “a riqueza das artes, cidades, pessoas e marcos culturais da Ásia Oriental”, indica a organização do evento num comunicado. Com a curadoria a cargo de Francisco Ricarte, a exposição apresenta trabalhos de fotógrafos que vivem na região da Ásia Oriental: André Carvalhosa, de Portugal, Cássia Shutt, do Brasil, José Sales Marques, de Macau, Manesok Ha, da Coreia do Sul, e Tang Kuok Hou, de Macau. A exposição, patente até ao dia 30 de Novembro, é uma iniciativa da ARTBIZ ASIA, em cooperação com a HALFTONE – Associação Fotográfica de Macau. Segundo a organização do evento, as obras em exibição “incorporam a diversidade e a vitalidade da paisagem cultural da Ásia Oriental, destacando as visões dos artistas e a sua percepção de uma diversidade de lugares como Macau, Hong Kong, Butão e Coreia do Sul”. Os organizadores pretendem que a mostra estimule “um diálogo sobre como a cultura pode moldar sua identidade, intercambio social e padrões de vida da comunidade no mundo interconectado de hoje”. Os dedos da mão Por partes, a série fotográfica “When Darkness Falls” da autoria de André Carvalhosa captura a pulsação de Hong Kong, apresentando a colisão e coexistência do caos e da calma. Citado pela organização da mostra, o autor revela que procurou explorar a tensão poética entre presença e ausência, entre a intensidade humana e os espaços silenciosos que a sustentam. “Com essas fotografias, convido os espectadores a sentirem a quietude dentro do próprio movimento, o eco das multidões que partem, o ritmo das ruas quase vazias enquanto a cidade expira ao final do dia”, afirmou André Carvalhosa. Por sua vez, José Luís Sales Marques lançou-se num “subtil exercício de luz e sombras profundas” que teve como “musa” “A Casa do Mandarim”. “Decidi fotografar em preto e branco e pude apreciar com calma a atmosfera delicada criada pelo seu design de interiores, suavemente iluminado por luz natural e artificial, projectando belas sombras nas paredes austeras”, indicou Sales Marques. Também de Macau, Tang Kwok Hou revisitou fotograficamente a expressão e contrastes visuais da vida nocturna da cidade na série “Fotossíntese”. “Fotossíntese é um dos meus planos de exploração para o meu projecto de observação social. Ao examinar as paisagens nocturnas frias e claras, tentei descobrir como a sociedade contemporânea usa a iluminação para incentivar as pessoas a expandirem suas experiências de vida à noite, bem como a iluminação noturna em espaços públicos confere à cidade um padrão operacional visível”, revelou o autor. Por aí fora A lente da brasileira Cássia Shutt procurou captar a beleza do Butão e das suas gentes, assim como a resiliência silenciosa butanesa na série “The Wisdom of Being”. “As fotos testemunham que o povo butanês quer-se desenvolver, mas sabe, profundamente, que desenvolvimento não é sinónimo de renúncia”, indicou a fotógrafa. Noutra latitude, Manseok Ha focou aspectos culturais do vestuário tradicional da Coreia do Sul, num “exercício de ironia”, indica a organização da mostra. A série fotográfica “Hanbok”, nome de uma vestimenta diária que expressava visualmente género, estado civil, classe e hierarquia social sul-coreana, explora a queda em desuso do vestuário ancestral e o irónico uso por turistas. O hanbok é, hoje em dia, usado apenas ocasionalmente em eventos cerimoniais, como casamentos ou comemorações de primeiro aniversário. No entanto, diariamente no Palácio Gyeongbokgung, outrora um símbolo da autoridade real, visitantes de todo o mundo “caminham pelos jardins do palácio vestidos com hanbok. Outrora um emblema de identidade colectiva e ordem social, o hanbok agora é usado por indivíduos de diversas nacionalidades, etnias e géneros”.
João Luz Manchete PolíticaTráfico humano | Governo em “forte oposição” a relatório norte-americano O Governo da RAEM voltou a reagir com repúdio a um relatório do Departamento de Estado da Administração Trump, desta vez sobre tráfico humano. O documento salienta que desde 2021 não houve condenações de traficantes, enquanto o Executivo denuncia preconceitos e “interferência grave e expressa nos assuntos internos da RAEM” “Este ‘relatório’ denegriu a RAEM e contém afirmações difamatórias e arbitrárias relativas aos frutos notáveis obtidos pela RAEM, pelo que o mesmo não tem nenhuma credibilidade. Os EUA têm elaborado, ano após ano, relatórios com informações falsas relativas às questões de tráfico de pessoas, numa tentativa de lançar a confusão na sociedade internacional, constituindo uma interferência grave e expressa nos assuntos internos da RAEM. Por estas razões, as autoridades de segurança repudiam veementemente este “relatório” e demonstram fortemente a sua insatisfação”. Foi desta forma que o Governo de Sam Hou Fai reagiu a mais um relatório elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano sobre tráfico humano, publicado na segunda-feira. A forte oposição do Executivo local foi tornada pública na terça-feira ao fim do dia, com o Governo a referir que o documento “está repleto de preconceitos políticos e juízos subjectivos, além de ignorar os factos objectivos”. O facto, evidenciado pelo departamento liderado por Marco Rubio, de que Macau raramente condena suspeitos envolvidos em tráfico humano, ou identifica vítimas, é justificado pelos “esforços conjuntos” do Governo e da sociedade de Macau. “Os crimes relacionados com o tráfico de pessoas têm sempre registado uma baixa percentagem ou uma percentagem quase nula, o que demonstra que Macau é uma das cidades mais seguras do mundo”, realça o Governo. O valor da palavra O organismo que pertence à Administração Trump reconhece que o Governo de Macau “deu alguns passos para combater o tráfico humano, nomeadamente investigando um potencial caso, treinando pessoal e organizando seminários em escolas para aumentar a consciencialização para o tema”. Porém, “os esforços gerais de aplicação da lei contra o tráfico e de protecção às vítimas continuaram inadequados”, é indicado. O relatório destaca também que as autoridades da RAEM consideraram no passado que o consentimento inicial da vítima ou a sua “associação voluntária” com um traficante constituíam provas suficientes para demonstrar que não tinha ocorrido um crime de tráfico”. Essa postura, segundo o Departamento de Estado, faz com que as autoridades tratem os casos de tráfico como outros crimes e enfraquece os esforços de identificação das vítimas. São também realçados relatos de observadores que apontaram a falta de legislação abrangente contra o tráfico na China afectou negativamente a capacidade das autoridades de Macau de conduzir operações conjuntas, algo que provocou um “impacto desproporcional” no combate ao tráfico humano, uma vez que as “vítimas exploradas em Macau eram predominantemente do Interior da China”.
João Luz Manchete PolíticaGoverno em “firme oposição” a Washington sobre ambiente de investimento O Governo da RAEM manifestou ontem “forte desagrado e firme oposição” ao “Relatório Anual sobre o ambiente de investimento por País relativo ao ano de 2025” publicado na sexta-feira pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. O Executivo liderado Sam Hou Fai afirma que o documento “contém comentários não sustentadas por factos sobre o desenvolvimento económico e político” de Macau, “incluindo alegações infundadas sobre as melhorias introduzidas pela RAEM no seu regime eleitoral e na Lei relativa à defesa da segurança do Estado”. O departamento da Administração Trump liderado por Marco Rubio começa por indicar que, no que diz respeito ao ambiente para investimentos, o “Governo de Macau mantém uma economia transparente, não discriminatória e de mercado livre”, e que o Executivo local “está empenhado em manter um ambiente favorável aos investidores”. No entanto, acrescenta que “as empresas estrangeiras citam a constante escassez de trabalhadores qualificados, resultado da dependência da cidade do turismo e dos jogos de azar, como uma das principais restrições às suas operações e expansão futura”. Neste capítulo, o Departamento de Estado destaca a prioridade dada a trabalhadores locais, porém critica algumas políticas basilares da RAEM. No documento é também realçado que “o sistema jurídico de Macau baseia-se no Estado de Direito e na independência do poder judicial” e que “as empresas estrangeiras e nacionais registam-se ao abrigo das mesmas regras e estão sujeitas ao mesmo conjunto de leis comerciais e de falência”. Porém, o Departamento de Estado refere que o esforço do Governo para alcançar o objectivo de diversificar a economia, dependente do jogo, obtiveram resultados mínimos. Também a aposta no papel de Macau enquanto plataforma de comércio e serviços entre a China e os países de língua portuguesa é referida. “A China também orientou Macau a tornar-se uma ‘plataforma de serviços de cooperação comercial e empresarial’ entre a China continental e os países de língua portuguesa (PLP). O comércio directo entre Macau e os PLP continua a ser marginal, representando apenas 0,9 por cento do volume total de comércio de Macau, que foi de 17,6 mil milhões de dólares em 2024”, foi referido. O Executivo liderado por Sam Hoi Fai respondeu afirmando que o papel de Macau “como plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa é cada vez mais reconhecida por todas as partes”. As jóias da coroa Apesar dos reconhecimentos do organismo norte-americano em relação ao desenvolvimento económico, ambiente de negócios, regime fiscal e medidas de incentivo ao investimento, o Governo considera que “as conquistas e progresso” conseguidos pela RAEM “não podem ser apagados por tal relatório dos Estados Unidos da América”. Na análise do Departamento de Estado, saltaram à vista críticas às alterações às leis que regulam as eleições do Chefe do Executivo e dos deputados da Assembleia Legislativa, assim como a legislação de salvaguarda da defesa do Estado. No primeiro conjunto de leis, o Governo da RAEM respondeu aludindo às eleições de 14 de Setembro. O eleitorado exerceu plenamente os seus direitos democráticos e participou entusiasticamente na votação. “A afluência às urnas atingiu um recorde com mais de 175.000 votantes, o que representa uma taxa de participação de 53,35 por cento. Isto demonstra plenamente que o regime eleitoral da Assembleia Legislativa revisto ganhou o apoio e o reconhecimento dos residentes em geral”, foi indicado em relação à reforma legal que estabeleceu o recente princípio “Macau governado por patriotas”. Em relação à legislação para salvaguardar a segurança do Estado, o Executivo de Sam Hou Fai contra-ataca e refere que, “na realidade, “os Estados Unidos já promulgaram, há muito tempo, uma série de leis rigorosas em matéria de segurança nacional e abusam frequentemente da sua jurisdição extraterritorial”. “Em vez de fazerem uma auto-reflexão, os EUA criticam unilateralmente os outros, demonstrando um clássico duplo padrão e hipocrisia. Os Estados Unidos são um importante parceiro económico da RAEM. Esperamos que a parte americana se abstenha de politizar as questões económicas, cesse as manobras políticas e se concentre em acções que conduzam ao desenvolvimento estável das relações económicas e comerciais bilaterais”, concluiu o Executivo da RAEM.
João Luz Manchete SociedadeCheias | Plano de evacuação retira quase 2.500 pessoas de zonas baixas O Governo accionou o “Plano de evacuação das zonas baixas em situações de Storm Surge durante a passagem de tufão”, devido à aproximação do super tufão “Ragasa”. As autoridades de Protecção Civil apontaram a conclusão do plano para retirar as pessoas das zonas baixas para as 17h, altura em que o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, indicou a retirada de 2.439 pessoas de suas casas, e que mais 503 pessoas seriam retiradas mais tarde. Das pessoas contactadas pelas autoridades, o governante revelou que 230 recusaram sair das suas residências. Prevendo ventos fortes e aumento significativo do nível das águas do mar, um comunicado do Centro de Operações da Protecção Civil dos Serviços de Polícia Unitários apelou a todos os cidadãos e turistas para colaborarem com o Governo da RAEM na execução das medidas de evacuação. As autoridades pediram ao público para seguirem o percurso planeado, darem prioridade ao apoio aos idosos, crianças e pessoas com dificuldades de locomoção na evacuação, seguindo as instruções dos agentes de evacuação ao longo do caminho. O centro de operações sublinha que “Macau está a enfrentar um sério desafio com a passagem do super tufão Ragasa, sendo a colaboração activa do público a chave para a prevenção e redução de desastres”.
João Luz PolíticaSinal 8 às 17h e casinos encerrados Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos vão emitir o sinal 8 de tempestade tropical esta tarde às 17h, hora a que todos os casinos de Macau vão encerrar. O encerramento foi ordenado por um despacho assinado pelo Chefe do Executivo, publicado hoje no Boletim Oficial. Sam Hou Fai justificou a medida com os esforços para assegurar a vida e os bens dos residentes. Também as ligações entre Macau e Zhuhai vão ficar condicionadas, com o encerramento, às 19h, dos postos fronteiriços de Gongbei, Qingmao, Hengqin e Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-Macau. As autoridades alfandegárias ressalvaram que em Hengqin continuará a funcionar a travessia de veículos, funcionamento que será interrompido se for emitido o sinal 9 de tempestade tropical.
João Luz Manchete SociedadeToi San | Mercado Municipal remodelado e com restauração O Instituto para os Assuntos Municipais planeia optimizar o Mercado Municipal de Tamagnini Barbosa, reorganizando a disposição de bancas e instalando um centro para refeições. A possibilidade de abrir um concurso público para explorar bancas está a ser estudada Depois da renovação dos mercados municipais da Taipa, Mitra e Mercado Vermelho, a linha de modernização destes espaços pode chegar em breve ao bairro do Toi San. O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) revelou ontem que planeia optimizar o Mercado Municipal de Tamagnini Barbosa, sem proceder a demolições ou grandes obras de construção. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o organismo presidido por Chao Wai Ieng indicou que o projecto pode passar pela reorganização do piso térreo de acordo com a oferta de produtos das bancas. No primeiro andar do mercado será instalado um centro de restauração com bancas de venda de comidas e bebidas. As autoridades esperam conseguir optimizar o espaço, disponibilizando suficientes lugares sentados que ainda permitam reservar um espaço para uma possível ligação ao jardim desportivo para os cidadãos, que será construído no antigo Canídromo. Além disso, face à baixa taxa de ocupação das bancas no Mercado Municipal de Tamagnini Barbosa, o IAM está a analisar a viabilidade de lançar um concurso público para a exploração de bancas. Gongbei ali ao lado O Mercado de Tamagnini Barbosa é apenas um dos muitos exemplos da decadência comercial que afecta, com especial acutilância, o norte da península de Macau devido à proximidade da fronteira de Zhuhai, onde todos os produtos e géneros alimentícios são muito mais baratos. O canal chinês da TDM ouviu um vendedor que testemunhou essa realidade, depois de cerca de duas décadas a trabalhar no Mercado de Tamagnini Barbosa. Face ao declínio dos negócios dos últimos anos, o comerciante gostaria de ver o mercado remodelado e com maior oferta, incluindo um centro de restauração, para atrair mais clientela. Outro comerciante, sugeriu a optimização do aspecto das bancas de rua e o aumento dos lugares de estacionamento nas imediações como formas de potenciar os negócios. Já o presidente da Associação de Assistência Mútua dos Moradores do Bairro Artur Tamagnini Barbosa, Luo Xiaoqing, salientou que apenas um terço das bancas do mercado estão em operação, ainda para mais por comerciantes que se aproximam da idade da reforma. O responsável, ligado aos Kaifong, sugeriu a abertura de um espaço para actividades comunitárias, de forma a atrair pessoas, e expressou esperança que o Governo comunique com os moradores do bairro e comerciantes antes de avançar com projectos concretos.
João Luz Manchete PolíticaEleições | Campanha termina hoje à meia-noite O período de campanha eleitoral chega ao fim hoje à meia-noite, seguindo-se o dia de reflexão amanhã, antes da abertura das assembleias de voto. A comissão eleitoral lançou ontem um alerta às listas para cessarem a propaganda política a partir das 00h, para “garantir a equidade e a ordem do processo eleitoral” O período em que é permitido fazer campanha eleitoral termina hoje à meia-noite, dando início ao dia de reflexão, que decorrerá amanhã. Num comunicado emitido ontem pelo Gabinete de Comunicação Social, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) relembra que durante o período de reflexão e no dia das eleições não é permitida qualquer actividade de propaganda eleitoral. A CAEAL sublinha que mandatários, candidatos, e pessoas ligadas às listas com responsabilidades na afixação de propaganda política devem “remover ou eliminar todos os materiais, mensagens ou informações colocadas durante o período de campanha em qualquer local, incluindo na Internet”. A ideia é eliminar do espaço público materiais que “possam atrair a atenção do público para um ou mais candidatos e que, de forma expressa ou implícita, sugiram aos eleitores votar ou não votar nesses candidatos”. É, contudo, ressalvado que é “permitida a manutenção da tabuleta ou faixa em cada sede ou sub-sede de campanha, bem como a propaganda gráfica fixa nos locais designados pela CAEAL”. A comissão vai mais longe e especifica que no sábado e domingo, nenhuma pessoa ligada a listas “deve usar vestuário ou outros objectos em locais públicos que exibam números de ordem, nomes, abreviaturas ou símbolos que identifiquem claramente uma lista candidata”. Quem o fizer pode ser acusado de propaganda ilegal. Tudo a postos Para que nada falhe no domingo, a CAEAL terminou na quarta-feira uma formação destinada aos profissionais que vão trabalhar nas assembleias de voto. A formação, que começou no dia 28 de Agosto, contou com a participação de mais de 1.400 funcionários de quase 60 serviços públicos, além de 180 auxiliares. A formação incluiu o conteúdo e responsabilidades do trabalho, as precauções que devem ser tidas em conta pelos membros das assembleias de voto e pelos funcionários responsáveis pela contagem dos votos, assim como o funcionamento dos sistemas informáticos e tratamento de situações de emergência nas assembleias de voto. As autoridades salientam que, face às eleições legislativas de 2021, o número de assembleias de voto e de funcionários aumentou. De acordo com o jornal Ou Mun, a CAEAL indicou que os seus esforços estão focados na optimização das operações eleitorais através de processos electrónicos que podem encurtar as horas de trabalho e aumentar a eficiência.
João Luz Manchete SociedadeCaritas | Padaria em S. Lázaro e clínica na Areia Preta abertas este ano A Caritas Macau vai alargar os serviços comunitários com a abertura ainda neste ano de uma padaria na freguesia de São Lázaro, que irá empregar utentes de lares de reabilitação de saúde mental. Os produtos serão doados a pessoas carenciadas. Além disso, abrirá também uma clínica médica na Areia Preta A Caritas Macau irá acrescentar dois serviços à sua rede de apoio social, indicou Paul Pun, secretário-geral da organização de caridade ligada à Diocese de Macau, na terça-feira, numa conferência de imprensa sobre a gala deste ano da instituição, que se realiza no dia 20 de Setembro. Os dois projectos são uma padaria, que irá abrir ainda este ano na freguesia de São Lázaro e uma clínica médica e de fisioterapia na Areia Preta. Segundo o jornal Ou Mun, para a abertura da padaria solidária faltam afinar apenas alguns detalhes, como a contratação de um mestre pasteleiro, tarefa para a qual Paul Pun aproveitou a exposição mediática para chamar a atenção de potenciais candidatos ao cargo. Sobre a padaria que irá operar em São Lázaro, o secretário-geral da Caritas Macau revelou que irá empregar utentes de lares de reabilitação de saúde mental, permitindo-lhes a experiência de trabalho e a interacção com o público. Os produtos que a padaria irá disponibilizar serão gratuitos e têm como destinatárias famílias monoparentais ou pessoas carenciadas. Quanto à clínica comunitária, Paul Pun referiu que terá instalações na Areia Preta, disponibilizando serviços de medicina, fisioterapia, medicina dentária e pediatria. Para já, a Caritas Macau deu início ao processo de pedido de licença médica para operar junto dos Serviços de Saúde. No passado, o responsável apontou que o objectivo era oferecer aos utentes o serviço simultâneo de três consultórios. Toda a ajuda Em relação à gala de caridade, Paul Pun afirmou que se irá realizar no The Plaza Restaurant, e terá, com sempre, o objectivo de angariar fundos para que a instituição continue a prestar serviços sociais às camadas mais desfavorecidas e necessitadas da população. Como tem acontecido nos anos anteriores, a gala conta com várias actuações de variedades, que podem ser patrocinadas por participantes. Cada actuação terá duração entre três e cinco minutos. Ao mesmo tempo, serão colocadas à venda lembranças e artigos de artesanato também com o intuito de angariar fundos. O responsável recordou que no ano passado, durante a gala foram doadas verbas no valor de cerca de meio milhão de patacas. Os fundos angariados foram usados serviços como o transporte de deficientes e idosos.
João Luz Manchete PolíticaEleições | Sam Hou Fai deu instruções para funcionários votarem O Chefe do Executivo voltou a dar instruções aos funcionários públicos para votarem nas eleições legislativas, evento descrito como um dos mais importantes acontecimentos políticos do ano. Sam Hou Fai vincou que eleições podem reforçar a implementação do princípio de “Macau governada por patriotas” Após o envio de cartas a todos os trabalhadores da Função Pública, na semana passada a afirmar que o exercício do voto é uma demonstração de lealdade à RAEM, Sam Hou Fai voltou a dar “instruções para os funcionários públicos cumprirem o seu dever com competência e responsabilidade e apoiarem as eleições para Assembleia Legislativa”. As instruções foram dadas na sequência de uma reunião com “dirigentes a nível de direcção e superior, sobre o trabalho e as instalações preparadas para permitir aos funcionários públicos votarem nas eleições”, que se realizou na tarde de terça-feira. Segundo um comunicado do Gabinete de Comunicação Social, emitido na noite de terça-feira, Sam Hou Fai sublinhou que votar “não é só um direito, como também um dever cívico”, apelando a toda a população para a participação no sufrágio. Além de mencionar por inúmeras vezes que as eleições legislativas são um dos mais importantes momentos políticos deste ano, o Governo não se tem poupado a esforços para inverter os níveis de abstenção históricos registados nas últimas eleições, após a desqualificação de múltiplas listas de candidatura. Promover responsabilização Os esforços redobrados para alcançar uma grande participação eleitoral são também compreensíveis após as alterações às leis eleitorais e a exclusividade de representação no hemiciclo de associações tradicionais, designadas como patriotas. “Sam Hou Fai indicou que estas eleições serão as primeiras a realizar depois da revisão, no ano passado, da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa, no sentido de reforçar a implementação do princípio de ‘Macau governada por patriotas’ e como um evento político de enorme importância para a RAEM e uma tarefa política de grande destaque para o actual Governo desde a sua tomada de posse”, é indicado. Como tal, Sam Hou Fai defende que “os líderes a nível de direcção devem assumir um papel de ligação entre superiores e subordinados, promover o cumprimento de responsabilização, apoiar em conjunto os trabalhos eleitorais, votar activamente no dia das eleições”. O governante refere mesmo que apoiar o Governo no objectivo de elevar a participação nas eleições “constitui um requisito básico dos princípios ético e moral da função pública”. O Chefe do Executivo encorajou ainda todos os serviços e entidades públicas a cooperarem, apoiarem, comunicarem uns com os outros, durante o processo eleitoral. Kaifong | Pedidos mais votos no sul da península A União Promotora para o Progresso, ou seja, a lista da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) que é candidata às eleições legislativas deste domingo, 14, apelou ao voto na zona sul da península, isto no âmbito de uma acção de campanha na noite da terça-feira. Segundo uma publicação da lista candidatada nas redes sociais, baseada nos principais discursos feitos nessa noite, o presidente da UGAMM, Chan Ka Leong, confessou que a equipa não está optimista com os resultados das eleições. Por seu turno, Ho Ion Sang, deputado eleito por sufrágio indirecto, e que concorre novamente nesse campo político, pelo sector da Educação, citou os responsáveis dos Kaifong, que consideram que estas eleições legislativas serão como uma “dura guerra” que têm de travar para tentar obter assentos no hemiciclo.
João Luz Manchete PolíticaTufões / Segurança | DSAL apela à boa-fé de empresas Para evitar que trabalhadores fiquem impedidos de regressar a casa devido a tufões, o Governo diz-se empenhado a incentivar empresas a acordarem de boa-fé as condições de trabalho para facilitarem a vida dos funcionários. A falta de regulamentação foi levantada por Ron Lam, que lembrou que a emissão de sinal 10 este ano manteve os casinos abertos No passado dia 20 de Julho, o tufão Whipa obrigou as autoridades de Macau a emitir o sinal 10 de tempestade tropical meia-hora depois de ter sido içado o sinal 9. A forma repentina como os alertas se sucederam, sem aviso-prévio, e o encerramento de pontes e fronteiras fizeram com que muitos trabalhadores de casinos ficassem retidos, sem forma de regressar a casa. Esta situação foi levantada por Ron Lam, numa das últimas interpelações escritas que submeteu ao Governo. Foi ontem divulgada a resposta do Governo, assinada pelo director dos Serviços para os Assuntos do Tráfego, Chiang Ngoc Vai. O deputado afastado destas eleições lembrou que no passado, após o mortífero tufão Hato, o Governo mandou encerrar os casinos em caso de super-tufões, como ocorreu com o tufão Mangkhut e, em 2023 com o Saola. Porém, este ano durante a passagem do tufão Whipa, que chegou a sinal 10, os casinos permaneceram abertos. Recorde-se que no rescaldo do Hato, o Executivo de Chui Sai On foi bastante criticado pelos avisos curtos em relação à severidade da tempestade, com o comércio e casinos a operarem normalmente. Como tal, Ron Lam perguntou ao Governo quais os critérios para ordenar o encerramento dos casinos, pilar da indústria que mais emprega no território. O Governo não respondeu e limitou-se a citar a lei que determina a suspensão do funcionamento dos casinos e a referir a existência de canais de comunicação para ajustar medidas à “situação real”, de forma salvaguardar a segurança dos trabalhadores e clientes dos casinos. Harmonia patronal Entre domingo e segunda-feira, Macau esteve 18 horas sob o alerta de sinal 8 de tufão, sem interrupção nas operações dos casinos. Aliás, o Governo, através da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos, coordenou com as concessionárias de jogo planos para proporcionar “áreas de descanso apropriadas para os trabalhadores e clientes no local, fornecendo refeições e outros apoios necessários, prestando toda a atenção aos trabalhadores e clientes que estão nos recintos”. Sobre as regras gerais para salvaguardar a segurança dos trabalhadores e o funcionamento das empresas, o Governo realça que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), elaborou as “Orientações de trabalho em situações de tufão e incidentes súbitos de natureza pública”, que não são vinculativas. Na resposta a Ron Lam, é indicado que a DSAL apela aos empregadores e trabalhadores para negociarem a programação do trabalho nos casos de tufão. Além disso, é referido que a DSAL incentiva os “empregadores a acordarem as condições de trabalho com os trabalhadores, segundo as regras da boa-fé, em períodos de más condições atmosféricas, bem como a resolverem as dificuldades reais encontradas pelas partes através do entendimento e concertação”. Como é habitual, as autoridades não têm em conta a desigualdade de poder nas relações laborais, e apelam à manutenção das “relações laborais harmoniosas”.
João Luz Manchete SociedadeCiclone | Tapah paralisa Macau, sem escolas, serviços públicos e transportes O ciclone tropical Tapah obrigou a 18 horas de sinal 8 e de estado de prevenção imediata, paralisando a cidade por completo. Apesar dos poucos danos, as aulas e serviços públicos foram suspensos durante todo o dia, e registaram-se quatro feridos. Este foi o nono ciclone tropical a afectar Macau este ano, total que não se via há mais de 30 anos Cerca de 20 minutos depois da emissão do sinal 8 de tempestade, devido à passagem do ciclone tropical Tapah por Macau, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude indicava que as aulas dos ensinos infantil, primário, secundário e especial ficariam suspensas durante todo o dia de ontem. Cerca de 25 minutos antes, o Centro de Operações de Protecção Civil declarava o estado de prevenção imediata, em antecipação da chegada do sinal 8 de tempestade tropical emitido às 21h de domingo, que só foi levantado ontem às 15 horas. Também o sinal 8 permaneceria içado durante 18 horas, paralisando por completo Macau no arranque desta semana. O Tapah foi o nono ciclone tropical a passar por Macau este ano. A última vez que nove tempestades tropicais afectaram o território no mesmo ano foi em 1993. No final da manhã de ontem, os Serviços de Administração e Função Pública anunciavam que “os serviços e entidades da Administração Pública mantêm-se encerrados na parte da tarde e estão suspensos os seus serviços”, devido a manutenção do sinal 8 até às 15h de ontem. Porém, como é natural, o Corpo de Polícia de Segurança Pública, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Judiciária, os Serviços de Alfândega e os Serviços de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário (incluindo o Posto de Urgência das Ilhas) continuaram a prestar serviços de emergência aos cidadãos. Seguindo o exemplo dos serviços da Administração Pública da RAEM, o Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong encerrou ontem os serviços de atendimento ao público durante todo o dia. “Entraremos em contacto com todos os utentes para reagendar os atendimentos, de modo a que, se possível, todos sejam marcados até ao final desta semana”, foi acrescentado numa publicação na página de Facebook do consulado, que também apelou às comunidades portuguesas de Macau e Hong Kong, que seguissem as “recomendações das autoridades sobre os cuidados a observar enquanto estiverem emitidos sinais de alerta”. Entre um ponto e outro Também os transportes públicos foram severamente afectados pelo ciclone Tapah, com as autoridades a decretarem a suspensão de circulação, que só foi levantada depois das 15h de ontem, com a redução do alerta para sinal 3. Antes do reinício da circulação dos transportes públicos, os Serviços de Alfândega lançaram um apelo a residentes, turistas e trabalhadores “para entrarem em Macau de forma faseada, colaborarem com as instruções do pessoal do posto fronteiriço e utilizarem os meios de transporte público de forma ordenada”. Apesar do apelo, assim que os autocarros começaram a circular, formaram-se longas filas em paragens nos pontos mais movimentados, como a Praça Ferreira do Amaral e zona da Barra. A partir do momento em que se deu a gradual normalização do trânsito, as autoridades reabriram as quatro pontes que ligam Macau à Taipa. Com a entrada em vigor do sinal 3, os autocarros públicos retomaram faseadamente a operação, o Metro Ligeiro voltou a circular, assim como os táxis especiais e os autocarros entre o posto fronteiriço de Macau e o Aeroporto Internacional de Hong Kong. Os ferries da TurboJET retomaram as ligaões entre Macau e Hong Kong às 14h30 (partida de Sheung Wan) e 16h (partida de Macau). Entre domingo e as 14h de ontem, foram cancelados 81 voos no Aeroporto Internacional de Macau. Segundo informações veiculadas pela Autoridade de Aviação Civil, deste total, 47 estavam agendados para ontem. Além disso, 29 voos sofreram atrasos e nove tiveram alteração de horário. Com o levantamento do sinal 8 de tempestade, o Aeroporto Internacional de Macau coordenou com as companhias aéreas a retoma faseada das operações aéreas. Em Hong Kong, cerca de uma centena de voos foram ontem suspensos no Aeroporto Internacional. Causa e efeito Além da paralisia de serviços e transportes a que o Tapah votou Macau durante o dia de ontem, os efeitos do ciclone tropical levaram ao registo de 25 ocorrências, até às 14h de ontem, no Centro de Operações de Protecção Civil. As autoridades foram chamadas para 11 casos de remoção de materiais de construção/candeeiro/árvore em risco de queda e 13 casos de remoção de reboco, reclamo, janela, toldo ou outros objectos em risco de queda ou já caídos. Além disso, houve um pedido de uma pessoa retida num elevador. No rescaldo das operações no final da tarde de ontem, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, revelou terem sido contabilizados quatro feridos devido ao ciclone tropical, três dos quais ligeiros e um que obrigou a hospitalização devido a uma fractura de osso. Até às 14h, com a redução do alerta de tempestade no horizonte, 13 pessoas tinham recorrido aos centros de acolhimento de emergência desde que abriram portas. Entre as 07h e as 08h da manhã, algumas zonas do Porto Interior e da Taipa foram afectadas por inundações ligeiras, que levaram algumas lojas a não abrir e a proteger a entrada com barras de protecção contra as cheias, mas noutras lojas e restaurantes as operações decorreram sem alterações. Por volta das 08h da manhã de ontem, o ciclone tropical estava no ponto mais aproximado de Macau, a cerca de 110 quilómetros, à medida que se deslocava calmamente, a cerca de 20 quilómetros por hora para a cidade de Taishan, da província de Guangdong, afastando-se progressivamente do território. Também o vento foi gradualmente enfraquecendo. No entanto, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) alertavam para a possibilidade de aguaceiros fortes, trovoadas e vento com rajadas fortes devido à influência da banda de chuva externa de Tapah. Esta influência levou as autoridades a emitir o aviso de “Storm Surge” Azul às 10h, o mais baixo dos avisos de cheias, que prevê a subida do nível da água acima do pavimento inferior a meio metro. Ainda assim, “a maré astronómica em combinação com o Storm Surge, elevou o nível da água em cerca de 1 metro de altura máxima e a maré registada foi de 3,7 metros”. No resumo dos SMG, foi indicado que o Tapah constituiu um desafio em termos previsibilidade devido à sua “circulação pequena, trajectória sinuosa e proximidade a Macau”. Em relação ao estado do tempo nos próximos dias, os SMG previam ontem a continuação da instabilidade hoje de manhã com aguaceiros por vezes fortes e trovoadas, devido à influência das bandas de chuva associadas ao ciclone. Os aguaceiros e as trovoadas devem continuar amanhã, com o sol a regressar aos céus de Macau a partir de quarta-feira e a manter-se durante o fim-de-semana. Centro de operações Duas horas antes da emissão do sinal 8, o Chefe do Executivo presidia a uma reunião no Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), para ficar a par dos preparativos para responder ao ciclone tropical “Tapah”, e dos planos de reacção dos diversos departamentos e instituições. Segundo o Gabinete de Comunicação Social, Sam Hou Fai “exigiu consideração antecipada e planeamento dos trabalhos de restauração da normalidade da cidade pós-tufão, de modo a evitar qualquer influência nos deslocamentos da população aos serviços e às escolas”. “O Chefe do Executivo disse também que, devido à passagem sucessiva de ciclones tropicais por Macau, nos últimos meses, a estrutura da protecção civil manteve o seu alerta de forma contínua e realizou inúmeros trabalhos preparativos de reacção imediata contra tempestades”, motivo pelo qual agradeceu o empenho e trabalho constante. O governante pediu uma atenção especial para a resposta a inundações através da monitorização das zonas baixas, garantindo o funcionamento normal dos sistemas de drenagem e preparando planos de evacuação se as condições no terreno a isso obrigarem. Situação que não se verificou. Além disso, exigiu que foram assegurados o abastecimento ininterrupto de água e electricidade. Ponte Macau | Concluídos testes de circulação durante sinal 8 Na noite de domingo, enquanto esteve içado o sinal 8 de tufão, foram realizados testes de circulação de veículos na Ponte Macau com o objectivo de recolher dados sobre as condições de tráfego em diversos cenários para uma análise e avaliação abrangente, indicaram ontem os serviços para os Assuntos do Tráfego e das Obras Públicas, num comunicado conjunto. Os testes incluíram múltiplas circulações em diferentes faixas de rodagem, para apurar conhecimentos que permitam circulação em segurança durante períodos com condições meteorológicas adversas na nova ponte, nomeadamente o sinal 8 de tufão. As autoridades estão a processar a informação, “procedendo à análise e avaliação dos pormenores de implementação do plano de circulação que irão definir as regras e restrições ao tráfego na Ponte Macau durante tempestades. Viver no limite Um representante dos Serviços de Polícia Unitários (SPU) foi ontem protagonista da gafe do dia, motivando a partilha de publicações humorísticas nas redes sociais. Dirigindo-se à população para apelar a uma postura preventiva face à passagem do ciclone tropical Tapah por Macau, o responsável afirmou o oposto do que queria transmitir. “O Centro de Operações de Protecção Civil apela aos residentes e turistas que, durante o sinal oito de tufão, por favor evitem o máximo possível ficar em casa, ou em espaços interiores e seguros”. Mais tarde, a comissária dos SPU, Kam Chit Soi, disse que o seu colega teve um lapso durante a transmissão ao vivo e pediu desculpas, corrigindo o Centro de Operações de Protecção Civil e apelando à população para permanecer em casa ou abrigar-se em espaços interiores e seguros.
João Luz Manchete SociedadeImobiliário | Centaline prevê subida contínua de rendas A agência imobiliária Centaline estima que o preço médio das rendas dos imóveis continue a aumentar até ao final do ano, uma tendência que começou há dois anos. Os especialistas explicam a subida do mercado de arrendamento com a quebra das vendas de imóveis e o retorno de não-residentes depois da pandemia Quem não compra, arrenda. É nesta polaridade que assenta a dinâmica do mercado imobiliário, de acordo com a agência imobiliária Centaline, que prevê que as rendas médias de imóveis para habitação continuem a subir nos terceiro e quarto trimestres, ultrapassando as 140 patacas por metro quadrado nas fracções autónomas habitacionais. O director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin, Roy Ho, prevê que as rendas médias por metro quadrado possam tentar passar as 145 patacas em meados do próximo ano. Recorde-se que, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, as rendas médias das fracções habitacionais caíram nos anos da pandemia. No primeiro trimestre de 2020, a renda média do metro quadrado custava 160 patacas, altura em que começou a descida, culminando nas 129,8 patacas por metro quadrado no segundo trimestre de 2023, reflectindo uma quebra de quase um quinto (19 por cento). No entanto, a situação inverteu-se a partir do terceiro trimestre de 2023, até chegar a 138,7 patacas por metro quadrado no segundo trimestre deste ano, mostrando uma subida de 6,86 por cento. Do porquê ao porque Em declarações ao jornal Ou Mun, Roy Ho começou por explicar o fenómeno com o fim das restrições fronteiriças em 2023, a retoma da economia que exigiu mais mão-de-obra e o aumento do número de trabalhadores não residentes (TNR). Além disso, com a quebra das vendas, os residentes que planeavam comprar habitação suspenderam os planos, devido a dificuldades económicas e à desvalorização dos imóveis, restando-lhes o mercado de arrendamento. Também o número de estudantes chineses que escolhem Macau para prosseguir os estudos no ensino superior tem aumentado nos últimos anos, acrescenta o responsável da Centaline. Roy Ho apontou ainda que os apartamentos de T0 a T2 são escassos para a procura por estudantes do Interior da China e TNR, cujas rendas variam entre 8.000 e 20.000 patacas por mês. Os apartamentos em prédios na Taipa e Coloane, mais próximos de universidades, registam grande procura por parte de estudantes. Aliás, os apartamentos mais pequenos na Taipa tinham no ano passado rendas a rondar 9.500 patacas, valor que aumentou cerca de 1.000 patacas ao longo de 2025. O director da agência imobiliário indicou ainda que também em Hengqin os preços das rendas aumentaram.
João Luz Manchete PolíticaVandalismo | Coutinho apresenta queixa à CAEAL e à polícia O líder da lista “Nova Esperança” apresentou queixa à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa e às autoridades policiais na sequência do cartaz vandalizado. Pereira Coutinho denuncia o “ataque mal-intencionado” e diz-se “extremamente preocupado com a sua segurança pessoal” O caso do cartaz de propaganda eleitoral da lista Nova Esperança que foi vandalizado resultou em queixas apresentadas à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) e à polícia. Segundo um comunicado, assinado pelo mandatário da lista Leong Veng Chai, “José Pereira Coutinho e a equipa da ‘Lista 2 – Nova Esperança’ apresentaram queixa formal à CAEAL e apresentaram igualmente queixa às autoridades policiais”. Conforme foi noticiado na quarta-feira, o caso diz respeito a um cartaz colocado no separador central da Avenida do General Castelo Branco em que a “imagem do olho esquerdo de José Pereira Coutinho foi danificada por queimadura com um cigarro”. Segundo o comunicado da lista Nova Esperança, “ao tomar conhecimento do incidente, José Pereira Coutinho expressou profunda inquietação, sentindo-se não apenas alvo de um ataque mal-intencionado em público, mas também extremamente preocupado com a sua segurança pessoal”. O mandatário da lista realça também a “grande importância” das eleições para a Assembleia Legislativa (AL) enquanto evento político e que, “com as recentes revisões legais destinadas a reforçar a segurança nacional e implementar o princípio de ‘Macau governado por patriotas’, é crucial coibir comportamentos ilegais e garantir que a presente eleição decorra de forma justa, equitativa e transparente”. Bate boca Sem avançar com suspeitas em relação a possíveis responsáveis pelo acto de vandalismo, o cabeça de lista da Nova Esperança queixou-se no Facebook que de uma alegada campanha difamatória depois do debate realizado no domingo, logo no segundo dia da campanha eleitoral. No debate em questão, transmitido no canal chinês da TDM, participaram candidatos das listas dos Moradores e da comunidade de Fujian, além de Pereira Coutinho. O debate ficou marcado pela troca de galhardetes entre Coutinho e Nick Lei, que acusou o português de apresentar uma das listas mais envelhecida das participantes no sufrágio directo. As críticas do candidato ligado às forças políticas de Fujian alargaram-se à alegação que a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau contrata trabalhadores não-residentes. Por seu lado, Pereira Coutinho acusou os deputados da lista de Fujian de contribuir para proteger os governantes e evitar que assumam as responsabilidades inerentes ao desempenho das funções públicas e de protelar o secretismo das reuniões das comissões permanentes da AL. Após o debate, os ataques prosseguiram nas redes sociais.
João Luz Manchete SociedadeTurismo| Prevista subida de dois dígitos do número de visitantes O Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia reviu em alta as previsões para a entrada de turistas chineses em Macau na segunda parte de 2025. O organismo que estuda o sector, sob a alçada Ministério da Cultura e Turismo da China, estima que o fluxo de residentes da RAEM para o Interior também aumente O Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia juntou-se ao coro de entidades que estimam o aumento do fluxo de turistas entre as regiões administrativas especiais e a China na segunda metade deste ano. Num estudo publicado na terça-feira, o organismo sob a alçada do Ministério da Cultura e Turismo da China, prevê o aumento anual de dois dígitos em todas as previsões sobre entradas de turistas no segundo semestre de 2025. O novo estudo, que revê em alta as previsões anteriores da entidade nacional, estima que Macau seja visitada por cerca 28,5 milhões de turistas na segunda metade deste ano. A nova projecção representa um aumento de meio milhão de turistas face à estimativa feito no início deste ano, e uma subida de 16,4 por cento em comparação com o mesmo período de 2024. Por outro lado, é também previsto o aumento do número de residentes de Macau a entrar no Interior da China na segunda metade de 2025. O organismo ligado ao Governo Central aponta para um aumento de 35,5 milhões para 37,5 milhões de entradas para a China, ou seja, uma subida de 11,4 por cento em termos anuais. Em relação ao fluxo nas fronteiras entre Hong Kong e o Interior da China, é previsto um aumento de 3,5 milhões de turistas chineses a visitar a RAEHK, face à estimativa inicial, para 93,5 milhões visitantes, um total que representa uma subida de 13,1 por cento em comparação com o segundo semestre de 2024. A grande fotografia Quanto à proporção de turistas por semestre, o Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia estima que no cômputo geral do movimento de turistas entre as regiões administrativas especiais e o Interior da China, o segundo semestre ocupe entre 51 e 54 por cento do volume total de visitantes de 2025, “se não acontecer um incidente súbito”. Os analistas salientam que a evolução dos fluxos turísticos segue a tendência de crescimento verificada na primeira metade de 2025. Porém, a revisão em alta foi justificada com a implementação de medidas facilitadoras a nível de vistos e travessias de fronteiras, assim como a realização de actividades e festividades atractivas em termos turísticos. Neste capítulo, os analistas destacam a realização dos próximos Jogos Nacionais como mais um factor potenciador para os mercados turísticos das regiões organizadoras.
João Luz Manchete PolíticaFunção pública | CE diz que votar mostra fidelidade à RAEM Os trabalhadores da Função Pública receberam uma carta do Chefe do Executivo a apelar ao voto nas legislativas, indicando que votar é uma demonstração de fidelidade à RAEM. Sam Hou Fai mencionou a revisão do estatuto da administração que estabelece a demissão como pena para funcionários que não são fiéis à RAEM O Governo está apostado em reverter a abstenção recorde verificada nas últimas eleições legislativas, repetindo em várias ocasiões a importância do sufrágio para a Assembleia Legislativa (AL) de 14 de Setembro para a agenda política de Macau. Ainda para mais, em várias circunstâncias foi sublinhado por governantes e pelo presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) que esta é a primeira eleição depois da revisão da Lei Eleitoral, e reforça o princípio “Macau governado por patriotas”. Este foi um dos pontos mencionados na carta enviada pelo Chefe do Executivo a todos os funcionários públicos da RAEM. Segundo avançou o Canal Macau da TDM, Sam Hou Fai lançou um apelo a todos os trabalhadores da administração pública para votarem no dia 14 de Setembro. “Fazendo parte da equipa governativa da RAEM, os trabalhadores dos serviços e entidades públicos devem responder activamente ao apelo da CAEAL, cumprir diligentemente o dever de voto e incentivar os familiares e amigos a votar”, pode ler-se na missiva assinada pelo governante. Mas, além do apelo ao voto, o Chefe do Executivo refere que “de acordo com disposto no Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau (ETAPM), recentemente revisto, os trabalhadores dos serviços e entidades públicos de todos os níveis devem defender a Lei Básica e ser fiéis à RAEM da República Popular da China (RPC)”. Ora, Sam Hou Fai acrescenta que o “voto é, precisamente, uma demonstração relevante da defesa da Lei Básica e da fidelidade à RAEM”. Importa referir que o estatuto que regula a Função Pública estabelece que “o trabalhador da Administração Pública que, por factos comprovados, não defenda a Lei Básica ou não seja fiel à RAEM da RPC, é obrigatoriamente aplicada a pena de demissão”. Nas entrelinhas Sem mencionar directamente as consequências de não votar, e apesar de o voto ser secreto e da revisão do ETAPM só entrar em vigor a 1 de Novembro deste ano, o Chefe do Executivo liga directamente o voto à fidelidade à RAEM. O HM tentou perceber se estão previstas consequências disciplinares, inclusive demissão, a funcionários públicos que não votaram, ou se haverá algum condicionamento à marcação de férias que abranjam o dia das eleições, mas até ao fecho da edição não foram recebidas quaisquer respostas. Na carta, Sam Hou Fai argumenta também que votar constitui uma contribuição para a “implementação estável e duradoura” do princípio “Um País, Dois Sistemas”, e que os funcionários públicos “devem planear antecipadamente e participar activamente no dia das eleições. Segundo o Canal Macau, foi também pedido aos funcionários a assinatura de um documento comprovativo de que tomaram conhecimento do conteúdo da carta enviada por Sam Hou Fai.
João Luz Manchete PolíticaIH / Edifício do Lago | Apontada responsabilidade de condóminos A queda de azulejos no complexo de habitação económica do Edifício do Lago tem sido um problema recorrente passados poucos anos da ocupação dos apartamentos. Desde a primeira ocorrência, a queda de mosaicos tem sido uma constante, também noutros edifícios de habitação pública. O Instituto de Habitação empurra responsabilidades para os condomínios Passado pouco tempo da distribuição de apartamentos no complexo de habitação económica do Edifício do Lago, começou a ser evidente a falta de qualidade da construção, com o desprendimento constante de azulejos e mosaicos da fachada e paredes exteriores dos blocos. Após a sucessiva queda de mosaicos, o empreiteiro era convocado a proceder a reparações, e o problema repetia-se, tanto nas paredes exteriores como nas partes comuns no interior dos prédios. O ciclo repetiu-se durante mais de uma década, também noutros prédios de habitação pública, até que a garantia estabelecida no contrato de adjudicação da construção do Edifício do Lago expirou. Desde então, o Instituto de Habitação (IH) “passou a bola” para o lado dos condóminos, que têm rejeitado sucessivamente propostas de reparação. Em resposta a uma interpelação de Nick Lei, o Governo voltou a realçar a inacção dos proprietários. Após uma investigação do Comissariado contra a Corrupção, que não encontrou indícios de corrupção das autoridades no concurso, apreciação, aprovação e supervisão das obras no Edifício do Lago e no Edifício Ip Heng, foi “apresentada uma proposta de reparação para discussão e deliberação por parte dos condóminos. Contudo, a proposta foi rejeitada dentro do prazo estabelecido, pelo que o empreiteiro não pôde realizar os trabalhos de reparação e acabou por retirar a proposta”, indicou Sam Weng Chon, director substituto dos Serviços de Obras Públicas. O responsável salientou que “o IH continuou a instar a empresa de administração e as respectivas administrações a darem acompanhamento à situação, exigindo-lhes a apresentação de uma nova proposta de reparação”. Raiz do problema No Edifício da Alameda da Tranquilidade passou-se uma situação semelhante. Quedas de azulejos, reparações que duram pouco tempo, período de garantia expirada e responsabilidades atiradas para os proprietários que compraram casas ao Governo, com as administrações de condomínios a rejeitarem propostas de reparação. Independentemente das queixas sucessivas e notícias cíclicas sobre a degradação de prédios praticamente novos, o responsável da DSOP aponta para os moradores. “A reparação dos espaços comuns dos edifícios depende da vontade comum dos condóminos, pelo que o IH continuará a incentivar todas as partes envolvidas a avançarem com a reparação com a máxima celeridade, prestando apoio na convocação das assembleias e na apresentação de candidaturas ao Fundo de Reparação Predial, de modo a aliviar os encargos de reparação”, indicou Sam Weng Chon. Na interpelação escrita, Nick Lei indica que a responsabilidade não deve somente recair sobre os condóminos, uma vez que estas não foram responsáveis pela falta de qualidade das obras. “O problema de qualidade não foi resolvido adequadamente até ao termo do prazo de garantia do edifício e o desprendimento de mosaicos causou ferimentos a transeuntes e danificou veículos estacionados na via pública, portanto, tudo isso constitui perigo para a segurança comunitária”, salientou o deputado.
João Luz EventosHong Kong | Sparks e Dave Clarke juntam-se ao cartaz do Clockenflap A organização do festival Clockenflap revelou na sexta-feira a segunda ronda de bandas e artistas do cartaz do maior evento musical de Hong Kong. Os veteranos Sparks e Dave Clarke vão acrescentar glamour e batidas de tecno. Entre as sete novidades contam-se três projectos japoneses, da jovem estrela do J-Pop Vaundy aos veteranos rockeiros Ellegarden O cartaz deste ano do Clockenflap ganhou contornos mais concretos no passado fim-de-semana com o anúncio de mais sete nomes à programação do festival que vai decorrer entre 5 e 7 de Dezembro no Central Harbourfront, em Hong Kong. A um cartaz que já contava com o indie rock dos escoceses Franz Ferdinand, as viagens progressivas dos Godspeed You! Black Emperor e a introspecção encantatória de Beth Gibbons, a eterna vocalista de Portishead, juntam-se agora os Sparks, o “barão do techno” Dave Clarke e o cantor Jeremy Zucker. O anúncio de sexta-feira acrescenta um naipe de bandas e projectos musicais diversificados ao Clockenflap deste ano. A começar pelos veteranos Sparks, o dueto formado pelos irmãos Ron e Russel Mael, que há mais de meio século testam os limites conceptuais do glam e do art-rock. O público pode esperar uma actuação plena de teatralidade e sonoridades nostálgicas da new wave a convidar à dança logo no primeiro dia do festival (sexta-feira 5 de Dezembro). Outra das novidades anunciadas, é um especialista a fornecer batidas dançáveis: o dj e produtor Dave Clarke. Vulto incontornável da música electrónica britânica, Clarke produziu remisturas para artistas como The Cheminal Brothers, New Order, Underworld e Depeche Mode. A notoriedade que foi ganhando valeu-lhe a alcunha de “O Barão do Techno” dada pelo lendário apresentador de rádio da BBC John Peel. Os adeptos da música de dança vão poder comprovar as duas credenciais no sábado, 6 de Dezembro no palco electrónico do Central Harbourfront. Vaga nipónica Ainda a puxar a um pé de dança, o projecto francês L’Impératrice irá apresentar-se em palco no segundo dia do festival. A sonoridades da banda formada em Paris em 2012 situa-se algures entre a pop mais dançável e a disco sound. Jeremy Zucker foi uma das novidades anunciadas no final da semana passada, com actuação marcada para o último dia do festival, 7 de Dezembro. Com três discos na bagagem, o cantor norte-americano deverá basear a sua actuação no novo disco “Garden State” lançado na semana passada. A completar as novidades do Clockenflap surge um trio de projectos japoneses, com destaque para o fenómeno de j-pop Vaundy, que faz a sua estreia em actuações fora do Japão em Hong Kong. Com uma carreira que arrancou em 2019 com lançamentos independentes no YouTube, Vaundy tornou-se num sucesso em plataformas musicais de streaming, como o Spotify. Passado um novo, o músico estreava-se com a edição do primeiro disco “Strobo”. No pólo oposto da indústria musical japonesa, os Ellegarden vão chegar a Hong Kong com um estatuto de banda veterana de rock, com quase três décadas de palco. As guitarras a evocar Weezer e Blink-182 vão soar no Central Harbourfront no último dia do festival. No sábado, a dupla que forma os Rikon actua pela primeira vez em Hong Kong no Clockenflap. O projecto composto pelo vocalista Ayumu Matsuda e o guitarrista Jun Beppu, tem o mesmo nome do título japonês do álbum de Marvin Gaye de 1978, “Here My Dear”, uma referência ao som pop soul característico da dupla. A banda conquistou uma enorme base de fãs no Japão desde sua formação em 2022, mesmo ano em que lançaram o single de estreia “Love is More Mellow”, que se tornou viral. Passados dois anos, saía o primeiro disco da dupla “RIKONDENSETSU”. Os bilhetes estão à venda e custam 1.990 dólares de Hong Kong para os três dias e 1.280 dólares de Hong Kong para um dia.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Agosto volta a bater recorde de receitas As receitas brutas dos casinos de Macau em Agosto voltaram a bater o recorde mensal desde Janeiro de 2020, totalizando 22,156 mil milhões de patacas. As receitas do mês passado aumentaram 12,2 por cento face a Agosto de 2024 A indústria dos casinos de Macau voltou a bater o recorde mensal de receitas brutas em Agosto, com um total de 22,156 mil milhões de patacas, o melhor registo desde Janeiro de 2020, ultrapassando o recorde conseguido em Julho. Segundo dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas brutas de Agosto deste ano foram 12,2 por cento superiores ao mesmo mês de 2024 e superaram ligeiramente, por 31 milhões de patacas, a performance de Julho deste ano. Em termos agregados, nos primeiros oito meses de 2025 os casinos de Macau facturaram mais de 163 mil milhões de patacas, o que significa um aumento de 7,2 por cento face aos 152,1 mil milhões de patacas registados no mesmo período do ano passado. Para encontrar receitas brutas agregadas nos primeiros oito meses do ano é preciso recuar a 2019, quando os casinos facturavam até Agosto 198,2 mil milhões de patacas. Feitas as contas, as receitas até Agosto deste ano são ainda quase 18 por cento menores face ao mesmo período de 2019. Ainda assim, a evolução segue uma trajectória ascendente, depois do crescimento anual de 6,5 por cento entre Janeiro e o fim de Julho. Alargar o escopo Recorde-se que a indústria fechou o ano passado com receitas totais de 226,782 mil milhões de patacas, mais 23,9 por cento do que no ano anterior, o que representaria um aumento de 6 por cento em comparação com o ano passado. Em 11 de Junho, a Assembleia Legislativa aprovou um novo orçamento, proposto pelo Executivo, que reduz em 4,56 mil milhões de patacas a previsão para as receitas públicas. O secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, admitiu aos deputados que o corte se deve ao facto de as receitas brutas do jogo no primeiro trimestre de 2025 terem “ficado ligeiramente abaixo do previsto”. No total, a previsão de receitas brutas para este ano foi recalibrada para cerca de 235,4 mil milhões de patacas. Para cumprir a estimativa do Governo, os casinos terão de facturar cerca de 72,4 mil milhões de patacas até ao fim do ano, ou seja, uma média mensal de 18,1 mil milhões de patacas, registo que foi batido em todos os meses deste ano.