China | Taxas de juro não vão ser reduzidas para estimular economia

[dropcap]O[/dropcap] governador do banco central da China disse ontem que a política monetária do país permanecerá “estável e saudável”, sugerindo que Pequim não seguirá os Estados Unidos e a Europa, que reduziram as taxas de juro.

Em conferência de imprensa, Yi Gang garantiu que o Banco do Povo Chinês vai evitar um “estímulo massivo”, apesar do impacto da guerra comercial entre Pequim e Washington.

A China registou, nos últimos anos, um ‘boom’ na dívida corporativa e dos governos locais, reflectindo um modelo económico assente no investimento em grandes obras públicas, como forma de assegurar altas taxas de crescimento económico após a crise financeira global de 2008.

Pequim tenta agora controlar o nível de endividamento, depois de várias agências de notação financeira terem reduzido a classificação de crédito da China.

“Acreditamos que, para a nossa política monetária, devemos permanecer comprometidos com o nosso próprio curso e seguir uma direcção estável e saudável”, disse Yi.

Tudo controlado

Em 2018, a economia chinesa cresceu 6,6 por cento, o ritmo mais lento dos últimos trinta anos, colocando pressão em Pequim para adoptar novas medidas de estímulo.

A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas.

Mas a desaceleração tem sido mais acentuada do que o previsto, levando Pequim a reduzir as restrições no acesso ao crédito e a aumentar a despesa pública, visando evitar a destruição de empregos, o que poderia resultar em instabilidade social.

Os reguladores consideram que controlar a dívida das empresas e das famílias é uma prioridade. “Não devemos adoptar pacotes grandes de estímulo”, disse Yi. “Precisamos de garantir que a taxa de endividamento permanece estável, para que o nível total de dívida permaneça sustentável”, disse.

25 Set 2019

China | Taxas de juro não vão ser reduzidas para estimular economia

[dropcap]O[/dropcap] governador do banco central da China disse ontem que a política monetária do país permanecerá “estável e saudável”, sugerindo que Pequim não seguirá os Estados Unidos e a Europa, que reduziram as taxas de juro.
Em conferência de imprensa, Yi Gang garantiu que o Banco do Povo Chinês vai evitar um “estímulo massivo”, apesar do impacto da guerra comercial entre Pequim e Washington.
A China registou, nos últimos anos, um ‘boom’ na dívida corporativa e dos governos locais, reflectindo um modelo económico assente no investimento em grandes obras públicas, como forma de assegurar altas taxas de crescimento económico após a crise financeira global de 2008.
Pequim tenta agora controlar o nível de endividamento, depois de várias agências de notação financeira terem reduzido a classificação de crédito da China.
“Acreditamos que, para a nossa política monetária, devemos permanecer comprometidos com o nosso próprio curso e seguir uma direcção estável e saudável”, disse Yi.

Tudo controlado

Em 2018, a economia chinesa cresceu 6,6 por cento, o ritmo mais lento dos últimos trinta anos, colocando pressão em Pequim para adoptar novas medidas de estímulo.
A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas.
Mas a desaceleração tem sido mais acentuada do que o previsto, levando Pequim a reduzir as restrições no acesso ao crédito e a aumentar a despesa pública, visando evitar a destruição de empregos, o que poderia resultar em instabilidade social.
Os reguladores consideram que controlar a dívida das empresas e das famílias é uma prioridade. “Não devemos adoptar pacotes grandes de estímulo”, disse Yi. “Precisamos de garantir que a taxa de endividamento permanece estável, para que o nível total de dívida permaneça sustentável”, disse.

25 Set 2019

ONU | Pequim pede a Washington que cancele reunião sobre Xinjiang

[dropcap]A[/dropcap] China pediu ontem a Washington que cancele uma reunião planeada nas Nações Unidas para discutir a alegada repressão e detenções arbitrárias de membros de minorias étnicas de origem muçulmana no extremo noroeste do país.

“Os Estados Unidos têm repetidamente difamado as políticas da China em Xinjiang e interferido nos assuntos internos da China sob as capas da religião e dos direitos humanos”, disse o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang.

“E cometeram agora um erro ainda maior ao trazer a discussão sobre a questão de Xinjiang para a Assembleia Geral da ONU”, apontou.

O secretário de Estado adjunto dos EUA, John Sullivan, deverá liderar um painel de discussão sobre a “crise dos direitos humanos em Xinjiang”, durante uma reunião marcada para esta semana na Assembleia-Geral da ONU.

Organizações não-governamentais estimam que a China mantém detidos cerca de um milhão de membros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigure e alguns cazaques, em campos de doutrinação política, na região de Xinjiang.

Depois de, inicialmente, negar a existência dos campos, Pequim diz agora tratar-se de centros de “formação vocacional”, destinados a treinar uigures, como parte de um plano para trazer a minoria étnica para o mundo “moderno e civilizado”, e eliminar a pobreza no Xinjiang.

“Pedimos aos Estados Unidos que cancelem a reunião em causa e que parem de fazer comentários irresponsáveis sobre a questão de Xinjiang e de interferir nos assuntos internos da China em nome dos direitos humanos”, afirmou Geng Shuang, em conferência de imprensa.

A moral de Trump

Na segunda-feira, Trump disse numa reunião sobre liberdade religiosa, durante uma sessão da ONU, que é um “dever moral urgente” que os líderes mundiais parem os crimes contra a fé.

No domingo, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Pequim de tentar eliminar culturas muçulmanas, e pediu aos governos da Ásia Central que rejeitem as exigências chinesas de extradição de uigures.

Pompeo fez aqueles comentários numa reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão.

O painel de Xinjiang apresentará “histórias profundamente pessoais de vítimas da brutal campanha de repressão da China” contra uigures e outras minorias muçulmanas, segundo a anúncio do departamento de Estado norte-americano.

25 Set 2019

ONU | Pequim pede a Washington que cancele reunião sobre Xinjiang

[dropcap]A[/dropcap] China pediu ontem a Washington que cancele uma reunião planeada nas Nações Unidas para discutir a alegada repressão e detenções arbitrárias de membros de minorias étnicas de origem muçulmana no extremo noroeste do país.
“Os Estados Unidos têm repetidamente difamado as políticas da China em Xinjiang e interferido nos assuntos internos da China sob as capas da religião e dos direitos humanos”, disse o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang.
“E cometeram agora um erro ainda maior ao trazer a discussão sobre a questão de Xinjiang para a Assembleia Geral da ONU”, apontou.
O secretário de Estado adjunto dos EUA, John Sullivan, deverá liderar um painel de discussão sobre a “crise dos direitos humanos em Xinjiang”, durante uma reunião marcada para esta semana na Assembleia-Geral da ONU.
Organizações não-governamentais estimam que a China mantém detidos cerca de um milhão de membros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigure e alguns cazaques, em campos de doutrinação política, na região de Xinjiang.
Depois de, inicialmente, negar a existência dos campos, Pequim diz agora tratar-se de centros de “formação vocacional”, destinados a treinar uigures, como parte de um plano para trazer a minoria étnica para o mundo “moderno e civilizado”, e eliminar a pobreza no Xinjiang.
“Pedimos aos Estados Unidos que cancelem a reunião em causa e que parem de fazer comentários irresponsáveis sobre a questão de Xinjiang e de interferir nos assuntos internos da China em nome dos direitos humanos”, afirmou Geng Shuang, em conferência de imprensa.

A moral de Trump

Na segunda-feira, Trump disse numa reunião sobre liberdade religiosa, durante uma sessão da ONU, que é um “dever moral urgente” que os líderes mundiais parem os crimes contra a fé.
No domingo, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Pequim de tentar eliminar culturas muçulmanas, e pediu aos governos da Ásia Central que rejeitem as exigências chinesas de extradição de uigures.
Pompeo fez aqueles comentários numa reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão.
O painel de Xinjiang apresentará “histórias profundamente pessoais de vítimas da brutal campanha de repressão da China” contra uigures e outras minorias muçulmanas, segundo a anúncio do departamento de Estado norte-americano.

25 Set 2019

Fundação Macau | 43 obras distinguidas no Concurso de Literatura

[dropcap]O[/dropcap] “12.º Concurso de Literatura de Macau”, organizado pela Fundação Macau e a Associação dos Escritores de Macau, contou com a participação de um total de 239 obras, 43 das quais foram premiadas. A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se na segunda-feira no Centro de Ciência de Macau.

O presidente da Fundação Macau, Wu Zhiliang, referiu que o concurso se dividiu em dois grupos de participação, um local e outro aberto a autores fora da RAEM. Os denominadores comuns das obras foram a escrita em chinês e ter Macau como tema central. Wu Zhiliang acrescentou que o objectivo da iniciativa é expandir a marca do evento, de forma a que escritores de todo o mundo prestem atenção a Macau, e escrevam sobre o território e a sua população, segundo o jornal do Cidadão.

Durante a cerimónia de entrega dos prémios, o secretário da Associação de Escritores da China, Wu Yiqin, disse que o intercâmbio cultural e literário cada vez mais frequente entre Macau e o Continente permite que autores de ambas as origens melhorem mutuamente.

25 Set 2019

Fundação Macau | 43 obras distinguidas no Concurso de Literatura

[dropcap]O[/dropcap] “12.º Concurso de Literatura de Macau”, organizado pela Fundação Macau e a Associação dos Escritores de Macau, contou com a participação de um total de 239 obras, 43 das quais foram premiadas. A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se na segunda-feira no Centro de Ciência de Macau.
O presidente da Fundação Macau, Wu Zhiliang, referiu que o concurso se dividiu em dois grupos de participação, um local e outro aberto a autores fora da RAEM. Os denominadores comuns das obras foram a escrita em chinês e ter Macau como tema central. Wu Zhiliang acrescentou que o objectivo da iniciativa é expandir a marca do evento, de forma a que escritores de todo o mundo prestem atenção a Macau, e escrevam sobre o território e a sua população, segundo o jornal do Cidadão.
Durante a cerimónia de entrega dos prémios, o secretário da Associação de Escritores da China, Wu Yiqin, disse que o intercâmbio cultural e literário cada vez mais frequente entre Macau e o Continente permite que autores de ambas as origens melhorem mutuamente.

25 Set 2019

Taishan | Central regista novo acidente na manutenção

[dropcap]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan, que fica a cerca de 70 quilómetros de Macau, registou um novo acidente, que se deveu ao facto da empresa Yangjiang não ter conseguido realizar a “manutenção preventiva do gerador adicional movido a óleo diesel” – que serve como reserva do gerador de emergência movido a óleo diesel – dentro dos prazos inicialmente planeados. A informação foi divulgada ontem pelos Serviços Unitários de Polícia, no âmbito do acordo de cooperação no âmbito da gestão de emergência de acidentes nucleares da Central Nuclear de Guangdong.

“O gerador adicional movido a óleo diesel encontra-se normalmente no estado offline, servindo apenas como reserva do gerador de emergência. Neste momento, técnicos da Empresa de Energia Nuclear Yangjiang estão a analisar o caso, bem como efectuar inspecção e manutenção ao respectivo gerador. Prevê-se que o gerador adicional volte ao seu estado normal no dia 5 de Outubro”, é acrescentado.

Segundo a informação das autoridades de Macau, este acidente é de nível 0 na escala internacional para este tipo de ocorrências.

25 Set 2019

Taishan | Central regista novo acidente na manutenção

[dropcap]A[/dropcap] Central Nuclear de Taishan, que fica a cerca de 70 quilómetros de Macau, registou um novo acidente, que se deveu ao facto da empresa Yangjiang não ter conseguido realizar a “manutenção preventiva do gerador adicional movido a óleo diesel” – que serve como reserva do gerador de emergência movido a óleo diesel – dentro dos prazos inicialmente planeados. A informação foi divulgada ontem pelos Serviços Unitários de Polícia, no âmbito do acordo de cooperação no âmbito da gestão de emergência de acidentes nucleares da Central Nuclear de Guangdong.
“O gerador adicional movido a óleo diesel encontra-se normalmente no estado offline, servindo apenas como reserva do gerador de emergência. Neste momento, técnicos da Empresa de Energia Nuclear Yangjiang estão a analisar o caso, bem como efectuar inspecção e manutenção ao respectivo gerador. Prevê-se que o gerador adicional volte ao seu estado normal no dia 5 de Outubro”, é acrescentado.
Segundo a informação das autoridades de Macau, este acidente é de nível 0 na escala internacional para este tipo de ocorrências.

25 Set 2019

Saúde | Serviços alertam para desinfectantes importados

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau emitiram um comunicado a alertar para a possibilidade de os desinfectantes “Smart Medi Chlorhexidine Antiseptic Solution” e “Dr. MAX’S Chlorhexidine Antiseptic Solution” terem sido contaminados com o vírus Burkholderia cepacia.

No mesmo apelo, os SSM avisam também a população para o risco do desinfectante “KS Medical Chlorhexidine Gluconate Antiseptic Sanitize” poder ter sido contaminado pelo vírus Achromobacter. “Entre os três produtos, apenas o Smart Medi Chlorhexidine Antiseptic Solution possui autorização da autoridade competente para ser importado e fornecido num hospital privado de Macau. Neste sentido, para assegurar a saúde pública, os Serviços de Saúde exigiram ao hospital privado e às firmas de venda por grosso para que procedam à recolha dos três desinfectantes”, pode ler-se no comunicado. “Os residentes que tenham adquirido estes produtos podem levar o desinfectante ao departamento de farmácia hospitalar onde o levantaram para as necessárias diligências”, foi acrescentado.

No mesmo aviso é explicado que os “vírus de Burkholderia cepacia e Achromobacter são bactérias comuns encontradas no ambiente, que geralmente não constituem risco para as pessoas saudáveis”. Contudo, segundo os SSM, os indivíduos “com baixa imunidade ou pacientes com doença pulmonares crónicas” podem ficar susceptíveis a infecções.

25 Set 2019

Saúde | Serviços alertam para desinfectantes importados

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau emitiram um comunicado a alertar para a possibilidade de os desinfectantes “Smart Medi Chlorhexidine Antiseptic Solution” e “Dr. MAX’S Chlorhexidine Antiseptic Solution” terem sido contaminados com o vírus Burkholderia cepacia.
No mesmo apelo, os SSM avisam também a população para o risco do desinfectante “KS Medical Chlorhexidine Gluconate Antiseptic Sanitize” poder ter sido contaminado pelo vírus Achromobacter. “Entre os três produtos, apenas o Smart Medi Chlorhexidine Antiseptic Solution possui autorização da autoridade competente para ser importado e fornecido num hospital privado de Macau. Neste sentido, para assegurar a saúde pública, os Serviços de Saúde exigiram ao hospital privado e às firmas de venda por grosso para que procedam à recolha dos três desinfectantes”, pode ler-se no comunicado. “Os residentes que tenham adquirido estes produtos podem levar o desinfectante ao departamento de farmácia hospitalar onde o levantaram para as necessárias diligências”, foi acrescentado.
No mesmo aviso é explicado que os “vírus de Burkholderia cepacia e Achromobacter são bactérias comuns encontradas no ambiente, que geralmente não constituem risco para as pessoas saudáveis”. Contudo, segundo os SSM, os indivíduos “com baixa imunidade ou pacientes com doença pulmonares crónicas” podem ficar susceptíveis a infecções.

25 Set 2019

Taxa turística | Estudo concluído até ao fim do ano

[dropcap]S[/dropcap]em se comprometer com uma preferência sobre a aplicação da taxa turística em Macau, Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo revelou que o estudo sobre a medida deve estar concluído até ao final do ano, mas que “não será o Turismo a recomendar se é para avançar”, ou não. Concluída a análise, esta será “submetida para superior consideração”, revelou, passando a bola para o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura.

“Há tempos, o nosso secretário, Alexis Tam, também disse que, se calhar, temos de ter mais cautela, sobre esta consideração sobretudo porque agora temos novos factores” a ter em conta, comentou a directora da DST endereçando as tensões comerciais entre Washington e Pequim e o impacto que terá na diminuição das despesas de quem visita Macau.

De acordo com a governante, “por enquanto”, a descida das despesas dos turistas que visitam o território não é muito acentuada, havendo apenas números referentes ao primeiro trimestre, razão pela qual é ainda prematuro avançar com uma conclusão. “Não vou dizer que é muito preocupante, ainda, mas temos de continuar a monitorizar esta situação”, rematou.

Ainda assim, apesar do impacto da guerra comercial e do abrandamento da economia chinesa, os visitantes oriundos do Continente continuam a ser os que mais gastam. Helena de Senna Fernandes garante também que o Governo está a trabalhar para atrair turistas de outras proveniências.

25 Set 2019

Taxa turística | Estudo concluído até ao fim do ano

[dropcap]S[/dropcap]em se comprometer com uma preferência sobre a aplicação da taxa turística em Macau, Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo revelou que o estudo sobre a medida deve estar concluído até ao final do ano, mas que “não será o Turismo a recomendar se é para avançar”, ou não. Concluída a análise, esta será “submetida para superior consideração”, revelou, passando a bola para o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura.
“Há tempos, o nosso secretário, Alexis Tam, também disse que, se calhar, temos de ter mais cautela, sobre esta consideração sobretudo porque agora temos novos factores” a ter em conta, comentou a directora da DST endereçando as tensões comerciais entre Washington e Pequim e o impacto que terá na diminuição das despesas de quem visita Macau.
De acordo com a governante, “por enquanto”, a descida das despesas dos turistas que visitam o território não é muito acentuada, havendo apenas números referentes ao primeiro trimestre, razão pela qual é ainda prematuro avançar com uma conclusão. “Não vou dizer que é muito preocupante, ainda, mas temos de continuar a monitorizar esta situação”, rematou.
Ainda assim, apesar do impacto da guerra comercial e do abrandamento da economia chinesa, os visitantes oriundos do Continente continuam a ser os que mais gastam. Helena de Senna Fernandes garante também que o Governo está a trabalhar para atrair turistas de outras proveniências.

25 Set 2019

Hong Kong | Pansy Ho espera que torneio de golfe ‘desviado’ seja “caso isolado”

[dropcap]A[/dropcap] embaixadora da Organização Mundial do Turismo Pansy Ho espera que a mudança da etapa do torneio de golfe PGA Tour Series-China de Hong Kong para Macau seja “um caso isolado”.

Pansy Ho, filha do magnata do jogo Stanley Ho, defendeu que ambas as regiões administrativas especiais devem “trabalhar em conjunto”, tanto mais que as duas integram a região da Grande Baía.

Na mesma ocasião, a directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, sublinhou uma das prioridades do território: “trabalhar com os nossos vizinhos e, obviamente, com Hong Kong, para desenvolver a nossa região [Grande Baía]”.

A etapa do torneio de golfe PGA Tour Series-China em Hong Kong, agendada para Outubro, foi cancelada por razões de segurança no território e vai ser realizada em Macau.

A última etapa da temporada deste torneio de golfe deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica. Em vez disso será disputada de 10 a 13 de Outubro em Macau. “Analisamos esta situação de todos os ângulos e, como grupo, determinamos que o cancelamento do Clearwater Bay Open de 2019 (nome da etapa em Hong Kong) é a melhor decisão”, disse o director executivo da PGA Tour Series-China, Greg Carlson.

O responsável apontou ainda que Macau foi o melhor local alternativo, por ser um território vibrante e devido à boa organização do torneio Ceasars Golf Macau, que se realizou o ano passado.

Devido à mudança de local, o ‘prize money’ vai aumentar 500 milhões de Renmimbi para 2,1 mil milhões de Renmimbi.

25 Set 2019

Hong Kong | Pansy Ho espera que torneio de golfe ‘desviado’ seja “caso isolado”

[dropcap]A[/dropcap] embaixadora da Organização Mundial do Turismo Pansy Ho espera que a mudança da etapa do torneio de golfe PGA Tour Series-China de Hong Kong para Macau seja “um caso isolado”.
Pansy Ho, filha do magnata do jogo Stanley Ho, defendeu que ambas as regiões administrativas especiais devem “trabalhar em conjunto”, tanto mais que as duas integram a região da Grande Baía.
Na mesma ocasião, a directora dos Serviços de Turismo de Macau, Helena de Senna Fernandes, sublinhou uma das prioridades do território: “trabalhar com os nossos vizinhos e, obviamente, com Hong Kong, para desenvolver a nossa região [Grande Baía]”.
A etapa do torneio de golfe PGA Tour Series-China em Hong Kong, agendada para Outubro, foi cancelada por razões de segurança no território e vai ser realizada em Macau.
A última etapa da temporada deste torneio de golfe deveria ser disputada entre os dias 17 e 20 de Outubro na antiga colónia britânica. Em vez disso será disputada de 10 a 13 de Outubro em Macau. “Analisamos esta situação de todos os ângulos e, como grupo, determinamos que o cancelamento do Clearwater Bay Open de 2019 (nome da etapa em Hong Kong) é a melhor decisão”, disse o director executivo da PGA Tour Series-China, Greg Carlson.
O responsável apontou ainda que Macau foi o melhor local alternativo, por ser um território vibrante e devido à boa organização do torneio Ceasars Golf Macau, que se realizou o ano passado.
Devido à mudança de local, o ‘prize money’ vai aumentar 500 milhões de Renmimbi para 2,1 mil milhões de Renmimbi.

25 Set 2019

ONU | HRW pede denúncia de políticas de Trump, Bolsonaro, al-Sissi e Erdogan

Começou ontem a 74.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas que contou com discursos de Jair Bolsonaro e Donald Trump, Presidentes do Brasil e Estados Unidos, e uma agenda focada nas alterações climáticas. A Human Rights Watch pede que este encontro seja aproveitado para denunciar e rejeitar o que considera ser políticas contra os direitos humanos destes dois líderes, bem como dos Presidentes da Turquia e do Egipto

 

[dropcap]O[/dropcap]s líderes mundiais que participam na Assembleia-Geral da ONU, que teve ontem início em Nova Iorque, devem denunciar abertamente as políticas contra os direitos humanos dos Presidentes dos Estados Unidos, Brasil, Egipto e Turquia, defendeu a organização não governamental Human Rights Watch (HRW).

O apelo consta de um comunicado da HRW, onde o director-executivo, Kenneth Roth, pede aos chefes de Estado e de Governo dos países presentes na Assembleia-Geral das Nações Unidas que denunciem e afirmem a rejeição às “políticas abusivas de autocratas populistas” e “promovam maior respeito pelos direitos humanos em todo o mundo.”

A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Nova Iorque, referenciou quatro Presidentes – Donald Trump, dos EUA, Jair Bolsonaro, do Brasil, Abdel Fattah al-Sissi, do Egipto, Recep Tayyip Erdogan, da Turquia– como exemplos de promotores de políticas que têm desencadeado “ataques agressivos” aos direitos humanos. Os quatro estiveram presentes na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU.

“O crescimento do autoritarismo é um dos grandes desafios que os activistas dos direitos humanos enfrentam diariamente. É essencial que os líderes mundiais estejam na abertura dos trabalhos da Assembleia-Geral na primeira linha dos que lutam contra os que promovem uma cruzada contra os direitos humanos”, afirmou Kenneth Roth.

O Presidente egípcio, que Trump considerou em tempos como o seu “ditador favorito”, tem estado a “esmagar” a liberdade de expressão e outros direitos básicos nos últimos seis anos, escreve a HRW. Segundo Kenneth Roth, as violações de al-Sissi incluem o “uso frequente de força letal contra os manifestantes” e “um sistemático e generalizado uso da tortura nas prisões”.

Na Turquia, três anos depois da alegada tentativa de golpe de Estado, a presidência de Erdogan normalizou o “estado de emergência”, enquanto mais de 40.000 pessoas foram detidas sob a acusação de terrorismo e apenas alguns dos mais de 130.000 funcionários públicos demitidos foram reintegrados. Por outro lado, os governadores de origem curda ou curdos foram afastados dos cargos no país que está no topo dos que têm mais jornalistas detidos.

Sobre os Estados Unidos, a HRW considera que a administração Trump tem “repetidamente denegrido” os direitos humanos, encorajando a supremacia branca e outros extremismos internos, bem como promovido os “líderes abusivos” externamente. Além disso, a HRW considera que Trump tem “minado activamente” os esforços internacionais para abordar a questão da crise ambiental.

O discurso de Bolsonaro

O Presidente do Brasil defendeu ontem, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, que “é uma falácia dizer que a Amazónia é património da Humanidade” e acusou países de questionarem a soberania do Brasil.

“É uma falácia dizer que a Amazónia é património da Humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo”, disse.  O chefe de Estado brasileiro declarou que o seu executivo “tem um compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo”, acrescentando que o país é um dos “mais ricos em biodiversidade e riquezas minerais”.

“A nossa Amazónia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente”, continuou.

Mas, explicou, nesta época do ano, o clima seco e os ventos favorecem queimadas “espontâneas e criminosas”, sublinhando também que existem queimadas praticadas por índios e populações locais, como parte da sua cultura e forma de sobrevivência.

“Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da media internacional, devido aos focos de incêndio na Amazónia, despertaram o nosso sentimento patriótico”, afirmou Bolsonaro.

Porque valendo-se da “falácia” de dizer que a “Amazónia é património da Humanidade” e do “equívoco” de que aquela floresta é o pulmão do mundo, “um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da media e portou-se de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”, acusou o Presidente brasileiro.

“Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania!”, rematou. Além disso, afirmou: A Amazónia “não está a ser devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a media”.

Numa referência indirecta à França, Bolsonaro ainda acrescentou: “Um deles, por ocasião do encontro do G7, ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem sequer nos ouvir”.

Agradecendo àqueles que não aceitaram levar por diante aquela que considerou ser uma “absurda proposta”, fez ainda uma referência especial ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que segundo Bolsonaro “bem sintetizou o espírito que deve reinar entre os países da ONU: respeito pela liberdade e soberania de cada um de nós”.

Após as acusações e agradecimentos, fez questão de deixar claro que “o Brasil não vai aumentar para 20% a sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse”.

“A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informativa para avançar os seus interesses na Amazónia”, afirmou o chefe de Estado do Brasil.

E avançou: “Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONG [organizações não-governamentais], teimam em tratar e manter os nossos índios como verdadeiros homens das cavernas”.

“O Brasil agora tem um Presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terras ricas. Especialmente das terras mais ricas do mundo”, assegurou ainda.

Bolsonaro falou também de um Brasil que está a ser reconstruído a partir das ideias do povo.
“Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo. Um Brasil que está sendo reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo”, afirmou.

“Em busca de prosperidade, estamos adotando políticas que nos aproximem de países outros que se desenvolveram e consolidaram as suas democracias. Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade económica. E vice-versa. O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil”, acrescentou.

Bolsonaro disse que a economia brasileira “está reagindo, ao romper dos vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal, aparelhamento do Estado e corrupção generalizada”.

E assegurou que “a abertura, a gestão competente e os ganhos de produtividade são objetivos imediatos” do seu Governo. Garantiu ainda que o Brasil “está pronto” para iniciar o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“Já estamos adiantados, adoptando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até a protecção ambiental”, referiu.

Amazónia em discussão

Em relação às alterações climáticas, um dos principais temas em discussão na Assembleia Geral da ONU, o Brasil de Bolsonaro, que tem dado “luz verde” a “redes criminosas” que estão a destruir a floresta amazónica e a intimidar os activistas ambientais, esteve no centro das atenções.
No passado dia 17, a HRW publicou um relatório onde afirma que “a extracção ilegal de madeira na Amazónia brasileira é, em grande parte, impulsionada por redes criminosas que têm a capacidade logística de coordenar a extracção, o processamento e a venda da madeira em larga escala, enquanto empregam homens armados para proteger seus interesses”.

Discursos “abusivos”

Na segunda-feira, um dia antes do início dos debates na Assembleia Geral, decorreu, com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, uma cimeira sobre as alterações climáticas em que se espera que os 193 membros da instituição possam aprovar políticas destinadas a proteger o planeta e os seus habitantes.

“O grande interesse internacional na Cimeira de Acção Climática, promovida pela ONU, constitui uma forte mensagem da repreensão global a líderes como Bolsonaro e Trump”, escreve o HRW.
Kenneth Roth alertou, por outro lado, que os discursos dos “líderes abusivos” não se esgotam nas intervenções de Trump, Bolsonaro, al-Sissi ou Erdogan, destacando outros dirigentes e ministros de países com “recordes abismais de violações aos direitos humanos”, como a China, Irão, Rússia, Arábia Saudita ou Venezuela.

“Numa altura em que aumenta a hostilidade aos direitos humanos por um número crescente de líderes, Guterres não deve temer em usar a Assembleia-Geral para acusar e condenar publicamente os vários Governos que têm violado sistematicamente os direitos humanos”, frisou Kenneth Roth.

O secretário executivo da HRW defende que Guterres “deve aproveitar a oportunidade” para reforçar as normas globais dos direitos, “não se limitando a generalidades, mas sim dar mensagens públicas claras” aos “governos abusivos” de que as violações dos direitos humanos “não serão toleradas”.

“Os activistas dos direitos humanos, por sua vez, devem deixar claro ao secretário-geral da ONU que esperam que Guterres se torne uma voz em defesa dos direitos humanos, denunciando as violações dos vários executivos, “deixando de lado as ineficazes declarações genéricas”, lê-se no documento do HRW.

Na segunda-feira, António Guterres discursou na cimeira, tendo afirmado que o “tempo está a acabar, mas ainda não é tarde demais”. O secretário-geral fez uma referência a uma viagem recente realizada às Bahamas, em Setembro, onde viu de perto os efeitos do furacão Dorian, tendo falado também do caso de Moçambique, que foi atingido por dois ciclones no início deste ano. Para Guterres, essas imagens “não são apenas imagens de danos, mas nelas pode ver-se o futuro.”

A cimeira contou com mais de 80 líderes internacionais ligados a Governos, sector privado e sociedade civil. O secretário-geral afirmou que a sua geração “falhou com a responsabilidade de proteger o planeta”, e que isso deve mudar. Segundo Guterres, a mudança climática é causada pelas pessoas, e as soluções devem vir delas.

A activista sueca Greta Thunberg foi outra das participantes. A jovem acusou os líderes mundiais de levarem a cabo poucas acções para proteger o meio ambiente. “Como é que se atreveram? Vocês roubaram-me os sonhos e a infância com as vossas palavras vazias. Eu não devia estar aqui, devia estar na escola, do outro lado do oceano”, afirmou, emocionada, a jovem que lançou o movimento Greve Mundial pelo Clima quando em 2018 decidiu faltar às aulas para protestar junto ao parlamento sueco contra a inacção dos políticos em questões ambientais.

25 Set 2019

ONU | HRW pede denúncia de políticas de Trump, Bolsonaro, al-Sissi e Erdogan

Começou ontem a 74.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas que contou com discursos de Jair Bolsonaro e Donald Trump, Presidentes do Brasil e Estados Unidos, e uma agenda focada nas alterações climáticas. A Human Rights Watch pede que este encontro seja aproveitado para denunciar e rejeitar o que considera ser políticas contra os direitos humanos destes dois líderes, bem como dos Presidentes da Turquia e do Egipto

 
[dropcap]O[/dropcap]s líderes mundiais que participam na Assembleia-Geral da ONU, que teve ontem início em Nova Iorque, devem denunciar abertamente as políticas contra os direitos humanos dos Presidentes dos Estados Unidos, Brasil, Egipto e Turquia, defendeu a organização não governamental Human Rights Watch (HRW).
O apelo consta de um comunicado da HRW, onde o director-executivo, Kenneth Roth, pede aos chefes de Estado e de Governo dos países presentes na Assembleia-Geral das Nações Unidas que denunciem e afirmem a rejeição às “políticas abusivas de autocratas populistas” e “promovam maior respeito pelos direitos humanos em todo o mundo.”
A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Nova Iorque, referenciou quatro Presidentes – Donald Trump, dos EUA, Jair Bolsonaro, do Brasil, Abdel Fattah al-Sissi, do Egipto, Recep Tayyip Erdogan, da Turquia– como exemplos de promotores de políticas que têm desencadeado “ataques agressivos” aos direitos humanos. Os quatro estiveram presentes na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU.
“O crescimento do autoritarismo é um dos grandes desafios que os activistas dos direitos humanos enfrentam diariamente. É essencial que os líderes mundiais estejam na abertura dos trabalhos da Assembleia-Geral na primeira linha dos que lutam contra os que promovem uma cruzada contra os direitos humanos”, afirmou Kenneth Roth.
O Presidente egípcio, que Trump considerou em tempos como o seu “ditador favorito”, tem estado a “esmagar” a liberdade de expressão e outros direitos básicos nos últimos seis anos, escreve a HRW. Segundo Kenneth Roth, as violações de al-Sissi incluem o “uso frequente de força letal contra os manifestantes” e “um sistemático e generalizado uso da tortura nas prisões”.
Na Turquia, três anos depois da alegada tentativa de golpe de Estado, a presidência de Erdogan normalizou o “estado de emergência”, enquanto mais de 40.000 pessoas foram detidas sob a acusação de terrorismo e apenas alguns dos mais de 130.000 funcionários públicos demitidos foram reintegrados. Por outro lado, os governadores de origem curda ou curdos foram afastados dos cargos no país que está no topo dos que têm mais jornalistas detidos.
Sobre os Estados Unidos, a HRW considera que a administração Trump tem “repetidamente denegrido” os direitos humanos, encorajando a supremacia branca e outros extremismos internos, bem como promovido os “líderes abusivos” externamente. Além disso, a HRW considera que Trump tem “minado activamente” os esforços internacionais para abordar a questão da crise ambiental.

O discurso de Bolsonaro

O Presidente do Brasil defendeu ontem, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, que “é uma falácia dizer que a Amazónia é património da Humanidade” e acusou países de questionarem a soberania do Brasil.
“É uma falácia dizer que a Amazónia é património da Humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo”, disse.  O chefe de Estado brasileiro declarou que o seu executivo “tem um compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo”, acrescentando que o país é um dos “mais ricos em biodiversidade e riquezas minerais”.
“A nossa Amazónia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada. Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente”, continuou.
Mas, explicou, nesta época do ano, o clima seco e os ventos favorecem queimadas “espontâneas e criminosas”, sublinhando também que existem queimadas praticadas por índios e populações locais, como parte da sua cultura e forma de sobrevivência.
“Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da media internacional, devido aos focos de incêndio na Amazónia, despertaram o nosso sentimento patriótico”, afirmou Bolsonaro.
Porque valendo-se da “falácia” de dizer que a “Amazónia é património da Humanidade” e do “equívoco” de que aquela floresta é o pulmão do mundo, “um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da media e portou-se de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”, acusou o Presidente brasileiro.
“Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania!”, rematou. Além disso, afirmou: A Amazónia “não está a ser devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a media”.
Numa referência indirecta à França, Bolsonaro ainda acrescentou: “Um deles, por ocasião do encontro do G7, ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem sequer nos ouvir”.
Agradecendo àqueles que não aceitaram levar por diante aquela que considerou ser uma “absurda proposta”, fez ainda uma referência especial ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que segundo Bolsonaro “bem sintetizou o espírito que deve reinar entre os países da ONU: respeito pela liberdade e soberania de cada um de nós”.
Após as acusações e agradecimentos, fez questão de deixar claro que “o Brasil não vai aumentar para 20% a sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse”.
“A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informativa para avançar os seus interesses na Amazónia”, afirmou o chefe de Estado do Brasil.
E avançou: “Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONG [organizações não-governamentais], teimam em tratar e manter os nossos índios como verdadeiros homens das cavernas”.
“O Brasil agora tem um Presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terras ricas. Especialmente das terras mais ricas do mundo”, assegurou ainda.
Bolsonaro falou também de um Brasil que está a ser reconstruído a partir das ideias do povo.
“Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo. Um Brasil que está sendo reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo”, afirmou.
“Em busca de prosperidade, estamos adotando políticas que nos aproximem de países outros que se desenvolveram e consolidaram as suas democracias. Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade económica. E vice-versa. O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil”, acrescentou.
Bolsonaro disse que a economia brasileira “está reagindo, ao romper dos vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal, aparelhamento do Estado e corrupção generalizada”.
E assegurou que “a abertura, a gestão competente e os ganhos de produtividade são objetivos imediatos” do seu Governo. Garantiu ainda que o Brasil “está pronto” para iniciar o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
“Já estamos adiantados, adoptando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até a protecção ambiental”, referiu.
Amazónia em discussão
Em relação às alterações climáticas, um dos principais temas em discussão na Assembleia Geral da ONU, o Brasil de Bolsonaro, que tem dado “luz verde” a “redes criminosas” que estão a destruir a floresta amazónica e a intimidar os activistas ambientais, esteve no centro das atenções.
No passado dia 17, a HRW publicou um relatório onde afirma que “a extracção ilegal de madeira na Amazónia brasileira é, em grande parte, impulsionada por redes criminosas que têm a capacidade logística de coordenar a extracção, o processamento e a venda da madeira em larga escala, enquanto empregam homens armados para proteger seus interesses”.

Discursos “abusivos”

Na segunda-feira, um dia antes do início dos debates na Assembleia Geral, decorreu, com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, uma cimeira sobre as alterações climáticas em que se espera que os 193 membros da instituição possam aprovar políticas destinadas a proteger o planeta e os seus habitantes.
“O grande interesse internacional na Cimeira de Acção Climática, promovida pela ONU, constitui uma forte mensagem da repreensão global a líderes como Bolsonaro e Trump”, escreve o HRW.
Kenneth Roth alertou, por outro lado, que os discursos dos “líderes abusivos” não se esgotam nas intervenções de Trump, Bolsonaro, al-Sissi ou Erdogan, destacando outros dirigentes e ministros de países com “recordes abismais de violações aos direitos humanos”, como a China, Irão, Rússia, Arábia Saudita ou Venezuela.
“Numa altura em que aumenta a hostilidade aos direitos humanos por um número crescente de líderes, Guterres não deve temer em usar a Assembleia-Geral para acusar e condenar publicamente os vários Governos que têm violado sistematicamente os direitos humanos”, frisou Kenneth Roth.
O secretário executivo da HRW defende que Guterres “deve aproveitar a oportunidade” para reforçar as normas globais dos direitos, “não se limitando a generalidades, mas sim dar mensagens públicas claras” aos “governos abusivos” de que as violações dos direitos humanos “não serão toleradas”.
“Os activistas dos direitos humanos, por sua vez, devem deixar claro ao secretário-geral da ONU que esperam que Guterres se torne uma voz em defesa dos direitos humanos, denunciando as violações dos vários executivos, “deixando de lado as ineficazes declarações genéricas”, lê-se no documento do HRW.
Na segunda-feira, António Guterres discursou na cimeira, tendo afirmado que o “tempo está a acabar, mas ainda não é tarde demais”. O secretário-geral fez uma referência a uma viagem recente realizada às Bahamas, em Setembro, onde viu de perto os efeitos do furacão Dorian, tendo falado também do caso de Moçambique, que foi atingido por dois ciclones no início deste ano. Para Guterres, essas imagens “não são apenas imagens de danos, mas nelas pode ver-se o futuro.”
A cimeira contou com mais de 80 líderes internacionais ligados a Governos, sector privado e sociedade civil. O secretário-geral afirmou que a sua geração “falhou com a responsabilidade de proteger o planeta”, e que isso deve mudar. Segundo Guterres, a mudança climática é causada pelas pessoas, e as soluções devem vir delas.
A activista sueca Greta Thunberg foi outra das participantes. A jovem acusou os líderes mundiais de levarem a cabo poucas acções para proteger o meio ambiente. “Como é que se atreveram? Vocês roubaram-me os sonhos e a infância com as vossas palavras vazias. Eu não devia estar aqui, devia estar na escola, do outro lado do oceano”, afirmou, emocionada, a jovem que lançou o movimento Greve Mundial pelo Clima quando em 2018 decidiu faltar às aulas para protestar junto ao parlamento sueco contra a inacção dos políticos em questões ambientais.

25 Set 2019

Brexit | Supremo declara ilegal decisão do governo de suspender Parlamento britânico

[dropcap]O[/dropcap] Supremo Tribunal britânico declarou hoje ilegal a suspensão do Parlamento decidida pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, até duas semanas antes do prazo para o Reino Unido sair da União Europeia (‘Brexit’).

Na leitura da decisão, a juíza, Brenda Hale, disse que “a decisão de aconselhar Sua Majestade a suspender o parlamento era ilegal porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do Parlamento de desempenhar as suas funções constitucionais sem uma justificação razoável”.

A deliberação do tribunal de última instância foi tomada após três dias de audiências na semana passada diante de 11 juízes, que escutaram os argumentos dos advogados dos requerentes e do Governo conservador britânico.

24 Set 2019

Brexit | Supremo declara ilegal decisão do governo de suspender Parlamento britânico

[dropcap]O[/dropcap] Supremo Tribunal britânico declarou hoje ilegal a suspensão do Parlamento decidida pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, até duas semanas antes do prazo para o Reino Unido sair da União Europeia (‘Brexit’).
Na leitura da decisão, a juíza, Brenda Hale, disse que “a decisão de aconselhar Sua Majestade a suspender o parlamento era ilegal porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do Parlamento de desempenhar as suas funções constitucionais sem uma justificação razoável”.
A deliberação do tribunal de última instância foi tomada após três dias de audiências na semana passada diante de 11 juízes, que escutaram os argumentos dos advogados dos requerentes e do Governo conservador britânico.

24 Set 2019

Líderes mundiais reunidos na Cimeira Climática

[dropcap]L[/dropcap]íderes políticos dos 193 Estados-membros das Nações Unidas reúniram-se ontem em Nova Iorque na Cimeira da Acção Climática, que pretende ser palco para anunciar compromissos e projectos concretos para o reforço do combate às alterações climáticas.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que convocou a cimeira, disse no sábado na Abertura da Cimeira da Acção Climática para a Juventude, associada à reunião de líderes políticos de ontem, que existe um “conflito sério entre pessoas e natureza” e acrescentou que o mundo precisa de um novo modelo de desenvolvimento, ligado às alterações climáticas, que garanta justiça e igualdade entre as pessoas, mas também uma relação boa entre a população e o planeta.

De acordo com António Guterres a Cimeira de Acção Climática, convocada para aproveitar a presença dos líderes que vão participar na Assembleia-geral da ONU, que começa na terça-feira, não vai produzir todas as soluções, mas pretende ser um ponto de inflexão e dar uma nova dinâmica e “impulso aprimorado” ao combate às alterações climáticas para que seja alcançado o objectivo de reduzir as emissões globais de gases com efeito estufa em 45 por cento nos próximos dez anos e alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

O secretário-geral da ONU sublinhou também que a Cimeira de Acção Climática pretende incluir a discussão de medidas mais drásticas para combater as alterações climáticas, como o fim de subsídios no uso de combustíveis fósseis e o aumento do preço a pagar pelas emissões de carbono.

Portugal está representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes.

Gente de amanhã

A Cimeira da Acção Climática foi precedida no fim de semana pela Cimeira da Juventude, onde o debate foi conduzido por jovens activistas como a adolescente sueca Greta Thunberg, que lançou o movimento “Greve Mundial pelo Clima” para denunciar a inacção dos políticos em questões ambientais e para exigir medidas concretas e urgentes de redução de emissões de gases com efeito de estufa e de combate e mitigação das alterações climáticas.

No seu discurso no sábado, Guterres sublinhou que os conflitos políticos e geográficos acontecem há milhares de anos, mas a novidade é que as populações estão em conflito com o planeta e as consequências estão a atingir os mais vulneráveis.

Rússia adere ao acordo de Paris

A Rússia assinou ontem uma resolução governamental que consagra a adesão definitiva ao Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, assinado por 195 países. “O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, assinou uma resolução governamental sobre a adopção pela Rússia do Acordo de Paris sobre o clima”, anunciou o Governo na sua página oficial pouco antes da abertura da Cimeira da Acção Climática que decorre na sede das Nações Unidas em Nova Iorque. A nota acrescenta que o Acordo de Paris “não impõe uma obrigação à Rússia de o ratificar” e que “de acordo com a legislação russa o compromisso da Rússia é confirmado pela resolução que acabou de assinar”. “Este é o último passo que a Rússia dá para adoptar o Acordo de Paris”, comentou fonte governamental russa citada pela agência France Presse.

24 Set 2019

Direitos Humanos | Activista morre sob custódia da polícia

[dropcap]O[/dropcap] activista chinês Wang Meiyu, preso após ter apelado publicamente à demissão do Presidente chinês e à realização de eleições livres, morreu sob custódia da polícia, denunciou ontem o irmão, citado pela agência EFE.

Wang Meilin revelou que o irmão foi hospitalizado no domingo e que a família foi ontem notificada pelas autoridades da sua morte. Wang Meiyu estava detido desde o início de Julho na prisão de Hengyang, na sua cidade natal, no centro da China.

A família não sabe exactamente quando Wang morreu ou a causa da morte, embora o seu irmão tenha dito que está “relacionada com o governo local”.

Durante o Verão e Outono de 2018, Wang Meiyu protestou sozinho nas cidades de Hengyang e Changsha, no centro do país, com uma faixa onde se lia: “Forte apelo à renúncia imediata de Xi Jinping (Presidente da China] e Li Keqiang [o primeiro-ministro chinês] e realização de eleições nacionais”.

Após os protestos, agentes das forças de segurança chinesas ameaçaram-no por várias vezes, até que acabou por ser preso, em 8 de Julho. Wang era casado e tinha um filho e uma filha.

A lei chinesa permite que qualquer suspeito seja detido por um período de até seis meses, antes que seja apresentada uma queixa formal. Sob a presidência de Xi Jinping, que ascendeu ao poder em 2013, uma campanha contra dissidentes resultou já na detenção de 250 advogados ou activistas dos direitos humanos. Dezenas foram condenados a pesadas penas de prisão por “subversão do poder do Estado”.

24 Set 2019

Direitos Humanos | Activista morre sob custódia da polícia

[dropcap]O[/dropcap] activista chinês Wang Meiyu, preso após ter apelado publicamente à demissão do Presidente chinês e à realização de eleições livres, morreu sob custódia da polícia, denunciou ontem o irmão, citado pela agência EFE.
Wang Meilin revelou que o irmão foi hospitalizado no domingo e que a família foi ontem notificada pelas autoridades da sua morte. Wang Meiyu estava detido desde o início de Julho na prisão de Hengyang, na sua cidade natal, no centro da China.
A família não sabe exactamente quando Wang morreu ou a causa da morte, embora o seu irmão tenha dito que está “relacionada com o governo local”.
Durante o Verão e Outono de 2018, Wang Meiyu protestou sozinho nas cidades de Hengyang e Changsha, no centro do país, com uma faixa onde se lia: “Forte apelo à renúncia imediata de Xi Jinping (Presidente da China] e Li Keqiang [o primeiro-ministro chinês] e realização de eleições nacionais”.
Após os protestos, agentes das forças de segurança chinesas ameaçaram-no por várias vezes, até que acabou por ser preso, em 8 de Julho. Wang era casado e tinha um filho e uma filha.
A lei chinesa permite que qualquer suspeito seja detido por um período de até seis meses, antes que seja apresentada uma queixa formal. Sob a presidência de Xi Jinping, que ascendeu ao poder em 2013, uma campanha contra dissidentes resultou já na detenção de 250 advogados ou activistas dos direitos humanos. Dezenas foram condenados a pesadas penas de prisão por “subversão do poder do Estado”.

24 Set 2019

Pequim | Talibãs reúnem-se com autoridades chinesas

Em vésperas de eleições presidenciais, uma delegação dos talibãs, que condenam e ameaçam o acto eleitoral, encontrou-se com autoridades chinesas em Pequim, numa tentativa de encontrar pontes para acabar com a guerra que dura no país há 18 anos

 

[dropcap]E[/dropcap]nviados dos talibãs, que controlam partes do Afeganistão, reuniram-se com as autoridades chinesas em Pequim para discutir os esforços para encerrar uma guerra que dura há 18 anos, anunciou ontem Pequim.

O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros revelou que a delegação, liderada por Mullah Abdul Ghani Baradar, co-fundador dos talibãs e chefe do escritório político do grupo islamita no Qatar, esteve na capital chinesa.

O porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, disse que Baradar e funcionários do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros trocaram opiniões sobre o “processo de avanço para a paz no Afeganistão”, sem revelar mais detalhes.

Geng apelou aos Estados Unidos e aos talibãs para que “mantenham o ímpeto” das negociações de paz e considerou que a China está pronta para desempenhar um papel construtivo.

As negociações entre os Estados Unidos e os talibãs sobre um acordo de paz colapsaram recentemente. Pequim apoia as negociações para “alcançar a reconciliação nacional, a paz e a estabilidade em breve”, disse Geng.

“A China continuará a desempenhar um papel construtivo nesse sentido”, apontou.
O Afeganistão realiza no sábado uma eleição presidencial, apesar da oposição veemente dos talibãs.

O grupo insurgente islamita alertou os afegãos para não votarem nas eleições e afirmou que os seus combatentes terão como alvo acções de campanha eleitoral e assembleias de voto.

24 Set 2019

Pequim | Talibãs reúnem-se com autoridades chinesas

Em vésperas de eleições presidenciais, uma delegação dos talibãs, que condenam e ameaçam o acto eleitoral, encontrou-se com autoridades chinesas em Pequim, numa tentativa de encontrar pontes para acabar com a guerra que dura no país há 18 anos

 
[dropcap]E[/dropcap]nviados dos talibãs, que controlam partes do Afeganistão, reuniram-se com as autoridades chinesas em Pequim para discutir os esforços para encerrar uma guerra que dura há 18 anos, anunciou ontem Pequim.
O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros revelou que a delegação, liderada por Mullah Abdul Ghani Baradar, co-fundador dos talibãs e chefe do escritório político do grupo islamita no Qatar, esteve na capital chinesa.
O porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, disse que Baradar e funcionários do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros trocaram opiniões sobre o “processo de avanço para a paz no Afeganistão”, sem revelar mais detalhes.
Geng apelou aos Estados Unidos e aos talibãs para que “mantenham o ímpeto” das negociações de paz e considerou que a China está pronta para desempenhar um papel construtivo.
As negociações entre os Estados Unidos e os talibãs sobre um acordo de paz colapsaram recentemente. Pequim apoia as negociações para “alcançar a reconciliação nacional, a paz e a estabilidade em breve”, disse Geng.
“A China continuará a desempenhar um papel construtivo nesse sentido”, apontou.
O Afeganistão realiza no sábado uma eleição presidencial, apesar da oposição veemente dos talibãs.
O grupo insurgente islamita alertou os afegãos para não votarem nas eleições e afirmou que os seus combatentes terão como alvo acções de campanha eleitoral e assembleias de voto.

24 Set 2019

Televisão | Emmys distinguem “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática

“A Guerra dos Tronos” ganhou o prémio de Melhor Série Dramática, mas acabou por perder outras estatuetas para as quais estava nomeada este ano. Os prémios de televisão distinguiram ainda as séries “Chernobyl” e “Fleabag”. Billy Porter fez história ao tornar-se no primeiro actor gay afro-americano a ganhar a estatueta de melhor actor

 

[dropcap]A[/dropcap] 71.ª cerimónia dos prémios Emmy coroou na madrugada passada “A Guerra dos Tronos” como Melhor Série Dramática do ano, fechando em 59 a soma das estatuetas entregues pela Academia de Televisão durante as oito temporadas da saga.

“Fleabag” recebeu o Emmy de Melhor Série de Comédia e “Chernobyl” conquistou o prémio de Melhor Minissérie, sendo que ambas levaram várias outras estatuetas nas respectivas categorias, emergindo como grandes vencedoras da noite. Durante as três horas da cerimónia, que este ano não teve apresentador, ficou claro que “A Guerra dos Tronos” não teria a noite de apoteose que se poderia prever por ser a última temporada.

Quando o actor Michael Douglas anunciou a distinção de Melhor Série Dramática, a quarta vez que este Emmy foi entregue aos criadores do título da HBO, foi desfeita a dúvida que pairou no ar do Microsoft Theater, em Los Angeles, durante toda a noite: apesar de ter batido o recorde de mais prémios para uma série, “A Guerra dos Tronos” perdeu quase todas as estatuetas para que estava nomeada em 2019.

A série recebeu apenas dois prémios Emmy, com Peter Dinklage (“Tyrion Lannister”) a ser o único actor a vencer na categoria de representação para que estava nomeado, Melhor Actor Secundário numa Série Dramática.

Entre Emmys de representação, realização e argumento, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss perdeu para “Killing Eve”, “Pose”, “Ozark” e “Succession”, respectivamente, depois de uma temporada final que suscitou reacções mistas por parte da crítica e dos espectadores.

Ainda assim, “A Guerra dos Tronos” bateu a competição na categoria mais cobiçada, onde concorria com “Better Call Saul”, “Bodyguard”, “Killing Eve”, “Ozark”, “Pose”, “Succession” e “This Is Us”.

A somar aos 10 prémios entregues na semana passada durante os Creative Arts Emmy, a oitava e última temporada da série recebeu um total de 12 estatuetas, tendo sido a mais premiada da 71.ª edição dos prémios.

No discurso de vitória, David Benioff agradeceu a George R.R. Martin por ter criado este universo e ter apostado em dois produtores que nunca tinham feito isto antes.

“É incrível que vocês ainda estejam todos vivos”, disse D.B. Weiss, depois de elogiar o esforço da equipa de produção e dos actores, que filmaram a última temporada em condições muito difíceis, com 70 dias consecutivos em temperaturas extremamente baixas em Belfast, Irlanda.

“Os últimos dez anos foram os melhores da nossa vida, e para todos os que trabalharam nisto, não consigo acreditar que terminámos, não consigo acreditar que o fizemos”, disse Benioff.

Outras recompensas

Na maior noite da televisão em Hollywood, a série “Fleabag”, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge, foi uma das grandes surpresas pela consistência das distinções: quatro Emmy nas categorias de comédia.

O título da Amazon Prime Video levou para casa a estatueta de Melhor Série de Comédia, ultrapassando “Barry”, “The Good Place”, “The Marvelous Mrs. Maisel”, “Russian Doll”, “Schitt’s Creek” e “Veep”.

Phoebe Waller-Bridge também venceu o Emmy para Melhor Actriz numa Série de Comédia e Melhor Escrita para uma Série de Comédia, com Harry Bradbeer a levar a estatueta de Melhor Realização numa Série de Comédia por “Fleabag”.

Nas categorias de Minissérie ou Filme para Televisão, foi “Chernobyl”, da HBO, que levou os prémios mais cobiçados, vencendo Melhor Escrita para Minissérie ou Filme e Melhor Realização em Minissérie ou Filme, além de Melhor Minissérie. A seguir a “A Guerra dos Tronos”, foi segunda série mais premiada nas duas noites de entregas de Emmy, com um total de 10 estatuetas,

Seguiu-se “The Marvelous Mrs. Maisel”, com oito, “Free Solo”, com sete, e “Fleabag”, com seis. Os Emmy, devido ao número elevado de categorias, são habitualmente entregues em duas cerimónias, com a segunda a ser transmitida ao vivo a partir de Los Angeles.

“Last Week Tonight With John Oliver” levou o Emmy de Melhor Série de Variedades – ‘talk show’ e “Saturday Night Live” recebeu o prémio de Melhor Série de Variedades – ‘sketch’. “Bandersnatch (Black Mirror) foi o Melhor Filme para Televisão.

História feita

A cerimónia dos Emmys ficou ainda marcada pela entrega do prémio de Melhor Actor em Série Dramática a Billy Porter, que se tornou no primeiro gay afro-americano a receber o Emmy.

Na mesma categoria feminina, não houve a vitória histórica que se esperava: se Sandra Oh tivesse vencido, seria a primeira actriz de ascendência asiática a levar para casa a estatueta de Melhor Actriz em série dramática. No entanto, foi Porter quem fez história, ao ser distinguido pelo papel de Pray Tell que interpreta na série do canal FX “Pose”, cuja acção mostra a subcultura da comunidade LGBTQ na Nova Iorque do final dos anos oitenta.

“Tantas pessoas me ajudaram a chegar aqui ao longo do caminho”, notou Billy Porter no discurso de vitória, depois de afirmar que “todos têm o direito” de andar no mundo e sentir que pertencem.

“Nós, como artistas, somos aqueles que mudam a estrutura molecular dos corações e mentes das pessoas que caminham nesta Terra”, afirmou, terminando com um pedido que foi reiterado por outras personalidades ao longo da cerimónia: “por favor, não parem de dizer a verdade”.

Para levar a estatueta para casa, Porter teve de bater concorrentes de peso, incluindo Kit Harington, da favorita “A Guerra dos Tronos”, Jason Bateman, de “Ozark”, Sterling K. Brown, de “This Is Us”, Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”, e Milo Ventimiglia, de “This is Us”.

Na categoria de Melhor Actriz em série dramática, Sandra Oh perdeu para a sua co-protagonista em “Killing Eve”, Jodie Corner, que interpreta Villanelle na série da BBC America.

24 Set 2019