João Luz Manchete SociedadeCamboja | Suspeitas de lavagem de dinheiro em Macau Empresas ligadas ao grupo Prince Holding e a Chen Zhi, acusado de cibercrime, tráfico humano e lavagem de dinheiro, realizaram negócios em Macau e Hong Kong. Uma das empresas foi a Companhia de Vinho Pou Long, que operou na RAEM e chegou a organizar um jantar de gala para idosos em 2020 Os tentáculos do polvo de um centro de burlas desmantelado no Camboja podem ter chegado a Macau e Hong Kong. Uma investigação do portal HK01 revelou que empresas relacionadas com o império criminoso do bilionário Chen Zhi operaram nas regiões administrativas especiais. O empresário chinês de 37 anos, é apontado como o “cérebro por trás de um império criminoso” e está no centro da maior apreensão de criptomoedas da história, com cerca de 14 mil milhões de dólares em bitcoins confiscados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Os esquemas funcionavam, alegadamente, em complexos industriais no Camboja, onde trabalhadores estrangeiros eram forçados a cometer burlas online sob vigilância armada. Segundo a publicação de Hong Kong, no universo empresarial Prince Holding, presidido pelo empresário de Fujian, contam-se companhias que tiveram negócios em Macau de venda de bebidas alcoólicas através uma rede de empresas que tinha como denominador comum um empresário também activo em Hong Kong: Qiu Yong. O empresário, que consta da lista de 146 empresas e pessoas sancionadas pelos Estados Unidos devido à alegada prática dos crimes acima referidos, é portador de passaportes do Camboja e Santa Lúcia, uma pequena ilha nas Caraíbas, e era o principal accionista de oito empresas sediadas em Hong Kong, duas das quais já dissolvidas. Uma das empresas sediada e a operar na região vizinha foi a Wine Mini Store Digital Economy Industry Company, liderada em conjunto com Ng Sang Lei, residente de Macau e portadora do passaporte da RAEM. Uma teia no delta A Wine Mini Store tinha morada comercial em Tsim Sha Tsui no mesmo local em que estavam sediadas várias empresas que o bilionário foragido Chen Zhi controlava de forma indirecta através de empresas offshore das Ilhas Virgens Britânicas e empresas de Hong Kong. Entre as empresas criadas e dissolvidas, conta-se a Companhia de Vinho Pou Long, com domicílio em Tsim Sha Tsui, que foi totalmente detida por Ng Sang Lei antes da anulação do registo comercial em Outubro deste ano. Segundo notícias avançadas em Macau no passado, a Companhia de Vinho Pou Long lançou uma série de actividades, incluindo um jantar de gala para idosos, em Janeiro de 2020, que contou com a presença de Qiu Yong. Em Fevereiro de 2020, durante a explosão da covid-19 em Wuhan, a Companhia de Vinho Pou Long doou 1,5 milhões de patacas e 60 mil máscaras para as autoridades provinciais. Em relação à residente de Macau, o HM encontrou referências a Ng Sang Lei no Boletim Oficial, quando foi autorizada pela Autoridade Monetária de Macau a exercer na RAEM a profissão de mediadora de seguros em Junho de 2019. Menos de 10 meses depois, a residente foi alvo de um processo de infracção.
João Luz Manchete SociedadeArquitecto José Maneiras morreu na noite de segunda-feira Partiu um dos decanos, “filho da terra”, da arquitectura moderna de Macau. José Maneiras faleceu na noite de segunda-feira aos 90 anos de idade. Nascido em Macau em 1935 e licenciado na antiga Escola de Belas Artes do Porto em 1962, José Maneiras dedicou a sua vida profissional a Macau, principalmente no plano arquitectónico, mas também cultural e político. O também arquitecto Carlos Marreiros, além da relação de amizade, profissional e institucional, conheceu José Maneiras desde a infância. “Ele era muito amigo da minha família, ia muitas vezes a casa do meu avô, e até me pegou ao colo”, conta ao HM. “Como cidadão era um homem consciente e activo, um homem de grandes princípios, de grande nobreza de alma e de grande independência. Não vergava ao dinheiro, nem ao poder. Um homem muito sério e um arquitecto extremamente honesto e competente”, afirma Carlos Marreiros. O apurado sentido de humor, que ia além de observações e episódios cómicos do quotidiano, era um traço de personalidade indissociável do arquitecto. “Ele sabia muitas anedotas e punha as pessoas a rir. Era um grande contador de estórias e o maior poliglota que conheci na minha vida. Era inteligente e arguto, lia muito bem a cidade. Intuía muito bem a política, onde teve um papel activo”. Recorde-se que no plano político e cívico, José Maneiras teve também uma vida cheia de actividade, desde a presidência do Leal Senado entre 1989 e 1993, ao papel activo no Centro Democrático de Macau. No pelotão da frente Um aspecto determinante na vida de José Maneiras foi a coragem com que abriu várias frentes, começando com o pioneirismo profissional. “O contributo dele para a cidade é muito importante, foi o primeiro filho da terra a regressar a Macau depois de se formar entre a geração de macaenses do pós-Segunda Grande Guerra Mundial”, conta Carlos Marreiros, que distingue José Maneiras enquanto “um dos decanos” da arquitectura macaense, juntamente com José Pereira Chan e Nuno Jorge. Não admira, portanto, que Maneiras tenha sido sócio n.º 1 da Associação dos Arquitectos de Macau. Longe dos tempos de abundância, Carlos Marreiros destaca a forma como José Maneiras acompanhou o primeiro boom de desenvolvimento de Macau, na década de 1970, que teria implicações no património histórico do território, à altura longe do reconhecimento internacional que hoje merece. “Sempre com um sentido crítico, opinativo e tecnicamente esclarecido”, Marreiros lembra como o amigo acompanhou esse período da história recente de Macau. “Até há bem pouco tempo ele participava em debates e seminários sobre a cidade. Tinha sempre uma opinião muito bem fundamentada”, lembra Carlos Marreiros. Em relação à obra que deixou, Marreiros destaca o centro para invisuais na zona da Areia Preta no norte da península, da Santa Casa da Misericórdia, as residências na Estrada do Visconde de São Januário e o bloco habitacional Conjunto São Francisco na Avenida da Praia Grande. José Maneiras desempenhou ainda um papel fundamental na pedozinação do Largo do Senado.
João Luz EventosJazz | Baterista tailandês Hong em concerto no sábado na FRC O baterista de jazz tailandês Chanutr Techatana-nan, mais conhecido como Hong, irá actuar na galeria da Fundação Rui Cunha no sábado à noite. O músico será acompanhado em palco por elementos da Associação de Promoção do Jazz de Macau. A entrada é livre O motor rítmico de um dos mais reputados quartetos de jazz da cena asiática, o The Asian All-Stars Power Quartet, vai actuar ao vivo na Fundação Rui Cunha (FRC) no próximo sábado, a partir das 21h. Quem passar pela galeria da FRC poderá assistir à actuação do baterista tailandês Chanutr Techatana-nan, mais conhecido como Hong, acompanhado por elementos da Associação de Promoção do Jazz de Macau na interpretação de clássicos do jazz e algumas músicas originais. O músico é descrito pela organização do evento, a cargo da FRC e a Associação de Promoção do Jazz de Macau, como “uma figura de destaque na cena jazzística asiática, celebrado pelo estilo inovador de bateria que combina um swing groovy com intricados adornos polirrítmicos”. Além dos elogios às suas performances e presença de palco, Hong é um dedicado professor de música, vocação que aplica enquanto instrutor e coordenador do programa de estudos de jazz na Universidade Silpakorn, na Tailândia. Com uma carreira marcada pela colaboração com músicos conceituados e participação em festivais de prestígio em todo o mundo, “Hong é uma das figuras de influência no género musical, tanto como intérprete quanto como educador”. Com a ajuda dos amigos Nascido em Banguecoque em 1978, Hong actuou um pouco por tudo o lado onde soam ritmos de jazz na Tailândia. Em 2002, o seu virtuosismo foi reconhecido com o prémio de “melhor baterista” na Competição de Bateria da Tailândia, um evento organizado em cooperação com a Sociedade de Artes Percussivas. Uma das suas facetas enquanto educador musical que mereceu maior aclamação com o lançamento do DVD “Over the Barline”, que recebeu uma avalanche de críticas positivas. Porém, a associação de Hong ao pianista de Singapura Jeremy Monteiro, também conhecido o “Rei do Swing”, acabaria por levar o tailandês a actuar um pouco por todo o mundo, tanto com o The Asian All-Stars Power Quartet, como no trio Organamix. No quarteto, Monteiro e Hong são acompanhados pelo guitarrista de jazz de Hong Kong Eugene Pao, e o saxofonista filipino Tots Tolentino. Na sexta-feira, a partir das 18h30, a galeria da FRC volta a apresentar “Uma Noite de Piano”, numa sessão “aberta ao talento jovem” com a actuação de Anson Lai. O evento é coorganizado pela FRC e a Elite – Associação para a Criatividade e Cultura Musical e tem entrada livre.
João Luz EventosComédia | Jimmy O. Yang regressa a Macau no Ano Novo Chinês Depois da estreia em Julho, o comediante Jimmy O. Yang vai regressar a Macau no dia 21 de Fevereiro, para um espectáculo que irá além do stand-up, com actuações musicais e dança. Os bilhetes serão colocados à venda no próximo dia 4 de Dezembro e custam entre 380 e 880 dólares de Hong Kong “Tenho uma grande novidade para dar. Vou regressar ao Galaxy Macau no dia 21 de Fevereiro para um mega-espectáculo de Ano Novo Chinês, que não vai ter apenas comédia. Eu vou fazer stand-up, mas haverá música, dança e alguns convidados especiais incríveis. Vai ser uma mega-festa de Ano Novo Chinês.” Foi desta forma que Jimmy O. Yang, o comediante de Hong Kong que fez carreira nos Estados Unidos, anunciou nas redes sociais o seu regresso a Macau, depois de ter esgotado uma série de seis espectáculos no início de Julho no Broadway Theatre, que foi visto por mais de 13 mil espectadores. Para já, foi só anunciado um espectáculo, mas em moldes que escapam ao tradicional show de comédia, incorporando “música ao vivo, múltiplos convidados especiais e surpresas divertidas”, adiantou ontem a Galaxy Macau. Os bilhetes serão colocados à venda no próximo dia 4 de Dezembro, às 11h, e custam entre 380 e 880 dólares de Hong Kong, e podem ser comprados através da Galaxy Ticketing, e das plataformas Trip.com, Damai, Maoyan, uutix e MPay. Porém, os portadores de cartões de crédito do Banco da China terão direito a comprar bilhetes 24 horas antes através da plataforma Klook. O comediante termina hoje a sua passagem por Singapura, depois de ter actuado em Kuala Lumpur. A tournée continua na Austrália com vários espectáculos, a partir de sábado, em Brisbane, Sydney, Melbourne, com uma paragem na Nova Zelândia, Auckland para dois espectáculos. De seguida, segue para o Japão e regressa a Singapura antes de uma série de espectáculos nos Estados Unidos a partir de Fevereiro. Uma vida a fazer rir Com 38 anos de idade, o comediante tem já uma carreira longa, não só na comédia de palco, mas principalmente em séries de televisão e cinema. A popularidade da comédia da HBO “Silicon Valley” apresentou Jimmy O. Yang ao mundo, interpretando um membro de uma equipa de programadores informáticos que tenta a sua sorte no mundo bilionário das aplicações móveis. Outro papel recorrente no currículo de Jimmy O. Yang, foi na série da Netflix “Space Force”, onde contracena com actores como Steve Carell, John Malkovich, Ben Schwartz, Diana Silvers, Lisa Kudrow e o seu pai Richard Ouyang. O comediante de Hong Kong entrou ainda em séries como “Os Simpsons”, “It’s Always Sunny in Philadelphia”, “American Dad”, entre outras. Em cerca de 12 anos, Jimmy O. Yang entrou em mais de duas dezenas de filmes. Na sua filmografia contam-se algumas longas metragens incontornáveis, como “Crazy Rich Asians”, “Love Hard”, “Like a Boss” e animações como “The Monkey King”, onde dá voz ao protagonista, “Minions: The Rise of Gru”, “The Lego Movie 2” e “Wish Dragon”. No meio da uma carreira no palco e nos grandes e pequenos ecrãs, Jimmy O. Yang ainda teve tempo para escrever um livro: “How to American: An Immigrant’s Guide to Disappointing Your Parents”. A obra não só descreve um pouco a sua vida, enquanto alguém que no início da adolescência se muda de Hong Kong para a Califórnia, onde já tinha família, mas também desvenda os temas que costuma abordar nos espectáculos de stand-up. Jimmy O. Yang nasceu em Hong Kong no Verão de 1987, depois de os seus pais se terem mudado de Xangai para a região vizinha. Em 2000, quando o comediante era um jovem de 13 anos, a família mudou-se para Los Angeles, onde vivia uma tia e uma avó do jovem.
João Luz EventosColoane | “Connections Music.Movement.Nature” este fim-de-semana na Urban Farm Depois de ter sido adiado devido ao super tufão Ragasa, o festival “Connections – Music.Movement.Nature” realiza-se este fim-de-semana na vila de Coloane. Música ao vivo, artesanato, workshops, dança e vários tipos de actividades para famílias vão marcar dois dias de comunhão no espaço Urban Farm O “Connections – Music.Movement.Nature” é o resultado de um impulso comunitário de pertença e partilha de uma família maior que sangue e genes, nascido nas antípodas de uma cidade mergulhada em materialismo e mercantilismo dos concertos dos vários tipos de pop regionais que marcam parte da agenda cultural da cidade. Depois de duas edições em 2018 e 2019, e do adiamento devido ao super tufão Ragasa, o festival está de volta este fim-de-semana, desta vez no espaço Urban Farm na vila de Coloane. Construído pela comunidade, para a comunidade, o “Connections” deste ano tem um cartaz recheado com 30 workshops das mais variadas áreas, 20 actuações de djs e actuações de Beto Ritchie, Lobo e Náv, uma zona para comidas, bebidas e artesanato por criadores locais e múltiplas actividades para famílias. “Os responsáveis, que se assumem como ‘uma criação colectiva que alia um modo de vida consciente com experiências únicas’, pretendem através desta iniciativa proporcionar ‘Actividades em Família, Palestras e Workshops, Exploração do Bem-Estar e Expressão Artística’”, indica a organização em comunicado. Depois dos eventos realizados em 2018 e 2019 na zona da Barragem de Ká-Hó, este ano a festa muda-se para um novo espaço de maior dimensão, que irá permitir que possam decorrer diversas actividades espalhadas por sete zonas distintas: o “Village”, uma pitoresca área que se assemelha a uma aldeia tradicional chinesa, com casas de madeira num jardim oriental, será a zona de refeições e bebidas e de venda de artesanato. Larry’s Place, Concept H, Lotus Cocktails, Cakes By Rose & Muse, Juk e Happy Stand são os responsáveis pelos comes e bebes. Na “Village” vão estar montados 10 stands de venda de artesanato de criadores locais (Dreama, Cordelia Handmade, Zarja’s Selections, CeraGigi, Dollfie, Wickd Candle Studio, White Lodge Dreamland, Love and Light Handmade Studio, Gems Awakening, Free Spirit Home e o stand Rui Carreiro Barbeiro. Inspirar, expirar Ao lado, o “Gypsy Camp”, uma zona com almofadas e lugares de descanso, irá permitir a exploração musical com instrumentos musicais como o asalato, participar num círculo de tambores, num workshop de canto, ou assistir a um concerto de handpan com o duo Nàv, que faz a curadoria da área. Nas imediações, numa tenda mongol (yurte) será realizada uma palestra sobre temas espirituais e sessões individuais de tarot e leitura da alma. As actividades para famílias irão ter lugar na “Family Tent”, oferecendo sessões de Meditação para Famílias, Mandala Dot Painting, Crochet, Pintura de Círculos da Vida e Construção de Máscaras de Animais em cartolina. Na “tenda familiar” a Associação Sílaba irá proporcionar momentos de leitura interactiva, o lançamento da “CaixaPiz” e actividades para os mais pequenos. Tirando os pés do chão, a área “Treetop”, uma mezannine construída na copa de uma árvore, foi escolhida para todas as actividades de exploração corporal e momentos mais serenos, de meditação e relaxamento. Com actividades a decorrer da manhã ao entardecer, o “Treetop” vai albergar também sessões de Danças Brasileiras e Dança Consciente, assim como de Yoga, Gyrokinesis e CoreNature, uma fusão de Pilates e Animal Flow. Estão igualmente previstas sessões de Sound Bath e meditações ao pôr do sol e de ligação à natureza. Bosque encantado Ao fundo da propriedade do Urban Farm, na zona “Concrete”, estão agendadas sessões de graffiti e arte urbana com o colectivo de artistas locais Outloud International Street Art Festival. Por último, no “Woods”, numa clareira de um pequeno bosque, situa-se o espaço de música electrónica e de dança ao ar livre, que contará com prestações de diversos djs locais e da região. A oferta musical irá também marcar presença na zona do “Village”, com uma selecção mais orgânica, lounge, e focada em músicas do mundo, e também a actuação ao vivo de Beto Ritchie amanhã às 15h e Lobo no domingo às 18h. É aconselhado aos participantes levarem roupa quente, repelente para insectos, chapéus, protector solar, toalha, lanterna, cinzeiro portátil. A organização do evento anunciou nas redes sociais que os donativos de entrada ainda à venda, custam entre as 180 e 280 patacas para entradas de um ou dos dois dias do evento, sendo que à porta serão entre as 200 e 300 patacas.
João Luz EventosWorkshop de maquilhagem antecipa espectáculo na Casa Garden No domingo, a partir das 15h, a artista de maquilhagem local Mandy Cheuk irá ministrar na Casa Garden um workshop que é uma extensão do projecto Surrealist Chinoiserie: “Golden City of Seres”, que resultou na apresentação de uma performance do universo da Art For All Society (AFA). “Como maquilhadora experiente, a especialização de Mandy Cheuk abrange pintura corporal, efeitos especiais para cinema e televisão, performances teatrais e direcção artística. O seu talento é reconhecido internacionalmente”, descreve a AFA. O workshop, que tem um preço de 300 patacas por pessoa, ou 500 patacas por duas pessoas, nasce do último espectáculo “Surrealistic Chinoiserie”—Golden City of Seres”, que foi apresentado na cidade belga de Antuérpia no passado mês de Junho. A performance “made in Macau”, que começou em Antuérpia, vai regressar a Macau no dia 6 de Dezembro, às 18h30, na Casa Garden. A entrada é livre. “Reunindo uma equipa de artistas de elite de Pequim e Macau, o espectáculo tece um mundo fantástico através do vocabulário físico da dança contemporânea, maquilhagem artística exclusiva, música electrónica meticulosamente arranjada e arte visual repleta de fantasia dos imaginários orientais e ocidentais”, descreve a organização. Todos os elementos A tensão visual criada pela perfusão complexa de elementos ganha vida com a coregrafia inspirada em danças clássicas e tradicionais chinesas e formas de expressão típicas do ballet contemporâneo. A performance nasce da visão artística de Leong Chi Mou, e é dirigida e interpretada pelos bailarinos Jay Zheng e Tina Kan, “decorada” pela maquilhagem, pintura corporal e criação estilística de Mandy Cheuk e a banda sonora ao vivo a cargo de Faye Choi, da banda local de música electrónica EVADE. O projecto, que conta com o “apoio académico” de Alice Kuok, tenta através de várias “perspectivas contemporâneas, desconstruir e remodelar o conceito estético consagrado pelo tempo, escavando as transformações e extensões da histórica ‘Rota da Seda’ no contexto contemporâneo e interrogando os desejos latentes no seu cerne”.
João Luz Manchete SociedadePonte 16 | Afastada compra, casino fecha portas a 28 de Novembro A SJM anunciou ontem a compra da empresa detentora do L’Arc Hotel por 1,75 mil milhões de patacas. Porém, a concessionária voltou atrás na intenção de comprar a propriedade do Casino Ponte 16, que irá encerrar portas no fim do dia 28 de Novembro, após “avaliação minuciosa do plano empresarial a longo prazo” De todos os casinos-satélite que operavam em Macau, apenas o casino do L’Arc Hotel irá sobreviver à legislação que obriga à compra das propriedades pela concessionária responsável pela licença sobre a qual o jogo é explorado. A SJM anunciou ontem que vai comprar a empresa detentora da propriedade do L’Arc Hotel, por 1,75 mil milhões de patacas, mas que abdica do Casino Ponte 16, ao contrário do que havia indicado. A decisão para não comprar a propriedade foi tomada após uma “avaliação minuciosa do planeamento empresarial a longo prazo, considerações comerciais e priorização de recursos em todo o portfólio do grupo” empresarial. Assim sendo, o Casino Ponte 16 “vai encerrar oficialmente as suas operações às 23h59 de sexta-feira, 28 de Novembro de 2025. Todas as mesas e máquinas de jogo actualmente em funcionamento no local serão transferidas para outros casinos da empresa, a fim de garantir a continuidade do serviço aos clientes”, indicou ontem a SJM em comunicado. O grupo empresarial reiterou que “dá grande importância à protecção do emprego local” e que “dos funcionários que trabalham no Casino Ponte 16, todos os funcionários locais empregados pela SJM Resorts manterão os seus empregos e serão transferidos para outros casinos da empresa para desempenhar funções relacionadas com jogos, de acordo com as necessidades operacionais”. Em relação aos trabalhadores que tinham vínculo laboral com a empresa que ainda explora o espaço, mas que têm estatuto de residente da RAEM “serão convidados a candidatar-se a vagas dentro do grupo, com prioridade na contratação em circunstâncias iguais, e serão fornecidas medidas de apoio, conforme apropriado, para garantir uma transição suave”. Acompanhar de parte Como tem acontecido sempre que é anunciado o encerramento de um casino-satélite, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) garantiu que “irá supervisionar rigorosamente os procedimentos de encerramento do referido casino e da respectiva sala de máquinas de jogo, de forma a assegurar que decorram de forma estável e ordenada e que todos os procedimentos legais estejam a ser devidamente cumpridos”. Em relação aos 1.025 trabalhadores do Casino Ponte 16, a DICJ indicou que irá “manter uma estreita comunicação” com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos pela concessionária em relação à recolocação dos trabalhadores, assim como à manutenção de remuneração, regalias e condições de trabalho. O que resta Sobre a compra e exploração do Casino L’Arc Macau, a DICJ indicou que “irá proceder ao acompanhamento dos casinos-satélite em estrito cumprimento da lei do jogo”, e que o Governo irá apreciar, “de acordo com os termos legais”, o pedido da SJM para exploração de casino, sob a forma de gestão e exploração directa. A directora executivo do grupo, Daisy Ho, afirmou que o “Hotel L’Arc tem uma localização central dentro de um aglomerado activo de jogo, hotelaria e tráfego de turistas na Península de Macau que, combinado com as atracções turísticas das redondezas, cria oportunidades que poucos lugares conseguem igualar”. A líder do grupo apontou também o potencial da coordenação entre propriedades da SJM, abrindo oportunidades, sinergias de promoção integrada e eficiência operacional.
João Luz Eventos MancheteIPOR | Encontro Pontos de Rede marcado para amanhã no consulado O Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong recebe amanhã a décima edição do Encontro Pontos de Rede, um evento centrado no ensino da língua portuguesa como língua estrangeira. Este ano, o encontro terá como temas centrais a literacia digital e o ensino do português com recurso a meios tecnológicos O IPOR- Instituto Português do Oriente organiza amanhã o décimo Encontro Pontos de Rede, que irá colocar em diálogo professores de português como língua estrangeira, especialistas em pedagogia, educadores e investigadores num dia de partilha e promoção do ensino da língua portuguesa como língua estrangeira. O encontro está marcado para amanhã no Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, no auditório Dr. Stanley Ho, a partir das 09h, e terá como tema central a “Literacia Digital e o Ensino-Aprendizagem de português como língua estrangeira através da Tecnologia”. De acordo com o IPOR, o encontro deste ano “visa explorar a interseção entre a literacia digital e a aprendizagem do português como língua estrangeira através de tecnologias pedagógicas modernas”. A organização indica ainda que os objectivos centrais do evento vão incidir sobre a compreensão dos “princípios da literacia digital e a sua relevância no ensino de línguas estrangeiras, identificar ferramentas e plataformas digitais que facilitam o ensino e a criação de materiais didácticos, desenvolver estratégias para promover a cidadania digital, bem como entender a importância das planificações de aulas que incorporem eficazmente a tecnologia no processo de ensino e aprendizagem do português enquanto língua estrangeira.” Lista de convidados Além dos leitores da rede do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua da Asia, o IPOR convidou coordenadores do departamento de português de várias universidades chinesas para assistirem e participarem no encontro. Adelina Moura, professora na Escola Secundária Carlos Amarante, é uma das oradoras principais do encontro, irá fazer uma apresentação sobre a tecnologia digital enquanto ferramenta facilitadora do ensino e aprendizagem do português como língua estrangeira, área em que é especialista. A professora leciona nos níveis de ensino básica e secundário e é também tutora da formação a distância do Camões I.P., investigadora integrada do grupo de I&D – GILT (Games Interaction and Learning Technology) do Instituto Superior de Engenharia do Porto e membro do grupo LabTE (Laboratório de Tecnologia Educativa) da Universidade de Coimbra. A outra oradora principal é Helena Moura Pinto, professora de informática da Escola Portuguesa de Macau, que irá discorrer sobre a importância da literacia digital do corpo docente. A educadora é também formadora certificada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua de Portugal, onde desenvolveu várias formações para professores no âmbito do Plano de Transição Digital, nomeadamentê na área da Capacitação Digital de Docentes. Entre os participantes, contam-se Zuo Qinren, da Universidade do Porto e Universidade de Finanças e Economia de Guizhou, económicas e financeiras, Jéssica Pessoa dos Santos (Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Hinton Neto (Universidade da Amazónia), Melissa Rubio (Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Joana Nogueira (Escola Superior de Educação Jean Piaget), Camila Macêdo (Universidade de São José) e Wadison Melo da Universidade da Província de Aichi, no Japão. Catarina Castro, Fausto Caels, Flávia Coelho e Yuqing Lin são os convidados da Escola Superior de Educação do Politécnico de Leiria. O evento irá ainda contar com intervenções da directora do IPOR, Patrícia Quaresma Ribeiro, da coordenadora do Centro de Língua Portuguesa do IPOR, Paula Costa e o discurso de encerramento estará a cargo do cônsul Alexandre Leitão. A moderação dos painéis de discussão estará a cargo de Carlos Santos e Marisa Rodrigues. Em comunicado, o IPOR realça que o Encontro Pontos de Rede é uma “oportunidade para educadores, investigadores, e todos os profissionais envolvidos no ensino de línguas se reunirem para partilhar conhecimentos, experiências e boas práticas pedagógicas”.
João Luz EventosTaipa Village | Exposição de Elizabeth Briel encerra programa de 2025 A exposição “Waves of Influence: Foreign Materialities”, da norte-americana Elizabeth Briel, fecha o programa artístico deste ano da Associação Cultural Taipa Village. A mostra, em exibição a partir de 3 de Dezembro, é composta por um mural, feito de vestuário reciclado, representando os azulejos portugueses que “pintam” Macau de azul e branco A nova galeria de arte da Associação Cultural Taipa Village acolhe a partir de 3 de Dezembro a mostra “Waves of Influence: Foreign Materialities”, de Elizabeth Briel, encerrando o programa cultural de 2025. A mostra exibe uma instalação feita em papel, que forma de um mural com impressões dos típicos azulejos brancos e azuis portugueses incorporados na paisagem urbanista de Macau, especialmente em infra-estruturas municipais. O papel usado no mural foi feito a partir da reciclagem de peças de vestuário em ganga e t-shirts. A associação cultural refere que o trabalho da artista norte-americana, especializada em arquitectura e património, se alinha perfeitamente com as iniciativas da Taipa Village, “que integram arte contemporânea, arquitectura e design de formas inovadoras”. O trabalho “Waves of Influence” foi concluído este ano e exibido num centro de arte em papel na região de Guangzhou, juntamente com obras seleccionadas da sua série anterior, “Impressions: What Lies Beneath Paris & Hong Kong”. Num comunicado divulgado pela Associação Cultural Taipa Village, a artista explica que a instalação que estará em exibição nasceu das horas que passou a trabalhar no estúdio em Macau, rodeada por porcelana chinesa azul e branca pintada à mão, criada para o mercado de exportação. “Segui os desenhos intricados da porcelana, lembrando-me dos azulejos portugueses em azul cobalto que vemos nos espaços públicos de Macau e das maneiras como esta forma de arte ligou culturas tão díspares com a chinesa e ocidental”, conta Elizabeth Briel. Os azuis do delta A autora começou a encontrar pontos de convergência entre os “azuis que eram a arte dos impérios” e materiais como o papel e a ganga, que também foram transportados entre continentes e séculos através da migração, comércio, do poder e do conflito, e transformados por pessoas de todos os níveis da sociedade à medida que incorporavam estes objectos nas suas vidas”. Com um olhar sobre as transformações culturais entre os impérios chineses, os califados mediterrâneos e os poderes ibéricos, Elizabeth Briel desenvolveu um interesse especial na forma como estas transições se estenderam à arte com papel e à porcelana azul e branca nos últimos mil anos. A artista indica ainda que este projecto “surgiu do fascínio pela materialidade dos impérios” e permitiu fazer “uma jornada pessoal do Ocidente à Ásia e vice-versa”. A organização da exposição indica que a pintora e artista gráfica “trabalha principalmente com papel em resposta ao local onde vive, imprimindo directamente a partir da arquitectura, fazendo papel a partir de linho e algodão e criando instalações modulares de papel em grande escala”. O material usado acaba por encapsular significados, como fez, por exemplo, usando papel fustigado por tufões, feito a partir de uniformes miliares ou através da pintura em osso e chumbo. Nascida na Califórnia e criada em Minneapolis, onde fez um bacharelato em Belas Artes, Elizabeth Briel viveu na Ásia durante duas décadas, antes de se mudar para Paris em 2024. No currículo conta com exposições na Europa, Ásia e Austrália e com os recorrentes regressos ao continente asiático para trabalhar em projectos anuais. A mostra estará patente no Taipa Village Art Space, na Rua dos Mercadores (29-31), na Taipa, entre 3 de Dezembro e 4 de Fevereiro.
João Luz Manchete PolíticaEconomia | CE não arrisca previsão de receitas de jogo Na conferência de imprensa depois da apresentação das Linhas de Acção Governativa, Sam Hou Fai não fez previsões quanto às receitas brutas do jogo e vincou a imprevisibilidade da economia global. Além disso, afirmou que não decide aumentos na Função Pública e reiterou que quer fazer a primeira deslocação ao estrangeiro com uma visita a Portugal, entre Abril e Maio Diversificação da economia de Macau, a situação e apoios a pequenas e médias empresas (PME) e incertezas quanto ao futuro foram as principais tónicas das mensagens deixadas pelo Chefe do Executivo na habitual conferência de imprensa após a apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG). Questionado sobre a não inclusão de estimativas para as receitas do jogo no relatório das LAG para 2026, Sam Hou Fai começou por apontar que as receitas deste ano não correspondem às expectativas que o Governo tinha para o principal sector económico da região, e que a indústria do jogo é intrinsecamente volátil devido à influência de factores externos. Porém, apontou a apresentação de uma previsão para a apresentação das LAG da tutela da Economia e Finanças. “Temos uma previsão para o próximo ano, o secretário Tai Kin Ip vai apresentá-la. Mas a economia tem sofrido muitas mudanças. Este ano o mercado bolsita do Interior da China e Hong Kong tiveram bons desempenhos, mas no próximo ano não sabemos como será, porque haverá muitas incertezas”, afirmou o governante. Sam Hou Fai recuou até Abril deste ano, afirmando que desde então a situação internacional e a situação económica a nível global se mantiveram estáveis. “Mas, nos próximos meses não sei. Só sei se a situação económica piora, se há ou não uma recessão, quando leio os jornais”, apontou ressalvando ainda assim os bons registos a nível do número de turistas que tem visitado Macau, assim como o mercado bolsista de Hong Kong. Ainda assim, no relatório das LAG o Executivo avançou com uma previsão de aumento ligeiro do orçamento, que deverá culminar com a apresentação de uma proposta para o orçamento ordinário integrado da RAEM que contempla receitas de 118,8 mil milhões de patacas, mais 2,3 mil milhões de patacas face ao estimado no orçamento revisto no passado mês de Junho. Um ano à sombra Em relação aos salários da Função Pública, Sam Hou Fai afirmou que no ano passado não havia condições orçamentais para aumentos, mas que, mesmo assim, os ordenados dos funcionários públicos aumentaram 3,3 por cento, para inverter os anos em que ficaram congelados devido à crise decorrente da pandemia da covid-19. “Face à inflação, acho que este ano não há condições para aumento de salários, mas também não havia no ano passado, tendo em conta a subida de vários apoios sociais”, indicou o Chefe do Executivo. Sam Hou Fai argumentou ainda que a decisão de aumentar os salários da Função Pública implica a avaliação de muitos factores, como a inflação, a influência nos salários do sector privado e a economia global. Neste aspecto, o líder do Governo da RAEM recordou a experiência europeia durante a crise financeira global das dívidas soberanas, especificando o caso de Portugal onde os salários foram, inclusivamente, cortados. Além disso, Sam Hou Fai afirmou que não lhe cabe decidir sobre alterações aos salários dos funcionários públicos, e que é preciso ouvir a Comissão de Avaliação das Remunerações dos Trabalhadores da Função Pública, um órgão consultivo composto por pessoas nomeadas pelo Governo, que apresenta pareceres antes da decisão do Executivo. Economia real e Portugal No cômputo geral, Sam Hou Fai mostrou-se satisfeito com a evolução da economia local e o caminho seguido até agora, que se terá evidenciado com a evolução do crescimento do Produto Interno Bruto a cada trimestre deste ano. “O mais importante é manter estabilidade económica. Queremos promover o desenvolvimento do sector do turismo e lazer, com medidas como a melhoria das passagens fronteiriças, mas o turismo é o ponto mais importante na estratégia de desenvolvimento da diversificação adequada 1+4”, indicou. Depois de elencar as medidas já implementadas para diversificar a economia, o governante reconheceu a necessidade de fazer mais pelo pequeno comércio e as PME. Também neste domínio, o Chefe do Executivo remeteu para as novidades que o secretário para a Economia e Finanças irá apresentar no sentido de aumentar a competitividade das PME. “Vamos manter inalteradas as medidas de apoio às PME. Temos de as ajudar a ajustar os modelos de negócio, a digitalizar as suas operações. Vamos manter este rumo”, indicou. No entanto, salientou a nova tendência de consumo, com os residentes a preferirem cada vez mais fazer compras ou refeições em Zhuhai, mas ressalvando que é uma tendência com duplo sentido. “Com a política de circulação de veículos de Guangdong em Macau, os visitantes da Grande Baía passaram também a fazer compras em Macau. Estas mudanças nos padrões de consumo também acontecem para o outro lado, situação semelhante ao que se verifica em Hong Kong, que também enfrenta o mesmo desafio”, argumentou. As alterações etárias, com mais jovens e um consumo mais digital foram outras mudanças de paradigma enumeradas por Sam Hou Fai. Finalmente, em relação à prometida visita a Portugal, o Chefe do Executivo afirmou continuar a ter esperança de que Portugal seja a sua primeira visita oficial ao estrangeiro. Para já, o seu gabinete está em contacto com o gabinete de Luís Montenegro e, ainda sem especificar uma data, Sam Hou Fai apontou para Abril ou Maio de 2026 como datas possíveis.
João Luz EventosClockenflap | Cartaz encerrado com Bloc Party e my bloody valentine O Festival Clockenflap anunciou no fim-de-semana as últimas bandas do cartaz deste ano. Bloc Party, my bloody valentine e Bright Eyes juntam-se a Franz Ferdinand, Beth Gibbons, Sparks e companhia para três dias de música ao vivo no Central Harbourfront, em Hong Kong, entre 5 e 7 de Dezembro O cartaz do Clockenflap fechou com o anúncio de três projectos de espectros diferentes de música alternativa: Os ingleses Bloc Party, os pioneiros my bloody valentine e o cantor norte-americano de folk Bright Eyes. Durante três dias, entre 5 e 7 de Dezembro, vão actuar dezenas de bandas dos mais variados estilos musicais, no Central Harbourfront, na ilha de Hong Kong. Ainda há bilhetes à venda para os três dias (1.990 dólares de Hong Kong) e para um dia (1.280 dólares de Hong Kong). Entre as novidades anunciadas no fim-de-semana, destaque para os Bloc Party que vão tocar pela primeira vez na região vizinha no sábado, 6 de Dezembro. A celebrar o vigésimo aniversário do seu estrondoso disco de estreia, “Silente Alarm”, a banda de Kele Okereke e Russell Lissack foi uma das mais brilhantes estrelas da constelação de bandas que elevou o indie-rock para patamares de popularidade normalmente reservados a bandas pop, à semelhança dos Franz Ferdinand (que actuam no dia seguinte, encerrando o palco principal do festival), e bandas como The Strokes, Artic Monkeys e The White Stripes. Após “Silent Alarm”, a banda britânica procurou afastar-se da fórmula instrumental de guitarras, baixo e bateria e aventurou-se por ritmos que incorporaram algumas batidas electrónicas e experimentação com outros instrumentos. Músicas como “Hunting for Witches” e “The Prayer” não desiludiram os fãs e crítica e o segundo disco dos Bloc Party conseguiu o feito de não defraudar expectativas depois de um avassalador primeiro registo. O terceiro álbum da banda britânica afastou-os ainda mais das sonoridades clássicos do rock. Depois da tournée que promoveu “Intimacy”, a banda interrompeu actividade, com os seus membros a dividirem-se entre outros projectos musicais. Entretanto, a banda lançou mais três discos e voltou ao activo. Suavidade e barulho Os irlandeses my bloody valentine também vão marcar a sua estreia na cidade vizinha no Clockenflap deste ano. Com uma carreira com mais de 35 anos, a banda de Dublin foi uma das bandas pioneiras do shoegaze, com melodias marcadamente pop assentes em fundações de distorção de guitarra. Depois de lançar o segundo disco, o aclamado “Loveless”, a banda dissolveu-se e regressou cerca de 20 anos depois, em 2007, para uma tournée mundial e em 2013 lançaram “m b v”, o terceiro disco da banda. “Apesar de terem lançado apenas três álbuns, a banda alcançou um estatuto quase mítico entre os fãs, em grande parte graças aos seus incríveis espectáculos ao vivo, que combinam uma intensidade sombria e riffs melódicos com ondas de distorção e paredes de som estrondosas”, descreve a organização do festival. Os my bloody valentine foram a chave que abriu portas a bandas como Slowdive, Lush e Dive e tornando-se num fenómeno de culto nos circuitos alternativos. Outra das novidades anunciadas no fim-de-semana, foi o concerto de Bright Eyes, o projecto folk do músico norte-americano Conor Oberst, que irá actuar pela primeira vez em Hong Kong no último dia do festival. Bright Eyes vai apresentar-se no Central Harbourfront como um trio centrado em Conor Oberst, “o talento prodigioso amplamente apelidado de ‘novo Bob Dylan’ quando mal tinha saído da adolescência”, refere a organização do festival. O público pode esperar um concerto intimista, apesar da dimensão do palco, com um alinhamento movido a sonoridades acústicas. Para todos os gostos Além de veteranos entre as diversas escalas de barulho e silêncio do rock, o Clockenflap anunciou a actuação de Ano e Kento Nakajima, duas estrelas em ascensão no universo do pop japonês, que também vão actuar pela primeira vez em Hong Kong. Recorde-se que o cartaz deste ano do maior festival de música da região já contava com Beth Gibbons, a eterna vocalista do colectivo de trip-hop Portishead, os canadianos Godspeed You! Black Emperor, o seminal duo Sparks e nomes incontornáveis da cena de música de dança como Dave Clark e Digitalism. Além da música, o festival inclui ainda “uma série de instalações artísticas de encher o olho, workshops e espectáculos para toda a família e uma selecção de estabelecimentos de comida e bebida de fazer crescer água na boca, incluindo petiscos únicos de alguns dos restaurantes mais apreciados da cidade”. Uma das novidades artísticas que o festival traz para esta edição é o projecto “Minimax – A Mobile & Modular Theatrical Experience”, entendido pela organização como “um novo conceito para todos os amantes das artes”, actualmente na fase de recrutamento de “talentos locais”.
João Luz Manchete SociedadeMargem Sul | Parte do Corredor Verde aberto ao público Abriu ontem ao público a primeira secção do Corredor Verde da Margem Sul, que irá acrescentar mais um espaço de lazer à zona costeira da península, junto à Ponte Governador Nobre de Carvalho. O corredor verde será equipado com campos de futebol e basquetebol, e um passadiço à beira-mar O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) anunciou ontem a abertura ao público da primeira secção do projecto do Corredor Verde da Margem Sul, na zona costeira entre a Ponte Governador Nobre de Carvalho e a Torre de Macau. Num comunicado divulgado ontem, o IAM recorda que a principal função será aumentar a oferta de campos desportivos na península de Macau. Apesar das obras até às Portas do Entendimento ainda não estarem concluídas, parte do Corredor Verde da Margem Sul abriu ontem ao público às 07h. Para já, o IAM indicou que “os cidadãos podem aceder à Zona 1 utilizando o parque de estacionamento temporário localizado na mesma ou através do passeio pedonal temporário com acesso pela Avenida Dr. Sun Yat-Sen”. Com uma área com cerca de 8.900 metros quadrados, a Zona 1 da segunda fase do Corredor Verde da Margem Sul terá um campo de futebol, dois campos de basquetebol e uma área de aquecimento junto à zona costeira próxima da Ponte Governador Nobre de Carvalho. A área terá ainda instalações de apoio, como sanitários públicos, cacifos e máquinas de venda automática. Porém, um dos grandes trunfos da requalificação da zona é o passadiço. “A existência de um passadiço de lazer costeiro e um passadiço de madeira sobre a água permite que os cidadãos disfrutem de passeios à beira-mar e momentos de descanso”, indica o IAM. Quase, quase A obra da segunda fase do Corredor Verde da Margem Sul está dividida em três zonas, abrangendo a área entre a Ponte Governador Nobre de Carvalho e as Portas do Entendimento, com uma área total de construção de cerca de 60 mil metros quadrados. O IAM indicou ontem que os trabalhos da zona 2 “estão a decorrer conforme planeado, estando actualmente cerca de 70 por cento das obras de engenheira civil concluídas”. Uma vez que a segunda fase do Corredor Verde da Margem Sul ainda não está totalmente concluída, o Governo criou um parque de estacionamento temporário adjacente àquela zona, com capacidade para cerca de 110 veículos ligeiros e aproximadamente 100 motociclos. O acesso para veículos é feito pela Rua da Torre de Macau.
João Luz EventosCinema | Festival entre China e PLP apresenta 30 filmes Começou na passada sexta-feira o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa, integrado no 7.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Até ao dia 5 de Dezembro, o público pode ver cerca de 30 filmes e participar em palestras pós-projecção e workshops Arrancou na sexta-feira o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O evento organizado pelo Instituto Cultural (IC), com o Galaxy Entertainment Group como parceiro da cerimónia de abertura, está integrado no 7.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Até ao dia 5 de Dezembro, os amantes da sétima arte têm cerca de 30 filmes para ver, numa selecção que inclui obras de realizadores da China, países de língua portuguesa, Japão e Coreia do Sul. O evento conta ainda com um programa de actividades de extensão, incluindo uma sessão de cinema comunitária, palestras pós-projecção e workshops. Sob o tema central “Transcendendo Fronteiras”, o festival deste ano divide-se em cinco secções: “Principal Cineasta do Leste Asiático: Zhang Lü”, “Intercultural e Inter-regional”, “Estreia de Filmes Chineses e Lusófonos”, “Curtas-Metragens Sino-Portuguesas” e “Projecção Comunitária” Entre os filmes em cartaz, o IC destaca o documentário de 2016 “Ama-San”, da realizadora portuguesa Cláudia Varejão, que se centra no quotidiano das mergulhadoras japonesas de Península de Shima que apanham abalone, ouriços-do-mar e pérolas. “The Yangtze River”, do realizador japonês Ryo Takeuchi, é outro dos documentários em exibição. Lançado em 2023, o filme tornou-se num sucesso de bilheteira tanto no Japão como na China. O documentário retrata a vida de várias pessoas de diferentes origens sociais, bem como as condições e costumes locais ao longo de diferentes partes do rio. Com 6.300 quilómetros de extensão, o Yangtze é o rio mais longo da China e o terceiro maior do mundo, o que lhe valeu o apelido de Rio da Vida da nação. Lançado no mesmo ano, “Ask the Mountain”, produzido pelo conceituado realizador sul-coreano Kim Ki-duk e dirigido pelo realizador chinês Xu Lei, que “explora a vida nas regiões montanhosas da China, reflectindo sobre a coexistência da natureza e da cultura tradicional através de uma narrativa humanística cheia de nuances”, descreve a organização. Partilha de experiências Durante o festival, “vários criativos de renome serão convidados para encontros presenciais, incluindo os realizadores Zhang Lü, Zhu Xin, Viv Li, bem como o letrista de Hong Kong Siu Hak. A participação destes convidados tem como objectivo a interacção próxima com o público, reflectindo o tema do festival de transcender fronteiras geográficas e culturais para fomentar o diálogo. Será ainda realizada uma sessão de partilha após a projecção do filme de encerramento, “A Memória do Cheiro das Coisas”, que contará com a presença do realizador António Ferreira e da produtora Tathiani Sacilotto. Alargando o escopo dos locais de exibição, além dos cinemas Galaxy e a Cinemateca Paixão, será realizada uma projecção comunitária nocturna no dia 22 de Novembro, no Parque Dr. Carlos d’Assumpção, com a exibição gratuita do filme chinês “Deep Sea”, uma fantasia animada em 3D. Os lugares são limitados, sem necessidade de reserva e disponíveis por ordem de chegada. O evento incluirá também uma actividade de pintura corporal com tintas fluorescentes. Coisas para fazer Além das projecções de filmes e da organização de palestras, o festival de cinema deste ano terá dois workshops no dia 23 de Novembro, um para confecionar dumplings e outro para construir uma “ama concha”, em alusão ao documentário “Ama-San”, da realizadora portuguesa Cláudia Varejão. Os interessados podem usufruir de um desconto na compra de dois bilhetes, pagando apenas um na compra presencial de bilhetes para o Festival de Cinema na bilheteira da Cinemateca Paixão. Para tal, é necessário apresentar bilhete do concerto, ou do comprovativo de compra na Exposição de Livros Ilustrados do 7.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura. Para os Bilhetes de Amigo, o público pode comprar um bilhete ao preço de 60 patacas para duas pessoas. Será ainda oferecido um desconto de 20 por cento para portadores do Cartão de Professor de Macau válido, da credencial de voluntário, participante, funcionário da Zona de Competição de Macau dos 15.º Jogos Nacionais e Jogos Olímpicos Especiais de Macau, ou do cartão de vendedor da Feira de Artesanato do Tap Siac. Os bilhetes encontram-se à venda na bilheteira da Cinemateca Paixão e também estão disponíveis para venda online.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Desavença entre mulheres resulta em homicídio Ataque com arma branca em quarto de hotel acaba com uma mulher morta e a alegada autora do crime detida por suspeita de homicídio. A vítima terá sofrido mais de trinta ferimentos e acabou por falecer no hospital. Polícia suspeita de motivos passionais Na passada quinta-feira, num quarto de hotel na Taipa, uma mulher terá sido assassinada à facada por outra mulher, ambas oriundas do Interior da China e com idades na casa dos trinta anos. A vítima era uma trabalhadora não-residente, enquanto a suspeita tinha autorização de permanência no território ao abrigo de um visto de turista. Segundo a apresentação da Polícia Judiciária (PJ), feita em conferência de imprensa no sábado, a vítima não resistiu aos mais de trinta ferimentos por arma branca que apresentava na parte de trás da cabeça, pescoço e lado esquerdo do peito, e acabou por morrer no hospital. De acordo com as últimas informações, as causas da morte ainda estavam por apurar, por ainda não ter sido realizada a autópsia, mas as autoridades indicaram que os ferimentos no peito podem ter sido fatais. Também a suspeita apresentava ferimentos em várias partes do corpo, e nas mãos, o que a PJ interpretou como sinais de luta e resistência da vítima a um possível ataque. Como tal, a suspeita recebeu tratamento hospital, sob custódia policial, e foi detida após receber alta médica na sexta-feira. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pela suspeita da prática dos crimes de homicídio qualificado e posse de armas proibidas. De longa data A investigação policial apurou que as duas mulheres se conhecem desde os tempos de escola (sem especificar exactamente quando) e que os motivos do crime podem ser de natureza passional. Na conferência de imprensa, a PJ adiantou que a falecida começou a trabalhar em Macau em Agosto do ano passado e que já no mês passado teria recebido uma visita da suspeita. Porém, na quarta-feira quando regressou a Macau, a alegada homicida terá trazido da China uma faca. Após ter feito o check-in no hotel da Taipa, a suspeita terá comprado mais duas facas num centro comercial na zona centro da península. No dia seguinte, as duas mulheres encontraram-se no lobby do hotel e subiram para o quarto da suspeita. Vinte minutos depois, a recepção do hotel recebeu uma chamada da suspeita a pedir ajuda. Quando os funcionários do hotel chegaram ao quarto, descobriram as duas mulheres deitadas no chão e manchas de sangue espalhadas pela carpete e paredes. A bizarra descoberta levou à chamada de uma ambulância e ao contacto com as autoridades policiais. No local, os agentes da PJ descobriram sinais evidentes de luta, duas facas ensanguentadas no chão e ainda um cutelo não usado na mochila da suspeita.
João Luz Manchete SociedadeGripe | Vacinação gratuita alargada a partir de hoje A campanha de vacinação gratuita contra a gripe foi alargada, a partir de hoje, a todos os residentes de Macau, findo o período de prioridade dada a idosos, doentes crónicos, grávidas e crianças. Até à passada quarta-feira, mais de 122 mil residentes foram inoculados, mais 14 por cento em termos anuais A partir de hoje, todos os residentes de Macau podem receber a título gratuito a vacina sazonal antigripal para 2025-2026, indicaram na noite de sexta-feira os Serviços de Saúde. A campanha de vacinação arrancou no passado dia 30 de Setembro exclusivamente para grupos prioritários, como idosos, doentes crónicos, grávidas e crianças. Foram também enviados “profissionais de saúde para os lares, creches e escolas de ensino infantil, primário e secundário, entre outros estabelecimentos relevantes de Macau, a fim de se proceder à vacinação colectiva”, acrescentaram os Serviços de Saúde. Apesar do alargamento da campanha para reforçar a protecção comunitária, as autoridades vão continuar a privilegiar os grupos prioritários. Os restantes podem agendar a vacinação contra a gripe através da “Minha Saúde” da “Conta Única de Macau” ou do sistema de marcação de vacinação no portal dos Serviços de Saúde. As vacinas serão administradas nos centros de saúde ou postos de saúde, no posto de vacinação do Centro Médico de Macau do Hospital Union, no Hospital Kiang Wu, nas consultas externas do Hospital Universitário e na Clínica dos Operários (situada na Rua do Bispo Medeiros). Os interessados podem também fazer a marcação através de telefone, “ou presencialmente nos postos de vacinação referidos” e apresentar documento de identificação, ou “cartão de utente dos Serviços de Saúde, bem como os demais documentos comprovativos (por exemplo, o cartão de trabalhador/estudante). No bom caminho Os Serviços de Saúde indicaram ainda que, até 12 de Novembro, “mais de 122 mil pessoas foram vacinadas contra a gripe sazonal, o que representa um aumento de cerca de 14 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado, em que foram vacinadas 107 mil pessoas”. Face a estes dados, a entidade liderada por Alvis Lo considera que “o progresso da vacinação dos grupos de alto risco é satisfatório”. As autoridades sublinharam ainda que o tipo de vacinas inactivadas que são fornecidas à população seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde e que, “geralmente, são necessárias, pelo menos, duas semanas para que se desenvolvam anticorpos suficientes após a administração da vacina contra a gripe”.
João Luz Manchete PolíticaDST | Alerta de viagem para o Japão face a escalada diplomática Macau emitiu um alerta para residentes que estão, ou que vão viajar para o Japão, devido a um alegado aumento de “ataques contra cidadãos chineses”. A posição surge após o alerta do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês e a escalada da retórica diplomática entre os dois países “Tendo em conta o alerta emitido recentemente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, relativo à deslocação de cidadãos chineses ao Japão, dado que a partir de meados deste ano, a tendência de ocorrência de ataques no Japão contra cidadãos chineses tem vindo a aumentar, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) alerta os residentes de Macau que se encontrem ou planeiem deslocar-se ao Japão a elevarem o alerta.” Foi desta forma que o Governo de Macau seguiu o alerta do Governo Central, na sequência de mais de uma semana de escalada de retórica diplomática entre as autoridades chinesas e nipónicas. Tudo terá começado quando a recém-eleita primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou no parlamento nipónico que o Japão poderia responder militarmente se a China usasse força contra Taiwan. A resposta da líder japonesa mereceu a condenação de Pequim e a escalada de retórica atingiu o cume com declarações do cônsul-geral chinês em Osaka, Xue Jian, nas redes sociais. “Não temos escolha a não ser cortar, sem hesitação, aquele pescoço sujo que se lançou sobre nós. Estão prontos?”, escreveu o diplomata chinês. A mensagem, que foi interpretada como uma ameaça, motivou a chamada do embaixador chinês para apresentar explicações às autoridades nipónicas. Com a temperatura diplomática a subir, o Governo japonês reiterou que a sua política em relação a Taiwan se mantém inalterada. Voltar atrás No comunicado divulgado no sábado à noite, a DST garante que vai continuar “atenta à situação no Japão”, e que os “residentes de Macau que planeiam viajar ou que se encontram no Japão” devem “prestar atenção à publicação das últimas actualizações no local e à divulgação de informações sobre os serviços consulares da embaixada e consulados chineses no Japão”. A DST não especificou os perigos que os residentes de Macau podem enfrentar num dos destinos estrangeiros mais populares entre a população. Porém, o Governo de Hong Kong fê-lo, citando um incidente em Tóquio, em que dois cidadãos chineses foram agredidos por locais no final de Julho. Os restantes “incidentes” que o Executivo da RAEHK elencam são alertas de terramotos e tsunamis, assim como ataques de ursos selvagens no norte do Japão em Outubro. A Air Macau publicou ontem um comunicado a declarar que iria implementar medidas especiais para viagens entre Macau e Japão, face ao aviso de viagem emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente permitindo reembolso grátis de bilhetes comprados para o Japão, ou alteração da viagem também sem custos. A medida aplica-se a bilhetes emitidos antes de 15 de Novembro e com datas de viagem entre esse mesmo dia e 31 de Dezembro de 2025. A companhia local, detida maioritariamente pela Air China, tem ligações entre a RAEM e os aeroportos que servem as cidades de Tóquio, Osaka e Sapporo. Em cerca de duas horas, a publicação da Air Macau no Facebook originou mais de 225 reacções, 174 delas de riso, e dezenas de comentários a criticar a posição da companhia.
João Luz Manchete PolíticaRestauração | Descontos de 30% celebram o aniversário da RAEM O Governo vai lançar uma campanha de descontos, entre os dias 20 e 22 de Dezembro, para celebrar o 26.º aniversário da RAEM. Durante a campanha, os utentes das aplicações de pagamento Mpay, Banco da China, ICBC e Banco Tai Fung vão receber diariamente três cupões de desconto de 30 por cento para pagar refeições Para celebrar o 26.º aniversário da RAEM, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) coorganizou a campanha “descontos para comer nos estabelecimentos de restauração em celebração do regresso de Macau à pátria”, proporcionando descontos de 30 por cento em restaurantes ao longo de três dias, entre 20 e 22 de Dezembro. Em cada dia da campanha, serão emitidos três cupões, ficando afastada a possibilidade de juntar descontos numa só transacção, ao contrário do que acontece no Grande Prémio do Consumo. O valor dos descontos será dividido entre o Governo e os restaurantes em partes iguais. A iniciativa será organizada em parceria com a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau e a Associação Industrial e Comercial de Macau. Os cupões de desconto serão atribuídos nas aplicações de pagamentos electrónicos Mpay, Banco da China, Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e Banco Tai Fung. Porém, o desconto máximo será de 60 patacas e os cupões só podem ser utilizados no dia em que foram emitidos para refeições nos restaurantes, ou seja, não inclui takeaway. Outra limitação, que irá depender de cada restaurante, diz respeito à possibilidade de bebidas alcoólicas não serem abrangidas pelo desconto. Para não diluir a eficácia dos descontos, o Governo estabeleceu que os restaurantes não podem aumentar preços no dia 20 de Dezembro. A restrição tem em conta a prática comum em Macau de subida dos preços das refeições tomadas fora de casa devido à obrigatoriedade de compensar funcionários que trabalham num feriado público. Por favor, fiquem Na conferência de imprensa que apresentou a campanha de descontos comemorativos, o chefe do Departamento de Desenvolvimento das Actividades Económicas da DSEDT, Lau Kit Lon, mostrou-se esperançado de que os residentes aproveitem os dias de descanso para explorar as ofertas gastronómicas espalhadas pelos bairros residenciais da cidade. Além do objectivo de potenciar os negócios do sector e a vitalidade económica comunitária, Lau Kit Lon espera que a iniciativa intensifique o ambiente festivo nos bairros residenciais. Por seu turno, o presidente da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, Chan Chak Mo, revelou em comunicado que os associados receberam positivamente notícias do lançamento da campanha. O ex-deputado está confiante na adesão da população à iniciativa, que espera reforçar a confiança das pequenas e médias empresas e revitalizar o desenvolvimento económico das comunidades.
João Luz Eventos MancheteStudio City | MIRROR e companhia animam fim de ano Os MIRROR estão de volta a Macau para dois espectáculos na noite de 31 de Dezembro e 1 de Janeiro no Centro de Eventos do Studio City. O local de espectáculos da Melco Resorts & Entertainment será um dos pontos fulcrais das festividades de passagem de ano, com um evento especial na noite de fim de ano. No meio de champanhe e antecipação pelas doze baladas que irão relegar 2025 para o passado, os MIRROR serão o grande destaque do espectáculo que irá levar sete bandas ao palco do Studio City, todas saídas do mesmo programa de talentos que revelou a mais famosa boys band de Hong Kong. A festa da contagem decrescente, como é referida na região, será abrilhantada com as performances de COLLAR, ERROR, LYMAN, P1X3L, ROVER e 5G, com o início dos concertos está marcado para as 22h. No dia seguinte, às 19h, será a vez dos fãs dos MIRROR se regalarem com um concerto da banda de Keung To, Anson Lo e Edan Lui. Os bilhetes para os espectáculos serão colocados à venda hoje, a partir do meio-dia. Os ingressos para os concertos da noite de fim de ano custam entre 988 patacas e 1.888 patacas. Para o concerto a solo dos MIRROR, os bilhetes custam entre 1.088 patacas e 2.388 patacas. Família em palco Com sete anos de carreira na bagagem, os MIRROR e os ERROR foram apresentados ao mundo cantonês através da primeira série do programa de talentos da ViuTV “King Maker”. As restantes bandas que vão subir ao palco do Studio City na noite de passagem de ano fizeram o mesmo percurso televisivo. A organização salienta que esta será a primeira vez que toda a “família” King Maker irá actuar em Macau. Além de MIRROR e ERROR, a noite de réveillon será abrilhantada pela performance da girls band COLLAR, mais um membro da família, saídas da série de 2021 do mesmo programa de talentos. Ainda sem um álbum na bagagem, as sete artistas que formam a banda contam com 11 singles na discografia. Porém, a noite de passagem de ano irá muito além de performances individuais de cada banda, com a organização a prometer vários momentos de partilha de palco e combinações de vários membros das sete bandas. Para já, e tendo em conta a oportunidade rara de “reunião familiar”, as colaborações em palco estão guardadas no segredo dos deuses. Os doze apóstolos Já há algum tempo que os MIRROR não se juntam todos em palco, circunstância que a organização sublinha nos materiais promocionais. “Os doze membros proporcionarão uma experiência de palco totalmente nova, interpretando com energia uma série dos seus sucessos clássicos mais apreciados, criando um Dia de Ano Novo único e inesquecível para os seus fãs”, indica a organização. Sete anos depois do lançamento do primeiro single “In a second”, os MIRROR tornaram-se num fenómeno de popularidade sem precedentes. Os membros da boys band multiplicaram-se em participações em programas de televisão, filmes e série de ficção, assim como pontuais momentos musicais a solo. O membro mais popular da banda é Keung To. Todos os anos, no dia do seu aniversário, milhares fãs enchem a zona de Causeway Bay, que passa a ser Keung To Bay, e os eléctricos que circulam na ilha de Hong Kong são grátis (pagos pelo clube de fãs) e enfeitados com fotos do jovem ídolo. Aliás, por toda a cidade, e também em Macau, apesar da escala menor, os fãs pagam a empresas de transportes públicos publicidade para homenagear Keung To no seu aniversário, assim como em painéis publicitários.
João Luz Manchete PolíticaSalário mínimo | Empresas de condomínio pedem divulgação ao Governo O salário mínimo será actualizado a partir de 1 de Janeiro em uma pataca por hora, passando de 34 para 35 patacas por uma hora de trabalho, ou 7.072 para 7.280 patacas mensais. Depois das reacções de patronato e empresários, que resistiram à actualização no Conselho Permanente de Concertação Social, o sector da administração de condomínios pediu ao Governo que esclareça a população sobre os aumentos dos salários de trabalhadores de limpezas e segurança em edifícios de habitação. A posição foi tomada pela presidente da Associação de Administração de Propriedades de Macau, Sit Un Na, que entende que o Executivo tem mais credibilidade para explicar aos proprietários as consequências do ajuste ao salário mínimo nas despesas de condomínio. Em declarações ao jornal do Cidadão, a responsável admitiu que actualização do salário mínimo irá resultar em aumentos dos custos de condomínio, que não devem ultrapassar 2,9 por cento dos orçamentos actuais. Recorde-se que a subida do salário mínimo irá abranger cerca de 18.000 pessoas, o que representa 4,4 por cento da força de trabalho total de Macau. A dirigente associativa estima que a alteração incida sobre mais de 10.000 trabalhadores do sector da administração de propriedades, 90 por cento dos quais são trabalhadores não-residentes. Em relação ao valor mensal dos rendimentos, Sit Un Na prevê que cada trabalhador leve para casa mais 200 patacas por mês. As duas vias Contudo, a representante associativa realça que nem todas as empresas de gestão de condomínios podem ser afectadas da mesma forma, porque algumas fixaram com os proprietários contratos com preços fixos, o que lhes confere a flexibilidade para cortar noutros custos para compensar o aumento das despesas com salários. Um dos casos “bicudos” em termos contratuais diz respeito à administração nos edifícios de habitação pública, onde as despesas de condomínio não podem aumentar. Além da divulgação dos efeitos do aumento salarial, para ajudar os proprietários a compreender a subida das despesas de condomínio, Sit Un Na sugeriu que o Governo reveja a lei da actividade comercial de administração de condomínios e o regime jurídico da administração das partes comuns do condomínio, que entraram em vigor em 2018. A responsável lembra que os diplomas deveriam ter sido revistos a cada três anos, mas desde que entraram em vigor nunca foram actualizados. Em termos de medidas de apoio, Sit Un Na defende que o Governo deve subsidiar as empresas de administração que gerem edifícios de habitação pública, ou que sejam canceladas as restrições que impedem alterações ao orçamento da administração do condomínio para suportar o aumento do salário do mínimo. Outra possibilidade, seria incluir o sector de administração no âmbito dos serviços de apoio à digitalização, para que as empresas tenham apoios e fundo.
João Luz EventosGaleria Tap Seac | Mostra de arte contemporânea chega ao fim no domingo A exposição “A Reinvenção do Real”, patente no Galeria do Tap Seac até domingo, é mote para exibições de tauromaquia e de caricaturas ao vivo. As actividades são integradas na participação do Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira no cartaz da Bienal Internacional de Arte de Macau Está a chegar ao fim a exibição da mostra “A Reinvenção do Real – Arte Contemporânea Portuguesa na Colecção do Museu do Neo-Realismo, integrada no Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira”, que vai estar exibição na Galeria Tap Seac até domingo. Para fechar a exposição, o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e o Instituto Português do Oriente (IPOR) organizaram um programa de actividades paralelas, para promover a exposição e as características culturais da cidade de Vila Franca de Xira nas quais se inclui a arte tauromáquica. Como tal, o jardim do Consulado-Geral de Portugal será palco de curtas exibições de tauromaquia da Associação de Escola de Toureio José Falcão, de Vila Franca de Xira, amanhã e na sexta-feira. As exibições têm a duração de 15 minutos e começam às 15h e às 15h45 dos dois dias. Em simultâneo, entre as 15h e as 17h de quarta e quinta-feira, também no jardim do consulado, vão decorrer sessões de caricaturas desenhadas ao vivo pelo cartoonista Vasco Gargalo. Recorde-se que a exposição “A Reinvenção do Real – Arte Contemporânea Portuguesa na Colecção do Museu do Neo-Realismo, integrada no Pavilhão da Cidade de Vila Franca de Xira” foi aberta ao público a 12 de Setembro. Com a curadoria de David Santos, director do Museu do Neo-Realismo, e o artista visual José Maçãs de Carvalho, a mostra é composta por 20 obras da autoria de 14 artistas portugueses (Alice Geirinhas, André Cepeda, Carla Filipe, Pedro Cabral Santo, Fernando José Pereira, Luciana Fina, Luísa Ferreira, Manuel Santos Maia, Miguel Palma, Paulo Mendes, Rita Barros, Válter Vinagre, José Maçãs de Carvalho). Touros e outras faenas Em relação aos convidados da cidade ribatejana, a organização indica que “a Associação Escola de Toureio José Falcão de Vila Franca de Xira, fundada em 11 de Agosto de 1984, nasceu da vontade de preservar a tradição taurina vilafranquense e de formar novas gerações de toureiros, inspiradas na figura e no exemplo do inesquecível matador José Falcão”. É referido ainda que a instituição oferece aulas tauromáquicas e organiza novilhadas de promoção e provas públicas, e que, ao longo de quatro décadas, “tem formado gerações de jovens que hoje representam Portugal nas arenas de todo o mundo”. Quanto a Vasco Gargalo, o IPOR apresenta-o como “um dos mais reconhecidos cartoonistas e ilustradores portugueses”, com trabalho publicado em vários meios de comunicação nacionais e internacionais. O vila-franquense tem colaborado com o jornal I, Diário de Notícias, Courrier Internacional, revista Groene Amsterdammer, revista Spotsatire, e é colaborador permanente do Correio da Manhã e da revista Sábado.
João Luz Manchete PolíticaComerciantes afectados não vão receber subsídio directo À semelhança da resposta aos prejuízos causados pelo tufão Hato, Nick Lei perguntou ao Governo se iria também atribuir subsídios directos aos comerciantes afectados pelas cheias do tufão Ragasa. A resposta do Executivo foi negativa, restando aos empresários recorrerem ao seguro contra grandes desastres Em Macau, existe um período antes do tufão Hato e outro depois do tufão Hato. Esta realidade ficou bem patente na resposta do Governo a uma interpelação de Nick Lei, em que o deputado perguntava se seriam atribuídos a comerciantes afectados pelas cheias do tufão Ragasa subsídios de montante, à semelhança do que aconteceu depois do tufão Hato. Na resposta, o director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Chan Un Tong, indicou que os comerciantes e as pequenas e médias empresas (PME) podem recorrer ao seguro contra grandes desastres. O responsável lembrou a Nick Lei que em 2019 a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico lançou o “Plano de Apoio Financeiro à Subscrição de Seguro de Bens Patrimoniais contra Grandes Desastres para as Pequenas e Médias Empresas”. O plano, implementado em cooperação com a Autoridade Monetária de Macau tem como objectivo encorajar as PME que enfrentam necessidades a subscrever seguros contra desastres e aliviar o encargo económico na subscrição de seguros. Outra lacuna que a medida tem em vista colmatar, é oferecer uma solução para o problema de falta de cobertura de seguros para danos em bens comerciais durante condições meteorológicas extremas. O deputado ligado à comunidade de Fujian reconhece que o plano de apoio à subscrição de seguros aliviou parte da pressão económica dos empresários afectados, “mas o valor do seguro contra grandes desastres é elevado, ou seja, 100 mil, 200 mil, 300 mil e 500 mil patacas, logo, os prémios também são elevados”. Importa referir que o apoio do Executivo oferece 50 por cento do prémio standard global ou um montante máximo de 30 mil patacas (consoante o valor mais baixo). Retoques e melhorias Em relação às críticas feitas à medida de apoio, o Governo sublinhou que “o esquema do seguro contra grandes desastres tem sido continuamente aprimorado, incluindo a eliminação do limite de indemnização para mercadorias e da franquia, a introdução de descontos na renovação sem sinistros, bem como a ampliação da cobertura para incluir perdas de bens comerciais ocorridas durante o sinal de chuva intensa preta.” Além disso, em 2023, o plano foi optimizado com a redução das taxas de prémio em 40 por cento, para 15 por cento, foi adicionada uma opção de cobertura com um valor segurado de meio milhão de patacas e concedidos descontos na renovação do seguro para comerciantes que tenham apresentado pedidos de indemnização anteriormente. Também o número de seguradoras locais participantes no esquema foi ampliado este ano para seis. Recorde-se que o tufão Ragasa passou por Macau a 24 de Setembro, batendo uma série de recordes. Pela primeira vez, desde 1968, as autoridades emitiram duas vezes o sinal número 10 de tufão no mesmo ano. A tempestade, que provocou inundações consideráveis, oito feridos e momentos virais de pessoas a apanhar peixes à mão em plena via pública, representou também o sinal 10 de tufão mais longo (10 horas e 30 minutos).
João Luz Manchete SociedadeSMG | Previsões deixam Macau fora da trajectória do Fung-wong O tufão Fung-wong levou ontem à emissão do sinal 1 de tempestade tropical, mas com a possibilidade “relativamente baixa a moderada” de elevar o sinal de alerta. A tempestade deverá passar a cerca de 500 quilómetros de Macau entre a próxima madrugada e a manhã de quarta-feira Tudo indica que Macau ficará de fora do percurso do tufão Fung-wong, segundo as previsões avançadas pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) que emitiram ontem às 14h o sinal 1 de tempestade tropical. A decisão de emitir o sinal de alerta significa que uma tempestade está localizada a menos de 800 quilómetros de Macau. No entanto, os SMG indicaram ontem que a possibilidade de elevar o alerta para o sinal 3, durante a manhã de hoje, era “relativamente baixa a moderada”. “O tufão Fung-wong vai tomar um rumo para o quadrante norte, hoje e amanhã, atravessando a parte norte do Mar do Sul da China. Prevê-se que, “Fung-wong” passe o ponto mais próximo do território na terça-feira à noite (11), a cerca de 500 km a sudeste de Macau”, avançaram ontem os SMG. Apesar da distância do território, as autoridades estimaram a possibilidade de intensificação dos ventos, “podendo atingir níveis de 5 a 6, com rajadas significativas”. As autoridades ressalvaram que, “a menos que o Fung-wong adopte uma trajectória mais para oeste e se aproxime das regiões costeiras de Guangdong, o Sinal de Ventos Fortes de Monção (bola preta) será emitido em substituição do Sinal de Tempestade Tropical, de acordo com as condições de vento em Macau”. Em relação ao estado do tempo, os SMG apontaram ontem para a probabilidade “relativamente baixa nos próximos dias” de chuva, e para uma ligeira descida da temperatura mínima, para cerca de 18 graus, na quinta-feira. Como é normal nestas circunstâncias, várias entidades públicas emitiram alertas e aconselharam medidas de segurança. A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais apelou a “cidadãos e empreiteiros” para adoptarem “medidas de prevenção, principalmente em relação aos andaimes, aparelhos elevatórios (por exemplo, gruas), janelas de construções e materiais pendurados nas fachadas”. Também o Instituto Cultural aconselhou os responsáveis de edifícios patrimoniais, “especialmente dos sítios sitos nas zonas baixas, para desencadearem as medidas de protecção necessárias e oportunas em relação ao património e tomarem as medidas de prevenção de vento e inundações”. Aqui ao lado Na região vizinha, o Observatório de Hong Kong também emitiu o sinal 1 de tempestade e manteve algumas reservas quanto à possibilidade de elevar o sinal de alerta. “Dependendo da mudança de intensidade do Fung-wong, da sua distância de Hong Kong, do impacto da monção nordeste no Fung-wong e das condições locais do vento, o Observatório avaliará a necessidade de emitir o Sinal de Vento Forte, n.º 3, ou o Sinal de Monção Forte”, indicou ontem à tarde a entidade meteorológica da região vizinha. As autoridades de Hong Kong indicam ainda que a interacção entre o Fung-wong, à medida que avança em direcção a Taiwan, e a monção nordeste, irá enfraquecer gradualmente o tufão. Porém, o Observatório de Hong Kong previu a subida de meio metro do nível das águas no pico da maré alta da noite de ontem, com a possibilidade de inundações das zonas baixas e agitação marítima.
João Luz Internacional PolíticaConsumo | Incentivo gerou mais de mil milhões de patacas Entre o início de Setembro e o passado dia 2 de Novembro, o Grande Prémio do Consumo gerou negócios no 1,06 mil milhões de patacas no comércio de restauração nos bairros comunitários, a partir de 260 milhões de patacas em cupões de desconto. A iniciativa termina no final deste mês Em cerca de dois meses, a edição corrente do Grande Prémio do Consumo gerou cerca de 1,06 mil milhões de patacas em negócios no comércio e restauração nos bairros residenciais de Macau. As contas foram apresentadas ontem pelo director dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), Yau Yun Wah, aos microfones do programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. O responsável acrescentou que entre 1 de Setembro (quando começou a iniciativa) e 2 de Novembro, o programa desenhado para impulsionar o comércio local e o consumo no território distribuiu um total de 260 milhões do montante de benefícios electrónicos. Em resposta a ouvintes do programa matinal, que se queixaram do valor baixo dos descontos, Yau Yun Wah revelou que a taxa de utilização dos cupões é elevada para os descontos mais avultados, mas que mesmo os descontos de 10 e 20 patacas têm uma taxa de utilização superior a 80 por cento. Música, maestro Para responder às dificuldades que os comerciantes da zona norte da península enfrentam, o Governo lançou outro programa, entre 20 de Março e 13 de Outubro, para atrair turistas para os bairros residenciais. Segundo o director da DSEDT, a iniciativa que espalhou bonecos da marca Sanrio pela zona norte atraiu “mais de 400 mil visitantes para tirar fotografias,” afirmou. Yau Yun Wah acrescentou ainda que os comerciantes da zona ficaram “satisfeitos” com a actividade. O responsável mencionou também o papel dos concertos na atracção de turistas para Macau. “Muitos turistas visitam Macau para assistir a concertos, motivo pelo qual estabelecemos um acordo de cooperação com uma plataforma de venda de bilhetes do Interior da China. Desde o fim de Outubro, lançámos uma iniciativa promocional que oferece descontos no comércio local e bilhetes para o Museu do Grande Prémio. Até agora, contamos com a participação de 30 comerciantes nesta iniciativa”, revelou Yau Yun Wah. O director mostrou-se confiante quanto ao aumento de negócios aderentes à medida, podendo ultrapassar uma centena até ao final deste mês, mas realçou que é preciso estudar a eficácia dos descontos, em coordenação com os comerciantes. Quanto à segunda fase dos serviços de apoio à digitalização de pequenas e médios empresas, Yau Yun Wah apontou que nas duas fases foram disponibilizadas 2.000 vagas. Na primeira fase, as autoridades receberam 1.691 candidaturas.
João Luz EventosFotografia | AMAGAO acolhe exposição que reinterpreta a Ásia Oriental É inaugurada esta semana, na galeria AMAGAO, a exposição “EASTASIA TROUGH THE LENS”, que exibe 25 obras de cinco autores que, através da fotografia, reflectem e reinterpretam a riqueza e diversidade das culturas, pessoas e cidades da Ásia Oriental Cores, texturas, jogos de sombra e luz, pessoas e recantos explorados com profundidade, revelando detalhes únicos que distinguem as gentes e culturas da Ásia Oriental, são o ponto de partida para a exposição de fotografia “EASTASIA TROUGH THE LENS”. A mostra será inaugurada na próxima quinta-feira, às 18h30, na galeria AMAGAO no hotel Artyzen Grand Lapa, exibindo 25 trabalhos de cinco fotógrafos que procuram explorar através da fotografia “a riqueza das artes, cidades, pessoas e marcos culturais da Ásia Oriental”, indica a organização do evento num comunicado. Com a curadoria a cargo de Francisco Ricarte, a exposição apresenta trabalhos de fotógrafos que vivem na região da Ásia Oriental: André Carvalhosa, de Portugal, Cássia Shutt, do Brasil, José Sales Marques, de Macau, Manesok Ha, da Coreia do Sul, e Tang Kuok Hou, de Macau. A exposição, patente até ao dia 30 de Novembro, é uma iniciativa da ARTBIZ ASIA, em cooperação com a HALFTONE – Associação Fotográfica de Macau. Segundo a organização do evento, as obras em exibição “incorporam a diversidade e a vitalidade da paisagem cultural da Ásia Oriental, destacando as visões dos artistas e a sua percepção de uma diversidade de lugares como Macau, Hong Kong, Butão e Coreia do Sul”. Os organizadores pretendem que a mostra estimule “um diálogo sobre como a cultura pode moldar sua identidade, intercambio social e padrões de vida da comunidade no mundo interconectado de hoje”. Os dedos da mão Por partes, a série fotográfica “When Darkness Falls” da autoria de André Carvalhosa captura a pulsação de Hong Kong, apresentando a colisão e coexistência do caos e da calma. Citado pela organização da mostra, o autor revela que procurou explorar a tensão poética entre presença e ausência, entre a intensidade humana e os espaços silenciosos que a sustentam. “Com essas fotografias, convido os espectadores a sentirem a quietude dentro do próprio movimento, o eco das multidões que partem, o ritmo das ruas quase vazias enquanto a cidade expira ao final do dia”, afirmou André Carvalhosa. Por sua vez, José Luís Sales Marques lançou-se num “subtil exercício de luz e sombras profundas” que teve como “musa” “A Casa do Mandarim”. “Decidi fotografar em preto e branco e pude apreciar com calma a atmosfera delicada criada pelo seu design de interiores, suavemente iluminado por luz natural e artificial, projectando belas sombras nas paredes austeras”, indicou Sales Marques. Também de Macau, Tang Kwok Hou revisitou fotograficamente a expressão e contrastes visuais da vida nocturna da cidade na série “Fotossíntese”. “Fotossíntese é um dos meus planos de exploração para o meu projecto de observação social. Ao examinar as paisagens nocturnas frias e claras, tentei descobrir como a sociedade contemporânea usa a iluminação para incentivar as pessoas a expandirem suas experiências de vida à noite, bem como a iluminação noturna em espaços públicos confere à cidade um padrão operacional visível”, revelou o autor. Por aí fora A lente da brasileira Cássia Shutt procurou captar a beleza do Butão e das suas gentes, assim como a resiliência silenciosa butanesa na série “The Wisdom of Being”. “As fotos testemunham que o povo butanês quer-se desenvolver, mas sabe, profundamente, que desenvolvimento não é sinónimo de renúncia”, indicou a fotógrafa. Noutra latitude, Manseok Ha focou aspectos culturais do vestuário tradicional da Coreia do Sul, num “exercício de ironia”, indica a organização da mostra. A série fotográfica “Hanbok”, nome de uma vestimenta diária que expressava visualmente género, estado civil, classe e hierarquia social sul-coreana, explora a queda em desuso do vestuário ancestral e o irónico uso por turistas. O hanbok é, hoje em dia, usado apenas ocasionalmente em eventos cerimoniais, como casamentos ou comemorações de primeiro aniversário. No entanto, diariamente no Palácio Gyeongbokgung, outrora um símbolo da autoridade real, visitantes de todo o mundo “caminham pelos jardins do palácio vestidos com hanbok. Outrora um emblema de identidade colectiva e ordem social, o hanbok agora é usado por indivíduos de diversas nacionalidades, etnias e géneros”.