Camioneta em chamas no centro de Xangai

[dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]elo menos 18 pessoas ficaram feridas, no centro de Xangai, quando uma camioneta em chamas saiu da estrada e atingiu vários peões no passeio, disseram as autoridades e testemunhas. Três pessoas ficaram gravemente feridas, acrescentaram. O acidente ocorreu cerca das 9:00, perto do emblemático parque do povo, num bairro comercial muito movimentado no centro da cidade, no leste da China, e quando numerosas pessoas se dirigiam para o trabalho.
De acordo com os primeiros elementos do inquérito, o condutor do veículo, de 40 anos, estava a fumar e transportava “sem autorização” substâncias perigosas. Um princípio de incêndio causou a perda de controlo do veículo, acrescentou a polícia do bairro de Huangpu, em Xangai. “A camioneta já estava em chamas quando saiu da estrada e subiu o passeio”, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) Zhang Sai, segurança de um prédio vizinho, que assistiu ao acidente. O veículo perdeu o controlo e subiu o passeio com grande velocidade, atingindo vários peões, enquanto outros fugiam da trajectória da camioneta.
Xu Xin, empregado de restaurante de 23 anos, contou à AFP que chegou ao local, no percurso da sua corrida matinal, quando várias pessoas telefonavam já para os serviços de emergência. No interior do veículo, disse, viam-se pequenas botijas de gás, de um modelo habitualmente usado para placas de cozinha.
O acidente ocorreu na secção oeste da rua de Nankin, zona muito frequentada e onde se situam hotéis de prestígio, restaurantes, grandes centros comerciais e edifícios de escritórios.
Em 2013, dois turistas morreram na praça Tiananmen, em Pequim, quando um veículo galgou o passeio, atingindo várias pessoas, antes de se incendiar. As autoridades chinesas atribuíram este atentado, no qual morreram três atacantes, a separatistas da etnia muçulmana uigur, oriundos da região de Xinjiang, no noroeste do país.

5 Fev 2018

Cinema | “La librería” vence melhor filme nos Prémios Goya

[dropcap dtyle≠’circle’]”L[/dropcap]a librería”, de Isabel Coixet, ganhou no sábado as estatuetas para melhor filme, melhor realização e melhor guião adaptado na 32.ª edição dos Prémios Goya, mas a película mais premiada foi “Handia” com dez distinções.

Javier Gutiérrez em “El autor” foi considerado o melhor ator principal e Nathalie Poza a melhor actriz principal pelo seu papel no filme “No sé decir adiós”.

O filme “La librería”, uma adaptação do romance de Penelope Fitzgerald, ganhou três dos 12 prémios para os quais estava nomeado.

À 32.ª edição dos Goya concorreram um total de 130 filmes: 79 de ficção, 48 documentários e três de animação.

Os Prémios Goya, ou prémios anuais da Academia espanhola, são os galardões entregues anualmente pela Academia de Artes e das Ciências Cinematográficas de Espanha para premiar os melhores profissionais de cada uma das especialidades deste sector.

O prémio consiste na entrega de um busto de Francisco de Goya, um importante pintor espanhol da fase do Romantismo, nascido em 1746 e falecido em 1828.

5 Fev 2018

Turismo à procura de adrenalina traz dinheiro a região pobre

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]poiada no braço de uma amiga, Fang Bing atravessou a mais longa ponte de vidro do mundo, suspensa num desfiladeiro no noroeste da China, numa experiência de “adrenalina”, onde o truque é “não olhar para baixo”. “Arrependi-me quando cheguei a meio”, admite à agência Lusa Fang, uma das curiosas que viajou até ao parque natural de Hongyagu, para caminhar a quase 218 metros de altitude sobre uma plataforma transparente.

Inaugurada em Dezembro passado, a ponte de Hongyagu é constituída por 1.077 placas de vidro – cada uma com quatro centímetros de espessura -, e tem 488 metros de comprimento. Fang Bing, que se deslocou cerca de 80 quilómetros desde Shijiazhuang, a capital da província de Hebei, assume ter sentido “muito medo” ao caminhar sobre a ponte. “Mas também se não tivesse sentido, não tinha valido a pena gastar 398 yuan”, acrescenta, referindo-se ao preço do bilhete de acesso à plataforma.

Para alcançar a ponte é necessário subir 2000 degraus, num percurso de quase uma hora, que poderá ser evitado a partir de Maio, quando a organização inaugurar um teleférico. Em redor da estrutura, erguem-se até perder de vista dezenas de montanhas, áridas devido ao inverno seco do noroeste chinês.

Outros visitantes revelam-se mais corajosos: “No início senti medo, mas quando cheguei a meio já estava bem”, conta Sheng Yuxiao, que vive a poucos quilómetros do parque. Sentada ao lado de uma amiga sobre a plataforma, Sheng diverte-se a tirar ‘selfies’, indiferente à vertigem sentida por outros visitantes.

Pontes de vidro não são novidade na China, que conta já com 60 estruturas deste género, segundo a imprensa local. É também no país asiático que se encontra a ponte de vidro mais alta do mundo, suspensa a 300 metros do solo, no parque de Zhangjiajie, que inspirou as Montanhas Aleluia do filme “Avatar”.

“As pontes de vidro são muito populares na China”, explica à Lusa Liu Qiqi, engenheiro-chefe da estrutura em Hongyagu.

Sentado num dos restaurantes da cidade antiga de Hongyagu, onde são servidos pratos típicos da região, incluindo massa com carne de javali, Liu revela que o vidro usado nesta obra é de “tecnologia militar”. “Cada bloco de um metro tem capacidade para suportar 500 quilos”, diz. “Este tipo de vidro é apenas frágil ao impacto de objectos pequenos: varas com pontas de ferro, bengalas, ou objectos bicudos”. Liu revela que o custo de construção da ponte fixou-se em 150 milhões de yuan.

Hongyagu pertence ao condado de Pingshan, no extremo noroeste de Hebei, junto à fronteira com a província de Shanxi. Hebei produz mais aço do que qualquer país no mundo – com excepção da própria China. Shanxi é o núcleo da indústria do carvão no gigante asiático – o maior consumidor de carvão do planeta. No dia em que a agência Lusa esteve em Hongyagu, um espesso manto de poluição cobria ambas as províncias e persistia no ar o cheiro a carvão.

Na auto-estrada que liga Shijiazhuang e Hongyagu, a circulação de camiões carregados daquele minério negro era constante, num fluxo que o Governo chinês espera diminuir, através da promoção de outras fontes energéticas, como o gás natural ou as renováveis, parte da sua “guerra à poluição”. Só nas indústrias do aço e do carvão, a China deverá extinguir 1,8 milhão de empregos ao longo dos próximos anos.

A ponte de vidro de Hongyagu parece assim ligar uma região pobre e isolada à emergente indústria do turismo chinesa, que só no ano passado facturou 5,4 biliões de yuan. “Queremos dinamizar o turismo na região, torna-lo mais competitivo”, afirma Liu. “Por isso, erguemos aqui esta ponte”.

5 Fev 2018

Sands volta a patrocinar cabazes da Santa Casa da Misericórdia  

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Loja Social da Santa Casa da Misericórdia de Macau efectuou nova distribuição mensal de cabazes no sábado, dia 2, com o donativo de trezentas mil patacas da Sands China Ltd. que, pelo sexto ano consecutivo, patrocina este projecto de apoio solidário da Irmandade, num montante que se eleva já a um milhão e setecentas mil patacas.

Nos cabazes entregues a 360 famílias, com produtos alimentares essenciais como arroz, óleo alimentar, leite, cereais, alimentos em conserva e produtos de higiene foram especialmente incluídos, em vésperas do Ano Novo Lunar, carnes fumadas e dieta vegetariana, ingredientes tradicionais para a confecção de refeições com grande simbolismo para a comunidade local nesta celebração da Primavera, a principal festividade chinesa em Macau, bem como brindes especiais da patrocinadora.

A entrega simbólica do cheque ao provedor António José de Freitas e representantes da Irmandade pelo Presidente da Sands China, Ltd., Wilfred Wong e por Winnie Wong (Vice-Presidente de Corporate Communications and Community Affairs da Sands, Ltd.), foi presenciada pelos dirigentes da União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM), Leong Heng Kao; e da Federação das Associações de Operários de Macau (FAOM), Sio I Man, as duas associações que têm apoiado a Loja Social da SCMM na triagem das famílias mais carenciadas e com dificuldades de subsistência face à carestia de vida.

5 Fev 2018

Assédio Sexual | Uma Thurman acusa Weinstein

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] actriz Uma Thurman, musa do realizador Quentin Tarantino e próxima do produtor Harvey Weinstein, juntou-se à lista de actrizes que acusam o magnata de Hollywood de agressão, admitindo o seu desapontamento em relação ao produtor que a promoveu. A actriz contou, numa entrevista publicada no sábado pelo The New York Times, a agressão de que terá sido vítima, ocorrida após o lançamento de “Pulp Fiction”, em 1994.

Depois de uma reunião em Paris, Harvey Weinstein terá convidado a actriz para o seu quarto e depois para uma sauna num hotel, tendo Uma Thurman voltado a encontrar o seu produtor em Londres, também no seu quarto de hotel. “Ele empurrou-me e tentou saltar sobre mim e despir-se. Ele fez muitas coisas desagradáveis”, disse a actriz, na entrevista.

Pouco depois, Uma Thurman foi ao hotel do abusador para enfrentá-lo e explica que o advertiu: “Se fizer o que fez com outras pessoas, vai arruinar a sua carreira, a sua reputação e perder a sua família, eu garanto”, ter-lhe-á dito. “O sr. Weinstein admite ter feito avanços em relação à sra. Thurman depois de interpretar mal a sua atitude em Paris. Ele desculpou-se imediatamente”, respondeu, num comunicado, um porta-voz do ex-produtor, que actualmente está na terapia no Arizona. Hoje interroga-se por que é que Uma Thurman “esperou 25 anos para tornar públicas essas alegações”, acrescenta.

Harvey Weinstein está “atordoado e entristecido”, disse o advogado Ben Brafman no comunicado, acrescentando que as observações de Uma Thurman ao The New York Times estão a ser “examinadas e verificadas cuidadosamente antes de decidir se será apropriado avançar com um procedimento legal contra ela”. De acordo com uma amiga, que a acompanhou, Uma Thurman estava “a ferver de raiva” quando deixou Harvey Weinstein naquele dia, depois de uma discussão em que o produtor terá ameaçado a sua carreira. “Sinto-me tão mal por todas as mulheres atacadas depois de mim”, diz a actriz de 47 anos na entrevista, comparando essas vítimas com “cordeiros entrando no matadouro”.

Uma Thurman contou mais tarde a Tarantino a agressão que sofreu, mas o realizador não a levou a sério. Foi apenas em 2001, quando ela insistiu, perturbada pela presença de Weinstein durante o Festival de Cinema de Cannes, que o cineasta percebeu a gravidade dos factos alegados contra o seu produtor, tendo o fundador da Miramax pedido desculpa à actriz.

O realizador, vencedor de vários Óscares, disse em Outubro que sabia há anos das acções de Harvey Weinstein, agora acusado de assédio sexual, agressão ou estupro por uma centena de mulheres.

5 Fev 2018

Ponte HZM | Macau paga mais de 3 mil milhões de patacas

[dropcap]M[/dropcap]acau pagou cerca de 2,6 mil milhões de yuans (mais de 3 mil milhões de patacas) para a construção da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, noticiou a Teledifusão de Macau (TDM).

A televisão indicou na quarta-feira à noite que o aumento dos preços com materiais e trabalhadores, devido a reajustamentos da concepção e do programa de execução, obrigou o Governo de Macau a pagar mais 590 milhões de yuans.

No ano passado, os custos do projecto aumentaram cerca de 4,7 mil milhões de yuans a dividir pelos Governos das três regiões, que participam na construção e administração conjunta da nova ponte. A construção da ponte foi orçamentada em 38,118 mil milhões yuans, quando foi assinado, em 2010, o acordo tripartido que permitiu avançar com o empreendimento. O encargo de 15,73 mil milhões de yuans foi suportado por Hong Kong, Zhuhai e Macau.

Em Novembro passado, as autoridades tinham estimado o aumento dos custos podia ser de 11 mil milhões de yuans, de acordo com o Gabinete de Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI). A comparticipação de Macau nos custos de construção é 12,59%, inicialmente orçados em 1,98 mil milhões de yuans, acrescentou.

Iniciado em Dezembro de 2009, o projecto, com uma extensão total de 55 quilómetros, inclui uma ponte principal de 22,9 quilómetros e um túnel subaquático de 6,7 quilómetros, sendo uma infra-estrutura importante na estratégia de integração da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, que pretende criar uma região metropolitana de nível mundial.

A 8 de Janeiro, o jornal China Daily tinha noticiado que a nova ponte podia abrir em Maio ou Junho próximos, dependendo dos trabalhos de construção dos postos fronteiriços em Zhuhai e Hong Kong. Sem precisar uma data para a abertura da ponte, o diário, que citou fontes não identificadas, acrescentou que o posto fronteiriço em Macau deverá ser o primeiro a ficar pronto, dado o ritmo dos trabalhos.

2 Fev 2018

Hong Kong | Bairro evacuado por causa de bomba da II Guerra Mundial

[dropcap]M[/dropcap]ilhares de pessoas foram ontem retiradas do bairro de Wanchai, em Hong Kong, devido ao perigo de rebentamento de uma bomba de 450 quilos dos tempos da Segunda Guerra Mundial, encontrada numa zona de construção.

Segundo relatos das autoridades locais, dezenas de especialistas estão a tentar desactivar o engenho explosivo, o que levou à retirada forçada de mais de quatro mil pessoas no distrito comercial e financeiro de Wanchai, um dos mais movimentados da cidade.

No espaço de quatro dias é a segunda bomba dos tempos da Segunda Guerra Mundial que é encontrada naquela área urbana, onde decorrem escavações no subsolo. Uma primeira bomba de 450 quilos dos tempos da Segunda Guerra Mundial provocou na quarta-feira o encerramento de várias ruas importantes e a suspensão de serviço de balsas no bairro.

“A bomba está numa situação perigosa. O mecanismo do fusível está gravemente danificado e a sua posição impede que a nossa equipa trabalhe de uma maneira eficiente”, disse ao jornal South China Morning Post o especialista em desativação de engenhos explosivos Alick McWhirte. Segundo as autoridades locais, ambos os engenhos explosivos foram lançados pela aviação militar americana durante a Segunda Guerra Mundial, ficando “incrustados no solo” sem explodir até agora.

2 Fev 2018

Consumo na China | Jovens dão nova vida ao mercado do luxo

Há empresas como a LVMH, que congrega marcas como a Gucci, Kering e Hermes, que olham para os jovens chineses como os principais consumidores de artigos de luxo

[dropcap]G[/dropcap]uo Jiaxi é uma jovem típica de uma nova geração que está a surgir na China e que aposta no luxo: é jovem, é mulher e não tem medo de gastar. A contabilista de 24 anos, gosta de marcas como Coach e Louis Vuitton e já comprou, para oferecer, um lenço da Acne Studios, um relógio Daniel Wellington ou um cinto Mont Blanc. Com um salário anual de 50 mil yuans, cerca de 6400 euros, a jovem gasta um quinto do seu rendimento em artigos de luxo.

“O luxo não é uma necessidade total para mim, mas sempre que tenho dinheiro suficiente, compro”, confessa. Não é a única. O ano passado, de acordo com a consultora Bain & Co, deu-se um aumento “dramático” em compras de luxo na China. E há empresas como a LVMH, que congrega marcas como a Gucci, Kering e Hermès, que olham para os jovens chineses como os principais consumidores de artigos de luxo.

A vontade que esta geração tem de gastar – muitas vezes mais do que pode pagar – tem alguns senãos porque se trata de consumidores que não são tão leais às marcas tradicionais, e são influenciados por mudanças de tendências online. “Alguns destes jovens, mesmo quando não têm dinheiro suficiente, continuam a comprar produtos de luxo”, informa Huang Yue, 27 anos, que dirige a secção de moda no portal chinês Loving Luxury.

Yue acrescenta que a mudança com os millenials, aqueles com idades entre os 20 e os 34 anos, foi dramática pois estimulou o surgimento de novas áreas, como o streetwear de luxo e o vestuário desportivo, o que a consultora Bain & Co. confirma que é essa a mudança que está por trás do rápido crescimento.

Impulsionados pelo optimismo geral, atraídos pela facilidade das compras online e ajudados por pais que também beneficiaram do rápido crescimento do país, os millenials não só contribuem para o mercado de luxo interno como para o externo..

Esta geração de consumidores deram um impulso de 18 mil milhões de euros às vendas no ano passado, cerca de 20% mais do que no ano anterior. É, de longe, o salto mais alto em mais de meia década de crescimento lento, segunda a Bain & Co..

Os bens de luxo comprados na China representam 8% do total global, enquanto os compradores chineses, que fazem três quartos das suas compras de luxo no exterior, representam 32% das vendas em todo o mundo.

O presidente-executivo da LVMH, Bernard Arnault, declara que a China é um mercado “muito dinâmico”, no qual a marca Louis Vuitton é sólida. “A China deu-nos um bom retorno”, disse à comunicação social há uma semana. A Gucci e a marca de conhaque Remy Cointreau estão entre outras bem conhecidas que registam um crescimento forte no mercado chinês.

No entanto, analistas e insiders da indústria, confirmam que os consumidores estão a alargar a gama de marcas que compram, o que coloca um desafio às mais tradicionais. Por exemplo, a Coach e a Burberry revelam que, o ano passado, os seus resultados foram mais fracos, assim como a Prada também sentiu uma quebra nas vendas na China. Por isso, estas marcas têm vindo a estabelecer parcerias com personalidades que são influencers, assim como, no caso da Prada, lançou uma loja online em Dezembro.

Revendedores online como a Alibaba e JD.com decidiram lançar as suas próprias plataformas de luxo e vender marcas como Yves Saint Laurent, Stella McCartney e Alexander McQueen. “Os consumidores chineses estão a passar por várias mudanças”, declara Liao Jianwen, director estratégico da JD.com, durante o Fórum de Mercados Globais da Reuters no World Economic Forum, em Davos, acrescentando que estes querem produtos de alta qualidade a “preços competitivos”.

Mesmo que os consumidores gastem mais, estão a tornar-se mais exigentes. Veja-se o caso de Zhang Xia, 24 anos, uma jovem que trabalha na área financeira, e que já comprou malas Dior, Louis Vuitton, jóias Bulgari e até já pagou 19 mil euros por um relógio Piaget; mas que agora tornou-se mais difícil conquistá-la. “Cada vez mais, o que eu quero são padrões e objectos originais”, justifica, acrescentando que, tal como Guo, às vezes os pais ajudam-na a pagar as suas compras.

Esta mudança teve como consequência o surgimento de áreas que não eram vistas no mesmo espaço do luxo tradicional, como o casualwear, a streetwear e até roupas de desporto premium.

Os consumidores também estão mais disponíveis para comprar bens usados, o que significa que as pessoas que fazem compras em primeira mão podem, mais tarde, vender esses artigos, reavendo parte do que gastaram. “Porque sabem que podem vender em segunda mão, as pessoas não são tão rigorosas com os seus orçamentos para artigos de luxo”, justifica Deng Yun, 33 anos, director de operações da plataforma Luxusj, que vende bens de luxo usados.

Segundo este responsável, os artigos mais populares no site são as malas Louis Vuitton, Chanel, Gucci e Fendi. Chloe, da casa Richemont, é popular entre compradores mais jovens, enquanto Hermès ainda tem um bom cachet, acrescenta.
Com REUTERS

2 Fev 2018

China | Human Rights Watch denuncia intimidação de familiares de fugitivos

[dropcap]A[/dropcap] organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou ontem as intimidações e detenções impostas pelas autoridades chinesas a familiares de suspeitos de corrupção que vivem além-fronteiras, visando pressioná-los a voltarem à China.

Uma investigação da organização revelou que a China está a utilizar os alertas vermelhos da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), cuja presidência pertence ao chinês Meng Hongwei, enquanto persegue e detém familiares de suspeitos de corrupção.

Agentes da polícia visitaram familiares sem qualquer documento legal e ameaçaram com detenção, caso não conseguissem convencer o fugitivo a regressar à China. “As autoridades chinesas exerceram todo o tipo de pressões ilegais sobre os familiares dos suspeitos de corrupção para que regressem à China”, denunciou um comunicado da directora do HRW no país asiático, Sophie Richardson. “Não há base legal para estas tácticas traumáticas de culpabilidade por associação”, acrescentou.

Segundo a HRW, as autoridades congelaram os bens ou despediram dos seus empregos em empresas estatais cinco dos suspeitos que a China quer extraditar. A polícia proibiu também os seus cônjuges, pais ou irmãos de viajar para fora do país. Para além da HRW, também a Amnistia Internacional denunciou por várias vezes que a China está a utilizar estes alertas de detenção e extradição contra dissidentes e activistas, para que regressem ao país asiático, onde enfrentam o risco de tortura.

2 Fev 2018

Vaticano | Papa responde ao Cardeal Zen sobre a Igreja Católica na China

Quando o Papa Francisco consegue passos importantes para uma reconciliação com Pequim , o Cardeal Zen resolveu incendiar a internet

[dropcap]O[/dropcap] director da Sala de Imprensa do Vaticano, Greg Burke, divulgou na terça-feira, 30 de Janeiro, uma declaração na qual afirma que o Papa Francisco está bem informado sobre a situação da Igreja Católica na China e que é “lamentável” que algumas “pessoas da Igreja” afirmem o contrário, causando “confusões e polémicas”.

A declaração afirma que “o Papa está em constante contacto com os seus colaboradores, em particular da Secretaria de Estado, sobre as questões chinesas, e é informado por eles de forma fiel e pormenorizada sobre a situação da Igreja Católica na China e sobre os passos do diálogo em andamento entre a Santa Sé e a República Popular da Chinesa, que ele acompanha com especial solicitude”. “Por isso é um surpresa e lamentável que se afirme o contrário por parte de pessoas de Igreja e se alimentem assim confusões e polémicas”, concluiu.

Embora não tenha mencionado, a declaração ocorreu um dia depois que o Bispo Emérito de Hong Kong, Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, publicou no seu portal uma carta na qual explica e analisa a difícil situação da Igreja Católica na China, em particular os bispos, ante as pressões e a perseguição do governo.

Na carta publicada no seu portal, o Cardeal recordou que nos últimos dias a imprensa informou que o Vaticano pediu a um bispo para que renuncie e a outro bispo para que aceite a sua renúncia a fim de permitir que os bispos relacionados ao governo assumam os seus cargos.

A carta é bem crítica em relação às negociações do Vaticano com o governo chinês, na qual também denuncia vários problemas sofridos pelos prelados católicos no país: “Vi directamente a escravidão e a humilhação à qual os nossos irmãos bispos estão submetidos”, assinala. O Bispo Emérito pergunta: “Acreditaria que o Vaticano está a vender a Igreja Católica na China? Sim, definitivamente, se estão a ir na direcção na qual estão segundo o que eles estão a fazer nos últimos anos e meses”.

As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano foram cortadas em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros. Desde então, a China permite o culto católico unicamente à Associação Patriótica Católica Chinesa, subordinada ao Partido Comunista da China, e recusa a autoridade do Vaticano para nomear bispos ou governá-los. Há alguns anos, a Santa Sé trabalha num acordo para o restabelecimento das relações diplomáticas com a China, uma aproximação incentivada pelo Papa Francisco.

Entretanto, o Papa Francisco prometeu analisar o caso dos dois bispos chineses reconhecidos a quem a Santa Sé havia pedido para se afastar e abrir caminho a prelados ordenados ‘ilicitamente’. A Santa Sé pediu que Dom Zhuang Jianjian, da Diocese de Shantou, de 88 anos e que vive na província de Guangdong, e Dom Vincent Guo Xijin, da Diecese de Mindong, de 59 anos, morador da província de Fujian, se aposentassem das suas funções eclesiásticas. Ambos são reconhecidos por Roma.

Zhuang recebeu o pedido para dar espaço a Dom Huang Bingzhang, da Diocese de Shantou, de 51 anos, ilicitamente ordenado e que está excomungado. Guo recebeu o pedido para se afastar a fim de dar lugar ao bispo sancionado pelo governo, Dom Zhan Silu, da Diocese de Mindong, de 57 anos, que também fora ordenado ilicitamente.

O Cardeal Zen foi a Roma após uma solicitação de Zhuang para “levar ao Santo Padre a sua resposta à mensagem que recebeu da Santa Sé por uma delegação vaticana em Pequim. O cardeal disse ter tido sucesso em transmitir ao “Santo Padre as inquietações dos seus filhos fiéis na China” e pediu-lhe que considerasse o assunto.

“A Sua Santidade disse: ‘Sim, eu disse a eles (Cúria Romana) para não criarem um outro caso Mindszenty’”, escreveu Zen. “Penso que foi muitíssimo significativo e apropriado o Santo Padre fazer esta referência histórica ao Cardeal Jozsef Mindszenty, um dos heróis da nossa fé”.

Mindszenty era o cardeal primaz da Hungria sob os anos de perseguição comunista. Após ser condenado à prisão perpétua em 1949, foi libertado na Revolução Húngara de 1956 e recebeu asilo na embaixada americana de Budapeste, onde viveu por 15 anos. Sob pressão do governo, a Santa Sé ordenou-lhe deixar a Hungria em 1971 e, imediatamente, nomeou-lhe um sucessor segundo o gosto do governo húngaro.

Em Outubro passado, a Santa Sé contactou Zhuang, quando este procurou a ajuda de Zen. O cardeal enviou a carta do bispo ao prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, anexando uma cópia ao Santo Padre. Na época, Dom Savio Hon Tai Fai ainda estava em Roma e levou os dois casos – de Shantou e Mindong – ao conhecimento do papa, quem ficou surpreso e prometeu olhar o assunto com atenção.

De acordo com a imprensa católica, Zhuang foi forçado a ir para Pequim em Dezembro de 2017 para se reunir com uma delegação vaticana liderada por um “prelado estrangeiro do alto escalão”. Pediram-lhe que renunciasse e passasse o seu episcopado a Huang.

Guo ficou detido pelo governo por um mês na época da Semana Santa do ano passado, quando lhe solicitaram para assinar um documento afirmando que se “voluntariava” para sair como condição para o reconhecimento do governo. Zen destacou que “o problema não é a renúncia dos bispos legítimos, mas o pedido para abrir caminho a bispos ilegítimos e mesmo excomungados”.

Para ele, “com base em informações recentes, não há motivos para mudar de opinião”, já que o governo está a criar regulamentos mais severos que limitam a liberdade religiosa e que “a partir de 1 de Fevereiro, frequentar a missa clandestina [missa não autorizada pelo Estado chinês] não será mais tolerado”.

“Será que pode haver algo realmente ‘mútuo’ com um regime totalitário?”, perguntou Zen. “Pode-se imaginar um acordo entre São José e o Rei Herodes?”

2 Fev 2018

Talentos | Manter contacto com quem está fora é importante

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, Sou Chio Fai, nota que a área da gestão nos níveis médio e alto é a que mais necessita de talentos em Macau. Sou Chio Fai esteve esta manhã no Fórum Macau da Ou Mun Tin Toi.

Estas necessidades fazem sentir também no sector do jogo. Por isso, adianta, “a política é para reduzir as autorizações a trabalhadores não locais nestas áreas para tentar criar mais condições para os locais”.

Segundo Sou Chio Fai, o trabalho passa também por explicar quais as necessidades em termos de qualificações exigidas. “Não será qualquer pessoa que pode desempenhar esta função. Depois de falarmos com pessoas da área de recursos humanos, detalhamos as qualificações profissionais destas pessoas”, indicou em declarações à TDM-Rádio Macau.

Sou Chio Fai conta que, se entre as exigências estiver uma língua, por exemplo, acrescenta-se “quais são os locais onde se pode tirar os cursos e onde se pode depois de fazer o exame de proficiência dessa língua”.

Dos estudantes que estudam fora, 80 por cento regressam ao território, quanto aos restantes, diz Sou Chio Fai, a prioridade é manter o contacto.

“Temos um mecanismo para manter a comunicação com estes alunos. Se estes alunos quiserem acabar o curso e fazer um estágio ou ganhar alguma experiência profissional numa empresa grande na Europa, em Portugal ou nos Estados Unidos, é algo bom. Não é preciso logo depois de acabar o curso regressar a Macau. O que é importante é manter o contacto com eles”, afirma o secretário da Comissão de Desenvolvimento de Talentos em declarações à TDM-Rádio Macau.

1 Fev 2018

“Elektra” estreia hoje no São Carlos

[dropcap style≠’circle’]”E[/dropcap]lektra”, de Richard Strauss, que estreia hoje, em Lisboa, “é uma magnífica, forte e fabulosamente intensa ópera, que exige muito dos cantores e da orquestra”, disse à agência Lusa a encenadora Nicola Raab.

A produção do Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), protagonizada pela soprano alemã Nadja Michael, estreia-se na quinta-feira, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, no âmbito do ciclo “De Zeus a Varoufakis: A Grécia nos Destinos da Europa”.

A encenadora Nicola Raab, que pela quarta vez trabalha com o TNSC, realçou, em declarações à Lusa, o grau de exigência desta ópera para cantores e orquestra, pela “amplitude da partitura” e pela sua “intensidade e violência vocal e orquestral”, mas com “todos os condimentos para uma noite marcante”.

Nicola Raab afirmou que a sua opção para apresentar esta ópera foi “uma extrema concentração na protagonista, Elektra, à volta da qual, e da sua questão psicológica, se desenvolve todo o drama musical”.

A origem da tragédia

O cenário é a Grécia Antiga, a cidade de Micenas, no Peloponeso, onde a narrativa se desenvolve em torno do tema da vingança: a mãe de Elektra, Klytämnestra, assassina o marido, Agamenon, com a ajuda do amante, Aegisth, levando a que a personagem que dá nome à peça procure justiça, alcançada quando o irmão, Orestes, mata os dois.

Conhecendo já a ópera, cujo libreto de Hugo von Hofmannsthal se inspirou na tragédia de Sófocles, esta é a primeira vez que Nicola Raab encena “Elketra”.

O convite do São Carlos, revelou a encenadora, tinha apenas uma condição, “encontrar uma maneira de concentrar a ópera e não fazer o habitual”.

“E eu respondi que era óbvio, pois a concentração está toda [na personagem] Elketra, ela é o centro de todo, tudo roda à volta, presos à sua vontade”, disse.

Para a encenadora, esta “concentração” em torno da personagem Elektra “não é uma restrição, mas antes um sentido de liberdade”.

Em palco, o cenário é um quadrado dourado, e toda a ação dramática se passa naquele espaço concreto.

A ópera, de Richard Strauss (1864-1949), foi estreada em 1909, em Dresden, na Alemanha, e segundo o TNSC, “embora [o compositor alemão] já tenha atrás de si obras que sujeitam a linguagem tonal a abusos pontuais, em ‘Elektra’ atinge níveis de audácia harmónica, orquestral, vocal e dramatúrgica que chocaram, e ainda hoje chocam, a audiência”.

Se a ópera, aquando da sua estreia, se revelou inovadora do ponto de vista estético-musical, Nicola Raab afirmou que “a inovação hoje pode estar na forma em como se concentrou todo o drama, para criar uma extrema intensidade”.

“Eu vejo esta ópera como um todo, para uma noite marcante, sem me preocupar com o histórico da própria ópera”, acrescentou.

A ópera, sob a direção do maestro britânico Leo Hussain, sobe à cena na hoje, às 21h00, e novamente nos dias 04, às 16h00, e 07 de fevereiro, às 21h00.

Elenco de ouro

Além de Nadja Michael, do elenco fazem parte Allison Oakes, Lioba Braun, James Rutherford, Marco Alves dos Santos, Mário Redondo, Sónia Alcobaça, Rui Baeta, João Terleira, Patrícia Quinta, e ainda, Maria Luísa de Freitas, Cátia Moreso, Paula Dória, Carla Simões e Filipa van Eck.

A encenadora alemã defendeu a actualidade do espectáculo operático, algo que não passa por uma actualização do guarda-roupa ou a transposição para o contexto actual, mas sim “pelos sentimentos que são experimentados em palco e como nos identificamos com eles”.

“Podemos dizer, ao assistir a uma ópera, o que acontece a esta personagem, a sua situação, a sua vivência, ou a sua psicologia, são sempre actuais, pois aquelas personagens podemos ser nós”, disse.

Elektra, prosseguiu, “está traumatizada por qualquer coisa e não se pode mover, está presa a uma situação, e recusa-se a sair dessa situação, o que acontece a qualquer um de nós que tenha passado pelo que ela passou”.

Nicola Raab encenou, anteriormente, também nesta sala lisboeta, “A Flowering Tree”, de John Adams, na temporada de 2015-16. Raab disse à Lusa que gosta de trabalhar em Lisboa e o facto de ter encenado outras produções do TNSC, lhe dá uma “familiaridade” e um “gosto em voltar”.

Raab já apresentou também encenações suas no Festival de Salzburgo, na Áustria, e no de Aix-en-Provence, em França.

1 Fev 2018

Economia | Comércio externo subiu 7 por cento

[dropcap style≠’circle’]2[/dropcap]017 foi um bom ano para o comércio externo de Macau, que registou um crescimento de 7 por cento em relação ao ano anterior, para um total de 87,13 milhões de patacas. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o valor exportado de mercadorias o ano passado foi de 11,28 mil milhões de patacas, o que significa um aumento de 12,3 por cento em relação ao ano de 2016.

As exportações para a China continental cifraram-se em 2,12 mil milhões de patacas, mais 21,1 por cento do que em 2016, tendo sido registado um aumento de 15,8 por cento no valor das mercadorias exportadas, 1,90 mil milhões de patacas, para as nove províncias do Grande Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do país.

As vendas para Hong Kong (6,60 mil milhões de patacas), União Europeia (190 milhões de patacas) e Estados Unidos (186 milhões) subiram 18,7 por cento, 8,6 por cento e 18,9 por cento, respectivamente.

Em sentido contrário, as exportações para os países de língua portuguesa registaram uma quebra de 85,9 por cento em termos anuais.

Em 2017, as importações da China continental (25,7 mil milhões de patacas) e dos países de língua portuguesa (648 milhões de patacas) baixaram 0,6 por cento e 2,7 por cento, respectivamente. Em contrapartida, as compras à União Europeia (19,09 mil milhões de patacas) subiram 12 por cento.

No mês de Dezembro passado, Macau exportou 905 milhões de patacas, uma subida de 20,1 por cento em relação a igual mês do ano anterior, enquanto o valor da reexportação (746 milhões de patacas) cresceu 24,9 por cento, sobretudo o da reexportação de joalharia com diamantes, que aumentou 138 por cento.

Em Dezembro, o valor das importações foi de 7,95 mil milhões de patacas, ou mais 17,2 por cento, em termos anuais. O défice da balança comercial de Dezembro alcançou 7,04 mil milhões de patacas, de acordo com a DSEC.

1 Fev 2018

Bairro Alto | Marcha lisboeta celebra Ano do Cão em Macau

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] marcha do Bairro Alto, segunda classificada nas Marchas Populares de Lisboa em 2017, vai participar nas paradas de celebração do Ano Novo Lunar, em Fevereiro, em Macau, anunciou ontem a directora dos Serviços de Turismo.

As paradas vão decorrer a 18 e a 24 de Fevereiro, terceiro e nono dias do Ano Novo Lunar, a primeira no sul de Macau e a segunda na zona norte da cidade, afirmou Helena de Senna Fernandes, em conferência de imprensa.

Este ano, o orçamento do evento é “de 27 milhões de patacas, o que representa um aumento de 5por cento” em relação a 2017, acrescentou.

O programa da parada em celebração do ano do cão conta com desfile e exibição de carros alegóricos, espectáculos, fogo de artifício e jogos para telemóveis, e a participação de 25 grupos artísticos de Macau, como o grupo de dança do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Associação de Danças e Cantares Portugueses “Macau no Coração”, Casa de Portugal em Macau, Casa do Brasil em Macau, Associação da Cultura Indiana de Macau, entre outros.

Além da marcha do Bairro Alto, participam também nove grupos estrangeiros oriundos de França, Espanha, Alemanha, Japão, Rússia, China interior e da Região Administrativa Especial de Hong Kong.

O enredo da parada, organizada pelo sexto ano consecutivo, tem como pano de fundo a história de uma matilha de “wong chois”, nome típico que os chineses costumam dar aos cães, que trazem aos residentes e turistas de Macau prosperidade, saúde e fortuna.

Organizada pela direcção dos Serviços de Turismo de Macau, a parada tem como coorganizadores o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), o Instituto do Desporto (ID) e o Instituto Cultural (IC). A Administração Nacional do Turismo da China é a entidade patrocinadora.

Em 2017, 935 mil pessoas visitaram Macau durante a semana do Ano Novo chinês, que este ano se assinala a 16 de Fevereiro.

1 Fev 2018

China supera Europa e assume papel de liderança em energias renováveis

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ntes na vanguarda, Alemanha e União Europeia foram superadas de longe pelos chineses, que reconhecem potencial económico do sector. O bloco europeu seria capaz de voltar à posição de liderança?

As energias renováveis estão a ganhar espaço mundo afora. Acima de tudo, as energias eólica e solar conhecem um boom e já são competitivas perante os combustíveis fósseis. De acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), os custos das energias geradas a partir do vento e da luz solar continuarão a cair ainda mais e, nos próximos três anos, o da energia fotovoltaica cairá em torno de 50%, na média global.

“Esta nova dinâmica sinaliza uma mudança significativa no sistema energético”, afirma Adnan Amin, director-geral da Irena. “A decisão por energias renováveis para a geração de electricidade não representa apenas uma consciência ambiental, mas uma decisão económica muito inteligente. Governos de todo o mundo reconhecem esse potencial e promovem os sistemas de energia com baixa emissão de carbono.”

A China, em particular, faz grandes avanços na área de tecnologias do futuro e amplia sua energia eólica e solar como nenhum outro país do mundo. “A China assume esse papel de liderança, pois reconhece as enormes oportunidades de mercado e as vantagens económicas”, afirma a economista Claudia Kemfert, do instituto económico alemão DIW, que também assessora o governo federal.

De acordo com a Bloomberg News Energy Finance, no ano passado, a China investiu 133 mil milhões de dólares em energias renováveis – o maior investimento que já fez no sector. O gigante asiático destinou mais da metade desse valor à energia solar. Segundo a Agência de Energia da China (NEA), em 2017, foram construídas no país usinas fotovoltaicas que geram 53 gigawatts (GW) – mais da metade da capacidade instalada no mundo. A Alemanha, antes na vanguarda da energia fotovoltaica, estima ter instalado cerca de 2 GW em 2017.

Com sua política de expansão, a China ultrapassou claramente a Alemanha e a Europa na liderança no campo das energias renováveis. Os investimentos da Europa vêm diminuindo de forma constante desde 2011 e, de acordo com a Bloomberg News Energy Finance, o investimento caiu mais da metade entre 2011 e 2017, para 57 bilhões de dólares.

“A União Europeia tinha um claro papel de liderança até por volta de 2011, que foi abandonado devido a uma falha activa da própria política”, afirma Hans-Josef Fell, presidente do Energy Watch Group. “Foi feita uma política para proteger a energia nuclear, os sectores de carvão, petróleo e gás – tudo isso contra as energias renováveis.”

Sem mudanças, a China dominará o mercado

Em termos de energia renovável, a China tem facilidades em comparação com a Europa, pois no gigante asiático o consumo de energia está a aumentar constantemente. “Os chineses investem no aumento da capacidade, sem necessariamente cessar a produção de energia fóssil ou nuclear”, explicou Julian Schorpp, da Câmara de Comércio e Indústria Alemã (DIHK) em Bruxelas.

“Na Europa, por outro lado, há excedente de capacidade, e o consumo de energia deverá também diminuir de acordo com as regras da União Europeia. Existe a tendência de as renováveis substituírem os outros tipos de energia no mercado”, acrescentou Schorpp. Se a Europa não corrigir sua política energética e seguir o exemplo de Pequim, “a China continuará liderando e dominará o mercado”, concluiu.

1 Fev 2018

Canídromo | Chui Sai On reitera fim das corridas de galgos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, esteve ontem reunido com representantes dos conselhos consultivos comunitários “para troca de impressões sobre os assuntos inerentes aos bairros e o funcionamento dos respectivos conselhos”, aponta um comunicado oficial.

A futura reutilização do terreno onde actualmente funciona o Canídromo foi um dos assuntos abordados, tendo o Chefe do Executivo garantido que as corridas de galgos vão chegar ao fim.

Chui Sai On disse que “após uma ponderação efectuada ao longo dos últimos anos, o Governo tomou uma decisão sobre a recuperação do referido terreno, garantindo que ali não haverá mais corridas de galgos, nem será para desenvolvimentos ligados ao sector do jogo e nem apenas para fins comerciais”, aponta o comunicado.

O Chefe do Executivo adiantou que “devido à alta densidade demográfica e necessidades da população daquela zona, a renovação urbana e a alteração da finalidade do referido terreno têm como objectivo melhorar a qualidade de vida da população ali residente”. Por essas razões, “a finalidade do referido terreno será, principalmente, para educação, desporto, recreio e lazer”.

Além disso, Chui Sai On frisou que existe a “necessidade de dar atenção e de aperfeiçoar as funções e a eficiência dos referidos conselhos, com o objectivo de se proceder bem e de forma pragmática aos trabalhos em prol da população”. Foram ainda “comunicadas falhas nos trabalhos interdepartamentais e em serviços”, tendo sido prometida uma resposta mais célere da parte dos serviços públicos.

Chui Sai On lembrou que a futura criação do órgão municipal sem poder político vai obrigar a “melhorar as funções dos referidos conselhos, principalmente a eficiência e eficácia da comunicação com os cidadãos e serviços públicos”.

1 Fev 2018

China constrói base militar no Afeganistão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] província afegã de Badakhshan faz fronteira com a Região Autónoma de Xinjiang. Costumava fazer parte de uma artéria entre o Oriente e o Oeste conhecida como a antiga Estrada da Seda . Hoje, essa estrada está a ser revivida como um elemento da iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”.

O Afeganistão é o lar de importantes depósitos de matérias-primas que a China poderia importar. Pequim está  a investir US $ 55 mil milhões no vizinho Paquistão e planeia construir um corredor económico que se estende até ao mar da Arábia. A “Uma Faixa, Uma Rota” (UFUR) vai estimular a economia global e beneficiar também o Afeganistão. A China é o maior parceiro comercial e investidor do país. A estabilidade no Afeganistão é do interesse da China, mas há poucas esperanças que os Estados Unidos, país invasor, possam providenciá-la.

Afinal, Washington não alcançou nada de substancial desde 2001. Houve surtos e retracções, mudanças de tácticas e de estratégia e muitos tratados sobre como virar a maré da guerra, mas os talibãs são fortes e a economia afegã está em tumulto – o tráfico de drogas é o único tipo de negócio que prospera. Até agora, a administração Trump não apresentou a estratégia há muito aguardada, apesar de haver pelo menos 8,4 mil soldados americanos no país. O relacionamento entre os EUA e outros actores relevantes, como o Paquistão, são uma confusão. Washington recentemente suspendeu a ajuda militar ao país.

A instabilidade no Afeganistão ameaça o corredor económico China-Paquistão – um elemento importante da UFUR. A China actua como mediadora, tentando conciliar as diferenças entre os actores regionais. As relações afegão-paquistanesas deterioraram-se em 2017, quando cada um acusou o outro de prestar apoio aos jihadistas que operam nas áreas fronteiriças. Pequim está a trabalhar para melhorar esses laços bilaterais.

O Movimento islâmico do Turquestão Oriental, um movimento uigur nacionalista e islâmico da região chinesa de Xinjiang, actua no Afeganistão. Os militantes ganham experiência de combate lutando lado a lado com os talibãs e outros grupos militantes. Ora Pequim não quer que guerreiros experientes regressem e se envolvam em actividades terroristas no seu solo.

A Rússia e a China intensificaram a ajuda militar aos estados da Ásia Central. Ambos acreditam que a Organização de Cooperação de Xangai (SCO) pode contribuir substancialmente para alcançar uma solução pacífica. Ambos tentam construir uma rede de estados regionais. Moscovo e Pequim são motivados pelos seus interesses nacionais. Conscientes das suas responsabilidades como grandes potências, estão a trabalhar emconjunto para promover a segurança no Afeganistão e na Ásia Central.

A China pode sentir que os seus interesses na área são fortes o suficiente para justificar um envolvimento militar fora das suas fronteiras. Funcionários do governo afegão informaram que a China planeia construir uma base militar em Badakhshan. As discussões sobre os detalhes técnicos devem começar em  breve. As armas e os equipamentos serão chineses, mas as instalações serão equipadas por pessoal afegão. Veículos e hardware serão trazidos através do Tajiquistão. Sem dúvida, instrutores militares chineses e outros funcionários irão realizar missões de treino e assistência. O vice-presidente da Comissão Militar Central da China, Xu Qilian, afirmou que a construção deverá estar completa em 2018.

Depois de algumas ofensivas poderosas em 2017, os talibãs  capturaram temporariamente Ishkashim e Zebak no Badakhshan. O governo afegão não conseguiu fornecer uma presença militar suficientemente substancial para garantir a segurança. Chegou a um acordo com os comandantes de campo locais, dando-lhes uma parcela da produção de lápis lazuli , em troca do fim das hostilidades. Mas as discussões internas prejudicaram a frágil paz entre os grupos locais, e os talibãs aproveitaram a oportunidade para intervir.

A questão é: até que ponto a China está preparada para ir? Até agora, limitou suas actividades militares a equipas de operações especiais que patrulham o Corredor de Wakhan . Uma base militar em Badakhshan seria uma jogada importante demonstrando que Pequim está pronta para expandir sua presença no país e fornecer uma alternativa aos Estados Unidos. A China tem um trunfo que os EUA não tem – são as boas relações com a Rússia e o Paquistão. Pequim representa o SCO, uma grande organização internacional que inclui actores como a Turquia, o Irão, a Índia, o Paquistão e os países da Ásia Central. No ano passado, o presidente russo, Vladimir Putin, tomou a iniciativa de reiniciar  o trabalho do grupo de contacto da SCO Afeganistão. Essas actividades foram suspensas em 2009. A Rússia defende a  abertura de negociações directas entre o governo afegão e os talibãs o mais rápido possível. Pequim também apoia a ideia. Moscovo disse que está preparada para sediar uma conferência sobre o Afeganistão.

O OCS pode fazer do processo de paz um esforço real e multilateral. Isso irá enfraquecer a influência dos EUA na região, mas fortalecerá as hipóteses de encontrar uma solução para o conflito. Cooperação e diplomacia podem abrir um novo capítulo na história do Afeganistão.

1 Fev 2018

Sondagem | Lula mantém liderança

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva manteve a liderança na corrida eleitoral com 37% das intenções de voto depois de ter sido condenado por corrupção em segunda instância, segundo a sondagem divulgada ontem pelo Instituto Datafolha.

O levantamento foi realizado em 29 e 30 de Janeiro, dias depois de três juízes do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), de Porto Alegre, consideraram Lula da Silva culpado dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais e aumentaram a sua pena de nove anos e meio para 12 anos e um mês de prisão.

Apesar de liderar a sondagem para as próximas presidenciais, previstas para Outubro, a participação do ex-Presidente na corrida eleitoral está em risco porque uma legislação eleitoral do país chamada popularmente de “lei da ficha limpa” proíbe a participação em eleições de candidatos condenados em segunda instância.

A pesquisa Datafolha também indicou que num cenário sem Lula da Silva o candidato conservador de direita Jair Bolsonaro lidera com 18% das intenções de voto, seguido da ambientalista Mariana Silva (13%) e do ex-governador Ciro Gomes (10%).

O Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o apresentador de televisão Luciano Huck aparecem depois, tecnicamente empatados, com 8% das intenções de voto. A sondagem mostra ainda que Jairo Bolsonaro estagnou e possivelmente perderia na segunda volta se enfrentasse Marina Silva, que teria 42% dos votos contra 32% do candidato conservador. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para cima ou para baixo.

1 Fev 2018

China pede destruição de catálogo devido a ‘erros’ sobre Taiwan

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas pediram ao retalhista japonês Muji que destrua um catálogo contendo um mapa que Pequim considera identificar Taiwan “inadequadamente”, depois de outras grandes marcas mundiais terem sido repreendidas este mês por motivos idênticos. A Administração Nacional de Informação Topográfica da China acrescentou em comunicado que o mapa, distribuído na cidade de Chongqing, sudoeste do país, e que mostra onde estão localizadas as lojas da Muji, omitem as ilhas de Diaoyu, que são disputadas por Pequim e Tóquio. A agência considera que o mapa contém “erros graves” e informa que ordenou a Muji a recolher e destruir os catálogos.

No mesmo mês, diferentes reguladores chineses criticaram a marca têxtil espanhola Zara, a companhia aérea norte-americana Delta Air Lines, a fabricante de equipamento médico Medtronic e o grupo hoteleiro Marriott International por colocarem Taiwan como um país nos seus portais electrónicos. Frequentemente, a China comunista critica editoras de livros, mapas e outros materiais que se referem a Taiwan como um país.

No caso do Marriott International, o grupo foi obrigado a suspender o seu portal electrónico e aplicativo na China, por uma semana, depois de ter listado Macau, Hong Kong, Taiwan e Tibete como países independentes num inquérito aos clientes.

À excepção da Defesa e das Relações Externas, que são da competência exclusiva de Pequim, as Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e de Macau gozam de “um alto grau de autonomia”, são governadas pelas respetivas populações, mantêm as suas moedas e não pagam impostos ao governo central chinês, ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas”. A noção de independência para aqueles territórios é, no entanto, denunciada por Pequim como sendo “contra a Constituição da China e a Lei Básica” das respectivas regiões.

1 Fev 2018

Correspondentes estrangeiros denunciam crescente intimidação do Governo

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de uns anos mais soft, o poder chinês volta a cerrar fileiras e tornar difícil a vida aos jornalistas.

O Clube dos Correspondentes Estrangeiros na China denunciou ontem “uma crescente perseguição e intimidação” por parte do Governo chinês, que intensificou as tentativas de negar ou limitar o acesso de jornalistas estrangeiros a muitos locais do país.

A organização publicou ontem o relatório “Acesso negado: vigilância, perseguição e intimidação enquanto as condições para informar na China se agravam”, elaborado a partir de inquéritos feitos a correspondentes e órgãos de comunicação social sobre as suas experiências o ano passado neste país asiático.

O documento dá conta de um aumento do número de correspondentes estrangeiros que dizem que o jornalismo na China se tornou mais difícil devido às crescentes pressões das autoridades, que tentam impedir o acesso a locais sensíveis, como Xinjiang, região no noroeste e casa da minoria muçulmana uigur, a fronteira com a Coreia do Norte e zonas industriais. “Os resultados da nossa pesquisa dão evidências sólidas que sugerem que, a partir de um ponto e referência muito baixo, as condições para informar estão a piorar”, alerta o Clube dos Correspondentes Estrangeiros na China em comunicado.

Cerca de metade dos correspondentes entrevistados confessaram ter experimentado a interferência, perseguição e violência física no exercício do seu trabalho e 26% garantiu que as suas fontes também foram perseguidas, detidas e interrogadas, uma situação que se repete há anos.

O ano passado também não diminuíram os ataques violentos contra jornalistas estrangeiros e a intimidação aos órgãos de comunicação, que continuaram, assim, como as crescentes preocupações sobre a vigilância governamental e a invasão da privacidade que sofrem os seus correspondentes.

O relatório nota ainda que as autoridades chinesas estão a utilizar o processo de renovação de vistos para pressionar os jornalistas e os meios de comunicação cujo trabalho não é do seu agrado. O Comité para a Protecção de Jornalistas, no seu último relatório, publicado em Dezembro último, deu conta que a China era o segundo país no mundo com mais jornalistas detidos, 41 no total.

31 Jan 2018

Tecnologia 5G : Pequim responde a declarações americanas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s EUA estão desagradados com a competência tecnológica das empresas chinesas e o proteccionismo parece ser o caminho escolhido para a defesa

Pequim apelou, na segunda-feira, à comunidade internacional para melhorar o diálogo e a cooperação com base na confiança mútua, de modo a lidar conjuntamente com ameaças à segurança cibernética. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, solicitou a cooperação depois de declarações de um alto funcionário dos EUA, no domingo, sobre os planos do governo americano para criar uma rede sem fios 5G, visando combater uma alegada ameaça de espionagem da China aos telefonemas dos EUA.

O funcionário, confirmando o essencial de um relatório do portal de notícias Axios.com, disse que a opção estava a ser debatida num nível inferior na administração, estando entre seis a oito meses de ser considerada pelo próprio presidente.

O conceito de rede 5G tem como objectivo abordar o que as autoridades consideram uma ameaça da China à segurança cibernética e à segurança económica dos EUA. Este mês, a AT&T foi forçada a retirar um plano para oferecer aos seus clientes aparelhos construídos pela Huawei Technologies Co, da China, por causa da pressão sobre os reguladores federais por parte de alguns membros do Congresso. Em 2012, a Huawei e a ZTE Corp foram alvos de uma investigação dos EUA sobre se os seus equipamentos proporcionavam oportunidades para espionagem estrangeira.

“A China mantém uma posição consistente sobre a questão e o governo proíbe e reprimirá qualquer forma de ataque cibernético”, reforçou Hua. “Acreditamos que a comunidade internacional deve, com base no respeito mútuo e na confiança, fortalecer o diálogo e a cooperação e dar as mãos para enfrentar a ameaça dos ataques cibernéticos, de modo a manter a paz e a estabilidade do ciberespaço”, disse.

Wang Yiwei, professor de estudos internacionais na Universidade Renmin da China, disse que a acção dos EUA tem vários propósitos. Sob o pretexto da ameaça, os EUA estão a disseminar o proteccionismo, o que desagrada à China, disse Wang. “Os EUA atribuem demasiada importância ao mercado 5G, mas perderam o estatuto de monopólio na área. Por isso, o país está a tentar recuperar do atraso e permanecer vigilante contra a China”, concluiu.

31 Jan 2018

Kiang Wu | Mais 20% de utentes desde a semana passada

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]esde a semana passada, o consultório de serviços urgentes do Hospital Kiang Wu contabilizou diariamente entre os 370 e 500 doentes. Os valores representam um aumento de 10 até 20 por cento, declarou o responsável dos assuntos administrativos médicos do organismo, He Jing Quan, ao Jornal Ou Mun.

Em média, por dia, entram 430 doentes nos serviços pediátricos, o que representa um aumento de 20 por cento. Dos doentes que dão entrada nos serviços hospitalares, de 30 a 35 por cento queixam-se de problemas respiratórios Ainda assim, segundo o director do Hospital Kiang Wu, Ma Hok Cheung, com o aumento aparente da procura de vacina contra a gripe por parte dos cidadãos, o hospital enfrenta ainda uma situação de tensão. A causa, apontou à mesma fonte, tem que ver com o fornecimento das próprias vacinas.

O director referiu ainda que a maioria dos utentes vacinados é composta por empregadas domésticas e trabalhadores da origem continental que não recebem apoios do Governo neste processo. O responsável do hospital estima que tenha ainda 100 doses de vacina contra o vírus da gripe e afirmou que a encomenda de mais 300 doses já foi feita, sendo que espera receber o medicamento durante esta semana.

31 Jan 2018

Registados 13 milhões de hóspedes nos hotéis o ano passado 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s unidades hoteleiras de Macau receberam mais de 13.155 milhões de hóspedes em 2017, mais 9,6 por cento em relação a 2016, indicam dados oficiais divulgados ontem. Em 2017, a taxa de ocupação média atingiu 86,9 por cento, ou mais 3,6 pontos percentuais em termos anuais homólogos, segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O número de visitantes que se hospedaram nos hotéis e pensões de Macau representou 71,8 por cento do total de turistas, uma percentagem ligeiramente inferior de 0,2 pontos percentuais, comparativamente a 2016. O período médio de permanência foi de 1,5 noites, mais 0,1 noites em relação a 2016. O número de hóspedes provenientes da Coreia do Sul (501.000) registou um aumento de 64,7 por cento, enquanto os da China continental (8.637.000) e de Taiwan (493.000) subiram de 13,5 por cento e 3,5 por cento, respectivamente.

Já o número de hóspedes de Hong Kong (1.609.000) desceu 9,6 por cento, indicou a DSEC. No final de Dezembro passado, o território contava 111 hotéis e pensões (mais quatro unidades em termos anuais), oferecendo 37 mil quartos (mais 2,3 por cento). Os hotéis de cinco estrelas disponibilizaram 22 mil quartos, ou 60,1 por cento do total, de acordo com a DSEC.

Macau recebeu, entre Janeiro e Dezembro, mais de 29,5 milhões de visitantes. O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita). Em 2016, Macau registou 12 milhões de hóspedes, mais de metade da China, com a taxa de ocupação hoteleira a corresponder a 83,3 por cento.

31 Jan 2018

CPLP : Portugal e Cabo Verde propõem livre circulação

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse, hoje, na cidade cabo-verdiana do Mindelo, que espera contar com os restantes países da CPLP para avançar com uma proposta luso-cabo-verdiana de livre circulação na comunidade. Na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, onde cumpriu o primeiro dia de visita a Cabo Verde, Augusto Santos Silva disse que a proposta luso-cabo-verdiana já foi apresentada aos restantes países e está a ser estudada. “E contamos com os nossos parceiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para que ela possa ir avante”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

A proposta luso-cabo-verdiana, explicou Augusto Santos Silva, consiste na criação de autorizações de residência nos países-membros da comunidade lusófona, cujo critério determinante seja a nacionalidade. “Isto significaria que os cabo-verdianos poderiam trabalhar, estudar, residir livremente em Portugal, os portugueses no Brasil, os brasileiros em Moçambique, os moçambicanos em São Tomé, os são-tomenses em Cabo Verde e por aí fora, por serem nacionais de um espaço comum, que é a CPLP”, mostrou.

O ministro português sublinhou, por outro lado, que isso implicaria questões de segurança, que cada país terá, segundo as suas leis e suas regras. “Implica também o reconhecimento das habilitações académicas e qualificações profissionais recíproca e também a portabilidade dos direitos sociais”, notou, explicando que, assim, quando um cidadão trabalhar noutro país, os seus descontos para a segurança social nesse país poderiam servir para a reforma no país de origem.

31 Jan 2018