Aeroporto | Mais de dois milhões de passageiros no terceiro trimestre

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) registou mais de dois milhões de passageiros no terceiro trimestre, um crescimento de 13 por cento em relação a igual período do ano passado, foi ontem anunciado. Entre Julho e Setembro, foram registados 2,150 milhões de passageiros e 16 mil movimentos aéreos.

Só em Julho, o mês “mais movimentado de sempre”, descolaram ou aterraram em Macau mais de 5.700 aviões com 740 mil passageiros, indicou na altura a sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM).

Depois de conhecidos os resultados do primeiro semestre, a CAM disse esperar receber mais de oito milhões de passageiros em 2018, mais de meio milhão do que o previsto no início do ano, estimativa revista em alta devido ao crescimento registado até finais de Junho. Nos primeiros seis meses do ano, o aeroporto registou mais de quatro milhões de passageiros, um aumento de 20 por cento em comparação com o período homólogo de 2017.

Até finais de Setembro, 31 companhias aéreas operavam naquele aeroporto, fazendo a ligação entre Macau e 50 destinos no interior da China, Taiwan, Sudeste asiático e nordeste da Ásia. Para os últimos três meses de 2018, o aeroporto anunciou seis novas rotas: Daegu (Coreia do Sul) Xian (China), Kunming (China), Koh Samui (Tailândia), Krabi (Tailândia) e Cebu (Filipinas).

12 Out 2018

Segurança do Estado | Directivas traçadas na primeira reunião

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]eve lugar no passado dia 5 deste mês a primeira reunião da recém-criada Comissão de Defesa da Segurança do Estado, que teve na agenda, de acordo com um comunicado, “a elaboração do sistema e organização da defesa da segurança nacional que irá servir de orientação para os trabalhos inerentes a esta matéria”.

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, esteve presente no encontro que contou com a presença dos secretários para a Segurança, Wong Sio Chak, e para a Administração e Justiça, Sónia Chan. Para o Chefe do Executivo, é prioritário que a comissão “coordene e reforce a construção do sistema, mecanismo e regime legal de Macau para a defesa da segurança nacional e melhore de forma continuada os trabalhos inerentes a esta matéria”.

Chui Sai On também defende a criação de um “sistema de gestão para salvaguardar a segurança nacional sob uma liderança unificada do Governo”, além de que é “necessário criar e aperfeiçoar o regime legal da segurança nacional, combinando as características de Macau e cumprindo as responsabilidades da lei”.

O governante máximo da RAEM também quer que os serviços públicos se esforcem “para elevar o profissionalismo, desenvolver bem as suas competências funcionais e tomar a iniciativa de trabalho”. Tudo para “prevenir e combater as actividades ilegais e criminosas que ponham em causa a segurança nacional e a estabilidade política e social”. Deve também “elevar-se a compreensão ideológica”, bem como “estar firme na posição política”. É também necessário, de acordo com Chui Sai On, “intensificar a educação sobre a segurança nacional no seio de toda a sociedade”.

12 Out 2018

Brasil/Eleições | Congresso de José Saramago fez apelo à defesa da democracia

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pelos para salvar a democracia no Brasil marcaram esta quarta-feira, em Coimbra, o encerramento do congresso internacional sobre José Saramago, em que a viúva do escritor assinou um documento contra a ascensão da extrema-direita no maior país lusófono.

“Há que salvar a democracia no Brasil. Não se pode chegar a uma ditadura fascista votando”, na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, no dia 28, entre Jair Bolsonaro (Partido Social Liberal, extrema-direita) e Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores, esquerda), disse Pilar del Río à agência Lusa, no final dos trabalhos.

A presidente da Fundação José Saramago assinou um texto que circulou entre os congressistas, muitos deles oriundos do Brasil, intitulado “Em defesa da democracia”, após ter proferido um discurso de encerramento em que questionou a atual situação política na pátria do escritor Jorge Amado e do cantor Chico Buarque, com uma referência política que mereceu o aplauso dos presentes.

“Temos uma experiência terrível com Hitler”, que nos anos 30 do século XX chegou ao poder na Alemanha através de eleições, alertou depois, em declarações à Lusa.

Para Pilar del Río, “não se trata de votar em A ou B”, mas antes de prevenir as consequências futuras de um eventual sufrágio popular, nas urnas, de políticas de intolerância que negam a democracia e discriminam as minorias.

“Antes de nos arrependermos no futuro, sejamos ativos agora, não o permitamos”, preconizou a viúva do autor de “Levantado do Chão”, que há 20 anos foi distinguido pela Academia Sueca com o Prémio Nobel da Literatura.

No documento sobre as eleições no Brasil, os congressistas manifestam-se “profundamente preocupados com o que está acontecendo no Brasil” em torno do processo eleitoral.

“Estão em jogo valores e conquistas de uma civilização ocidental que o Brasil abraçou ao longo de séculos. Democracia, tolerância, direitos humanos, cultura da paz, sempre!”, proclamam.

José Saramago, recordou Pilar del Río, “tinha raiva de que neste momento há meios para evitar a desgraça, as agruras, a pobreza e não estamos a usar os mecanismos que temos para o bem comum” – um pouco por todo o mundo – “e isso indignava-o profundamente”.

“Trata-se de levantar a cabeça, dizer que somos humanos, que não somos seres descartáveis, e eleger o nosso futuro democraticamente”, defendeu.

Na segunda volta das eleições no Brasil, no dia 28, “há que votar bem, há que votar contra isso”, tendo em conta que na sociedade “há pobres, mulheres, diferentes e emigrantes” que precisam de solidariedade e da proteção dos poderes públicos.

Pilar del Río destacou, por outro lado, a presença das personagens femininas na obra literária de Saramago.

As mulheres “são as personagens fundamentais e fortes da obra saramaguiana”, as quais “não se acomodam às circunstâncias”, acrescentou.

Elas “têm valores e com esses valores vão para a vida, independentemente do que está na moda”, afirmou a antiga jornalista.

A primeira volta das eleições no Brasil foi vencida por Jair Bolsonaro, com 46% dos votos, enquanto o seu opositor Fernando Haddad ficou em segundo lugar, com 29,3%.

Organizado pela Universidade de Coimbra, em colaboração com a Fundação José Saramago e outras entidades, o congresso “José Saramago: 20 anos com o Prémio Nobel” decorreu em Coimbra, entre segunda-feira e hoje, tendo a abertura dos trabalhos contado com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.

12 Out 2018

Brasil/Eleições | Sondagem dá maioria a Bolsonaro na segunda volta

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] candidato às eleições presidenciais brasileiras Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), recolhe 58% das intenções de voto, enquanto Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), tem 42%, segundo uma sondagem ontem divulgada.

Este é o resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a primeira relativa à segunda volta das eleições presidenciais, que utiliza o critério dos votos válidos, ou seja, exclui votos brancos nulos e indecisos.

Na primeira volta das presidenciais brasileiras, Bolsonaro obteve 46% dos votos válidos e Haddad 29%. Quando se leva em conta a intenção de voto total, contando votos brancos e nulos e indecisos, Bolsonaro conquista 49% das intenções de voto e Haddad regista 36%, nesta sondagem hoje realizada.

Brancos e nulos somam agora, segundo o Datafolha, 8%. Outros 6% dos entrevistados declaram-se indecisos. A sondagem auscultou 3.235 pessoas em 227 municípios do Brasil. A margem de erro é de dois pontos.

Cinco partidos declaram-se neutros

Mais cinco partidos políticos anunciaram ontem que permanecerão neutros na segunda volta das presidenciais brasileiras de 28 de outubro, numa disputa entre o candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro e o socialista Fernando Haddad.

As formações políticas que anunciaram a decisão de não apoiar qualquer um dos dois candidatos foram o Partido da República (PR), o Democratas, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), o Partido Popular Socialista (PPS) e o Podemos.

A maioria destes partidos fazia parte da coligação de apoio ao candidato presidencial Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que, na primeira volta do sufrágio, no passado domingo, ficou em quarto lugar, com 4,6% dos votos, apesar de ter contado com o apoio de vários partidos de centro.

O próprio PSDB, um dos partidos mais tradicionais do Brasil e que governou o país entre 1995 e 2002, com Fernando Henrique Cardoso, anunciou nesta terça-feira a sua decisão de permanecer neutro na segunda volta, por não ter intenções de apoiar nenhum dos candidatos na corrida presidencial.

No mesmo dia, o Partido Novo, do candidato presidencial João Amoêdo, anunciou a sua neutralidade na segunda volta das eleições, tendo declarado que não apoiará Jair Bolsonaro(PSL) e ser “absolutamente contra o PT”, cujo candidato é Fernando Haddad.

De acordo com um comunicado, o Novo manifestou-se descontente com o cenário presidencial na segunda volta. “Não é aquele que desejávamos”, informou o partido.

O comunicado justificou os motivos do posicionamento contra o Partido dos Trabalhadores (PT), sendo as “ideias e práticas opostas”, mas não explicou os motivos contra o apoio a Bolsonaro.

A maioria dos partidos que se declarou neutro esclareceu que não apoia as propostas do candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, polémico por ser um defensor da ditadura militar que vigorou no país entre 1964 e 1985 e pelas suas declarações de teor machista, racista e homofóbico.

No entanto, também não expressam apoio ao candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, o sucessor do ex-Presidente brasileiro que se encontra preso por corrupção, Luiz Inácio Lula da Silva.

11 Out 2018

Associação guineense alerta para ameaça à pesca ilegal no país da China, entre outros 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] associação guineense que participa no Festival da Lusofonia de Macau escolheu como tema a pesca tradicional daquele país, ameaçada por actores internacionais, entre eles a China, disse à Lusa a presidente daquela entidade.

“Hoje em dia tem havido fluxos de barcos da China que acabam por pôr em causa esse modo de vida”, afirmou a presidente da Associação dos Guineenses, Naturais e Amigos da Guiné-Bissau em Macau.

Grazia Lopes criticou a pesca indiscriminada na zona económica exclusiva no país feito pela China, mas também pelos vizinhos da costa de África, como o Senegal, que na sua opinião estão a afectar “o modo de viver” dos guineenses, principalmente nas ilhas.

“A nós cabe-nos chamar a atenção às autoridades e às pessoas que têm alguma influência nesta área”, referiu a presidente, constatando que a associação não tem poderes para intervir, mas sim para mudar mentalidades e avisar para o problema.

Nesse sentido, a associação decidiu usar ‘palco’ do Festival da Lusofonia, que todos os anos acolhe em Macau milhares de pessoas dos países de língua portuguesa e também residentes locais, para mostrar “a importância da pesca tradicional na cultura guineense”, apontou a presidente.

“Dá-nos a oportunidade de mostrámos a nossa cultura e a forma como as famílias vivem”, disse.

O Festival da Lusofonia de Macau regressa às Casas-Museu da Taipa, entre 19 e 21 de Outubro, para recriar o ambiente das festas populares portuguesas, com música, artesanato e gastronomia dos países de língua portuguesa.

Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Damão e Diu, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau vão ter expositores com artesanato e “petiscos e bebidas típicas” junto às Casas-Museu da Taipa.

11 Out 2018

Governo australiano trata “com cuidado” relacionamento com a China

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro australiano disse hoje que o relacionamento de Camberra com a China é importante e tratado “com cuidado”, embora tenha admitido que as duas nações se mantêm distantes.

“A realidade é que temos relações comerciais muito construtivas com a China, [mas] não partilhamos os mesmos valores e princípios”, afirmou Scott Morrison à estação de rádio australiana 3AW.

A China é o principal parceiro comercial da Austrália, mas as relações bilaterais têm estado tensas nos últimos meses devido às suspeitas de que Pequim interferiu na política interna de Camberra.

Em relação às diferenças comerciais e à crescente tensão entre os Estados Unidos e a China, Morrison destacou o papel da Austrália na aproximação entre as duas nações.

“O nosso papel é fechar a lacuna” entre essas duas potências, argumentou Morrison. “Nós partilhamos valores e mantemos uma aliança profunda com os Estados Unidos e temos uma aliança estratégica com a China”, afirmou.

11 Out 2018

Timor-Leste está “viciado pelo petróleo” e sem alternativas económicas, diz presidente

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]imor-Leste é um país “viciado pelo petróleo”, cujo potencial “não está a ser estimulado, desenvolvido, trabalhado”, importando quase tudo o que consome e sem políticas públicas geradoras de emprego, disse hoje o Presidente timorense.

“Estamos a importar quase tudo. Temos um desemprego considerável e até agora uma teimosa incapacidade de políticas públicas geradoras de emprego”, afirmou, em Díli, Francisco Guterres Lu-Olo.

Na análise da situação atual, o Presidente timorense repetiu uma mensagem antiga, de que “a economia está excessivamente dependente das receitas petrolíferas”.

“O êxodo rural é um problema sério que desde já tem implicações negativas no nosso país. O reforço do setor privado, um verdadeiro imperativo na esfera económica”, afirmou num discurso perante os principais empresários do país.

Francisco Guterres Lu-Olo falava na abertura do 3.º Congresso Nacional da Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL), numa altura em que o país atravessa uma grave crise económica, provocada por mais de um ano de tensão política, ainda não totalmente resolvida.

O encontro conta com a presença de vários dos principais empresários timorenses e representantes de associações, cooperativas e entidades dos 12 munícipios e da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA).

Sob o tema “Por um Setor Privado Mais Criativo, Produtivo e Sustentável”, esta reunião marca uma vontade de reforço da capacidade organizativa e de capacitação empresarial nacional para responder aos desafios nacionais, considerou.

“O setor privado tem um papel importante no desenvolvimento de qualquer economia. O Estado não pode deter o monopólio de potenciar a atividade económica do país, ou seja, não pode dinamizar a economia do país, detendo competência exclusiva”, disse Lu-Olo.

O chefe de Estado lembrou que quase 90% do orçamento é financiado através do Fundo Petrolífero de onde, desde a sua criação em 2005 e até 2017, “foram levantados mais de 9,6 mil milhões de dólares” (8,3 mil milhões de euros), com as receitas domésticas não petrolíferas a representarem pouco mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Um dos principais desafios da economia de Timor-Leste é o enorme desequilíbrio da sua balança comercial devido a importações muito grandes que não são compensadas por exportações significativas”, afirmou.

No ano passado, as importações de bens e serviços corresponderam a 58% do produto interno bruto não-petrolífero, com um défice comercial anual de mais de 900 milhões de dólares, referiu.

Lu-Olo insistiu que é urgente fortalecer outros setores da economia, com destaque para agricultura e pescas, o que ajudaria igualmente a combater a subnutrição no país e a fortalecer o emprego.

“O desemprego é um dos problemas mais graves da nossa sociedade atual. Apesar do setor privado timorense contribuir com mais de 60 mil empregos, ainda não é suficiente para acomodar os mais de 15 mil jovens que anualmente entram no mercado de trabalho”, alertou.

Aos empresários, o chefe de Estado sublinhou que “o setor privado nacional ainda é muito fraco” e exige esforços de capacitação, comprometendo-se a articular com o Governo para ajudar “a dotar de meios e de recursos o setor privado nacional” na fase atual de arranque.

11 Out 2018

Organização do Festival da Lusofonia de Macau espera cerca 25 mil participantes

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] organização do Festival da Lusofonia de Macau espera acolher cerca 25 mil participantes, entre 19 e 21 de outubro, informou o Instituto Cultural (IC).

“O evento o ano passado durou 4 dias e teve cerca de 25.000 participantes. Este ano, o evento terá a duração de 3 dias e são esperadas 25.000 pessoas”, apontou o IC, numa nota enviada à lusa.

As autoridades de Macau destacaram a longevidade e o sucesso deste festival: “a primeira edição do Festival da Lusofonia realizou-se em 1998, integrada no programa de atividades que celebra o Dia Nacional de Portugal, a 10 de Junho, em homenagem aos residentes da comunidade de língua portuguesa residentes em Macau pela sua contribuição para o desenvolvimento do território”.

Para o IC este festival “ganhou uma tal popularidade” que já é um dos maiores eventos culturais no território que “contribuiu para a promoção do turismo local e internacional”, devido ao “programa diversificado de atividades, nomeadamente a cultura de cada comunidade residente em Macau, como a gastronomia, música e dança e jogos para todas as idades”.

A partir do dia 19 de outubro, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Damão e Diu, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau vão ter expositores com artesanato e petiscos e bebidas típicas junto às Casas-Museu da Taipa.

Em resposta à Lusa, a Casa de Portugal destacou que este ano o espaço luso “vai contar com a presença do artesão Arlindo Moura, da Rota da Filigrana, que concilia esta arte com a cortiça”, enfatizando para a importância desta festa no território “para todos os membros das diversas comunidades lusófonas”.

Já a Casa do Brasil em Macau aposta no artista brasileiro Fábio Panone Lopes, que trabalha com grafite, para transformar o espaço canarinho numa favela.

“Ele vai pintar uma mini favela, que é uma realidade brasileira, para nós mostrarmos que não há só coisas más nas favelas, também há muita coisa boa”, explicou à Lusa a presidente da Casa do Brasil, Jade Martins.

A associação guineense escolheu como tema a pesca tradicional daquele país. “Dá-nos a oportunidade de mostrámos a nossa cultura e a forma como as famílias vivem”, apontou a presidente da Associação dos Guineenses, Naturais e Amigos da Guiné-Bissau em Macau, Grazia Lopes.

Por outro lado, a associação de Timor-Leste vai apostar na promoção turística do país, especialmente “as praias paradisíacas do ilhéu de Jaco”, porque Timor-Leste, “não é só Díli”, disse a vice-presidente da Associação de Amizade Macau-Timor.

A presidente da Associação Amizade Macau-Cabo Verde, Ada Sousa, apontou que este ano o país irá dar ênfase às danças tradicionais do país.

Por fim, o presidente Associação Angola-Macau, Alexandre Correia da Silva, preferiu destacar o facto do evento “ser muito importante para a comunidade de Macau” e que no ‘stand’ do país vão estar algumas informações sobre Angola.

O Festival da Lusofonia articula-se com a semana cultural da China e países lusófonos, que está a decorrer desde segunda-feira, com a participação de mais de 130 artistas com concertos no Largo do Senado, no coração de Macau, e na Doca dos Pescadores de grupos de Portugal (D.A.M.A), Cabo Verde (Grace Évora e Banda), Angola (Paulo Flores), Timor-Leste (Black Jesuz), Moçambique (Moza Band), Brasil (Banda Circulô), Guiné-Bissau (Rui Sangara), São Tomé e Príncipe (Alex Dinho) e China (Grupo Artístico Folclórico de Songjiang).

11 Out 2018

Trump diz que a Fed enlouqueceu em reação à forte queda de Wall Street

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que “a Reserva Federal (Fed) enlouqueceu”, em reação à acentuada queda bolsista ocorrida na quarta-feira em Wall Street.

Questionado se está preocupado pelo resultado da sessão bolsista na praça nova-iorquina, Donald Trump respondeu que se trata de uma “correção que já era esperada há muito tempo”, continuando as suas críticas à Fed, o banco central norte-americano.

“A Fed está a cometer um erro. Creio que a Fed enlouqueceu”, respondeu aos jornalistas em Erie, no estado da Pensilvânia, antes de realizar um comício.

“Há quem diga que [a subida das taxas de juro] dá muita segurança, e sim, dá muita segurança e muita margem, mas creio que a Fed enlouqueceu”, acrescentou.

Wall Street encerrou hoje com fortes e generalizadas baixas, na sua pior sessão em oito meses, com os índices de referência a perderem mais de 3%: o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 3,15%, o alargado S&P 500 recuou 3,29% e o tecnológico Nasdaq desvalorizou 4,08%.

11 Out 2018

Taylor Swift é a grande vencedora dos American Music Awards e apela ao voto nos EUA

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]aylor Swift foi a grande vencedora dos American Music Awards (AMA), na noite de terça-feira, no Microsoft Theater, em Los Angeles, com quatro galardões, incluindo artista do ano, assim como a latina Camila Cabello, que arrecadou outras quatro distinções.

No discurso de agradecimento dos prémios, a cantora norte-americana – que, além de artista do ano, recebeu ainda o de digressão do ano, melhor álbum Pop/Rock e melhor artista feminina Pop/Rock – reforçou o apelo aos americanos para que votassem nas eleições intercalares de novembro, dois dias depois de, na rede social Instagram, ter declarado que vai votar pelo Partido Democrata.

“Só quero mencionar que este prémio [artista do ano] e todos e cada um dos prémios entregues esta noite foram votados pelo povo. E sabem que mais é que o povo vai votar? (…). As eleições intercalares de 06 de novembro. Saiam e votem”, disse Taylor Swift, em Los Angeles.

A estrela pop fez referência às próximas eleições nos EUA, nas quais os democratas esperam recuperar o terreno perdido contra os republicanos e o atual presidente, Donald Trump.

Swift tem chamado a atenção da comunicação social nos últimos dias, depois de ter quebrado o seu silêncio político e escrito uma longa mensagem na rede social Instagram, na qual tem 112 milhões de seguidores, em que garante que votará em candidatos democratas.

Desde segunda-feira, de acordo com a plataforma vote.org, os centros de recenseamento têm registado números recorde de inscrições, sobretudo em eleitores entre os 18 e os 29 anos. Dos 240 mil novos registos de outubro, em vésperas de fecho do recenseamento, 102 mil são posteriores ao apelo de Taylor Swift, segundo esta associação.

A outra grande vencedora da noite dos American Music Awards foi a cubano-americana Camila Cabello, que venceu nas categorias de nova artista do ano, melhor colaboração, melhor vídeo e melhor canção Pop/Rock (estas últimas três categorias para o tema “Havana”).

“Não posso acreditar que ganhei este”, disse a jovem cantora ao receber o prémio de nova artista do ano.

Cabello, que afirmou estar “sem palavras”, agradeceu aos seus pais, presentes na cerimónia, e aos seus seguidores.

Por seu turno, a também latina Cardi B, uma das favoritas aos AMA com oito nomeações, ganhou três prémios: melhor artista de rap/Hip-Hop, melhor rap, por “Bodak Yellow” e melhor música de soul/R&B, por “Finesse” com Bruno Mars.

A rapper foi, além disso, uma das estrelas da noite com uma interpretação muito latina e espetacular de sua música “I Like It”, com o colombiano J Balvin e o porto-riquenho Bad Bunny.

Pior sorte teve o canadiano Drake, que também tinha oito nomeações, mas acabou por sair da gala de mãos vazias.

A 46ª edição da AMAs, que teve Tracee Ellis Ross como mestre de cerimónias, começou com Taylor Swift interpretando ao vivo “I Did Something Bad”.

Frente ao microfone, também desfilaram, além de Cardi B e Camila Cabello, outros artistas como Mariah Carey, Jennifer Lopez, Shawn Mendes, Twenty One Pilots, Dua Lipa, Ciara ou Carrie Underwood.

O grupo norte-americano Panic! At the Disco prestou homenagem à banda inglesa Queen, com a famosa música “Bohemian Rhapsody”.

No entanto, o momento mais emocionante dos AMA foi o tributo à estrela da ‘soul’ Aretha Franklin, que morreu em agosto, aos 76 anos, no qual se juntaram as vozes de cantoras como Gladys Knight, Ledisi e CeCe Winans.

As nomeações para os American Music Awards baseiam-se nas vendas recordes de álbuns e músicas digitais, transmissões de rádio e ‘streaming’ (transmissão ‘online’) medidos pela Billboard e os seus parceiros Nielsen Music e Next Big Sound. Em contrapartida, os vencedores são escolhidos pelos fãs, com os seus votos.

11 Out 2018

Academia Angolana de Letras contra ratificação do Acordo Ortográfico

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Academia Angolana de Letras (AAL) pediu ao Governo que não ratifique o Acordo Ortográfico (AO), perante os “vários constrangimentos identificados” no documento, que necessita de uma revisão.

A decisão foi apresentada pelo reitor da Universidade Independente de Angola e membro da AAL Filipe Zau, numa conferência de imprensa em que, pela primeira vez, a academia, criada oficialmente em setembro de 2016 e que conta com 43 membros, tomou uma posição pública sobre o Acordo Ortográfico, apresentado em 1990.

“Recomendamos a todos os Estados [membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP] e ao Estado angolano, que é necessário retificar para que se possa ratificar”, disse à agência Lusa Filipe Zau.

Segundo o docente, a academia, que tem como patrono e ocupante da “cadeira número um” o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, decidiu tomar posição após auscultar os membros.

“Não estamos contra o Acordo Ortográfico em sim, estamos contra este acordo”, sublinhou.

No comunicado, a AAL apresenta um conjunto de razões para justificar a tomada de posição, destacando que, no âmbito dos pressupostos do Acordo Ortográfico de 1990, existe “um número elevado de exceções à regra” que, acrescenta-se, “não concorre para a unificação da grafia do idioma [português], não facilita a alfabetização e nem converge para a sua promoção e difusão” em Angola.

Por outro lado, a AAL lembra que o acordo “diverge, em determinados casos”, de normas da Organização Internacional para a Padronização (ISSO) sobre o conceito ligado à ortografia, além de “não refletir” os princípios da UNESCO nem os da Academia Africana de Letras (ACALAN) sobre a “cooperação linguístico-cultural com vista à promoção do conhecimento enciclopédico e de paz”.

“Face aos constrangimentos identificados e o facto de não ser possível a verificação científica dos postulados de todas as bases do AO, fator determinante para a garantia da sua utilização adequada, a AAL é desfavorável à ratificação por parte do Estado angolano”, lê-se no documento.

A AAL sublinha que, tendo em conta a contribuição de étimos de Línguas Bantu na edificação do Português, o AO não considera a importância das línguas nacionais angolanas como fator de identidade nacional.

“A escrita de vocábulos, cujo étimos provenham de línguas bantu, deve ser feita em conformidade com as normas da ortografia dessas línguas, mesmo quando o texto está escrito em português”, defende a AAL, entidade presidida pelo escritor Boaventura Cardoso e que tem Pepetela como presidente da Mesa da Assembleia Geral.

A academia, sublinha-se no documento, constatou a necessidade de o AO ter de ser objeto de “ampla discussão” entre os vários Estados membros da CPLP, considerando “indispensável” que se estabeleça um “período determinado para a análise, discussão e concertação de ideias” à volta do assunto.

“Tem de se encontrar um denominador comum que permita harmonizar a aplicação do AO de 1990 em todo o espaço comunitário”, refere a AAL, recomendando “maior investimento” dos Estados num “ensino de qualidade”, quem em português, quer nas línguas nacionais, “como contribuição para a preservação” dos vários idiomas.

Na conferência de imprensa, o presidente da AAL, Boaventura Cardoso, lembrou que, em Angola, a língua portuguesa é a oficial e é falada “mais ou menos em todo o país”, tendo-se tornado “materna” para grande parte dos angolanos, uma vez que 65% da população utiliza-a na comunicação diária, tal como revelou o último censo populacional de 2016.

Para Boaventura Cardoso, muitos dos problemas que se levantam e que constituem erros passam sobretudo pela ausência do AO de 1990 dos sons pré-nasais, duplos plurais e de respeito pelos radicais das palavras que emigram das línguas nacionais para o português.

“Impõe-se, pois, rever esta situação e, no nosso caso particular, rever a questão da escrita da toponímia angolana, reassumindo os ‘k’, ‘y’ e ‘w’ na grafia da Língua Portuguesa”, sublinhou, exemplificando ainda com dois exemplos de sons pré-nasais.

“Ngola ou Gola. No primeiro caso, Ngola, trata-se do título do titular máximo do poder no contexto da língua nacional kimbundu. Sem o som pré-nasal, significa a parte superior de uma peça de vestuário. O mesmo se passa com Mfumu e Fumo: Mfumu significa ?chefe’ nas várias hierarquias. Fumo significa o que de tal termo se conhece na Língua Portuguesa”., exemplificou.

Para Boaventura Cardoso, o AO de 1990 “trouxe mais problemas do que resolveu”: “trouxe o iminente risco de uma deriva arriscada que pode levar à desvirtualização da Língua Portuguesa”.

Dos nove países da CPLP, apenas quatro Estados ratificaram o acordo: Cabo Verde, Brasil, São Tomé e Príncipe e Portugal.

11 Out 2018

World Press Photo 2018 | Macau recebe fotojornalista Robin Moyer

Robin Moyer

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fotojornalista Robin Moyer, vencedor de vários prémios, vai realizar no sábado, em Macau, uma palestra no âmbito da exposição World Press Photo 2018. Organizado pela Associação de Imprensa Portuguesa e Inglesa de Macau (AIPIM) e pela Casa de Portugal, “Prazos- Uma conversa de Robin Moyer”, está marcada para a Fundação Oriente-Casa Garden de Macau.

Sedeado em Hong Kong, Robin Moyer foi já distinguido com vários prémios por trabalhos na Ásia e no Médio Oriente, incluindo o World Press Photo Premier Award e Robert Capa Gold Citation do Overseas Press Club de Nova Iorque, ambos pelo trabalho publicado na revista Time sobre a guerra no Líbano (1982).

A exposição World Press Photo 2018, com 161 fotografias captadas por 42 fotógrafos de 22 países, está patente ao público na Casa Garden pelo 11.º ano consecutivo e até 21 de Outubro.

11 Out 2018

Mais de metade da população chinesa viajou durante Semana Dourada

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de metade da população chinesa viajou dentro do país e gastou, no conjunto, 75.200 milhões de euros, durante as viagens, entre 1 e 7 de Outubro, período que assinala a fundação da China comunista.

No período conhecido como ‘semana dourada’, um total de 726 milhões de chineses realizaram viagens domésticas. Com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo.

Segundo o ministério chinês do Comércio, durante aquela semana, os sectores da restauração e retalho facturaram 1,4 biliões de yuan, sobretudo em comida orgânica, têxtil, televisões de alta definição ou veículos.

Durante o último dia de férias, 15,2 milhões de pessoas viajaram de comboio, de acordo com o operador nacional China Railway Corporation, que reforçou as ligações ferroviárias com 800 comboios durante aquele período.

Fotografias difundidas nas redes sociais chinesas mostram uma densa massa humana ao longo de várias secções da Grande Muralha, uma das principais atracções turísticas da China.

Mas dados publicados pela agência noticiosa oficial Xinhua colocam a província de Guizhou, uma das mais pobres do país, entre os destinos mais visitados, com um total de 49 milhões de turistas, uma subida homóloga de 37,6%.

Entre 1 e 7 de Outubro, 6,63 milhões de chineses viajaram para fora do país, mais 9,8% do que durante o mesmo período do ano passado, segundo dados difundidos pela televisão estatal CCTV.

Tailândia, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Rússia, Canadá, Estados Unidos, França e Reino Unido estão entre os destinos mais visitados.

11 Out 2018

Guerra comercial | China avisa que não vai subjugar-se aos EUA

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China avisou ontem que não vai subjugar-se aos Estados Unidos, mesmo que Washington imponha mais taxas alfandegárias sobre bens chineses, num sinal de que a guerra comercial entre os dois países se deverá agravar.

“Existe a ideia nos EUA de que, enquanto continuarem a aumentar as taxas alfandegárias, a China vai recuar. Eles não conhecem a história e cultura chinesas”, advertiu o ministro do Comércio chinês, Zhong Shan, num comunicado difundido pela agência noticiosa Bloomberg.

“Esta nação inabalável sofreu ameaças de países estrangeiros várias vezes na História, mas nunca sucumbiu, nem nas condições mais difíceis”, afirmou Zhong.

O ministro chinês lembrou também que a China “não quer uma guerra comercial, mas vai erguer-se para enfrentar as disputas”.

“Os EUA não devem subestimar a determinação e vontade da China”, sublinhou.

Trata-se, até à data, da mais forte tomada de posição da China à decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor taxas alfandegárias sobre quase metade dos bens chineses importados pelos EUA.

O comunicado de Zhong Shan surgiu poucos dias depois da deslocação do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a Pequim, onde se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

Confiança minada

Wang disse que os EUA danificaram a “confiança mútua” e que devem parar com “acções incorretas” contra a China, enquanto Pompeo admitiu existirem “divergências fundamentais” entre os dois países.

Os EUA acusaram a China de forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia, enquanto protege as firmas domésticas da concorrência externa. Mas Zhong Shan reiterou que a China não usurpa tecnologia.

“Quero enfatizar que as leis e regulações chinesas não contêm qualquer exigência sobre transferência de tecnologia, e que a compra de tecnologia e patentes é apenas um comportamento do mercado”, disse.

O ministro defendeu que “o desenvolvimento económico e o progresso cientifico e tecnológico da China devem-se à reforma e abertura [do país] e aos esforços do povo chinês”.

Mas as disputas entre os dois países superaram, nas últimas semanas, as questões comerciais, com Trump a acusar a China de interferir nas eleições intercalares norte-americanas.

Na semana passada, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, condenou ainda Pequim por usar “todos os meios ao seu dispor” para minar o sistema político norte-americano.

11 Out 2018

Clube Militar | Mostra celebra “diversidade e equilíbrio” do mundo lusófono

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já a partir de sexta-feira que o Clube Militar acolhe uma exposição de pintura que celebra a “diversidade e o equilíbrio” de artistas, técnicas e temas do mundo lusófono, disse à Lusa um dos curadores da mostra.

“Aquilo que procuramos fazer todos os anos é trazer [a Macau] um conjunto diversificado, uma colectiva com um artista de cada país [de língua portuguesa]”, explicou José Isaac Duarte, responsável pela curadoria a par de Lina Ramadas.

Ao todo, são nove os artistas representados na exposição, cada um com três trabalhos originais: Dila Moniz (Angola), Graça Tirelli (Brasil), Hélder Cardoso (Cabo Verde), Hipólito Ismael Djata (Guiné-Bissau), Lio Man Cheong (Macau), Graça Costa (Moçambique), Alfredo Luz (Portugal), Kwame Sousa(São Tomé e Príncipe) e Gelly Neves (Timor-Leste).

“Procuramos encontrar obras significativas do trabalho daqueles artistas, artistas diferentes todos os anos, neste contexto de diversidade de modo a que a exposição seja diversificada e equilibrada”, apontou José Duarte.

Integrada na série anual “Pontes de Encontro”, a exposição de pintura lusófona vai estar patente entre 12 de Outubro e 4 de Novembro no Clube Militar de Macau.

11 Out 2018

Construção civil | Sector com receitas superiores a 65 mil milhões

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] sector da construção em Macau registou receitas em 2017 de 65,91 mil milhões de patacas, menos 18,8 por cento que no período homologo do ano anterior, informaram hoje as autoridades.

O valor das obras caiu devido “à conclusão em 2016 de obras de instalações de hotéis e entretenimento”, mas também devido “ao número reduzido de projetos de dimensão semelhante em 2017”, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos de Macau (DSEC).

Em 2017, o valor das obras de instalações de hotéis e entretenimento diminuiu 34,1 por cento, para 31,59 mil milhões de patacas, relativamente a 2016. No ano passado, existiam 3.061 estabelecimentos no sector da construção, um aumento de 141 empresas face a 2016. De acordo com a DSEC, há a registar menos 3.356 trabalhadores na construção em 2017 do que no ano anterior, tendo sido contabilizado um total de 41.960 no ano passado.

11 Out 2018

Crime | Prostituta acusada de extorsão depois de promessa de amor

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a passada segunda-feira, uma mulher foi detida pela Polícia Judiciária num caso insólito de extorsão. A suspeita em questão, prostituta, tinha acabado de extorquir o cliente que lhe havia prometido meses antes que iria viver com ela para sempre.

Foi pedido ao homem que transferisse 90 mil HKD para a conta bancária da prostituta em troca do silêncio da prostituta quanto à venda de serviços sexuais.

De acordo com o Jornal Ou Mun, a vítima conheceu a detida, de apelido Tou, numa aplicação móvel.

11 Out 2018

Macaenses | Encontro da Comunidade Juvenil começa no próximo dia 23

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] IV Encontro da Comunidade Juvenil Macaense vai decorrer entre os dias 23 e 28 deste mês. Aproximadamente 50 representantes das 13 Casas de Macau espalhadas pelo mundo estarão na RAEM para participar da iniciativa, organizada pela Associação dos Jovens Macaenses e pelo Conselho das Comunidades Macaenses.

Ao longo de uma semana, os jovens da diáspora vão participar numa série de actividades, como no Fórum de Economia de Turismo Global, estando também previstas visitas, nomeadamente ao Gabinete de Ligação.

Estão também agendados seminários e outras iniciativas culturais, segundo o programa provisório enviado pela Associação dos Jovens Macaenses às redacções.

11 Out 2018

Crime | Quatro burlados em 325 mil RMB devido a troca por notas falsas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) revelou ontem estar a investigar quatro casos de burla de valor elevado, envolvendo notas falsas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, as vítimas perderam 325.680 renminbi na troca por dólares de Hong Kong em notas falsas.

De acordo com a PJ, os delitos ocorreram perto dos casinos e todos os envolvidos são da China. Um dos casos diz respeito ao câmbio de 76.000 renminbi. O lesado transferiu o dinheiro para uma conta no Banco da China e recebeu 86.000 dólares de Hong Kong. Contudo, apenas as primeiras e últimas notas do maço eram verdadeiras.

Um jovem de 28 anos da China foi detido e há, pelos menos, cinco suspeitos de envolvimento no esquema. A PJ continua a investigar o caso, em parceria com a Polícia de Segurança Pública e com a ajuda das autoridades chinesas.

11 Out 2018

Abuso sexual | DSEJ diz estar atenta a alegado caso em escola

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) disse ontem, em comunicado, estar atenta ao caso suspeito de abuso sexual que terá sido cometido por um professor. As vítimas são dois alunos que participavam numa aula de actividades extra-curriculares.

Após a recepção da denúncia, a DSEJ entrou em contacto com a escola, propondo prestar assistência e apoios às duas crianças e respectivas famílias. A DSEJ apontou ainda que vão continuar a organizar actividades de prevenção e aconselhamento de diferentes temas nas escolas para aumentar a consciência dos estudantes sobre a problemática e ensinar formas de pedir ajuda.

A autoridade educativa também espera que os pais prestem mais atenção à vida dos filhos e ao seu comportamento, ensinando-lhes a necessidade de protecção e defesa.

11 Out 2018

Agnes Lam pede medidas que evitem o aquecimento global

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo tem que tomar medidas para diminuir os níveis de carbono e de aquecimento do território. A demanda é da deputada Agnes Lam que apela ao Executivo por esclarecimentos acerca dos planos que pretende accionar para o combate ao aquecimento global.

Lam recorda o recente relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que alerta para o descontrolo do aquecimento global. De acordo com o documento da ONU, é necessário limitar o aquecimento global a 1,5 graus até 2030, abaixo da meta estimada pelo Acordo de Paris de dois graus para evitar uma “catástrofe climática”, aponta a deputada em interpelação escrita.

Caminho a percorrer

Macau está ainda longe de ser um exemplo no que respeita ao combate à emissão de gases que provocam o efeito estufa,  aponta Agnes Lam. “De acordo com as estatísticas do Banco Mundial, as emissões de dióxido de carbono per capita em Macau, no ano de 2014 foram de 2,18 toneladas, estando no 112º lugar da classificação mundial”, refere. Embora seja um valor inferior às 7,5 toneladas que se registam na China, às 6,4 toneladas em Hong Kong e às 10,3 toneladas em Singapura, “Macau continuar a não mostrar evolução no que respeita à diminuição destes valores”, refere.

Entretanto, “as emissões locais de dióxido de carbono continuaram a subir entre 2014 e 2016”, pelo que “mesmo que Macau não seja considerado um grande emissor de carbono, deve estar atento à tendência actual e evitar que isso aconteça”, escreve Lam.

Neste sentido, a deputada pretende saber que medidas é que o Governo vai tomar perante o alarme da ONU e o apelo à colaboração na luta contra o aquecimento global.

Para Agnes Lam, não têm existido avanços no que respeita a políticas  que combatam as emissões de dióxido de carbono, não estão a ser feitos esforços para aumentar os carros movidos a electricidade nem estão a ser promovidos os espaços verdes locais capazes de atenuar o efeito de ilha de calor característico dos grandes centros urbanos.

A deputada salienta ainda a necessidade de promover os transportes ecológicos, acção que em Macau classifica como “lenta”, até porque “faltam instalações para o abastecimento deste tipo de veículos e não há campanhas para aumentar o interesse da população por esta opção. A promoção de veículos eléctricos deve ser ainda estendida às motas, sublinha.

11 Out 2018

Lam Lon Wai pede educação nas escolas sobre o cigarro electrónico 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a sequência da proibição total dos cigarros electrónicos anunciada ontem para Hong Kong, o deputado Lam Lon Wai, ligado aos Operários, reiterou, dois dias depois de ter feito um pedido semelhante, a necessidade de implementar a proibição total Macau. O legislador defendeu também que se deve educar as crianças nas escolas para os perigos dos produtos que imitam o tabaco tradicional.

“Além de membro da Assembleia Legislativa, também sou um professor. Por isso tenho de proteger a saúde da população, especialmente das crianças e dos mais novos. Por isso, apelo ao Governo que considere banir todos os cigarros electrónicos e produtos que imitam os cigarros. […] O Governo também deve incluir no currículo escolar os malefícios dos cigarros electrónicos, e continuar os seus esforços para eliminar o tabaco de Macau”, escreveu o deputado.

Actualmente, a venda de cigarros electrónicos é proibida em Macau, mas é permitida a entrada no território deste tipo de produtos.

11 Out 2018

Lusofonia | MNE de Portugal em Macau na próxima semana

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros português vai visitar Macau na próxima semana. Segundo noticiou ontem a Rádio Macau, Augusto Santos Silva chega no dia 19, na sequência de uma deslocação a Cantão, onde vai inaugurar oficialmente o Consulado de Portugal.

Durante a estadia no território, o chefe da diplomacia portuguesa deverá visitar a Escola Portuguesa de Macau, passar pelo Festival da Lusofonia, bem como reunir-se com os Conselheiros das Comunidades Portuguesas. É de esperar ainda que seja recebido pelo Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On.

Depois de deixar a RAEM, Augusto Santos Silva segue para Pequim, onde tem agendados encontros ao mais alto nível, segundo a emissora pública. Esta visita tem como objectivo preparar a deslocação do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, que deve acontecer ainda este ano.

11 Out 2018

Maternidade | Wong Kit Cheng quer Governo mais pró-activo

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois de em Hong Kong a Chefe do Executivo, Carrie Lam, ter anunciado ontem que a licença de maternidade vai aumentar de 10 para 14 semanas, a deputada Wong Kit Cheng atacou o Executivo de Macau por manter uma postura passiva face ao assunto.

“O Governo tem falhado em assumir um papel de liderança em toda esta discussão”, afirmou Wong Kit Cheng. Recorde-se que o Executivo publicou os resultados de uma consulta pública sobre a revisão da lei laboral no início de Maio.

De acordo com o relatório, cerca de 91,9 por cento dos ouvidos defende que além dos 56 dias de licenças de maternidade, actualmente em vigor, houvesse ainda 14 dias de faltas justificadas paras as mães. Em relação à criação da licença de paternidade, mais de 93,2 por cento dos ouvidos defenderam um período de cinco dias para os pais. Contudo, as alterações à lei das relações laborais ainda não entraram na Assembleia Legislativa.

11 Out 2018