Novas directrizes para regular investimento privado no exterior

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] órgão para planeamento económico da China emitiu na segunda-feira directrizes para investimento privado no exterior para combater operações irregulares, entre outros problemas, que surgiram à medida em que as companhias chinesas expandem sua presença mundial. As directrizes pretendem guiar a operação offshore de negócios, disse Meng Wei, porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR).

Reconhecendo a contribuição das empresas privadas nas exportações de bens e tecnologia e na Uma Faixa, Uma Rota, Meng disse que havia também efeitos secundários, citando tomada de decisão cega, competição maligna e negligência de qualidade e segurança.

Para lidar com as questões, o documento foi compilado juntos por agências incluindo a CNDR, Ministério do Comércio e o Banco Popular da China, o banco central. “As empresas privadas devem melhorar as regras internas sobre tomada de decisão e administração financeira em termos do investimento no exterior, e fortalecer o controle de riscos usando medidas de segurança e planos de contingência”, segundo o documento.

Os procedimentos nacionais e estrangeiros sobre investimento devem ser seguidos e as responsabilidades sociais, cumpridas. As empresas também devem obedecer as leis da protecção ambiental locais.

Meng disse que regras semelhantes para as empresas estatais estão na fase de preparação. O documento faz parte dos esforço do governo para esfriar o frenesi de aquisições no exterior e controlar as saídas de capitais ilícitas.

O Conselho de Estado disse em agosto que o país proibiria as compras de bens imóveis, hotéis e clubes desportivos no exterior, e incentivaria negócios em infra-estrutura e novas tecnologias. O investimento directo não financeiro realizado pela China no exterior caiu 33,5% em termos anuais de Janeiro a Novembro.

19 Dez 2017

Japão planeia cooperar com iniciativa da China ‘Uma Faixa, Uma Rota’

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Japão planeia aderir ao vasto projecto chinês ‘Uma Faixa, Uma Rota’, que ambiciona reavivar simbolicamente o corredor comercial que uniu o Oriente o Ocidente, revelaram fontes do Governo nipónico à agência Kyodo. “A nossa estratégia é alcançar a estabilidade e a prosperidade da sociedade internacional mediante a coordenação com os países dos oceanos Índico e Pacífico”, afirmou uma das fontes à agência de notícias japonesa.

Os planos do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de promover a cooperação no desenvolvimento do projecto de investimentos em infra-estruturas ‘Uma Faixa, Uma Rota’, configuram uma mudança na política diplomática que tem vindo a manter até agora.

Tóquio expressou, em Maio, a sua intenção de ajudar outros países asiático a impulsionar o seu desenvolvimento, sem concretizar, porém, se seria no âmbito da iniciativa liderada pela China “Uma Faixa, Uma Rota”, versão simplificada de “Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI”.

O Governo japonês planeia agora, através da actividade de empresas de ambos os países, apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas e da actividade comercial na região, assinalaram as mesmas fontes governamentais à agência Kyodo.

A iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, que foi idealizada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, durante uma visita oficial à Ásia Central em 2013, ambiciona reavivar a antiga Rota da Seda, o corredor económico que uniu o Oriente o Ocidente, abrangendo mais de 60 países e regiões da Ásia, passando pela Europa Oriental e Médio Oriente até África.

No início de novembro, Shinzo Abe tinha manifestado que “esperava uma boa cooperação com a China em relação à iniciativa da nova rota da seda, que seguia em paralelo com a sua estratégia de alcançar uma região do Indo-Pacífico livre e aberta”.

O primeiro-ministro japonês considera imperativo melhorar a sua relação com a China face à crescente presença da segunda potência mundial na economia e segurança globais.

19 Dez 2017

Geely compra grande fatia da Mercedes

A Geely, que já comprou a Volvo e a Lotus, tentou adquirir há três semanas uma grande fatia da Daimler, dona da Mercedes e Smart. E, ao que parece, à segunda tentativa, conseguiram.

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Geely parece cada vez mais o T-Rex da indústria automóvel. Isto no sentido que come – ou melhor, compra – tudo o que lhe aparece à frente, desde que se adapte à sua estratégia de crescimento. Adquiriu a Volvo Cars à Ford por 1,5 mil milhões de euros em 2010 e, mais recentemente, a London Taxi Company que constrói os táxis londrinos (em 2013 por 15,1 milhões de euros), a Lotus (51% por 55 milhões de euros) e uma fatia importante da Proton (49,9%). Nem os carros voadores da Terrafugia escaparam ao seu apetite voraz e bolsos, aparentemente, sem fundo.
Em final de Novembro, os chineses (cuja denominação oficial é Zhejiang Geely Holding Group Co., Ltd) informaram a Daimler, o grupo que inclui a Mercedes e Smart, que pretendiam comprar entre 3% a 5% de novas acções, o que os alemães rejeitaram, porque isso iria diluir o valor dos títulos detidos pelos actuais accionistas. Mas desafiariam a Geely a adquiri-las no mercado aberto, indo ao ponto de revelar que viam com bons olhos a entrada de investidores com objectivos de longo prazo. E a Geely, o maior fabricante chinês sem ligações ou participação do Governo, terá feito isso mesmo, segundo a China Central Television.
Em causa está um investimento de 4.000 milhões de euros, valor que corresponde sensivelmente a 5% das acções da Daimler, o que coloca a Geely na 3ª posição entre os que têm as maiores fatias do grupo germânico, logo atrás do Kuwait Investment Authority, que possui 6,8%, e dos americanos da Black Rock (5%), mas à frente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que detém 3,1% na empresa alemã.
Com esta aquisição, ainda não confirmada pelas vias oficiais, a Geely quer ter acesso à tecnologia da Mercedes, especialmente no que respeita às baterias, mantendo a estratégia habitual de Li Shufu, o chinês que fundou a Geely há 31 anos e que a tem feito crescer desde então, cada vez de forma mais rápida.
Curiosamente, a estratégia da empresa liderada por Li Shufu sempre passou mais por aquisições do que pelos investimentos massivos que são necessários para manter qualquer construtor automóvel na crista da onda, no que às inovações diz respeito. Isso explica que enquanto a Geely investe muito pouco, ou mesmo nada, em investigação e desenvolvimento (I&D), a Daimler invista 8,4 mil milhões de dólares, no que é apenas ultrapassada pela Toyota (9,6 mil milhões) e pela Volkswagen, que é de longe quem mais investe em I&D (15,1 mil milhões de dólares). Renault e Nissan, juntas, atingem 7,1 mil milhões de dólares, quase tanto quanto a Ford (7,3), o quarto grupo que mais investe neste domínio.

19 Dez 2017

Jovens | Estudo mostra fraco amor à Pátria

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s jovens não amam tanto a China como os mais velhos e Macau não tem uma sociedade justa, são algumas das conclusões de um estudo realizado pela Associação dos Jovens de Macau Oriundos de Jiangmen que pretendia abordar o valor do trabalho e da sociedade para os jovens do território.

Os resultados mostraram que no âmbito de identidade e sentimento de pertença, os sujeitos mais velhos tendem a identificar-se com “eu sou chinês” e com “amo a China”. Já com os jovens acontece o contrário.

De acordo com o Jornal do Cidadão, o inquérito contem opiniões de 1035 jovens de Macau entre os 18 e os 39 anos.

Já no que diz respeito às representações que têm da sociedade, a maior percentagem dos jovens considera que Macau é um território multicultural e que respeita as leis, no entanto não considera que a sociedade local seja justa.

De acordo com o presidente da associação, Ha Chon Ieng, a faixa mais nova da sociedade sente uma grande dificuldade em ascender profissionalmente e de ter um rendimento capaz de superar as dificuldades em arranjar habitação o que faz, considera, com que tenham baixas expectativas em relação ao futuro.

19 Dez 2017

Fuga do casal Guerra pode afectar relações bilaterais

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] primeiro-ministro timorense advertiu ontem o Governo português que a sua atitude em relação ao caso do casal português que fugiu de Timor-Leste pode ferir as relações bilaterais e apelou a “um gesto” de Lisboa para esclarecer a situação. Mari Alkatiri disse estar preocupado com o facto de a embaixada portuguesa em Díli ter emitido os passaportes que Tiago e Fong Fong Guerra tinham quando fugiram do país, apelando a Lisboa para que faça “um gesto” em relação a esta situação. “Estou preocupado com a própria atitude da embaixada portuguesa ter emitido os passaportes portugueses. Isso pode ferir as relações entre dois países irmãos, e dentro da CPLP. Temos que gerir como deve ser esta situação”, disse.

Nesse sentido, Mari Alkatiri deixou um “apelo directo” ao Governo Português para “encontrar formas de fazer um gesto” para convencer as autoridades timorenses de que “isto foi um caso isolado que dificilmente poderá voltar a acontecer”. O caso de Tiago e Fong Fong Guerra tem marcado um dos momentos mais tensos das relações bilaterais recentes entre Portugal e Timor-Leste nos últimos anos, provocando uma onda de críticas na sociedade timorense.

Condenados a oito anos de prisão em Díli – o caso ainda não transitou em julgado porque foi alvo de recurso – Tiago e Fong Fong fugiram para a Austrália, onde chegaram, de barco, a 9 de Novembro, tendo chegado a Lisboa a 25 de Novembro.

 

Comunidade alvo de insultos e perseguição

Mari Alkatiri admitiu ainda estar preocupado que a comunidade portuguesa em Timor-Leste esteja a ser alvo de insultos e possa agora ser “alvo de perseguição” da justiça na sequência do caso. Um português e dois timorenses já foram detidos e dois deles, incluindo o português, estão em prisão preventiva na prisão de Becora, acusados de envolvimento na fuga do casal.

A entrega de passaportes ao casal pela embaixada portuguesa em Díli foi criticada em Timor-Leste, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, garantiu que a legislação portuguesa foi respeitada, conclusão de um inquérito urgente que tinha ordenado.

Apesar disso, as críticas aos portugueses e a Portugal têm-se multiplicado em Timor-Leste com vários portugueses a relatarem terem sido insultados na rua. Nas redes sociais têm também aumentado os comentários críticos e insultos contra Portugal e os portugueses por parte de alguns timorenses, muitos deles com dupla nacionalidade e alguns dos quais ainda a receber pensões e apoios do Estado português.

“A segunda maior preocupação que tenho é com a comunidade portuguesa em Timor-Leste. Espero que isto não se generalize”, afirmou. “A partir de agora se houver algum português que seja suspeito de qualquer coisa dificilmente terá Termo de Identidade e Residência. Porque há perigo de fuga, tem que ir a prisão preventiva e seria péssimo que isso acontecesse. Essa é a minha maior preocupação: começar a colocar cidadãos portugueses como alvo de uma perseguição da justiça”, disse o chefe do Governo.

 

Chuva de críticas

Mari Alkatiri considerou que se corre o risco de “criar uma situação em que portugueses que eram considerados como irmãos passam agora a ser pessoas sempre alvos de críticas, ou de outro tipo de atitudes”. Por isso, deixou um apelo à sociedade timorense “para não generalizar esta questão”.

A situação actual tem sido exacerbada pela tensão que se vive, semanalmente, em frente à embaixada de Portugal em Díli onde se reúnem centenas de timorenses que estão a tratar dos seus pedidos de passaportes. A pressão é tão grande, com ameaças e insultos, que a embaixada já teve que fechar várias vezes o atendimento ao público, tendo a polícia timorense sido chamada.

Jornalistas timorenses juntam-se às críticas acusando em artigos na imprensa ou em ‘posts’ no Facebook, a embaixada de cumplicidade na fuga do casal, afirmando que vários pedidos de informação ou declarações feitas à missão diplomática estão sem resposta. A missão diplomática está a aguardar que o novo embaixador, José Pedro Machado Vieira, apresente as suas credenciais, mas a data ainda não foi marcada.

18 Dez 2017

SCM | Melco Crown doou um milhão de patacas para reparar creche

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCM) recebeu um milhão de patacas da operadora de jogo Melco Crown para “apoiar as obras de reparação dos danos causados pelo tufão Hato nas instalações da sua creche”.

Segundo um comunicado, “os estragos causados pelo tufão obrigaram à substituição do pavimento de borracha especial anti-choque do pódio da creche, tendo havido ainda infiltrações nas paredes das salas de aula”.

“Os equipamentos de recreio e brinquedos destruídos serão também renovados com este apoio, tendo o Instituto de Acção Social (IAS) assumido os custos da substituição dos sistemas de alarme, video-vigilância e sonoro, igualmente afectados”, acrescenta a SCM.

Além dos montantes concedidos para a reparação do espaço educativo, a Melco Crown também atribuído donativos para o projecto do cabaz social, no âmbito da criação da Loja Social em 2013.

18 Dez 2017

Xi reúne com Governo para definir políticas económicas para 2018

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, vai inaugurar na segunda-feira, em Pequim, a conferência na qual o seu governo decidirá as principais políticas económicas da China em 2018, uma iniciativa que decorrerá à porta fechada.

Depois de consolidar o seu poder no XIX Congresso do Partido Comunista (PCC), que se realizou em Outubro, espera-se que o Presidente chinês decida o rumo económico da China, nomeadamente se avança com a abertura dos mercados que prometeu no Congresso.

Na opinião da Câmara de Comércio Europeia na China, seria “surpreendente” que este ano não houvesse “mudanças significativas” em relação às edições anteriores (esta reunião acontece anualmente desde 1994), ao tratar-se da primeira conferência económica que se celebra depois do XIX Congresso.

Esta organização explicou à agência noticiosa Efe que espera que “se estabeleça uma direcção mais concreta para a nova era” e que “se centrem fundamentalmente no excessivo nível de dívida da China, que se converteu na principal fonte de preocupação para muitos”.

Além de acordar reformas económicas, medidas financeiras e o rumo da política monetária e fiscal, o Governo fixará o objectivo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2018, ainda que este número só seja divulgado em Março do próximo ano, quando o partido realizar o seu congresso anual.

Depois da cimeira, que não se sabe em que hotel da capital terá lugar e que se espera termine na quarta-feira, o Governo emitirá um comunicado com as principais conclusões, das quais se poderá deduzir o roteiro que a China seguirá no âmbito económico pelo menos no próximo ano.

Segundo a imprensa chinesa dos últimos dias, espera-se que depois de um primeiro mandato em que Xi teve como prioridade a luta contra a corrupção, agora se dedique nos próximos cinco anos a avançar na liberalização económica e realizar reformas estruturais nalguns sectores, como as empresas públicas.

Reduzir a alavancagem, baixar os níveis de dívida e manter um crescimento sólido, mas de qualidade, são os desafios principais do Governo nos próximos anos.

Os meios chineses referem que será o próprio Xi quem definirá a agenda da reunião, rodeada de secretismo, assessorado por Liu He (de 65 anos), um dos 25 membros do Politburo do partido e vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Apesar de teoricamente o país ir dar prioridade à qualidade do crescimento em vez de à quantidade, espera-se que Xi volte a fixar em 6.5% o crescimento do PIB em 2018.

O líder chinês, cujo poder foi aumentado em Outubro para o nível do de Mao Zedong, também prometeu no Congresso uma abertura dos mercados financeiros ao investimento estrangeiro, um caminho no qual já deu alguns passos, ao levantar algumas restrições no sector das gestoras de fundos, seguradoras e sociedades de valores e futuros. O sector financeiro internacional deu as boas vindas a esta vontade de abertura da China, ainda que se mantenha algo céptico sobre a eficácia e velocidade com que o país asiático empreenderá as reformas.

18 Dez 2017

Ministro da Ciência mostra interesse em cooperação científica com os Açores

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores, Gui Menezes, admitiu o interesse da China em cooperar cientificamente com a região no âmbito do Air Center – Centro de Investigação Internacional do Atlântico, a instalar no arquipélago. “[Os chineses] têm demonstrado interesse em ser um dos países a participar no projecto. Até agora não entraram oficialmente no projecto Air Center, mas têm participado nos ‘workshops’ e têm sido convidados a dar contributos para este projecto, que, no fundo, é um projecto de cooperação científica no Atlântico”, adiantou Gui Menezes.

O secretário regional falava aos jornalistas após uma reunião que decorreu no Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel com elementos de uma comitiva do Ministério da Ciência e Tecnologia da China e da Academia de Ciência Chinesa, que esteve sexta-feira na ilha de São Miguel.

“Estas visitas servem para estreitar relações, servem para criar mecanismos de uma maior interligação entre, nomeadamente, a ciência que se faz cá e eventualmente com institutos chineses nestas áreas. É assim que se constroem as relações de cooperação científica e tecnológica e são sempre importantes estas visitas”, destacou.

Gui Menezes lembrou que a China “tem alguma cooperação com Portugal nestas áreas científicas” e que seria “uma mais-valia” que os Açores entrassem nesta interacção entre os dois países, admitindo “boas perspectivas” para o futuro.

“É naturalmente uma mais-valia. A China, pela sua dimensão e pelo seu ‘know-how’, será certamente um parceiro num projecto deste género muito importante, vamos ver como isso acontece e como pode acontecer”, ressalvou.

O titular da pasta da ciência nos Açores admitiu que “naturalmente existem alguns interesses económicos” e lembrou que esta “não é a primeira vez ” que uma comitiva chinesa vem aos Açores.

 

Ponto estratégico

“Provavelmente acham que os Açores são um ponto estratégico, e nós também sabemos que o somos – um ponto estratégico no meio do Atlântico, dada a nossa localização geográfica – e que temos potencialidades que lhes podem interessar. E a nós pode interessar essa cooperação com vista ao nosso desenvolvimento”, disse.

Gui Menezes lembrou que a visita serviu também para abordar a possibilidade de haver uma cooperação entre Açores e a China nas “questões do mar e da investigação no mar profundo”, bem como na área da aquacultura.

“A China também tem coisas em que nós podemos aprender, nomeadamente nas questões de aquacultura, em que nós estamos a dar os primeiros passos. Para nós também será importante perceber experiências chinesas, sobretudo com algumas espécies que eles produzem e que nós temos cá e que têm valor comercial elevado. Como estamos a começar, podemos tirar daqui proveitos para o nosso conhecimento e desenvolvimento desta área nos Açores”, sublinhou.

18 Dez 2017

Jogo | Macau encomenda dois estudos sobre futuro do sector

O Governo pediu à Universidade de Macau a realização de dois estudos para ter dados acerca das tendências do sector do jogo entre 2020 e 2030. O obejctivo é delinear políticas tendo os resultados como base

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Executivo encomendou dois estudos sobre o futuro desenvolvimento da indústria do jogo entre 2020 e 2030, período durante o qual expiram os contratos das seis operadoras, noticiou o portal GGRAsia.

Segundo o portal especializado em jogo, que cita a Direcção dos Serviços de Economia, os dois estudos devem ser concluídos no terceiro trimestre de 2018.

Pelo menos um dos estudos foi comissionado, no passado dia 5, a Davis Fong, membro do Conselho para o Desenvolvimento Económico e director do Instituto de Estudos sobre a Indústria de Jogo na Universidade de Macau, além de deputado nomeado pelo chefe do Governo.

Ambos os estudos vão oferecer uma “análise quantitativa da exploração numa escala moderada da indústria do jogo (2020-2030)”: um vai partir de “aspectos económicos e sociais de Macau”, enquanto o outro de “perspectivas do desenvolvimento saudável e da concorrência regional”, indicaram os Serviços de Economia ao GGRAsia.

Futuro desconhecido

Estes estudos surgem numa altura em que permanece uma incógnita em torno do futuro do sector dos casinos de Macau face ao aproximar do termo dos contratos das actuais seis operadoras de jogo que expiram, em diferentes datas, entre 2020 e 2022.

O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, justificou o adiamento de informações por parte do Governo como forma de garantir que Macau se mantém competitiva em relação a outras jurisdições.

“Muitas pessoas estão preocupadas se temos tempo necessário para preparar esses concursos, se as operadoras têm de assumir mais responsabilidade social. (…) Temos de pensar qual o momento oportuno para lançar essas regras para garantir um desenvolvimento saudável deste sector”, disse Lionel Leong, em Novembro, aos deputados na Assembleia Legislativa.

Em Maio de 2016, o Governo publicou a chamada “revisão intercalar” da indústria do jogo, uma espécie de radiografia ao principal motor da economia, encomendada ao Instituto de Estudos sobre a Indústria do Jogo da Universidade de Macau.

Antes da divulgação do relatório, o primeiro do tipo, gerou-se a expectativa, nomeadamente entre analistas, que viesse a oferecer pistas sobre eventuais cenários após o termo dos contratos de exploração de jogo. Contudo, o documento, com 280 páginas na versão em português, pouco ou nada revelou.

À luz da actual legislação, tem de se realizar um concurso público após o termo dos contratos de exploração de jogo. Não obstante, a duração de cada concessão pode ser prorrogada, a título excepcional, por um período máximo de cinco anos.

O objectivo dos referidos estudos, encomendados à Universidade de Macau e à Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, é “propor recomendações cientificamente sólidas e justificáveis ao Governo da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] sobre a política de diversificação económica moderada”, explicaram os Serviços de Economia ao portal GGRAsia.

18 Dez 2017

Veterinários | Residentes mais atentos à supervisão dos serviços médicos

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]stá concluído o relatório relativo ao processo de consulta pública levado a cabo pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) no âmbito da elaboração do projecto da lei de controlo sanitário animal e médico-veterinária.

Segundo um comunicado, a maior parte dos residentes que participou neste processo, 38,7 por cento, deu opiniões sobre o processo de “supervisão dos médicos veterinários no exercício de actividade”. Os tópicos mais abordados no processo de consulta pública foram, por ordem decrescente, a “supervisão dos estabelecimentos de clínica veterinária”, com 24,9 por cento de respostas, e a “supervisão dos estabelecimentos de reprodução, venda e hospedagem dos animais de estimação”, com 20,2 por cento de respostas. Foi ainda dada atenção à questão da “supervisão da prevenção e tratamento de doenças infecto-contagiosas animais”.

O IACM não apresentou, para já, uma data para a conclusão do projecto de lei. “Este Instituto está atento e atribui grande importância às matérias que estão a ser objecto de discussão, opiniões e sugestões, para as quais irá manter a comunicação com o respectivo sector e cidadãos, aperfeiçoando o conteúdo do projecto de lei, por forma a elaborar uma lei que mais se adeque às necessidades de Macau.”

18 Dez 2017

A fotografia documental de Alice Kok e os seus alunos

[dropcap style≠‘circle’]“D[/dropcap]ocumenting Impermanence: An Exhibition of Reportage Photography by Alice Kok and Students” é o nome da nova exposição patente no café do Instituto de Formação Turística (IFT) no espaço Anim’Arte, em Nam Van. A exposição, que estará patente até 31 de Março do próximo ano, visa retratar imagens do dia-a-dia em Macau num “passado recente”, pela lente da artista Alice Kok e dos seus alunos.
As 80 imagens foram tiradas no contexto de um curso de reportagem fotográfica que o IFT promove desde 2011. Segundo um comunicado, “os trabalhos expostos ilustram os conceitos e as técnicas da reportagem fotográfica aprendidos no curso e que foram depois aplicados pelos alunos, retratando a vida normal das pessoas de Macau”.
O curso de reportagem fotográfica é um dos muitos que têm sido promovidos pelo IFT no âmbito dos cursos profissionais e vocacionais. O IFT tem trabalhado em parceria com 20 entidades internacionais, disponibilizando junto do público um total de 80 cursos qualificados. Ao todo, já 20 mil pessoas participaram nestas iniciativas educativas.

18 Dez 2017

MAM acolhe “Parada de Ouro – Armamento Imperial do Museu do Palácio”

[dropcap style≠‘circle’]F[/dropcap]oi inaugurada na passada sexta-feira a exposição “Parada de Ouro – Armamento Imperial do Museu do Palácio”, organizada pelo Museu de Arte de Macau, o Museu do Palácio, Fundação Macau, Direcção dos Serviços de Turismo e o jornal Ou Mun.
Trata-se de uma iniciativa que visa mostrar ao público o “armamento, equipamento e engenhos produzidos pelas oficinas imperiais, tributos das diferentes regiões da China e presentes oferecidos por outros países à corte chinesa”.
O objectivo é “dar a conhecer as grandiosas revistas de tropas pelo imperadores da dinastia Qing, as caçadas imperiais, os exercícios militares e o próprio sistema militar, entre outros.”
A exposição vai estar patente até ao dia 11 de Março do próximo ano e vai permitir aos visitantes “compreender aspectos políticos, militares e a vida dos imperadores no Palácio Imperial da dinastia Qing, bem como a importância atribuída pelos Qing ao poder militar”, aponta um comunicado.
Esta é a 19ª iniciativa realizada em parceria com o Museu do Palácio e exibe mais de 100 peças da corte imperial Qing. A exposição está dividida em três secções, nomeadamente “Porte Digno”, “Poderio Militar” e “Sistema Militar”. Na secção “Porte Digno”.
O comunicado refere que uma das peças mais importantes da exposição é a “Revista da Grande Parada das Tropas pelo Imperador Qianlong” Rolo 2: Tropas em formação. Trata-se de “um rolo mais de 17 metros de comprimento, mostrando com grande detalhe soldados dos Oito Estandartes que aguardam a revista das tropas pelo Imperador Qianlong”.
Quanto à secção “Poderio Militar” “inclui várias pinturas de caçadas de Qianlong em bosques e florestas e ainda equipamento de caça, revelando a importância que a corte atribuía ao tiro com arco a cavalo”.
Já a secção “Sistema Militar” apresenta “o sinete do comandante dos Oito Estandartes e o Registo e cobre inscrito, entre outras peças históricas, reflectindo o sistema de poder militar dos Oito Estandartes da dinastia Qing”.

No dia da inauguração da exposição, Chan Kai Chon, director do MAM, adiantou que esta entidade cultural pode vir a reforçar a cooperação com o Museu do Palácio, “procurando ambas as partes trabalhar em conjunto para promover conhecimentos e o reconhecimento da cultura chinesa por parte da população”.

18 Dez 2017

Preço do metro quadrado da habitação sudiu 11,5 por cento

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] preço médio do metro quadrado das casas em Macau atingiu em Novembro 100.890 patacas, reflectindo um aumento de 11,5 por cento face ao período homólogo do ano passado, indicam dados oficiais. De acordo com as estatísticas publicadas no ‘site’ da Direcção dos Serviços de Finanças, em contrapartida, em termos mensais, o preço médio do metro quadrado diminuiu de 117.360 patacas para 100.890 patacas.

Em linha com o aumento anual do preço do metro quadrado, o número das fracções transaccionadas recuou em termos anuais (de 1.144 para 1.051), verificando-se o cenário oposto na comparação mensal: com queda do preço do metro quadrado subiu o número das fracções transaccionadas (foram vendidas mais 121 em relação a Outubro).

Das três áreas de Macau, Coloane era a mais cara, com o preço médio do metro quadrado a fixar-se em 133.871 patacas, seguindo-se a da Taipa, 114.499 patacas, segundo os mesmos dados respeitantes às transações de imóveis destinados a habitação que foram declaradas para liquidação do imposto de selo.

Com o preço médio do metro quadrado mais baixo, 95.592 patacas, a península de Macau registou o maior número de fracções transaccionadas em Novembro (888 contra 818 em novembro de 2016), seguindo-se a ilha da Taipa (143 contra 239) e Coloane (com 20 contra 87).

O preço médio do metro quadrado de frações autónomas destinadas a habitação em Macau (no território em geral, isto é, sem ser por zonas) galgou em Maio a barreira das 100.000 patacas pela primeira vez desde o início do ano. A última vez que tal tinha sucedido foi em Dezembro de 2016, mês em que atingiu as 103.805 patacas.

Desde a liberalização de facto do jogo, ocorrida em 2004, com a abertura do primeiro casino fora do universo do magnata Stanley Ho, o sector imobiliário tem estado praticamente sempre em alta.

Os preços caíram em 2015, um cenário apontado então como um efeito colateral da queda das receitas do jogo que teve início em Junho de 2014 e durou quase dois anos, terminando em Agosto do ano passado.

Desde então, os preços das casas foram registando flutuações, mas desde Outubro de 2016 têm-se verificado subidas em termos anuais homólogos.

Os elevados preços praticados no mercado imobiliário, tanto na aquisição como no arrendamento, constituem um dos principais motivos de descontentamento da classe média do território.

18 Dez 2017

Premiados da 11ª Bienal conhecidos ao final do dia

Organizada desde os anos 90, a nova edição da Bienal de Design de Macau é hoje inaugurada na Galeria de Exposições Especiais do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau. Exposição com as obras premiadas decorre entre 19 de Dezembro e 31 de Março do próximo ano

 

[dropcap style≠‘circle’]I[/dropcap]nstituto Cultural (IC), Associação de Designers de Macau e Fundação Macau. Três entidades que se juntaram para promover a 11ª edição da Bienal de Design de Macau. Hoje ao final do dia serão conhecidas as obras premiadas que estarão em exposição na Galeria de Exposições Especiais do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau a partir de amanhã, 19, e até 31 de Março de 2018.

Mais de quatro mil trabalhos, oriundos de 33 países ou regiões, chegaram às mãos dos organizadores do evento, sendo que vinte por cento deles passou à fase final de organização.

Segundo um comunicado do IC, “este ano o volume de trabalhos submetidos a concurso quebrou o recorde, sendo o nível global de qualidade superior ao de anos anteriores”.

O júri, composto por Guang Yu (Pequim), Céline Lamée (Amsterdão e Pequim) e Steffen Knöll (Alemanha), levou seis meses a avaliar todos os trabalhos, tendo sido seleccionados 80 vencedores e um total de 200 obras para integrar a exposição amanhã inaugurada.

O IC afirma que “os vencedores e os trabalhos seleccionados provêm do Interior da China, Hong Kong, Macau, Taiwan, Alemanha e Grã-Bretanha”.

A primeira edição da Bienal de Design de Macau arrancou em 1994, numa iniciativa da Associação dos Designers de Macau. Segundo o IC, “a Bienal acabou por tornar-se na única competição profissional no sector do design de Macau e num evento de design muito representativo das quatro Regiões dos Dois Lados do Estreito”.

“Várias exposições e competições profissionais têm contribuído para potenciar a imagem profissional do sector do design, granjeando reconhecimento a múltiplos designers e sensibilizando o público para a importância da criatividade na sustentabilidade económica, bem como para o valor criado pelo sector do design”, aponta o IC no mesmo comunicado.

18 Dez 2017

LAG | Jovens insatisfeitos com transportes e habitação

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]ovens locais não estão satisfeitos com as políticas apontadas pelas Linhas de Acção Governativa do ano que vem, na área dos transportes, habitação, e jogo. A informação é retirada das conclusões de um estudo levado a cabo pela União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong).

Ao mesmo tempo, as políticas apontadas para a educação, cultura, assistência social e saúde são aquelas que os residentes mais novos consideram mais satisfatórias. De acordo com o Jornal do Cidadão, forma recolhidas as respostas a um inquérito de 975 jovens locais com idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos. Com estas conclusões os Kaifong sugerem que o Governo avance para a implementação de políticas que tenham em conta a melhoria dos transportes e proceda a um planeamento científico para as rotas de autocarros antes da renovação de contrato entre o Governo e três concessionárias de autocarros. No âmbito de habitação, os Kaifong aconselham que se aproveitem os terrenos em Macau e se acelere o ritmo da construção de casas públicas.

18 Dez 2017

Chui Sai On | Governo prepara medidas para controlar mercado imobiliário

O Chefe do Executivo, Chui Sai On está a preparar medidas para controlar a especulação imobiliária no território. A informação foi dada directamente a Xi Jinping e a Li Keqiang num encontro em Pequim, na semana passada, onde Chui Sai On levou o balanço anual da actividade governativa de Macau

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Macau vai lançar em breve medidas para controlar o preço da habitação e promover um desenvolvimento saudável do mercado imobiliário local, anunciou o Chefe do Executivo, Chui Sai On, no final da visita a Pequim que fez na semana passada.

Chui Sai On apresentou ao Presidente chinês, Xi Jinping, e ao primeiro-ministro, Li Keqiang, um balanço anual das atividades do Governo de Macau, refere um comunicado do Gabinete de Comunicação Social (GCS) distribuído no sábado. O Chefe do Executivo de Macau referiu que estavam a ser estudadas medidas para controlar os elevados preços da habitação no território.

Em que ficamos?

A informação é deixada a Pequim menos de um mês depois de Lionel Leong, secretário para os assuntos da economia ter sublinhado que não haveria nada que o Governo pudesse fazer em relação ao mercado imobiliário.

Lionel Leong afirmou que há pouco que o Governo possa fazer para controlar as condições do mercado do imobiliário, perante a falta de oferta de novas habitações. A confissão foi feita no segundo dia das Linhas de Acção Governativa para a Economia e Finanças. “Temos alguns meios administrativos para definir medidas relevantes para o mercado da habitação. Mas sabemos que Macau é um mercado livre e dependemos muito da oferta e da procura. Se não temos uma oferta suficiente é difícil implementar medidas de controlo dos preços, porque mais tarde ou mais cedo o preço vai adaptar-se e vai aumentar”, explicou na altura o secretário.

Contudo, parece que a disposição do Governo de Macau em relação à habitação mudou durante a viagem de Chui Sai On a Pequim. Porquê? Nada é certo. Em Macau, especula-se que o Chefe do Executivo de Macau terá sido “apertado” na capital onde se teme que a questão possa causar desarmonia social na RAEM.

Actividades em continuidade

A Xi Jinping, Chui Sai On referiu também que o Governo vai começar a trabalhar, no próximo ano, na criação de um fundo de investimento e de um mecanismo a longo prazo para a distribuição das reservas fiscais, já proposto no relatório das Linhas de Ação Governativa.

Chui Sai On afirmou ainda que vão ser anunciadas, em breve, as quotas de circulação rodoviária da Região Administrativa Especial de Macau na nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que ainda estão a ser debatidas pelas três partes.

As quotas vão ser divididas pelas seguintes categorias: automóveis ligeiros, veículos oficiais, autocarros ‘shuttle’ e táxis.

O governante reiterou que “a acção governativa é feita de acordo com a lei de Macau e que procura, activamente, impulsionar o progresso do território de forma a promover as medidas necessárias para a concretização do Plano Quinquenal” chinês.

O Executivo de Macau também colabora no projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, no âmbito da “integração no desenvolvimento do país” e da diversificação adequada da economia local, referiu.

Neste momento, o Governo da RAEM aguarda o lançamento do plano oficial do projecto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau para participar nos respectivos trabalhos, acrescentou.

Em relação à formação de quadros qualificados, Chui Sai On disse que o Governo “vai apoiar, em várias vertentes, os jovens que pretendam prosseguir os estudos, arranjar emprego e procurar oportunidades de empreendedorismo na China interior”.

De acordo com o comunicado do GCS, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou, durante o encontro, que “o Governo central reconhece os resultados conseguidos”, reiterando que vai continuar a prestar um forte apoio ao desenvolvimento económico de Macau e à melhoria das condições de vida da população.

 

Pequim quer atrair pessoas para o interior do país

No âmbito da visita de Chui Sai On a Pequim foram ainda debatidas as “facilidades de que usufruirão os residentes de Macau no âmbito de aprendizagem, emprego e vida”, uma vez que o Governo Central está empenhado “em lançar políticas e medidas que facilitem aos residentes de Hong Kong e Macau aprender, procurar emprego ou prosseguir as suas vidas na China interior”.

Na área da educação, as crianças de Macau e Hong Kong que vivam em Guangdong, Fujian, Zhejiang, Xangai e Pequim “podem usufruir das mesmas políticas de ingresso escolar dos alunos da China interior, consoante as legislações nacionais, designadamente a ‘Lei Educativa’ e a ‘Lei da Escolaridade Obrigatória’”, aponta um comunicado. Na área do emprego, o Ministério do Comércio da China promete realizar “uma avaliação dos problemas que os serviços profissionalizados de Hong Kong e Macau enfrentam na China interior”, para “aumentar progressivamente o grau de abertura para com Hong Kong e Macau na área dos serviços especializados”.

É ainda objectivo de Pequim realizar o “aperfeiçoamento dos trabalhos na prestação de serviços no âmbito do emprego aos alunos finalistas de Hong Kong, Macau e Taiwan que frequentam estabelecimentos de ensino superior normais da China interior”. Tudo para que haja “mais facilidades para que os estudantes de Hong Kong e Macau consigam um posto de trabalho na China interior”.

Nesse sentido, será criado o chamado “acordo de emprego”, emitido a todos os licenciados que queiram trabalhar no interior da China e que “reúnam os requisitos exigidos”. Além desse documento, será emitida a esses licenciados uma “notificação de serviços de emprego para finalistas de estabelecimentos de ensino superior normais de todo o país” ou um “certificado de serviços de emprego para os finalistas e pós-graduados de todo o país”.

Na área do turismo, foram instalados equipamentos de venda e recolha automática de bilhetes que reconhecem o cartão salvo-conduto dos residentes de Hong Kong e Macau em 215 estações de comboio da China interior. O mesmo comunicado aponta ainda que foi emitido, pela Administração Nacional do Turismo, um aviso sobre a “prestação de serviços de maior facilidades no alojamento turístico para os compatriotas de Hong Kong e Macau”.

Este aviso visa garantir que todos os residentes das regiões administrativas especiais têm acesso a alojamento turístico, sendo “proibido criar obstáculos para rejeitar alojamento”.

18 Dez 2017

Taiwan : Pequim expressa oposição às actividades secessionistas

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]equim opõe-se resolutamente às actividades secessionistas de “independência de Taiwan” sob qualquer forma, incluindo o chamado referendo, disse nesta quarta-feira um porta-voz da China continental. An Fengshan, porta-voz do Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, fez o comentário em resposta a uma pergunta sobre “o projecto da lei de referendo” aprovado pelo órgão legislativo de Taiwan.

“Opomo-nos firmemente à de-sinicização sob qualquer nome ou de qualquer forma. Os compatriotas dos dois lados devem ser vigilantes contra as forças secessionistas da ‘independência de Taiwan’”, disse An. An também mencionou livros escolares em idioma chinês conjuntamente compilados pelas instituições educacionais dos dois lados do Estreito de Taiwan, que as escolas secundárias de Taiwan usam a partir de Outubro deste ano.

O porta-voz chinês disse que a parte continental e Taiwan compartilham a mesma tradição cultural e os livros escolares impulsionarão a cultura nacional tradicional.

Segundo An, a parte continental da China dialogaria com qualquer partido político, organização ou indivíduo que seguir o princípio Uma Só China e o Consenso de 1992, e que se opõe à “Independência de Taiwan”.

An disse ainda que mais comunicação e confiança mútua entre o departamento e o Novo Partido podem impulsionar adiante o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito e avançar o processo em direcção à reunificação pacífica do país. A Parte continental também teve comunicação regular com o KMT, revelou o porta-voz.

An acusou a administração do Partido Democrata Progressista (PDP) de sempre obstruir a comunicação e a cooperação, e provocar a oposição e hostilidade entre as pessoas dos dois lados.

Depois de 30 anos de intercâmbios, comunicação, cooperação e desenvolvimento têm sido a aspiração comum das pessoas de ambos os lados do Estreito e nada pode inverter essa tendência, notou An.

“Mais taiwaneses perceberam a sinceridade da parte continental e viram a parte continental objectivamente. A parte continental forneceu oportunidades em vez de ameaças a Taiwan”, lembrou An. “O desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito beneficiou as pessoas de ambos os lados enquanto a ‘independência de Taiwan’ causaria danos para as pessoas, especialmente as de Taiwan, concluiu An.

15 Dez 2017

Ma Iao Lai continua presidente da Associação Comercial de Macau

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]ecorreu esta terça-feira a 80ª assembleia-geral da Associação Comercial de Macau (ACM), tendo sido eleitos os novos corpos sociais. Segundo o jornal Ou Mun, Ma Iao Lai continua a ser o presidente da direcção, tendo sido eleitos como vice-presidentes o empresário Liu Chak Wan, o presidente da Assembleia Legislativa (AL), Ho Iat Seng, Chui Sai Cheong, vice-presidente da AL, Fong Chi Keong, ex-deputado, Ho Hao Tong, Ngan In Leng e a co-presidente da MGM China, Pansy Ho.

No discurso que proferiu, Ma Iao Lai destacou o sucesso da realização do 19º congresso do Partido Comunista Chinês, tendo lembrado que, de acordo com as palavras do presidente Xi Jinping, estão esclarecidas as perspectivas do Governo Central em relação ao território, que exigem a prática da política “Um País, Dois Sistemas”.

Na visão de Ma Iao Lai, deve-se garantir a compreensão da administração das duas regiões administrativas especiais, de acordo com a Lei Básica e a constituição chinesa.

O presidente reeleito da ACM disse que, no contexto da revisão da lei laboral e da implementação do salário mínimo universal, os patrões não estão contra os trabalhadores, tendo enfatizado que a garantia dos seus direitos e interesses podem elevar a moral e manter os profissionais nas empresas.

O problema da lei

Kou Hoi In, deputado à AL e membro da ACM, apresentou o relatório dos trabalhos já realizados pela associação nos últimos meses, tendo concluído que as opiniões dos sectores têm sido reveladas ao Governo.

O deputado acrescentou que a actual lei das relações do trabalho tem causado obstáculos ao desenvolvimento dos sectores comercial e industrial. Kou Hoi In lamentou ainda que a compensação, pela via do salário, dos feriados obrigatórios traga um impacto negativo para a construção de Macau como um centro mundial de turismo e lazer. Como tal, Kou Hoi In pede uma revisão em prol de uma lei científica e operacional.

15 Dez 2017

Pequim aumenta sua influência na América Latina graças à falta de estratégia dos EUA

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]nquanto Trump rompe acordos e questiona alianças, o gigante asiático impulsiona os laços políticos, culturas e sociais com a região.

Uma semana depois da eleição de Donald Trump, o presidente Xi Jinping viajou para a América Latina pela terceira vez em três anos para enviar uma mensagem clara: a China quer ser o principal aliado da região. “Se compartilharmos a mesma voz e os mesmos valores, podemos conversar e nos admirar sem que a distância importe”, prometeu o líder asiático à presidente chilena, Michelle Bachelet, em Santiago. Com quase um ano de Trump na Casa Branca, o Governo dos EUA está em retirada do plano internacional, questionando alianças e rompendo acordos. Na América Latina, a China, que há mais de dez anos é um importante parceiro comercial, aumenta agora a sua influência política, cultural e social para ocupar o vazio criado pela ausente estratégia norte-americana.

Trump chegou à Casa Branca utilizando uma retórica nacionalista e proteccionista no âmbito comercial. A América Latina observou o carácter imprevisível de um novo presidente anti-establishment com incerteza. Mas, em menos de um ano, o presidente norte-americano confirmou a lealdade à sua agenda antiglobalização “América Primeiro”. Trump retirou os EUA do Acordo de Paris – no qual estão todas as nações do mundo – e do Tratado Comercial com o Pacífico (TPP) com países asiáticos e latino-americanos. O presidente também ameaçou acabar com o Tratado de Livre Comércio (Nafta) com o México e o Canadá. Com essas e outras decisões, Trump distanciou os EUA de sua posição hegemónica mundial e forçou os seus aliados tradicionais a procurarem e reforçarem outras alianças. “Sempre colocarei a América primeiro, não podemos continuar participando de acordos nos quais os EUA não obtêm nada de bom”, afirmou o republicano na Assembleia Geral da ONU.

Além das repetidas sanções contra o Governo da Venezuela e o retrocesso nos pactos comerciais, a nova Administração não estabeleceu uma estratégia de aproximação com os seus vizinhos do Sul e ainda não nomeou os diplomatas dos postos de maior importância no Departamento de Estado. Os EUA, nas suas poucas referências à América Latina, centraram o seu discurso na mão firme contra a imigração e o narcotráfico. Em Agosto, o vice-presidente Mike Pence tentou suavizar os sinais que Washington envia com uma breve viagem por quatro países. Apesar de ter falado por telefone com a maioria dos presidentes, Trump optou pela Europa, Médio Oriente e Ásia nas suas primeiras saídas internacionais.

A viagem de Xi Jinping, recheada de simbolismo, sugeriu uma aceleração para aprofundar as relações entre a América Latina e o seu país, que há 15 anos aumentou exponencialmente os investimentos na região. Nesse tempo, o gigante asiático multiplicou por 22 vezes o volume do seu comércio com os países da região. Em 2016, investiu aproximadamente 90 mil milhões de dólares nesses países. A China hoje já é o principal parceiro comercial do Brasil, Chile e Peru. Mas sua marca na América Latina já ultrapassa os âmbitos económicos.

“Agora a China tenta conseguir influência política. Cada vez consegue penetrar mais nas esferas académicas, culturais, sociais assim como na imprensa. Têm milhares de iniciativas para conectarem-se com as elites e pessoas de influência, por exemplo líderes de opinião, diplomatas, jornalistas, para lhes levar uma visão positiva da China”, afirmou nessa semana o pesquisador e jornalista Juan Pablo Cardenal numa conferência organizada em Washington pelo think-tank Americas Society, Council of the Americas. Outros não acreditam nisso. “Só querem negócios, matérias primas e comércio”, defendeu o ex-embaixador mexicano na China, Jorge Guajardo.

Nos últimos anos, entretanto, o Governo chinês e as suas agências impulsionaram iniciativas afastadas do âmbito comercial. “Convidam pessoas para ir à China participar em conferências, expor uma imagem benévola do regime, e os ‘transformam’ em embaixadores de facto do Governo chinês. Frequentemente lemos colunas de opinião na imprensa da região que emulam o discurso feito pelo Partido Comunista da China”, explicou Cardenal, que pesquisou a influência da China em mais de 40 países.

Há um ano Xi Jinping anunciou que nos próximos anos o seu Governo dará as boas-vindas a mais de 10.000 jovens líderes, 500 jornalistas e até 1.500 representantes políticos para participarem em eventos. A China criou Institutos Confúcio em universidades de nove países, para promover a aprendizagem de chinês e da cultura do país, e programas de intercâmbio para estudantes.

Apesar de existir pouca liberdade de imprensa na China, o país e a América Latina forjaram uma estreita cooperação que todo ano realiza um congresso com os principais actores dos veículos de comunicação da região. “As associações, as empresas e o Governo chineses remam na mesma direcção: querem favorecer os objectivos nacionais estratégicos do país”, afirmou Cardenal.

Outras iniciativas são mais explícitas. O Panamá, um aliado tradicional dos EUA, reactivou em Junho as suas relações diplomáticas com Pequim e em Novembro, durante uma visita de três dias do presidente, abriu a sua embaixada na capital chinesa. Os dois países assinaram até doze acordos, alguns dos quais dedicados à promoção cultural e turismo.

Longe de diminuir, o crescimento da China na América Latina é visto como um fracasso da política norte-americana, como disseram os especialistas. Com o possível fim do Nafta, para muitos um acordo vital para a economia dos EUA, a China já se colocou como uma alternativa ao México. Se isso acontecer, a sua sombra surgiria na fronteira sul, aquela que Trump quer proteger com um muro.

15 Dez 2017

João Augusto da Rosa recorda o caso do rapto de Neto Valente

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-inspector da Polícia Judiciária recordou ao Jornal Ou Mun que quando se tornou investigador adjunto de 1ª classe foi um momento em que sentiu um sentimento forte para assumir as suas responsabilidades do cargo.

João Augusto da Rosa confessou que enfrentou episódios de grande dificuldade antes do período de transferência de soberania pela instabilidade e violência que fazia sentir no território. Nesse tempo, Macau era palco para muitos incidentes de tiroteios, atendados à bomba e homicídios, factores que procurou a família do ex-polícias momentos de grande aflição.

O adjunto do Comandante-geral deu alguns detalhes do caso do rapto de Jorge Neto Valente, que remonta a 2001. João Augusto da Rosa recorda o momento em que o caso começou, com um veículo abandonado com a porta aberta na zona de Nam Van, o que levantou imediatamente a suspeita de se estar na presença de um caso de rapto.

Como tal, iniciaram-se logo trabalhos de investigação e começou a caça ao homem na busca dos raptores, tendo sido criado um grupo específico para o caso.

No processo da investigação, João Augusto da Rosa destacou os contributos de Wong Sio Chak, elogiando a forma como conduzia operações de investigação e como era um activo policial com muitos conhecimentos. A investigação prosseguiu até se ter encontrado um toxicodependente que no final deu pistas sobre o local onde se encontrava o advogado. No final, tendo auxílio do grupo de operações especiais e das forças de polícias, tendo o advogado sido salvo numa altura em que duvidava muito que pudesse ser encontrado com vida.

O adjunto do Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, salientou ainda a importância do espírito da cooperação da equipa.

Recordando o seu início de carreira ao Jornal Ou Mun, João Augusto da Rosa disse que começou a trabalhar na Polícia Judiciária em 1981, quando tinha 21 anos, tendo completado 36 anos de serviço. O adjunto contou que no início escolheu o curso de contabilidade e que apesar de ter tido oportunidade de trabalhar na Companhia de Electricidade de Macau (CEM) por um ano, sentiu que não estava no sítio certo e acabou por escolher a carreira policial.

15 Dez 2017

Reforma das empresas estatais para melhorar qualidade e eficiência

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China impulsionará a reforma das suas empresas estatais a fim de fornecer uma maior força motriz para o desenvolvimento económico de alta qualidade com capital estatal, segundo uma decisão feita nesta quarta-feira na reunião executiva do Conselho de Estado presidida pelo primeiro-ministro Li Keqiang.

A reunião, que ouviu um relatório sobre a reforma, supervisão e inspecção das empresas estatais centrais, decidiu que o sistema de gestão de activos estatais será melhorado e que uma lista de poderes e obrigações em relação à supervisão e gestão dos activos estatais será criada para alcançar uma supervisão mais precisa.

As empresas terão autonomia nas suas operações na medida em que o governo aprofunda a reforma para aperfeiçoar a administração, fortalecer a inspecção e melhorar os serviços. Passos sólidos serão tomados para cortar a capacidade produtiva excessiva e a questão das “empresas zombies” será abordada de forma oportuna.

As empresas estatais da China registaram uma receita comercial total de mais de 41,9 biliões de yuans nos primeiros dez meses deste ano, uma alta anual de 15,4%, obtendo lucros de 2,39 biliões de yuans, um aumento de 24,6%, informou o Ministério das Finanças.

A reunião decidiu continuar melhorando a distribuição sectorial, optimização estrutural e a reorganização estratégica do sector estatal. O capital estatal será canalizado principalmente para sectores importantes e áreas vitais para a segurança nacional, a economia integral, o bem-estar do povo e o desenvolvimento de importantes infra-estruturas.

“A reforma permitiu que as empresas estatais, especialmente as centrais, obtivessem subida das suas receitas comerciais, que chegaram ao nível mais alto em cinco anos”, disse o primeiro-ministro Li, acrescentando que as empresas estatais devem resolver os problemas identificados o mais cedo possível no processo de supervisão e inspecção. A supervisão sobre a operação do capital estatal será reforçada, assim como a inspecção de activos estatais no exterior, segundo a reunião.

“Departamentos relacionados do Conselho de Estado devem apoiar activamente a reforma das empresas estatais e continuará procurando o aperfeiçoamento da administração, supervisão e melhoramento de serviços para ajudar no desenvolvimento de alta qualidade e para garantir a segurança e bons retornos de activos estatais”, concluiu Li.

15 Dez 2017

Deutsche Bank : China é país com maior risco

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China é a grande economia do mundo onde é maior o risco de uma crise financeira, com quase o dobro da probabilidade do segundo colocado. O alerta parte de uma nota do Deutsche Bank assinada por Michael Spencer, economista-chefe para região da Ásia-Pacífico. A probabilidade de crise na China ficou em 13%, seguido por Canadá (8.6%), Arábia Saudita (7,7%), Turquia e Chile (7,4%), Hong Kong (7%) e Australia (6,9%). O Brasil tem 1,7%.

Ainda assim, o risco chinês não chega nem perto dos 50% verificados, por exemplo, em países como Espanha e Irlanda em 2010, quando despontava o problema da dívida europeia. O modelo também indica, ainda que de forma menos contundente, a gestação da crise financeira asiática dos anos 90 em países como Tailândia, que mostrava risco de 30% na época.

Os riscos chineses já estão no radar faz algum tempo. Em Maio, a agência de classificação de risco Moody’s baixou a nota de crédito da China pela primeira vez em quase 30 anos. Em Setembro, foi a vez da Standard & Poor’s fazer o mesmo e baixar a nota em um degrau, citando o aumento dos riscos económicos e financeiros.

A dívida total não-financeira chinesa explodiu de 160% do PIB em 2008 para 260% do PIB actualmente, em grande parte fruto de estímulos para amortecer a crise financeira americana.

O crescimento do PIB seguiu em patamares elevados, mas a dose do remédio passou a preocupar. O Fundo Monetário Internacional alertou em Dezembro que “a crescente complexidade do sistema semeou riscos de estabilidade financeira”. O diagnóstico é que uma política fiscal e monetária expansionista e o desenvolvimento de um sistema bancário paralelo menos regulado vêm incentivando apostas cada vez mais arriscadas de investidores.

Isso não costuma acabar bem, mas há particularidades que dificultam comparações com outros países e momentos históricos. A China tem repetidos superávites em conta corrente há mais de 20 anos e sua dívida é basicamente doméstica, com o governo controlando quase todo o sistema financeiro e a maior parte dos devedores.

“O padrão típico de crises em mercados emergentes, de fluxos de entradas subitamente se revertendo e pondo fim ao boom económico, simplesmente não se encaixa com o que tem acontecido na China”, diz o Deutsche.

Além disso, os dados mais recentes sugerem que o risco na China está recuando, já que o crescimento do crédito desacelerou para o mesmo ritmo do PIB nominal, estabilizando a relação crédito/PIB. “Se este ambiente macro continuar por mais um ano, a probabilidade de crise vai cair rapidamente”, diz o banco, apontando para a importância de manter os superávits como colchão de segurança mesmo que isso cause conflitos políticos com os Estados Unidos.

15 Dez 2017

ONU : Projecto contra Jerusalém como capital de Israel

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m projecto de resolução contra o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel está a ser preparado na ONU para demonstrar o isolamento dos norte-americanos no Conselho de Segurança, disseram ontem fontes diplomáticas. Os Estados Unidos da América, Estado-membro permanente do Conselho de Segurança e principal defensor de Israel, têm o direito de veto sobre todas as resoluções submetidas à votação e utilizou-o várias vezes no passado. “O importante é ter o apoio de 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança” para este futuro texto, disse à agência de notícias AFP, sob anonimato, uma fonte diplomática palestiniana.

Na sexta-feira passada, os Estados Unidos estavam totalmente isolados do Conselho de Segurança durante uma reunião de emergência, convocada depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado o reconhecimento unilateral de Jerusalém como capital de Israel. Todos os outros membros do Conselho de Segurança criticaram esta decisão.

Vários deles denunciaram a violação das resoluções anteriores da ONU, enfatizando que a questão de Jerusalém deveria fazer parte de um acordo negociado entre israelitas e palestinianos, como solução do conflito existente entre os dois povos.

O embaixador palestiniano na ONU, com o estatuto de observador, Riyad Mansour, disse à AFP que o texto de resolução proposto pediria aos Estados Unidos que “anulasse” a sua decisão.

Mas de acordo com várias fontes diplomáticas, “a linguagem”, em última análise, mantida no projecto poderia ser mais matizada para assegurar o apoio dos 14 países membros do Conselho de Segurança da ONU.

O objectivo final é não descartar completamente os Estados Unidos, mas sim pressionar para que o projecto de paz que prometeram, desde que o republicano Donald Trump chegou ao poder há quase um ano, leve em conta os interesses dos palestinianos.

Desde a criação de Israel, em 1948, a comunidade internacional absteve-se de reconhecer Jerusalém como sua capital. Israel anexou a parte oriental de Jerusalém em 1967 e aprovou uma lei declarando que é a sua capital “indivisível”. Esta anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional e os palestinianos consideram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado da Palestina.

15 Dez 2017

Governo quer ligar passagens para peões no Terminal do Porto Exterior

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s planos do Executivo para unir das duas passagens aéreas para peões que se situam na Rua do Terminal Marítimo e no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior mereceu algumas críticos por parte dos Kaifong.

De acordo com o Jornal do Cidadão, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) consideram que apesar do plano do Governo merecer elogios, não deverá facilitar a vida dos residentes.

No entender os Kaifong o plano pode ser melhorado, uma vez que os moradores necessitam de instalações sem barreiras e que a passagem se encontra num local inconveniente, o que leva à pouca utilização da infra-estrutura pela população.

Como tal, considerando que a passagem superior para peões que fica na Rua de Malaca tem sido utilizada com mais frequência pelos residentes por ficar ao lado de paragem de autocarros, os moradores sugerem que se ligue também a indicada passagem superior para peões, fazendo com que as três estejam ligadas. De acordo com a sugestão dos Kaifong, esta solução seria mais apropriada para que os residentes e turistas cheguem a pé ao Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior mais facilmente.

14 Dez 2017