Economia | Vice-primeiro-ministro em Washington na próxima semana

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] vice-primeiro-ministro chinês Liu He desloca-se “na próxima semana” a Washington, para retomar as negociações com as autoridades norte-americanas, visando evitar uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta, informou a Casa Branca.

Liu He, principal encarregado da política económica do país asiático, liderou na semana passada uma primeira ronda de negociações com uma delegação norte-americana chefiada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
As conversações não terminaram, no entanto, com um acordo que permita pôr fim às crescentes disputas comerciais.
“O responsável pelas questões económicas do executivo chinês, o vice-primeiro-ministro, virá a Washington na próxima semana para continuar as discussões” com a administração de Donald Trump, anunciou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Liu He, antigo aluno da universidade norte-americana de Harvard, é conhecido pelo seu domínio da língua inglesa.
O Presidente dos EUA quer reduzir o deficit na balança comercial com a China e exige que Pequim garanta às empresas norte-americanas uma melhor protecção dos direitos de propriedade intelectual. Segundo um documento divulgado pela agência Bloomberg, e apresentado como ponto de partida para as negociações em Pequim, Trump exige uma redução do deficit comercial dos EUA com a China de “pelo menos” 200.000 milhões de dólares, até 2020. Trump exige ainda que as taxas alfandegárias chinesas sejam reduzidas para os valores praticados pelos EUA e o fim de subsídios estatais para certos sectores industriais estratégicos.

Em recuperação
As exportações chinesas recuperaram no mês passado, depois de caírem em Fevereiro, segundo dados ontem divulgados, que revelaram ainda um aumento no superavit com os Estados Unidos, fonte de uma intensa disputa comercial com Washington.
As alfândegas chinesas anunciaram uma subida das exportações de 21,5 por cento, face a Abril de 2017, depois de terem recuado 2,7 por cento, em Março.
As importações medidas em dólares aumentaram 12,9 por cento, fixando o superavit chinês em 28,8 mil milhões de dólares. No mês passado, a balança comercial chinesa registou um raro deficit de 5 mil milhões de dólares.
No mesmo mês, o superavit da China nas trocas comerciais com os EUA fixou-se em 22,2 mil milhões de dólares, depois de em Março se ter fixado nos 15,4 mil milhões.
Os dados ontem anunciados surgem numa altura de crescente tensão entre Washington e Pequim, em torno do crónico deficit norte-americano nos negócios com a China. Entre Janeiro e Abril, a China registou um superavit de 80,4 mil milhões de dólares nas trocas comerciais com os EUA.
Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um superavit de 275,8 mil milhões de dólares no comércio com os EUA. As contas de Washington fixam o superavit chinês ainda mais acima, em 375,2 mil milhões de dólares.

9 Mai 2018

Temer admite desistir da reeleição para apoiar candidato do centro

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente do Brasil, Michel Temer, admitiu ontem que pode desistir de participar nas próximas eleições presidenciais do país, que se realizam em Outubro, para apoiar um candidato que possa agregar apoio de vários partidos. “Se necessário abro mão [da candidatura] com paz de espírito. Não haveria dificuldade”, disse o Presidente brasileiro, numa entrevista ao programa Power Focus, exibido na rede de televisão SBT.

Michel Temer, cuja popularidade está abaixo de 6 por cento, disse que para ele desistir da reeleição será necessário que as forças políticas do Brasil se unam em torno de apenas um candidato “de centro”. “Se queremos que o centro [vença] não podemos ter sete ou oito candidatos. A classe política precisa mobilizar-se para escolher um nome”, afirmou o chefe de Estado.

O Presidente brasileiro citou os pré-candidatos Geraldo Alckmin, Flávio Rocha, Afif Domingos e Paulo Rabelho de Castro como possíveis para representarem os partidos do centro.

O nome do actual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que lançou sua pré-candidatura à Presidência no início de Março, também foi incluído por Michel Temer nesta lista.

O Presidente abordou ainda a possibilidade de o ex-juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa ser candidato e consiga eleger-se Presidente do Brasil. Joaquim Barbosa, negro, de origem humilde e que teve uma forte popularidade quando foi relator de um julgamento sobre um escândalo de suborno que ocorreu no Governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apareceu nas últimas sondagens como um dos candidatos que tem hipóteses de vencer as eleições.

Para Michel Temer, porém, estas caraterísticas não devem ser decisivas. O Presidente brasileiro disse que não acredita que o antigo magistrado terá sucesso na corrida presidencial apenas “por ser negro ou porque ele era pobre”. “Se me permite, eu discordo do facto de que ele poderá ser o Presidente porque é negro ou porque era pobre. Pobre, eu também fui. Lula era pobre. Esta não será a razão que fará alguém ser ou não Presidente “, disse Michel Temer.

Michel Temer voltou a defender o seu Governo e a continuidade do seu trabalho, frisando a importância de projectos como as mudanças no sistema de pagamento de pensões de reforma e a privatização da Eletrobras.

O chefe de Estado brasileiro mostrou-se visivelmente incomodado com as perguntas de jornalistas sobre as acusações de que ele supostamente teria usado o dinheiro ilícito para pagar obras em casa da sua filha. A polícia está a investigar se as obras na casa de Maristela Temer foram pagas ilegalmente, depois de fornecedores de material daquela obra terem admitido que receberam dinheiro em espécie das mãos da mulher do coronel João Batista Lima Filho, amigo íntimo do Presidente brasileiro, como pagamento dos seus serviços.

8 Mai 2018

Elementos do bem e do mal

Jales Coutinho

[dropcap style≠’circle’]L[/dropcap]ogo depois da libertação (Janeiro de 1945), um médico e um químico, colegas de cativeiro no campo para judeus de Monowitz, redigem um relatório, provavelmente a pedido dos soviéticos, sobre a organização higiénico-sanitária naquele Lager.

Leonardo De Benedetti e Primo Levi continuaram pela vida fora a dar testemunho dos onze meses ali vividos. Monowitz era um dos cem campos dependentes do centro administrativo de Auschwitz. Era um bom campo, dirá Levi noutra ocasião, por ser um Arbeitslager, um campo de trabalho forçado, e não um de extermínio. A média de vida ali era de três meses. Quando as forças se esvaíam, uma inspeção rápida despachava os homens para as câmaras de gás num campo próximo.

O relatório é publicado numa revista médica em 1946. Mais ou menos por essa altura Primo Levi decide dedicar-se à literatura. Também a escrita testemunhará o que viveram, ele e todos aqueles com que se cruzou. Não mais deixará de investigar os detalhes dessas vidas, para as resgatar do olvido. Igualmente a formação em Química intervirá nessa demanda. No relatório iniciático e em relatos subsequentes explica o funcionamento das câmaras de gás (os chuveiros) e dos fornos crematórios do campo de Birkenau. Pelas válvulas das câmaras, descreve, era libertado o Zyklon B, um pó inicialmente usado para desratizar os porões dos navios.

*

Sam Kean é um exímio contador de histórias da história da ciência. Seja o código atómico, o código genético, o cérebro, o ar que respiramos, tudo lhe vem servindo para coleccionar casos e histórias de exemplo e proveito. Fritz Haber é uma das suas personagens paradigmáticas, por encarnar a dualidade fundamental da ciência, o bem e o mal. Um daqueles casos (frequentes) em que uma descoberta ou invenção brilhante é reconvertida em agente de destruição. Consta que Arquimedes usou espelhos para atear o fogo aos navios dos romanos; dizia-se que a dinamite de Alfred Nobel era apenas para abrir estradas e túneis…

Haber tornou-se mundialmente famoso ao produzir amoníaco com o nitrogénio (elemento 7). Daí vieram os fertilizantes, que salvaram (e salvam) milhões de seres humanos da fome. A história aparece já no primeiro livro de Sam Kean (2010), dedicado à tabela periódica dos elementos químicos, livro de que saiu agora aliás uma edição para leitores jovens (abril de 2018). No seu mais recente livro (2017), dedicado à atmosfera terrestre, o caso de Haber regressa e merece ainda mais atenção.

O ar que respiramos é composto em 78 por cento por moléculas de nitrogénio (uma molécula do gás de nitrogénio tem dois átomos de nitrogénio). Nem sempre foi assim. A primeira atmosfera da Terra era essencialmente hidrogénio e hélio, sobras ainda do (pequeno) big-bang que originou o nosso sistema solar, há 4,6 mil milhões de anos.

Depois, com os planetas rochosos ainda meio pastosos, a (segunda) atmosfera da Terra formou-se principalmente dos gases vindos do seu interior: vapor de água e dióxido de carbono, gases sulfúricos, vapores metálicos. Talvez os constantes choques de asteroides e cometas tenham reconfigurado muitas vezes a atmosfera e o planeta, incluindo os lagos e os oceanos que se formavam; talvez asteroides e cometas tenham acrescentado outros gases à atmosfera…

A terceira atmosfera da Terra formou-se há 2,5 mil milhões de anos. Os choques de asteroides e cometas tornaram-se raros, a crosta do planeta arrefeceu, solidificou em rocha dura. O magma no interior continuou a libertar gases, que se acumulam em alguns pontos e acabam por explodir. Formam-se os vulcões, pelos quais os gases continuam a ser expelidos para a atmosfera, incluindo alguns gases ricos em nitrogénio.

O nitrogénio acumula-se na atmosfera porque os seus dois átomos, fortemente unidos, não se misturam com outros átomos. Apesar de vivermos num oceano de nitrogénio, e de ele ser indispensável em todas as nossas células, o nosso organismo não o consegue assimilar diretamente do ar; como faz com o oxigénio, por exemplo, através dos pulmões.

O desenvolvimento de algumas bactérias capazes de cindir os dois átomos (ligando-os aos átomos de hidrogénio, criando naturalmente amoníaco) estabiliza um ambiente favorável à vida de plantas e animais. Essas bactérias vivem nas raízes de algumas plantas e em alguns tipos de solo, trocando o nitrogénio por outros nutrientes. Os animais metabolizam o nitrogénio alimentando-se das plantas.

Na linguagem colorida de Kean, só no início do século XX uma espécie de não-bactérias foi capaz de fazer o mesmo: produzir amoníaco.

A tentativa de se criar um estrume químico já vinha de meados do século XIX, e foi isso mesmo que uma empresa pediu a Haber em 1905: uma nova maneira de se obter amoníaco, para se produzirem fertilizantes. Comprimindo moléculas de nitrogénio e hidrogénio com pressões centenas de vezes superiores à pressão atmosférica, experimentando metal atrás de metal como catalisador, acertando o nível das altas temperaturas, Haber conseguiu finalmente obter as primeiras gotas de amoníaco.

A industrialização do processo foi entregue a Carl Bosh, um engenheiro químico. A produção de fertilizantes a partir do amoníaco não parou de crescer, até hoje. Como se dizia na altura, Haber conseguira o milagre de transformar o ar em pão.

Ah!, suspira Kean, se esta história pudesse terminar aqui…

Com o início da guerra, Haber entrega-se às tarefas militares. Dirige a produção em larga escala de amoníaco para o fabrico de explosivos de nitrogénio (capturado no amoníaco). Mas tem outros projetos em mãos, um deles o de desenvolver uma arma química superior às dos ingleses e franceses, que desse a vitória à Alemanha. Haber vira-se então para o cloro (17), com o qual produziu e fez testar no campo de batalha vários gases altamente tóxicos, e sobretudo aterradores, como o gás mostarda. Kean diz que o ser humano guarda um medo primitivo à falta de ar, à asfixia por um ar venenoso.

No meio de protestos, e de denúncias pelos seus pares de vários países, com o labéu de criminoso de guerra, Haber recebeu o Nobel em 1919 (de Química, relativo a 2018). Nunca foi formalmente acusado, ao contrário de Bosh, que continuou a boicotar o acesso dos Aliados à tecnologia do amoníaco mesmo depois do Tratado de Versalhes.

Haber dissimulou a sua indústria de guerra, garantindo que estudava maneiras de destruir os gases em reserva ou de os reconverter em pesticidas. Assim se inventou o Zyklon A.

Com a chegada de Hitler ao poder, o destino de Haber estava traçado. Não aceitou ter de despedir os cientistas judeus, ele próprio com raízes judaicas. O seu laboratório foi encerrado e a sua fortuna confiscada. Morreu em 1934, em fuga, tentando que algum país o acolhesse. Daí a uns anos, os nazis tinham desenvolvido a segunda geração do pesticida, o Zyklon B.

*

«Tinha numa gaveta um pergaminho miniatura com caracteres aprimorados que dizia que se conferia a Primo Levi, de raça hebraica, a licenciatura em Química com 110 e louvor. Portanto, era um documento dúbio, semiglória e semizombaria, semiabsolvição e semicondenação. Estava naquela gaveta desde julho de 1941 e novembro já terminara. O mundo caminhava para a catástrofe e à minha volta nada acontecia. Os alemães espalharam-se pela Polónia, pela Noruega, pela Holanda, pela França, pela Jugoslávia, e penetravam nas planícies russas como faca na manteiga. Os Estados Unidos não se mexiam para ajudar os ingleses, que continuavam sozinhos. Eu não encontrava trabalho e estoirava-me à procura de uma ocupação qualquer desde que fosse paga; no quarto ao lado do meu, prostrado por causa de um tumor, o meu pai vivia os seus últimos meses.»

Sexto capítulo. Como todos os 21 capítulos do livro, tem por título o nome de um elemento: “Níquel”. É a tabela periódica de Primo Levi: O sistema periódico, 1975 (Dom Quixote 2017). Lembranças sobretudo do antes e do depois; as do cativeiro estão já essencialmente no seu primeiro livro: Se isto é um homem, 1947 (Livros RTP 2018).

Levi vai arranjar logo a seguir um emprego, o seu primeiro emprego depois da licenciatura, meio secreto, ligado aos militares, numa mina de extração de amianto, que já derrubara uma montanha. Tarefa, analisar os restos das rochas deixados pela extração, para ver se havia algum níquel. Entusiasma-se, pelo menos estava a viver na montanha, faz todas as experiências possíveis. Um leve pensamento que por vezes o assalta, o de estar provavelmente ao serviço da produção de armas para o governo italiano, não o inquieta. Mas o níquel é residual, nada a fazer, senão procurar outro emprego.

Lembra as suas primeiras tentativas literárias, dois contos meio fantásticos (“Chumbo”, “Mercúrio”), cola-os a seguir, ficam aqui «entre estas histórias de química militante». Também «sonhava escrever a saga de um átomo de carbono». Escrevê-la-á muitos anos depois, é o último capítulo (“Carbono”).

Desde 1942 em Milão, os sete amigos de Turim enfrentam agora a realidade. Itália ocupada, juntam-se aos partigiani, três são presos. Em novembro de 1944, Levi está no Lager; o único conto (“Cério”) em que regressa ao cativeiro, ao laboratório da fábrica de borracha sintética, a Buna-Monowitz, local de trabalho para que fora selecionado. Já todos estão à espera dos «russos libertadores», há só que vencer a fome. «Roubava tudo, exceto o pão dos meus companheiros.» Encontra uns pedaços de ferrocério num armário. Descobre que podem servir como pedra de isqueiro; rouba-os, um pedaço de cada vez; molda-os; troca-os por comida.

Anos depois da guerra, já anos 1960, na correspondência comercial da fábrica de vernizes que dirige (penúltimo capítulo, “Vanádio”), aparece-lhe um nome… «Müller. Numa minha anterior encarnação havia um Müller.» Acaba por escrever-lhe, e confirmar, o seu «colega produtor de vernizes» fora o responsável pelo laboratório de Buna-Monowitz. Müller tinha uma boa «(louca!)» opinião sobre a fábrica de Buna (que não chegou a entrar em funcionamento), a fábrica destinava-se a «proteger os judeus». Gostara do livro (o de 1947, edição alemã) que Levi lhe enviara, também tinha umas notas daquele período, queria conversar sobre o passado, encontrar-se com ele…

 

8 Mai 2018

Empresa de telecomunicações ZTE, da China, apela aos EUA que suspendam sanção na compra de componentes

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] gigante de telecomunicações chinesa ZTE entrou com um recurso nos Estados Unidos que visa suspender a sanção que proíbe a empresa de comprar componentes norte-americanos, numa altura de crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington.

A ZTE, responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura 5G na China, anunciou no domingo que solicitou ao Departamento de Comércio dos EUA a suspensão da sanção. Pequim criticou também a decisão junto das autoridades norte-americanas, durante as negociações da semana passada, em Pequim, em torno das disputas comerciais, com uma delegação dos EUA chefiada pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.

Segundo um comunicado do ministério do Comércio da China, a delegação prometeu repassar os protestos da China ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

No mês passado, Washington decidiu pôr fim às exportações de componentes destinadas ao grupo chinês ZTE, devido a declarações fraudulentas num inquérito sobre a investigação ao embargo imposto ao Irão e à Coreia do Norte. Os Estados Unidos já tinham aplicado, em Março de 2017, uma multa de 1,2 mil milhões de dólares ao grupo chinês das telecomunicações ZTE por ter violado o embargo aos dois países.

Em 2016, o grupo chinês assumiu a responsabilidade por ter adquirido equipamento aos Estados Unidos e os ter reexportado para o Irão e a Coreia do Norte, apesar das sanções impostas aos dois países devido aos seus programas militares e a violações dos direitos humanos. A decisão de Washington ameaça a sobrevivência da gigante das telecomunicações, que depende de tecnologia norte-americana, como chips e o sistema operacional Android, para fabricar dispositivos móveis.

A sanção surge num período de crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington. Na raiz desta disputa está o plano de Pequim, designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos sectores de alto valor agregado, incluindo inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.

Segundo o banco de investimento CICC, a ZTE tem em stock componentes para um ou dois meses, antes que a sanção comece a afectar os seus negócios. A negociação de títulos da ZTE nas Bolsas de Valores de Hong Kong e Shenzhen foram, entretanto, suspensas desde a decisão dos EUA.

8 Mai 2018

Diplomacia | Singapura acolherá em Junho cimeira Kim-Trump

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] histórica cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, realiza-se em meados de Junho em Singapura, noticiou ontem o diário sul-coreano Chosun Ilbo. Trump disse na sexta-feira que a data e o local do encontro tinham sido definidos e seriam em breve anunciados.

A cimeira decorrerá “em meados de Junho”, afirma o Chosun Ilbo, citando fontes diplomáticas que obtiveram a informação do conselheiro norte-americano para a Segurança Nacional, John Bolton. A agência de notícias sul-coreana Yonhap também tinha indicado, no fim de semana, que o local favorito para o encontro Trump-Kim era Singapura.

Trump tinha anteriormente dado a entender que a Zona Desmilitarizada (DMZ), onde se realizou no final de Abril a terceira cimeira entre as duas Coreias, poderia ser apropriada para o seu encontro com Kim Jong-un. A Mongólia e a Suíça foram igualmente apontadas como locais possíveis.

8 Mai 2018

PCC | Membros provam lealdade em teste de realidade virtual

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s membros do Partido Comunista da China (PCC) da cidade de Binzhou, na província oriental de Shandong, serão os primeiros do sistema político chinês a demonstrar a sua lealdade ao partido por meio de testes de realidade virtual. Nos testes, avaliam-se, entre outras coisas, a vontade de contribuir para o bem do povo e do próprio partido e se são ou não um modelo ético para a sociedade, segundo o diário Global Times, próximo do Governo de Pequim.

Para fazerem o teste de quase 30 perguntas, que tanto inclui temas de teoria política como questões da vida pessoal, os examinados devem colocar óculos de realidade virtual e entrar numa divisão levando um comando de controlo remoto. As instalações onde decorrem os exames situam-se num centro local do PCC de Binzhou, custaram 92.000 euros e começaram a funcionar em Abril.

Entre as perguntas do teste, há algumas formuladas de forma complexa, como “Estás de acordo que, se não fores corrupto, serás marginalizado?”, à qual os avaliados deverão responder escolhendo a opção “não”, das cinco respostas possíveis.

O objectivo destes testes é determinar os pontos frágeis dos membros do PCC, segundo o Global Times, para que depois possam ser assessorados por especialistas do partido de forma presencial ou remota para os melhorarem.

Contudo, como advertiu Cai Zhiqiang, professor da Escola do Partido, centro de formação dos altos responsáveis do regime, estes exames precisam de ter uma base mais científica para reforçar a fiabilidade dos resultados, que deverão ser utilizados para fomentar a qualidade dos membros do PCC.

8 Mai 2018

Taiwan | Pequim desvaloriza críticas dos EUA

Pequim desvalorizou ontem as críticas de Washington, que classificou como “absurdo orwelliano” as exigências chinesas de que as companhias aéreas estrangeiras não se refiram a Taiwan como um país, por respeito à soberania da China

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que “independentemente do que os Estados Unidos dizem, isso nunca mudará o facto objectivo de que existe apenas uma só China, e que as regiões de Hong Kong, Macau e Taiwan são parte inalienável do território chinês”. “As empresas estrangeiras a operar na China devem respeitar a soberania e integridade territorial da China, cumprir a lei chinesa e respeitar os sentimentos do povo chinês”, afirmou em comunicado Geng Shuang, porta-voz do ministério.

Companhias aéreas norte-americanas e a empresa têxtil espanhola Zara foram forçadas a pedir desculpa à China por se referirem a Taiwan como um país nos seus portais electrónicos ou em publicidade.

Este fim-de-semana, a Casa Branca condenou os esforços chineses em controlar a forma como as companhias aéreas norte-americanas se referem a Taiwan, Hong Kong e Macau. O Governo norte-americano classificou a postura chinesa como “absurdo orwelliano”. Sarah Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca, afirmou em comunicado que o Presidente norte-americano, Donald Trump, vai “apoiar os americanos que resistem aos esforços do Partido Comunista Chinês em impor as suas noções de politicamente correcto às empresas e cidadãos norte-americanos”.

No ar

Segundo a Casa Branca, a Administração de Aviação Civil da China pediu uma alteração, nas referências a Taiwan, a 36 companhias aéreas estrangeiras.

“Trata-se de um absurdo orwelliano e parte de uma tendência crescente do Partido Comunista Chinês de impor as suas visões políticas aos cidadãos e às empresas americanos”, afirmou Sanders.

A porta-voz disse que a Administração de Donald Trump apelou à China para que “pare de ameaçar e coagir as companhias aéreas e cidadãos norte-americanos”.

O comunicado da Casa Branca surge depois de uma delegação norte-americana, liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, ter regressado de Pequim, onde na semana passada reuniu com as autoridades chinesas para encontrar uma solução para as crescentes disputas comerciais entre as duas potências. Também o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, falou este fim-de-semana por telefone com Yang Jiechi, membro do Politburo do PCC, que “afirmou a importância de uma relação bilateral construtiva e orientada para resultados”.

8 Mai 2018

Economia | Grupo que quer comprar seguros do Montepio enfrenta grave crise

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] grupo chinês CEFC Energy, que quer comprar o ramo segurador do Montepio, atravessa uma grave crise, suscitada pelo desaparecimento do seu presidente e o fracasso do negócio para comprar 14,16 por cento da petrolífera russa Rosneft

As agências de rating chinesas reduziram a classificação do crédito da empresa para nível “lixo”, tornando mais difícil o seu financiamento, numa altura em que os credores processam a firma, visando assegurar activos.

O jornal chinês China Business News escreve que dezenas de instituições que adquiriram obrigações do grupo reuniram-se, este fim-de-semana, num hotel em Xangai, a “capital” financeira da China, para exigir informações sobre a situação financeira do grupo e garantias de reembolso da dívida.

Mais duas reuniões de investidores foram agendadas para ontem e dia 15 de Maio, com um total de 263 milhões de euros em obrigações do grupo a expirar em 21 de Maio.

Com sede em Xangai, o CEFC está no processo de compra das seguradoras do Montepio, enquanto a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu pôr termo à negociação que decorria com o grupo para a venda da petrolífera Partex, devido à “incapacidade desta empresa em esclarecer cabalmente” uma investigação ao seu presidente.

O presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia, afirmou também já que duvida que a venda do ramo segurador do Montepio ao CEFC se concretize, mesmo que obtenha luz-verde do regulador.

Ye Jianming, fundador e presidente da empresa, está desaparecido desde Março passado, quando a imprensa chinesa avançou que se encontrava “sob investigação” das autoridades na China. Na altura, a empresa negou que o seu presidente estivesse a ser investigado e afirmou que aquelas notícias “não têm fundamento”.

Salada russa

O jornal de Hong Kong South China Morning Post avança também que o governo do município de Xangai tentou assumir o controlo do grupo, através da estatal Shanghai Guosheng, mas a empresa acabou por retroceder, após avaliar a situação financeira do CEFC.

A firma tornou-se mundialmente famosa no ano passado, quando acordou pagar 7,4 mil milhões de euros por 14,16 por cento da petrolífera russa Rosneft. O consórcio que detinha aquela participação, composta pelo fundo soberano do Qatar e a gigante da mineração Glencore, no entanto, anunciaram na sexta-feira que suspenderam o negócio.

Já no ano passado, uma proposta de 92 milhões de euros do CEFC pela empresa financeira norte-americana Cowen Group foi travada pelo governo dos Estados Unidos por motivos de segurança nacional.

Também nos EUA, uma investigação anticorrupção chamou a atenção para o grupo, após Chi Ping Patrick Ho, que geria uma organização não-governamental em Hong Kong financiada pelo CEFC, ter sido acusado por um tribunal de Nova Iorque por corrupção e lavagem de dinheiro. O Departamento de Justiça norte-americano acusa Ho de ter subornado funcionários do Chade e do Uganda em troca de contratos para uma empresa de energia chinesa. Registos públicos indicam que Ho representava a CEFC China’s China Energy Fund, em 2011.

8 Mai 2018

Escritor Mário Vargas Llosa participa pela 1.ª vez no Hay Festival

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] escritor Mario Vargas Llosa, de 82 anos, distinguido com o Prémio Nobel da Literatura em 2010, participa pela primeira vez no Hay Festival, que se realiza em Novembro, em Arequipa, sua cidade natal, anunciou a organização.

Nas três edições enteriores, participaram no Hay Festival cerca de 25.000 pessoas, noticiou a Efe, segundo a qual além do autor de “Elogio da Madrasta”, no certame participam também o indo-britânico Salman Rushdie, que recentemente publicou “A Casa Golden”, e a escritora e jornalista argentina Leila Guerriero, que em 2010 venceu o Prémio de Jornalismo Gabriel García Márquez.

Leila Guerriero participa pela segunda vez no festival, que teve a sua primeira edição, em Arequipa, em 2015.

O IV Hay Festival de Artes y Literatura realiza-se de 8 a 11 de Novembro, no centro histórico da denominada “Cidade Branca”, pelos seus edifícios construídos em cantaria vulcânica de cor branca, e onde Vargas Llosa, nobilitado como marquês pelo rei João Carlos de Espanha, tem a sua casa museu.

O Hay Festival, que junta escritores, filósofos, cientistas e jornalistas, é originário do País de Gales, e além do Peru, tem edições na Colômbia, México, Dinamarca, e Espanha, designadamente em Segóvia.

O escritor Mario Vargas Llosa esteve em Lisboa, em Outubro de 2016, para apresentar o seu mais recente romance, “Cinco esquinas”, na sala Almada Negreiros, no Centro Cultural de Belém.

Referência literária

Mario Vargas Llosa nasceu em 1936, em Arequipa, no Peru e actualmente tem dupla nacionalidade, peruana e espanhola, tendo recebido vários prémios literários internacionais, entre eles, o Prémio P.E.N./Nabokov, o Cervantes, o Príncipe das Astúrias e o Grinzane Cavour.

Em 2010, foi distinguido com o Prémio Nobel de Literatura pela “sua cartografia das estruturas de poder e pelas imagens pungentes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos”, segundo fonte editorial.

Dos seus títulos refira-se “A cidade e os cães”, que lhe valeu o Prémio Biblioteca Breve, em 1962 e o da Crítica Espanhola, em 1963).

Autor de mais de uma dezena de romances, Vargas Llosa é também autor de peças de teatro, nomeadamente “A menina de Tacna”, e de obras de ensaio, como “A Civilização do espetáculo”, editada em 2012.

Entre outras condecorações estrangeiras, o Governo francês distinguiu o escritor com a Medalha de Honra, em 1985, e, em Fevereiro de 2011, o rei de Espanha nobilitou-o com o título hereditário de Marquês de Vargas Llosa.

Vargas Llosa obteve a nacionalidade espanhola em Março de 1993, sem nunca renunciar à peruana.

8 Mai 2018

USJ | Gregory B. Lee traz a Macau a China imaginada

[dropcap style≠’circle’]“C[/dropcap]hina Imagined: From Western Fantasy to Spectacular Power” é a palestra a cargo de Gregory B. Lee que vai decorrer na Universidade e São José (USJ) no próximo dia 29 de Maio pelas 18h30.

De acordo com a organização, a China tem sido um país estudado e explorado por sinólogos e escritores, mas sempre dentro do âmbito de um país imaginado. “Entenda-se por imaginário, o conjunto de frases, imagens e crenças que compõem a compreensão partilhada de um grupo ou de comunidade (seja uma etnia ou uma nação, a nossa ou de outra pessoa)”, refere a apresentação do evento.

Mas, os tempos estão a mudar e o imaginário ocidental da China começa a ficar situado num ponto sem descrição com a sua posição reconhecida enquanto potência mundial. A palestra pretende responder à questão “De onde vem a China?”

Gregory B. Lee é um académico e autor, professor de Estudos Chineses e Transculturais na Universidade Jean Moulin. De entre as suas publicações, a organização destaca “Dai Wangshu: A vida e a poesia de um modernista chinês (1989)” e a “Década perdida da China (2009, 2012)”.

8 Mai 2018

Crime | Autoridades detiveram mais de 100 pessoas no Cotai desde quinta-feira

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma operação liderada pelos Serviços de Polícia Unitários, levada a cabo em conjunto com a Polícia Judiciária e Polícia de Segurança Pública em vários casinos no Cotai, resultou na detenção para interrogatório de 119 pessoas desde quinta-feira, segundo dados facultados pela PJ ao HM.

Na sequência da acção, com vista ao combate do câmbio ilegal de dinheiro, um homem foi preso. De acordo com a PJ, trata-se de um imigrante ilegal que é suspeito da prática de três crimes relacionados com jogo.

8 Mai 2018

Economia | Cartões de crédito denominados em renminbi em alta

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de cartões de crédito emitidos pelos bancos em Macau ascendeu a 1,21 milhões no final do primeiro trimestre, traduzindo um aumento de 12,1 por cento em termos anuais homólogos.

De acordo com dados da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a maior subida foi registada no número de cartões de crédito denominados em renminbi, que cresceu 15 por cento para 266.755.

Já os cartões de crédito denominados em patacas aumentaram 12 por cento, em termos anuais, para 860.764, enquanto os em dólares de Hong Kong cresceram 4,6 por cento atingindo 89.029 no final de Março. Em relação ao período homólogo, o crédito usado e o montante do reembolso registaram crescimentos de dois dígitos no primeiro trimestre do ano, segundo a AMCM.

8 Mai 2018

Jogo | Morpheus sem zona VIP operado por ‘junkets’

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] hotel Morpheus, que integra o complexo do City of Dreams, não vai ter zonas VIP (de grandes apostas) operadas por ‘junkets’, revelou o presidente da Melco Resorts, Lawrence Ho, à agência Reuters. “É muito melhor desenvolvermos a nossa própria base de dados, do que depender dos ‘junkets’”, afirmou.

Lawrence Ho tinha já adiantado que o espaço dedicado ao jogo no Morpheus destinar-se-á ao segmento de massas ‘premium’, em que as apostas são na ordem dos milhares de dólares de Hong Kong. O presidente da Melco, que opera quatro casinos em Macau, afirmou ainda que há poucos detalhes relativamente ao que vai suceder após o termo dos contratos das seis concessões e subconcessões, que expiram entre 2020 e 2022. “Estamos muito interessados em [saber] como vai ser o processo de renovação e o novo concurso”, sublinhou, apontando que tanto Macau como Pequim têm mantido silêncio a esse respeito.

O Morpheus, desenhado pela arquitecta iraquiana-britânica Zaha Hadid, que morreu em 2016, resulta de um investimento de mil milhões de dólares norte-americanos. Com abertura prevista para a primeira metade do ano, o novo hotel, de 160 metros de altura, vai oferecer mais de 700 quartos.

8 Mai 2018

UM | Investigação ao ex-reitor Wei Zhao terminada

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] investigação do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) à demissão de Wei Zhao, antigo reitor da Universidade de Macau, está terminada e as conclusões já chegaram ao Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. A informação foi avançada ontem pela agência Macau News Agency, que cita uma resposta oficial do GAES. “O nosso Gabinete já terminou o relatório [da investigação].

Entretanto, entregamos os resultados ao gabinete que tem a competência para acompanhar a situação”, informou o GAES à Macau News Agency, que afirma que o Governo não quis explicar qual o departamento ou divisão em causa. Por outro lado, o Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura confirmou a recepção do documento, explicando que o relatório já foi enviado para os departamentos competentes, que vão “analisar profundamente” as conclusões.

Wei Zhao demitiu-se do cargo de reitor da Universidade de Macau a 31 de Dezembro, e apesar de ter vindo a público, através de uma queixa anónima, que estaria obrigado a um período sabático de seis meses, saiu directamente para assumir a posição de Chefe do Gabinete de Pesquisa, na Universidade Americana de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos.

No entanto, na altura, a Universidade de Macau veio a publico defender o reitor, afirmando que o regulamento interno não obrigava os profissionais da instituição a um período sabático. Wei Zhao assumiu as funções no Emirados Árabes Unidos a 9 de Janeiro deste ano, antes disso esteve entre 2008 e 2017 como reitor da Universidade de Macau.

8 Mai 2018

Chui Sai On | Governo incentiva intercâmbio entre jovens da região e do Camboja

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, apelou ontem ao intercâmbio entre jovens do território e do Camboja, país que participa na iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”.

No primeiro dia de uma visita ao Camboja e à Tailândia, onde espera aprofundar a cooperação com os países envolvidos na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, o Chefe do Executivo anunciou que o Governo irá apoiar os jovens cambojanos a prosseguirem os seus estudos em Macau.

O anúncio foi feito no discurso de abertura da “Mesa Redonda entre jovens de Macau e do Camboja”, no qual Chui Sai On sublinhou a importância de todos os sectores trabalharem para maximizar “o aproveitamento da inovação e o espírito de esforço da nova geração”.

O responsável máximo de Macau enfatizou o empenho do território em aprofundar o intercâmbio para uma maior “fluidez das trocas comerciais, com vista a “uma maior interactividade e oportunidades de emprego para ambas as populações”.

Por fim, Chui afirmou que Macau irá continuar a desempenhar a sua função de plataforma de serviços e comércio e a explorar com o Camboja o mercado dos países que se encontram na rota da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’.

Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “uma Faixa, uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares, e visa reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.

Redes ferroviárias intercontinentais, portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre estão a ser construídos em mais de 60 países, abrangendo 65 por cento da população mundial.

8 Mai 2018

Museu do Oriente quer impôr-se “pela diferença e exotismo”, afirma directora

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] diretora do Museu do Oriente, Joana Belard da Fonseca, afirmou, numa entrevista à agência Lusa, que a entidade pretende impôr-se “pela diferença e exotismo” na oferta cultural de Lisboa, através de um acervo com mais de 17 mil peças.

O museu, que celebra este ano uma década de existência, fica localizado em Alcântara, junto ao rio Tejo, e as celebrações passam por uma programação de exposições, concertos, palestras e oficinas, até 27 de maio, com entradas gratuitas aos domingos.

“Nós temos uma coleção com peças muito significativas da presença portuguesa na Ásia, com diversos objetos que resultam do encontro de culturas e, por outro lado, a coleção Kwok On, que é muito específica, sendo poucos os museus da Europa com uma semelhante”, disse a responsável à Lusa.

De acordo com a diretora do museu, o orçamento global da Fundação Oriente para 2018 é de 4,3 milhões de euros e o valor para aquisição de peças para o museu é de 950 mil euros este ano.

Os visitantes podem encontrar no Museu do Oriente, os biombos Namban, máscaras, marionetas, mobiliário, armaduras, e gravuras, trajes e diversos objetos de cerimoniais que integram um acervo composto globalmente por cerca de 17.000 peças provenientes de países como a Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia, Camboja, Turquia e China.

O museu recebeu 450.725 visitantes em dez anos de funcionamento e Joana Belard da Fonseca apontou que a filosofia é “criar um grande dinamismo na Casa do Oriente em Portugal”, disse, citando o fundador, Carlos Monjardino.

“Temos a intenção de trazer novo público e fidelizar o que nós já temos. O nosso público tem vindo a crescer, os estrangeiros são já 40%, sobretudo franceses e alemães”, referiu.

Atualmente, o museu tem patente a exposição “Um Museu do Outro Mundo”, com cerca de uma centena de peças, num diálogo de obras do acervo, com novas obras do artista José de Guimarães, até 03 de junho.

O Museu do Oriente, que abriu portas em maio de 2008, foi distinguido em 2009 como o melhor museu português desse ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APCOM).

Localizado em Alcântara, o museu foi instalado após obras de recuperação e adaptação do edifício originalmente desenhado pelo arquiteto João Simões, construído em 1939, um dos símbolos da arquitetura portuária do Estado Novo.

O novo projeto é da autoria dos arquitetos João Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco.

Constituída em 18 de março de 1988, a Fundação Oriente tem como objetivos a realização e o apoio a iniciativas de carácter cultural, científico, educativo, artístico e social, sobretudo em Portugal e em Macau.

Também desenvolve iniciativas de defesa do património cultural ligado à língua e à história da presença de Portugal no Oriente, a promoção dos estudos orientais em Portugal e dos estudos internacionais sobre a presença portuguesa na Ásia.

Com delegações em Macau, na Índia e em Timor-Leste, a Fundação Oriente desenvolve também um programa de bolsas de estudo de investigação, de doutoramento e de língua e cultura portuguesa e línguas e culturas orientais, promovendo ainda o ensino da língua portuguesa em Macau, Goa e Timor-Leste.

Biombo e capacete cerimonial Namban são “joias raras” do Museu do Oriente
 Um biombo Namban do século XVII e um capacete Namban datado de 1600 fazem parte das peças mais significativas da coleção do Museu do Oriente, em Lisboa, de onde estão proibidas de sair devido ao seu valor e raridade.

Estas são algumas das preciosidades que a entidade acolhe, dentro de uma coleção iniciada já em 1988 pela Fundação Oriente, que viria a inaugurar o museu em 2008, indicou à agência Lusa a diretora, Joana Belard da Fonseca.

A responsável foi entrevistada pela Lusa a propósito das celebrações dos 30 anos da Fundação Oriente e dos dez anos do Museu do Oriente, que envolvem uma vasta programação de exposições, concertos, palestras e oficinas, até 27 de maio, e entradas gratuitas aos domingos.

Questionada sobre os “tesouros” do Oriente guardados pelo museu, a diretora, que acompanhou o nascimento do espaço, há dez anos, e a sua evolução, indicou que tanto o biombo como o capacete Namban não podem sair pela sua preciosidade e fragilidade, embora sejam várias as solicitações de outros museus de todo o mundo.

O biombo Namban foi comprado num leilão em Nova Iorque, em 1999, e representa o encontro entre os missionários jesuítas e os japoneses. Normalmente, os artistas Namban criavam sempre uma peça sobre a chegada de uma embarcação, e outra com a partida.

“Esta peça só saiu uma vez do museu, em 2012, para uma exposição em Florença, na Itália”, recordou a diretora, enquanto o capacete cerimonial, que surge frequentemente nas pinturas dos biombos, comprado em Nova Iorque, em 2000, nunca saiu.

Outra das preciosidades da coleção do Museu do Oriente é um outro biombo Namban da segunda metade do século XVIII, adquirido em 1993, em Londres, que representa o território de Macau de um lado e de Cantão do outro.

“Consideramos que é um grande risco estas peças saírem”, justificou Joana Belard da Fonseca, acrescentando que, à medida que a entidade vai fazendo missões para adquirir peças daquele lado do mundo, vai descobrindo a sua raridade.

No entanto, o Museu do Oriente cede outras da sua coleção de 3.000 peças dedicada à presença portuguesa na Ásia, e outro conjunto, também do acervo, de características muito específicas, que é a Kwok On, que reúne 14.000 obras.

“Esta coleção Kwok On é única no mundo. França e Holanda têm peças semelhantes, mas a nossa, pela sua dimensão, é muito significativa e continua a ser estudada”, comentou a responsável, indicando que a Fundação Oriente oferece bolsas de estudo a investigadores para realizar este trabalho, resultado que muitas vezes contribui para realizar novas exposições e espetáculos.

A aquisição de novas peças para enriquecer o acervo tem continuado ao longo dos anos através da realização de ´missões´ para encontrar determinadas peças que vão enriquecer alguns dos núcleos, ou através de compras em leilões nacionais e internacionais.

Há também depósitos de peças, de particulares ou entidades institucionais, como é o caso do protocolo de depósito firmado com o Museu Nacional Machado de Castro, nos anos 1990.

“Antes da criação do museu já eram emprestadas peças”, indicou a responsável à Lusa, nomeadamente para exposições que decorreram, entretanto, na Austrália, França, Espanha, Itália, Tailândia e Macau, entre outros países.

De acordo com Joana Belard da Fonseca, licenciada em História e com uma pós-graduação em museologia e património, que começou a sua ligação à Fundação Oriente ainda muito jovem, como voluntária, o Museu do Oriente, em Lisboa, recebeu 450.725 visitantes em dez anos de funcionamento.

Estes visitantes passaram pelas exposições entre maio de 2008, quando o museu foi inaugurado, e janeiro de 2018.

Ainda segundo as estatísticas da entidade, 97.846 espetadores assistiram a cerca de 500 espetáculos de música, teatro, dança e cinema nestes dez anos.

Foram também apresentadas 115 exposições temporárias, 34.111 pessoas participaram nos mais de 700 cursos, oficinas e palestras realizadas no museu, 13.328 usaram o Centro de Documentação, onde se realizaram dez festas do livro, e 39.317 recorreram a diversas atividades do serviço educativo.

No Centro de Reuniões do museu, ao longo dos dez anos, foram realizados cerca de 1.700 eventos, nos quais participaram 141.600 pessoas, segundo os dados da fundação.

Atualmente, o museu tem patente a exposição “Um Museu do Outro Mundo”, com cerca de uma centena de peças, num diálogo de obras do acervo, com novas obras do artista José de Guimarães, até 03 de junho.

O Museu do Oriente, que abriu portas em maio de 2008, foi distinguido em 2009 como o melhor museu português desse ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APCOM).

Possui um património museológico com máscaras, mobiliário, armaduras, mapas, têxteis, biombos, porcelanas, terracotas, desenhos e pinturas, entre outros objetos.

Localizado em Alcântara, o museu foi instalado após obras de recuperação e adaptação do edifício originalmente desenhado pelo arquiteto João Simões, construído em 1939, um dos símbolos da arquitetura portuária do Estado Novo.

O novo projeto é da autoria dos arquitetos João Luís Carrilho da Graça e Rui Francisco.

Constituída em 18 de março de 1988, a Fundação Oriente tem como objetivos a realização e o apoio a iniciativas de carácter cultural, científico, educativo, artístico e social, sobretudo em Portugal e em Macau.

Também desenvolve iniciativas de defesa do património cultural ligado à língua e à história da presença de Portugal no Oriente, a promoção dos estudos orientais em Portugal e dos estudos internacionais sobre a presença portuguesa na Ásia.

7 Mai 2018

Durão Barroso afirma que UE tem de lidar “de forma mais inteligente” com o tema das migrações

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, actual presidente não executivo do Goldman Sachs, defendeu que a União Europeia tem de “lidar de forma inteligente” com o tema das migrações, considerando-as decisivas para o ‘Brexit’.

“A política migratória da União Europeia não pode ser uma decisão tomada lá longe, em Bruxelas, tem de ser lidada de uma forma mais inteligente. Temos toda a capacidade para integrar os refugiados, temos de ser abertos e humanitários, mas temos de assumir que não podemos aceitar toda a gente; para haver liberdade de movimentos dentro da UE, temos de ser credíveis a defender as fronteiras externas”, defendeu Durão Barroso numa das suas intervenções no plenário de abertura da Conferência Global da Horasis, que decorre até terça-feira no Estoril, no concelho de Cascais.

“Temos de ser realistas e dizer que sim, mantemo-nos abertos, mas ao mesmo tempo temos de mostrar que somos capazes de controlar os fluxos ilegais”, disse o antigo líder europeu.

O tema das migrações atravessou todo o debate desta tarde e foi apontado por Barroso como uma das principais motivações para a escolha dos britânicos de saírem da União Europeia.

“A imigração foi um tema central, foi uma das principais motivações na decisão dos eleitores de escolherem o ‘Brexit’, e quando vemos a importância deste tema [em eleições] em dois mais tradicionalmente abertos países do mundo, os Estados Unidos e o Reino Unido, percebemos que é o tema do momento”, vincou o antigo primeiro-ministro português.

O antigo embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU) John Negroponte e o empresário Vijay Eswaran participaram também na sessão.

Num debate sobre os grandes temas atuais, desde os nacionalismos ao protecionismo económico, passando pela importância de África como reserva de crescimento mundial e a instabilidade crónica no Médio Oriente, a plateia quis saber se as democracias estão mais bem preparadas para lidar com estes desafios do que os regimes autoritários, e os palestrantes concordaram.

“As democracias estão mais bem equipadas do que os regimes autoritários, que muitos pensam que são fortes, mas são na verdade fracos, podem ruir de um dia para o outro”, disse Barroso, lembrando a revolução de 25 de abril de 1974 em Portugal.

Questionado sobre a Hungria e a Polónia, o antigo presidente da Comissão Europeia assumiu estar “preocupado com o Estado de direito nalguns países”, mas salientou que “as sociedades e o ambiente europeu são suficientemente fortes para impedir que esses países vão em mau caminho”.

O que é fundamental, concluiu, “é um diálogo honesto, porque é mau afastar os países para um canto, isso só reforça o nacionalismo, e as críticas têm de ser feitas de forma inteligente, porque só há pouco tempo a democracia foi instaurada e o receio de intervenção de um poder externo é um pensamento muito presente”.

7 Mai 2018

Primeira semifinal da Eurovisão amanhã com 19 países em competição e actuação de Portugal

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ezanove países competem amanhã na primeira semifinal da 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que decorre em Lisboa, e na qual irão actuar também o Reino Unido, Espanha e Portugal, automaticamente apurados para a final.

O palco desta edição foi montado na Altice Arena, no Parque das Nações, o ‘quartel-general’ do concurso, que Portugal venceu pela primeira vez no ano passado, com a canção “Amar pelos Dois”, interpretada por Salvador Sobral.

Na terça-feira competem Suíça, Finlândia, Bielorrússia, Bulgária, Áustria, Lituânia, Albânia, Irlanda, Arménia, Chipre, República Checa, Bélgica, Croácia, Islândia, Azerbaijão, Grécia, Israel, Estónia e Macedónia.

Além destes países, serão ainda apresentadas as canções do Reino Unido, Espanha e Portugal.

Portugal, por ser o país anfitrião, está automaticamente apurado para a final. Cláudia Pascoal dá a voz ao tema “O Jardim”, composto por Isaura.

O Reino Unido e a Espanha também só competem na final, mas por fazerem parte do grupo dos chamados ‘Big5’ (que inclui ainda França, Alemanha e Itália).

Dos 19 países em competição na Terça-feira, os dez com maior pontuação passam para a final, marcada para sábado. A pontuação é decidida por televoto (com um peso de 50%) e por júris nacionais (outros 50%). Todos os júris dos países que competem na semifinal irão votar, bem como os júris de Portugal, do Reino Unido e de Espanha.

O Festival Eurovisão da Canção é realizado pela União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês) em parceria com a RTP, em Lisboa.

7 Mai 2018

Participantes da Eurovisão desfilaram em cerimónia a que nem Marcelo Rebelo de Sousa faltou

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cerimónia de abertura do Festival Eurovisão da Canção, em Lisboa, que incluiu o desfile das 43 delegações concorrentes numa passadeira azul e que decorreu à beira rio, terminou ontem com uma visita surpresa do Presidente da República Portuguesa.

Ainda as delegações desfilavam na passadeira azul estendida na rua entre o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) e o rio Tejo, pelas 19:40, quando Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao local, entrando diretamente para a tenda montada em frente ao Museu da Eletricidade, onde decorreu uma festa à qual os jornalistas não puderam aceder, com exceção da RTP, disseram à agência Lusa várias fontes ligadas à organização.

Além de Marcelo Rebelo de Sousa, na festa esteve também o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, bem como alguns vereadores da autarquia da capital, e o presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis.

Já perto das 21:00, ainda a última delegação, a portuguesa, não tinha chegado a meio ao da ‘passadeira azul’. Cláudia Pascoal, a intérprete, e Isaura, a compositora, mostraram-se cansadas, partilhando com a Lusa que já nem sabiam a hora a que tinham começado o percurso.

A reação de fãs e jornalistas “tem sido incrível”, disseram à Lusa em coro. Apesar de toda a azáfama e atenção, o festival “tem sido super calmo, acima de tudo”.

Cláudia Pascoal e Isaura, a dupla de “O Jardim” só começou a percorrer a passadeira azul ao finam do dia, mas tudo começou ao início da tarde de hoje, quando pelas 15:00 os jornalistas que iam chegando começavam a ser arrumados em compartimentos criados ao longo do passeio situado em frente ao Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia (MAAT).

Portugal partilhou o espaço com profissionais da Finlândia, da Arménia, da Suíça e da Irlanda. A escadaria do edifício ficou reservada aos fãs, acreditados para o festival tal como os jornalistas.

A zona entre o MAAT e o Museu da Eletricidade esteve toda a tarde sob fortes medidas de segurança, quer em terra, quer no rio, e com algumas restrições à circulação de jornalistas, fotógrafos e fãs.

Com o céu limpo e a temperatura a rondar os 26 graus centígrados, os jornalistas iam-se refrescando com água e passando o tempo a fotografar a vista do Tejo ou a tirarem ‘selfies’.

Às 17:10, a delegação da Albânia foi a primeira a percorrer a passadeira azul, tendo, cerca de meia hora depois chegado a meio do percurso onde a organização colocou uma esfera armilar onde cada colocava uma garrafa de vidro, onde estava pintada a bandeira do seu país.

Pelas 18:30, a delegação da Albânia foi também a primeira a entrar na tenda transparente montada em frente ao Museu da Eletricidade, onde decorreu uma cerimónia interdita a jornalistas e onde uma a uma foram entrando as 43 delegações.

Com alguns interpretes a serem mais abordados do que outros, houve também espaço para alguns cantarem ‘a capela’ partes dos temas que vão defender no concurso, como as representantes da Austrália, Jessica Mauboy, e da Estónia, Elina Nechayeva, ou o da Bielorrússia, Alekseev.

Além das delegações, desfilaram ainda pela passadeira azul as quatro portuguesas a quem cabe este ano a tarefa de apresentar as semifinais e a final do concurso: a atriz Daniela Ruah e as apresentadoras de televisão Filomena Cautela, Silvia Alberto e Catarina Furtado, todas em vestidos de gala.

Daniela Ruah, a viver nos Estados Unidos e uma das protagonistas da série “NCIS Los Angeles”, emitida em todo o mundo, foi a que mais chamou a atenção dos jornalistas espalhados ao longo da passadeira. A um jornalista suíço, espantado por vê-la ali, explicou que é portuguesa. “A todos os que não sabem, eu sou portuguesa e tenho muito orgulho do meu país”, afirmou para uma câmara.

A 63.ª edição do Festival Eurovisão da Canção decorre em Lisboa, com o ‘quartel-general’ montado no Parque das Nações. As semifinais decorrem na terça e na quinta-feira, na Altice Arena, e a final está marcada para sábado no mesmo local.

7 Mai 2018

Ensino | Universidade de Macau realiza congresso sobre língua portuguesa

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a conferência, que ocorre entre os dias 10 e 12 de Maio, “serão apresentadas comunicações orais de mais de 40 investigadores e professores”, refere a UM, acrescentando ainda que o evento “contará com a presença e participação de diversos académicos, educadores e alunos de pós-graduação”.

De acordo com a universidade, o encontro, que vai focar-se no ensino e na aprendizagem do português como Língua Estrangeira, vai receber professores e investigadores de vários países, nomeadamente Portugal, Brasil, Moçambique, França, Itália, Japão e China.

7 Mai 2018

IAS | Apoio para vítimas de acidentes já existe e é flexível

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) sublinha que o subsídio para apoio a vítimas de acidentes rodoviários é flexível e que pode ser dirigido às vítimas e aos seus familiares. A informação foi dada em resposta a uma interpelação do deputado Lei Chan U que pedia ao Governo um fundo destinado apenas para este fim.

De acordo com a resposta do IAS, em situações em que a espera de ajudas possa demorar, a entidade tem mecanismos capazes de ajudar os mais desfavorecidos de modo a que estes continuem a ver satisfeitas as necessidades básicas do quotidiano.

7 Mai 2018

Turismo | David Chow quer construir hotel mais baixo na Doca dos Pescadores

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] presidente do empreendimento turístico Doca dos Pescadores, Melinda Chan, disse ontem que vai entregar em breve um novo projecto de construção junto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) para a edificação de um hotel com 60 metros de altura, ao invés dos 90 metros inicialmente previstos.

A informação foi ontem divulgada pelo canal chinês da Rádio Macau, tendo a mulher do empresário David Chow, proprietário dos espaços Doca dos Pescadores e Landmark, avançado que, tendo em conta o ajustamento da altura do hotel, será feito um novo plano de concepção.

Neste momento, estão a ser estudados os melhores elementos a inserir no novo projecto, frisou. Recorde-se que a intenção de construção deste hotel levou a um intenso debate sobre a necessidade de preservação da vista do Farol da Guia por parte de várias associações locais.

7 Mai 2018

Crime | Autoridades detém 34 cidadãos chineses no Cotai

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com o canal chinês da Rádio Macau, os Serviços de Polícia Unitários (SPU) levaram a cabo uma acção conjunta com a Polícia Judiciária (PJ) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) que resultou na detenção de 34 cidadãos do continente suspeitos da prática de vários crimes na zona do Cotai.

Na passada madrugada, um total de 25 homens e nove mulheres foram levados ao posto da polícia, suspeitos da prática de câmbio ilegal de moeda, enquanto que um total de 16 homens e seis mulheres foram apanhados pela PSP por, alegadamente, se terem envolvido em actividades ilícitas e de terem incomodado jogadores de casinos.

7 Mai 2018

Forças de segurança | Novo Macau pede compensação de feriados

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) emitiu ontem um comunicado onde defende a compensação dos dias feriados ao pessoal das forças de segurança. A associação afirma ter vindo a receber queixas de algumas trabalhadores que apontam que, devido às restrições impostas pelo sistema actual, o pessoal da Polícia de Segurança Pública (PSP) e do Corpo de Bombeiros (CB), assim como os agentes dos Serviços de Alfândega (SA) e guardas prisionais da Direcção dos Serviços Correccionais (DSC) devem trabalhar por turnos, o que significa que não podem gozar alguns dos feriados.

Sulu Sou, vice-presidente da ANM e deputado suspenso à Assembleia Legislativa, referiu que já foi apresentada uma carta formal ao secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, onde explicita o assunto e frisa que o pessoal das forças de segurança tem o direito a gozar todos os feriados públicos.

A ANM alerta ainda para o facto de todos os pedidos de compensação de feriados serem rejeitados com a justificação de que não existem recursos humanos suficientes. Nesse sentido, Sulu Sou pede que Wong Sio Chak resolva o problema, a fim de aumentar a moral dos trabalhadores e a eficiência no local de trabalho.

7 Mai 2018