Associação de apoio a Chan Meng Kam entrega carta no CCAC, que acusa de ilegalidades

[dropcap style= ‘circle’]O[/dropcap]presidente da Aliança do Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng, entregou ontem uma carta ao Comissariado contra a Corrupção (CCAC), onde diz suspeitar que o organismo utilizou formas ilegais na obtenção de provas. A condenação de dois funcionários da associação que apoiou Chan Meng Kam levou o responsável a dizer ainda que a associação foi alvo de tratamento injusto e desigual.
Chan Tak Seng, que não conseguiu conter as lágrimas ao falar no caso dos dois trabalhadores que levaram cada um mais de um ano de prisão – têm 64 e 67 anos -, criticou o facto de o CCAC ter colocado agentes à paisana a investigar a Aliança e quer saber se o organismo liderado por André Cheong utilizou a mesma forma para investigar as equipas de outros candidatos. Recorde-se que a Aliança do povo já disse que o funcionário do CCAC que recebeu o telefonema onde terão sido oferecidas refeições gratuitas e transportes só foi contactado por ser membro da Aliança. O outro funcionário do CCAC também o é.

Infiltrações?

Apesar de negar que tenham sido oferecidas refeições em troca de voto – e tendo defendido sempre que o telefonema foi para relembrar as pessoas a votar, algo “comum” em Macau – a Aliança suspeita de que os investigadores se infiltraram no grupo de apoio a Chan Meng Kam com identidades falsas, numa espécie de “armadilha”. Chan Tak Seng Chan Meng Kam eleições
Chan Tak Seng garante que as provas usadas em tribunal são falsas e que as testemunhas que não eram do CCAC negaram sempre ter existido ofertas de refeições. O presidente pediu ainda que sejam divulgados os resultados das investigações feitas a outros casos por altura das eleições legislativas de 2005 e de 2013, sublinhando que foram dados a conhecer 200 processos mas que não foram divulgadas quaisquer conclusões e que outros casos nem sequer foram julgados.
“Além dos dois funcionários nossos que estão neste momento a sentir uma grande pressão, sendo presidente, sinto-me também pressionado, porque a Aliança sofreu injustiças. Vou usar todos os recursos humanos e materiais que conseguir para continuar com o processo de recurso”, frisou.
A ideia de que os agentes do CCAC se tinham infiltrado propositadamente foi também deixada por Song Pek Kei, número dois de Chan Meng Kam, que apelou mesmo ao CCAC que explique porque é que usou agentes à paisana na associação a que pertence. “Qual foi o propósito desta acção?”, questionou.

24 Jul 2015

Tabaco | DSE não sancionou lojas por aumento de preços

[dropcap style= ‘circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Economia (DSE) não sancionou qualquer ponto de venda de tabaco por incumprimento da lei, mesmo que, como foi reportado, algumas lojas tenham cobrado mais pelo produto ainda antes da alteração do imposto ter entrado em vigor. Numa resposta ao HM, o organismo explica que não encontrou quaisquer ilegalidades.
“Ao notar o aparecimento de uma maior flutuação no preço do cigarros aplicado no mercado, após a aprovação na Assembleia Legislativa da proposta de alteração à tabela anexa ao Regulamento do Imposto de Consumo, a DSE enviou, de imediato, pessoal para efectuar fiscalização e conhecer a situação concreta. No período entre os dias 10 e 13 [de Julho] foram fiscalizados cerca de 40 pontos de venda a retalho espalhados por todos os bairros de Macau, não tendo sido detectado nenhuma infracção praticada pelos mesmos”, avança numa resposta escrita. “Daí que não foi aberto nenhum processo sancionatório.” tabaco produtos
Apesar de terem sido detectadas tanto a venda de cigarros já com o imposto de 70% em cima – e não o que ainda estava em vigor, de 33% – e açambarcamento de produtos pelos média e pelos clientes fumadores, a DSE não viu qualquer prova deste problema.
O organismo diz, contudo, que “chamou a atenção dos distribuidores e vendedores do tabaco sobre a data da entrada em vigor da lei”, lembrando-os que não deveriam incluir o novo valor do imposto no preço do tabaco “antes da vigência da tabela anexa alterada”.

24 Jul 2015

Novos Aterros | Associações não concordam com sugestões do Governo

Para o grupo Energia Cívica falta informação e mais estudos, para as restantes associações ouvidas pelo Governo ainda há muito a mudar nos novos aterros

[dropcap style= ‘circle’]O[/dropcap] grupo Energia Cívica, liderado por Agnes Lam, não concorda com a maior parte das propostas feitas pelo Governo para os novos aterros e para a ponte que vai ligar Macau a Hong Kong e Zhuhai. Num documento enviado aos jornalistas, o grupo explica que são precisas mais informações e outras propostas e que estas têm de ser melhor pensadas.
Está actualmente em consulta pública o planeamento dos novos aterros feito pelo Governo, sendo que são diversas as associações – de acordo com o Governo – que têm vindo a apresentar opiniões. Num comunicado também enviado ontem, o Executivo admite que as opiniões dos intervenientes incidiram sobretudo nos equipamentos comunitários da Zona A e na paisagem da Zona B, que tem gerado controvérsia devido à altura dos prédios.
Na carta do grupo Energia Cívica, é defendida a necessidade de se elaborar um estudo mais aprofundado sobre a ponte em Y, até porque “os planos apresentados não têm informação suficiente para melhores análises” sobre a construção.
“A Zona A está a ser planeada para receber mais de cem pessoas, além de que toda a ligação à ponte vai ser feita através desta zona. O acesso é de maior importância, mas parece ser insuficiente, pelo que deverá precisar de ser redesenhada. A única conexão à ponte pode vir a precisar de uma maior capacidade.”

Dar nas vistas

A paisagem é outra das preocupações do grupo, do qual faz parte também, além da académica e ex-candidata às eleições legislativas, o arquitecto Rui Leão.
“Os dois canais nas zonas a Este e Oeste da Zona A podem servir para uma marina ao longo da costa, de forma a que se crie uma maior interacção com a água, o que é importante para manter o papel de Macau enquanto cidade portuária. O acesso à Zona A é acompanhado por uma auto-estrada, o que pode comprometer o acesso do público à zona ribeirinha e a relação entre as áreas urbanas e da água”, aponta o grupo, que diz ainda ser altamente aconselhável um estudo sobre o local.
O Governo admite, num comunicado separado, que os intervenientes da consulta pública manifestaram que é necessário ter em conta as horas de ponta da entrada e saída dos cidadãos e turistas na ilha artificial do posto fronteiriço de Zhuhai-Macau da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, uma vez que avistarão ao longe a paisagem da costa da Zona A dos novos aterros.
“Propõem, assim, a relocalização do parque escolar da Zona A para uma melhor imagem urbana. Além disso, foi ainda proposto uma maior concentração dos terrenos comerciais da Zona A dos novos aterros na parte central, a fim de se criar então uma zona comercial. Assim sendo, em suma, com a conclusão do estabelecimento do núcleo habitacional, será considerado em pormenor o aspecto dos equipamentos de ensino, sociais, culturais e lúdicas e desportivas, de modo a que os equipamentos comunitários da Zona A estejam à altura das necessidades dos moradores”, adianta o Governo.
A Energia Cívica acrescenta ainda que todos os locais públicos da Zona A têm as mesmas características e que estas deveriam ser diferentes, para que haja “diversos tipos de espaços públicos” e de diferentes tamanhos.

Adeus paisagem

Já no que toca à Zona B, onde o Governo pretende construir edifícios judiciais, é tida como um local onde deve ser bem pensada a construção. A Energia Cívica considera que o património, como a Guia da Penha, vai ser completamente bloqueado ao nível visual, algo que a UNESCO não permite.
“A proposta ameaça de forma grave as paisagens urbanas e naturais da área mais significativa da Colina da Penha, e não apenas a Igreja no topo, mas também as ruas pequenas, os becos e os espaços públicos tão característicos a geografia das cidades de origem portuguesa”, diz o grupo, que pede que outra estratégia seja considerada.
Mais ainda, o grupo de Agnes Lam e Rui Leão aponta que, sem saber as alturas permitidas para as restantes construções na Zona B, não faz sentido definir as alturas máximas para os edifícios judiciais que vão nascer ao lado da Torre de Macau. Mais uma vez, o grupo fala em falta de informação.
Em comunicado, a Administração assegura estar atenta à paisagem.

24 Jul 2015

Wynn Cotai | AL rejeita atender a petição da IUOE sobre terreno

A Assembleia Legislativa (AL) rejeitou o pedido de ajuda da União Internacional de Engenheiros Operacionais do Nevada (IUOE, na sigla inglesa) sobre a investigação e pedido de reembolso de 50 milhões de dólares americanos à Wynn. Numa carta enviada à entidade, accionista da operadora de Jogo, Ho Iat Seng diz que enviou a petição ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC).
Recorde-se que a IUOE enviou uma petição aos deputados no mês passado, pedindo que actuem para que a Wynn receba uma indemnização no valor de 50 milhões de dólares americanos. O valor corresponde ao alegado montante que a operadora teve de pagar a uma empresa de Pequim para conseguir ficar com o terreno que tem actualmente no Cotai. Num email enviado ao HM, a IUOE explicava que o objectivo da carta era pedir aos deputados que ajudem a descobrir “se os oficiais do Governo agiram dentro da sua autoridade legal, ao prometerem os direitos de concessão do terreno no Cotai ao grupo de Ho Ho (empresário da Tien Chao), sem documentarem o caso”.
Agora, a resposta do presidente da AL surge, tendo sido reencaminhada ao HM pela IUOE. Na carta, pode ler-se que a petição foi enviada para o CCAC, uma vez que a AL não tem poder para fazer nada. wynn cotai
“A decisão tomada fundamenta-se no facto de o objecto da petição não se enquadrar no âmbito das competências da AL, pelo que, apontado o teor da petição, para áreas de investigação que fazem parte das atribuições do CCAC, para aí se remete a mesma”, pode ler-se na carta.
O presidente do hemiciclo diz ainda que a carta foi enviada também para o Chefe do Executivo, Chui Sai On.
Recorde-se que, no mês passado, o HM questionou alguns deputados sobre o apoio à petição apresentada, mas apenas Au Kam San considerou ser necessário que a AL enfrente o Governo com esta questão, “porque nunca há respostas concretas”, diz, da parte das Obras Públicas.
O deputado apontava mesmo que esta situação pode não ser a única e, que pelo interesse público, a AL deveria averiguar e pedir mais esclarecimentos sobre a situação.
Recorde-se que o CCAC está ainda a investigar o caso. A IUOE enviou pedidos de informação para outros departamentos do Governo.

23 Jul 2015

Fundação Macau | Lao Ion Fai nomeado para Conselho de Curadores

Lao Ion Fai é o mais recente membro do Conselho de Curadores da Fundação Macau. A nomeação foi feita pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, ele próprio membro da Fundação. Lao Ion Fai pertenceu à Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo e é secretário geral da Associação Geral dos Operários de Macau, tendo recebido ainda uma Medalha de Serviços Comunitários em 2012. A nomeação teve efeito a partir de 9 de Julho.

23 Jul 2015

Consulta Pública para Hotel Estoril | Projecto em consulta pública

Decorre a consulta pública que pretende reunir “ideias para o reaproveitamento do antigo Hotel Estoril e da Piscina Municipal Estoril” já está a decorrer. Os interessados poderão até dia 20 de Agosto entregar as suas opiniões às autoridades competentes. No dia 2 de Agosto decorrerá a primeira sessão de recolha, pelas 16 horas, no Pavilhão A do Pavilhão Polidesportivo do Tap Seac, mas o texto de consulta pode ser descarregado no site do Instituto Cultural. . O Governo está a considerar o reaproveitamento do hotel em causa para a construção de um edifício que reúna áreas como a cultura, as artes, a educação, o desporto e o lazer, incluindo também o Conservatório de Macau, transformando o espaço num Centro de Actividades Culturais, Recreativas e Desportivas para Jovens.
Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura

23 Jul 2015

Au Ieong Kit é novo administrador da Parque Industriais de Macau

Au Ieong Kit foi ontem nomeado como administrador da Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau, Limitada. O anúncio foi publicado em Boletim Oficial, num despacho assinado por Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, e Au Ieong Kit, que é também chefe de Gabinete do Secretário, representa a RAEM em regime de acumulação de funções.

23 Jul 2015

Associação cultural cria Cinemateca em Macau

Foram ontem publicados os estatutos da nova Associação Cultural e Cinematográfica de Macau – Cinemateca, a qual pretende fazer a “divulgação, preservação e catalogação no que diz respeito à identidade e memória cinematográfica de Macau”. Esta nova Cinemateca pretende realizar uma “contribuição activa no desenvolvimento criativo e industrial do panorama cinematográfico e cultural da RAEM”, querendo ser ainda uma “plataforma de apoio e cooperação às associações ou identidades espalhadas pelo mundo”. Tudo para “promover a interculturalidade cinematográfica entre povos”.
A Cinemateca pretende ainda estabelecer uma ligação com as entidades locais, por forma a dar “apoio à produção local” e fazer uma “cooperação com as estruturas associativas culturais e criativas da RAEM”. Ao nível educativo e social, a Cinemateca tem ainda como objectivos a “criação de eventos culturais, que podem ou não ser em forma de cooperação com outras associações”, para além de pretender concretizar “acções de formação na perspectiva de workshops no âmbito cinematográfico e cultural, servindo desta forma os requisitos e necessidades culturais da população da RAEM”. No fundo, a Cinemateca pretende ser uma “plataforma de apoio à educação e conhecimento histórico e técnico”, como se pode ler no Boletim Oficial.
O HM tentou chegar à fala com os representantes da nova associação, mas até ao fecho da edição não foi possível.

23 Jul 2015

Cabo Verde | Macau Legend com luz verde para casino e resort

Um resort integrado e uma licença de Jogo exclusiva durante mais de dez anos. Está oficializado o contrato da Macau Legend com o governo cabo-verdiano para a construção de um empreendimento de luxo na cidade da Praia

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Macau Legend Development de David Chow recebeu luz verde para a construção de um resort integrado na cidade da Praia, em Cabo Verde. O acordo assinado ontem por Chow, director-executivo e co-presidente da empresa, e o governo cabo-verdiano permite a integração de um casino, passando David Chow a deter licença exclusiva de Jogo por mais de dez anos na Ilha de Santiago.
A concessão do terreno é de 75 anos: durante 25 anos a Macau Legend tem uma concessão de Jogo, sendo que nos primeiros 15 anos esta licença é exclusiva. Custou 10,1 milhões de dólares de Hong Kong, mas deu direito a mais benefícios.
“O Governo de Cabo Verde também garantiu à CV Entertainment Co (subsidiária da Macau Legend) uma licença especial de operação de apostas online durante dez anos”, avança a empresa.
O resort integrado, que envolve um investimento de 2,15 milhões de dólares de Hong Kong, tem 152 mil metros quadrados, incluindo uma marina, um centro de convenções, museu, restaurantes e outras infra-estruturas. David Chow, que é também o cônsul honorário de Cabo Verde em Macau, acredita que o novo resort será um “marco turístico” no país, já que combina os mais diversos elementos de lazer, turismo e entretenimento. Deverá ficar pronto em três anos.
O acordo foi oficializado ontem, numa cerimónia que teve lugar no Landmark e contou com a presença da Ministra cabo-verdiana do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, que realçou que este “é o maior projecto externo” de Cabo-Verde. Chui Sai On, Chefe do Executivo, também esteve presente.

Locais na mira

Para David Chow, este é o primeiro passo para internacionalizar a empresa. O responsável pela Macau Legend disse que “esta é uma grande oportunidade para uma empresa da RAEM fazer uso da plataforma que é Macau entre a China e os PLP para expandir o seu negócio” e fez ainda questão de realçar que o projecto segue as indicações do Governo Central.
“É uma estratégia para posicionar Macau como uma das cidades mais importantes na Rota Marítima da Seda, servindo de [exemplo] na liderança da expansão das pequenas e médias empresas de Macau.”
Para Chow, este é um novo mercado na área do Jogo, já que em Cabo Verde, frisa, “há muitos asiáticos, mas também é fácil de chegar da [Europa]”. Este é o primeiro projecto a ser “gerido por chineses de Macau”, diz ainda, acrescentando que houve questões legais que tiveram de ser limadas devido precisamente à novidade de um projecto deste calibre.
“Ainda não sabemos números sobre mesas nem nada, mas temos um contrato para que haja trabalhadores que sejam locais, estes têm prioridade”, garantiu aos jornalistas David Chow, que disse que os trabalhadores da área do jogo ainda precisam de treino.
Para a Ministra do Turismo de Cabo-Verde, o processo “demorou muito”, mas pelo resultado “valeu a pena”. Pelo impulso que vai trazer a Cabo Verde e pelo facto de poder atrair outras iniciativas, Leonesa Fortes, caracteriza o projecto como algo que “pode atrair novos investimentos” e servirá “de plataforma entre Macau e os PLP, devido à localização geo-estratégica” de Cabo Verde.
Turistas, empresários e iniciativas económicas é o que se espera da parte das autoridades. “Vai significar uma mudança muito profunda a nível do desenvolvimento sócio-económico e de [vagas] para empregos. Acredito que estamos a fazer história.”

23 Jul 2015

CCAC garante rigor na investigação a Associação de apoio a Chan Meng Kam

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) emitiu um comunicado onde assegura que a investigação feita à Aliança do Povo de Instituição de Macau (que integra a Associação Cidadãos Unidos de Macau) foi feita com rigor e de forma imparcial. O esclarecimento do organismo liderado por André Cheong chega depois da Aliança ter acusado o CCAC de “aplicação selectiva da lei” por ter iniciado uma investigação que acabou na condenação de dois funcionários que terão oferecido refeições e transportes em troca de votos no deputado do hemiciclo. eleições votos
“A investigação dos crimes relacionados com a corrupção, incluindo a corrupção eleitoral, por parte do CCAC, tem que ser realizada em rigorosa conformidade com a lei, no sentido de salvaguardar os legítimos direitos e interesses dos cidadãos e assegurar a legalidade e validade das provas obtidas”, começa por indicar o CCAC. “Embora a sentença proferida pelo Tribunal Judicial de Base sobre o referido caso de corrupção eleitorial nas eleições para a Assembleia Legislativa em 2013 ainda seja recorrível, as provas apresentadas pelo CCAC já foram admitidas e reconhecidas pelo TJB durante o respectivo julgamento”.
Recorde-se que o presidente da Aliança, Chan Tak Seng, referiu que haveria muitas outras associações a fazer telefonemas para “apelar ao voto” e que essas não sofreram quaisquer consequências. Os dois funcionários já recorreram ao Tribunal de Segunda Instância.
“O CCAC irá certamente investigar e combater seriamente e nos termos legais todos os actos de corrupção, tomando uma posição firme na investigação de todos os casos verificados no âmbito do combate à corrupção”, remata o organismo.

23 Jul 2015

Chui Sai On na Assembleia Legislativa a 12 de Agosto

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, desloca-se à Assembleia Legislativa no próximo dia 12 de Agosto para responder às perguntas colocadas pelos deputados sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) e assuntos sociais. O anúncio dando conta da sessão plenária, com a duração de três horas, consta do portal da Assembleia Legislativa. O líder do Governo está presente normalmente três vezes por ano no hemiciclo e desloca-se tradicionalmente à Assembleia Legislativa para apresentar as LAG para o ano seguinte, para responder aos deputados sobre as políticas anunciadas logo depois e uma terceira vez, normalmente no Verão, antes de os deputados irem de férias.

23 Jul 2015

Fundo de Pensões | Ieong Kim I continua. Liu Dexue junta-se

O Chefe do Executivo decidiu renovar a comissão de serviço de Ieong Kim I na qualidade de presidente do Conselho de Administração do Fundo de Pensões, “por possuir capacidade de gestão e experiência profissional adequadas para o exercício das suas funções”. O despacho, publicado ontem em Boletim Oficial (BO), revela ainda que a nova comissão de serviço entra em vigor a partir do dia 26 de Agosto. Ao nível da Comissão de Fiscalização do Fundo de Pensões, foi nomeado Liu Dexue como presidente, cargo que irá ocupar nos próximos dois anos. Este é o actual director da Direcção dos Serviços de Justiça. Manuel Gonçalves Pires Júnior, Ho In Mui Silvestre, Lo Lai Heng e Ao Ieong U passam a ser membros desse mesmo Conselho. Tanto o presidente como os membros da Comissão têm direito a salário.

23 Jul 2015

Inflação acima dos 5% em Junho

A taxa de inflação em Macau nos 12 meses terminados em Junho, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, foi de 5,43%, revelaram ontem os Serviços de Estatística e Censos. Comparativamente a Junho de 2014, numa análise por sector, verificaram-se subidas de 11,09% na habitação e combustíveis, 5,52% em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e 5,12% na saúde.

22 Jul 2015

GAES | Cem alunos a aprender Português no Verão

Começou no dia 2 de Julho mais uma edição da actividade “O Ser e Saber da Língua Portuguesa – Curso de Verão em Portugal”, com a colaboração da Universidade de Lisboa e Universidade do Porto. No total, cerca de uma centena de alunos estão em Portugal para aprender mais a língua de Camões, sendo que 42 estão em Lisboa. As actividades prolongam-se até Agosto. Segundo o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES), “para além da participação em cursos intensivos de Língua Portuguesa, os estudantes têm a oportunidade de organizar as suas próprias actividades nos seus tempos livres”. Ao nível do Inglês, o GAES enviou ainda 24 alunos de 13 instituições do ensino superior de Macau, interior da China, Hong Kong e Taiwan para a Austrália, no âmbito da “Viagem à Austrália para Formação em Língua Inglesa”.

22 Jul 2015

TSI | Decisão de Cheong Kuok Vá anulada

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu razão a uma mulher que interpôs um recurso contra o antigo Secretário para a Segurança, Cheong Kuok Vá, depois deste lhes ter negado a residência em Macau, após a morte do marido. A decisão do antigo responsável da tutela foi justificada pelo facto de os bilhetes de identificação da viúva do residente permanente, e das suas duas filhas, não terem sido renovados ao final do primeiro ano de obtenção de residência.
A justificação surge pela inexistência do motivo que levou os três membros da família a pedir a residência – junção familiar – em primeiro lugar, pois o marido, único membro residente permanente, falecera, vítima de um cancro hepático. O Governo alegava que, com a morte do marido e a nacionalidade australiana das filhas da vítima, a lei de Macau não permitiria que mantivessem a identidade local.
Não contentes, mãe e filhas colocaram recurso da decisão da Administração, evocando as ligações familiares – com a avó, residente do território – e a vida que aqui construíram.
O Tribunal de Segunda Instância (TSI) foi claro na sua decisão. “O acto recorrido, por mera razão da morte do pai da famílias das recorrentes, tomou a decisão de privação do direito à residência em Macau das recorrentes. Dela decorre a consequente necessidade de as duas abandonarem o local em que se integraram totalmente e a avó que conviveu com elas, desestruturando-se a sua vida pessoal, familiar e social (…). Assim sendo, concluiu-se que esta é uma decisão desrazoável, inadequada e desproporcional”, determinou o TSI.
Assim, o tribunal deferiu o recurso colocado pela mãe, fundamentando a sua decisão na ofensa ao princípios de adequação, razoabilidade e proporcionalidade, anulando a decisão do ex-Secretário para a Segurança.

22 Jul 2015

Metro | Centro da Barra conta com a vista para o património

O Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) assegurou que parte da construção do Centro Modal de Transportes da Barra vai ser feita debaixo da terra devido ao facto da Barra ser uma zona classificada, onde existe património.
Numa interpelação escrita, o deputado Si Ka Lon questionava porque é que se decidiu construir as estações de autocarros subterrâneas no futuro Centro, mostrando-se preocupado com o problema da fluência de ar, que acontece actualmente nas Portas do Cerco.
Numa resposta ao deputado, o coordenador do GIT, Ho Cheong Kei, justificou que o assunto foi discutido nas reuniões com o Instituto Cultural (IC) e com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Como o local tem um limite de altura para a construção de edifícios por ser classificado, a construção subterrânea poderá permitir ultrapassar este problema, permitindo que se veja o Templo de A-Má, a Fortaleza de São Tiago da Barra e o Museu Marítimo.
Além disso, Ho referiu ainda que a ideia é também aproveitar o espaço terrestre para criar um jardim, adicionando assim espaços verdes à Barra, ao mesmo tempo que se liga as paragens ao metro ligeiro.
O chefe do GIT defende ainda que “já aprendeu com a experiência da estação de autocarros das Portas do Cerco” e assegura que a construção do Centro Modal de Transportes da Barra vai ter um sistema de ventilação que corresponde aos critérios internacionais, de forma a manter a qualidade de ar e o ambiente confortável.
 
 

22 Jul 2015

Hotel Estoril | Decisão em Setembro. Siza Vieira aconselha demolição

Siza Vieira vem a Macau para falar com outros arquitectos sobre o Hotel Estoril. O arquitecto não aconselha a que se mantenha a fachada do prédio. Decisões só em Setembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura vai dar a conhecer a decisão final sobre o que vai acontecer ao Hotel Estoril em Setembro. Isso mesmo foi dito num comunicado oficial, onde se pode ainda ler que o arquitecto Siza Vieira terá aconselhado o Executivo a demolir a fachada do espaço. Também Carlos Marreiros diz que preservação do edifício não é a melhor solução.
Alexis Tam, que falava à margem da cerimónia de encerramento do 11º Acampamento Militar de Verão para Jovens Estudantes de Macau e foi depois citado em comunicado, garantiu que o projecto de reaproveitamento do Hotel Estoril “terá, nos próximos dois meses, uma decisão final”. Decisão que vai incluir detalhes sobre a utilização do espaço e “se será ou não mantida a fachada do edifício”.
Tam referiu ainda à comunicação social que recentemente, durante uma visita a Portugal, teve um encontro com um “arquitecto português de renome”. O HM confirmou junto do Gabinete do Secretário que este é Siza Vieira, que aconselhou a que a fachada do edifício não fosse mantida. O Secretário reuniu com o profissional na cidade do Porto, onde “aproveitou para trocar impressões sobre a protecção do património cultural”.
No comunicado é ainda reforçado que Siza Vieira está a par da situação de Macau.
“Alexis Tam disse que o arquitecto propôs o desenvolvimento de um novo projecto, ou seja, não manter a fachada, porque considera que esta não integra o importante património cultural de Macau”, começa por apontar o comunicado. “Caso a fachada seja preservada, será necessário uma obra maior com um período de construção mais longo, para que o espaço se transforme num centro de actividades recreativas e culturais para os jovens, onde haverá áreas preparadas para acolher várias actividades juvenis e um parque de estacionamento subterrâneo”, explica ainda o comunicado.
Siza Vieira foi convidado para vir a Macau para se reunir com arquitectos locais de forma a falarem sobre o projecto. Essa vinda ao território não é uma estreia para o arquitecto, que vai recuperar o hotel local Sun Sun, no Porto Interior.

Preservação não é o melhor

Contactado pelo HM, o arquitecto Carlos Marreiros, também membro do Conselho do Património Cultural, disse congratular-se com a vinda de Siza Vieira a Macau.
“Independentemente da solução final fico muito feliz por Macau dar uma oportunidade ao mestre Siza Vieira para fazer um projecto para Macau. Sublinho que é importante RAEM trazer um mestre português, vencedor de um Pritzker, com provas dadas em todo o mundo, e até na China. Como arquitecto local fico muito feliz por se lhe atribuir esse projecto”, disse.
Quanto à posição já assumida por Siza Vieira, Marreiros diz que “controvérsia gera sempre, seja quem for que faça o projecto, e isso só prova que Macau é uma sociedade plural”. Para o arquitecto, “qual será a solução é outra questão a ser discutida”.
Marreiros não quis avançar a sua posição quanto à fachada, mas diz que a preservação do edifício não é a melhor solução. “Preservar o edifício? Nunca fui apologista disso, seria um esforço com preços elevados e os espaços poderiam não ser adequados para as novas funções do edifício”, concluiu.

22 Jul 2015

SS |Licenciados em Técnicas Farmacêuticas não podem ser farmacêuticos

[dropcap style=’circle’]Os[/dropcap]Serviços de Saúde (SS) já responderam sobre os casos em que licenciados em Técnicas Farmacêuticas do Instituto Politécnico de Macau (IPM) não se podem registar como farmacêuticos em Macau e asseguram que as situações são para manter. Isto porque, defendem, a instituição de ensino superior não tem um curso de Ciências Farmacêuticas que corresponda aos requisitos para ser farmacêutico.
Numa interpelação escrita, o deputado Chan Meng Kam disse considerar injusto que os alunos licenciados na área pelo IPM não consigam obter a licença de farmacêuticos no território mas possam fazê-lo no interior da China. O deputado questionava o Governo sobre se pretende criar um curso que atribua as equivalências necessárias para a atribuição do estatuto aos alunos.
Em resposta, o director dos SS, Lei Chin Ion, afirmou que o curso de licenciatura em Ciências de Técnicas Biomédicas, variante em Técnicas Farmacêuticas, do IPM visa formar ajudantes técnicos de farmácia e o pessoal científico e técnico, logo os licenciados não podem ser registados como farmacêuticos, mas sim só como técnicos.
Ainda assim, o director referiu que os licenciados podem candidatar-se à posição de ajudantes técnicos de farmácia e técnicos de diagnósticos de farmácia para a Função Pública.
Além disso, Lei Chin Ion referiu que o IPM “tem vontade de criar um curso de licenciatura de Ciência de Farmácia para corresponder à necessidade da sociedade e à exigência do Governo”. No entanto, até ao momento não existe qualquer tipo de plano para tal.

21 Jul 2015

Fusão do GRH com a DSAL em estudo 

O Gabinete para os Recursos Humanos (GRH) afirmou que o Governo já está a estudar a fusão deste organismo com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Numa interpelação escrita, a deputada Ella Lei recordou que o GRH tinha a natureza de equipa de projecto e uma duração previsível de três anos desde a sua criação em 2007 e questionou se o Governo ponderava fundir os dois organismos. Na resposta, o GRH afirmou que o respectivo organismo do Governo já está a estudar essa fusão. Mesmo assim, não foram dados mais detalhes sobre o assunto. 

21 Jul 2015

Ensino Especial | Exigido igual reconhecimento de formação na procura de emprego

O director-executivo da Macau Special Olympics, Hetzer Siu, disse ao jornal Ou Mun que deve ser criado um regime de avaliação da formação que permita juntar o ensino especial ao ensino regular. Isto porque a falta de reconhecimento da formação na área do ensino especial faz com que os portadores de deficiência tenham maiores dificuldades na procura de emprego.
Hetzer Siu disse que já entregou opiniões à Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) quanto à necessidade do Governo reconhecer a formação nesta área, durante o período de consulta sobre a revisão do Regime Educativo Especial, em Março deste ano.
“Actualmente os estudantes portadores de deficiência que concluam os cursos não têm garantias de receber a qualificação específica num grau educativo, o que faz com que tenham dificuldades na procura de emprego e essa falta de reconhecimento da formação faz com que lhes seja recusada a entrada nos departamentos do Governo”, explicou.
O responsável pela Macau Special Olympics considera que, em primeiro lugar, o Governo deve ajustar o mecanismo já existente, aceitando a formação no ensino especial. Posteriormente o Governo deveria, para Hetzer Siu, elaborar um mecanismo de avaliação focado na educação contínua, para que os estudantes aprovados possam ganhar uma qualificação semelhante à da educação regular.

21 Jul 2015

Quase mil alunos com subsídio para estudos na China

A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) receberam no ano passado mais de 420 pedidos de subsídio para alunos do ensino secundário complementar e 650 do ensino infantil, que sejam oriundos de Macau e que estejam a frequentar escolas na província de Guangdong. Os dados referem-se ao ano lectivo 2014/2015 e dizem respeito ao programa de subsídios criado no âmbito do Acordo-Quadro de Cooperação Macau-Guangdong.

21 Jul 2015

A brincar com o que é sério em nome da consciência

[dropcap style =’circle’]K[/dropcap]enny Leong, realizador local que ficou conhecido pelas séries humorísticas sobre Macau ‘Pissed Off Man’, lançou um novo vídeo no YouTube onde brinca com o facto de não haver lei contra o assédio sexual em Macau. A questão tem sido polémica, tendo levado já a Associação Novo Macau a elaborar um projecto de lei sobre o assunto, depois do Governo ter assegurado que ia fazer uma lei específica. Contudo, a lacuna continua por preencher e serviu agora de mote ao realizador. “Randomly Touching Girls in Front Of Cops” é um vídeo que mostra Leong a perguntar a um agente da policia se existe esta lei em Macau. kenny assédio Quando o polícia nega, o próprio realizador apalpa uma rapariga (previamente combinado). A reacção da agente é pertinente: “se for para falar sobre [a existência de uma lei], enquanto de uniforme, não posso dizer nada. Na minha opinião pessoal, acho que deveria haver uma lei”, diz a polícia.
Recorde-se que Macau julga os casos de assédio sexual como ofensa à integridade física, sendo que, se não houver marcas, torna-se quase impossível para a vítima fazer queixa. A ideia do vídeo, explica Leong, é tentar criar consciência sobre o assunto. O vídeo pode ser visto no canal de Kenny Leong “ShootAndChop”.

21 Jul 2015

Tribunal rejeita recurso de Joseph Lau e Steven Lo

O Tribunal de Segunda Instância (TSI) rejeitou o recurso interposto para a redução da pena de Steven Lo e Joseph Lau, empresários de Hong Kong condenados a cinco anos e três meses de prisão no processo La Scala por corrupção e branqueamento de capitais. O acórdão não se encontrava disponível em Português, mas de acordo com a imprensa local, os dois homens alegaram que o Tribunal Judicial de Base não teve em conta o princípio de presunção de inocência, algo que o TSI considera não ter fundamento.
A Segunda Instância entendeu que ficaram provados os factos relacionados com o pagamento de subornos ao antigo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, e disse ainda que não é possível que a pena seja mais leve do que a decidida pelo outro tribunal, até porque, no caso de Lau, nem sequer esteve presente em tribunal, não cooperou e não reconheceu culpa, o que não dá lugar a pena suspensa, segundo cita a TDM.
Recorde-se que os dois queriam reduzir a pena de cadeia para três anos ou menos ou até que esta fosse suspensa. O tribunal diz ainda que os crimes cometidos foram muito graves. Segundo a TDM, não é possível recorrer desta decisão.
 

20 Jul 2015

Centros de Saúde até às 22h00 a partir de hoje

A partir de hoje é prolongado o horário de serviço do Centro de Saúde de Tap Seac e do Centro de Saúde do Jardim de Oceano. “Esta medida destina-se a responder à contínua procura da população e à mudança dos hábitos de vida”, anunciam os Serviços de Saúde. O organismo diz ainda que o prolongamento do horário de serviço não vai aumentar as horas de trabalho dos profissionais de saúde.

20 Jul 2015