Televisão | Emmys distinguem “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática

“A Guerra dos Tronos” ganhou o prémio de Melhor Série Dramática, mas acabou por perder outras estatuetas para as quais estava nomeada este ano. Os prémios de televisão distinguiram ainda as séries “Chernobyl” e “Fleabag”. Billy Porter fez história ao tornar-se no primeiro actor gay afro-americano a ganhar a estatueta de melhor actor

 
[dropcap]A[/dropcap] 71.ª cerimónia dos prémios Emmy coroou na madrugada passada “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática do ano, fechando em 59 a soma das estatuetas entregues pela Academia de Televisão durante as oito temporadas da saga.
“Fleabag” recebeu o Emmy de Melhor Série de Comédia e “Chernobyl” conquistou o prémio de Melhor Minissérie, sendo que ambas levaram várias outras estatuetas nas respectivas categorias, emergindo como grandes vencedoras da noite. Durante as três horas da cerimónia, que este ano não teve apresentador, ficou claro que “A Guerra dos Tronos” não teria a noite de apoteose que se poderia prever por ser a última temporada.
Quando o actor Michael Douglas anunciou a distinção de Melhor Série Dramática, a quarta vez que este Emmy foi entregue aos criadores do título da HBO, foi desfeita a dúvida que pairou no ar do Microsoft Theater, em Los Angeles, durante toda a noite: apesar de ter batido o recorde de mais prémios para uma série, “A Guerra dos Tronos” perdeu quase todas as estatuetas para que estava nomeada em 2019.
A série recebeu apenas dois prémios Emmy, com Peter Dinklage (“Tyrion Lannister”) a ser o único actor a vencer na categoria de representação para que estava nomeado, Melhor Actor Secundário numa Série Dramática.
Entre Emmys de representação, realização e argumento, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss perdeu para “Killing Eve”, “Pose”, “Ozark” e “Succession”, respectivamente, depois de uma temporada final que suscitou reacções mistas por parte da crítica e dos espectadores.
Ainda assim, “A Guerra dos Tronos” bateu a competição na categoria mais cobiçada, onde concorria com “Better Call Saul”, “Bodyguard”, “Killing Eve”, “Ozark”, “Pose”, “Succession” e “This Is Us”.
A somar aos 10 prémios entregues na semana passada durante os Creative Arts Emmy, a oitava e última temporada da série recebeu um total de 12 estatuetas, tendo sido a mais premiada da 71.ª edição dos prémios.
No discurso de vitória, David Benioff agradeceu a George R.R. Martin por ter criado este universo e ter apostado em dois produtores que nunca tinham feito isto antes.
“É incrível que vocês ainda estejam todos vivos”, disse D.B. Weiss, depois de elogiar o esforço da equipa de produção e dos actores, que filmaram a última temporada em condições muito difíceis, com 70 dias consecutivos em temperaturas extremamente baixas em Belfast, Irlanda.
“Os últimos dez anos foram os melhores da nossa vida, e para todos os que trabalharam nisto, não consigo acreditar que terminámos, não consigo acreditar que o fizemos”, disse Benioff.

Outras recompensas

Na maior noite da televisão em Hollywood, a série “Fleabag”, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge, foi uma das grandes surpresas pela consistência das distinções: quatro Emmy nas categorias de comédia.
O título da Amazon Prime Video levou para casa a estatueta de Melhor Série de Comédia, ultrapassando “Barry”, “The Good Place”, “The Marvelous Mrs. Maisel”, “Russian Doll”, “Schitt’s Creek” e “Veep”.
Phoebe Waller-Bridge também venceu o Emmy para Melhor Actriz numa Série de Comédia e Melhor Escrita para uma Série de Comédia, com Harry Bradbeer a levar a estatueta de Melhor Realização numa Série de Comédia por “Fleabag”.
Nas categorias de Minissérie ou Filme para Televisão, foi “Chernobyl”, da HBO, que levou os prémios mais cobiçados, vencendo Melhor Escrita para Minissérie ou Filme e Melhor Realização em Minissérie ou Filme, além de Melhor Minissérie. A seguir a “A Guerra dos Tronos”, foi segunda série mais premiada nas duas noites de entregas de Emmy, com um total de 10 estatuetas,
Seguiu-se “The Marvelous Mrs. Maisel”, com oito, “Free Solo”, com sete, e “Fleabag”, com seis. Os Emmy, devido ao número elevado de categorias, são habitualmente entregues em duas cerimónias, com a segunda a ser transmitida ao vivo a partir de Los Angeles.
“Last Week Tonight With John Oliver” levou o Emmy de Melhor Série de Variedades – ‘talk show’ e “Saturday Night Live” recebeu o prémio de Melhor Série de Variedades – ‘sketch’. “Bandersnatch (Black Mirror) foi o Melhor Filme para Televisão.

História feita

A cerimónia dos Emmys ficou ainda marcada pela entrega do prémio de Melhor Actor em Série Dramática a Billy Porter, que se tornou no primeiro gay afro-americano a receber o Emmy.
Na mesma categoria feminina, não houve a vitória histórica que se esperava: se Sandra Oh tivesse vencido, seria a primeira actriz de ascendência asiática a levar para casa a estatueta de Melhor Actriz em série dramática. No entanto, foi Porter quem fez história, ao ser distinguido pelo papel de Pray Tell que interpreta na série do canal FX “Pose”, cuja acção mostra a subcultura da comunidade LGBTQ na Nova Iorque do final dos anos oitenta.
“Tantas pessoas me ajudaram a chegar aqui ao longo do caminho”, notou Billy Porter no discurso de vitória, depois de afirmar que “todos têm o direito” de andar no mundo e sentir que pertencem.
“Nós, como artistas, somos aqueles que mudam a estrutura molecular dos corações e mentes das pessoas que caminham nesta Terra”, afirmou, terminando com um pedido que foi reiterado por outras personalidades ao longo da cerimónia: “por favor, não parem de dizer a verdade”.
Para levar a estatueta para casa, Porter teve de bater concorrentes de peso, incluindo Kit Harington, da favorita “A Guerra dos Tronos”, Jason Bateman, de “Ozark”, Sterling K. Brown, de “This Is Us”, Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”, e Milo Ventimiglia, de “This is Us”.
Na categoria de Melhor Actriz em série dramática, Sandra Oh perdeu para a sua co-protagonista em “Killing Eve”, Jodie Corner, que interpreta Villanelle na série da BBC America.

24 Set 2019

Governo limita transmissão de dados dos casinos a terceiras partes

[dropcap]E[/dropcap]ntrou ontem em vigor uma nova instrução da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) que limita a transmissão de dados relativos ao jogo por parte de concessionárias, subconcessionárias e junkets a terceiras entidades, quer estas estejam sediadas em Macau ou não. A notícia foi avançada pelo portal informativo Macau News Agency (MNA) no sábado.

A MNA teve acesso ao documento, assinado pelo director da DICJ, Paulo Martins Chan, que dá conta que as limitações não passam apenas pelos dados relativos às operações de jogo, mas também pelos dados pessoais. Estão, assim, incluídos “todos os dados relacionados com indivíduos ou objecto de actividades de jogo, ou relacionados com operações dos casinos e actividades de jogo, incluindo, mas não limitados aos dados pessoais, lugares de origem ou nacionalidade, a profissão dos clientes de jogo ou outras informações ligadas aos seus representantes ou acompanhantes”.

Também não podem ser divulgadas informações relacionadas com a hora de entrada e de saída do casino ou da mesa de jogo, o montante das apostas, o crédito concedido ou o pagamento de prémios, entre outros dados. Esta limitação “inclui e não está limitada à empresa mas também à entidade que a representa, à sucursal ou delegação e outras entidades associadas do mesmo grupo económico”.

DICJ decide

Apesar das limitações, é possível pedir o acesso aos dados, mas apenas “com o consentimento ou poder de um advogado das partes interessadas obtido ou de acordo com o que está previsto na lei da protecção dos dados pessoais”. Contudo, é obrigatório que a DICJ tenha a última palavra no processo. É também necessário que as operadoras de jogo ou demais entidades que pretendam transmitir os seus dados que o façam mediante apresentação de informações prévias à DICJ. Deve ser explicado qual o tipo de informação que se pretende transmitir, a entidade que a vai receber e se está ou não sediada na RAEM, além de ser necessário também explicar os objectivos dessa transmissão.

Especialistas ouvidos pela MNA declararam que esta nova instrução da DICJ constitui uma surpresa. Um analista disse mesmo que “em última medida, é estranho…vai ter um enorme impacto, prevenindo que a informação seja reportada, por exemplo, para reguladores de outras jurisdições ou para hotéis detidos pelas concessionárias e subconcessionárias”.

Um jurista, que optou pelo anonimato, defendeu que esta decisão governamental “é incomum e claramente desproporcional e inapropriada”. “Porque estas restrições? Qual é o fim? O que aconteceu antes que justifique estas medidas draconianas?”, questionou. Para este especialista, as limitações impostas pela DICJ violam disposições do Código Comercial, entre outras.

24 Set 2019

Ambiente | Ng Kuok Cheong quer medições em auto-silos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong questionou a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) sobre a possibilidade de se começar a medir a qualidade no ar nos auto-silos públicos e privados.

O membro da Assembleia Legislativa criticou os equipamentos de ventilação instalados nos parques actuais porque, segundo Ng, acabam por não ter nenhuma função. Por este motivo, os parques acabam sempre por ter um ambiente quente e abafado, que Ng Kuok Cheong disse ser sufocante, principalmente no Verão.

Numa interpelação escrita, o deputado deixou igualmente críticas ao Governo, uma vez que esta questão envolve vários departamentos com “tarefas limitadas”, o que tem dificultado a resolução do problema por falta de coordenação interdepartamental. Esta é uma queixa antiga que, segundo Ng, não tem solução à vista. Face a este cenário, o membro da Assembleia Legislativa perguntou à DSAT se tem condições para fornecer às entidades responsáveis pela gestão dos parques subterrâneos instruções sobre a melhor forma de se aproveitar adequadamente as instalações existentes e melhorar “verdadeiramente a qualidade do ar” nos auto-silos.

Ng pediu ainda à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) para criar indicadores de referência sobre a qualidade do ar nos auto-silos públicos e privados.

24 Set 2019

Ambiente | Ng Kuok Cheong quer medições em auto-silos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong questionou a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) sobre a possibilidade de se começar a medir a qualidade no ar nos auto-silos públicos e privados.
O membro da Assembleia Legislativa criticou os equipamentos de ventilação instalados nos parques actuais porque, segundo Ng, acabam por não ter nenhuma função. Por este motivo, os parques acabam sempre por ter um ambiente quente e abafado, que Ng Kuok Cheong disse ser sufocante, principalmente no Verão.
Numa interpelação escrita, o deputado deixou igualmente críticas ao Governo, uma vez que esta questão envolve vários departamentos com “tarefas limitadas”, o que tem dificultado a resolução do problema por falta de coordenação interdepartamental. Esta é uma queixa antiga que, segundo Ng, não tem solução à vista. Face a este cenário, o membro da Assembleia Legislativa perguntou à DSAT se tem condições para fornecer às entidades responsáveis pela gestão dos parques subterrâneos instruções sobre a melhor forma de se aproveitar adequadamente as instalações existentes e melhorar “verdadeiramente a qualidade do ar” nos auto-silos.
Ng pediu ainda à Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) para criar indicadores de referência sobre a qualidade do ar nos auto-silos públicos e privados.

24 Set 2019

Governo afasta contratação de profissionais de saúde por clínicas privadas 

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) emitiram ontem um comunicado em resposta ao deputado Chan Iek Lap onde garantem que a contratação de pessoal médico estrangeiro não abrange as clínicas privadas. Isto porque Chan Iek Lap, na qualidade de presidente da Federação de Médicos e Saúde de Macau, “manifestou publicamente a necessidade que a sociedade proceda a uma discussão relativamente à autorização de contratação de pessoal médico e de enfermagem proveniente do exterior de Macau, bem como o nível que essa abertura ser autorizada”.

O comunicado esclarece, assim, que “de acordo com a lei vigente não é concedido direito aos cidadãos não residentes de Macau a solicitação de licença profissional na área de saúde junto dos Serviços de Macau”. Desta forma, os SSM asseguram que “nunca autorizaram qualquer pedido de licença profissional formulado por clínicas privadas nem por centros de tratamento relativo ao recrutamento de pessoal médico no exterior”.

Neste sentido, a licença profissional destinada a estes profissionais “será emitida a título provisório e destinada aqueles que possuam qualificações especiais que não existem, ou exista carência na RAEM para fins de prestação de formação médica especializada, de prestação de assistência médica urgente, de condução de estudo na realização de técnicas altamente especializadas ou de introdução de novas técnicas médicas”.

Os SSM adiantaram ainda que “este pedido só pode ser formulado por entidades específicas”, estando sujeito a um “mecanismo de avaliação rigoroso”. Nestes casos, “o pessoal médico contratado ao exterior destina-se apenas à prestação de serviço médico especializado ou ao intercâmbio de técnicas clínicas”.

Abertura a enfermeiros

No caso dos enfermeiros, os SSM explicam ainda que foi dada uma abertura para a contratação ao exterior por parte de associações de cariz social, “tendo em consideração a escassa oferta e grande procura”. Nestes casos, foi criado um programa que permite a contratação ao exterior, que é feita “por curtos períodos de tempo e de modo a preencher a insuficiência de recursos humanos de enfermeiros nas instituições de serviço social”.

Quanto aos terapeutas ocupacionais, foi também dada abertura para contratações temporárias por parte das associações. Também a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude “aderiu ao programa de importação de terapeutas para instituições do serviço social de modo a prestar serviço de terapias precoce a crianças colocadas em instituições de ensino especial”.

De acordo com o Jornal do Cidadão, Chan Iek Lap lembrou ainda que, nos últimos anos, o Governo tem aumentado os recursos investidos na saúde. Em 19 anos, o montante investido passou de 1,1 mil milhões para 7,19 mil milhões de patacas, com 70 por cento aplicado no sector público.

24 Set 2019

Hong Kong | Manifestantes vandalizam estação de metro de Shatin

Mais um fim-de-semana de violência na antiga colónia britânica. Sábado foi palco de confrontos entre a polícia que usou gás lacrimogéneo e balas de borracha contra os manifestantes que atiraram cocktails molotov contra os agentes e atearam fogos nas ruas. Ontem, os manifestantes vandalizaram a estação de metro de Sha Tin, usando martelos e sprays de tinta

 

[dropcap]M[/dropcap]anifestantes vandalizaram ontem uma estação de metro em Hong Kong, destruindo câmaras de vigilância e sensores electrónicos de bilhetes, com as manifestações pró-democracia a assumirem novamente contornos violentos.

De acordo com a Associated Press, os manifestantes usaram martelos para derrubar os sensores dos portões e ‘sprays’ de tinta e partiram os ecrãs das máquinas de bilhetes, usando guarda-chuvas para salvaguardarem as suas identidades.

A polícia de choque chegou depois do ataque e esteve de vigia à estação que entretanto foi encerrada, com uma grade de metal a bloquear a entrada.

O ataque ao final da tarde na estação de Shatin, em Hong Kong, ocorreu depois de manifestantes que se encontravam no shopping Shatin New Town Plaza, com ligação à estação de metro, terem gritado slogans e cantado uma música que se tornou o seu hino, apoiados por um pequeno grupo que tocava instrumentos de sopro através das máscaras.

As manifestações de Hong Kong pró-democracia, agora no quarto mês, têm, frequentemente, derivado em violência ao final do dia e durante a noite.

Um grupo de manifestantes radical considera que são necessárias acções extremas para chamar a atenção do governo.

Na noite de sábado, a polícia usou gás lacrimogéneo e balas de borracha contra manifestantes que atiraram cocktails molotov contra os agentes e atearam fogos nas ruas.

Os manifestantes dizem que os governos de Pequim e Hong Kong estão a penalizar o “elevado nível de autonomia” e as liberdades civis ao estilo ocidental prometidas à ex-colónia britânica, quando foi devolvida à China em 1997.

Trânsito condicionado

A polícia de trânsito encerrou duas estações intermédias do comboio que liga o centro da cidade ao aeroporto internacional, para evitar possíveis interrupções no transporte, mas não se tinha ainda registado qualquer incidente.

A Autoridades do Aeroporto Internacional de Hong Kong disse que o comboio iria operar entre o aeroporto e a estação terminal no centro da cidade, sem fazer as habituais paragens intermédias.

Algumas rotas de autocarros também foram suspensas e os passageiros foram aconselhados a reservar mais tempo para chegarem ao aeroporto.

23 Set 2019

Hong Kong | Manifestantes vandalizam estação de metro de Shatin

Mais um fim-de-semana de violência na antiga colónia britânica. Sábado foi palco de confrontos entre a polícia que usou gás lacrimogéneo e balas de borracha contra os manifestantes que atiraram cocktails molotov contra os agentes e atearam fogos nas ruas. Ontem, os manifestantes vandalizaram a estação de metro de Sha Tin, usando martelos e sprays de tinta

 
[dropcap]M[/dropcap]anifestantes vandalizaram ontem uma estação de metro em Hong Kong, destruindo câmaras de vigilância e sensores electrónicos de bilhetes, com as manifestações pró-democracia a assumirem novamente contornos violentos.
De acordo com a Associated Press, os manifestantes usaram martelos para derrubar os sensores dos portões e ‘sprays’ de tinta e partiram os ecrãs das máquinas de bilhetes, usando guarda-chuvas para salvaguardarem as suas identidades.
A polícia de choque chegou depois do ataque e esteve de vigia à estação que entretanto foi encerrada, com uma grade de metal a bloquear a entrada.
O ataque ao final da tarde na estação de Shatin, em Hong Kong, ocorreu depois de manifestantes que se encontravam no shopping Shatin New Town Plaza, com ligação à estação de metro, terem gritado slogans e cantado uma música que se tornou o seu hino, apoiados por um pequeno grupo que tocava instrumentos de sopro através das máscaras.
As manifestações de Hong Kong pró-democracia, agora no quarto mês, têm, frequentemente, derivado em violência ao final do dia e durante a noite.
Um grupo de manifestantes radical considera que são necessárias acções extremas para chamar a atenção do governo.
Na noite de sábado, a polícia usou gás lacrimogéneo e balas de borracha contra manifestantes que atiraram cocktails molotov contra os agentes e atearam fogos nas ruas.
Os manifestantes dizem que os governos de Pequim e Hong Kong estão a penalizar o “elevado nível de autonomia” e as liberdades civis ao estilo ocidental prometidas à ex-colónia britânica, quando foi devolvida à China em 1997.

Trânsito condicionado

A polícia de trânsito encerrou duas estações intermédias do comboio que liga o centro da cidade ao aeroporto internacional, para evitar possíveis interrupções no transporte, mas não se tinha ainda registado qualquer incidente.
A Autoridades do Aeroporto Internacional de Hong Kong disse que o comboio iria operar entre o aeroporto e a estação terminal no centro da cidade, sem fazer as habituais paragens intermédias.
Algumas rotas de autocarros também foram suspensas e os passageiros foram aconselhados a reservar mais tempo para chegarem ao aeroporto.

23 Set 2019

Clube Militar | Exposição de Pintura Lusófona inaugura quinta-feira 

[dropcap]A[/dropcap] Associação de Promoção de Actividades Culturais volta a organizar uma nova edição da Exposição de Pintura Lusófona, que será inaugurada esta quinta-feira no Clube Militar. A mostra, que revela um total de 27 trabalhos, ficará patente até ao dia 26 de Outubro.

Participam ao todo nove artistas plásticos contemporâneos – um de cada um dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor), e um de Macau, sendo que cada artista apresenta três trabalhos. As obras expostas “expressam uma ampla gama de abordagens e temas, sublinhando a diversidade”.

Macau estará representada nesta mostra pelo arquitecto Carlos Marreiros, também artista e criativo que já foi distinguido com vários prémios locais e internacionais. A título individual, Carlos Marreiros realizou um total de 24 exposições individuais e participou em mais de 60 mostras colectivas em todo o mundo. Fez também ilustrações para mais de 60 livros.

De Angola participa Armanda Alves, enquanto que Marcelo Jorge representa o Brasil. De Cabo Verde chega Omar Camilo, artista que, em 2016, esteve em Macau com a exposição “Alma”. Da Guiné-Bissau chega Lemos Djata e, de Moçambique, Samuel Djive. Damião Porto é o artista oriundo de Portugal, enquanto que o músico e artista plástico Guilherme de Carvalho participa na exposição em representação de São Tomé e Príncipe. Inu Bere, nome artístico de Sinorino Bere de Jesus, representa Timor-Leste nesta mostra.

23 Set 2019

Clube Militar | Exposição de Pintura Lusófona inaugura quinta-feira 

[dropcap]A[/dropcap] Associação de Promoção de Actividades Culturais volta a organizar uma nova edição da Exposição de Pintura Lusófona, que será inaugurada esta quinta-feira no Clube Militar. A mostra, que revela um total de 27 trabalhos, ficará patente até ao dia 26 de Outubro.
Participam ao todo nove artistas plásticos contemporâneos – um de cada um dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor), e um de Macau, sendo que cada artista apresenta três trabalhos. As obras expostas “expressam uma ampla gama de abordagens e temas, sublinhando a diversidade”.
Macau estará representada nesta mostra pelo arquitecto Carlos Marreiros, também artista e criativo que já foi distinguido com vários prémios locais e internacionais. A título individual, Carlos Marreiros realizou um total de 24 exposições individuais e participou em mais de 60 mostras colectivas em todo o mundo. Fez também ilustrações para mais de 60 livros.
De Angola participa Armanda Alves, enquanto que Marcelo Jorge representa o Brasil. De Cabo Verde chega Omar Camilo, artista que, em 2016, esteve em Macau com a exposição “Alma”. Da Guiné-Bissau chega Lemos Djata e, de Moçambique, Samuel Djive. Damião Porto é o artista oriundo de Portugal, enquanto que o músico e artista plástico Guilherme de Carvalho participa na exposição em representação de São Tomé e Príncipe. Inu Bere, nome artístico de Sinorino Bere de Jesus, representa Timor-Leste nesta mostra.

23 Set 2019

Eleições/Portugal | Correios enviaram boletins de voto para eleitores 

[dropcap]D[/dropcap]erbie Lau, directora dos Correios, Telégrafos e Telefones, disse ao canal chinês da Rádio Macau que têm sido enviados, desde o dia 11 deste mês, cerca de 56 mil boletins de voto para os eleitores de Macau elegíveis para participar nas eleições legislativas para a Assembleia da República em Portugal, e que acontecem a 6 de Outubro.

A responsável adiantou ainda que, por se tratarem de boletins de voto e não de correio normal, no caso de existirem endereços inválidos que impeçam as cartas de chegar ao seu destino, estas não serão devolvidas de imediato, mas ficarão armazenadas nos armazéns dos CTT na zona de residência, para que os eleitores possam levantar os boletins de voto a tempo de efectuarem o seu voto.

23 Set 2019

Eleições/Portugal | Correios enviaram boletins de voto para eleitores 

[dropcap]D[/dropcap]erbie Lau, directora dos Correios, Telégrafos e Telefones, disse ao canal chinês da Rádio Macau que têm sido enviados, desde o dia 11 deste mês, cerca de 56 mil boletins de voto para os eleitores de Macau elegíveis para participar nas eleições legislativas para a Assembleia da República em Portugal, e que acontecem a 6 de Outubro.
A responsável adiantou ainda que, por se tratarem de boletins de voto e não de correio normal, no caso de existirem endereços inválidos que impeçam as cartas de chegar ao seu destino, estas não serão devolvidas de imediato, mas ficarão armazenadas nos armazéns dos CTT na zona de residência, para que os eleitores possam levantar os boletins de voto a tempo de efectuarem o seu voto.

23 Set 2019

Alexis Tam fala de recrutamento público e acesso de TNR a privados 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, disse, citado por um comunicado, que está a ser levado a cabo um recrutamento gradual de profissionais de saúde tendo em conta a abertura do novo Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas. “O Governo está a recrutar gradualmente médicos e enfermeiros, de modo a garantir que existam recursos humanos suficientes e de alta qualidade em serviço quando o novo hospital estiver concluído.”

Nesse sentido, os Serviços de Saúde de Macau realizaram um concurso público para recrutar 160 enfermeiros “com o objectivo de equipar o sistema público de saúde, prestar melhores serviços médicos à população e reservar profissionais para o novo hospital”.

Apesar de admitir que em Macau existe escassez de enfermeiros, a verdade é que Alexis Tam explicou que esse é um problema que se verifica a nível global. No que diz respeito aos salários pagos no território, o secretário disse que “o salário dos enfermeiros públicos de Macau é superior ao das regiões vizinhas avançadas, pelo que acredita que isso ajuda os jovens em ingressarem na profissão”.

Ainda assim, Alexis Tam garantiu que o “Governo da RAEM vai criar, em múltiplos aspectos e de forma activa, mais incentivos para atrair estudantes e jovens para esta profissão, prestando serviços médicos mais adequados e de maior qualidade à população de Macau”. Outro dos pontos defendidos pelo governante, para justificar a falta de enfermeiros, é o facto de, nos “últimos anos ter diminuído a fonte de alunos graduados do ensino secundário, sendo necessário criar mais incentivos para atrair pessoas habilitadas a ingressarem no sector da enfermagem”.

Sim aos não residentes

Como medida para resolver a escassez de recursos humanos na saúde, Alexis Tam adiantou que se verifica “a perda da mão-de-obra a curto prazo nas instituições médicas privadas e sem fins lucrativos, face ao aumento do recrutamento na saúde pública”. Nesse sentido, será feita uma aposta no recrutamento de trabalhadores não residentes.

“O Governo da RAEM vai encarar de maneira realista as demandas sociais e permitirá que os hospitais privados e instituições de serviço social recrutem pessoal médico e de enfermagem no interior da China e em outros países para colmatar essa escassez”, adiantou o mesmo comunicado.

Alexis Tam prometeu também que o novo edifício do Instituto de Enfermagem Kiang Wu nas ilhas será concluído este ano, “o que promoverá a formação de futuros profissionais de enfermagem de Macau”.

23 Set 2019

FSS | Au Kam San quer aumentar dotações para pensões de idosos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Au Kam San defende, numa interpelação escrita enviada ao Governo, que deve ser feito um ajustamento na percentagem de dotações da Fundação Macau (FM) destinadas ao Fundo de Segurança Social (FSS).

Não sendo a primeira vez que o deputado faz este pedido, Au Kam San vem agora defender que um por cento dessas dotações, que têm origem no sector do jogo, deveria ser enviado directamente para o pagamento de pensões, sendo uma medida mais eficaz do que os três por cento de dotações que são atribuídos aos saldos financeiros do FSS, esclarece.

O deputado, ligado ao campo pró-democrata, lembrou que o Governo anunciou a possibilidade dos subsídios e pensões de idosos poderem atingir o risco social, com uma despesa anual na ordem de dois mil milhões de patacas. Tal aumento, a acontecer, poderia sobrecarregar o FSS em termos financeiros, apontou.

Au Kam San defende que, apesar da dotação de três por cento ao ano, o FSS continua a não conseguir ajudar os mais necessitados. Isto porque a FM recebe, todos os anos, 1,6 por cento das receitas brutas das seis operadoras de jogo, o que equivale a 4,84 mil milhões de patacas, de acordo com dados relativos a 2018. Contudo, na sua interpelação escrita, Au Kam San diz que estes recursos têm sido desperdiçados com subsídios atribuídos pela FM a associações. O deputado pede ainda mais esclarecimentos sobre a forma como é feita a dotação de montantes à FM.

23 Set 2019

FSS | Au Kam San quer aumentar dotações para pensões de idosos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Au Kam San defende, numa interpelação escrita enviada ao Governo, que deve ser feito um ajustamento na percentagem de dotações da Fundação Macau (FM) destinadas ao Fundo de Segurança Social (FSS).
Não sendo a primeira vez que o deputado faz este pedido, Au Kam San vem agora defender que um por cento dessas dotações, que têm origem no sector do jogo, deveria ser enviado directamente para o pagamento de pensões, sendo uma medida mais eficaz do que os três por cento de dotações que são atribuídos aos saldos financeiros do FSS, esclarece.
O deputado, ligado ao campo pró-democrata, lembrou que o Governo anunciou a possibilidade dos subsídios e pensões de idosos poderem atingir o risco social, com uma despesa anual na ordem de dois mil milhões de patacas. Tal aumento, a acontecer, poderia sobrecarregar o FSS em termos financeiros, apontou.
Au Kam San defende que, apesar da dotação de três por cento ao ano, o FSS continua a não conseguir ajudar os mais necessitados. Isto porque a FM recebe, todos os anos, 1,6 por cento das receitas brutas das seis operadoras de jogo, o que equivale a 4,84 mil milhões de patacas, de acordo com dados relativos a 2018. Contudo, na sua interpelação escrita, Au Kam San diz que estes recursos têm sido desperdiçados com subsídios atribuídos pela FM a associações. O deputado pede ainda mais esclarecimentos sobre a forma como é feita a dotação de montantes à FM.

23 Set 2019

Ciência | Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau

[dropcap]A[/dropcap] sede do Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau num futuro próximo. Quem o diz é Jonathan Choi Koon-shum, presidente do Grupo Sunwah, vice-presidente do comité de educação, ciência cultural e saúde da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, citado pelo jornal Ou Mun.

O responsável destacou a posição central de Macau na Grande Baía, zona intimamente ligada à indústria aeroespacial chinesa. Além disso, Jonathan Choi Koon-shum referiu que a MUST tem um laboratório de excelência desta área científica, onde mais de uma dezena de investigadores colaboram na equipa que trabalha no projecto de exploração lunar Chang E 4.

O responsável revelou que devem ser organizados eventos em Macau, aproveitando a posição do território no sector de convenções, exposições e turismo.

20 Set 2019

Ciência | Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau

[dropcap]A[/dropcap] sede do Earth Lunar Space Economic Forum pode vir para Macau num futuro próximo. Quem o diz é Jonathan Choi Koon-shum, presidente do Grupo Sunwah, vice-presidente do comité de educação, ciência cultural e saúde da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, citado pelo jornal Ou Mun.
O responsável destacou a posição central de Macau na Grande Baía, zona intimamente ligada à indústria aeroespacial chinesa. Além disso, Jonathan Choi Koon-shum referiu que a MUST tem um laboratório de excelência desta área científica, onde mais de uma dezena de investigadores colaboram na equipa que trabalha no projecto de exploração lunar Chang E 4.
O responsável revelou que devem ser organizados eventos em Macau, aproveitando a posição do território no sector de convenções, exposições e turismo.

20 Set 2019

Huawei lança primeiro ‘smartphone’ sem aplicações Google

[dropcap]O[/dropcap] grupo chinês de telecomunicações Huawei lançou ontem em Munique o seu novo ‘smartphone’ de gama alta, o primeiro a ser afectado pelas sanções norte-americanas e sem ter aplicações da Google.

O Mate 30 e o Mate 30 Pro não terão motor de busca da Google integrado, mas um “Huawei Browse” e um “Huawei Music video”. O grupo chinês foi sancionado pelos Estados Unidos, actualmente envolvidos num conflito comercial com a China, e colocado em maio numa ‘lista negra’ de Washington, que proibiu as empresas norte-americanas de serviços e de componentes de negociarem com a Huawei, acusada de espionagem.

“Devido à interdição norte-americana, o GMS (Google Mobile Services, uma série de aplicações desenvolvida pela Google) não pode ser pré-instalada, pelo que propomos o HMS” (Huawei Mobile Service), uma série de aplicações desenvolvidas pela Huawei, afirmou no lançamento internacional do aparelho Richard Yu, um dos dirigentes da Huawei.

20 Set 2019

Huawei lança primeiro 'smartphone' sem aplicações Google

[dropcap]O[/dropcap] grupo chinês de telecomunicações Huawei lançou ontem em Munique o seu novo ‘smartphone’ de gama alta, o primeiro a ser afectado pelas sanções norte-americanas e sem ter aplicações da Google.
O Mate 30 e o Mate 30 Pro não terão motor de busca da Google integrado, mas um “Huawei Browse” e um “Huawei Music video”. O grupo chinês foi sancionado pelos Estados Unidos, actualmente envolvidos num conflito comercial com a China, e colocado em maio numa ‘lista negra’ de Washington, que proibiu as empresas norte-americanas de serviços e de componentes de negociarem com a Huawei, acusada de espionagem.
“Devido à interdição norte-americana, o GMS (Google Mobile Services, uma série de aplicações desenvolvida pela Google) não pode ser pré-instalada, pelo que propomos o HMS” (Huawei Mobile Service), uma série de aplicações desenvolvidas pela Huawei, afirmou no lançamento internacional do aparelho Richard Yu, um dos dirigentes da Huawei.

20 Set 2019

Síria | Veto sino-russo a resolução da ONU para impor cessar fogo em Idlib

[dropcap]A[/dropcap] Rússia e a China vetaram ontem uma resolução das Nações Unidas, proposta pela Alemanha, Bélgica e Kuwait, que impunha um cessar-fogo na província de Idlib, na Síria. Trata-se do 13.º veto russo a uma resolução sobre a Síria desde o início do conflito, em 2011.

A resolução foi aprovada por 12 dos 15 Estados membros do Conselho de Segurança da ONU, com a Guiné Equatorial, membro não permanente, a abster-se. O texto foi objecto de negociações ao longo de cerca de duas semanas.

A Rússia defendeu, em vão, que o cessar-fogo contemple exceções para as “operações terroristas” realizadas na província de Idlib, último reduto rebelde na Síria. Para os autores da resolução, o pedido russo é “inaceitável”, uma vez que abre a porta a múltiplas interpretações e poderá conduzir a novos ataques a locais civis na Síria.

Os três co-autores tinham aceitado uma menção evocando “medidas terroristas” sob a condição de que respeitassem o direito internacional, sublinhou a parte alemã. O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, denunciou a “onda de activismo humanitário” de outros membros do Conselho de Segurança a cada avanço na retomada dos territórios pelo exército sírio.

“É sempre a mesma canção. Os terroristas transformam-se em representantes da oposição”, ironizou o diplomata russo.

Em Idlib prosseguem, entretanto, os ataques esporádicos, após quatro meses de bombardeamentos do regime sírio, algo que a ONU tem denunciado, apontando a degradação da situação humanitária na província onde residem mais de três milhões de pessoas, um milhão delas crianças.

Antes da votação, um alto funcionário das Nações Unidas indicou que a situação humanitária no último reduto rebelde na Síria é “alarmante”, estimando que cerca de 400 mil pessoas tiveram de abandonar as casas naquela região do noroeste sírio nos últimos quatro meses e que mais de 600 mil estão a viver em tendas, campos de refugiados ou ao ar livre.

Ursula Mueller, chefe adjunta do departamento humanitário da ONU, disse no Conselho de Segurança das Nações Unidas que, após meses de intensos combates e de um “frágil cessar-fogo”, as perspectivas para a província de Idlib “continuam incertas, numa altura em que se aproxima o Inverno”.

Mueller salientou que as organizações humanitárias estimam ser necessário adicionar pelo menos 68,4 milhões de dólares (milhões de euros) ao orçamento existente para garantir a segurança dos deslocados durante a época invernosa, sobretudo em abrigos e produtos não alimentares.

Aquela responsável falou perante o Conselho de Segurança da ONU antes da votação da resolução vetada pela Rússia e pela China.

20 Set 2019

Síria | Veto sino-russo a resolução da ONU para impor cessar fogo em Idlib

[dropcap]A[/dropcap] Rússia e a China vetaram ontem uma resolução das Nações Unidas, proposta pela Alemanha, Bélgica e Kuwait, que impunha um cessar-fogo na província de Idlib, na Síria. Trata-se do 13.º veto russo a uma resolução sobre a Síria desde o início do conflito, em 2011.
A resolução foi aprovada por 12 dos 15 Estados membros do Conselho de Segurança da ONU, com a Guiné Equatorial, membro não permanente, a abster-se. O texto foi objecto de negociações ao longo de cerca de duas semanas.
A Rússia defendeu, em vão, que o cessar-fogo contemple exceções para as “operações terroristas” realizadas na província de Idlib, último reduto rebelde na Síria. Para os autores da resolução, o pedido russo é “inaceitável”, uma vez que abre a porta a múltiplas interpretações e poderá conduzir a novos ataques a locais civis na Síria.
Os três co-autores tinham aceitado uma menção evocando “medidas terroristas” sob a condição de que respeitassem o direito internacional, sublinhou a parte alemã. O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, denunciou a “onda de activismo humanitário” de outros membros do Conselho de Segurança a cada avanço na retomada dos territórios pelo exército sírio.
“É sempre a mesma canção. Os terroristas transformam-se em representantes da oposição”, ironizou o diplomata russo.
Em Idlib prosseguem, entretanto, os ataques esporádicos, após quatro meses de bombardeamentos do regime sírio, algo que a ONU tem denunciado, apontando a degradação da situação humanitária na província onde residem mais de três milhões de pessoas, um milhão delas crianças.
Antes da votação, um alto funcionário das Nações Unidas indicou que a situação humanitária no último reduto rebelde na Síria é “alarmante”, estimando que cerca de 400 mil pessoas tiveram de abandonar as casas naquela região do noroeste sírio nos últimos quatro meses e que mais de 600 mil estão a viver em tendas, campos de refugiados ou ao ar livre.
Ursula Mueller, chefe adjunta do departamento humanitário da ONU, disse no Conselho de Segurança das Nações Unidas que, após meses de intensos combates e de um “frágil cessar-fogo”, as perspectivas para a província de Idlib “continuam incertas, numa altura em que se aproxima o Inverno”.
Mueller salientou que as organizações humanitárias estimam ser necessário adicionar pelo menos 68,4 milhões de dólares (milhões de euros) ao orçamento existente para garantir a segurança dos deslocados durante a época invernosa, sobretudo em abrigos e produtos não alimentares.
Aquela responsável falou perante o Conselho de Segurança da ONU antes da votação da resolução vetada pela Rússia e pela China.

20 Set 2019

Ciclo dedicado ao teatro contemporâneo chinês no Teatro Taborda, em Lisboa

[dropcap]O[/dropcap] teatro contemporâneo chinês vai estar em destaque entre os dias 26 e 28 de Setembro, no Teatro Taborda, em Lisboa, com uma programação que inclui leitura encenada, um espectáculo infanto-juvenil, uma visita performativa e uma oficina de teatro.
Iniciativa do Teatro da Garagem, o ciclo “Depois de Babel” consiste num projeto de tradução e divulgação da dramaturgia e das artes cénicas contemporâneas do mundo, que este ano é dedicado à cultura chinesa.

De acordo com os organizadores, “Depois de Babel” abre no dia 26 com a leitura encenada do texto “Rinocerontes in love” (1999), de Liao Yimei e com tradução de Constança Carvalho Homem (a partir da versão inglesa de Mark Talacko).

No dia seguinte, os alunos do Centro de Línguas e Culturas Shumin sobem ao palco do Auditório do Teatro Taborda para apresentar Viagem pela China – Mostra de Dança, Música e Ópera Chinesa.

No último dia decorre a actividade Teatro a Oriente, com inscrição obrigatória, até dia 20, em parceria com o Museu do Oriente: da parte da manhã, uma visita performativa à exposição sobre a Ópera de Pequim, em exibição no Museu do Oriente, e da parte da tarde, uma oficina de teatro com enfoque no trabalho do actor, a realizar-se no Teatro Taborda.

O Teatro da Garagem destaca que todas as actividades são de entrada livre, ainda que o programa Teatro a Oriente careça de inscrição prévia e esteja sujeita a confirmação.

O ciclo “Depois de Babel” surge da participação portuguesa na Rede Europeia de Tradução Teatral – EURODRAM (cuja coordenação é assumida pelo Teatro da Garagem desde 2015) e na parceria que o Teatro da Garagem tem vindo a desenvolver com as comunidades culturais e linguísticas que partilham o território geográfico e humano da Companhia.

Os organizadores destacam a “relação privilegiada” que o Teatro da Garagem está a estabelecer este ano com a Shangai Theatre Academy, bem como a parceria com o Centro de Línguas e Culturas Shumin e o Museu do Oriente, ambos sediados em Lisboa.

20 Set 2019

Global Media | Plataforma Azul quer unir cidades, universidades e media em torno dos oceanos

[dropcap]A[/dropcap] Plataforma Azul (PA) vai debater hoje em Vila Nova de Gaia, Portugal, a criação de redes de cidades, académicas e media para reflectir sobre a sustentabilidade dos oceanos, tentando cativar a China para a solução do problema.

O administrador da Global Media Group, detentora do jornal Plataforma Macau, que criou a PA, Paulo Rego, falou à Lusa de um projecto criado em Junho e que terá em Gaia, no âmbito do Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) 2019 o seu primeiro grande debate em solo nacional.

Durante 11 dias e até domingo, o FIGAIA vai debater o desenvolvimento sustentável e a construção da paz, num total de 80 acções envolvendo o meio ambiente e a cultura.

A marca Plataforma Azul “nasceu no âmbito da diversificação de actividades e dos modelos de negócio do Plataforma Macau”, que é um jornal bilingue, em português e chinês, com sede em Macau, e desse projecto nasceram três novas marcas, o Plataforma Sabores, o Plataforma Grande Baía e a Plataforma Azul, explicou o administrador.

“Num mundo que tem debatido a sustentabilidade e a nova economia de uma forma pouco científica e consciente e que é pouco partilhada, mas muito politizada (…), privilegiando os interesses nacionais e não o comum (…), a PA pretende debater e provocar soluções para a economia sustentável, concentrada na sustentabilidade dos oceanos”, explicou o responsável.

Salientando que “existe uma linha física [oceano] que liga todas estas geografias [países de língua portuguesa] e que significa um mar de oportunidades”, Paulo Rego vincou dever a presente geração “às próximas uma atitude responsável sobre o que está em causa”.

“Estamos a falar da sobrevivência do planeta e dos modos de vida que temos, mas queremos fazê-lo como uma lógica de oportunidades, unindo geografias, interesses globais e que descubra na economia azul oportunidades de negócio, de lucro e para a formação de redes”, acrescentou.

Usando como justificação para a presença da marca na conferência em Gaia o objectivo de criar “o conceito de redes de regiões e de cidades”, assinalou a presença de “parceiros da plataforma do Brasil, de África, de Macau e da China” a quem querem “juntar redes de cidades e também académicas para a produção de conhecimento, com o envolvimento dos media”.

“Macau é hoje um dos centros operacionais da maior região económica do mundo, a região do grande delta do rio das Pérolas, que envolve nove cidades mais Macau e Hong Kong (…) o que vai permitir trazer a China para a questão, o que será incontornável numa economia sustentável”, disse o responsável.

E acrescentou: “não podemos olhar para o futuro, a 10 ou 15 anos, da economia sustentável sem incluir aquela que é uma das duas maiores economias do mundo [China]. (…) A economia azul é uma grande oportunidade nessa região, que representa 14% do Produto Interno Bruto da China”.

20 Set 2019

Global Media | Plataforma Azul quer unir cidades, universidades e media em torno dos oceanos

[dropcap]A[/dropcap] Plataforma Azul (PA) vai debater hoje em Vila Nova de Gaia, Portugal, a criação de redes de cidades, académicas e media para reflectir sobre a sustentabilidade dos oceanos, tentando cativar a China para a solução do problema.
O administrador da Global Media Group, detentora do jornal Plataforma Macau, que criou a PA, Paulo Rego, falou à Lusa de um projecto criado em Junho e que terá em Gaia, no âmbito do Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) 2019 o seu primeiro grande debate em solo nacional.
Durante 11 dias e até domingo, o FIGAIA vai debater o desenvolvimento sustentável e a construção da paz, num total de 80 acções envolvendo o meio ambiente e a cultura.
A marca Plataforma Azul “nasceu no âmbito da diversificação de actividades e dos modelos de negócio do Plataforma Macau”, que é um jornal bilingue, em português e chinês, com sede em Macau, e desse projecto nasceram três novas marcas, o Plataforma Sabores, o Plataforma Grande Baía e a Plataforma Azul, explicou o administrador.
“Num mundo que tem debatido a sustentabilidade e a nova economia de uma forma pouco científica e consciente e que é pouco partilhada, mas muito politizada (…), privilegiando os interesses nacionais e não o comum (…), a PA pretende debater e provocar soluções para a economia sustentável, concentrada na sustentabilidade dos oceanos”, explicou o responsável.
Salientando que “existe uma linha física [oceano] que liga todas estas geografias [países de língua portuguesa] e que significa um mar de oportunidades”, Paulo Rego vincou dever a presente geração “às próximas uma atitude responsável sobre o que está em causa”.
“Estamos a falar da sobrevivência do planeta e dos modos de vida que temos, mas queremos fazê-lo como uma lógica de oportunidades, unindo geografias, interesses globais e que descubra na economia azul oportunidades de negócio, de lucro e para a formação de redes”, acrescentou.
Usando como justificação para a presença da marca na conferência em Gaia o objectivo de criar “o conceito de redes de regiões e de cidades”, assinalou a presença de “parceiros da plataforma do Brasil, de África, de Macau e da China” a quem querem “juntar redes de cidades e também académicas para a produção de conhecimento, com o envolvimento dos media”.
“Macau é hoje um dos centros operacionais da maior região económica do mundo, a região do grande delta do rio das Pérolas, que envolve nove cidades mais Macau e Hong Kong (…) o que vai permitir trazer a China para a questão, o que será incontornável numa economia sustentável”, disse o responsável.
E acrescentou: “não podemos olhar para o futuro, a 10 ou 15 anos, da economia sustentável sem incluir aquela que é uma das duas maiores economias do mundo [China]. (…) A economia azul é uma grande oportunidade nessa região, que representa 14% do Produto Interno Bruto da China”.

20 Set 2019

Habitação | Relatório aponta para insatisfação de metade dos inquiridos 

[dropcap]U[/dropcap]m relatório desenvolvido pelo Centro da Política de Sabedoria Colectiva (CPSC), ligado à União Geral das Associações de Moradores de Macau, concluiu que 49,5 por cento dos inquiridos não estão satisfeitos com as actuais políticas de habitação adoptadas pelo Governo, sendo que 6,1 por cento dizem estar muito insatisfeitos. Os responsáveis pelo estudo consideram que o Governo deve proceder a uma redução do tempo de espera para o acesso à habitação pública, aumentado o número de casas disponíveis e a transparência na apreciação da candidatura.

No relatório, cerca de 60 por cento dos inquiridos discordam da alteração da idade mínima de acesso para 25 anos, medida que consta na proposta da alteração da Lei de Habitação Económica. Além disso, 75,59 por cento dos inquiridos concorda com a criação de um novo tipo de residência, mas apenas 54 por cento acredita que isso pode ajudar a resolver as dificuldades existentes na aquisição de uma casa.

O vice-presidente da direcção do CPSC, Chan Ka Leong, afirmou que o número total de habitações em Macau não consegue satisfazer a procura por parte dos residentes. “Apesar de haver mais de 23 mil residências e apenas 19 mil agregados, o facto de muitos proprietários possuírem mais do que um prédio e o aumento dos preços no mercado imobiliário privado nos últimos anos fez com que muitos dos residentes não tenham esperança na compra de uma casa, nem no acesso a uma habitação pública”, disse.

Neste sentido, o CPSC apresentou várias sugestões de mudança, como a formulação de uma política habitacional abrangente, a definição certa de classe média e a realização de um estudo aprofundado para os novos tipos de habitação. O CPSC defende ainda que o Governo deve promover linhas de crédito para os cidadãos, entre outras medidas.

20 Set 2019