Wynn com quebra de mais de 60%

[dropcap style=’crcle’]W[/dropcap]ynn Macau anunciou na quarta-feira uma quebra de 62,5% nos lucros líquidos do segundo trimestre para 73,6 milhões de dólares norte-americanos. Em comunicado é referido que a Wynn Macau teve uma quebra de 35,8% nas receitas líquidas do segundo trimestre para 617 milhões de dólares, das quais 578 milhões geradas em casinos, menos 36,4% em termos anuais homólogos.
Entre Abril e Junho, a empresa registou um EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 173,4 milhões de dólares, traduzindo uma queda anual homóloga de 43,5%, “principalmente devido à debilidade no sector do jogo”.
O volume de negócios nas mesas de segmento VIP da Wynn Macau caiu 41,1% para 15,5 mil milhões de dólares no trimestre terminado em Junho, altura em que o número médio de mesas para grandes apostas diminuiu de 263 para 247.
Já os ganhos do segmento do jogo de massas da Wynn Macau sofreram uma quebra de 32,9% para 208,6 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, tendo o número médio de mesas registado um aumento de 192 para 223. wynn cotai
Nas operações globais do grupo, a Wynn Resorts obteve receitas líquidas de 1,04 mil milhões de dólares contra 1,41 mil milhões de dólares apurados no segundo trimestre de 2014.
O declínio é atribuído à quebra de 35,8% nas receitas líquidas registadas em Macau e à diminuição de 6,2% dos ganhos nas apuradas em Las Vegas.
Com dois casinos em Macau – Wynn e o Encore – a operadora tem actualmente em construção um resort integrado, com um orçamento global de 4,1 mil milhões de dólares.
O Wynn Palace, localizado no Cotai, deverá abrir portas no primeiro trimestre do próximo ano.
Durante uma teleconferência após a divulgação dos resultados do segundo trimestre do ano pela empresa mãe, nos Estados Unidos, o líder da Wynn, Steve Wynn, afirmou que planeia inaugurar o seu novo empreendimento em Macau em 25 de Março de 2016, de acordo com o portal especializado em jogo GGRAsia.

31 Jul 2015

IFT | Estudantes visitam Portugal para formação

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]studantes do Instituto de Formação Turística (IFT) visitaram Portugal para uma acção de formação nas áreas da Viticultura e Enologia, a convite da ESPRODOURO. O convite da Escola Profissional de S. João da Pesqueira surgiu depois de uma parceria acertada em Macau, na MIF, entre a instituição portuguesa e o IFT.
Durante uma semana de Julho, um grupo de 14 estudantes e um professor frequentaram um workshop sobre vinhos. Mas a viagem não se ficou por aqui.
“A prioridade da ESPRODOURO foi a de mostrar a qualidade e os segredos do vinho do Porto, localmente conhecido por ‘vinho generoso’, e também os vinhos de mesa. Contudo, não era vontade da ESPRODOURO que esta formação se cingisse apenas à descoberta dos vinhos do Douro. Por isso, tentou-se mostrar aos estudantes o património material e imaterial desta região ímpar, tendo como base a paisagem e o Rio Douro, dar também a conhecer os monumentos arquitectónicos do concelho de S. João da Pesqueira”, pode ler-se num comunicado enviado ao HM pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira.
O acordo entre a ESPRODOURO e o IFT foi celebrado em Outubro passado, quando uma delegação do município participou na Feira Internacional de Macau (MIF) e realizou reuniões com algumas instituições locais para eventuais parcerias. No encontro entre o IFT e a ESPRODOURO foi apresentada uma proposta de formação sobre a vinha e o vinho do Douro a ter lugar em S. João da Pesqueira, concelho que já foi representado em feiras de Macau por mais do que uma vez.
“Este projecto teve grande aceitação por parte do IFT e um grupo de estudantes macaenses foi seleccionado para incorporar o primeiro grupo a frequentar esta acção de formação”, explica a Câmara em comunicado, acrescentando que “esta formação se revestiu de uma componente teórica em sala de aula e foi enriquecida em contexto real de trabalho com provas de vinhos, visitas a quintas, vinhas e adegas onde [os alunos] puderam verificar todo o processo produtivo”.
Sendo a cortiça “um componente forte na fase final de engarrafamento dos diferentes tipos de vinho”, os estudantes foram ainda à corticeira de Castanheiro do Sul.
“Puderam ainda apreciar a vida religiosa e mundana, os usos e costumes do povo duriense através das visitas a museus, nomeadamente aos museus etnográfico e de arte sacra de Trevões, e museu do vinho de S. João da Pesqueira. A gastronomia duriense esteve sempre presente e, porque em qualquer processo formativo a componente lúdica deve ser uma constante, foi ainda possível navegar nas águas do Douro. Com esse leque de saberes agora adquiridos, acreditamos que deixaram esta região, Património Mundial da Humanidade, enriquecidos culturalmente”, remata o Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira.

31 Jul 2015

Governo não explica bases para extradição de Wu Quanshen

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Macau capturaram um fugitivo da China continental que estava na lista dos cem mais procurados por Pequim na lista da Interpol, mas entregaram-no ao continente apesar de não haver um acordo de extradição para tal.
Segundo o jornal Ponto Final, Wu Quanshen estava em fuga desde 2012, depois de as autoridades o terem implicado num processo de corrupção. Foi membro do Partido Comunista Chinês e acabou por ser capturado numa operação conjunta das polícias de Macau e da China. O jornal, que cita o China Daily, adianta que Wu Quashen, de 59 anos, foi escoltado de volta à China. Contudo, Macau e a China continental não têm ainda um acordo de cooperação judiciária ao nível da extradição de prisioneiros em fuga, o que não permite a entrega destes. Ainda segundo o Ponto Final, há até duas decisões de tribunais de Macau que indicam expressamente que os prisioneiros não podem ser entregues à China.
O HM quis saber com que bases as autoridades de Macau prenderam o homem e o entregaram, mas, numa resposta por email, o Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, disse apenas que, para saber mais informação, teria de ser contactada a Secretaria para a Segurança. Tal não foi possível devido ao avançado da hora. Sónia Chan é quem tem mantido as negociações com Hong Kong sobre um acordo semelhante e é também quem anunciou que estava em marcha uma cooperação neste sentido com a China.

30 Jul 2015

Veículos | Aumento de imposto também para autocarros dos casinos

As medidas em análise pelo governo visam, segundo a DSAT, controlar o número de viaturas em circulação. Os veículos dos casinos também não devem escapar ao aumento de impostos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]umentar o imposto sobre os veículos motorizados e eliminar a actual isenção de imposto para os autocarros gratuitos de empresas privadas são duas das medidas em análise na proposta de revisão do respectivo regulamento. “O imposto sobre os veículos motorizados pode ser aumentado e a isenção do imposto dos autocarros gratuitos dos casinos e hotéis pode vir a ser eliminada”, revela o Governo numa resposta ao deputado Chan Meng Kam. A revisão, dizem os Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), está já concluída, ficando apenas alguns pormenores por decidir. Na resposta a uma interpelação do deputado, o director substituto da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Chiang Ngoc Vai, defende que vai, através das medidas e técnicas económicas e do regime jurídico, controlar o aumento do número de veículos em circulação. É necessário, de acordo com Chiang, efectuar uma actualização das percentagens de cobrança de imposto, uma vez que este se encontra em vigor há mais de 20 anos.
“A Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) já concluiu a proposta da revisão do Regulamento do imposto sobre veículos motorizados, onde sugere ajustar o imposto em relação à compra, obtenção e utilização dos veículos, eliminando os de uso turístico fora do âmbito da isenção do imposto. Prevê-se que a proposta da revisão do Regulamento do imposto sobre veículos motorizados entre em processo legislativo no terceiro trimestre deste ano”, revelou a DSF.
Questionário
Numa interpelação escrita o deputado Chan Meng Kam, questionou se o Governo tem um planeamento para controlar o aumento de veículos em Macau, e se considera aumentar o imposto da importação e o limite de compras, assim como eliminar a medida de isenção de imposto de veículos das operadoras de Jogo e dos hotéis. Além disso, Chiang referiu que vários departamentos já levaram a cabo os trabalhos relativos à diminuição do período dos exames de veículos de dez para oito anos, acelerando a eliminação de veículos de alta poluição. Tais factores, se coordenados com a abertura do novo centro de exames no Cotai, em 2016, podem ajudar a implementar uma nova regra que exige a realização de exames de condução para carros e motociclos ligeiros e pesados.

30 Jul 2015

Alan Ho | Processo ainda na fase de inquérito 

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]caso de prostituição que alegadamente envolve Alan Ho, director dos hotéis da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), está ainda na fase de inquérito. Ao que o HM apurou, através do Ministério Público, ainda não é público quem são os arguidos que vão ser julgados. O HM quis saber em que fase estava o processo e quantas pessoas estariam sob acusação, mas o MP disse não poder dar mais informações devido “ao segredo de justiça”. Questionado sobre a fase em que os casos podem ser tornados públicos, bem como os nomes dos réus, o MP explicou que o referente a Alan Ho ainda não atingiu essa fase. “Durante a fase de inquérito, o processo penal está sujeito ao princípio do segredo de justiça, só se tornando público apartir do despacho de pronúncia ou do despacho que designa dia para a audiência”, remata o MP.
Alan Ho foi detido pela polícia em Janeiro deste ano por alegadamente gerir uma rede de prostituição. O sobrinho do magnata Stanley Ho foi preso pelas autoridades em conjunto com 96 mulheres e cinco funcionários do Casino Lisboa, onde a actividade acontecia.

30 Jul 2015

Prostituição | Lenocínio vai ser revisto no CP. Distribuição de panfletos vai ter de esperar

Na revisão aos crimes sexuais inscritos no Código Penal, o Governo quer também rever os artigos relacionados com lenocínio e prostituição. Alterações ao regime que regula a distribuição de panfletos – polémico pela diferente interpretação da lei – não são para agora

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo vai incluir na revisão do Código Penal alterações ao crime de lenocínio. A garantia é dada através de uma resposta à deputada Chan Hong, assinada pelo Chefe Substituto do Gabinete do Secretário para a Segurança, onde é ainda garantido que vai haver uma auscultação pública sobre a distribuição de material obsceno, ainda que não para já.
A deputada questionou o Executivo sobre a revisão dos crimes de controlo de prostituição e lenocínio e a resposta – feita em conjunto com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ), PSP, PJ e Direcção dos Serviços de Reforma Jurídica e do Direito Internacional (DSRJDI) – é clara: o Executivo quer incluí-la nas alterações que vão ser feitas ao Código.
“Atendendo à tendência de desenvolvimento conjunto dos respectivos crimes, a DSRJDI já iniciou o trabalho de revisão sobre a matéria dos crimes sexuais, nomeadamente as normas relacionadas com o lenocínio de prostituição”, pode ler-se no documento a que o HM teve acesso.
A DSRJDI já terá, inclusive, contactado autoridades policiais, tribunais e advogados para perceber o que falha na “aplicação prática” da lei. “E para ouvir as opiniões sobre a revisão da respectiva lei”, acrescenta.
O Executivo relembra ainda que a consulta pública sobre a revisão do Código Penal no que aos crimes sexuais – como o assédio – diz respeito começa na segunda metade do ano, tal como indicou já o HM, mas não avança calendário. A resposta é datada de Junho, mas só agora foi disponibilizada em Português.

[quote_box_left]“Atendendo à tendência de desenvolvimento conjunto dos respectivos crimes, a DSRJDI já iniciou o trabalho de revisão sobre a matéria dos crimes sexuais, nomeadamente as normas relacionadas com o lenocínio de prostituição”[/quote_box_left]

O que é pornografia?

O conceito de pornografia continua a confundir os aplicadores da lei em Macau. Os juízes do mesmo tribunal julgam de forma diferente os casos de distribuição de folhetos de publicidade às casas de massagens, onde as mulheres aparecem em biquíni. Para alguns, quem distribui isso tem de ser acusado de distribuição de material pornográfico e obsceno, para outros não.
Mas, também a DSAJ se mostra confusa sobre o tema. Por isso mesmo, avança com o anúncio de uma consulta pública à lei que regula a Venda, Exposição e Exibição Públicas de Material Pornográfico e Obsceno. Mas com reservas.
“Após considerações rigorosas, a DSAJ (…) entende que deve continuar a proceder-se, profunda e sistematicamente, a uma avaliação e estudo sobre a respectiva legislação, aguardando que suja o tempo oportuno para a revisão, após que será lançada consulta pública”, começa por apontar a resposta a Chan Hong. “Na realidade, o que significa pornográfico? A [definição] do conceito está dependente do tempo, do local, da cultura, da opinião pessoal e dos limites da tolerância da sociedade”, explica ainda, defendendo que o conceito da lei actual – ‘noção de ofensa ao pudor público ou a moral pública’ – teve isso mesmo em conta.
O Executivo diz ainda que há que ter em conta primeiro precisamente a revisão dos crimes de lenocínio e exploração de prostituição e a Lei da Criminalidade Organizada. “Os trabalhos de revisão [sobre a lei da distribuição de folhetos pornográficos] carecem de uma boa articulação entre os diversos diplomas a fim de que haja coerência entre os diversos regimes e resulte racionalizada a política criminal em geral.”
Os deputados, recorde-se, já propuseram a revisão deste regime diversas vezes.

De olho

Chan Hong quis ainda saber se há medidas de combate aos grupos relacionados com o controlo de prostituição e o Executivo assegura que sim. Apesar de admitir que as redes mudam de ‘modus operandi’ muito rapidamente, o Governo relembra os recentes casos de desmantelamento de redes destas, como no caso de Alan Ho, e diz ter meios. Meios que incluem a cooperação transfronteiriça.
“Atendendo a que a maior parte das redes de exploração de prostitutas estão relacionados com crimes transfronteiriços, a polícia procede a trocas de informações com as regiões vizinhas (…).”

29 Jul 2015

Aeroporto | CAM vai “estudar” como pagar empréstimo ao Governo. RAEM tenta recuperar activos da Viva Macau

Os anos vão passando e a CAM continua sem conseguir pagar o empréstimo contraído ao Governo. A empresa promete agora dar início a um estudo sobre como o pode fazer. Entretanto, o Governo vai também tentar descobrir outras formas de recuperar outro empréstimo feito, este à Viva Macau

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Companhia do Aeroporto de Macau (CAM) vai estudar uma forma de devolver o dinheiro que lhe foi emprestado ao Governo. Isso mesmo garante o director substituto dos Serviços de Economia (DSE) numa resposta a uma interpelação do deputado Leong Veng Chai sobre o assunto, onde é admitido que a empresa ainda não tem receitas suficientes para pagar o empréstimo de mais de dez mil milhões de patacas que contraiu com o Governo.
“Desde a entrada em funcionamento do aeroporto, embora tenha sido verificado um aumento estável em voos e passageiros, a CAM ainda não consegue reembolsar os empréstimos, uma vez que os empréstimos de enorme valor contraídos na fase inicial constituem um encargo financeiro muito pesado para a companhia”, pode ler-se no documento assinado por Tai Kin Ip, datado de finais de Junho e só agora disponível em Português.
O responsável assegura que a CAM “vai iniciar um estudo ainda este ano para definir o plano de reembolso dos empréstimos dos sócios” e afirma ainda que a Direcção dos Serviços de Finanças e a Autoridade de Aviação Civil (AACM) estão a acompanhar o assunto.
Desde 2012 que a justificação do Governo se repete: a CAM não tem capacidade financeira para pagar ao Executivo. Neste ano, na Assembleia Legislativa, Lau Si Io, ex-Secretário para os Transportes e Obras Públicas, respondia assim a José Pereira Coutinho. O deputado, à semelhança de Leong Veng Chai, agora seu número dois no hemiciclo e que levantou a questão em Abril deste ano, teceu já diversas críticas sobre este empréstimo, pelo facto do dinheiro ter saído de cofres públicos.
O Governo emprestou à Sociedade do Aeroporto 17 mil milhões de patacas para que fosse possível construir o aeroporto e para a sua fase inicial de operações. Contudo, não foi esta a única fonte de receitas para a infra-estrutura, sendo que a empresa pediu também empréstimos bancários a diversas entidades, além do dinheiro que veio de sócios, que são, além do Governo, a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau e o empresário Ng Fok.
Em 2012, a empresa anunciou ter liquidado todas as dívidas com os bancos. O sucesso foi fruto de uma decisão dos accionistas em criar acções resgatáveis no valor de 19 milhões de patacas. Destas, 67% foram adquiridas pelo Governo, como disse a AMCM em resposta ao HM em 2013, e 33% pela STDM.
No ano passado, as receitas da CAM atingiram os 1,05 mil milhões de patacas, correspondendo a um aumento de 13,8%. A sociedade investiu 200 milhões de patacas em infra-estruturas nesse ano, em que o número de passageiros aumentou e a empresa admitia estar a atingir o limite de capacidade.  

[quote_box_right]“Sobre a recuperação dos empréstimos da Viva Macau, (…) o Governo já encarregou o advogado de apurar os activos do fiador dos empréstimos em Hong Kong no sentido de estudar outros planos de recuperação”[/quote_box_right]

Viva Macau: outros planos

Na mesma resposta de Tai Kin Ip, é ainda referido que o caso de empréstimos à Viva Macau continua por resolver, mas o Executivo vai estudar outras formas de recuperar o dinheiro. Atribuídos pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (FDIC), entre 2008 e 2009, os empréstimos serviram para evitar que a empresa fosse à falência e se acabasse, assim, com uma das duas companhias áreas do território.
O responsável da DSE explica que todo o dinheiro foi investido na altura em projectos de melhoria, algo comprovado, diz o Executivo, com a apresentação de relatórios da empresa. Mas, dos 200 milhões de patacas, ainda nada se sabe, pelo que o Governo pode ir por outros caminhos.
“Sobre a recuperação dos empréstimos da Viva Macau, encontra-se actualmente em procedimentos judiciais e o Governo já encarregou o advogado de apurar os activos do fiador dos empréstimos em Hong Kong no sentido de estudar outros planos de recuperação”, pode ler-se na resposta a Leong Veng Chai.

[quote_box_left]“A CAM ainda não consegue reembolsar os empréstimos, uma vez que os empréstimos de enorme valor contraídos na fase inicial constituem um encargo financeiro muito pesado para a companhia”[/quote_box_left]

Rever para vencer

Entretanto, o Governo admite que já elaborou mais medidas para evitar casos semelhantes no que aos empréstimos diz respeito. Por exemplo, o responsável da DSE garante que, actualmente, “alguns apoios já têm mecanismos de apreciação independentes”. Mas não só.
“Para assegurar a recuperação dos créditos do Governo, alguns apoios exigem ainda a prestação da garantia por parte dos beneficiários. Mais, após a concessão do apoio, o Governo acompanha a aplicação da verba de apoio (…) exigindo aos beneficiários que apresentem o relatório detalhado da aplicação da verba (…) e respectivas facturas.”
O Governo compromete-se ainda a rever a forma como são feitos os trabalhos de fiscalização dos apoios financeiros concedidos, mas não dá detalhes sobre como será feita esta revisão.

28 Jul 2015

Música | Artistas locais apresentam livro e novos álbuns na FRC

São três jovens que actuam juntos e, pela primeira vez, lançam-se em obras a solo. Josie Ho, Hyper Lo e AJ apresentam em Agosto um livro e dois álbuns na Fundação Rui Cunha

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s três músicos de Macau Josie Ho, Hyper Lo e AJ vão lançar um livro e novos álbuns a solo já no próximo mês de Agosto. O evento acontece na Fundação Rui Cunha, onde os três vão também actuar ao vivo.
Os artistas fazem parte da editora SP Entertainment. Os músicos ficaram mais recentemente conhecidos por terem dedicado um tema ao lutador KK Ng, de Macau, sendo que, agora, se estreiam a solo.
Josie Ho escolheu o nome “Ho Chi Cheng” para o seu primeiro disco, sendo este aliás o seu nome em Chinês. O objectivo é mostrar-se a si própria através da música que faz. A cantora de Macau incorpora diferentes estilos, tanto ao nível do que produz sonoramente, como da sua própria imagem.
“Josie tem diferentes ‘looks’, que demonstram as várias facetas da sua personalidade, ao mesmo tempo que mostra o quão versátil se tornou”, começa por apontar a editora em comunicado. “Não só os fãs vão adorar, como também os ‘fashionistas’ vão apreciar a quantidade de trabalho que a sua equipa tem colocado no seu estilo.”
Não faz muito tempo que a cantora se juntou à SP Entertainment, mas a sua qualidade e reputação enquanto cantora e MC já “é evidente”, como se pode ler no documento.

Juntar culturas

Já AJ vai trazer a palco e dentro do seu CD a solo a fusão entre o Chinês e o Português. O músico é de origem macaense e pretende com o seu primeiro álbum aproximar mais as duas culturas.
“AJ quer mostrar e promover o seu background macaense, incorporando no seu álbum ‘Macanese’ elementos de azulejos, no seu estilo e design, mas também tentando misturar a Língua Portuguesa no Canto-Pop”, indica a SP. “A fusão das diferentes culturas e as características sensoriais vão sem dúvida proporcionar uma experiência refrescante às audiências das regiões vizinhas.”
AJ envolveu-se na composição musical recentemente, produzindo não só para si, mas para outros cantores.
Hyper Lo não se ficará, agora, apenas por Macau. O cantor, tido como “um artista de muitos talentos”, foi convidado para falar sobre a sua jornada de Hong Kong a Londres… de carro.
“Ele reconta os 45 dias da sua jornada e partilha as suas experiências no seu novo livro de viagens intitulado ‘My Driving Experience from Hong Kong to UK’”, indica a empresa de entretenimento.
Hyper tem já singles lançados ao longo dos anos, sendo que, no livro, apresenta um álbum com 12 das suas músicas.
Os três artistas vão estar na Fundação Rui Cunha no dia 4 de Agosto, pelas 15h00. O evento será a cerimónia oficial para o lançamento das novas obras, sendo que haverá, além da actuação ao vivo, uma sessão de autógrafos. A entrada é livre. J.F.

28 Jul 2015

Património | Instituto Cultural tem cinco profissionais

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) conta com uma equipa de cinco profissionais que se dedicam especificamente ao património. De acordo com dados disponibilizados numa resposta ao HM, o instituto ainda pretende contratar mais profissionais.
“Há cinco membros na equipa de conservação do Instituto Cultural neste momento. Estes incluem um [técnico de conservação], químicos, um inspector de património e um instrutor técnico”, explica o IC. Numa resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, em Março deste ano, o presidente do IC, Guilherme Ung Vai Meng, tinha referido que o instituto conta com uma equipa de restauro dotada de qualificação técnica para a execução das tarefas de salvaguarda do património. turistas património
“Quanto à formação de quadros na área de restauro do património, o IC tem constituído, mediante a realização de cursos de formação nos últimos anos [a equipa],” podia ler-se na resposta ao deputado. O IC manifestou vontade de vontade de aperfeiçoar a formação e o equipamento profissional dessa mesma equipa, algo que poderá passar pela contratação de mais pessoas.
“De forma a assegurar a sustentabilidade do nosso património no futuro, é essencial construir e enriquecer a mão-de-obra na área da conservação, de forma a que consigamos atender às necessidades de manutenção da crescente lista de património”, responde o IC ao HM.

28 Jul 2015

Parquímetros de seis patacas à hora em Setembro

A partir de Setembro os parquímetros vão passar a ter tarifas de seis patacas por hora. A aplicação de três tarifas diferentes foi ontem publicada em despacho no Boletim Oficial (BO), sendo que os utilizadores dos parques de estacionamento podem ainda optar por um lugar a uma pataca por cada período de meia hora, com a duração máxima de duas horas, ou de uma pataca por cada hora, com a duração máxima de cinco horas. Com esta medida, a DSAT diz “aumentar a disponibilidade dos lugares de estacionamento providos de parquímetros destinados a automóveis ligeiros nas vias públicas”, por via da rotatividade de lugares. Serão prioridade, numa primeira fase, as zonas dos NAPE, Praia Grande e Taipa. A revisão do plano terá lugar seis meses depois da sua implementação.

28 Jul 2015

Trabalho | Taxa de desemprego a 1,8%

A taxa de desemprego atingiu os 1,8% entre Abril e Junho deste ano, um número semelhante ao período anterior, de Março a Maio, que subiu apenas 0,1%. A população empregada diminuiu, assim, ligeiramente, fixando-se em 398.300 pessoas, “tendo diminuído 200 pessoas em comparação com o período transacto”. Depois de Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, ter dito que a taxa de desemprego poderá subir pelo menos até 2%, os dados da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos mostram ainda que, até final do mês passado, o total da população desempregada era composto por 7200 indivíduos, sendo também semelhante à registada anteriormente. Contudo, houve mais pessoas à procura do primeiro emprego – 9,5% do total dos desempregados procurou trabalho, um aumento de 3,6%. Dentro da taxa geral de desemprego, a referente aos residentes atingiu 2,5%.

28 Jul 2015

Edifício a cair na Rua dos Mercadores

As autoridades fecharam ontem a Rua dos Mercadores devido à queda de pedaços da fachada da Farmácia Chinesa Man Cheong Tong. O edifício em si não está registado como tendo valor patrimonial, nem está na delimitação da zona de protecção, mas a sua fachada “é característica e está enquadrada na zona de protecção da qual faz parte a Rua dos Mercadores, possuindo um certo valor artístico e arquitectónico”, como explica o Instituto Cultural ao HM. “O pessoal do IC dirigiu-se ao local e encontrou [partes da fachada] espalhado no chão. [A PSP], por considerações de segurança pública, levou a cabo a colocação de uma vedação no local. Após a inspecção do pessoal da DSSOPT, considera-se que não existe situação de risco na estrutura do edifício. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) irá contactar o proprietário da instalação publicitária, a fim deste proceder ao seu restauro o mais rápido possível”, indica ainda o instituto.

28 Jul 2015

Ensino | Secretário assegura que educação não vai sofrer cortes

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]exis Tam assegurou que a educação não vai sofrer cortes, apesar da quebra das receitas do Jogo. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura visitou escolas locais que aderiram à rede de ensino gratuito e pediu, em comunicado, que as instituições “definam um planeamento adequado” para o futuro.
As escolas visitadas pelo responsável do Governo são local de ensino para crianças que, na sua maioria, são de famílias de classe baixa de Macau, tendo, por isso, necessariamente de contar com o apoio do Governo. Alexis Tam mostrou-se satisfeito com as políticas implementadas pelas escolas.
“O ambiente escolar, o nível dos docentes e a qualidade de ensino conheceram progressos significativos, os quais mereceram aceitação pelos encarregados de educação”, começa por salientar o Gabinete de Alexis Tam em comunicado, citando o Secretário, que quer que as escolas “aproveitem os recursos tendo em conta o desenvolvimento social e a mudança demográfica no futuro, por forma a melhorar a qualidade do ensino”.
Na visita à Escola dos Moradores do Bairro do Patane, Tam admitiu que, por se situar num bairro antigo, as instalações podem ser melhoradas, pelo que o Secretário sugeriu à escola que peça a colaboração de um arquitecto profissional “para conceber um plano de embelezamento do ambiente escolar”. Tam assegurou que o Governo vai criar condições necessárias para a optimização de infra-estruturas das escolas locais com vista a que as crianças gostem da escola. O apoio na educação, assegura Alexis Tam, não vai sofrer com quaisquer cortes.
“O Governo coloca o desenvolvimento de educação numa posição prioritária e que não reduzirá os recursos a ser investidos”, pode ler-se no comunicado, que indica ainda que o Fundo de Desenvolvimento Educativo tem contribuído para melhorar o ambiente escolar através de obras de grande envergadura.
Tam comprometeu-se ainda a estudar, em conjunto com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, soluções para a cada vez maior procura de vagas nas escolas.

27 Jul 2015

Economia | Receitas de Julho poderão ditar mais austeridade

Receitas a cair abaixo do limite inicialmente imposto pelo Governo podem originar medidas de austeridade. É o que prevê o Secretário para a Economia e Finanças, que fala também na hipótese de aumento da taxa de desemprego

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo poderá ter de implementar mais medidas de austeridade e Lionel Leong e Chui Sai On vão reunir no início de Agosto para debater a situação económica do território. A confirmação foi feita pelo Secretário para a Economia e Finanças, que avançou a hipótese de as receitas do Jogo continuarem a descer.
O Executivo já tinha afirmado que, caso as receitas descessem ao limite dos 18 mil milhões de patacas, haveria um apertar do cinto e, neste mês, a previsão não parece ser muito optimista.
“É comum as receitas do Jogo subirem mil milhões de patacas em relação ao mês de Junho, no mês de Julho. Mas, estima-se que as receitas não irão subir este mês como o período homólogo dos anos anteriores”, começou por frisar Lionel Leong, citado em comunicado. “Por esta razão, o Governo prevê que as receitas do mês de Julho serão abaixo dos 18 mil milhões de patacas.”
Leong ainda se mostra optimista com a chegada de mais turistas a Macau que podem, diz, fazer com que as receitas ascendam aos 18,35 mil milhões de patacas. Caso não seja atingido este valor, contudo, o Governo já prepara reuniões para discutir propostas de austeridade.
“Um encontro sobre essa questão terá lugar no início de Agosto com o Chefe do Executivo. Vamos ter uma reunião antes de tomarmos medidas de austeridade”, frisou o Secretário em declarações citadas pela TDM.

Emprego variável

Lionel Leong admite que a taxa de desemprego também possa vir a ser afectada, mostrando tendências de subida, mas assegura que o mercado de trabalho ainda é favorável no território.
“De um modo geral, o ambiente do mercado de emprego encontra-se ainda saudável e optimista. Pelo que o Secretário apela aos jovens que tomem mais conhecimento sobre o ambiente do mercado de emprego para melhor planear o seu futuro”, pode ler-se no comunicado, que cita Lionel Leong em declarações na Expo de Carreiras para os Jovens. “Não se pode garantir que a taxa de desemprego não vá subir, mas será baixa. Até porque mesmo que atinjamos 2%, é mais baixo que nas regiões vizinhas.”
O Secretário pede que os jovens não se foquem apenas no sector do Jogo, mas também noutras áreas, uma vez que acredita que vão aumentar os postos de trabalho no sector extra-jogo. Numa mensagem de incentivo num encontro com os jovens, Lionel Leong aconselhou os mais novos a planearem bem o seu futuro no mercado de trabalho.

27 Jul 2015

Padre João Clímaco | Empresário condenado a quatro anos de cadeia

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Tribunal de Segunda Instância (TSI) condenou o empresário Teng Man Lai, ligado ao terreno na Rua Padre João onde os vendilhões têm negócios, a uma pena de prisão. A decisão surge depois do Tribunal Judicial de Base ter absolvido o homem no caso que ficou conhecido como “Tou Fa Kón”.
A sentença da Segunda Instância dá-se após um recurso interposto pelo Ministério Público e pelo assistente do caso. O caso remonta a 2011, quando os vendilhões acusaram o empresário de lhes cobrar rendas e passar recibos falsos como detentor do lote. O terreno junto ao Mercado Vermelho era público até que, em 2009, o empresário pediu a saída dos vendilhões alegando que, em 2004, conseguiu obter o terreno através de “posse pacífica”. Em 2011, o IACM deixou de emitir licenças aos vendilhões.
O TJB assegurou que não havia provas suficientes, mas o recurso do MP e de Miu Fong Tak fez o TSI pensar de forma diferente.
O tribunal acabou agora por condená-lo pelo crime de burla agravada e condená-lo a quatro anos de prisão.

Ganha o Estado

Com esta decisão, e apesar do terreno ter sido vendido por Teng Man Lai a um outro empresário que iria construir prédios de habitação e comerciais, o lote de 379 metros quadrados passa a ser propriedade do Governo
“A RAEM pode exercer todas as faculdades legalmente conferidas sobre o terreno em causa que é propriedade do Estado, [como] determinar a integração deste terreno do Estado no domínio público ou no domínio privado, proceder ao registo dos direitos, remover as obras de outrem porventura existentes no terreno e pedir ao construtor ou dono da obra o pagamento das despesas resultantes da remoção”, pode ler-se no resumo que acompanha o acórdão.
O TSI diz ainda que os vendilhões “prejudicados pela burla praticada pelo arguido podem propor acção cível” contra Teng Man Lai, pedindo o pagamento de indemnizações pelos danos patrimoniais. O empresário já disse que vai recorrer da decisão.

27 Jul 2015

Habitação Pública | Exames à água demonstram qualidade

O vice-director substituto do Instituto de Habitação (IH), Chan Wa Keong, afirmou que, para já, pelos menos 1/3 das fracções de habitação pública demonstra ter água que corresponde aos padrões de higiene. Depois do escândalo em Hong Kong, onde foi detectada a existência de água com elevados níveis de chumbo nas habitações públicas, o Governo começou a fazer exames à qualidade da água em mais de 50 edifícios públicos construídos desde 2007. Segundo o Jornal do Cidadão, Chan Wa Keong referiu que já foram concluídas as análises a um terço dos edifícios, cerca de 15 prédios, e o resultado preliminar da qualidade de água “corresponde ao critério da Organização Mundial de Saúde (OMS)”. Actualmente já foram examinados os prédios da Ilha Verde, Fai Chi Kei, Mong-Há e uma parte da habitação pública de Seac Pai Van. O vice-director substituto referiu que, como o número de habitação pública é grande e há poucos recursos humanos, é necessário mais tempo para concluir os restantes exames.

27 Jul 2015

Operação Trovoada | Mais de uma centena na esquadra

Cerca de 124 pessoas foram levadas para a esquadra da polícia no âmbito da operação Trovoada 15 – uma operação conjunta entre Macau, Hong Kong e Guangdong, que pretende combater as seitas e o crime organizado. Na noite de sexta-feira, segundo a TDM, participaram nas operações mais de 200 membros da Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária. No total foram sujeitas a identificação 1617 pessoas. Há a registar 14 pessoas – 13 chineses e um filipino – em situação de excesso de permanência. Dois vietnamitas estarão em situação ilegal no território. A operação vai prolongar-se por três meses. 

27 Jul 2015

EPM | Preso da China morreu no hospital

Um recluso do Estabelecimento Prisional de Macau (EPM), oriundo da China continental, morreu no hospital vítima de tuberculose óssea vertebral (infecção por tuberculose do sistema nervoso central) e pneumonia.
Segundo um comunicado, o homem estava sujeito a baixa hospitalar desde 30 de Março, devido à doença e, na noite de sexta-feira, acabou por sofrer uma paragem respiratória, que originou a morte. O recluso, de apelido Li, tinha 31 anos e estava preso por crimes de furto qualificado, danos, furto de veículo e uso de documento alheio. Estava ainda em prisão preventiva, desde 18 de Março. Conforme o registo clínico do EPM, o homem teria sido alvo de uma intervenção cirúrgica no continente, sendo que, meio ano depois da operação, começou a sentir repetidamente dores nas costas e nos membros inferiores. Durante o internamento hospitalar já em Macau, foi-lhe diagnosticada tuberculose óssea vertebral. O homem foi colocado em ventilação mecânica desde o dia 6 de Julho.
Os familiares, que o EPM assegura estarem a ser apoiados, nunca conseguiram visitar o preso, devido a questões relacionadas com o visto.

27 Jul 2015

Simulacro | Macau “consegue” responder a acidentes graves

Foram 200 feridos e 600 participantes. Mas Macau está preparado para responder a eventuais casos graves de incidentes e desastres. É este o balanço do simulacro “Operação Marte” realizado na passada sexta-feira e considerado o maior desde a transferência de soberania. Foi simulado um incêndio durante um espectáculo no Fórum Macau, que durou cerca de três horas. A coordenação foi feita por Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, responsáveis dos Serviços de Saúde e entidades de protecção civil. Segundo um comunicado, Alexis Tam considerou que “o Governo deve assegurar que Macau tem capacidade para responder aos desastres de grande dimensão, como por exemplo, eventuais catástrofes naturais, ataques terroristas, acidentes marítimos ou de aviação”, por se tratar de uma “cidade internacional de turismo, com alta densidade populacional”.
Para o Secretário, a RAEM “possui há muito tempo um mecanismo de coordenação inter-serviços na resposta a desastres de grande dimensão e possuí capacidade de salvaguarda e socorro, sendo suficientes os profissionais de saúde e o número de camas para darem resposta a desastres similares a este simulacro”.
O simulacro decorreu “de forma satisfatória ao nível de preparação, coordenação e execução da triagem dos exames dos feridos, atendimento de vítimas, aconselhamento psicológico e apoio prestado a familiares dos feridos”.

27 Jul 2015

GRH | Fusão com DSAL não corta recursos humanos

O director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Wong Chi Hong, defendeu que não vai cortar ou aumentar a mão de obra mesmo que o Gabinete para os Recursos Humanos (GRH) seja fundido com a DSAL. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Wong referiu que os recurso humanos dos dois organismos vão ser necessários e que serão mobilizados para os departamentos administrativos e tesourarias dos dois organismos, quando estes passarem a ser apenas um departamento. Wong Chi Hong garante ainda que vai consolidar os trabalhos do organismo de acordo com as necessidades sociais, justificando até que, como a economia não está muito positiva, é necessário salvaguardar os empregos. O director disse acreditar que a fusão serve para melhorar a estrutura das funções do Governo, assim como pode vir a ajudar nos serviços de recrutamento de trabalhadores locais e não residentes, uma vez que as funções dos dois organismos vão deixar de se sobrepor.

26 Jul 2015

TNR | Mais de 300 ilegais no primeiro semestre

Nos primeiros seis meses do ano foram detectados 332 trabalhadores ilegais, em operações de inspecção realizadas pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Os dados avançados ontem pela PSP indicam que, no total, foram realizadas 1543 operações de fiscalização, sobretudo em obras da construção civil, residências e estabelecimentos comerciais e industriais.

26 Jul 2015

TV Cabo | Governo tem mesmo de pagar 200 milhões

O Governo vai ser mesmo obrigado a pagar 200 milhões de patacas à TV Cabo Macau pelos prejuízos que causou ao aceitar a retransmissão ilegal de canais, quando a empresa tinha um contrato de exclusividade. A decisão vem do Tribunal de Segunda Instância (TSI) e é irrecorrível, avançava ontem o jornal Ponto Final. O recurso contra a TV Cabo foi julgado a 9 de Julho – mas nem a informação foi divulgada, nem o acórdão tornado público.
O conflito entre a empresa e o Executivo, recorde-se, ficou resolvido em Dezembro de 2012, com uma decisão do tribunal que condenou a RAEM ao pagamento de uma indemnização de 200 milhões de patacas. O Governo ainda tentou não pagar o montante, mas o tribunal não lhe deu razão. O tribunal arbitral concluiu que a TV Cabo sofreu prejuízos de 238 milhões de patacas, por causa dos anteneiros, as companhias que durante 15 anos captaram e distribuíram ilegalmente sinais televisivos por subscrição, com conhecimento público, mas que daquele valor deveriam ser subtraídos 38 milhões de patacas porque a TV Cabo podia ter processado a RAEM mais cedo e porque o principal accionista da empresa é também o sócio maioritário da Kong Seng, um dos grandes anteneiros de Macau, como relembra o Ponto Final. O TSI não só entende que o tribunal arbitral teve os dois factos “em boa conta”, como diz que quem teria legitimidade em contestar esta parte da decisão era a concessionária e nunca o Governo. O desfecho da batalha judicial surge depois de Governo e TV Cabo terem, em Abril de 2014, renovado o contrato de concessão por mais cinco anos, com a empresa a perder o monopólio que detinha desde 1999.

26 Jul 2015

Jogo | Mais de uma centena de pedidos de exclusão

A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) registou, entre Janeiro e Junho, 183 pedidos de exclusão de acesso aos casinos, valor que representa quase dois terços (65,3%) do total apresentado em 2014.
Do total, 168 pedidos foram de auto-exclusão (ou 91,8%), enquanto os restantes 15 submetidos a pedido de terceiros, de acordo com dados publicados no site da entidade reguladora. No primeiro trimestre foram apresentados 89 pedidos, enquanto no segundo 94. A manter-se o ritmo de pedidos de exclusão no segundo semestre do ano, o total de 2015 vai superar amplamente o contabilizado no cômputo de 2014. Actualmente representa dois terços.
Em 2014 foram submetidos 280 pedidos contra os 276 de 2013. Ao abrigo da lei que condiciona a entrada, trabalho e jogo nos casinos, o director da DICJ pode interditar a entrada em todos os casinos, ou em apenas alguns, pelo prazo máximo de dois anos, às pessoas que o requeiram ou que confirmem requerimento apresentado para este efeito por cônjuge, ascendente, descendente ou parente em segundo grau.

26 Jul 2015

Segurança | Novo Macau envia carta a diplomatas da União Europeia sobre software da PJ e CCAC

Depois de uma queixa ao MP, surge uma carta enviada directamente à fonte: os activistas da Novo Macau pedem à UE que tenha precauções extra quando permite a venda de material de ciber-espionagem a Macau, porque o Governo “abusa destes produtos” além do âmbito legal

[dropcap style= ‘circle’]A[/dropcap]Associação Novo Macau (ANM) enviou uma carta à União Europeia (UE) a pedir que haja mais cuidado na venda de material de segurança cibernética a Macau. O documento, enviado aos cônsules-gerais dos estados membros da UE, surge após a denúncia da Wikileaks sobre a compra deste material a uma empresa italiana e após uma denúncia da Associação ao Ministério Público.
Num comunicado enviado aos jornalistas, e assinado pela direcção da Associação, a Novo Macau evoca o que diz ser uma aplicação arbitrária da lei e o abuso de poder do Executivo, acusando até o Executivo de utilizar estes produtos constantemente de forma ilegal.
“O Governo de Macau é notoriamente conhecido por banir arbitrariamente jornalistas baseados em Hong Kong, académicos e activistas de visitar [o território]. Jornalistas e activistas de Macau também já se queixaram de terem sido alvo de vigias por parte das autoridades e de serem colocados sob custódia por consequência de exercerem a sua liberdade de expressão”, começa por apontar a carta.
Devido a isto, a Novo Macau pede que a UE informe as autoridades europeias da possibilidade de existir um abuso ainda maior quando Macau adquire produtos de software que podem ajudar nestas vigias.
“Se a exportação destes produtos de vigilância com capacidades intrusivas são regulados e controlados nos vossos países, pedimos que informem as autoridades do país [que vende o material] da possibilidade de abuso desses produtos pelas autoridades policiais e pelo Governo de Macau. O software com capacidades que excedem o âmbito legal de investigação criminal não tem sido, de forma alguma, utilizado legalmente pelo Governo de Macau.”

[quote_box_left]“O software com capacidades que excedem o âmbito legal de investigação criminal não tem sido, de forma alguma, utilizado legalmente pelo Governo de Macau” – Novo Macau[/quote_box_left]

Além da lei?

Recorde-se que, na semana passada, a Wikileaks dava conta que a Polícia Judiciária (PJ) e o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) mantiveram negociações, desde Fevereiro de 2012 e pelo menos até ao final de 2014, sobre a aquisição de software de ciber-espionagem. O interesse por parte do CCAC em 2013 foi avançado pelo jornal Ponto Final, mas, de acordo com os documentos da WikiLeaks, também a PJ quis adquirir este software à Hacking Team, empresa italiana listada pelos Repórteres Sem Fronteiras como uma das “inimigas da Internet” pela sua actividade de controlo da dissidência na rede.
Nos e-mails trocados, além de mostrarem interesse em adquirir os novos sistemas, podia ler-se que as autoridades de Macau já eram clientes da empresa. Apesar de nem o CCAC nem a PJ terem confirmado se a compra foi efectivada, ambos já reagiram, dizendo que podem adquirir meios técnicos para realizar as suas investigações e que todos os trabalhos são conduzidos de acordo com a lei.
Para a Novo Macau, contudo, a aquisição destes aparelhos poderá ter outros fins que não os de mera segurança.
“Encorajamos o governo [do país exportador], sempre que permitido ou exigido por lei, tenha precauções extra ao decidir pela aprovação da venda de produtos de segurança/defesa por empresas do seu país ao Governo de Macau”, pode ler-se na carta, que acrescenta que “apesar dos juízes poderem autorizar a colocação dos telefones sob escuta, a falta de transparência e a ausência de um organismo de supervisão independente, torna estes produtos em ferramentas de fácil na violação da privacidade de jornalistas, activistas e outros dissidentes pelas autoridades da RAEM”.

24 Jul 2015