Hoje Macau China / Ásia MancheteLi Keqiang faz “escala técnica”nos Açores [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China disse ontem que a estada de dois dias do primeiro-ministro, Li Keqiang, na ilha Terceira, nos Açores, se trata apenas de uma “escala técnica”, optando por não comentar o alegado interesse geoestratégico no território. Li chegou aos Açores, depois de ter realizado um périplo pelo continente americano, que incluiu visitas à sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, Canadá e Cuba. “Pelo que sabemos, o primeiro-ministro Li estará na ilha Terceira para uma escala técnica”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, numa conferência de imprensa, em Pequim. Trata-se da terceira visita de um responsável chinês ao território insular, no espaço de cerca de quatro anos. Em 2014, o Presidente chinês, Xi Jinping, efectuou uma escala técnica de cerca de oito horas na ilha Terceira, onde se encontrou com o então vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas. Dois anos antes, o então primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, escalou também naquela ilha. As visitas ocorreram depois de os Estados Unidos da América terem anunciado a redução da sua presença na Base das Lajes. No ano passado, o presidente do governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, salientou, em entrevista à RTP, a possibilidade de aquela infra-estrutura ser usada por outro país que não os EUA, dando o exemplo da China, com quem Portugal tem “uma relação diplomática” que é “muito anterior” àquela que tem com Washington. Na Praia da Vitória, concelho onde se localiza a Base das Lajes, existe também um porto oceânico no qual os chineses podem ter interesse. Questionado pela agência Lusa, o porta-voz do MNE chinês não confirmou nem desmentiu um interesse geoestratégico no território. Geng salientou antes que as relações entre Portugal e China “atravessam um período de progresso estável”, com os dois países “a realizarem frequentemente visitas e intercâmbios” e a gozarem de “forte confiança política mútua”. “A China vai-se esforçar, junto com Portugal, para impulsionar a parceria estratégica global estabelecida entre os dois países”, acrescentou. O acordo luso-chinês de “parceria estratégica global”, um dos primeiros do género que a China estabeleceu com nações europeias, foi assinado em dezembro de 2005 em Portugal pelos chefes de governo dos dois países. Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, rejeitou também a existência de “uma agenda escondida” na reunião que terá hoje com Li Keqiang, na Base das Lajes, afirmando que esta visa apenas preparar a viagem do primeiro-ministro português, António Costa, à China.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | Brasil não deverá opor-se a estatuto de mercado da China [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Brasil não vai seguir os Estados Unidos e questionar abertamente o estatuto de economia de mercado da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas manterá uma postura agressiva para proteger produtores locais de bens chineses mais baratos, disseram duas fontes familiarizadas com a decisão à Reuters. A China está a pressionar parceiros para ser reconhecida como economia de mercado, quando o seu protocolo de admissão à OMC expirar em Dezembro. Os Estados Unidos alertaram a China em Julho, argumentando que não havia sido feito o suficiente para se qualificar para o estatuto de economia de mercado, especialmente nos sectores de aço e alumínio. A União Europeia está a ponderar a sua posição sobre o estatuto da China, mas rejeitou afrouxar a sua defesa comercial. O Brasil, um grande participante da OMC e o quinto país mais populoso do mundo, vai manter-se à margem dessa discussão, disseram duas altas autoridades, que pediram para permanecer no anonimato porque não são autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. “Não é necessária uma declaração formal de que a China é economia de mercado ou não é”, disse uma autoridade directamente envolvida no tema. “Onde houver dumping e dano à indústria local, agiremos como temos que agir.” O governo brasileiro está a estudar um método alternativo para calcular os preços dos produtos chineses, disse a fonte. Tal como os seus parceiros da OMC, o Brasil tem usado preços de terceiros para reflectir os subsídios estatais da China. Considerada a mais fechada das grandes economias das Américas, o Brasil é um dos campeões mundiais em implementar medidas antidumping para proteger a sua indústria local, que tem visto a sua participação na economia cair pela metade desde a década de 1980. Outra fonte disse que manter o silêncio sobre o estatuto de economia de mercado da China ajudaria o Brasil a evitar potenciais desafios do seu principal parceiro de comércio. Espera-se que a China crie disputas comerciais contra países que rejeitarem o seu estatuto em Dezembro. Produtores de aço brasileiros, que enfrentam uma recessão de dois anos em casa, estão a pressionar o governo para tomar uma posição contra a China, a quem acusam de estar a inundar os mercados globais com aço barato. “Como a China se coloca no mercado internacional, o fenómeno das empresas estatais e subsidiadas fazem muito mal tanto aqui no Brasil quanto nos nossos mercados principais”, disse Marco Polo de Mello Lopes, chefe do Instituto Brasileiro de Aço, que representa produtores de aço brasileiros. Reconhecer o novo estatuto levaria à falência de 4811 companhias no Brasil e custaria à já enfraquecida indústria brasileira 397476 postos de trabalho, segundo um estudo da consultoria Barral M. Jorge, que foi contratada pelo instituto. O protocolo de admissão da China permitiu que países da OMC não considerassem a China uma economia de mercado para as suas defesas comerciais. Agora que o protocolo está prestes a expirar, a China argumenta que os membros da OMC deveriam automaticamente conceder o estatuto.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau só tem dois postos de recolha de pilhas para reciclagem A DSPA colocou mais um contentor para recolha de pilhas à disposição dos residentes de Macau e está localizado no edifício deste organismo. A medida surge depois de um deputado ter questionado sobre as medidas ambientais levadas a cabo por este Governo. A questão agora é perceber que tipo de reciclagem é feita na RAEM [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) informou que já colocou mais um contentor de recolha de pilhas à disposição dos residentes de Macau, localizado nas suas instalações. Esta resposta vem na sequência da interpelação feita, no início deste mês, pelo deputado Au Kam San que quis saber qual o resultado das políticas ambientais do Governo. Na altura, Au especificou a situação da reciclagem das pilhas por ter chegado ao seu conhecimento o caso de um cidadão que, tendo dificuldades em encontrar um local para depositar pilhas usadas, contactou a DSPA. Terá sido então informado que devia dirigir-se à Estação de Tratamento de Resíduos Especiais e Perigosos de Macau (ETRPM), que está localizada na Avenida Son On, Pac-On, na ilha da Taipa, mas não sem antes ter sido informado que devia fazer uma marcação prévia. Por considerar que esta resposta não é adequada às necessidades reais do momento, Au Kam San decidiu pôr o dedo na ferida e questionou o executivo sobre esta matéria, avançando ainda que, até aquele momento, a DSPA não disponha de nenhum meio para reciclar pilhas. A resposta da DSPA não se fez por esperar. Foi criado mais um posto de reciclagem onde as pilhas podem ser colocadas diariamente entre as 9h e as 5h45 horas e onde não é necessário fazer marcação prévia. Este posto de recolha aceita todas as pilhas excepto as baterias de automóveis. Pilhas tóxicas As pilhas apresentam na sua composição metais pesados considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente. Falamos de mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. Esses metais podem chegar até aos seres humanos através da ingestão de água ou através de alimentos que estiveram em contacto com estes compostos. Como? Através da cadeia alimentar. Assim, se uma pilha for deitada no solo, ficará durante 50 anos a libertar todos os elementos tóxicos de que é feita. Durante esse tempo os materiais pesados entram no solo, contaminando este e os lençóis de água. Bastava isto para que o ser humano seja rapidamente afectado, mas não nos podemos esquecer que há ainda a contaminação feita através da cadeia alimentar. Assim, sempre que comer carne ou peixe de um animal que, por sua vez, já ingeriu alimento produzido em ambiente contaminado, acaba por estar a afectar duplamente o organismo. Já para não falar que alguns deles têm efeitos cumulativos, isto é, vão-se acumulando, potenciando exponencialmente os efeitos nocivos. Todos estes elementos químicos provocam reacções no corpo. A saber: o mercúrio debilita o cérebro causando perda de memória; o cádmio causa problemas renais que podem ir até à insuficiência renal crónica, tem a duração de 10 a 30 anos no meio ambiente e o organismo demora bastante até eliminá-lo. Se for inalado causa ainda inflamações nos pulmões. O lítio afecta sobretudo o coração. O cádmio provoca ainda danos no aparelho digestivo e o chumbo “ataca” as articulações podendo provocar a paralisia dos membros. Existem vários tipos de pilhas, umas mais poluentes que outras, mas todas elas comportam riscos graves para a saúde. Para preservar o meio ambiente é importante que todos tenham presente que são pequenos gestos que contribuem para grandes feitos. “Não é bem reciclagem” Na opinião de Joe Chan, da União Macau Green Student, “ter mais um local de recolha de pilhas é uma atitude positiva, até porque reciclar estes materiais nocivos para o ambiente, está unicamente nas mãos do Governo e cabe a ele dar o exemplo”. São atitudes como estas que contribuem para aumentar a consciência das pessoas quanto ao ambiente e à temática da reciclagem, afirmou. Quanto à questão de serem apenas dois os locais existentes para fazer este tipo de reciclagem, “não é fácil colocar depósitos em todos os departamentos do Governo e conseguir dar resposta à recolha e à sua destruição. Temos de dar tempo ao tempo, mas ainda assim acho que é uma atitude positiva. Digamos que foi ligado o botão de todo um grande processo”. Quanto à questão da reciclagem propriamente dita, Joe Chan diz que, de acordo com o que sabe, “não há uma reciclagem propriamente dita a acontecer. O que fazem é: queimam todas as pilhas na incineradora e as cinzas provenientes da queimada, que são altamente tóxicas e nocivas, são colocadas em camadas. Uma camada de cinza outra de cimento. No final, são enterradas. Não é a solução ideal, mas é melhor que deitar lítio, chumbo e mercúrio directamente para o solo”, explica. O HM contactou a DSPA para obter esclarecimentos quanto à forma como a reciclagem é feita, mas até ao momento do fecho da edição, não chegou nenhuma resposta.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresa do homem mais rico da China anuncia parceria em Hollywood [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]conglomerado chinês Wanda Group anunciou que vai investir na produção de filmes da Sony Pictures, em mais um passo que visa converter o grupo num importante operador da indústria cinematográfica de Hollywood. Fundado no final da década de 1980 em Dalian, no nordeste da China, o Wanda Group começou por se impor no sector imobiliário, mas nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. O acordo é o primeiro do grupo dirigido por Wang Jianlin – o homem mais rico da China -, com um dos principais estúdios de Hollywood e um marco importante na sua conversão num peso pesado da indústria do entretenimento. “A aliança vai permitir reforçar o poder de influência do Wanda na indústria de cinema global, e estabelecer um bom precedente para os produtores de filmes chineses nos seus investimentos além-fronteiras”, afirmou a empresa em comunicado. A mesma nota refere que irá “empenhar-se por destacar elementos chineses nos filmes em que investir”, sem acrescentar mais detalhes. O grupo Wanda mediatizou-se nos últimos anos pelos investimentos em grandes activos na Europa e Estados Unidos da América. Em 2012, adquiriu a empresa norte-americana AMC Entertainment, proprietária da segunda maior cadeia de cinemas dos EUA e da britânica Odeon & UCI Cinemas, presente no mercado português, onde é o segundo maior distribuidor. No ano passado, anunciou a compra da Legendary Entertainment, produtora de filmes como “Jurassic World” e “Godzilla”, por 3.500 milhões de dólares (3.240 milhões de euros). Wang Jianlin financiou a produção do filme “Spotlight”, Óscar da Melhor Fotografia deste ano. O grupo detém ainda uma participação de 20% no clube de futebol espanhol Atlético de Madrid e a empresa Triathlon Corporation, proprietária dos direitos de provas desportivas de resistência como Ironman, mas o seu principal foco tem estado em Hollywood. Wang “tem todo Hollywood na mira” e “talvez o seu próximo passo seja trabalhar directamente com todos os ‘Big Six'”, os seis maiores estúdios de cinema de Hollywood, refere o comunicado. Em Maio passado, o grupo abriu o seu primeiro parque temático, um investimento de 3,35 mil milhões de dólares, localizado na cidade de Nanchang, capital da província de Jiangxi, numa tentativa de competir com o novo parque da Disney, inaugurado no mês seguinte, em Xangai.
Hoje Macau China / ÁsiaXangai | Restaurante com estrela Michelin encerrado por falta de licença [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades de Xangai obrigaram a encerrar o restaurante Taian Table por funcionar sem licença, pouco depois de obter uma estrela no primeiro guia Michelin da cidade, noticiou o jornal local Shanghai Daily. O Taian Table, dirigido pelo chefe de cozinha alemão Stefan Stiller, foi um dos 26 restaurantes reconhecidos com estrelas pelo guia Michelin de Xangai, que foi apresentado esta semana e é o primeiro na China. No entanto, desde quinta-feira está afixado na porta um aviso do que o estabelecimento suspendeu o seu funcionamento para “uma revisão interna”. O Gabinete de Gestão e Supervisão do Mercado do distrito Changning, em Xangai, responsável pelo encerramento do restaurante, justificou a sua decisão alegando que o local carecia das licenças necessárias de negócios e de ‘catering’. Em Xangai, qualquer restaurante deve contar com uma autorização geral de negócios, emitido pelo Gabinete de Comércio e Indústria da cidade, e com outro específico para os serviços de comida, concedido pela Administração de Fármacos e Alimentos. O estabelecimento pediu ambas as autorizações no passado mês de Abril, quando abriu portas, mas estas foram-lhe negadas por se encontrar num edifício residencial. As autoridades locais, refere o jornal, advertiram em várias ocasiões o Taian Table sobre a sua situação de irregularidade, mas apenas o fecharam depois de ter sido identificado pelo guia Michelin como um dos mais destacados de Xangai. Stiller declarou ao jornal que pretende transferir o seu restaurante para um local que cumpra os requisitos das autoridades e que espera reabrir em Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaCuba | Li Keqiang assina 30 acordos bilaterais [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, de visita a Cuba, salientou a importância da cooperação económica e comercial, assinando cerca de 30 acordos durante o seu encontro, no sábado, com o Presidente da ilha, Raúl Castro. Li e Castro conversaram sobre as “excelentes relações entre os dois países, os principais projectos de cooperação” e o fortalecimento dos vínculos bilaterais, segundo uma nota oficial sobre o encontro. Após a reunião, os dois líderes presidiram a assinatura de cerca de 30 instrumentos jurídicos para favorecer a cooperação, incluindo um protocolo que oficializa a redução da dívida da ilha para com a China, segundo a televisão estatal cubana. Foram também assinados acordos que fixam doações chinesas para a modernização das alfândegas cubanas e para a compra de painéis solares, bem como um acordo para um “projecto de reforma ligado à imprensa e materiais gráficos”. Estes acordos abrangem também áreas como ambiente, informática, indústria, biotecnologia, energias renováveis e sector bancário. Li, que chegou a Havana no sábado para uma visita que se estende até segunda-feira, disse que entre os objectivos da sua viagem está a “intensificação da confiança mútua política” e a “injecção de uma nova dinâmica às relações bilaterais”. Para o primeiro-ministro chinês, Cuba “conquistou êxitos extraordinários na construção e desenvolvimento nacionais, opondo-se resolutamente à ingerência externa e resistindo ao contínuo bloqueio estrangeiro” dos Estados Unidos. Cuba e a China mantêm relações estreitas, com um intercâmbio que nos primeiros nove meses de 2015 chegou aos 1.596 milhões de dólares, um crescimento de quase 57% em relação ao ano anterior, de acordo com dados oficiais. Em 2014, o Presidente chinês, Xi Jinping, visitou Cuba, para onde começaram a realizar-se voos direitos a partir da China no final de 2015. O primeiro-ministro chinês chegou a Cuba após participar na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque e de uma visita ao Canadá. A sua estadia em Cuba estender-se-á até hoje, segunda-feira. Cuba e China mantêm relações muito próximas, nas quais o país asiático figura como o segundo maior parceiro comercial da ilha, com trocas comerciais de US$ 1,596 mil milhões, nos primeiros nove meses de 2015, o que representa um crescimento de quase 57% em relação a 2014, de acordo com dados oficiais. A chegada de Li ocorre numa semana de intensa actividade bilateral para o governo cubano, que nos últimos dias também recebeu na ilha o presidente do Irão, Hassan Rohani, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Agente duplo condenado a 18 anos de prisão [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m tribunal de Taiwan condenou um antigo funcionário dos serviços secretos a 18 anos de prisão por trabalhar como ‘agente duplo’ e espiar para a China. Wang Tsung-wu foi condenado na quinta-feira pelo Supremo Tribunal de Taiwan por envolvimento em espionagem bem como violação das leis nacionais de segurança e inteligência. O tribunal não divulgou mais informação, alegando restrições relacionadas com a segurança nacional. Segundo a imprensa local, Wang foi alegadamente ‘convertido’ pela China quando foi para lá enviado como agente secreto do Gabinete dos Serviços Secretos Militares de Taiwan. Wang espiou a mando de Pequim durante mais de uma década, segundo a imprensa. O homem foi recrutado pela China em 1995 e passou informação confidencial antes de se reformar em 2005. Wang também recrutou o coronel reformado Lin Han em 2013 para ajudar a recolher informação, de acordo com o jornal de Hong Kong Apple Daily. Lin viajou para Singapura e para a Malásia para se encontrar com agentes chineses e transmitiu informação sobre as identidades de agentes do gabinete de Taiwan e as suas missões, segundo o jornal de Taipé Liberty Times. Wang recebeu cerca de 90 mil dólares e Lin cerca de 70 mil pela informação que passaram. Lin foi condenado a seis anos de prisão por violar as leis nacionais de informação, segundo o tribunal. Taiwan e China espiam-se mutuamente desde que se separaram em 1949, no final da Guerra Civil.
Hoje Macau China / ÁsiaCinco detidos na China por despejo de centenas de toneladas de lixo num lago [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]polícia chinesa deteve cinco pessoas por alegado envolvimento no despejo ilegal de centenas de toneladas de lixo no lago Tai, um popular destino turístico na cidade de Suzhou, na costa leste da China. Pilhas de entulho e lixo doméstico, com sete metros de altura, e amontoadas num espaço equivalente a três campos de basquetebol, terão sido encontradas em Julho passado nas margens do lago, segundo a imprensa local. O jornal Shanghai Daily detalha que mais de 22 mil toneladas de lixo foram transportadas, por oito barcos, a partir de Xangai, a “capital” económica da China, que fica a 100 quilómetros de distância. Situado no delta do rio Yangtsé, o Tai é o terceiro maior lago de água doce da China, com 2.400 quilómetros quadrados, servindo como fonte de água potável para várias comunidades locais. Dois representantes da Jinlu Construction and Engineering, a empresa de construção responsável pelo despejo, a pessoa que terá forjado o aterro sanitário, e dois funcionários encarregues de supervisionar aquela área, foram detidos. Estão acusados de causar danos ambientais e incumprimento do dever. O caso ilustra o impacto ambiental da rápida urbanização da China e aumento dos índices de consumo que, segundo os analistas, não são acompanhados pelo desenvolvimento de sistemas de processamento de lixo. Segundo dados citados pelo jornal oficial Global Times, só o município de Xangai, cujo número de residentes supera os 24 milhões, produziu no ano passado 89 milhões de toneladas de resíduos de construção. A mesma fonte detalha que a “capital” económica da China gera, em média, 20.000 toneladas de lixo doméstico por dia. Em Dezembro passado, um deslizamento de terras num parque industrial em Shenzhen, o centro da indústria tecnológica da China, situado na província de Guangdong, que confina com Macau e Hong Kong, resultou na morte de 70 pessoas e enterrou 33 edifícios. O acidente deveu-se à excessiva acumulação ilegal de resíduos de construção em montes com 100 metros de altura. O governo de Shenzhen admitiu, na altura, as dificuldades em processar os 30 milhões de metros cúbicos de entulho que a cidade gera anualmente.
Hoje Macau China / ÁsiaInternautas reagem a imagens de secção da Grande Muralha pavimentada [dropcap style=’circle’]F[/dropcap]otos de uma secção da Grande Muralha da China transformada numa recta lisa e plana, coberta de cimento, após os trabalhos de restauro, motivaram esta semana duras críticas por parte dos internautas chineses. Situado na província de Liaoning, nordeste da China, o trecho Xiaohekou, cuja construção remonta a 1381, compõe oito quilómetros daquele monumento, considerado património da humanidade pela Unesco. As imagens postas a circular nas redes sociais mostram que o seu piso acidentado e degraus irregulares, onde ervas brotavam, foram pavimentados, dando lugar a uma longa faixa branca de betão. “Isto parece obra de um grupo de pessoas que nem o ensino básico completou”, afirmou um internauta no Sina Weibo, o Twitter chinês. “Se as obras serviram para isto, o melhor era terem rebentado com tudo”, disse. Outro internauta reagiu assim: “Um tratamento tão mau dos monumentos deixados pelos nossos ancestrais! Como é que pessoas com um nível de cultura tão baixo podem ocupar posições de liderança?”. Em declarações à televisão estatal CCTV, o próprio vice-director do departamento de Cultura de Liaoning admitiu que o resultado da reparação “é bastante feio”. A Grande Muralha, construção da Dinastia Ming, não é uma estrutura única, integrada, mas sim uma construção por secções que se estende por milhares de quilómetros a partir de Shanhaiguan, na Costa Leste de Jiayuguan, atravessando as areias do deserto de Gobi. Em alguns locais a estrutura está tão deteriorada que as estimativas da sua extensão total variam entre 9.000 e 21.000 quilómetros, dependendo se as secções que entretanto desapareceram são incluídas ou não. Os trabalhos de restauração de Xiaohekou foram iniciados em 2012, visando “evitar maiores danos e degradação”, devido “a problemas graves na estrutura e inundações”, e completados em 2014, segundo um comunicado difundido pela Administração Estatal de Património Cultural. O organismo governamental anunciou já uma investigação sobre quem aprovou e conduziu os trabalhos de reparação, afirmando que irá punir seriamente os responsáveis. Mais de 30% da Grande Muralha da China desapareceu ao longo do tempo, devido a condições meteorológicas adversas e à actividade humana, como a retirada de tijolos para construção de casas, segundo estimativas divulgadas pela imprensa estatal. De acordo com regulamentos citados pelo jornal oficial Global Times, retirar tijolos da Grande Muralha é punível com multa até 5.000 yuan, mas a vegetação e o turismo continuam a contribuir para deteriorar a mais longa construção humana do mundo.
Hoje Macau Diário (secreto) de Pequim h | Artes, Letras e IdeiasNanning, 22 de Abril de 1978 *por António Graça Abreu [dropcap style=’circle’]V[/dropcap]Viagem curta de avião desde Kunming, uma hora de voo. Estamos agora na província de Guangxi que tem por capital a cidade de Nanning, nas margens do Yongjiang, um dos principais afluentes do rio das Pérolas, a uns seiscentos quilómetros de Macau, a trezentos e cinquenta de Hanói. A região é habitada sobretudo pelos zhuang, a maior de todas as minorias nacionais chinesas ainda algo aparentada com os tailandeses. Mas a influência han na região, ou seja dos chineses propriamente ditos, é muito antiga e hoje os zhuang correspondem apenas a um terço da população de Guangxi, absorvida, aculturada pelo mundo chinês. Com o grupo de estrangeiros meus companheiros de viagem e de trabalho nas Edições de Pequim, visitámos a Universidade de Nanning e sentimos o entusiasmo com que fomos recebidos pelos estudantes da Faculdade de Línguas Estrangeiras que estudam inglês há vários anos e que jamais tinham tido a possibilidade de falar com um cidadão inglês ou norte-americano. Até eu dei o meu melhor para conversar com os estudantes na língua de Shakespeare. Nanning, apesar da presença dos zhuang e outras minorias, é uma cidade predominantemente chinesa, verde e bonita. Em volta do rio são muitos os jardins, bambuais, palmeiras, flores e relvados e, nos subúrbios da capital de Guangxi, existem pequenos bosques e lagos. Em Janeiro de 1958, quando aqui teve lugar uma conferência do Comité Central do Partido Comunista, Mao Zedong nadou por duas vezes nas águas deste rio Yongjiang. Tinha sessenta e cinco anos, havia lançado o movimento Anti-Direitista de 1956, criado as comunas populares em 1957 e preparava-se para avançar com o desastre do Grande Salto em Frente. Mao Zedong quis mostrar o vigor físico de um sexagenário na força da vida e, — apesar do clima subtropical da terra, em Janeiro a temperatura em Nanning não ultrapassa os 15 graus –, o timoneiro não receou o frio e lançou-se à natação no rio, acompanhado no banho por uns tantos seguranças militares. Tudo foi filmado, mostrado por toda a China e, no local onde Mao iniciou a jornada aquática, foi construído um pavilhão da Natação de Inverno. Hoje, as margens do rio, algo poluído, são a grande praia para as gentes de Nanning. A região de Guangxi foi um ponto importante no apoio ao Vietname do Norte quando do recente conflito sangrento entre os Vietname do Sul, do Norte e os norte-americanos. Na altura, a cidade estava completamente fechada à presença de estrangeiros. Por aqui eram canalizados poderosos meios militares e todo o tipo de auxílio, em combustíveis, armas, comida, vestuário, com que os chineses apoiavam os exércitos e a população vietnamita, o que garantiu a subsistência e sobrevivência do povo vietnamita, dos vietcong e do regime de Ho Chi Minh. Guilin, 24 de Abril de 1978 Guilin é um lugar de eleição nas viagens à China, um deslumbramento diante da recortada e sumptuosa paisagem de rios, lagos e estranhas montanhas. A magnificência do lugar não terá a ver com Guilin propriamente dita, mas com as visões fantásticas da descida de barco pelo rio Li, ou Lijiang. Em paisagens de magia, não será de esquecer o quotidiano difícil das gentes, a dura e extremada labuta diária, o pasmo e as doenças. Num passado não muito distante, a malária, a cólera, a lepra eram uma constante na região. Guilin fica no sul da China, na província de Guangxi ou região autónoma, na nomenclatura actual. A cidade é antiga e considera-se que começou a ganhar importância no reinado de Qin Shihuang (entre 221 a.C. e 209 a.C.), o primeiro imperador e unificador do império. A cidade tem alguma indústria mas vive sobretudo do turismo. São milhares de turistas que diariamente chegam a Guilin para depois fazerem os 83 quilómetros de barco na descida pelo Lijiang até à originalíssima cidadezinha de Yangshuo, já perto do rio Xijiang, o braço oeste do rio das Pérolas. Aqui, tal como acontece na vizinha província de Guangdong, come-se tudo o que mexe, está parado e parece comestível, tudo o que anda no ar e não é avião, tudo o que anda na terra e não é comboio, tudo o que anda no mar e não é navio. Ainda tudo o que tem quatro pernas e não é mesa. Podemos bem imaginar a riqueza da cozinha de Guilin… As especialidades locais podem começar por uma sopa de cobra perfumada com ervas aromáticas, depois um estufado de gato selvagem (ou proveniente das casas e dos telhados da cidade) com gengibre, continuando o banquete com perna de pangolim (um animal protegido, em vias de extinção) frita no wok com pimentão picante. E mais uns tantos petiscos como caldeirada de enguias, peixe do rio em molho de soja e ananás, pombos de escabeche com açafrão e canela e, delícia das delícias, um cozido de pedaços de cão com cenoura e rebentos de bambu. Deixemos a cozinha típica da região, e vamos até à gruta da Flauta de Cana rasgada pela água do tempo. É semelhante às nossas grutas calcáreas de Alvados e Mira Daire, um pouco maior e, como os chineses adoram excessos da mais variada espécie, resolveram iluminar tudo por dentro, num exagero barroco que transforma as grutas num pitoresco festival de luz e cor. Vale a pena ver. Depois é tempo de descer o rio Lijiang até a vila de Yangshuo. O rio corre devagar, abençoado pelo esvoaçar da brisa e pelo chilrear dos pássaros, a viagem fluvial faz-se, sossegada e límpida, entre bambuais, arrozais dourados e montes de pedra cobertos pelo veludo verde dos séculos, entre bosques de acácias e osmantos, à sombra da penedia gigantesca que sobe até ao céu. 26 de Abril de 1978, nos céus, sobre a província de Hunan Voando no avião chinês nos grandes espaços sobre montes e montanhas da província de Hunan, penso num pintor louco que um dia pegou em todas as bisnagas de tinta amarela, castanha e verde existentes no mundo. Despejou o conteúdo dos tubos ao acaso sobre uma imensa paleta que era um pedaço sinuoso da terra. Foi a suprema inundação da cor, verdes, castanhos, amarelos formaram colinas e montanhas, os líquidos escorreram e surgiram vales nublados, florestas azuis e rios de prata. Vieram depois os homens que regaram tudo com toneladas de suor e adubaram a terra com incontáveis manchas de sangue. Lá em baixo, adivinha-se hoje uma ou outra bandeira vermelha flutuando no topo dos socalcos dourados e fitas de água faiscantes onde cresce o arroz de cada dia. De cima, vejo sobretudo o colorido esfuziante das montanhas e, na imensa serrania escalavrada e inóspita, adivinho por única colheita, o trigo e as lágrimas das gentes. Pequim, 25 de Maio de 1978 Pequim, cinco e meia da manhã. Saio de bicicleta. Sãs as rodas que me levam a toda a parte, e não deixa de ser saudável pedalar 15 ou 20 quilómetros, em terreno plano, iniciando o percurso quando o sol começa a doirar a cidade. Pequim tem sete milhões de habitantes e três milhões de bicicletas que inundam ruas e avenidas ao longo de todo o dia. Saio cedo para ver e fotografar os chineses no taijiquan (leia-se taitchichuan) matinal. Não é preciso comprar bilhete para assistir ao espectáculo deste povo que se espalha por aqui e por acolá, nos relvados, nos jardins, nas alamedas, debaixo das árvores, em grupos de dez ou vinte pessoas, ou mesmo um ou outro indivíduo isolado. Estão alinhados e profundamente imersos no ritmo lento dos movimentos do corpo. Executam uma luta fantástica e estilizada contra um inimigo imaginário. Parece que estamos a assistir a um combate de boxe filmado em câmara lenta, com um pugilista que golpeia o vácuo. Os ingleses chamam ao taiqiquan o “shadow box”, o boxe das sombras, o que não deixa de ter a sua razão de ser. São sobretudo pessoas de meia e terceira idade que o praticam como meio de conservar a saúde. O objectivo é obter a unidade e harmonia entre o espírito e as diferentes partes do corpo. Cada pessoa move, simultaneamente, o tronco, os braços e as pernas com grande lentidão mas com muita flexibilidade e ritmo. Os golpes, os socos contra o tal inimigo imaginário são precisos e o corpo está sujeito a um total controlo da mente. Os músculos estão soltos, cada gesto organizado faz parte de uma série complexa de exercícios que podem ter 24, 32 ou 64 movimentos. Só os craques se aventuram no taijiquan 64 ou ainda no mais completo de todos, o de 88 movimentos. A respiração é calculada, o que reforça o controlo subjectivo do sistema nervoso e a velocidade de circulação do sangue. Surpreende a agilidade e aparente simplicidade com que tudo é executado. Há pessoas com mais de sessenta anos que levantam o pé com facilidade e tocam com ele na testa. O taijiquan é uma prática desportiva praticada todas as madrugadas e manhãs por dezenas e dezenas de milhões de chineses. Esta forma de entender o desporto como educação e equilíbrio entre corpo e espírito tem raízes profundas na filosofia chinesa, na tão difícil arte de saber viver.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Ex-chefe de Segurança Interna finalmente acusado [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]romotores chineses acusaram na passada sexta-feira o ex-director de segurança interna Zhou Yongkang de corrupção, abuso de poder e revelação intencional de segredos de Estado, abrindo caminho para que seja julgado, numa potencial exposição dos trâmites internos do Partido Comunista. Zhou, de 72 anos, é a autoridade chinesa mais graduada a ver-se envolvida num escândalo de corrupção desde que o partido chegou ao poder em 1949. A decisão de processar Zhou ressalta o compromisso do presidente chinês, Xi Jinping, em combater a corrupção nos níveis mais altos do governo. Na denúncia, Zhou é acusado de “tirar vantagem de sua posição e buscar benefícios para outros”, “aceitar ilegalmente os activos de outras pessoas”, “abusar de poder” e “causar grandes perdas contra a propriedade pública, o Estado e o povo”, disse a Procuradoria Suprema do Povo da China num comunicado publicado no seu portal. “O impacto sobre a sociedade é vil, as circunstâncias são especialmente sérias”, disse o órgão, sem dar mais detalhes sobre as denúncias. Segundo o comunicado, os supostos crimes de Zhou foram cometidos durante décadas, incluindo o período em que ocupou os cargos de director-geral da China National Petroleum Corporation (CNPC), de chefe do partido na província de Sichuan, no sudoeste do país, e de ministro de segurança pública, bem como de membro do Comité Permanente do Politburo. Zhou foi informado sobre seus direitos legais e ouviu as opiniões do seu advogado, acrescentou o comunicado, sem especificar o local onde Zhou, que não aparece em público desde Outubro de 2013, se encontra detido. Nenhuma data foi marcada para o julgamento, mas os media disseram no mês passado que a China conduziria um julgamento público, com a intenção de preservar a transparência. Especialistas legais dizem, no entanto, que o partido corre o risco de que Zhou ameace revelar segredos de Estado. No ano passado, a China anunciou a prisão de Zhou e sua expulsão do partido, acusando-o de vários crimes, desde aceitar propina a vazar segredos estatais.
Hoje Macau China / ÁsiaEstratégia de globalidade dá bons resultados [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] aposta da China em investir além-fronteiras superou, em 2015, pela primeira vez, o valor investido por outros países na China, numa altura em que Pequim encoraja as aquisições no estrangeiro, como parte da transição para um novo modelo económico. A China investiu no total 145.000 milhões de dólares fora do país, no ano passado, um valor que representa um crescimento homólogo de 18% e ultrapassa o valor do investimento directo estrangeiro no país, 135.6 mil milhões de dólares, segundo dados do ministério do Comércio chinês. O marco surge como resultado da “melhoria da capacidade nacional da China”, aprofundamento da cooperação e a estratégia de Pequim de encorajar empresas chinesas a “tornarem-se globais”, lê-se no relatório do ministério. As empresas chinesas “têm de usar os recursos e mercados internacionais para se transformarem e actualizarem”, afirmou Zhang Xiangchen, porta-voz do ministério do Comércio. “Sentimos que as empresas estão agora interessadas em se internacionalizarem e procurarem activamente a integração na inovação, manufactura e mercados globais”, acrescentou. A economia chinesa registou no ano passado o ritmo de crescimento mais baixo dos últimos 25 anos e tem continuado a abrandar à medida que Pequim enceta uma transformação do modelo económico, apostando no consumo e serviços como novos motores de crescimento.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | Advogado especialista em direitos humanos condenado O advogado Xia Lin, especialista em direitos humanos, foi acusado em 2014 de fraude e condenado agora a 12 anos de pena de prisão. A comunidade internacional e a sua defesa consideram a sentença demasiado pesada e um acto de repressão [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m tribunal chinês condenou o causídico Lin a 12 anos de prisão, naquele que é o mais recente caso de repressão de defensores de direitos humanos no país, informou ontem a sua defesa. Xia ficou conhecido pela defesa do artista Ai Weiwei e do seu colega, também advogado na área dos direitos humanos, Pu Zhiqiang, que foi detido após um seminário privado em que se discutiu o massacre de Tiananmen, em 1989. “O tribunal condenou Xia Lin a 12 anos de prisão por fraude”, disse o seu advogado, Dong Xikui, à agência AFP. A polícia deteve Xia em Novembro de 2014, e mais tarde acusou-o de obter, através de fraude, 100 milhões de yuan para pagar dívidas de jogo, de acordo com um comunicado da defesa. O julgamento começou em Junho deste ano, em Pequim. “Declarámo-nos inocentes, mas o tribunal aceitou apenas parte da nossa defesa e reduziu o valor da fraude de mais de 100 milhões para 48 milhões”, indicou o seu advogado. O Presidente chinês, Xi Jinping, tem vindo a reforçar o controlo à sociedade civil desde que assumiu o poder em 2012, acabando com as possibilidades de activismo que tinham aberto nos últimos anos. Apesar de inicialmente o Governo incidir sobre activistas políticos e pessoas envolvidas em campanhas por direitos humanos, tem cada vez mais focado a sua atenção nos profissionais legais que os representam. Só no ano passado as autoridades detiveram mais de 200 pessoas na chamada “repressão 709”, assim apelidada devido à data das detenções, 9 de Julho, incluindo advogados que aceitaram casos de direitos civis considerados sensíveis pelo Partido Comunista Chinês. Pu, o advogado detido por participar no evento sobre Tiananmen, recebeu uma pena suspensa de três anos de prisão em Dezembro por “incitar ódio étnico” e “gerar conflitos e problemas”. A sentença de Xia foi invulgarmente severa, e de acordo com Maya Wang, uma investigadora para a Ásia da organização de defesa dos direitos humanos da Human Rights Watch, vai “provocar um profundo arrepio à comunidade de advogados de direitos humanos que tem sido alvo de repressão continuada pelo governo de Xi no último ano”, afirmando ainda “a sentença é chocante, não apenas pela sua extensão, mas também porque foi aplicada a um advogado de direitos humanos que tem tentado proteger-se ao adoptar uma postura discreta e técnica no seu trabalho”.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Mais de 21.000 detidos em operação contra tríades [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 21.000 pessoas foram detidas em Hong Kong numa campanha de combate ao crime organizado realizada nos últimos dois meses em conjunto com as polícias de Macau e da província chinesa de Guangdong, informou ontem a imprensa local. A designada “Operação Trovoada”, que todos os anos envolve agentes dos três territórios, levou a acções de fiscalização em mais de 3.000 locais, incluindo bares e espaços de entretenimento, e centros de jogos. Na operação deste ano, as forças de segurança reforçaram o combate às actividades de tráfico humano depois de observarem uma tendência de aumento destes crimes, disse o superintendente Brian Lowcock, citado pela Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Outras detenções estão relacionadas com crimes como tráfico de droga, branqueamento de capitais, e posse de armas. As autoridades apreenderam drogas como heroína e cocaína no valor de cerca de 70 milhões de dólares de Hong Kong (oito milhões de euros). Cerca de 70 pistolas de ar comprimido ilegalmente alteradas foram também apreendidas.
Hoje Macau China / ÁsiaGlobal Times | Assistência do ocidente a refugiados não é superioridade moral Pequim comprometeu-se, em sede da ONU, a doar 100 milhões de dólares para ajudar a crise dos refugiados, mas absteve-se de os receber no seu território. Ainda assim, criticou o discurso moralista do ocidente, a quem atribui a responsabilidade de vários conflitos que culminaram em vagas de refugiados [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) culpou os Estados Unidos da América e a Europa pela crise dos refugiados, argumentando que a assistência que prestam “não constitui uma prova de superioridade moral” acusando ainda que “com uma mentalidade arrogante, Europa e EUA precipitaram o Médio Oriente para adoptar uma democracia ao estilo ocidental, contribuindo para o fluxo de refugiados”, diz o Global Times, jornal do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC. Em editorial, a publicação sustenta que “estes países deviam sentir-se arrependidos” e não “moralmente superiores”, após terem “promovido guerras e revoluções coloridas”, que “levaram povos ao desespero, sem outra opção que não fugir”. Durante uma cimeira promovida esta semana pelos EUA, na sede das Nações Unidas, os líderes dos 193 Estados-membros da organização aprovaram a Declaração de Nova Iorque, que pretende criar condições para um melhor tratamento dos refugiados e migrantes. Segundo Washington, 52 países e organizações comprometeram-se a “duplicar o número” de refugiados que acolheram no ano passado e a elevar o apoio em 4,5 mil milhões de dólares. Demos o melhor Pequim comprometeu-se a doar mais 100 milhões de dólares, um valor inferior ao anunciado pela maioria das grandes economias, optando ainda por não receber refugiados. “A China fez o seu melhor e cumpriu com as suas responsabilidades”, defende o jornal, argumentando que Pequim “foi sempre contra intervenções no Médio Oriente e revoluções coloridas”, acrescentando que “o ocidente deve assumir a culpa pela sua incessante interferência em países não ocidentais”. Mais de 4,8 milhões de sírios deixaram o seu país devido à guerra, que já matou mais de 300.000 pessoas, desde Março de 2011. China e Rússia são os principais aliados do regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
Hoje Macau EventosPianista de Macau toca com Orquestra Filarmónica da China [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] edição deste ano do Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) vai contar com a participação do jovem pianista de Macau Kuok-Wai Lio. Em colaboração com a Orquestra Filarmónica da China, o residente vai interpretar, “com o seu emotivo estilo musical e técnica exímia”, o Concerto para Piano e Orquestra n.º 20 em Ré Menor, K. 466 de W. A. Mozart, de acordo com o Instituto Cultural (IC). O concerto realiza-se no dia 7 de Outubro, pelas 20h00 no Centro Cultural de Macau. O pianista Kuok-Wai Lio nasceu em Macau em 1989, tendo iniciado os estudos de piano aos cinco anos de idade. Aos oito venceu o Prémio IC. Em 2005, foi distinguido com o 1º Prémio e com o Prémio Especial no âmbito do 6º Concurso Internacional de Piano Chopin da Ásia, em Tóquio, no Japão, vencendo ainda, em 2007, o 1º Prémio no Concurso Internacional de Concerto para Pianistas Fullbright, nos EUA. Aos poucos Kuok-Wai Lio tem vindo a afirmar-se na cena musical, tendo tido múltiplos sucessos internacionais no âmbito de vários concursos de piano. Fusão musical A Orquestra Filarmónica da China vai estar sobre a ordens do maestro Li Xincao e interpreta um repertório de fusão entre a Ópera de Pequim, a música clássica austro-alemã e a nova música tradicional da Hungria. Vários temas serão tocados, incluindo o prelúdio sinfónico de Qigang Chen, “Instants d’un Opéra de Pékin”, “que constitui uma extraordinária fusão entre Oriente e Ocidente, entrelaçando a música da Ópera de Pequim e a música sinfónica ocidental”, como indica a organização. “Um concerto diversificado que apresentará ao público uma elegante experiência musical e estilos musicais variados”, garante o IC. No dia 18 de Outubro é a vez de “Num Jardim Italiano – L’Accademia d’Amore por Les Arts Florissants”, um “concerto altamente aguardado” no âmbito do qual o maestro e cravista internacional William Christie irá dirigir o ensemble Les Arts Florissants e Le Jardin des Voix “para fazer renascer o mundo da música italiana antiga. O espectáculo está marcado para as 20h00 no CCM. Os bilhetes estão já disponíveis.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim apoia candidato “mais capaz” para secretário-geral da ONU [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]A ONU está a analisar as candidaturas e a China vai trabalhar com os outros países para assegurar que é o (candidato) mais capaz a assumir o cargo”, sublinhou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, numa conferência de imprensa em Pequim. Rejeitando referir qualquer candidato, Lu afirmou que Pequim “crê que a decisão deve ser baseada no consenso, como consta na Carta das Nações Unidas, e o secretário ou secretária-geral deve ser alguém capaz de cumprir com as suas obrigações”. O jornal de Hong Kong South China Morning Post assinala ontem que Irina Bokova, a directora-geral da UNESCO, é a candidata favorita de Pequim, com base na opinião de analistas chineses, que a consideram “alguém que não actuaria a favor dos interesses de nenhum país em particular”. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, reuniu-se com Bokova no passado mês de Junho. A costa-riquenha Christiana Figueres, que desistiu da corrida na semana passada, foi também recebida por Wang Yi, e outros líderes chineses, em Julho. Já o ex-primeiro-ministro português António Guterres, que é considerado o favorito à liderança da organização, após ter ficado à frente em todas as quatro votações secretas ocorridas entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, esteve na capital chinesa em Maio, mas foi recebido pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Li Baodong, segundo informações no site do ministério. Na mais recente votação, Guterres teve 12 votos “encoraja”, dois “desencoraja” e um “sem opinião”. Lu recusou revelar o candidato preferido por Pequim e limitou-se a dizer que o cargo de secretário-geral “implica uma grande responsabilidade”. Bokova é também apontada como a favorita da Rússia, o principal aliado da China em grande parte dos assuntos internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco chinês com mais balcões sai da bolsa. Operação aquém do esperado O banco com o maior número de sucursais abertas ao público na China poderá protagonizar este mês a maior saída em bolsa do ano, com a emissão de 6,6 mil milhões de euros na bolsa de Hong Kong [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]oferta pública inicial do Postal Savings Bank of China (PSBC) será também a maior desde que o gigante chinês de comércio electrónico Alibaba realizou a maior operação de entrada em bolsa de sempre. A estreia do Alibaba na bolsa de Nova Iorque, em 2014, atingiu os 22.430 milhões de euros. O valor da saída em bolsa do PSBC fica, contudo, aquém do previsto inicialmente pela empresa, que estimava uma operação de 6,6 mil milhões de euros, indicando uma procura aquém do esperado. No conjunto, o PSBC emitirá 12,1 mil milhões de acções, cada uma avaliada em 54 cêntimos de euro, no dia 28 de Setembro, segundo a agência de notícias Bloomberg. Trata-se de um valor próximo do mínimo no intervalo de preços por título estabelecido pela empresa, entre 4,68 e 5,18 dólares de Hong Kong. A maioria das acções deverá ser adquirida por grandes investidores. Com 40.000 sucursais na China, cerca de 70% em áreas rurais, o PSBC é o quinto maior banco do país. Fundado em 2007, fornece serviços bancários para agricultores e proprietários de negócios agrícolas e é a única instituição financeira presente em algumas das áreas mais remotas da China. De acordo com dados recentes, o valor total dos activos detidos pelo PSBC soma 1,03 biliões de euros. No primeiro trimestre do ano os lucros do grupo subiram 11%, para 1,67 mil milhões de euros. Originalmente detido na totalidade pelo Estado chinês, o PSBC angariou 6,06 mil milhões de euros com a venda de 16,92% da empresa a 10 investidores estratégicos, em Dezembro passado. Entre os grupos que adquiriram parte do banco constam os gigantes da ‘internet’ Alibaba e Tencent, o banco suíço UBS e a empresa de Singapura Temasek Holdings. Pequim tem defendido uma reforma urgente no sector do Estado, incluindo a promoção da propriedade mista e um sistema corporativo moderno, visando incutir uma “disciplina” de mercado nas empresas estatais. Apesar da China ter aderido às “práticas capitalistas” com a política de “Reforma Económica e Abertura ao Exterior”, adoptada em 1979, os grupos estatais continuam a dominar os sectores chave da economia chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pronto para ajudar Moçambique a ultrapassar crise [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo da China manifestou ontem em Maputo disponibilidade para ajudar Moçambique a atravessar a actual crise económica e financeira, anunciando planos para o cancelamento de dívidas e a construção de um parque industrial. Em declarações aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, o embaixador da China em Maputo, Su Jian, afirmou que Pequim estuda o cancelamento de empréstimos sem juros contraídos por Moçambique, como parte do seu compromisso de apoiar o país a ultrapassar a actual crise. “Desde 2001, a China já perdoou a Moçambique 10 verbas de empréstimos sem juros, recentemente perdoamos cinco milhões de dólares e agora as duas partes estão a preparar mais perdões de dívida”, declarou Su. No âmbito da cooperação bilateral, prosseguiu o embaixador chinês, os dois países estão a preparar a instalação de um parque industrial que vai permitir que empresas chinesas transfiram para Moçambique as suas linhas de produção. “O Governo chinês vai enviar um grupo de especialistas para preparar o planeamento e a localização do parque industrial, para podemos convidar empresas chinesas e moçambicanas”, afirmou Su Jian. Su acrescentou que a implantação do parque irá permitir a criação de mais empregos, aumento de exportações e de receitas e contribuir para a diversificação da economia moçambicana. No encontro com o primeiro-ministro moçambicano, o diplomata chinês endereçou um convite do Governo de Pequim a Carlos Agostinho do Rosário, para participar na Cimeira do Fórum da Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países Lusófonos, agendada para Outubro próximo em Macau. “A presença de uma delegação oficial de alto nível de Moçambique será muito importante para o sucesso dessa cimeira”, declarou Su Jian. A China é um importante parceiro de Moçambique, mantendo uma forte cooperação em vários domínios, incluindo no campo económico e empresarial. Moçambique atravessa uma crise económica e financeira, provocada pela queda do preço das matérias-primas e dos investimentos, calamidades naturais, derrapagem da moeda nacional, subida galopante da inflação e aumento exponencial da dívida pública. Em paralelo com a crise económica e financeira, o país é igualmente assolado por violência militar, com confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, na sequência da recusa do movimento de aceitar os resultados das eleições gerais de 2014.
Hoje Macau BrevesAutocarros | Mais paragens e novos trajectos A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) criou uma nova paragem de autocarro junto ao Edifício Iat Seng, na Estrada Nordeste da Taipa e entra em funcionamento a 24 de Setembro, data em que começam as carreiras n.ºs 39 e 72 a fazer escala na mesma paragem, depois do “Colégio Anglicano”. As carreiras n.ºs 35 e 50X passam também a fazer escala na paragem “Terminal de Carga do Aeroporto” em vez de parar na “Rotunda do Aeroporto / Wai Long”. Estas medidas integram uma série de iniciativas que têm vindo a acontecer no que respeita aos transportes públicos do território com o intuito de facilitar a deslocação dos residentes da Taipa.
Hoje Macau SociedadeJornal chinês associa declínio das receitas com campanha de Pequim [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] principal jornal oficial chinês de língua inglesa, o China Daily, publicou ontem um artigo em que volta a associar directamente o declínio das receitas de jogo em Macau à campanha contra a corrupção lançada por Pequim. “A Las Vegas da Ásia começou a perder algum brilho desde 2014 (…), quando o combate contra a corrupção e extravagância, por parte de Pequim, aliado à economia da China em ‘corda bamba’, assustou os grandes apostadores, afastando-os para outros destinos de jogo regionais”, refere o China Daily, destacando que o Camboja surge como “um rival emergente”. As receitas do jogo encetaram em Junho de 2014 uma trajectória descendente, com o mês de Agosto a colocar termo a 26 meses consecutivos de quedas anuais homólogas. Essa curva descendente – a mais longa de sempre – tem vindo a ser imputada por analistas a um cocktail de factores em que os efeitos da campanha anti-corrupção lançada por Pequim surgem à cabeça. No entanto, tal associação por parte da imprensa oficial chinesa tem sido muito pontual. Mesmo com uma forte queda de 34,3% em 2015, as receitas de jogo de Macau ainda são três vezes superiores às de Las Vegas, seis vezes superiores às de Singapura e dez vezes superiores às da Coreia do Sul e às Filipinas, segundo salienta o China Daily, citando o Chefe do Executivo, Chui Sai On. Na semana passada, a Fitch prognosticou uma diminuição de 5% das receitas dos casinos para o cômputo de 2016.
Hoje Macau SociedadeFórum de Turismo Global | Nova edição aborda tendências de consumo O 5º Fórum de Economia de Turismo Global vai acontecer nos dias 15 e 16 de Outubro no Studio City e tem por tema “As Novas formas de Consumo- Transformar a Indústria Turística”. É a resposta do Governo à geração mais nova que procura novas rotas, tem novos interesses e tem um novo aliado: a internet [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo quer adaptar a indústria às gerações mais novas. E vai começar já com a quinta edição do Fórum de Economia de Turismo Global, que acontece nos dias 15 e 16 de Outubro no Studio City. Numa conferência de imprensa que ontem decorreu, o Executivo centrou-se na necessidade que o turismo de Macau tem de se adaptar às novas necessidades de mercado. Uma nova geração de turistas emergiu e com ela a necessidade de novas respostas deste sector. Macau é conhecido pelos casinos, mas há muito mais para ver. “Macau não é só jogo”, disse Ip Peng Kin, chefe do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Para Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, e Pansy Ho secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global, é esta nova mensagem que importa passar junto dos operadores e representantes turísticos que vão participar durante os dois dias do Fórum. “Vivemos numa época de revolução ao nível do consumo, com as novas gerações de consumidores a apresentarem grandes mudanças em relação aos padrões de consumo. Esta nova tendência tem um forte impacto na economia de turismo”, frisou Ip keng Kin. “E é por isso que é necessário adaptar os modelos de gestão desta importante indústria.” Na mesma linha de pensamento, Pansy Ho sublinhou que o ecossistema de consumo se transformou, “passando do antigo modelo económico gerado pela oferta para um novo modelo económico orientado para o consumidor”. Esta edição, assegura, vai explorar como é que esta nova classe consumidora está a influenciar a indústria turística mundial e como é que os seus comportamentos de consumo e uso das novas tecnologias têm trazido mudanças sem precedentes para a indústria turística global. Portugal ausente? Com uma lista de vários participantes ligados ao sector do Turismo de todo o mundo, destacou-se a ausência de Portugal. Helena de Senna Fernandes avançou que “foi dirigido um convite ao Ministério da Economia, que é quem tutela o Turismo, mas até ao momento não foi recebida qualquer confirmação”. China e França são os grandes convidados deste Fórum, com quem se pretende a troca de sinergias no sentido de trazer e levar turistas. “A China por ter capacidade de difundir três mil anos de história e ser a cidade parceira do evento, com a Exposição das Cidades e Províncias Parceiras do Fórum. França porque continua a ser um importante pólo de atracção turística no mundo inteiro”, referiu a directora da DST. A cidade das luzes estará representada no Fórum com o tema “França: Arte e Cultura como impulsionadores do Turismo”. O Orçamento para esta edição é de 45 milhões de patacas, sendo que 21 milhões são pagos pelos operadores turísticos e os restantes divididos entre os patrocinadores, onde estão incluídas as operadoras de autocarros, empresas e casinos de Macau, disse Ip Peng Kin. O Governo tem como parceiros a Organização Mundial do Turismo e a Câmara do Turismo da China e do Centro de Pesquisa de Economia de Turismo Global. Durante a iniciativa será ainda lançado um guia com as atracções locais para facilitar a “venda” da RAEM aos operadores do turismo. Cedência de vistos Questionado sobre a questão de facilitar a cedência de vistos com vista a fomentar a entrada de mais turistas no território, o chefe do Gabinete para os Assuntos Sociais e Cultura disse apenas que não se pode continuar a aumentar este tipo de entradas. “Não podemos aumentar a atribuição dos vistos porque existem limites e temos de aprender a conviver com isso”, frisou Ip Peng Kin. Ainda assim, fez saber “que estão a ser levadas a cabo conversações a esse respeito”, ainda que seja “preciso mais trabalho governamental”. A esse propósito foi salientada a “participação pela primeira vez de uma delegação de Cantão, com oficiais do turismo, para consolidar e facilitar a relação regional”, concluiu Ip Peng Kin.
Hoje Macau BrevesHomem faz ameaças com seringa Um homem do interior da China ameaçou, em dois casinos, outros apostadores com uma seringa que, alegou, continha sangue com o vírus da SIDA. Os casos aconteceram em casinos na ZAPE e o homem queria, segundo as autoridades, exigir aos outros jogadores que pagassem pelas suas apostas. O homem foi detido quando tentava ameaçar mais clientes noutro hotel da mesma zona. Ninguém foi atacado e o suspeito revelou à polícia que não é portador de SIDA, tendo utilizado uma seringa que continha sangue falso para ameaçar os outros apostadores. A polícia ainda está à espera do relatório ao teste de sangue. O detido de 27 anos já foi transferido para o Ministério Público para a investigação.
Hoje Macau BrevesAssociação diz que nova biblioteca pode trazer vitalidade cultural Wong Ka Fai, presidente da Associação para a Reinvenção de Estudos do Património Cultural, concorda com a decisão do Governo em transformar o antigo tribunal na nova Biblioteca Central. A Associação diz que, pelo facto de ficar no centro, o novo espaço pode ser articulado não só com a necessidade de leitura dos moradores da zona, mas também com o Centro Histórico e projectos culturais que a ele ficam próximos, como o Anim’Arte Nam Van e a C-SHOP. Tal, diz, contribui para mais um avanço na melhoria do ambiente artístico e cultural da zona. “Com a revitalização, o velho tribunal serve não só como um espaço de descanso dos cidadãos, mas atrai também mais a visita dos turistas à zona sul. Entrando na nova biblioteca, os turistas utilizam as instalações mas sentem também o contexto cultural histórico único de Macau.”