Hoje Macau SociedadeEconomia | Cartões de crédito denominados em renminbi em alta [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de cartões de crédito emitidos pelos bancos em Macau ascendeu a 1,21 milhões no final do primeiro trimestre, traduzindo um aumento de 12,1 por cento em termos anuais homólogos. De acordo com dados da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a maior subida foi registada no número de cartões de crédito denominados em renminbi, que cresceu 15 por cento para 266.755. Já os cartões de crédito denominados em patacas aumentaram 12 por cento, em termos anuais, para 860.764, enquanto os em dólares de Hong Kong cresceram 4,6 por cento atingindo 89.029 no final de Março. Em relação ao período homólogo, o crédito usado e o montante do reembolso registaram crescimentos de dois dígitos no primeiro trimestre do ano, segundo a AMCM.
Hoje Macau SociedadeJogo | Morpheus sem zona VIP operado por ‘junkets’ [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] hotel Morpheus, que integra o complexo do City of Dreams, não vai ter zonas VIP (de grandes apostas) operadas por ‘junkets’, revelou o presidente da Melco Resorts, Lawrence Ho, à agência Reuters. “É muito melhor desenvolvermos a nossa própria base de dados, do que depender dos ‘junkets’”, afirmou. Lawrence Ho tinha já adiantado que o espaço dedicado ao jogo no Morpheus destinar-se-á ao segmento de massas ‘premium’, em que as apostas são na ordem dos milhares de dólares de Hong Kong. O presidente da Melco, que opera quatro casinos em Macau, afirmou ainda que há poucos detalhes relativamente ao que vai suceder após o termo dos contratos das seis concessões e subconcessões, que expiram entre 2020 e 2022. “Estamos muito interessados em [saber] como vai ser o processo de renovação e o novo concurso”, sublinhou, apontando que tanto Macau como Pequim têm mantido silêncio a esse respeito. O Morpheus, desenhado pela arquitecta iraquiana-britânica Zaha Hadid, que morreu em 2016, resulta de um investimento de mil milhões de dólares norte-americanos. Com abertura prevista para a primeira metade do ano, o novo hotel, de 160 metros de altura, vai oferecer mais de 700 quartos.
Hoje Macau SociedadeUM | Investigação ao ex-reitor Wei Zhao terminada [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] investigação do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) à demissão de Wei Zhao, antigo reitor da Universidade de Macau, está terminada e as conclusões já chegaram ao Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. A informação foi avançada ontem pela agência Macau News Agency, que cita uma resposta oficial do GAES. “O nosso Gabinete já terminou o relatório [da investigação]. Entretanto, entregamos os resultados ao gabinete que tem a competência para acompanhar a situação”, informou o GAES à Macau News Agency, que afirma que o Governo não quis explicar qual o departamento ou divisão em causa. Por outro lado, o Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura confirmou a recepção do documento, explicando que o relatório já foi enviado para os departamentos competentes, que vão “analisar profundamente” as conclusões. Wei Zhao demitiu-se do cargo de reitor da Universidade de Macau a 31 de Dezembro, e apesar de ter vindo a público, através de uma queixa anónima, que estaria obrigado a um período sabático de seis meses, saiu directamente para assumir a posição de Chefe do Gabinete de Pesquisa, na Universidade Americana de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. No entanto, na altura, a Universidade de Macau veio a publico defender o reitor, afirmando que o regulamento interno não obrigava os profissionais da instituição a um período sabático. Wei Zhao assumiu as funções no Emirados Árabes Unidos a 9 de Janeiro deste ano, antes disso esteve entre 2008 e 2017 como reitor da Universidade de Macau.
Hoje Macau PolíticaChui Sai On | Governo incentiva intercâmbio entre jovens da região e do Camboja [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, apelou ontem ao intercâmbio entre jovens do território e do Camboja, país que participa na iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”. No primeiro dia de uma visita ao Camboja e à Tailândia, onde espera aprofundar a cooperação com os países envolvidos na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, o Chefe do Executivo anunciou que o Governo irá apoiar os jovens cambojanos a prosseguirem os seus estudos em Macau. O anúncio foi feito no discurso de abertura da “Mesa Redonda entre jovens de Macau e do Camboja”, no qual Chui Sai On sublinhou a importância de todos os sectores trabalharem para maximizar “o aproveitamento da inovação e o espírito de esforço da nova geração”. O responsável máximo de Macau enfatizou o empenho do território em aprofundar o intercâmbio para uma maior “fluidez das trocas comerciais, com vista a “uma maior interactividade e oportunidades de emprego para ambas as populações”. Por fim, Chui afirmou que Macau irá continuar a desempenhar a sua função de plataforma de serviços e comércio e a explorar com o Camboja o mercado dos países que se encontram na rota da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’. Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “uma Faixa, uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares, e visa reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático. Redes ferroviárias intercontinentais, portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre estão a ser construídos em mais de 60 países, abrangendo 65 por cento da população mundial.
Hoje Macau EventosMuseu do Oriente quer impôr-se “pela diferença e exotismo”, afirma directora [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] diretora do Museu do Oriente, Joana Belard da Fonseca, afirmou, numa entrevista à agência Lusa, que a entidade pretende impôr-se “pela diferença e exotismo” na oferta cultural de Lisboa, através de um acervo com mais de 17 mil peças. O museu, que celebra este ano uma década de existência, fica localizado em Alcântara, junto ao rio Tejo, e as celebrações passam por uma programação de exposições, concertos, palestras e oficinas, até 27 de maio, com entradas gratuitas aos domingos. “Nós temos uma coleção com peças muito significativas da presença portuguesa na Ásia, com diversos objetos que resultam do encontro de culturas e, por outro lado, a coleção Kwok On, que é muito específica, sendo poucos os museus da Europa com uma semelhante”, disse a responsável à Lusa. De acordo com a diretora do museu, o orçamento global da Fundação Oriente para 2018 é de 4,3 milhões de euros e o valor para aquisição de peças para o museu é de 950 mil euros este ano. Os visitantes podem encontrar no Museu do Oriente, os biombos Namban, máscaras, marionetas, mobiliário, armaduras, e gravuras, trajes e diversos objetos de cerimoniais que integram um acervo composto globalmente por cerca de 17.000 peças provenientes de países como a Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia, Camboja, Turquia e China. O museu recebeu 450.725 visitantes em dez anos de funcionamento e Joana Belard da Fonseca apontou que a filosofia é “criar um grande dinamismo na Casa do Oriente em Portugal”, disse, citando o fundador, Carlos Monjardino. “Temos a intenção de trazer novo público e fidelizar o que nós já temos. O nosso público tem vindo a crescer, os estrangeiros são já 40%, sobretudo franceses e alemães”, referiu. Atualmente, o museu tem patente a exposição “Um Museu do Outro Mundo”, com cerca de uma centena de peças, num diálogo de obras do acervo, com novas obras do artista José de Guimarães, até 03 de junho. O Museu do Oriente, que abriu portas em maio de 2008, foi distinguido em 2009 como o melhor museu português desse ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APCOM). Localizado em Alcântara, o museu foi instalado após obras de recuperação e adaptação do edifício originalmente desenhado pelo arquiteto João Simões, construído em 1939, um dos símbolos da arquitetura portuária do Estado Novo. O novo projeto é da autoria dos arquitetos João Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco. Constituída em 18 de março de 1988, a Fundação Oriente tem como objetivos a realização e o apoio a iniciativas de carácter cultural, científico, educativo, artístico e social, sobretudo em Portugal e em Macau. Também desenvolve iniciativas de defesa do património cultural ligado à língua e à história da presença de Portugal no Oriente, a promoção dos estudos orientais em Portugal e dos estudos internacionais sobre a presença portuguesa na Ásia. Com delegações em Macau, na Índia e em Timor-Leste, a Fundação Oriente desenvolve também um programa de bolsas de estudo de investigação, de doutoramento e de língua e cultura portuguesa e línguas e culturas orientais, promovendo ainda o ensino da língua portuguesa em Macau, Goa e Timor-Leste. Biombo e capacete cerimonial Namban são “joias raras” do Museu do Oriente Um biombo Namban do século XVII e um capacete Namban datado de 1600 fazem parte das peças mais significativas da coleção do Museu do Oriente, em Lisboa, de onde estão proibidas de sair devido ao seu valor e raridade. Estas são algumas das preciosidades que a entidade acolhe, dentro de uma coleção iniciada já em 1988 pela Fundação Oriente, que viria a inaugurar o museu em 2008, indicou à agência Lusa a diretora, Joana Belard da Fonseca. A responsável foi entrevistada pela Lusa a propósito das celebrações dos 30 anos da Fundação Oriente e dos dez anos do Museu do Oriente, que envolvem uma vasta programação de exposições, concertos, palestras e oficinas, até 27 de maio, e entradas gratuitas aos domingos. Questionada sobre os “tesouros” do Oriente guardados pelo museu, a diretora, que acompanhou o nascimento do espaço, há dez anos, e a sua evolução, indicou que tanto o biombo como o capacete Namban não podem sair pela sua preciosidade e fragilidade, embora sejam várias as solicitações de outros museus de todo o mundo. O biombo Namban foi comprado num leilão em Nova Iorque, em 1999, e representa o encontro entre os missionários jesuítas e os japoneses. Normalmente, os artistas Namban criavam sempre uma peça sobre a chegada de uma embarcação, e outra com a partida. “Esta peça só saiu uma vez do museu, em 2012, para uma exposição em Florença, na Itália”, recordou a diretora, enquanto o capacete cerimonial, que surge frequentemente nas pinturas dos biombos, comprado em Nova Iorque, em 2000, nunca saiu. Outra das preciosidades da coleção do Museu do Oriente é um outro biombo Namban da segunda metade do século XVIII, adquirido em 1993, em Londres, que representa o território de Macau de um lado e de Cantão do outro. “Consideramos que é um grande risco estas peças saírem”, justificou Joana Belard da Fonseca, acrescentando que, à medida que a entidade vai fazendo missões para adquirir peças daquele lado do mundo, vai descobrindo a sua raridade. No entanto, o Museu do Oriente cede outras da sua coleção de 3.000 peças dedicada à presença portuguesa na Ásia, e outro conjunto, também do acervo, de características muito específicas, que é a Kwok On, que reúne 14.000 obras. “Esta coleção Kwok On é única no mundo. França e Holanda têm peças semelhantes, mas a nossa, pela sua dimensão, é muito significativa e continua a ser estudada”, comentou a responsável, indicando que a Fundação Oriente oferece bolsas de estudo a investigadores para realizar este trabalho, resultado que muitas vezes contribui para realizar novas exposições e espetáculos. A aquisição de novas peças para enriquecer o acervo tem continuado ao longo dos anos através da realização de ´missões´ para encontrar determinadas peças que vão enriquecer alguns dos núcleos, ou através de compras em leilões nacionais e internacionais. Há também depósitos de peças, de particulares ou entidades institucionais, como é o caso do protocolo de depósito firmado com o Museu Nacional Machado de Castro, nos anos 1990. “Antes da criação do museu já eram emprestadas peças”, indicou a responsável à Lusa, nomeadamente para exposições que decorreram, entretanto, na Austrália, França, Espanha, Itália, Tailândia e Macau, entre outros países. De acordo com Joana Belard da Fonseca, licenciada em História e com uma pós-graduação em museologia e património, que começou a sua ligação à Fundação Oriente ainda muito jovem, como voluntária, o Museu do Oriente, em Lisboa, recebeu 450.725 visitantes em dez anos de funcionamento. Estes visitantes passaram pelas exposições entre maio de 2008, quando o museu foi inaugurado, e janeiro de 2018. Ainda segundo as estatísticas da entidade, 97.846 espetadores assistiram a cerca de 500 espetáculos de música, teatro, dança e cinema nestes dez anos. Foram também apresentadas 115 exposições temporárias, 34.111 pessoas participaram nos mais de 700 cursos, oficinas e palestras realizadas no museu, 13.328 usaram o Centro de Documentação, onde se realizaram dez festas do livro, e 39.317 recorreram a diversas atividades do serviço educativo. No Centro de Reuniões do museu, ao longo dos dez anos, foram realizados cerca de 1.700 eventos, nos quais participaram 141.600 pessoas, segundo os dados da fundação. Atualmente, o museu tem patente a exposição “Um Museu do Outro Mundo”, com cerca de uma centena de peças, num diálogo de obras do acervo, com novas obras do artista José de Guimarães, até 03 de junho. O Museu do Oriente, que abriu portas em maio de 2008, foi distinguido em 2009 como o melhor museu português desse ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APCOM). Possui um património museológico com máscaras, mobiliário, armaduras, mapas, têxteis, biombos, porcelanas, terracotas, desenhos e pinturas, entre outros objetos. Localizado em Alcântara, o museu foi instalado após obras de recuperação e adaptação do edifício originalmente desenhado pelo arquiteto João Simões, construído em 1939, um dos símbolos da arquitetura portuária do Estado Novo. O novo projeto é da autoria dos arquitetos João Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco. Constituída em 18 de março de 1988, a Fundação Oriente tem como objetivos a realização e o apoio a iniciativas de carácter cultural, científico, educativo, artístico e social, sobretudo em Portugal e em Macau. Também desenvolve iniciativas de defesa do património cultural ligado à língua e à história da presença de Portugal no Oriente, a promoção dos estudos orientais em Portugal e dos estudos internacionais sobre a presença portuguesa na Ásia.
Hoje Macau InternacionalDurão Barroso afirma que UE tem de lidar “de forma mais inteligente” com o tema das migrações [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, actual presidente não executivo do Goldman Sachs, defendeu que a União Europeia tem de “lidar de forma inteligente” com o tema das migrações, considerando-as decisivas para o ‘Brexit’. “A política migratória da União Europeia não pode ser uma decisão tomada lá longe, em Bruxelas, tem de ser lidada de uma forma mais inteligente. Temos toda a capacidade para integrar os refugiados, temos de ser abertos e humanitários, mas temos de assumir que não podemos aceitar toda a gente; para haver liberdade de movimentos dentro da UE, temos de ser credíveis a defender as fronteiras externas”, defendeu Durão Barroso numa das suas intervenções no plenário de abertura da Conferência Global da Horasis, que decorre até terça-feira no Estoril, no concelho de Cascais. “Temos de ser realistas e dizer que sim, mantemo-nos abertos, mas ao mesmo tempo temos de mostrar que somos capazes de controlar os fluxos ilegais”, disse o antigo líder europeu. O tema das migrações atravessou todo o debate desta tarde e foi apontado por Barroso como uma das principais motivações para a escolha dos britânicos de saírem da União Europeia. “A imigração foi um tema central, foi uma das principais motivações na decisão dos eleitores de escolherem o ‘Brexit’, e quando vemos a importância deste tema [em eleições] em dois mais tradicionalmente abertos países do mundo, os Estados Unidos e o Reino Unido, percebemos que é o tema do momento”, vincou o antigo primeiro-ministro português. O antigo embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU) John Negroponte e o empresário Vijay Eswaran participaram também na sessão. Num debate sobre os grandes temas atuais, desde os nacionalismos ao protecionismo económico, passando pela importância de África como reserva de crescimento mundial e a instabilidade crónica no Médio Oriente, a plateia quis saber se as democracias estão mais bem preparadas para lidar com estes desafios do que os regimes autoritários, e os palestrantes concordaram. “As democracias estão mais bem equipadas do que os regimes autoritários, que muitos pensam que são fortes, mas são na verdade fracos, podem ruir de um dia para o outro”, disse Barroso, lembrando a revolução de 25 de abril de 1974 em Portugal. Questionado sobre a Hungria e a Polónia, o antigo presidente da Comissão Europeia assumiu estar “preocupado com o Estado de direito nalguns países”, mas salientou que “as sociedades e o ambiente europeu são suficientemente fortes para impedir que esses países vão em mau caminho”. O que é fundamental, concluiu, “é um diálogo honesto, porque é mau afastar os países para um canto, isso só reforça o nacionalismo, e as críticas têm de ser feitas de forma inteligente, porque só há pouco tempo a democracia foi instaurada e o receio de intervenção de um poder externo é um pensamento muito presente”.
Hoje Macau EventosPrimeira semifinal da Eurovisão amanhã com 19 países em competição e actuação de Portugal [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ezanove países competem amanhã na primeira semifinal da 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que decorre em Lisboa, e na qual irão actuar também o Reino Unido, Espanha e Portugal, automaticamente apurados para a final. O palco desta edição foi montado na Altice Arena, no Parque das Nações, o ‘quartel-general’ do concurso, que Portugal venceu pela primeira vez no ano passado, com a canção “Amar pelos Dois”, interpretada por Salvador Sobral. Na terça-feira competem Suíça, Finlândia, Bielorrússia, Bulgária, Áustria, Lituânia, Albânia, Irlanda, Arménia, Chipre, República Checa, Bélgica, Croácia, Islândia, Azerbaijão, Grécia, Israel, Estónia e Macedónia. Além destes países, serão ainda apresentadas as canções do Reino Unido, Espanha e Portugal. Portugal, por ser o país anfitrião, está automaticamente apurado para a final. Cláudia Pascoal dá a voz ao tema “O Jardim”, composto por Isaura. O Reino Unido e a Espanha também só competem na final, mas por fazerem parte do grupo dos chamados ‘Big5’ (que inclui ainda França, Alemanha e Itália). Dos 19 países em competição na Terça-feira, os dez com maior pontuação passam para a final, marcada para sábado. A pontuação é decidida por televoto (com um peso de 50%) e por júris nacionais (outros 50%). Todos os júris dos países que competem na semifinal irão votar, bem como os júris de Portugal, do Reino Unido e de Espanha. O Festival Eurovisão da Canção é realizado pela União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês) em parceria com a RTP, em Lisboa.
Hoje Macau EventosParticipantes da Eurovisão desfilaram em cerimónia a que nem Marcelo Rebelo de Sousa faltou [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cerimónia de abertura do Festival Eurovisão da Canção, em Lisboa, que incluiu o desfile das 43 delegações concorrentes numa passadeira azul e que decorreu à beira rio, terminou ontem com uma visita surpresa do Presidente da República Portuguesa. Ainda as delegações desfilavam na passadeira azul estendida na rua entre o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) e o rio Tejo, pelas 19:40, quando Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao local, entrando diretamente para a tenda montada em frente ao Museu da Eletricidade, onde decorreu uma festa à qual os jornalistas não puderam aceder, com exceção da RTP, disseram à agência Lusa várias fontes ligadas à organização. Além de Marcelo Rebelo de Sousa, na festa esteve também o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, bem como alguns vereadores da autarquia da capital, e o presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis. Já perto das 21:00, ainda a última delegação, a portuguesa, não tinha chegado a meio ao da ‘passadeira azul’. Cláudia Pascoal, a intérprete, e Isaura, a compositora, mostraram-se cansadas, partilhando com a Lusa que já nem sabiam a hora a que tinham começado o percurso. A reação de fãs e jornalistas “tem sido incrível”, disseram à Lusa em coro. Apesar de toda a azáfama e atenção, o festival “tem sido super calmo, acima de tudo”. Cláudia Pascoal e Isaura, a dupla de “O Jardim” só começou a percorrer a passadeira azul ao finam do dia, mas tudo começou ao início da tarde de hoje, quando pelas 15:00 os jornalistas que iam chegando começavam a ser arrumados em compartimentos criados ao longo do passeio situado em frente ao Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia (MAAT). Portugal partilhou o espaço com profissionais da Finlândia, da Arménia, da Suíça e da Irlanda. A escadaria do edifício ficou reservada aos fãs, acreditados para o festival tal como os jornalistas. A zona entre o MAAT e o Museu da Eletricidade esteve toda a tarde sob fortes medidas de segurança, quer em terra, quer no rio, e com algumas restrições à circulação de jornalistas, fotógrafos e fãs. Com o céu limpo e a temperatura a rondar os 26 graus centígrados, os jornalistas iam-se refrescando com água e passando o tempo a fotografar a vista do Tejo ou a tirarem ‘selfies’. Às 17:10, a delegação da Albânia foi a primeira a percorrer a passadeira azul, tendo, cerca de meia hora depois chegado a meio do percurso onde a organização colocou uma esfera armilar onde cada colocava uma garrafa de vidro, onde estava pintada a bandeira do seu país. Pelas 18:30, a delegação da Albânia foi também a primeira a entrar na tenda transparente montada em frente ao Museu da Eletricidade, onde decorreu uma cerimónia interdita a jornalistas e onde uma a uma foram entrando as 43 delegações. Com alguns interpretes a serem mais abordados do que outros, houve também espaço para alguns cantarem ‘a capela’ partes dos temas que vão defender no concurso, como as representantes da Austrália, Jessica Mauboy, e da Estónia, Elina Nechayeva, ou o da Bielorrússia, Alekseev. Além das delegações, desfilaram ainda pela passadeira azul as quatro portuguesas a quem cabe este ano a tarefa de apresentar as semifinais e a final do concurso: a atriz Daniela Ruah e as apresentadoras de televisão Filomena Cautela, Silvia Alberto e Catarina Furtado, todas em vestidos de gala. Daniela Ruah, a viver nos Estados Unidos e uma das protagonistas da série “NCIS Los Angeles”, emitida em todo o mundo, foi a que mais chamou a atenção dos jornalistas espalhados ao longo da passadeira. A um jornalista suíço, espantado por vê-la ali, explicou que é portuguesa. “A todos os que não sabem, eu sou portuguesa e tenho muito orgulho do meu país”, afirmou para uma câmara. A 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção decorre em Lisboa, com o ‘quartel-general’ montado no Parque das Nações. As semifinais decorrem na terça e na quinta-feira, na Altice Arena, e a final está marcada para sábado no mesmo local.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Universidade de Macau realiza congresso sobre língua portuguesa [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a conferência, que ocorre entre os dias 10 e 12 de Maio, “serão apresentadas comunicações orais de mais de 40 investigadores e professores”, refere a UM, acrescentando ainda que o evento “contará com a presença e participação de diversos académicos, educadores e alunos de pós-graduação”. De acordo com a universidade, o encontro, que vai focar-se no ensino e na aprendizagem do português como Língua Estrangeira, vai receber professores e investigadores de vários países, nomeadamente Portugal, Brasil, Moçambique, França, Itália, Japão e China.
Hoje Macau SociedadeIAS | Apoio para vítimas de acidentes já existe e é flexível [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) sublinha que o subsídio para apoio a vítimas de acidentes rodoviários é flexível e que pode ser dirigido às vítimas e aos seus familiares. A informação foi dada em resposta a uma interpelação do deputado Lei Chan U que pedia ao Governo um fundo destinado apenas para este fim. De acordo com a resposta do IAS, em situações em que a espera de ajudas possa demorar, a entidade tem mecanismos capazes de ajudar os mais desfavorecidos de modo a que estes continuem a ver satisfeitas as necessidades básicas do quotidiano.
Hoje Macau SociedadeTurismo | David Chow quer construir hotel mais baixo na Doca dos Pescadores [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presidente do empreendimento turístico Doca dos Pescadores, Melinda Chan, disse ontem que vai entregar em breve um novo projecto de construção junto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) para a edificação de um hotel com 60 metros de altura, ao invés dos 90 metros inicialmente previstos. A informação foi ontem divulgada pelo canal chinês da Rádio Macau, tendo a mulher do empresário David Chow, proprietário dos espaços Doca dos Pescadores e Landmark, avançado que, tendo em conta o ajustamento da altura do hotel, será feito um novo plano de concepção. Neste momento, estão a ser estudados os melhores elementos a inserir no novo projecto, frisou. Recorde-se que a intenção de construção deste hotel levou a um intenso debate sobre a necessidade de preservação da vista do Farol da Guia por parte de várias associações locais.
Hoje Macau SociedadeCrime | Autoridades detém 34 cidadãos chineses no Cotai [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o canal chinês da Rádio Macau, os Serviços de Polícia Unitários (SPU) levaram a cabo uma acção conjunta com a Polícia Judiciária (PJ) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) que resultou na detenção de 34 cidadãos do continente suspeitos da prática de vários crimes na zona do Cotai. Na passada madrugada, um total de 25 homens e nove mulheres foram levados ao posto da polícia, suspeitos da prática de câmbio ilegal de moeda, enquanto que um total de 16 homens e seis mulheres foram apanhados pela PSP por, alegadamente, se terem envolvido em actividades ilícitas e de terem incomodado jogadores de casinos.
Hoje Macau SociedadeForças de segurança | Novo Macau pede compensação de feriados [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) emitiu ontem um comunicado onde defende a compensação dos dias feriados ao pessoal das forças de segurança. A associação afirma ter vindo a receber queixas de algumas trabalhadores que apontam que, devido às restrições impostas pelo sistema actual, o pessoal da Polícia de Segurança Pública (PSP) e do Corpo de Bombeiros (CB), assim como os agentes dos Serviços de Alfândega (SA) e guardas prisionais da Direcção dos Serviços Correccionais (DSC) devem trabalhar por turnos, o que significa que não podem gozar alguns dos feriados. Sulu Sou, vice-presidente da ANM e deputado suspenso à Assembleia Legislativa, referiu que já foi apresentada uma carta formal ao secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, onde explicita o assunto e frisa que o pessoal das forças de segurança tem o direito a gozar todos os feriados públicos. A ANM alerta ainda para o facto de todos os pedidos de compensação de feriados serem rejeitados com a justificação de que não existem recursos humanos suficientes. Nesse sentido, Sulu Sou pede que Wong Sio Chak resolva o problema, a fim de aumentar a moral dos trabalhadores e a eficiência no local de trabalho.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte acusa EUA de provocar com sanções e ameaças militares [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] Coreia do Norte adverte que a postura da Casa Branca não contribui para a desnuclearização, nem para a paz na região. Pyongyang lançou essas críticas contra Washington através de um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, num momento em que ambos os países se preparam para a realização de uma cimeira, que irá tratar da desnuclearização, entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente norte-americano, Donald Trump. O porta-voz acusou os Estados Unidos de “manipular a opinião pública”, afirmando que a vontade de desnuclearizar Pyongyang expressa na Declaração de Panmunjom, “é o resultado da pressão e de sanções”, referiu o responsável norte-coreano, citado pela agência de notícias estatal KCNA. O responsável norte-coreano referia-se à declaração conjunta assinada pelos líderes das Coreias Norte e do Sul na cimeira realizada em 27 de Abril, na fronteira entre os dois países, antes da reunião prevista entre Kim e Trump, prevista para o final de Maio ou início de Junho. “Os Estados Unidos afirmam que não relaxarão as sanções e a pressão até que a Coreia do Norte abandone completamente as armas nucleares, actuando para agravar a situação na península, deslocando activos estratégicos com a intenção de utilizar a questão dos direitos humanos contra a Coreia do Norte”, disse. O porta-voz acrescentou que isto tudo é “uma provocação deliberada” contra Pyongyang, “num momento em que a península coreana está a mover-se em direcção à paz e à reconciliação graças à histórica cimeira Norte-Sul”. O responsável norte-coreano enfatizou que os Estados Unidos “não devem interpretar como fraqueza” a vontade pacifista expressada por Pyongyang e adverte que “não seria propício” continuar com a “pressão e ameaças militares”. Na Declaração de Panmunjom, as Coreias do Norte e do Sul concordaram em trabalhar para alcançar a “completa desnuclearização” da península e comprometeram-se a conseguir a assinatura de um tratado multilateral para acabar com o estado de guerra técnico na região que existe desde a Guerra da Coreia (1950-1953). Espera-se que essas questões também sejam os pontos fulcrais da cimeira entre Kim e Trump, o primeiro encontro da história entre os líderes de Pyongyang e Washington.
Hoje Macau Breves PolíticaVisita oficial | Chui Sai On vai hoje para Cambodja e Tailândia Visita oficial | Chui Sai On vai hoje para Cambodja e Tailândia [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, parte hoje para uma visita oficial ao Cambodja e Tailândia no âmbito da política “Uma Faixa, Uma Rota”, aponta um comunicado. O objectivo da visita é “aprofundar a cooperação e intercâmbio na área do turismo, economia e comércio e, de acordo com as necessidades do País, aproveitar as vantagens de Macau, para que o território desempenhe o seu papel singular de ponte, contribuindo para a grande estratégia de desenvolvimento da construção de ‘Uma Faixa, Uma Rota’”. A comitiva inclui a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, os membros do Conselho Executivo e representantes da comunidade ultramarina e de jovens de Macau. A visita termina esta sexta-feira, estando na agenda visitas às capitais Phnom Penh e Banguecoque. Está prevista a realização de “encontros com vários oficiais de alto nível dos dois países”. Mercado da Taipa | Leong Sun Iok quer calendário das obras [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pergunta sobre prazos para a renovação do mercado municipal da Taipa. Na opinião do membro da Assembleia Legislativa, o plano de ampliação do espaço tem decorrido a um ritmo lento, sendo que há vários anos que os moradores não procuram o espaço para fazer as suas compras, o que causa dificuldades aos vendilhões. Tendo em conta que o mercado é o único a funcionar na Taipa, Leong Sun Iok quer saber quando é que as obras serão realizadas e quais as medidas que serão criadas para apoiar os vendilhões durante este processo. Além disso, o deputado deseja saber se o plano de ampliação contém uma zona de comidas e bebidas, para que haja uma maior variedade de serviços e incentivo para que os moradores ali façam as suas compras. Habitação | Song Pek Kei questiona planeamento de lotes da Doca do Lam Mau [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] deputada Song Pek Kei entregou uma interpelação escrita ao Governo onde questiona o planeamento de dois lotes na zona da doca do Lam Mau, no Fai Chi Kei. Song Pek Kei recorda que o Governo prometeu dar prioridade à construção de habitações públicas mas, no entender da deputada, os pequenos terrenos na zona da doca do Lam Mau podem não ter as condições ideais para erguer casas públicas. Nesse sentido, a deputada quer saber se é possível construir nos referidos terrenos mais lares de idosos, creches e espaços para a prática desportiva, uma vez que são espaços de que a população também necessita.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | “Grandes diferenças” no prevalecem entre Pequim e Washington [dropcap style=’circle’] P [/dropcap] equim e Washington acordaram estabelecer um mecanismo que permita lidar com as crescentes disputas comerciais, mas reconheceram que prevalecem “grandes diferenças” entre os dois países, noticiou a agência oficial chinesa. A agência noticiosa oficial Xinhua, que cita o ministério chinês do Comércio, afirma que os dois lados abordaram um aumento das exportações norte-americanas para a China, comércio de serviços, protecção de propriedade intelectual e como resolver as disputas em torno da implementação de taxas alfandegárias. Os dois lados “chegaram a um consenso em algumas matérias”, refere a agência, sem avançar com mais detalhes. Também o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, deu um sinal positivo sobre as negociações com as autoridades chinesas, que decorreram em Pequim. “As conversas estão a correr bem”, disse, num breve comentário aos jornalistas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, quer reduzir em 100.000 milhões de dólares o deficit na balança comercial com a China e exige que Pequim garanta às empresas norte-americanas uma melhor protecção dos direitos de propriedade intelectual. A sua administração ameaçou subir as taxas alfandegárias sobre um total de 150.000 milhões de dólares em exportações chinesas para o país, incluindo produtos do sector da aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou robótica. Em retaliação, Pequim ameaçou subir as taxas alfandegárias sobre uma lista de produtos norte-americanos, cujas exportações para a China se fixaram, no ano passado, no mesmo valor. Expectativas vs realidade Continua a não ser claro se as negociações desta semana vão levar as autoridades de ambos os países a anular aquelas medidas, que perturbaram as praças financeiras em todo o mundo, temendo uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta. Analistas consideram ser difícil China e EUA chegarem a um consenso, tendo em conta a forte incompatibilidade entre as estratégias de ambos para o sector tecnológico, no qual Pequim ambiciona competir com Washington. O jornal oficial China Daily lembra que é normal que existam diferenças entre os EUA e a China em torno de questões comerciais, mas que os recentes “ataques mostram o quão acesas se tornaram as disputas e o quão difícil será para os dois lados ficarem satisfeitos”. Um acordo é apenas possível se os “dois lados tiveram expectativas realistas”, acrescentou o jornal. Na raiz desta disputa está o plano de Pequim, designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos sectores de alto valor agregado, incluindo inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos. A China fabrica 90 por cento dos telemóveis e 80 por cento dos computadores do mundo, mas depende de tecnologia e componentes oriundos dos EUA, Europa e Japão, que ficam com a maior margem de lucro. Washington queixa-se de que as autoridades chinesas estão a subsidiar empresas locais e a protegê-las da concorrência, enquanto forçam firmas estrangeiras a partilhar tecnologia com potenciais futuros rivais chineses, em troca de acesso ao mercado do país. A delegação norte-americana incluiu ainda o secretário do Comércio, Wilbur Ross, o representante comercial da Casa Branca, Robert Lighthizer, e o assessor económico máximo de Trump, Larry Kudlow. Do lado chinês, as discussões foram lideradas pelo vice-primeiro-ministro Liu He, principal encarregado da política económica e financeira do país asiático e visto como próximo do Presidente da China, Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaIdeologia | Xi enaltece ideais de Marx apesar de abertura do país ao capitalismo [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, enalteceu os ideais de Karl Marx, que teoricamente continuam a reger o país, onde milhares de operários morrem anualmente em acidentes laborais, numa celebração do bicentenário do nascimento do filósofo alemão. “Como um espectacular amanhecer, o marxismo ilumina o caminho da humanidade”, afirmou Xi, no Grande Palácio do Povo, local que acolhe os mais importantes eventos políticos da China, situado junto à Praça de Tiananmen. Durante um discurso de uma hora e meia, proferido perante personalidades militares e civis da China, Xi classificou Marx como “o maior pensador dos tempos modernos”. “Duzentos anos depois, apesar das enormes e profundas mudanças na sociedade humana, o nome de Karl Marx continua a ser respeitado em todo o mundo e a sua teoria continua a ser iluminada pela luz da verdade”, lembrou Xi. Um enorme retrato do filósofo alemão, nascido em 5 de Maio de 1818, ocupou o espaço normalmente reservado aos símbolos do regime chinês no Grande Palácio do Povo. Desde que ascendeu ao poder, em 2013, Xi Jinping tem vindo a promover o estudo do marxismo entre os altos quadros do Partido Comunista, visando um “regresso às raízes”. O segundo centenário do nascimento de Karl Marx foi comemorado na China com várias actividades, incluindo a organização de exposições ou a reedição de clássicos marxistas como o “O Capital” ou “O Manifesto Comunista”. Segundo a sua Constituição, a China é “um Estado socialista, liderado pela classe trabalhadora e assente na aliança operário-camponesa”. O reverso da moeda Em 1979, no entanto, o país abriu-se à iniciativa privada e ao investimento estrangeiro e é hoje a segunda maior economia do mundo, após quatro décadas a crescer, em média, quase 10 por cento ao ano. Desde então, centenas de milhões de chineses saíram da pobreza extrema, num “milagre” sem precedentes na História moderna. No entanto, segundo contas da Organização Internacional do Trabalho, o operariado chinês regista, em média, cerca de 70.000 mortes por ano devido a acidentes no trabalho – 192 óbitos por dia. A desigualdade social é também uma das principais fontes de descontentamento popular no país. O rendimento ‘per capita’ em Pequim ou Xangai, as cidades mais prósperas do país, é dez vezes superior ao das áreas rurais, onde quase metade dos 1.750 milhões de chineses continua a viver.
Hoje Macau EventosCreative Macau | Festival Sound & Image com mais de 25 candidaturas portuguesas [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] inda não fecharam as inscrições e a organização do Sound & Image já recebeu mais de 1500 filmes para a nona edição do festival. Destes “pelo menos 27” são de autores portugueses. Este ano Miguel Dias vai fazer parte do júri. A 9.ª edição do Sound & Image Challenge de Macau, festival que motiva todos os anos produtores locais e internacionais de curtas-metragens e música a competir no território, já recebeu pelo menos 27 candidaturas de filmes portugueses. “Até agora já recebemos 1604 filmes da Grécia, Egipto, Estados Unidos, Reino Unido, Irão, Portugal, Brasil, etc.”, afirmou à Lusa a coordenadora do Creative Macau, Lúcia Lemos, que organiza o festival. A coordenadora do espaço cultural, que este ano celebra o 15.º ano de existência, anunciou ainda que “um dos directores do festival internacional de Curtas de Vila do Conde, Miguel Dias, vai ser grande júri do Festival”. Para a competição de curtas, os trabalhos serão recebidos até 16 de Junho, sendo o prazo alargado até 20 de Agosto para os vídeos musicais. O Sound & Image Challenge International Festival divide-se em duas competições: a de curtas-metragens, nas categorias de Ficção, Documentário e Animação, e a vídeos musicais. Prémios novos A estes prémios, a organização decidiu acrescentar este ano novas nomeações: Prémios de melhor realizador, melhor cinematografia, melhor edição, melhor música, melhor banda sonora, melhores efeitos visuais para a competição de curtas, e de melhor canção e melhores efeitos visuais para a competição de vídeos musicais, que por enquanto não têm valor monetário. Os trabalhos finalistas vão ser apresentados de 4 a 9 de Dezembro no teatro Dom Pedro V. Lúcia Lemos fez um balanço muito positivo dos 15 anos Creative Macau já que foram alcançados todos os objetivos, de “ser uma plataforma e um centro de apoio aos criativos locais”. Este espaço criativo, que conta com mais de 500 membros, dá a possibilidade aos associados de “exporem em grupo, nas exposições colectivas, os seus trabalhos e também podem ser convidados a fazer exposições individuais”, explicou a coordenadora. Para além dos membros, os alunos da Universidade de São José, em Macau, e do Instituto Politécnico de Macau podem utilizar o espaço para divulgarem os seus trabalhos. Para as celebrações do aniversário do espaço, no dia 28 de Agosto, a coordenadora admitiu que ainda não sabe que trabalhos vai exibir, “mas certamente que vão existir peças de portugueses”.
Hoje Macau EventosLivro de poesia de Oscar Maldonado vence Prémio Literário UCCLA [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] paraguaio Oscar Maldonado venceu a edição deste ano do Prémio Literário UCCLA – Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, com o livro de poesia “Equilíbrio Distante”, anunciou a organização. Em comunicado, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) revelou que a obra vencedora da 3.ª edição do prémio foi apresentada no âmbito das celebrações do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, na quinta-feira. Oscar Ruben Lopez Maldonado, de 48 anos, é natural do Paraguai, mas reside em São Paulo, no Brasil. Esta edição contou com 805 candidaturas, oriundas da Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Guiné-Bissau, Moçambique, Paraguai, Portugal e São Tomé e Príncipe. Relativamente às idades dos concorrentes que submeteram candidaturas, verifica-se que 35% tinham entre os 16 e os 30 anos, 41% entre os 31 e os 50, 21% entre os 51 e os 70, e 3% entre os 71 e os 90 anos. No que respeita ao género, 31% são mulheres e 69% são homens. O prémio literário é uma iniciativa conjunta da UCCLA, da Editora A Bela e o Monstro e do Movimento 2014, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. O objetivo do prémio é estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela e conto) e da poesia, em língua portuguesa, por novos escritores. O prémio foi lançado em 2015 e distinguiu, na 1.ª edição, o romance “Era Uma Vez Um Homem” da autoria de João Nuno Azambuja, de Portugal, e, na 2.ª edição, a obra “Diário de Cão” de Thiago Rodrigues Braga, de Goiás, Brasil.
Hoje Macau InternacionalSecretário-geral das Nações Unidas destaca importância da CPLP no Dia da Língua Portuguesa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a importância da diversidade contra as tentativas de uniformização a que se assiste e disse que a CPLP tem nesta matéria um “papel essencial a desempenhar”. No Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), celebrado a 5 de Maio, António Guterres fez um pequeno discurso, em português, nos Jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque, no qual elogiou a diversidade da CPLP, com países em todos os continentes. “É necessário dizer que nós na CPLP nos orgulhamos da nossa diversidade, reconhecemos que as nossas próprias sociedades são multiétnicas, multiculturais, multirreligiosas, e que isso é um bem, não é uma ameaça, e que isso deve ser valorizado, e afirmado, e que isso deve ser uma lição para outras partes do mundo, outros povos, outras culturas. E penso que a CPLP tem aqui um papel essencial a desempenhar”, disse António Guterres no discurso, disponível na página oficial da ONU na internet. Afirmando que a celebração de hoje foi a primeira clara manifestação da língua portuguesa nos Jardins das Nações Unidas, Guterres afiançou que um dos pontos fundamentais do seu mandato é “exprimir a importância do multilinguismo nas Nações Unidas”, contra um “mundo uniformizado em que todos falem a mesma língua”. Porque é preciso um mundo em que cada um fale a sua língua, porque são precisas “umas Nações Unidas baseadas na diversidade”, disse. Umas Nações Unidas baseadas na diversidade “contra essa tentativa de uniformização a que estamos assistindo e que causa um empobrecimento desnecessário da comunidade internacional”, disse António Guterres, insistindo que a diversidade é um valor essencial num mundo onde existem “várias tentativas de isolamento” e se se assiste ao reacender de “expressões de racismo, de xenofobia” e de condenação “do outro só porque o outro é diferente”. Neste mundo os países da CPLP podem ser uma ponte e um fator de harmonia, capaz de ajudar os outros e de prevenir novos conflitos e tentar contribuir para a resolução de atuais conflitos, disse também o secretário-geral. Guterres lembrou ainda os 20 anos da atribuição do prémio Nobel da Literatura a José Saramago e disse que muitos outros autores de língua portuguesa o mereciam, concluindo que tudo fará para que a língua portuguesa e a cultura dos países da CPLP tenham nas Nações Unidas “uma manifestação cada vez mais forte como símbolo da diversidade”. O dia 5 de maio foi instituído em 2009 como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP.
Hoje Macau InternacionalDelegação norte-americana em Pequim para negociar disputas Uma delegação norte-americana de alto nível iniciou ontem conversas em Pequim visando pôr fim à guerra comercial com a China, apesar de ambos os lados considerarem difícil um acordo definitivo entre as duas maiores potências comerciais [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, que acusa Pequim de práticas comerciais “injustas” e definiu como prioridade reduzir o défice comercial com a China, nomeou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, para liderar as negociações. A delegação, que chegou ontem a Pequim, inclui ainda os principais responsáveis pela política comercial de Washington, incluindo o secretário do Comércio, Wilbur Ross, o representante comercial da Casa Branca, Robert Lighthizer, e o assessor económico máximo de Trump, Larry Kudlow. A visita ocorre a poucos dias do fim do período de apreciação das taxas alfandegárias propostas por Washington sobre um total de 1.300 produtos chineses de vários sectores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou robótica. Aquela medida afectará, no conjunto, 50.000 milhões de dólares nas exportações chinesas para os EUA. As negociações decorrem na Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai, em Pequim, segundo a embaixada dos EUA na China. Do lado chinês, as discussões são lideradas pelo vice-primeiro-ministro Liu He, principal encarregado da política económica e financeira do país asiático e visto como próximo do Presidente da China, Xi Jinping. Os Estados Unidos, que almejam uma redução de 100.000 milhões no défice comercial com a China, reclamam uma maior abertura do mercado chinês. Expectativas tímidas Washington exige ainda uma protecção mais forte dos direitos de propriedade intelectual e critica a “transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana” em troca de acesso ao mercado chinês. Ambos os lados expressaram, no entanto, cautela sobre o resultado das negociações. “Este é um passo construtivo, desde que os Estados Unidos sejam sinceros (…), mas dada a complexidade das economias dos dois países, não é realista imaginar uma solução para todas as disputas”, afirmou na quarta-feira Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa. Também Lighthizer advertiu: “Eu prefiro esperar, mas nem sempre sou optimista. É um grande desafio”. Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um excedente de 223,5 mil milhões de euros no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o excedente chinês ainda mais acima, em 304,1 mil milhões de euros.
Hoje Macau InternacionalMuseu digital chega a Tóquio para libertar a arte das restrições físicas O colectivo multidisciplinar japonês teamLab, conhecido mundialmente por exposições futuristas e interativas, vai abrir em Tóquio, este verão, o primeiro museu dedicado inteiramente à arte digital. A ideia é concretizar o sonho de “libertar a arte das restrições físicas” [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]e passeios bucólicos em campos de arroz, a “florestas” de lâmpadas de várias cores e movimentos, as instalações do novo museu têm um único objectivo: a imersão do visitante. A equipa dedicada a moldar sonhos sob a forma de arte digital foi fundada em 2001 pelo artista Toshiyuki Inoko. Na altura com 41 anos, juntou-se a quatro amigos da Universidade de Engenharia e juntos começaram a desenhar o futuro. “Achamos que a arte digital pode ampliar o conceito de beleza”, resumia o manifesto da teamLab. Só dez anos mais tarde o conceito se viria a materializar de forma a ganhar contornos mundiais. Foi a estreia artística em Taipei, capital de Taiwan, em 2011, que lhes garantiu a rampa de lançamento. Em 2014, integravam já a Pace Gallery, em Nova Iorque. A primeira exposição no Japão, um ano mais tarde, atraiu cerca de 500.000 visitantes em cinco meses, à qual se seguiram exposições de Londres à China. Criar o próprio museu é “um novo passo” para a TeamLab, um caminho possível depois da parceria com a Mori Building, líder de desenvolvimento urbano em Tóquio, e do apoio de vários grupos japoneses, da Panasonic à Epson, que fornecem equipamentos sofisticados. Arte-tec Apresentado como “único” no mundo, o museu estende-se por uma vasta área de 10.000 m² e reúne cerca de cinquenta instalações na ilha artificial de Odaiba, a seis quilómetros da capital japonesa. Com 520 computadores e 470 projectores, é acima de tudo um “feito tecnológico”. As peças apresentadas não são “nem animações pré-gravadas nem imagens em loop”, mas realizadas em tempo real, insiste o teamLab. “O universo transforma-se com a presença do outro e isso é muito importante para nós, eu sou parte do trabalho, assim como todos os outros visitantes”, disse Toshiyuki Inoko. Nos bastidores, actuam ao mesmo tempo 500 artistas, engenheiros, programadores, matemáticos, especialistas em robótica e arquitectos. O investimento do projecto não foi tornado público, mas um membro da equipa indicou que cada instalação pode rondar entre um e dois milhões de dólares. O “Mori Building Digital Art Museum teamLab Borderless” abre ao público no dia 21 de Junho por 3.200 ienes (24 euros), na esperança de atrair uma grande audiência nos Jogos Olímpicos do Japão, em 2020.
Hoje Macau InternacionalTrump diz que avença a advogado cobria pagamento a actriz porno [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] presidente norte-americano disse ontem que o valor pago ao seu advogado pelo silêncio da actriz porno Stormy Daniels correspondia a uma avença mensal e assegurou que não foi usado qualquer dinheiro da campanha eleitoral. Donald Trump escreveu no Twitter que o seu advogado Michael Cohen recebia uma avença mensal através do qual pagava “um contrato privado entre duas partes, conhecido como acordo de confidencialidade” e que era usado para impedir “as acusações falsas e extorsionárias” da actriz sobre a relação que mantiveram. As declarações de Trump surgem depois de o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque Rudy Giuliani ter dito numa entrevista à estação de televisão Fox News, que Trump “reembolsou” o advogado pelo pagamento dos 130 mil dólares acordado com a actriz de filmes pornográficos, numa aparente contradição com as alegações anteriores do presidente de que desconhecia a origem do dinheiro. “Pelo que sei, Trump não conhecia os detalhes, mas tinha conhecimento de que havia a possibilidade de um acordo e que Michael (Cohen) ia encarregar-se do assunto”, disse ainda Rudy Giuliani. Stormy Daniels e Donald Trump enfrentam-se num processo judicial desde que, no princípio do ano, foi publicado na imprensa que Cohen fez um pagamento à actriz antes das presidenciais norte-americanas em 2016. Supostamente, o pagamento terá sido efectuado para que Stormy Daniels não revelasse a relação sexual que manteve com Trump em 2006, pouco depois do casamento com a actual primeira dama dos Estados Unidos, Melania Trump. A transacção pode configurar como violação das leis norte-americanas sobre financiamento eleitoral, caso se considere que o pagamento teve como finalidade manter a imagem de Trump, como candidato, num momento especialmente delicado da campanha. Giuliani afirmou na entrevista à Fox News que o pagamento não transgrediu a lei eleitoral, porque o montante referido não saiu das contas da campanha do Partido Republicano. No início de 2018, Stormy Daniels, nome artístico de Stephanie Gregory Clifford, 39 anos, recorreu aos tribunais para renunciar ao pacto, um litígio judicial que ainda não foi resolvido. O advogado Michael Cohen pediu, entretanto, uma quantia milionária à actriz por não cumprimento do pacto de confidencialidade ao tornar pública a ligação que, supostamente, manteve com Donald Trump.
Hoje Macau SociedadeLucros da Melco Resorts sobem 38,1 por cento no primeiro trimestre [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment anunciou lucros líquidos de 156,9 milhões de dólares (130,8 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, mais 38,1 por cento face ao período homólogo do ano passado. De acordo com o comunicado divulgado ontem, o grupo alcançou receitas de 1,3 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 3 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a receita tinha sido de 1.277,2 milhões de dólares. “O aumento na receita líquida é principalmente atribuível às maiores receitas brutas em todo o segmento de jogo”, declarou operadora de jogo, no comunicado. O EBITDA ajustado (lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) aumentou 14 por cento relativamente aos meses de Janeiro a Março de 2017, para 401,8 milhões de dólares. Lawrence Ho, filho do magnata do jogo de Macau Stanley Ho e presidente da Melco Resorts afirmou que “Macau teve um forte começo de ano com um crescimento de receita de jogos no ano de aproximadamente 22 por cento em comparação com o mesmo período de 2017”. Lawrence Ho considerou ainda que com a abertura, para breve, da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau “a região vai beneficiar de um aumento da procura”. Além de Macau, “o Japão continua a ser a prioridade central” da Melco, sublinhou Ho. A Melco Internacional está presente na China, Filipinas, Rússia, Macau e garantiu a primeira e única concessão para um casino no Chipre. A operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment, uma das seis concessionárias que operam em Macau, anunciou em Fevereiro que obteve receitas de 5,3 mil milhões de dólares em 2017, com lucros atribuíveis ao grupo de 347 milhões de dólares.