Cartaz alargado e reforço feminino nos dez anos do Sound&Image Challenge

[dropcap]O[/dropcap] festival Sound&Image de Macau, um pequeno concurso audiovisual que se transformou num festival internacional, chega em Dezembro à décima edição, “a maior de sempre” e com mais presença feminina, destacou ontem Lúcia Lemos.

Além das produções em competição – 112 curtas-metragens e oito vídeos musicais – o festival propõe nesta data redonda uma “edição alargada”, com mais dois dias de certame e ciclos especiais, disse à Lusa a coordenadora do Centro de Indústrias Criativas-Creative Macau, Lúcia Lemos.

Entre 3 e 10 de dezembro, serão exibidas, no histórico teatro D. Pedro V, 194 produções audiovisuais, incluindo uma retrospectiva dos vencedores de 2010 a 2018 e oito filmes fora de concurso realizados por mulheres do Sri Lanka, indicou.

“É a primeira vez que fazemos uma curadoria assente em realizadoras mulheres. É interessante porque pouco sabemos do Sri Lanka e resolvi que era importante fazer isto em Macau, até porque existem [no território] muitas mulheres realizadoras”, afirmou.

Portugal está representado na competição em três categorias: ficção, “No limiar do pensamento”, de António Sequeira, “Califórnia”, de Nuno Baltazar; documentário, “A ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas, e animação, Purpleboy, de Alexandre Siqueira.

Há também nomes portugueses entre o júri, nomeadamente Cristiano Pereira, diretor artístico do Festival de Cinema do Douro, o único festival de super oito milímetros realizado em Portugal e com o qual o Sound&Image já colaborou em anteriores edições.

A programação inclui ainda filmes convidados da Dinamarca, Guiné-Bissau, Lituânia, Macau, Suécia e Ucrânia e três ‘MasterClasses’ em ficção e animação sobre técnicas de realização, produção e efeitos visuais.

Em expansão

Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.

Apesar do “orçamento limitado”, o festival cresceu “em quantidade e qualidade” e é hoje uma “identidade de interesse no mapa cultural de Macau”, salientou Lúcia Lemos.

Entre 2010 e 2018, esta iniciativa já premiou 77 filmes e vídeos musicais, dos quais, 35 de Macau. Os premiados são de Portugal, China, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Brasil, França, Índia, Suécia, Espanha, Irão, Polónia, Chile, Paquistão e Suíça.

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