Hong Kong | Cancelado fogo de artifício do 1.º de Outubro

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hong Kong cancelaram ontem o tradicional fogo de artifício que, a 1 de Outubro, assinala o Dia Nacional da China, numa altura em que os protestos pró-democracia na cidade dão mostras de não acabar.

Num comunicado, as autoridades locais referem que o espectáculo que tradicionalmente ocorre naquela data no Harbour Victoria (Porto Vitória) foi cancelado “tendo em conta os últimos desenvolvimentos e também para garantir a segurança pública”.

Várias acções de protesto estão marcadas para 1 de Outubro próximo, dia em que a China celebra o 70.º aniversário do Partido Comunista chinês, no poder.

Hong Kong tem vivenciado nos últimos meses manifestações violentas depois de grande parte dos residentes temerem que o Governo de Pequim está a pôr cobro a direitos e liberdades do território semi-autónomo, no quadro do pressuposto de “um país, dois sistemas”.

Os protestos têm dividido a cidade, tendo, terça-feira, dezenas de apoiantes de Pequim empunhado bandeiras da China e cantado o hino nacional chinês num centro comercial da cidade, ao mesmo tempo que manifestantes anti-governamentais os apupavam.

Pequim avisou já os Estados Unidos para não se envolverem nos protestos, um dia depois de um grupo de activistas, incluindo o líder estudantil Joshua Wong e a popular cantora local Demise Ho, ter apelado ao apoio de Washington aos protestos.

O grupo de activistas pediu aos congressistas e senadores norte-americanos para porem termo às exportações de equipamentos policiais utilizados pelas forças da ordem chinesas contra os manifestantes e para terem em conta os “esforços de Pequim para minar as liberdades civis”.

19 Set 2019

Hong Kong | Cancelado fogo de artifício do 1.º de Outubro

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Hong Kong cancelaram ontem o tradicional fogo de artifício que, a 1 de Outubro, assinala o Dia Nacional da China, numa altura em que os protestos pró-democracia na cidade dão mostras de não acabar.
Num comunicado, as autoridades locais referem que o espectáculo que tradicionalmente ocorre naquela data no Harbour Victoria (Porto Vitória) foi cancelado “tendo em conta os últimos desenvolvimentos e também para garantir a segurança pública”.
Várias acções de protesto estão marcadas para 1 de Outubro próximo, dia em que a China celebra o 70.º aniversário do Partido Comunista chinês, no poder.
Hong Kong tem vivenciado nos últimos meses manifestações violentas depois de grande parte dos residentes temerem que o Governo de Pequim está a pôr cobro a direitos e liberdades do território semi-autónomo, no quadro do pressuposto de “um país, dois sistemas”.
Os protestos têm dividido a cidade, tendo, terça-feira, dezenas de apoiantes de Pequim empunhado bandeiras da China e cantado o hino nacional chinês num centro comercial da cidade, ao mesmo tempo que manifestantes anti-governamentais os apupavam.
Pequim avisou já os Estados Unidos para não se envolverem nos protestos, um dia depois de um grupo de activistas, incluindo o líder estudantil Joshua Wong e a popular cantora local Demise Ho, ter apelado ao apoio de Washington aos protestos.
O grupo de activistas pediu aos congressistas e senadores norte-americanos para porem termo às exportações de equipamentos policiais utilizados pelas forças da ordem chinesas contra os manifestantes e para terem em conta os “esforços de Pequim para minar as liberdades civis”.

19 Set 2019

Dia Nacional | Reservas de carne suína postas no mercado para travar preços

Após a subida, no mês passado, do custo da carne de porco em cerca de 50 por cento, o Governo tenta travar a escalada de preços em vésperas da celebração do dia nacional, a 1 de Outubro, e vai colocar 10.000 toneladas de carne suína no mercado. As reservas existentes continuam a ser segredo de estado

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês está a colocar no mercado carne de porco que mantém em reserva visando travar a subida dos preços causada pela peste suína, nas vésperas da comemoração do 70º aniversário da fundação da China comunista.

O preço da carne de porco, parte essencial da cozinha chinesa, subiu quase 50 por cento em Agosto passado, em termos homólogos, devido a um surto devastador da peste suína africana, que resultou no abate de mais de um milhão de porcos, segundo dados oficiais.

A agência do Governo que administra as reservas nacionais de carne de porco congelada anunciou que vai colocar 10.000 toneladas no mercado.

Aquela quantidade equivale a menos de 0,2 por cento do consumo mensal no país, o que sugere que o anúncio visa mostrar a determinação de Pequim em combater o aumento do preço, ao invés de aumentar realmente a oferta no mercado.

A China produz e consome dois terços da carne de porco no mundo. O Governo mantém reservas de porcos vivos e congelados para garantir o fornecimento, mas os detalhes sobre esta reserva são segredo de Estado.

Analistas consideram, no entanto, que a reserva é provavelmente muito pequena para compensar os efeitos da peste suína. Em Janeiro passado, o Governo libertou 9.600 toneladas para o mercado.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planificação económica, prometeu ontem também tomar “medidas de controlo em tempo útil”, para manter o preço dos alimentos estável, nas vésperas das comemorações do dia 1 de Outubro.

O aumento dos preços tem um significado político amargo para o Partido Comunista, que aponta a melhoria dos padrões de vida nas últimas três décadas como fonte de legitimidade do seu poder indisputado.

Especialistas prevêem que a China importará mais de dois milhões de toneladas de carne de porco este ano.

Janela aberta

A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A actual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em Agosto passado.

Inicialmente, Pequim insistiu que estava tudo sob controlo, mas os surtos acabaram por se alastrar a todas as províncias do país. As autoridades chinesas autorizaram, desde o final do ano passado, os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país.

As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15.000 porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.

O acontecimento é visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”.

19 Set 2019

Dia Nacional | Reservas de carne suína postas no mercado para travar preços

Após a subida, no mês passado, do custo da carne de porco em cerca de 50 por cento, o Governo tenta travar a escalada de preços em vésperas da celebração do dia nacional, a 1 de Outubro, e vai colocar 10.000 toneladas de carne suína no mercado. As reservas existentes continuam a ser segredo de estado

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês está a colocar no mercado carne de porco que mantém em reserva visando travar a subida dos preços causada pela peste suína, nas vésperas da comemoração do 70º aniversário da fundação da China comunista.
O preço da carne de porco, parte essencial da cozinha chinesa, subiu quase 50 por cento em Agosto passado, em termos homólogos, devido a um surto devastador da peste suína africana, que resultou no abate de mais de um milhão de porcos, segundo dados oficiais.
A agência do Governo que administra as reservas nacionais de carne de porco congelada anunciou que vai colocar 10.000 toneladas no mercado.
Aquela quantidade equivale a menos de 0,2 por cento do consumo mensal no país, o que sugere que o anúncio visa mostrar a determinação de Pequim em combater o aumento do preço, ao invés de aumentar realmente a oferta no mercado.
A China produz e consome dois terços da carne de porco no mundo. O Governo mantém reservas de porcos vivos e congelados para garantir o fornecimento, mas os detalhes sobre esta reserva são segredo de Estado.
Analistas consideram, no entanto, que a reserva é provavelmente muito pequena para compensar os efeitos da peste suína. Em Janeiro passado, o Governo libertou 9.600 toneladas para o mercado.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, órgão máximo de planificação económica, prometeu ontem também tomar “medidas de controlo em tempo útil”, para manter o preço dos alimentos estável, nas vésperas das comemorações do dia 1 de Outubro.
O aumento dos preços tem um significado político amargo para o Partido Comunista, que aponta a melhoria dos padrões de vida nas últimas três décadas como fonte de legitimidade do seu poder indisputado.
Especialistas prevêem que a China importará mais de dois milhões de toneladas de carne de porco este ano.

Janela aberta

A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A actual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em Agosto passado.
Inicialmente, Pequim insistiu que estava tudo sob controlo, mas os surtos acabaram por se alastrar a todas as províncias do país. As autoridades chinesas autorizaram, desde o final do ano passado, os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país.
As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15.000 porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.
O acontecimento é visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”.

19 Set 2019

Arquitectura | Exposição no Porto mostra obras de Siza Vieira na Ásia

Chama-se “in/disciplina” e é a mais recente exposição do arquitecto português Álvaro Siza Vieira, vencedor de um Pritzker. Patente no Museu de Serralves, no Porto, a mostra revela os 60 anos de trabalho do arquitecto e inclui esboços de projectos desenvolvidos na Ásia, em países como a China e a Coreia do Sul

 

[dropcap]O[/dropcap] único português vencedor do prémio Pritzker em 1992, a mais importante distinção na área da arquitectura, protagoniza uma nova exposição sobre uma intensa carreira que há muito adquiriu uma dimensão internacional. “In Disciplina” foi inaugurada esta terça-feira no Museu de Serralves, no Porto, e mostra não apenas os principais trabalhos de Siza Vieira na Europa, mas também na Ásia.

A mostra aborda o período de maior internacionalização do arquitecto iniciado em 2000, quando este começou a projectar não apenas para a América do Sul, mas também para o Extremo Oriente. “Nessas latitudes, o arquitecto demonstra uma capacidade única de reinterpretar a geografia e a cultura autóctones, ora ‘ancorando-se’ a referências locais, ora ‘soltando-se’, à procura de formas mais livres, sinuosas ou mesmo auto-referenciais”, apontam os curadores desta exposição, que destacam projectos como a Paju Book City, na Coreia do Sul, e o China Design Museum, em Hangzhou, China.

Citado pela agência Lusa, Álvaro Siza Vieira garantiu que não lhe apetece tirar férias, apesar da longa carreira. “Às vezes acho que já vivi demais, mas isso não quer dizer que me apeteça ir de férias”, declarou o arquitecto de 86 anos de idade e natural de Matosinhos. Durante a conferência de imprensa, Siza Vieira agradeceu à Fundação Serralves pela “segunda grande exposição de obras” dele, referindo que a “montagem deve ter dado um trabalho tremendo”.

Esboços e apontamentos

Na exposição “in/disciplina” pode descobrir-se, por exemplo, vários esquissos (esboços de uma obra), desenhos de retrato e apontamentos de viagem que o arquitecto registava nos seus cadernos desde o tempo de estudante.

A mostra arranca com uma réplica de grande dimensão do primeiro esquisso que Siza Vieira registou fora de Portugal, feito em Berlim, recordou o arquitecto, explicando que reflecte a percepção da cidade, que, segundo o artista, é “feita de fragmentos”. O trabalho do arquitecto que intervém nalguns dos fragmentos é “tentar estabelecer relações entre eles”, explica, referindo que esses fragmentos visíveis nas cidades “reflectem o seu desenvolvimento e os diferentes períodos e tendências”.

Depois de falar da importância da “multiplicação da luz” nas salas do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, edifício da autoria de Siza Vieira, e que está a celebrar o 20.º aniversário, o arquitecto lembrou que em Portugal a “intensidade da luz nas ruas é quatro vezes mais elevada do que na Alemanha”. “Isso dá um gasto tremendo de luz”, referiu, lamentando que nas ruas públicas em Portugal se esteja a fazer o contrário de uma poupança energética.

A in/disciplina retrata o “trajecto de vida do Siza através dos seus cadernos de esquissos, que guardava e onde registava tudo”, explicou, por seu turno, o curador da exposição, Nuno Grande, referindo que esses esboços mostram a inquietude e a “indisciplina na disciplina” constante do arquitecto.

A exposição tem também um conjunto de fotografias escolhidas pelos “amigos fotógrafos” de Siza Vieira, e que foram “fundamentais para levar a todo o mundo a obra de Siza Vieira, acrescentou Nuno Grande.

A mostra que revela 30 projectos realizados entre 1954 e 2019, percorrendo a trajectória de Álvaro Siza desde o período da sua formação até à sua plena afirmação autoral, vai estar patente em Serralves até 2 de Fevereiro de 2020, e foi organizada pela Fundação de Serralves, com a contribuição “fulcral do arquivo de Álvaro Siza Vieira, do Álvaro Siza Vieira Fonds no Canadian Centre for Arquitechure (Canadá) e da Fundação Calouste Gulbenkian”.

A obra da Casa de Chá da Boa Nova (1958–1963) e a Piscina de Marés (1958–1965), ambas em Leça da Palmeira, são algumas das maquetes que podem ser vistas.

Distinguido com o Prémio Pritzker em 1992, Álvaro Siza recebeu ainda, entre outros, o Prémio Mies van der Rohe (1988), o Prémio Nacional de Arquitectura (1993), a Medalha Alvar Aalto (1998) e a Medalha de Ouro (2009), do Royal Institute of British Architects, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2002), pelo melhor projecto, e o Leão de Ouro de Carreira (2012).

19 Set 2019

Arquitectura | Exposição no Porto mostra obras de Siza Vieira na Ásia

Chama-se “in/disciplina” e é a mais recente exposição do arquitecto português Álvaro Siza Vieira, vencedor de um Pritzker. Patente no Museu de Serralves, no Porto, a mostra revela os 60 anos de trabalho do arquitecto e inclui esboços de projectos desenvolvidos na Ásia, em países como a China e a Coreia do Sul

 
[dropcap]O[/dropcap] único português vencedor do prémio Pritzker em 1992, a mais importante distinção na área da arquitectura, protagoniza uma nova exposição sobre uma intensa carreira que há muito adquiriu uma dimensão internacional. “In Disciplina” foi inaugurada esta terça-feira no Museu de Serralves, no Porto, e mostra não apenas os principais trabalhos de Siza Vieira na Europa, mas também na Ásia.
A mostra aborda o período de maior internacionalização do arquitecto iniciado em 2000, quando este começou a projectar não apenas para a América do Sul, mas também para o Extremo Oriente. “Nessas latitudes, o arquitecto demonstra uma capacidade única de reinterpretar a geografia e a cultura autóctones, ora ‘ancorando-se’ a referências locais, ora ‘soltando-se’, à procura de formas mais livres, sinuosas ou mesmo auto-referenciais”, apontam os curadores desta exposição, que destacam projectos como a Paju Book City, na Coreia do Sul, e o China Design Museum, em Hangzhou, China.
Citado pela agência Lusa, Álvaro Siza Vieira garantiu que não lhe apetece tirar férias, apesar da longa carreira. “Às vezes acho que já vivi demais, mas isso não quer dizer que me apeteça ir de férias”, declarou o arquitecto de 86 anos de idade e natural de Matosinhos. Durante a conferência de imprensa, Siza Vieira agradeceu à Fundação Serralves pela “segunda grande exposição de obras” dele, referindo que a “montagem deve ter dado um trabalho tremendo”.

Esboços e apontamentos

Na exposição “in/disciplina” pode descobrir-se, por exemplo, vários esquissos (esboços de uma obra), desenhos de retrato e apontamentos de viagem que o arquitecto registava nos seus cadernos desde o tempo de estudante.
A mostra arranca com uma réplica de grande dimensão do primeiro esquisso que Siza Vieira registou fora de Portugal, feito em Berlim, recordou o arquitecto, explicando que reflecte a percepção da cidade, que, segundo o artista, é “feita de fragmentos”. O trabalho do arquitecto que intervém nalguns dos fragmentos é “tentar estabelecer relações entre eles”, explica, referindo que esses fragmentos visíveis nas cidades “reflectem o seu desenvolvimento e os diferentes períodos e tendências”.
Depois de falar da importância da “multiplicação da luz” nas salas do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, edifício da autoria de Siza Vieira, e que está a celebrar o 20.º aniversário, o arquitecto lembrou que em Portugal a “intensidade da luz nas ruas é quatro vezes mais elevada do que na Alemanha”. “Isso dá um gasto tremendo de luz”, referiu, lamentando que nas ruas públicas em Portugal se esteja a fazer o contrário de uma poupança energética.
A in/disciplina retrata o “trajecto de vida do Siza através dos seus cadernos de esquissos, que guardava e onde registava tudo”, explicou, por seu turno, o curador da exposição, Nuno Grande, referindo que esses esboços mostram a inquietude e a “indisciplina na disciplina” constante do arquitecto.
A exposição tem também um conjunto de fotografias escolhidas pelos “amigos fotógrafos” de Siza Vieira, e que foram “fundamentais para levar a todo o mundo a obra de Siza Vieira, acrescentou Nuno Grande.
A mostra que revela 30 projectos realizados entre 1954 e 2019, percorrendo a trajectória de Álvaro Siza desde o período da sua formação até à sua plena afirmação autoral, vai estar patente em Serralves até 2 de Fevereiro de 2020, e foi organizada pela Fundação de Serralves, com a contribuição “fulcral do arquivo de Álvaro Siza Vieira, do Álvaro Siza Vieira Fonds no Canadian Centre for Arquitechure (Canadá) e da Fundação Calouste Gulbenkian”.
A obra da Casa de Chá da Boa Nova (1958–1963) e a Piscina de Marés (1958–1965), ambas em Leça da Palmeira, são algumas das maquetes que podem ser vistas.
Distinguido com o Prémio Pritzker em 1992, Álvaro Siza recebeu ainda, entre outros, o Prémio Mies van der Rohe (1988), o Prémio Nacional de Arquitectura (1993), a Medalha Alvar Aalto (1998) e a Medalha de Ouro (2009), do Royal Institute of British Architects, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2002), pelo melhor projecto, e o Leão de Ouro de Carreira (2012).

19 Set 2019

Crime | Detido por burla de 2 milhões de yuan

[dropcap]U[/dropcap]m gerente de uma empresa de engenharia de Macau, de apelido Kou e com 58 anos, foi detido na passada quinta-feira por alegadamente ter burlado um comerciante do Continente no valor de 2,248 milhões de renminbis. Em causa está uma transacção de mil toneladas de aço em Julho de 2015.

Segundo a versão das autoridades, o detido alegou que queria comprar mil toneladas em aço para as obras de construção de um hotel no Cotai no valor de 2,248 milhões yuan. Logo no início pagou 300 mil patacas como caução e fechou um acordo para enviar o material para um lugar de Zhuhai, entre Julho e Agosto, que depois ser transferido para Macau. No entanto, após o envio, a vítima não recebeu o resto do dinheiro, e perdeu o contacto com o suspeito. Após ter apresentado queixa junto das entidades do Interior, apurou-se que Kou não só não tinha pago o que faltava, como também não tinha enviado os materiais para Macau. Em vez disso, vendeu os materiais por 1,7 milhões de renminbis.

No âmbito da investigação foi pedido auxílio às autoridades da RAEM que apuraram que o homem tinha recebido o dinheiro da venda e assim o caso foi reencaminhado para o Ministério Público. Kou enfrenta a acusação da prática do crime de valor consideravelmente elevado.

19 Set 2019

Crime | Detido por burla de 2 milhões de yuan

[dropcap]U[/dropcap]m gerente de uma empresa de engenharia de Macau, de apelido Kou e com 58 anos, foi detido na passada quinta-feira por alegadamente ter burlado um comerciante do Continente no valor de 2,248 milhões de renminbis. Em causa está uma transacção de mil toneladas de aço em Julho de 2015.
Segundo a versão das autoridades, o detido alegou que queria comprar mil toneladas em aço para as obras de construção de um hotel no Cotai no valor de 2,248 milhões yuan. Logo no início pagou 300 mil patacas como caução e fechou um acordo para enviar o material para um lugar de Zhuhai, entre Julho e Agosto, que depois ser transferido para Macau. No entanto, após o envio, a vítima não recebeu o resto do dinheiro, e perdeu o contacto com o suspeito. Após ter apresentado queixa junto das entidades do Interior, apurou-se que Kou não só não tinha pago o que faltava, como também não tinha enviado os materiais para Macau. Em vez disso, vendeu os materiais por 1,7 milhões de renminbis.
No âmbito da investigação foi pedido auxílio às autoridades da RAEM que apuraram que o homem tinha recebido o dinheiro da venda e assim o caso foi reencaminhado para o Ministério Público. Kou enfrenta a acusação da prática do crime de valor consideravelmente elevado.

19 Set 2019

IPIM | Cessada comissão de serviço de ex-dirigente do Fundo de Pensões

[dropcap]M[/dropcap]iguel Ian Iat Chun, ex-chefe de departamento de aposentação e sobrevivência do Fundo de Pensões, viu ser terminada a sua comissão de serviço através de um despacho assinado pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, publicado em Boletim Oficial. O responsável encontrava-se suspenso de funções por suspeitas de ligações ao caso de atribuição de falsos BIR por investimento por parte do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM).

Em Novembro do ano passado o Fundo de Pensões recebeu um ofício do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) que dava conta que Miguel Ian Iat Chun teria “praticado uma infracção disciplinar no exercício das suas funções”, algo que levou Sónia Chan a nomear um instrutor independente para proceder à instrução do relativo processo disciplinar. Antes de trabalhar no Fundo de Pensões, Miguel Ian Iat Chun exerceu funções de director-adjunto do Gabinete Jurídico e de Fixação de Residência do IPIM. Jackson Chang, presidente do IPIM, e Glória Batalha Ung, vogal executiva do mesmo organismo, também estão a ser investigados no âmbito do mesmo processo, sendo que Jackson Chang se encontra detido preventivamente.

19 Set 2019

IPIM | Cessada comissão de serviço de ex-dirigente do Fundo de Pensões

[dropcap]M[/dropcap]iguel Ian Iat Chun, ex-chefe de departamento de aposentação e sobrevivência do Fundo de Pensões, viu ser terminada a sua comissão de serviço através de um despacho assinado pela secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, publicado em Boletim Oficial. O responsável encontrava-se suspenso de funções por suspeitas de ligações ao caso de atribuição de falsos BIR por investimento por parte do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM).
Em Novembro do ano passado o Fundo de Pensões recebeu um ofício do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) que dava conta que Miguel Ian Iat Chun teria “praticado uma infracção disciplinar no exercício das suas funções”, algo que levou Sónia Chan a nomear um instrutor independente para proceder à instrução do relativo processo disciplinar. Antes de trabalhar no Fundo de Pensões, Miguel Ian Iat Chun exerceu funções de director-adjunto do Gabinete Jurídico e de Fixação de Residência do IPIM. Jackson Chang, presidente do IPIM, e Glória Batalha Ung, vogal executiva do mesmo organismo, também estão a ser investigados no âmbito do mesmo processo, sendo que Jackson Chang se encontra detido preventivamente.

19 Set 2019

IPOR | ‘Vistos gold’ e investimento chinês fazem disparar tutorias de português

O director do IPOR disse à agência Lusa que o número de tutorias de português quase duplicou este ano, muito devido aos ‘vistos gold’ e ao investimento chinês nos países lusófonos. Joaquim Coelho Ramos revelou ainda que o instituto, que completa hoje 30 anos, irá abrir uma delegação em Pequim até Novembro e um centro de línguas em Chengdu ainda este ano

 

[dropcap]A[/dropcap]inda faltam mais de três meses para terminar o ano e o número de horas de tutorias de aprendizagem da língua portuguesa, em relação a 2018, já cresceu quase para o dobro, ultrapassando o meio milhar de horas, salientou, em entrevista, o director do Instituto Português do Oriente (IPOR), Joaquim Coelho Ramos. “Só nos primeiros dois meses deste ano económico ultrapassámos o número de tutorias do ano passado todo”, reforçou o responsável pela instituição que assinala hoje 30 anos de vida em Macau e de actividade na Ásia.

Se em 2015 foram apenas contabilizadas 23 horas de tutorias, em 2018 registaram-se 289, contra as 520 deste ano. “Quando perguntamos nas fichas de inscrição as ‘razões’ reparamos que muitos dos interessados são, por exemplo, empresários com vontade de investir ou em Portugal ou num país de língua portuguesa”, assinalou o director, em funções desde Agosto de 2018. “Estão com investimentos em Portugal ou de alguma maneira inseridos na dinâmica dos ‘vistos gold’”, acrescentou.

O ‘visto gold’ é uma autorização de residência para actividade de investimento em Portugal concedida a estrangeiros fora da UE.

As aulas ministradas à distância, por videoconferência, são cada vez mais populares. “Aqueles que não têm disponibilidade para assistir a uma aula, sempre na mesma hora e no mesmo dia, pretendem algo flexível, mas que produza resultados”, frisou. Tal acontece seja a partir de Hong Kong ou de Shenzhen, onde muitos residem, ou a partir do Dubai, se se encontrarem em viagem: “Para isso basta combinar com o professor”, explicou Joaquim Coelho Ramos.

Tendo em conta a expansão da procura dos serviços do IPOR não é de estranhar que o mesmo se passe em termos territoriais e representações. Assim sendo, em Novembro abre uma delegação do IPOR em Pequim e um centro de línguas em Chengdu até final do ano.

Em relação à delegação na capital chinesa, a ideia é “começar já dentro de um mês, mês e meio, (…) em produção já em finais de Outubro”, ainda que o cenário “mais realista” aponte para “início de Novembro”, esclareceu Joaquim Coelho Ramos. O projecto começou a ser trabalhado no início do ano e neste momento “ir trabalhar para a China depende apenas de questões administrativas”, adiantou.

Outono em Pequim

Em Maio, aquando da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, um protocolo assinado entre o Camões-Instituto da Cooperação e da Língua e a Sociedade de Jogos de Macau definiu a constituição de um fundo para apoiar a difusão e promoção da língua portuguesa na República Popular da China.

A abertura de uma delegação em Pequim é justificada “pelos pedidos constantes para formação em língua portuguesa não conferente de grau académico”, mas sim “para efeitos pragmáticos”, casos do “português económico e de introdução à língua portuguesa comunicacional”, indicou o responsável do IPOR.

“Há muita gente a fazer cursos de português à distância através de videoconferência” e existem “muitos pedidos de regiões da China continental”, afirmou o director do IPOR. Razão pela qual, após análise do mercado, se entendeu que era importante ter uma presença física em Pequim.

A mais-valia da delegação em Pequim, que não só garante um ensino personalizado e uma aprendizagem certificada, é também explicada por se poder assegurar localmente a formação de professores.

“Há uma vantagem em ter sempre um canal aberto” em todas as situações em que instituições como as universidades solicitem ajuda directamente ao IPOR em Pequim, com a possibilidade ainda de se garantir algum reforço a partir de Macau, sublinhou Joaquim Coelho Ramos. “O interesse está a crescer e era importante operacionalizar a resposta, e é isso que esta delegação vai fazer”, acrescentou.

Por outro lado, até final do ano, o IPOR quer abrir um centro de língua portuguesa em Chengdu, cidade chinesa da província de Sichuan, onde o instituto tem ministrado o ensino de português a médicos, enfermeiros e técnicos do Centro Internacional de Formação na área da Saúde e do Planeamento Familiar.

De resto, a província de Sichuan tem mantido uma relação estreita com os países de língua portuguesa, para onde a respectiva autoridade da saúde começou a enviar, desde 1976, equipas médicas. “É um desafio” com dados “muito sólidos” que justificam a decisão, argumentou, lembrando o envolvimento destes profissionais de saúde nesses projectos de cooperação nos países lusófonos.

Três desafios

O director IPOR disse ainda que o crescimento “muito significativo” da procura pelo ensino do português a um público infantojuvenil já obrigou a instituição a criar uma lista de espera.

“Outra área que temos notado um crescimento muito significativo (…) é nas oficinas para o público infantojuvenil. (…) Estamos a falar do ensino de língua portuguesa entre os 6 e os 14 anos, é a franja em que temos sentido um crescimento maior, essencialmente para crianças e jovens de famílias chinesas”, destacou Joaquim Coelho Ramos.

O número mais que triplicou em relação a 2018, passando de 30 a 40 inscrições para mais de 120. “Não estávamos à espera deste crescimento (…), um tipo de ‘boom’” que coloca “um problema”, explicou o responsável. A instituição foi obrigada a criar uma lista de espera e para ajustar a oferta está a proceder à contratação de professores a tempo parcial.

A estratégia do IPOR tem várias frentes e tem como base “uma equipa e profissionais dedicados que trabalham em conjunto”, assente ainda em várias parcerias, frisou.

“Houve uma tentativa de aproximação do IPOR com as instituições locais. Acreditamos que o segredo do sucesso é não estar sozinho. Este tipo de colaboração tem tido resultados por exemplo, ao nível científico e pedagógico com o Instituto Politécnico de Macau, com cursos intensivos de Verão, na produção de materiais didácticos, e também com a Universidade de Macau, num trabalho voltado para o português como língua para fins específicos”, assinalou.

O responsável enumerou três desafios que se colocam actualmente à instituição. Um deles passa pela formação interna. “Neste momento, por exemplo, temos de pensar em dar formação complementar de pedagogia didáctica da língua portuguesa para crianças e jovens. Até agora tínhamos um paradigma muito forte no ensino de adultos, esse paradigma continua, mas há um novo desafio”, frisou.

Outra área fundamental que constitui o desafio estratégico do IPOR passa pela actualização dos recursos tecnológicos, com uma atenção à estatística e análise de dados: “um instituto deste tipo que consegue antecipar uma tendência de procura é um instituto que vai dar uma melhor resposta”, defendeu.

Materiais à medida

Por fim, Joaquim Coelho Ramos definiu como prioridade “a organização daquilo que já é a memória do IPOR”, de forma a promover “a preservação, divulgação e disponibilização do acervo da instituição”, e anunciou que depois do guia lexical (um ‘dicionário’ altamente especializado dedicado a uma área específica) de conversação português-vietnamita, o IPOR está prestes a lançar outros. “Temos trabalhado em guias lexicais para a área da saúde, contabilidade e auditoria (…) e agora está para breve a apresentação pública do guia lexical para o jornalismo e para a administração”, avançou Joaquim Coelho Ramos. “A muito breve prazo, estamos a falar de uma semana, semana e meia, [será divulgado] um para o sector do turismo”, indicou.

Joaquim Coelho Ramos esclareceu que os guias “já estão produzidos, falta a data da apresentação pública”. O investimento na produção destes guias, com termos contextualizados, mas também expressões e por vezes frases focadas em temas e áreas de trabalho específicas, são importantes no âmbito da “aplicação no terreno” da língua portuguesa e no “desenvolvimento pessoal entre os professores e os alunos”, acrescentou. A atenção ao produto final, de uma forma muito pragmática, está ilustrada num detalhe, assinalou: “o guia lexical para a saúde foi impresso num tamanho que permite ser guardado no bolso da bata de um médico”.

Outra área de trabalho na qual o IPOR se tem focado “é na produção de materiais didácticos, na bibliografia e no digital”, assegurou. A justificação destas apostas é simples, concluiu: “As pessoas estão a olhar para a língua portuguesa como um instrumento pragmático, de acção directa no mercado”.

O IPOR conta com 27 funcionários a tempo inteiro que, com o apoio de algumas colaborações, procuram assegurar a vocação prioritária de promover o ensino da língua portuguesa, com uma vertente complementar focada na acção cultural.

Fundado a 19 de Setembro de 1989 pela Fundação Oriente e pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, o IPOR exerce a sua actividade, além de Macau, em países como o Vietname, Tailândia e Austrália, estando para breve a concretização também de projectos em Pequim, Chengdu e Nova Deli.

19 Set 2019

IPOR | ‘Vistos gold’ e investimento chinês fazem disparar tutorias de português

O director do IPOR disse à agência Lusa que o número de tutorias de português quase duplicou este ano, muito devido aos ‘vistos gold’ e ao investimento chinês nos países lusófonos. Joaquim Coelho Ramos revelou ainda que o instituto, que completa hoje 30 anos, irá abrir uma delegação em Pequim até Novembro e um centro de línguas em Chengdu ainda este ano

 
[dropcap]A[/dropcap]inda faltam mais de três meses para terminar o ano e o número de horas de tutorias de aprendizagem da língua portuguesa, em relação a 2018, já cresceu quase para o dobro, ultrapassando o meio milhar de horas, salientou, em entrevista, o director do Instituto Português do Oriente (IPOR), Joaquim Coelho Ramos. “Só nos primeiros dois meses deste ano económico ultrapassámos o número de tutorias do ano passado todo”, reforçou o responsável pela instituição que assinala hoje 30 anos de vida em Macau e de actividade na Ásia.
Se em 2015 foram apenas contabilizadas 23 horas de tutorias, em 2018 registaram-se 289, contra as 520 deste ano. “Quando perguntamos nas fichas de inscrição as ‘razões’ reparamos que muitos dos interessados são, por exemplo, empresários com vontade de investir ou em Portugal ou num país de língua portuguesa”, assinalou o director, em funções desde Agosto de 2018. “Estão com investimentos em Portugal ou de alguma maneira inseridos na dinâmica dos ‘vistos gold’”, acrescentou.
O ‘visto gold’ é uma autorização de residência para actividade de investimento em Portugal concedida a estrangeiros fora da UE.
As aulas ministradas à distância, por videoconferência, são cada vez mais populares. “Aqueles que não têm disponibilidade para assistir a uma aula, sempre na mesma hora e no mesmo dia, pretendem algo flexível, mas que produza resultados”, frisou. Tal acontece seja a partir de Hong Kong ou de Shenzhen, onde muitos residem, ou a partir do Dubai, se se encontrarem em viagem: “Para isso basta combinar com o professor”, explicou Joaquim Coelho Ramos.
Tendo em conta a expansão da procura dos serviços do IPOR não é de estranhar que o mesmo se passe em termos territoriais e representações. Assim sendo, em Novembro abre uma delegação do IPOR em Pequim e um centro de línguas em Chengdu até final do ano.
Em relação à delegação na capital chinesa, a ideia é “começar já dentro de um mês, mês e meio, (…) em produção já em finais de Outubro”, ainda que o cenário “mais realista” aponte para “início de Novembro”, esclareceu Joaquim Coelho Ramos. O projecto começou a ser trabalhado no início do ano e neste momento “ir trabalhar para a China depende apenas de questões administrativas”, adiantou.

Outono em Pequim

Em Maio, aquando da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, um protocolo assinado entre o Camões-Instituto da Cooperação e da Língua e a Sociedade de Jogos de Macau definiu a constituição de um fundo para apoiar a difusão e promoção da língua portuguesa na República Popular da China.
A abertura de uma delegação em Pequim é justificada “pelos pedidos constantes para formação em língua portuguesa não conferente de grau académico”, mas sim “para efeitos pragmáticos”, casos do “português económico e de introdução à língua portuguesa comunicacional”, indicou o responsável do IPOR.
“Há muita gente a fazer cursos de português à distância através de videoconferência” e existem “muitos pedidos de regiões da China continental”, afirmou o director do IPOR. Razão pela qual, após análise do mercado, se entendeu que era importante ter uma presença física em Pequim.
A mais-valia da delegação em Pequim, que não só garante um ensino personalizado e uma aprendizagem certificada, é também explicada por se poder assegurar localmente a formação de professores.
“Há uma vantagem em ter sempre um canal aberto” em todas as situações em que instituições como as universidades solicitem ajuda directamente ao IPOR em Pequim, com a possibilidade ainda de se garantir algum reforço a partir de Macau, sublinhou Joaquim Coelho Ramos. “O interesse está a crescer e era importante operacionalizar a resposta, e é isso que esta delegação vai fazer”, acrescentou.
Por outro lado, até final do ano, o IPOR quer abrir um centro de língua portuguesa em Chengdu, cidade chinesa da província de Sichuan, onde o instituto tem ministrado o ensino de português a médicos, enfermeiros e técnicos do Centro Internacional de Formação na área da Saúde e do Planeamento Familiar.
De resto, a província de Sichuan tem mantido uma relação estreita com os países de língua portuguesa, para onde a respectiva autoridade da saúde começou a enviar, desde 1976, equipas médicas. “É um desafio” com dados “muito sólidos” que justificam a decisão, argumentou, lembrando o envolvimento destes profissionais de saúde nesses projectos de cooperação nos países lusófonos.

Três desafios

O director IPOR disse ainda que o crescimento “muito significativo” da procura pelo ensino do português a um público infantojuvenil já obrigou a instituição a criar uma lista de espera.
“Outra área que temos notado um crescimento muito significativo (…) é nas oficinas para o público infantojuvenil. (…) Estamos a falar do ensino de língua portuguesa entre os 6 e os 14 anos, é a franja em que temos sentido um crescimento maior, essencialmente para crianças e jovens de famílias chinesas”, destacou Joaquim Coelho Ramos.
O número mais que triplicou em relação a 2018, passando de 30 a 40 inscrições para mais de 120. “Não estávamos à espera deste crescimento (…), um tipo de ‘boom’” que coloca “um problema”, explicou o responsável. A instituição foi obrigada a criar uma lista de espera e para ajustar a oferta está a proceder à contratação de professores a tempo parcial.
A estratégia do IPOR tem várias frentes e tem como base “uma equipa e profissionais dedicados que trabalham em conjunto”, assente ainda em várias parcerias, frisou.
“Houve uma tentativa de aproximação do IPOR com as instituições locais. Acreditamos que o segredo do sucesso é não estar sozinho. Este tipo de colaboração tem tido resultados por exemplo, ao nível científico e pedagógico com o Instituto Politécnico de Macau, com cursos intensivos de Verão, na produção de materiais didácticos, e também com a Universidade de Macau, num trabalho voltado para o português como língua para fins específicos”, assinalou.
O responsável enumerou três desafios que se colocam actualmente à instituição. Um deles passa pela formação interna. “Neste momento, por exemplo, temos de pensar em dar formação complementar de pedagogia didáctica da língua portuguesa para crianças e jovens. Até agora tínhamos um paradigma muito forte no ensino de adultos, esse paradigma continua, mas há um novo desafio”, frisou.
Outra área fundamental que constitui o desafio estratégico do IPOR passa pela actualização dos recursos tecnológicos, com uma atenção à estatística e análise de dados: “um instituto deste tipo que consegue antecipar uma tendência de procura é um instituto que vai dar uma melhor resposta”, defendeu.

Materiais à medida

Por fim, Joaquim Coelho Ramos definiu como prioridade “a organização daquilo que já é a memória do IPOR”, de forma a promover “a preservação, divulgação e disponibilização do acervo da instituição”, e anunciou que depois do guia lexical (um ‘dicionário’ altamente especializado dedicado a uma área específica) de conversação português-vietnamita, o IPOR está prestes a lançar outros. “Temos trabalhado em guias lexicais para a área da saúde, contabilidade e auditoria (…) e agora está para breve a apresentação pública do guia lexical para o jornalismo e para a administração”, avançou Joaquim Coelho Ramos. “A muito breve prazo, estamos a falar de uma semana, semana e meia, [será divulgado] um para o sector do turismo”, indicou.
Joaquim Coelho Ramos esclareceu que os guias “já estão produzidos, falta a data da apresentação pública”. O investimento na produção destes guias, com termos contextualizados, mas também expressões e por vezes frases focadas em temas e áreas de trabalho específicas, são importantes no âmbito da “aplicação no terreno” da língua portuguesa e no “desenvolvimento pessoal entre os professores e os alunos”, acrescentou. A atenção ao produto final, de uma forma muito pragmática, está ilustrada num detalhe, assinalou: “o guia lexical para a saúde foi impresso num tamanho que permite ser guardado no bolso da bata de um médico”.
Outra área de trabalho na qual o IPOR se tem focado “é na produção de materiais didácticos, na bibliografia e no digital”, assegurou. A justificação destas apostas é simples, concluiu: “As pessoas estão a olhar para a língua portuguesa como um instrumento pragmático, de acção directa no mercado”.
O IPOR conta com 27 funcionários a tempo inteiro que, com o apoio de algumas colaborações, procuram assegurar a vocação prioritária de promover o ensino da língua portuguesa, com uma vertente complementar focada na acção cultural.
Fundado a 19 de Setembro de 1989 pela Fundação Oriente e pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, o IPOR exerce a sua actividade, além de Macau, em países como o Vietname, Tailândia e Austrália, estando para breve a concretização também de projectos em Pequim, Chengdu e Nova Deli.

19 Set 2019

Hong Kong | Activistas pró-democracia pedem a congressistas dos EUA pressão sobre Pequim

[dropcap]J[/dropcap]ovens líderes do movimento pró-democracia de Hong Kong pediram ontem aos parlamentares norte-americanos para pressionarem Pequim, alegando que qualquer declínio no estatuto especial daquele território encorajaria a China a impor os seus “valores comunistas” noutras partes do mundo.

Joshua Wong, Denise Ho e outros activistas pró-democracia foram recebidos por membros republicanos e democratas numa audiência de um comité do Congresso em Washington.

“Se Hong Kong cair pode facilmente tornar-se num trampolim para o regime totalitário chinês empurrar as suas regras e prioridades para o exterior, usando o poder económico para converter outras pessoas aos valores comunistas”, afirmou a cantora ‘pop’ Denise Ho, cuja música foi censurada na China pelo seu envolvimento com o movimento.

“Este não é um apelo a uma ‘ingerência estrangeira’, nem à dependência de Hong Kong. É um apelo aos direitos humanos. Um apelo a favor da democracia”, acrescentou a artista de 42 anos.

A ex-colónia britânica enfrenta, há mais de três meses, a mais grave crise política desde a sua entrega à China, em 1997, com acções e manifestações quase diárias exigindo reformas democráticas e denunciando a resposta policial, considerada brutal pelos manifestantes.

Os membros republicanos e democratas da comissão do Congresso norte-americano enfatizaram a rara união em torno da defesa dos direitos de Hong Kong.

Estes congressistas estão a estudar um projecto de lei sobre “os direitos humanos e a democracia em Hong Kong”, que prevê uma revisão anual do estatuto económico especial da região e sanções para qualquer responsável que suprima as “liberdades fundamentais” deste território.

“Pequim não deve vencer em todas as frentes, colhendo os benefícios económicos do prestígio de Hong Kong no mundo e erradicando a nossa identidade socio-política”, avisou Joshua Wong, de 22 anos, que se tornou um rosto do movimento pró-democracia.

“Enquanto eu falo, Hong Kong está numa encruzilhada crucial. A parada nunca esteve tão alta”, prosseguiu. O jovem alertou que o presidente chinês, Xi Jinping, pode decidir agir com mais força, antes do 70.º aniversário do regime comunista, em Outubro. “Enviarem tanques é irracional, mas não é impossível”, sublinhou o activista.

18 Set 2019

Hong Kong | Activistas pró-democracia pedem a congressistas dos EUA pressão sobre Pequim

[dropcap]J[/dropcap]ovens líderes do movimento pró-democracia de Hong Kong pediram ontem aos parlamentares norte-americanos para pressionarem Pequim, alegando que qualquer declínio no estatuto especial daquele território encorajaria a China a impor os seus “valores comunistas” noutras partes do mundo.
Joshua Wong, Denise Ho e outros activistas pró-democracia foram recebidos por membros republicanos e democratas numa audiência de um comité do Congresso em Washington.
“Se Hong Kong cair pode facilmente tornar-se num trampolim para o regime totalitário chinês empurrar as suas regras e prioridades para o exterior, usando o poder económico para converter outras pessoas aos valores comunistas”, afirmou a cantora ‘pop’ Denise Ho, cuja música foi censurada na China pelo seu envolvimento com o movimento.
“Este não é um apelo a uma ‘ingerência estrangeira’, nem à dependência de Hong Kong. É um apelo aos direitos humanos. Um apelo a favor da democracia”, acrescentou a artista de 42 anos.
A ex-colónia britânica enfrenta, há mais de três meses, a mais grave crise política desde a sua entrega à China, em 1997, com acções e manifestações quase diárias exigindo reformas democráticas e denunciando a resposta policial, considerada brutal pelos manifestantes.
Os membros republicanos e democratas da comissão do Congresso norte-americano enfatizaram a rara união em torno da defesa dos direitos de Hong Kong.
Estes congressistas estão a estudar um projecto de lei sobre “os direitos humanos e a democracia em Hong Kong”, que prevê uma revisão anual do estatuto económico especial da região e sanções para qualquer responsável que suprima as “liberdades fundamentais” deste território.
“Pequim não deve vencer em todas as frentes, colhendo os benefícios económicos do prestígio de Hong Kong no mundo e erradicando a nossa identidade socio-política”, avisou Joshua Wong, de 22 anos, que se tornou um rosto do movimento pró-democracia.
“Enquanto eu falo, Hong Kong está numa encruzilhada crucial. A parada nunca esteve tão alta”, prosseguiu. O jovem alertou que o presidente chinês, Xi Jinping, pode decidir agir com mais força, antes do 70.º aniversário do regime comunista, em Outubro. “Enviarem tanques é irracional, mas não é impossível”, sublinhou o activista.

18 Set 2019

Ilhas Salomão | Pequim elogia corte de laços com Taipé

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês enalteceu ontem a decisão das autoridades das Ilhas Salomão de “reconhecer o princípio ‘uma só China'” e romper os laços diplomáticos com Taiwan como a confirmação “da irresistível tendência desta era”.

“Apoiamos esta importante decisão, que as Ilhas Salomão tomaram por si, como um Estado soberano independente”, lê-se no comunicado da porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying.

Segundo a agência noticiosa oficial de Taiwan CNA, 27 dos 33 deputados da coligação maioritária de quatro partidos no Parlamento de Salomão – que tem 50 cadeiras – votaram a favor de passar a reconhecer Pequim como o Governo legítimo de toda a China, em detrimento de Taipé, enquanto os restantes seis se abstiveram.

A decisão foi posteriormente aprovada pelo governo do primeiro-ministro, Manasseh Sogavare, que assumiu o cargo após eleições em Abril.

“A decisão do Governo das Ilhas Salomão de reconhecer o princípio ‘uma só China’ e estabelecer laços diplomáticos com a China atesta que este princípio atende ao desejo dos cidadãos e constitui uma tendência irresistível desta era”, defendeu o Governo chinês.

Hua enfatizou que “existe apenas uma China no mundo” e que “o governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China”, sendo Taiwan “parte inalienável do território chinês”.

Desde que Tsai Ing-wen, do Partido Progressivo Democrático (PPD), pró-independência, foi eleita Presidente, em 2016, seis países, incluído São Tomé e Príncipe, cortaram relações diplomáticas com Taipé, que tem agora apenas 16 aliados diplomáticos.

A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, acusou Pequim de “causar instabilidade na sociedade internacional” e praticar “diplomacia do dólar”, com “promessas de cheques chorudos”, que “muitas vezes não são cumpridas”.

18 Set 2019

Ilhas Salomão | Pequim elogia corte de laços com Taipé

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês enalteceu ontem a decisão das autoridades das Ilhas Salomão de “reconhecer o princípio ‘uma só China'” e romper os laços diplomáticos com Taiwan como a confirmação “da irresistível tendência desta era”.
“Apoiamos esta importante decisão, que as Ilhas Salomão tomaram por si, como um Estado soberano independente”, lê-se no comunicado da porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying.
Segundo a agência noticiosa oficial de Taiwan CNA, 27 dos 33 deputados da coligação maioritária de quatro partidos no Parlamento de Salomão – que tem 50 cadeiras – votaram a favor de passar a reconhecer Pequim como o Governo legítimo de toda a China, em detrimento de Taipé, enquanto os restantes seis se abstiveram.
A decisão foi posteriormente aprovada pelo governo do primeiro-ministro, Manasseh Sogavare, que assumiu o cargo após eleições em Abril.
“A decisão do Governo das Ilhas Salomão de reconhecer o princípio ‘uma só China’ e estabelecer laços diplomáticos com a China atesta que este princípio atende ao desejo dos cidadãos e constitui uma tendência irresistível desta era”, defendeu o Governo chinês.
Hua enfatizou que “existe apenas uma China no mundo” e que “o governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China”, sendo Taiwan “parte inalienável do território chinês”.
Desde que Tsai Ing-wen, do Partido Progressivo Democrático (PPD), pró-independência, foi eleita Presidente, em 2016, seis países, incluído São Tomé e Príncipe, cortaram relações diplomáticas com Taipé, que tem agora apenas 16 aliados diplomáticos.
A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, acusou Pequim de “causar instabilidade na sociedade internacional” e praticar “diplomacia do dólar”, com “promessas de cheques chorudos”, que “muitas vezes não são cumpridas”.

18 Set 2019

Petróleo | Preocupações com preços após ataque na Arábia Saudita

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês admitiu ontem estar preocupado com o impacto nos mercados do petróleo do ataque com veículos aéreos não tripulados (drones) a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, ocorrido no fim de semana.

“A China está obviamente muito preocupada com o impacto do ataque na estabilidade e segurança do mercado internacional de fornecimento de petróleo”, afirmou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.

Os preços do petróleo caíram na terça-feira, depois de subirem no dia anterior, após o ataque.
A China é um dos maiores clientes do petróleo do Médio Oriente.

Hua afirmou ainda que o país condena os ataques a uma refinaria e a um campo de exploração petrolífera em Aramco, que forçou a Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir a produção para metade.

O porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês Fu Linghui considerou ontem que é muito cedo para avaliar o impacto nos mercados de energia, e observou que os preços do petróleo estavam em queda antes do ataque.

Os rebeldes iemenitas Huthis, apoiados pelo Irão e que enfrentam uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, há cinco anos, assumiram a responsabilidade pelos ataques.

O incidente foi condenado pela Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Teerão de “lançar um ataque sem precedentes ao fornecimento global de energia”.

18 Set 2019

Petróleo | Preocupações com preços após ataque na Arábia Saudita

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês admitiu ontem estar preocupado com o impacto nos mercados do petróleo do ataque com veículos aéreos não tripulados (drones) a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, ocorrido no fim de semana.
“A China está obviamente muito preocupada com o impacto do ataque na estabilidade e segurança do mercado internacional de fornecimento de petróleo”, afirmou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.
Os preços do petróleo caíram na terça-feira, depois de subirem no dia anterior, após o ataque.
A China é um dos maiores clientes do petróleo do Médio Oriente.
Hua afirmou ainda que o país condena os ataques a uma refinaria e a um campo de exploração petrolífera em Aramco, que forçou a Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir a produção para metade.
O porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês Fu Linghui considerou ontem que é muito cedo para avaliar o impacto nos mercados de energia, e observou que os preços do petróleo estavam em queda antes do ataque.
Os rebeldes iemenitas Huthis, apoiados pelo Irão e que enfrentam uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, há cinco anos, assumiram a responsabilidade pelos ataques.
O incidente foi condenado pela Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Teerão de “lançar um ataque sem precedentes ao fornecimento global de energia”.

18 Set 2019

Comércio | Confirmada ida aos EUA para preparar encontro de alto nível

O vice-ministro das Finanças Liao Min vai chefiar a delegação que se deslocará a Washington para preparar o terreno da décima terceira ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China com vista a acabar com a guerra comercial que opõe os dois países

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês confirmou ontem que uma delegação sua vai viajar para os Estados Unidos, visando preparar a reunião de alto nível que tentará, em Outubro, concluir um acordo que ponha fim à guerra comercial.

A agência noticiosa oficial Xinhua informou que o vice-ministro das Finanças Liao Min liderará a delegação, que chega na quarta-feira aos Estados Unidos.

“A visita abrirá caminho para a décima terceira ronda de consultas económicas e comerciais de alto nível China – Estados Unidos, em Outubro, em Washington”, lê-se no despacho da agência.
Pequim e Washington, que travam há mais de um ano uma guerra comercial, têm vindo a dar sinais de apaziguamento.

Na semana passada, a China anunciou que excluirá alguns produtos norte-americanas de taxas alfandegárias adicionais, nomeadamente químicos industriais e fármacos, e que retomará a compra de soja e carne de porco aos EUA.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu também adiar o aumento de taxas alfandegarias, de 25 por cento para 30 por cento, sobre um total de 250 mil milhões de bens importados da China.

Washington e Pequim aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um.

Ameaça global

No cerne da guerra comercial está a política de Pequim para o sector tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes actores globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.

Os Estados Unidos consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

As disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo ameaçam também a economia mundial: o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu este mês as suas projecções de expansão global para 3,2 por cento, em 2019, um décimo a menos do que as previsões feitas em Abril.

18 Set 2019

Comércio | Confirmada ida aos EUA para preparar encontro de alto nível

O vice-ministro das Finanças Liao Min vai chefiar a delegação que se deslocará a Washington para preparar o terreno da décima terceira ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China com vista a acabar com a guerra comercial que opõe os dois países

 
[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês confirmou ontem que uma delegação sua vai viajar para os Estados Unidos, visando preparar a reunião de alto nível que tentará, em Outubro, concluir um acordo que ponha fim à guerra comercial.
A agência noticiosa oficial Xinhua informou que o vice-ministro das Finanças Liao Min liderará a delegação, que chega na quarta-feira aos Estados Unidos.
“A visita abrirá caminho para a décima terceira ronda de consultas económicas e comerciais de alto nível China – Estados Unidos, em Outubro, em Washington”, lê-se no despacho da agência.
Pequim e Washington, que travam há mais de um ano uma guerra comercial, têm vindo a dar sinais de apaziguamento.
Na semana passada, a China anunciou que excluirá alguns produtos norte-americanas de taxas alfandegárias adicionais, nomeadamente químicos industriais e fármacos, e que retomará a compra de soja e carne de porco aos EUA.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu também adiar o aumento de taxas alfandegarias, de 25 por cento para 30 por cento, sobre um total de 250 mil milhões de bens importados da China.
Washington e Pequim aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um.

Ameaça global

No cerne da guerra comercial está a política de Pequim para o sector tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes actores globais em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos.
Os Estados Unidos consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
As disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo ameaçam também a economia mundial: o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu este mês as suas projecções de expansão global para 3,2 por cento, em 2019, um décimo a menos do que as previsões feitas em Abril.

18 Set 2019

Coreia do Sul detecta primeiro surto de peste suína africana no país

[dropcap]O[/dropcap] Governo da Coreia do Sul informou ontem ter detectado o primeiro surto de peste suína africana no país, numa exploração agropecuária perto da fronteira com a Coreia do Norte, onde cinco porcos morreram na sequência do vírus.

O ministro da Agricultura sul-coreano, Kim Hyeon-soo, explicou ter sido já activado um protocolo que inclui o abate de cerca de quatro mil porcos em três explorações agropecuárias, incluindo a que abrigava os animais afectados, perto da cidade de Paju (fronteira norte).

Durante 48 horas, está interdita a deslocação de suínos para qualquer exploração do país e os matadouros devem interromper todas as operações durante o mesmo período, de acordo com a ordem emitida pelo Governo de Seul.

Em conferência de imprensa, Kim Hyeon-soo prometeu “o máximo esforço” das autoridades para evitarem a propagação do vírus e adiantou que estão a ser investigadas as possíveis vias de contágio, que se acredita serem originárias da Coreia do Norte.

O surto sul-coreano ocorre quatro meses após a Coreia do Norte ter notificado a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) sobre um primeiro caso detetado perto da fronteira com a China.

A peste suína africana não é transmissível aos seres humanos, mas é fatal para porcos e javalis. A actual onda de surtos começou na Geórgia, em 2007, e espalhou-se pela Europa do leste e Rússia, antes de chegar à China, em Agosto passado.

Inicialmente, Pequim indicou que a situação estava sob controlo, mas os surtos acabaram por se alastrar a todas as províncias do país.

Portugal agradece

As autoridades chinesas autorizaram, desde o final do ano passado, os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país.

As estimativas iniciais apontavam que as exportações portuguesas para China se fixassem em 15.000 porcos por semana, movimentando, no total, 100 milhões de euros.
Visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”, a abertura do mercado chinês deverá ter efeitos inflaccionários em Portugal.

18 Set 2019

Seac Pai Van | Biblioteca inaugura na próxima semana

[dropcap]É[/dropcap] já na próxima semana, dia 24, que o Instituto Cultural (IC) inaugura a nova biblioteca público do complexo de habitação pública de Seac Pai Van, em Coloane. De acordo com um comunicado, a biblioteca de Seac Pai Van ocupa uma área de 2.074 metros quadrados e oferece mais de 300 lugares para leitura, tendo uma capacidade para armazenar até 75,000 volumes.

O IC considera que este espaço “fornece uma experiência de leitura e espaço para leitura de qualidade e conveniente, sendo um importante local público para actividades familiares, bem como uma instalação social e cultural que integra funções de aprendizagem, lazer e relações sociais”. A Biblioteca de Seac Pai Van encontra-se aberta à segunda-feira das 14:00 às 00:00 horas, e de terça-feira a domingo das 8:00 às 00:00 horas.

18 Set 2019

Seac Pai Van | Biblioteca inaugura na próxima semana

[dropcap]É[/dropcap] já na próxima semana, dia 24, que o Instituto Cultural (IC) inaugura a nova biblioteca público do complexo de habitação pública de Seac Pai Van, em Coloane. De acordo com um comunicado, a biblioteca de Seac Pai Van ocupa uma área de 2.074 metros quadrados e oferece mais de 300 lugares para leitura, tendo uma capacidade para armazenar até 75,000 volumes.
O IC considera que este espaço “fornece uma experiência de leitura e espaço para leitura de qualidade e conveniente, sendo um importante local público para actividades familiares, bem como uma instalação social e cultural que integra funções de aprendizagem, lazer e relações sociais”. A Biblioteca de Seac Pai Van encontra-se aberta à segunda-feira das 14:00 às 00:00 horas, e de terça-feira a domingo das 8:00 às 00:00 horas.

18 Set 2019

Fundação Casa de Macau | Livro de António Mil-Homens apresentado em Lisboa 

[dropcap]D[/dropcap]epois de uma apresentação em Macau, o mais recente livro do fotógrafo António Mil-Homens, intitulado Universália, foi ontem apresentado em Lisboa, graças a uma iniciativa da Fundação Casa de Macau em Portugal.

António Mil-Homens, conhecido fotógrafo de Macau, decidiu embrenhar-se no mundo da poesia depois de ter lançado, em 2010, o livro “Vida ou Morte duma Esperança Anunciada”. “Sem ter em atenção a cronologia da escrita, porque tenho projectos mais antigos, resolvi pegar neste ‘Universália’ que, como todos os outros, tem por base sentimentos, emoções, estímulos exteriores”, que surgiram “na quase totalidade dos casos, como eu costumo frisar, de jorro e na forma acabada”, disse ao HM.

Na área da fotografia, António Duarte Mil-Homens já conta com 22 exposições individuais de Fotografia e a participação em 27 colectivas de Fotografia e Arte.

18 Set 2019