Hong Kong | Turismo em Macau e Shenzhen prejudicado pela crise política, diz co-fundador da AirAsia

[dropcap]A[/dropcap] transportadora aérea de baixo custo AirAsia disse ontem que as viagens turísticas para Macau e Shenzhen estão a ser afetadas pela crise em Hong kong, já que muitos turistas procuram os três destinos na mesma viagem. “Sim, é mau”, disse o cofundador da transportadora aérea, Tony Fernandes, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg.

Muitos turistas pretendem visitar os três destinos durante a mesma viagem, e o facto de um deles estar a viver momentos de grande instabilidade prejudica os outros dois, apontou o empresário, notando que a procura turística de Macau e Shenzhen está a cair.

Na sexta-feira, a Malásia emitiu um aviso aos cidadãos relativamente aos confrontos que se têm verificado em Hong Kong. O número de turistas a visitar o território tem caído, escreveu a Bloomberg, sem apresentar dados concretos, mas afirmando que também a transportadora de bandeira, a Cathay Pacific, está a ressentir-se da crise, vendendo menos bilhetes para este destino.

A contestação política foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.

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