Hoje Macau SociedadeHabitação | Relatório aponta para insatisfação de metade dos inquiridos [dropcap]U[/dropcap]m relatório desenvolvido pelo Centro da Política de Sabedoria Colectiva (CPSC), ligado à União Geral das Associações de Moradores de Macau, concluiu que 49,5 por cento dos inquiridos não estão satisfeitos com as actuais políticas de habitação adoptadas pelo Governo, sendo que 6,1 por cento dizem estar muito insatisfeitos. Os responsáveis pelo estudo consideram que o Governo deve proceder a uma redução do tempo de espera para o acesso à habitação pública, aumentado o número de casas disponíveis e a transparência na apreciação da candidatura. No relatório, cerca de 60 por cento dos inquiridos discordam da alteração da idade mínima de acesso para 25 anos, medida que consta na proposta da alteração da Lei de Habitação Económica. Além disso, 75,59 por cento dos inquiridos concorda com a criação de um novo tipo de residência, mas apenas 54 por cento acredita que isso pode ajudar a resolver as dificuldades existentes na aquisição de uma casa. O vice-presidente da direcção do CPSC, Chan Ka Leong, afirmou que o número total de habitações em Macau não consegue satisfazer a procura por parte dos residentes. “Apesar de haver mais de 23 mil residências e apenas 19 mil agregados, o facto de muitos proprietários possuírem mais do que um prédio e o aumento dos preços no mercado imobiliário privado nos últimos anos fez com que muitos dos residentes não tenham esperança na compra de uma casa, nem no acesso a uma habitação pública”, disse. Neste sentido, o CPSC apresentou várias sugestões de mudança, como a formulação de uma política habitacional abrangente, a definição certa de classe média e a realização de um estudo aprofundado para os novos tipos de habitação. O CPSC defende ainda que o Governo deve promover linhas de crédito para os cidadãos, entre outras medidas.
Hoje Macau PolíticaDia Nacional | Novo portal online em português, inglês e chinês [dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau estreou ontem um portal online em português, inglês e chinês exclusivamente dedicado às comemorações do Dia Nacional da China, agendadas para 1 de Outubro. O ‘site’ tem o objectivo de facilitar o trabalho da comunicação social, mas também a consulta por parte da população em geral, de fotografias, vídeos e informações oficiais nas três línguas, pode ler-se num comunicado das autoridades. Na mesma nota indica-se que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau “irá ainda realizar um conjunto de eventos” para celebrar o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China, “os quais incluem a cerimónia do içar da bandeira, na Praça Flor de Lótus, e a recepção oficial” promovida pelo Executivo e que está marcada para a Torre Macau. As maiores comemorações estão agendadas para Pequim. Na capital chinesa, mais de 100 mil cidadãos participam num desfile das cerimónias do aniversário, 60 mil vão assistir à festa nocturna, no mesmo dia, enquanto 30 mil foram convidados para observar o desfile militar. O desfile militar será maior que as edições dos 50.º e 60.º aniversários da fundação da República Popular da China, indicaram as autoridades chinesas no final de Agosto, prometendo, contudo, rigor orçamental e que serão “evitadas extravagâncias”.
Hoje Macau PolíticaDia Nacional | Novo portal online em português, inglês e chinês [dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau estreou ontem um portal online em português, inglês e chinês exclusivamente dedicado às comemorações do Dia Nacional da China, agendadas para 1 de Outubro. O ‘site’ tem o objectivo de facilitar o trabalho da comunicação social, mas também a consulta por parte da população em geral, de fotografias, vídeos e informações oficiais nas três línguas, pode ler-se num comunicado das autoridades. Na mesma nota indica-se que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau “irá ainda realizar um conjunto de eventos” para celebrar o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China, “os quais incluem a cerimónia do içar da bandeira, na Praça Flor de Lótus, e a recepção oficial” promovida pelo Executivo e que está marcada para a Torre Macau. As maiores comemorações estão agendadas para Pequim. Na capital chinesa, mais de 100 mil cidadãos participam num desfile das cerimónias do aniversário, 60 mil vão assistir à festa nocturna, no mesmo dia, enquanto 30 mil foram convidados para observar o desfile militar. O desfile militar será maior que as edições dos 50.º e 60.º aniversários da fundação da República Popular da China, indicaram as autoridades chinesas no final de Agosto, prometendo, contudo, rigor orçamental e que serão “evitadas extravagâncias”.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Novo surto de pólio após 19 anos sem o vírus [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde filipinas declararam ontem um surto de poliomielite após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o país livre do vírus há quase 20 anos. O secretário de saúde Francisco Duque III anunciou numa conferência de imprensa que as autoridades confirmaram, pelo menos, um caso de pólio numa menina de três anos no sul da província de Lanao del Sur e detectaram a presença do vírus num esgoto na Manila e em canais no sul da região de Davao. O responsável afirmou que as descobertas são suficientes para declarar um surto da doença num país que estava livre do vírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) expressaram a sua preocupação e prontificaram-se a ajudar o Governo a imunizar as crianças, que são as mais susceptíveis a contrair a doença incapacitante. O representante filipino da UNICEF afirmou que, “enquanto houver uma criança infectada, outras crianças, no país e até mesmo fora, correm o risco de contrair pólio”. Sem cura Segundo a página electrónica da OMS, a poliomielite é uma doença viral altamente infecciosa com maior incidência nas crianças, sendo o vírus transmitido através de fezes ou de água ou alimentos contaminados. A infecção estende-se por todo o corpo, mas o cérebro e a medula são os mais afectados, podendo causar paralisia irreversível. Não existe cura para a poliomielite, que só pode ser prevenida pela vacinação. Desde 1988, o número de casos diminuiu em mais de 99 por cento, mas a doença permanece endémica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão e os surtos surgem, tipicamente, durante os meses de Verão e Outono. Em países industrializados é uma doença extremamente rara nos dias de hoje. Numa declaração conjunta, a OMS e a UNICEF alegaram que o surto é preocupante porque é causado por um poliovírus tipo II derivado de uma vacina. O vírus enfraquecido usado em vacinas replica-se por um curto período de tempo nos intestinos das crianças e é excretado nas suas fezes. Em casos raros, o vírus enfraquecido consegue fortalecer-se em áreas com pouca sanitização e higiene. O último surto nas Filipinas foi em 1993. O poliovírus tipo II foi declarado globalmente erradicado em 2015.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Novo surto de pólio após 19 anos sem o vírus [dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde filipinas declararam ontem um surto de poliomielite após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o país livre do vírus há quase 20 anos. O secretário de saúde Francisco Duque III anunciou numa conferência de imprensa que as autoridades confirmaram, pelo menos, um caso de pólio numa menina de três anos no sul da província de Lanao del Sur e detectaram a presença do vírus num esgoto na Manila e em canais no sul da região de Davao. O responsável afirmou que as descobertas são suficientes para declarar um surto da doença num país que estava livre do vírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) expressaram a sua preocupação e prontificaram-se a ajudar o Governo a imunizar as crianças, que são as mais susceptíveis a contrair a doença incapacitante. O representante filipino da UNICEF afirmou que, “enquanto houver uma criança infectada, outras crianças, no país e até mesmo fora, correm o risco de contrair pólio”. Sem cura Segundo a página electrónica da OMS, a poliomielite é uma doença viral altamente infecciosa com maior incidência nas crianças, sendo o vírus transmitido através de fezes ou de água ou alimentos contaminados. A infecção estende-se por todo o corpo, mas o cérebro e a medula são os mais afectados, podendo causar paralisia irreversível. Não existe cura para a poliomielite, que só pode ser prevenida pela vacinação. Desde 1988, o número de casos diminuiu em mais de 99 por cento, mas a doença permanece endémica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão e os surtos surgem, tipicamente, durante os meses de Verão e Outono. Em países industrializados é uma doença extremamente rara nos dias de hoje. Numa declaração conjunta, a OMS e a UNICEF alegaram que o surto é preocupante porque é causado por um poliovírus tipo II derivado de uma vacina. O vírus enfraquecido usado em vacinas replica-se por um curto período de tempo nos intestinos das crianças e é excretado nas suas fezes. Em casos raros, o vírus enfraquecido consegue fortalecer-se em áreas com pouca sanitização e higiene. O último surto nas Filipinas foi em 1993. O poliovírus tipo II foi declarado globalmente erradicado em 2015.
Hoje Macau DesportoBolinha | Expulsões acabam com jogo mais cedo [dropcap]O[/dropcap] encontro entre Lun Lok e Ka Ia, a contar para o campeonato de futebol sete, terminou 17 minutos mais cedo, depois do árbitro ter expulsado três atletas do Lun Lok, nomeadamente Chu Kai Wang, Ho Man Hou e Fabrício Lima. Estas expulsões fizeram com que de acordo com os regulamentos a equipa ficasse sem o número mínimo de atletas em campo para disputar o encontro. Do lado do Ka I também houve uma expulsão. Porém, o encontro não terminou sem polémica, com os ânimos a exaltarem-se e no final os agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública tiveram mesmo de intervir para proteger o árbitro da confusão.
Hoje Macau DesportoBolinha | Expulsões acabam com jogo mais cedo [dropcap]O[/dropcap] encontro entre Lun Lok e Ka Ia, a contar para o campeonato de futebol sete, terminou 17 minutos mais cedo, depois do árbitro ter expulsado três atletas do Lun Lok, nomeadamente Chu Kai Wang, Ho Man Hou e Fabrício Lima. Estas expulsões fizeram com que de acordo com os regulamentos a equipa ficasse sem o número mínimo de atletas em campo para disputar o encontro. Do lado do Ka I também houve uma expulsão. Porém, o encontro não terminou sem polémica, com os ânimos a exaltarem-se e no final os agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública tiveram mesmo de intervir para proteger o árbitro da confusão.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim critica Nancy Pelosi por apoiar protestos A líder do Congresso norte-americano felicitou os activistas Joshua Wong e Denise Ho, numa conferência de imprensa conjunta, por “desafiarem a consciência” do Governo chinês e do mundo. Pequim fala de comentários “irresponsáveis” [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês criticou ontem a líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, por comentários “irresponsáveis” sobre os protestos pró-democracia em Hong Kong depois de ter recebido activistas em Washington. Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, considerou que Pelosi e outros congressistas norte-americanos “confundem o certo e o errado” ao envolverem-se com “separatistas” de Hong Kong. “Pedimos aos EUA que parem de encorajar forças violentas radicais em Hong Kong que advogam a independência de Hong Kong, e que parem de intensificar as palavras e acções que minam a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong”, disse. Pelosi, do Partido Democrata, juntou-se a parlamentares republicanos numa conferência de imprensa conjunta com activistas pró-democracia, incluindo Joshua Wong e Denise Ho. A presidente do Congresso norte-americano apoiou os apelos dos activistas por eleições por sufrágio universal em Hong Kong e agradeceu-lhes por “desafiarem a consciência” do Governo chinês e do mundo. Pelosi acompanha questões sobre a China desde os seus primeiros anos no Congresso, quando compareceu com outros congressistas na Praça Tiananmen, em Pequim, para homenagear os manifestantes mortos pelo exército, em 1989. Estado soberano Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, retirada, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica, enquanto apelam à demissão de Carrie Lam, a chefe do governo local, pró-Pequim, e à eleição de um sucessor por sufrágio universal directo, e não nomeado pelo Governo central. O Congresso dos EUA deverá avançar com legislação que exige uma revisão anual do estatuto económico e comercial especial de Hong Kong, passando a verificar a influência do Governo central chinês no território e o respeito pelo princípio “um país, dois sistemas”. Geng disse que Hong Kong é uma questão interna chinesa e que a China não aceita interferência nos seus assuntos internos. “Pedimos aos EUA que respeitem a soberania da China, parem de interferir nos assuntos de Hong Kong e deixem de promover a revisão de propostas relevantes relacionadas com Hong Kong”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim critica Nancy Pelosi por apoiar protestos A líder do Congresso norte-americano felicitou os activistas Joshua Wong e Denise Ho, numa conferência de imprensa conjunta, por “desafiarem a consciência” do Governo chinês e do mundo. Pequim fala de comentários “irresponsáveis” [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês criticou ontem a líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, por comentários “irresponsáveis” sobre os protestos pró-democracia em Hong Kong depois de ter recebido activistas em Washington. Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, considerou que Pelosi e outros congressistas norte-americanos “confundem o certo e o errado” ao envolverem-se com “separatistas” de Hong Kong. “Pedimos aos EUA que parem de encorajar forças violentas radicais em Hong Kong que advogam a independência de Hong Kong, e que parem de intensificar as palavras e acções que minam a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong”, disse. Pelosi, do Partido Democrata, juntou-se a parlamentares republicanos numa conferência de imprensa conjunta com activistas pró-democracia, incluindo Joshua Wong e Denise Ho. A presidente do Congresso norte-americano apoiou os apelos dos activistas por eleições por sufrágio universal em Hong Kong e agradeceu-lhes por “desafiarem a consciência” do Governo chinês e do mundo. Pelosi acompanha questões sobre a China desde os seus primeiros anos no Congresso, quando compareceu com outros congressistas na Praça Tiananmen, em Pequim, para homenagear os manifestantes mortos pelo exército, em 1989. Estado soberano Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, retirada, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica, enquanto apelam à demissão de Carrie Lam, a chefe do governo local, pró-Pequim, e à eleição de um sucessor por sufrágio universal directo, e não nomeado pelo Governo central. O Congresso dos EUA deverá avançar com legislação que exige uma revisão anual do estatuto económico e comercial especial de Hong Kong, passando a verificar a influência do Governo central chinês no território e o respeito pelo princípio “um país, dois sistemas”. Geng disse que Hong Kong é uma questão interna chinesa e que a China não aceita interferência nos seus assuntos internos. “Pedimos aos EUA que respeitem a soberania da China, parem de interferir nos assuntos de Hong Kong e deixem de promover a revisão de propostas relevantes relacionadas com Hong Kong”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Ideia de que todos os chineses condenam protestos é falsa, diz investigadora Uma investigadora do Centro de Estudos Chineses Fairbank da universidade norte-americana de Harvard dedicou-se a analisar os comentários nas redes sociais e chegou à conclusão de que as opiniões sobre os acontecimentos em Hong Kong estão longe de ser unânimes, antes pelo contrário, vão da “admiração ao desdém, confusão ou até indiferença” [dropcap]U[/dropcap]ma académica que analisou reacções nas redes sociais chinesas sobre os protestos em Hong Kong detectou tentativas de racionalizar o debate e até manifestações de apoio, apesar da censura exercida por Pequim. “Muitos chineses do continente tentam constantemente desafiar a censura e muitos, que hesitam em expressar-se, optam por fazer ‘gosto’ ou ‘aprovar’ mensagens que expressam ideias divergentes”, disse à agência Lusa Zhao Qianqi, investigadora no Centro de Estudos Chineses Fairbank, da universidade norte-americana de Harvard. Após semanas a analisar comentários na rede social Weibo, o Twitter chinês, Zhao afirmou que, ao invés de encontrar uma “antipatia uniforme” em relação aos manifestantes, deparou-se com um conjunto de opiniões que vão da “admiração ao desdém, confusão ou até indiferença”. Zhao Qianqi defendeu existirem também opiniões pluralistas e um debate racional a decorrer no continente chinês, que vai além da percepção criada pelo ruído nas redes sociais, e que pode constituir um problema para Pequim. “Há quem tenha tentado disseminar artigos informativos e de qualidade” ou livros sobre a História e política de Hong Kong nas redes sociais chinesas, mas que foram, entretanto, censurados, apontou. Um ensaio do professor da Universidade Chinesa de Hong Kong Chow Po-chung sobre a campanha de desinformação lançada pela imprensa estatal, tem sido repetidamente reproduzido por utilizadores do Weibo, apesar de acabar sempre por ser apagado, exemplificou. Zhao indicou que o título do ensaio é: “Aos amigos do continente: também estamos a lutar pela vossa liberdade”. “É importante olhar para os pormenores”, afirmou a académica, defendendo que a impressão de que os chineses do continente aderiram em massa à retórica “hipernacionalista” e pró-governamental é resultado de uma combinação entre “censura e opressão política”. “Qualquer pessoa que tenha uma visão diferente daquela que é expressa na imprensa estatal não ousa falar”, disse, num contacto telefónico a partir de Pequim. E se a censura permite que a narrativa oficial seja dominante, o uso de internautas pagos para fazer comentários pró-Governo, conhecidos como ‘wumao’ (’50 cêntimos’, em chinês), torna-a ainda mais potente, observou Zhao. Cartilha central Actores e artistas do continente, muitos dos quais obtiveram já residência nos Estados Unidos ou Canadá – uma tendência crescente entre as classes mais abastadas da China – têm repetido também a retórica nacionalista do Governo. “Mas essa é apenas a linha que lhes é imposta”, indicou a académica. Inicialmente, as autoridades chinesas optaram por censurar qualquer informação sobre os protestos, que decorrem há quase quatro meses, mas acabaram por lançar uma intensa campanha mediática, que retrata os manifestantes como mercenários ao serviço de forças externas. A cobertura diária na imprensa chinesa mostra imagens de manifestantes a atirar tijolos, a provocar a polícia e a cercar esquadras. Os manifestantes são descritos como “radicais” e “bandidos”, os polícias como “heróis”, sendo omitidas imagens de alegados abusos pelas autoridades de Hong Kong. O Governo central tem também sublinhado a unidade nacional contra esta alegada ameaça: “Os 1.400 milhões de chineses estão unidos como uma barreira”, defendeu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. As redes sociais chinesas foram, entretanto, inundadas de insultos aos manifestantes em Hong Kong e mensagens de apoio a uma intervenção militar na antiga colónia britânica. Nos campus universitários na Austrália, Canada ou Nova Zelândia, estudantes chineses organizaram manifestações nacionalistas que, em alguns casos, terminaram em confrontos violentos com manifestantes pró-Hong Kong. No país mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, vários órgãos de comunicação ou portais estrangeiros, incluindo as redes sociais Facebook, Twitter ou Instagram, estão banidos da rede doméstica chinesa. Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. Inicialmente suspensa pela chefe do Executivo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, a proposta foi já retirada, em resposta a uma exigência dos manifestantes. Os protestos têm vindo a denunciar aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” em Hong Kong, exigindo a demissão de Lam, e a eleição de um sucessor por sufrágio universal directo, e não nomeado pelo Governo central. O Twitter e Facebook anunciaram já a suspensão de milhares de contas originárias do continente chinês, que “deliberada e especificamente tentavam semear a discórdia política em Hong Kong, inclusive minando a legitimidade e as posições políticas dos manifestantes”. As empresas afirmaram que suspenderam as contas com base em “evidências confiáveis” de que se tratava de uma “operação coordenada pelo Estado”.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Ideia de que todos os chineses condenam protestos é falsa, diz investigadora Uma investigadora do Centro de Estudos Chineses Fairbank da universidade norte-americana de Harvard dedicou-se a analisar os comentários nas redes sociais e chegou à conclusão de que as opiniões sobre os acontecimentos em Hong Kong estão longe de ser unânimes, antes pelo contrário, vão da “admiração ao desdém, confusão ou até indiferença” [dropcap]U[/dropcap]ma académica que analisou reacções nas redes sociais chinesas sobre os protestos em Hong Kong detectou tentativas de racionalizar o debate e até manifestações de apoio, apesar da censura exercida por Pequim. “Muitos chineses do continente tentam constantemente desafiar a censura e muitos, que hesitam em expressar-se, optam por fazer ‘gosto’ ou ‘aprovar’ mensagens que expressam ideias divergentes”, disse à agência Lusa Zhao Qianqi, investigadora no Centro de Estudos Chineses Fairbank, da universidade norte-americana de Harvard. Após semanas a analisar comentários na rede social Weibo, o Twitter chinês, Zhao afirmou que, ao invés de encontrar uma “antipatia uniforme” em relação aos manifestantes, deparou-se com um conjunto de opiniões que vão da “admiração ao desdém, confusão ou até indiferença”. Zhao Qianqi defendeu existirem também opiniões pluralistas e um debate racional a decorrer no continente chinês, que vai além da percepção criada pelo ruído nas redes sociais, e que pode constituir um problema para Pequim. “Há quem tenha tentado disseminar artigos informativos e de qualidade” ou livros sobre a História e política de Hong Kong nas redes sociais chinesas, mas que foram, entretanto, censurados, apontou. Um ensaio do professor da Universidade Chinesa de Hong Kong Chow Po-chung sobre a campanha de desinformação lançada pela imprensa estatal, tem sido repetidamente reproduzido por utilizadores do Weibo, apesar de acabar sempre por ser apagado, exemplificou. Zhao indicou que o título do ensaio é: “Aos amigos do continente: também estamos a lutar pela vossa liberdade”. “É importante olhar para os pormenores”, afirmou a académica, defendendo que a impressão de que os chineses do continente aderiram em massa à retórica “hipernacionalista” e pró-governamental é resultado de uma combinação entre “censura e opressão política”. “Qualquer pessoa que tenha uma visão diferente daquela que é expressa na imprensa estatal não ousa falar”, disse, num contacto telefónico a partir de Pequim. E se a censura permite que a narrativa oficial seja dominante, o uso de internautas pagos para fazer comentários pró-Governo, conhecidos como ‘wumao’ (’50 cêntimos’, em chinês), torna-a ainda mais potente, observou Zhao. Cartilha central Actores e artistas do continente, muitos dos quais obtiveram já residência nos Estados Unidos ou Canadá – uma tendência crescente entre as classes mais abastadas da China – têm repetido também a retórica nacionalista do Governo. “Mas essa é apenas a linha que lhes é imposta”, indicou a académica. Inicialmente, as autoridades chinesas optaram por censurar qualquer informação sobre os protestos, que decorrem há quase quatro meses, mas acabaram por lançar uma intensa campanha mediática, que retrata os manifestantes como mercenários ao serviço de forças externas. A cobertura diária na imprensa chinesa mostra imagens de manifestantes a atirar tijolos, a provocar a polícia e a cercar esquadras. Os manifestantes são descritos como “radicais” e “bandidos”, os polícias como “heróis”, sendo omitidas imagens de alegados abusos pelas autoridades de Hong Kong. O Governo central tem também sublinhado a unidade nacional contra esta alegada ameaça: “Os 1.400 milhões de chineses estão unidos como uma barreira”, defendeu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. As redes sociais chinesas foram, entretanto, inundadas de insultos aos manifestantes em Hong Kong e mensagens de apoio a uma intervenção militar na antiga colónia britânica. Nos campus universitários na Austrália, Canada ou Nova Zelândia, estudantes chineses organizaram manifestações nacionalistas que, em alguns casos, terminaram em confrontos violentos com manifestantes pró-Hong Kong. No país mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, vários órgãos de comunicação ou portais estrangeiros, incluindo as redes sociais Facebook, Twitter ou Instagram, estão banidos da rede doméstica chinesa. Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. Inicialmente suspensa pela chefe do Executivo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, a proposta foi já retirada, em resposta a uma exigência dos manifestantes. Os protestos têm vindo a denunciar aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” em Hong Kong, exigindo a demissão de Lam, e a eleição de um sucessor por sufrágio universal directo, e não nomeado pelo Governo central. O Twitter e Facebook anunciaram já a suspensão de milhares de contas originárias do continente chinês, que “deliberada e especificamente tentavam semear a discórdia política em Hong Kong, inclusive minando a legitimidade e as posições políticas dos manifestantes”. As empresas afirmaram que suspenderam as contas com base em “evidências confiáveis” de que se tratava de uma “operação coordenada pelo Estado”.
Hoje Macau EventosMusical | CCM estreia “O Sr. Shi e o Seu Amante” em Novembro O Instituto Cultural traz ao território, em Novembro, o musical “O Sr. Shi e o Seu Amante”, que será apresentado no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau e conta com encenação de Johnny Tam. Os bilhetes estão à venda a partir de hoje [dropcap]C[/dropcap]hama-se “O Sr. Shi e o Seu Amante” e é o novo espectáculo que sobe aos palcos do Centro Cultural de Macau (CCM) nos dias 22 e 23 de Novembro. Trata-se de um “provocante drama musical” com encenação do director artístico de Macau Johnny Tam, que levanta “questões complexas sobre ilusão e realidade, percepção e desejo”. De acordo com uma nota do IC, este musical “envolve o público numa teia de dissimulação e traição” e retrata “um escândalo verídico que abalou a esfera diplomática nos anos 60, quando um diplomata francês sediado em Pequim manteve um longo caso amoroso com um cantor de ópera que viria a revelar-se um espião”. “O Sr. Shi e o Seu Amante” é baseado na narrativa de M. Butterfly, uma peça transformada em sucesso de bilheteira tanto na Broadway como no grande ecrã, escrita pelo dramaturgo Wong Teng Chi e interpretada ao som da música do compositor Njo Kong Kie. Contudo, o espectáculo apresentado em Macau interpreta a história de uma perspectiva diferente, uma vez que a “acção decorre ao longo de sete curtas cenas que percorrem as mentes e as memórias das duas personagens”. Sons do mundo A nota do IC descreve ainda que “por entre salpicos de ópera de Pequim e do seu equivalente europeu, o espectáculo flutua provocantemente entre uma peça e um recital, com referências à pop vintage oriental e ocidental”. Jordan Cheng, actor de Macau, é o protagonista do espectáculo ao lado do canadiano Derek Kwan. O desempenho da dupla foi reconhecido com os prémios para Melhor Actor e Actor secundário num Musical dos Prémios do Festival de Verão de Toronto em 2018, que no mesmo ano consagrou “O Sr. Shi e o Seu Amante” como Melhor Novo Musical. O espectáculo, representado em mandarim e com legendas em inglês e chinês, é co-produzido pelo Teatro Experimental de Macau e pela Music Picnic de Toronto.
Hoje Macau EventosMusical | CCM estreia “O Sr. Shi e o Seu Amante” em Novembro O Instituto Cultural traz ao território, em Novembro, o musical “O Sr. Shi e o Seu Amante”, que será apresentado no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau e conta com encenação de Johnny Tam. Os bilhetes estão à venda a partir de hoje [dropcap]C[/dropcap]hama-se “O Sr. Shi e o Seu Amante” e é o novo espectáculo que sobe aos palcos do Centro Cultural de Macau (CCM) nos dias 22 e 23 de Novembro. Trata-se de um “provocante drama musical” com encenação do director artístico de Macau Johnny Tam, que levanta “questões complexas sobre ilusão e realidade, percepção e desejo”. De acordo com uma nota do IC, este musical “envolve o público numa teia de dissimulação e traição” e retrata “um escândalo verídico que abalou a esfera diplomática nos anos 60, quando um diplomata francês sediado em Pequim manteve um longo caso amoroso com um cantor de ópera que viria a revelar-se um espião”. “O Sr. Shi e o Seu Amante” é baseado na narrativa de M. Butterfly, uma peça transformada em sucesso de bilheteira tanto na Broadway como no grande ecrã, escrita pelo dramaturgo Wong Teng Chi e interpretada ao som da música do compositor Njo Kong Kie. Contudo, o espectáculo apresentado em Macau interpreta a história de uma perspectiva diferente, uma vez que a “acção decorre ao longo de sete curtas cenas que percorrem as mentes e as memórias das duas personagens”. Sons do mundo A nota do IC descreve ainda que “por entre salpicos de ópera de Pequim e do seu equivalente europeu, o espectáculo flutua provocantemente entre uma peça e um recital, com referências à pop vintage oriental e ocidental”. Jordan Cheng, actor de Macau, é o protagonista do espectáculo ao lado do canadiano Derek Kwan. O desempenho da dupla foi reconhecido com os prémios para Melhor Actor e Actor secundário num Musical dos Prémios do Festival de Verão de Toronto em 2018, que no mesmo ano consagrou “O Sr. Shi e o Seu Amante” como Melhor Novo Musical. O espectáculo, representado em mandarim e com legendas em inglês e chinês, é co-produzido pelo Teatro Experimental de Macau e pela Music Picnic de Toronto.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Receitas do sector cresceram 14,5% em 2018 [dropcap]A[/dropcap]s receitas do sector de hotelaria em Macau atingiram 37,29 mil milhões de patacas em 2018, um crescimento de 14,5 por cento em relação ao valor registado no ano anterior, anunciaram ontem as autoridades. O aumento das receitas é justificado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos “graças ao número de hóspedes dos hotéis e pensões terem subido”. Mais de 14 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no ano passado, um aumento de 7,2 por cento em relação a 2017. A grande maioria das receitas de hotelaria foram provenientes dos hotéis de 5 estrelas, que representam 78 por cento do total das receitas da hotelaria, tendo crescido 18,6 por cento face a 2017. Já as receitas dos hotéis de 4 estrelas cifraram-se em 4,39 mil milhões de patacas e as receitas dos estabelecimentos de 3 e de 2 estrelas fixaram-se em 3,78 mil milhões de patacas. Por outro lado, as despesas dos hotéis aumentaram 10 por cento para 31,78 mil milhões de patacas. Segundo os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos os 116 hotéis e pensões (mais três que em 2017) empregavam 52.976 pessoas, um aumento de 3,7 por cento em relação ao ano anterior.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Receitas do sector cresceram 14,5% em 2018 [dropcap]A[/dropcap]s receitas do sector de hotelaria em Macau atingiram 37,29 mil milhões de patacas em 2018, um crescimento de 14,5 por cento em relação ao valor registado no ano anterior, anunciaram ontem as autoridades. O aumento das receitas é justificado pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos “graças ao número de hóspedes dos hotéis e pensões terem subido”. Mais de 14 milhões de pessoas alojaram-se nos hotéis e pensões de Macau no ano passado, um aumento de 7,2 por cento em relação a 2017. A grande maioria das receitas de hotelaria foram provenientes dos hotéis de 5 estrelas, que representam 78 por cento do total das receitas da hotelaria, tendo crescido 18,6 por cento face a 2017. Já as receitas dos hotéis de 4 estrelas cifraram-se em 4,39 mil milhões de patacas e as receitas dos estabelecimentos de 3 e de 2 estrelas fixaram-se em 3,78 mil milhões de patacas. Por outro lado, as despesas dos hotéis aumentaram 10 por cento para 31,78 mil milhões de patacas. Segundo os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos os 116 hotéis e pensões (mais três que em 2017) empregavam 52.976 pessoas, um aumento de 3,7 por cento em relação ao ano anterior.
Hoje Macau SociedadeNuclear | Central de Taishan regista acidente [dropcap]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan registou na passada terça-feira um acidente que levou ao desligamento automático do reactor, de acordo com a informação fornecida ao Governo da RAEM pelo Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong. “No dia 17 de Setembro de 2019, a unidade 1 da central nuclear estava a funcionar normalmente, pelas 20h08, ocorreu uma falha temporária no cabo de transmissão de energia da rede externa. O sucedido levou o reactor a activar o modo de desligamento automático de segurança, tendo o pessoal operacional efectuado de imediato a estabilização da unidade, conforme o procedimento”, foi explicado em comunicado. A informação do Governo de Macau apontou também que o acidente foi de nível 0, ou seja que ficou abaixo da Escola Internacional de Acidentes Nucleares e que não afectou o “funcionamento, a segurança da central, a saúde do seu pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”.
Hoje Macau SociedadeNuclear | Central de Taishan regista acidente [dropcap]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan registou na passada terça-feira um acidente que levou ao desligamento automático do reactor, de acordo com a informação fornecida ao Governo da RAEM pelo Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong. “No dia 17 de Setembro de 2019, a unidade 1 da central nuclear estava a funcionar normalmente, pelas 20h08, ocorreu uma falha temporária no cabo de transmissão de energia da rede externa. O sucedido levou o reactor a activar o modo de desligamento automático de segurança, tendo o pessoal operacional efectuado de imediato a estabilização da unidade, conforme o procedimento”, foi explicado em comunicado. A informação do Governo de Macau apontou também que o acidente foi de nível 0, ou seja que ficou abaixo da Escola Internacional de Acidentes Nucleares e que não afectou o “funcionamento, a segurança da central, a saúde do seu pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”.
Hoje Macau SociedadeJustiça | Primeiro Congresso de Advogados de Macau arranca hoje Os advogados de Macau participam hoje e amanhã no primeiro congresso da profissão no território, para reflectir sobre os últimos 20 anos e debater os desafios da profissão, disse à Lusa o presidente da Associação dos Advogados [dropcap]V[/dropcap]amos tentar fazer uma análise dos últimos 20 anos e tentar antecipar o futuro”, afirmou Jorge Neto Valente à Lusa, que destacou ainda a variedade dos temas a serem abordados nos dois dias do 1.º Congresso dos Advogados de Macau. O evento, que conta com a presença da secretária para a Administração e Justiça de Macau e da procuradora-adjunta do Ministério Público, aborda temas como o papel dos advogados de Macau no contexto da lusofonia, os seus desafios no desenvolvimento da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e ainda a lei do jogo no território. O responsável pela associação, que engloba mais de 420 advogados e 127 estagiários, apontou para a importância deste congresso, que disse ser representativo “de um importante sector da sociedade”. A sociedade evoluiu, “menos a justiça, a justiça não tem evoluído quase nada”, referiu o presidente da Associação dos Advogados de Macau. Integrar sem diluir Em relação ao projecto da Grande Baía, Jorge Neto Valente sublinhou que o futuro da profissão deve passar por este “desígnio nacional” que junta Hong Kong, Macau e nove cidades chinesas com um PIB de 1,3 biliões de dólares, maior que o da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20, e uma população de 70 milhões, superior a nações como França, Reino Unido ou Itália. É uma “oportunidade e um risco”, disse, justificando que Macau deve alinhar neste projecto de integração, mas com a condição de manter a identidade. “Macau deve alinhar nos desígnios nacionais, mas há uma condição que é importante: só faz sentido se Macau mantiver a sua identidade”, sublinhou. “As oportunidades que vêm da Grande Baía não podem ser uma mera diluição de Macau na Grande China, tem de se manter a identidade de Macau e a identidade do sistema jurídico de Macau, que é diferente do sistema jurídico da China continental e de Hong Kong”, avançou. “Temos estes três sistemas que são diferentes e temos de manter a nossa identidade”, concluiu.
Hoje Macau SociedadeJustiça | Primeiro Congresso de Advogados de Macau arranca hoje Os advogados de Macau participam hoje e amanhã no primeiro congresso da profissão no território, para reflectir sobre os últimos 20 anos e debater os desafios da profissão, disse à Lusa o presidente da Associação dos Advogados [dropcap]V[/dropcap]amos tentar fazer uma análise dos últimos 20 anos e tentar antecipar o futuro”, afirmou Jorge Neto Valente à Lusa, que destacou ainda a variedade dos temas a serem abordados nos dois dias do 1.º Congresso dos Advogados de Macau. O evento, que conta com a presença da secretária para a Administração e Justiça de Macau e da procuradora-adjunta do Ministério Público, aborda temas como o papel dos advogados de Macau no contexto da lusofonia, os seus desafios no desenvolvimento da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e ainda a lei do jogo no território. O responsável pela associação, que engloba mais de 420 advogados e 127 estagiários, apontou para a importância deste congresso, que disse ser representativo “de um importante sector da sociedade”. A sociedade evoluiu, “menos a justiça, a justiça não tem evoluído quase nada”, referiu o presidente da Associação dos Advogados de Macau. Integrar sem diluir Em relação ao projecto da Grande Baía, Jorge Neto Valente sublinhou que o futuro da profissão deve passar por este “desígnio nacional” que junta Hong Kong, Macau e nove cidades chinesas com um PIB de 1,3 biliões de dólares, maior que o da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20, e uma população de 70 milhões, superior a nações como França, Reino Unido ou Itália. É uma “oportunidade e um risco”, disse, justificando que Macau deve alinhar neste projecto de integração, mas com a condição de manter a identidade. “Macau deve alinhar nos desígnios nacionais, mas há uma condição que é importante: só faz sentido se Macau mantiver a sua identidade”, sublinhou. “As oportunidades que vêm da Grande Baía não podem ser uma mera diluição de Macau na Grande China, tem de se manter a identidade de Macau e a identidade do sistema jurídico de Macau, que é diferente do sistema jurídico da China continental e de Hong Kong”, avançou. “Temos estes três sistemas que são diferentes e temos de manter a nossa identidade”, concluiu.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Túnel subaquático vai facilitar acesso a Shenzen [dropcap]O[/dropcap] director-executivo da administração da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wei Dong Qing, disse esperar que o Governo de Hong Kong consiga inaugurar, até final do próximo ano, o novo túnel subaquático entre a zona de Tuen Mun, em Hong Kong, e a de Chek Lap Kok, do outro lado da fronteira. Dessa forma, as pessoas podem ter acesso directo à baia de Shenzen, o que vai permitir que os visitantes de Shenzen possam entrar em Zhuhai e Macau por essa via, escreveu o Jornal do Cidadão na sua edição de ontem. No relatório de Desenvolvimento da Grande Baía (2018-2019) divulgado pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, é revelado que o número de carros registados em Hong Kong, Macau e Zhuhai é de 1,4 milhões, sendo que na parte ocidental do Delta do Rio das Pérolas há uma maior capacidade para facilitar o acesso de veículos de Hong Kong ao continente. Apesar da província de Guangdong ter aceite a proposta, o Governo de Hong Kong rejeitou-a devido ao facto da ligação entre Tuen Mun e Chek Lap Kok ainda não estar pronta, algo que poderia causar um excesso de tráfego na zona de Lantau. Portanto, a construção do novo túnel subaquático entre Tuen Mun e Chek Lap Kok pode melhorar os acessos viários, pelo que Hong Kong pode reconsiderar a proposta.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Túnel subaquático vai facilitar acesso a Shenzen [dropcap]O[/dropcap] director-executivo da administração da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wei Dong Qing, disse esperar que o Governo de Hong Kong consiga inaugurar, até final do próximo ano, o novo túnel subaquático entre a zona de Tuen Mun, em Hong Kong, e a de Chek Lap Kok, do outro lado da fronteira. Dessa forma, as pessoas podem ter acesso directo à baia de Shenzen, o que vai permitir que os visitantes de Shenzen possam entrar em Zhuhai e Macau por essa via, escreveu o Jornal do Cidadão na sua edição de ontem. No relatório de Desenvolvimento da Grande Baía (2018-2019) divulgado pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, é revelado que o número de carros registados em Hong Kong, Macau e Zhuhai é de 1,4 milhões, sendo que na parte ocidental do Delta do Rio das Pérolas há uma maior capacidade para facilitar o acesso de veículos de Hong Kong ao continente. Apesar da província de Guangdong ter aceite a proposta, o Governo de Hong Kong rejeitou-a devido ao facto da ligação entre Tuen Mun e Chek Lap Kok ainda não estar pronta, algo que poderia causar um excesso de tráfego na zona de Lantau. Portanto, a construção do novo túnel subaquático entre Tuen Mun e Chek Lap Kok pode melhorar os acessos viários, pelo que Hong Kong pode reconsiderar a proposta.
Hoje Macau PolíticaRecessão económica | Chui Sai On em cima do acontecimento [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo afirmou ontem que o Governo “continua a acompanhar, de perto, as mudanças económicas, prevenindo os riscos económicos, persistindo no princípio fundamental que é ‘procurar avançar na estabilidade’, preparando-se empenhadamente, lançando, em tempo oportuno, medidas de resposta”. Foi desta forma que Chui Sai On discursou, de acordo com um comunicado do porta voz do chefe do Governo, sobre a situação económica no contexto da Guerra Comercial e na recessão de Macau durante o a reunião de ontem do Conselho do Desenvolvimento Económico. O Chefe do Executivo referiu ainda que o Governo vai continuar a empenhar-se em garantir o desenvolvimento sustentado e saudável da economia de Macau e a harmonia e estabilidade social. Chui Sai On abandonou a reunião sem se disponibilizar a falar com os jornalistas.
Hoje Macau PolíticaRecessão económica | Chui Sai On em cima do acontecimento [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo afirmou ontem que o Governo “continua a acompanhar, de perto, as mudanças económicas, prevenindo os riscos económicos, persistindo no princípio fundamental que é ‘procurar avançar na estabilidade’, preparando-se empenhadamente, lançando, em tempo oportuno, medidas de resposta”. Foi desta forma que Chui Sai On discursou, de acordo com um comunicado do porta voz do chefe do Governo, sobre a situação económica no contexto da Guerra Comercial e na recessão de Macau durante o a reunião de ontem do Conselho do Desenvolvimento Económico. O Chefe do Executivo referiu ainda que o Governo vai continuar a empenhar-se em garantir o desenvolvimento sustentado e saudável da economia de Macau e a harmonia e estabilidade social. Chui Sai On abandonou a reunião sem se disponibilizar a falar com os jornalistas.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul retira oficialmente o Japão da lista preferencial de comércio [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Sul retirou ontem oficialmente o Japão da sua lista de parceiros comerciais preferenciais, após a mesma medida ter sido aplicada por Tóquio, num agravamento de tensões diplomáticas entre os dois países. A medida já tinha sido anunciada pela quarta maior economia da Ásia, com o Governo sul-coreano a alegar “problemas nos controlos de exportação de materiais sensíveis”, mas só ontem entrou em vigor. A saída do Japão da chamada “lista branca” de Seul prevê mais obstáculos burocráticos para o transporte de mercadorias. A título de exemplo, as empresas nacionais que exportam bens estratégicos para o arquipélago deverão apresentar cinco documentos (em vez de três) para obter aprovação na alfândega sul-coreana, o que estende o processo burocrático de cinco para cerca de 15 dias. Na mesma moeda A medida surge depois depois do Japão ter activado, em Julho, restrições às exportações de materiais químicos básicos para a fabricação de telas e chips de memória. E de ter retirado, mais tarde, a Coreia do Sul da lista de parceiros comerciais preferenciais, por suspeitar que não foram aplicadas medidas de segurança suficientes no sector tecnológico. As autoridades sul-coreanas acreditam que os controlos do Japão são retaliações por decisões judiciais, algo que o governo japonês negou. No final de 2018, o Supremo Tribunal sul-coreano determinou que as empresas japonesas presentes na Coreia do Sul tinham de pagar compensações a cidadãos coreanos, ou aos herdeiros, escravizados por aquelas companhias durante a Segunda Guerra Mundial. Com base no tratado de 1965, o Japão, que colonizou a península coreana entre 1910 e 1945, entregou 300 milhões de dólares às vítimas, dinheiro que a ditadura militar de Park Chung-hee não fez chegar a todas, motivo que levou milhares de pessoas a denunciar recentemente a situação às autoridades sul-coreanas.