Hoje Macau PolíticaQinghai | Sam Hou Fai destaca atractividade turística Sam Hou Fai destacou os recursos “eco-turísticos abundantes” da província de Qinghai, que afirmou ser um dos locais procurados pelos residentes. As declarações constam de uma nota de imprensa, na sequência de um encontro entre o Chefe do Executivo e o vice-secretário do comité provincial do Partido Comunista Chinês (PCC) e governador da província de Qinghai, Luo Dongchuan, na Sede do Governo, que aconteceu na passada segunda-feira. Além de destacar a atractividade turística da província que tem como capital Xining, Sam Hou Fai também apontou que as duas regiões chinesas devem reforçar a aposta no turismo ao “trabalhar em conjunto na exploração de mais produtos turísticos para concretizar a complementaridade mútua das vantagens e o desenvolvimento comum”. No encontro, Sam Hou Fai indicou que Macau é um “interlocutor de precisão” entre a China e os Países de Língua Portuguesa e que pode “desempenhar activamente o papel de plataforma de serviços para a cooperação comercial”. O Chefe do Executivo mostrou assim a RAEM como uma plataforma para “ajudar os produtos característicos de Qinghai a explorar mais canais de promoção e venda dentro dos países lusófonos”.
Hoje Macau PolíticaAdministração | Nick Lei acusa dirigentes de incompetência O deputado Nick Lei acusou vários dirigentes dos serviços públicos de não terem “conhecimentos” para as funções que desempenham e tratarem os seus cargos como “estados feudais”. A acusação do deputado ligado à comunidade de Fujian foi feita durante a intervenção antes da ordem do dia do plenário da Assembleia Legislativa. Numa intervenção em que pediu uma reforma das leis que regulam a Administração Pública, Nick Lei indicou que “face às mudanças internas e externas, aos desafios do desenvolvimento económico e às crescentes necessidades da sociedade no âmbito dos serviços públicos” é necessário implementar mudanças, para alcançar “resultados práticos e viáveis para os residentes”. Lei defendeu depois que “a falta de clareza quanto às competências e responsabilidades dos serviços públicos, a falta de coordenação interdepartamental, a complexidade dos procedimentos administrativos, a atitude irresponsável dos serviços, a actuação de cada um à sua maneira e a desactualização de algumas leis e regulamentos”, mostra que “muitos dirigentes não têm conhecimentos suficientes sobre os serviços que prestam, e que, a par disso, a burocracia e “estados feudais” continuam a constituir obstáculos à elevação da eficiência governativa e à promoção do desenvolvimento socioeconómico”. Neste sentido, o deputado pediu que se sigam os discursos de Xi Jinping e que o Governo avance com mudanças face aos obstáculos que impedem o seu próprio desenvolvimento.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Pequim pede “respeito mútuo” após cancelamento da visita do ministro alemão O Governo chinês defendeu ontem que China e Alemanha devem manter relações assentes no “respeito mútuo, igualdade de tratamento e cooperação mutuamente benéfica”, após o adiamento de uma visita do ministro alemão dos Negócios Estrangeiros. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun declarou, em conferência de imprensa, que Pequim “sempre desenvolveu os laços com Berlim a partir de uma perspectiva estratégica e de longo prazo”. Guo sublinhou que, enquanto “grandes países e principais economias mundiais”, China e Alemanha mantêm uma relação de cooperação “mutuamente benéfica”. “Nas circunstâncias actuais, ambas as partes devem continuar a impulsionar os seus vínculos na direcção correcta”, acrescentou. O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão confirmou na semana passada o adiamento da visita de Johann Wadephul, prevista para os dias 28 e 29 de Outubro, depois de a parte chinesa não ter confirmado mais encontros além da reunião com o homólogo chinês, Wang Yi. A porta-voz da diplomacia alemã, Kathrin Deschauer, manifestou a “grande preocupação” de Berlim com as restrições impostas por Pequim à exportação de certos componentes usados na produção de semicondutores e materiais de terras raras, medidas que suscitaram alarme na indústria automóvel alemã. As tensões comerciais entre os dois países intensificaram-se após a intervenção do Estado holandês no fabricante de ‘chips’ Nexperia, subsidiária da chinesa Wingtech, o que levou Pequim a restringir as exportações de componentes cruciais para o sector. A proibição está a gerar inquietação junto do Grupo Volkswagen, o maior construtor automóvel da Europa.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Trump quer realizar um bom acordo com a China O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que espera “chegar a um bom acordo” durante a próxima reunião com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, incluindo um pacto relacionado à plataforma TikTok, segundo a imprensa internacional. Trump declarou, a bordo do Air Force One, que o TikTok será um dos temas que irá discutir com Xi durante o encontro, agendado para esta quinta-feira, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que se realizará na cidade sul-coreana de Gyeongju, segundo a agência de notícias EFE. De acordo com o Presidente norte-americano, o acordo, assinado entre Washington e a empresa-mãe da popular plataforma de vídeo, a chinesa ByteDance, já conta com a “aprovação provisória” de Xi. Em Setembro, os Estados Unidos chegaram a um acordo com a ByteDance, apoiado por Pequim, para permitir que o TikTok continuasse a operar em solo norte-americano, após o Congresso dos EUA ter estabelecido em 2024 que a aplicação deveria ser desactivada devido ao risco que representava para a segurança nacional do país O pacto estabelece a criação de uma ‘joint-venture’ maioritariamente norte-americana, com uma operação suficientemente separada da sua casa-mãe chinesa — que manterá uma participação de 20 por cento —, sobretudo no que diz respeito ao acesso do Governo chinês aos servidores que armazenam dados dos utilizadores. O encontro presencial entre os dois líderes proporcionará uma oportunidade para ambas as potências aliviarem as tensões após o anúncio de Pequim de restrições à venda das suas terras raras e para discutir um possível acordo comercial abrangente após meses de tensões tarifárias.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Guterres quer “fim da impunidade” do governo militar O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu ontem que “o ciclo de impunidade” em Myanmar tem de terminar, falando em Kuala Lumpur, onde participa na cimeira de líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e países aliados. “Estou consternado com a situação deplorável na Birmânia [antigo nome de Myanmar]. O golpe militar de 2021 acumulou calamidade sobre calamidade. Aldeias bombardeadas ou incendiadas. Milhares de mortos. Milhões de deslocados. A estabilidade regional está em risco”, alertou Guterres, acrescentando que “as atrocidades e o ciclo de impunidade têm de acabar”. Apelando ao fim imediato da violência, o líder da ONU afirmou que deve haver “um compromisso genuíno com o diálogo inclusivo” e um regresso ao governo civil, “começando pela rápida libertação de todos os que foram detidos arbitrariamente”. A junta militar que detém o poder em Myanmar desde o golpe de Fevereiro de 2021 anunciou em Julho passado que iria realizar eleições em Dezembro, mas a falta de oposição real, com muitos políticos pró-democracia no exílio ou na prisão, incluindo a Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, faz com que grande parte da comunidade internacional considere que o escrutínio vai ser uma farsa. Desde o golpe militar contra o Governo democraticamente eleito liderado por Aung San Suu Kyi, Myanmar está imerso em turbulência, com uma rebelião armada a tomar o controlo de grandes áreas do território. “O caminho a seguir deve conduzir à restauração das instituições democráticas ancoradas no Estado de direito e nos direitos humanos”, considerou Guterres, admitindo acreditar que “ninguém acha que estas eleições serão livres e justas”. Paz e ASEAN O secretário-geral das Nações Unidas apoiou um plano de paz elaborado em 2021 pela ASEAN para pôr fim às hostilidades e iniciar o diálogo, que o governo militar tem ignorado. “É tempo de abrir canais humanitários, acabar com a violência e facilitar uma solução política abrangente”, disse. “O povo de Myanmar conta com o nosso apoio colectivo”, acrescentou. As declarações do secretário-geral da ONU foram feitas durante uma conferência de imprensa na capital da Malásia, onde começou no domingo a cimeira dos líderes da ASEAN e dos países aliados. A cimeira vai prolongar-se até terça-feira e conta com a presença, além dos líderes dos países da região, do Presidente dos EUA, Donald Trump, do primeiro-ministro brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, entre outros.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Trump adoraria encontrar-se com Kim Jong-un O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou ontem que adoraria encontrar-se com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante a deslocação ao continente asiático esta semana. “Adorava encontrar-me com ele, se ele [Kim Jong-un] quiser”, disse Donald Trump, em declarações aos jornalistas, a bordo do avião presidencial norte-americano (Air Force One) e que foram divulgadas ontem pelo gabinete presidencial dos Estados Unidos. Donald Trump admitiu prolongar a viagem à Ásia para se reunir com o líder da Coreia do Norte. O chefe de Estado norte-americano esteve na Malásia no domingo, seguiu ontem para o Japão onde fica até hoje e depois desloca-se à Coreia do Sul na quarta-feira e na quinta-feira. Na Coreia do Sul, Trump vai participar na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) onde deve reunir-se com os homólogos sul-coreano e chinês, entre outros chefes de Estado. Até ao momento, o regime de Pyongyang não se pronunciou sobre as declarações do Presidente dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaASEAN | Parceiros de Timor-Leste destacam “grande conquista” com adesão Ásia, Europa e Estados Unidos foram unânimes em felicitar Timor-Leste pela entrada há muito desejada na organização regional Vários parceiros de Timor-Leste destacaram a “grande conquista” do país com a adesão, no domingo, à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que vai permitir reforçar a sua integração regional. “O anúncio de ontem [domingo] na Malásia é uma conquista monumental e o resultado de muitos anos de trabalho árduo por parte do Governo de Timor-Leste, dos países da ASEAN e dos seus parceiros”, afirmou ontem a embaixada da Austrália, numa publicação nas redes sociais. Timor-Leste concluiu domingo a adesão à ASEAN com a cerimónia de assinatura da declaração de admissão pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão. O documento foi depois entregue ao secretário-geral da organização, Kao Kim Hourn, pelo chefe do Governo de Timor-Leste, acompanhado do Presidente José Ramos-Horta. No domingo, num discurso proferido no âmbito da cimeira de chefes de Estado e de Governo da ASEAN, em Kuala Lumpur, na Malásia, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, felicitou Timor-Leste pela adesão, considerando-a um “marco importante para promover a interdependência económica e política” do país e para “reforçar a integração regional”. Grupo completo A representação da União Europeia junto da ASEAN também destacou, nas redes sociais, o apoio dado pela organização europeia a Timor-Leste através do reforço da capacidade, apoio ao comércio, reforço institucional, entre outros. “Hoje, a ASEAN está completa, geográfica e politicamente, e Timor-Leste ganha novas oportunidades de inclusão regional e de uma integração económica mais profunda”, lê-se numa publicação nas redes sociais. Os Estados Unidos, através do secretário de Estado, Mark Rubio, também felicitou Timor-Leste pela “histórica” adesão com 11.º membro da ASEAN, salientando que “representa um passo importante na contínua busca pela integração e cooperação regionais”. “Os Estados Unidos mantêm o seu compromisso com a centralidade da ASEAN e apoiam os esforços de Timor-Leste no processo de integração”, acrescentou. A ONU também felicitou Timor-Leste pelo “momento histórico”, bem como a missão residente do Banco Asiático de Desenvolvimento, que salientou que a adesão “abre novos horizontes de crescimento, unidade e progresso no sudeste asiático”. A ASEAN foi criada em 1967 pela Indonésia, Singapura, Tailândia, Malásia e Filipinas, e integrada mais tarde pelo Brunei Darussalam, o Camboja, o Laos, Myanmar, o Vietname e desde domingo por Timor-Leste. Com 676,6 milhões de habitantes, a ASEAN é a terceira região mais populosa do mundo, a seguir à Índia e à China.
Hoje Macau China / ÁsiaIndústria | Lucros aceleram 3,2% em termos homólogos até Setembro Os lucros das principais empresas industriais da China aumentaram 3,2 por cento em termos homólogos nos primeiros nove meses de 2025, acelerando face ao crescimento de 0,9 por cento registado até Agosto, informou ontem o Governo chinês. Segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE), o indicador registou um crescimento de 21,6 por cento apenas no mês de Setembro, face ao mesmo período do ano anterior. Se a tendência se mantiver, as empresas industriais chinesas poderão finalmente inverter o ciclo negativo dos últimos três anos, em que os lucros caíram 2 por cento em 2022, 2,3 por cento em 2023 e 3,3 por cento em 2024. Entre Janeiro e Setembro, os lucros das empresas analisadas totalizaram 5,37 biliões de yuan, de acordo com o GNE. O GNE considera apenas empresas industriais aquelas que têm um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan. O estatístico do GNE Yu Weining atribuiu a recuperação à implementação de políticas de apoio económico por parte de Pequim e ao impulso da chamada “nova produtividade de qualidade” em sectores como a indústria aeroespacial, a produção de dispositivos inteligentes de consumo, a electrónica especializada e os instrumentos de precisão. Yu sublinhou, no entanto, que persistem “mudanças complexas no ambiente externo” e “pressões contínuas sobre o desenvolvimento económico”, apelando a um reforço dos esforços para estimular a procura interna.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Wang Yi pede fim das guerras comerciais O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, afirmou ontem que o mundo está a caminhar para uma “ordem multipolar” e apelou ao fim das guerras comerciais, dias antes do encontro entre Xi Jinping e Donald Trump. Durante um fórum realizado em Pequim, Wang criticou “a politização das questões económicas e comerciais, a fragmentação artificial dos mercados globais e o recurso a guerras comerciais e batalhas tarifárias”, numa referência velada ao proteccionismo dos Estados Unidos. “O sentido da História não pode ser revertido e um mundo multipolar está a emergir”, afirmou o diplomata, que alertou ainda contra a “retirada frequente de acordos, a inversão de compromissos e a formação entusiástica de blocos e alianças”, acções que, segundo disse, colocam o multilateralismo sob “desafios sem precedentes”. As declarações surgem na véspera da chegada do líder norte-americano, Donald Trump, à Coreia do Sul, onde está agendada para quinta-feira uma reunião com o homólogo chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), na cidade de Gyeongju.
Hoje Macau China / ÁsiaTrês condenados a mais de 16 anos de prisão por prepararem ataque à bomba em HK A justiça de Hong Kong condenou ontem três pessoas a mais de 16 anos de prisão por prepararem ataques à bomba durante os protestos antigovernamentais que paralisaram a região semiautónoma chinesa em 2019. De acordo com a imprensa local, Lukas Ho Cheuk-wai, de 41 anos, considerado o mentor dos ataques, tendo disponibilizado o local e comprado os materiais necessários para fabricar explosivos, foi condenado a 18 anos de prisão. O mesmo tribunal de primeira instância condenou a 16 anos e oito meses de prisão Lee Ka-pan, de 31 anos, e Cheung Ka-chun, 35. Ao proferir a sentença, o juiz Johnny Chan Jong-herng recordou que o trio tinha levado a cabo com sucesso dois ataques iniciais, sem causar vítimas, e disse que os acusados demonstraram poucos remorsos durante o julgamento. O magistrado descreveu os actos dos acusados como uma declaração de guerra contra a sociedade e referiu que a sentença deve ser suficientemente pesada para dissuadir novos actos semelhantes. No início de Setembro, um júri, composto por sete mulheres e dois homens, tinha declarado os arguidos culpados de “conspiração para causar uma explosão de natureza que possa colocar vidas em risco ou causar danos graves à propriedade”. Os três arguidos podiam ter sido condenados a uma pena máxima de 20 anos de prisão, de acordo com uma lei aprovada ainda no tempo colonial. Explosões planeadas No final do julgamento, que durou quase meio ano, todos os sete arguidos tinham sido absolvidos do envolvimento em actividades terroristas, acusação que podia acarretar a pena de prisão perpétua. De acordo com a acusação, o grupo teria tentado fabricar explosivos para colocar bombas, entre Novembro de 2019 e Março de 2020, em vários locais da cidade, incluindo num centro médico e numa estação do metro. Em Julho de 2021, a polícia disse que os arguidos planeavam utilizar o material para bombardear tribunais, túneis, caminhos-de-ferro e fazer explodir caixotes do lixo na rua, “para maximizar os danos causados à sociedade”. A polícia disse que o grupo planeava deixar Hong Kong e sabotar a cidade antes da partida.
Hoje Macau China / ÁsiaTerras raras | Delegação chinesa em diálogo com UE sobre exportações Delegações chinesas e europeias reúnem-se esta semana na capital belga para abordar as exportações de terras raras Uma delegação chinesa de alto nível estará esta semana em Bruxelas para dialogar com a União Europeia (UE) após reforço do controlo das exportações de terras raras da China, anunciou ontem Bruxelas, pedindo que Pequim seja “um parceiro responsável”. “Relativamente ao envolvimento que terá lugar esta semana entre a UE e a China, o que o comissário [europeu do Comércio, Maros] Sefcovic confirmou na semana passada foi que o ministro [do Comércio da China] Wang [Wentao] concordou em realizar um diálogo de alto nível a nível técnico esta semana. Posso confirmar que isso está a acontecer”, disse o porta-voz da Comissão Europeia para a tutela, Olof Gill. Falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, o porta-voz do Comércio precisou que “as primeiras reuniões já estão a decorrer hoje (ontem), por videoconferência, para preparar o terreno” e “a delegação técnica chinesa de alto nível chegará a Bruxelas na quinta-feira para abordar estes temas de forma substancial”. “Julgo que vale a pena recordar porque é que estamos a tomar estas medidas. Estamos a agir porque acreditamos que a China deve comportar-se como um parceiro responsável”, adiantou Olof Gill. O responsável admitiu que “este problema não é novo”, estando a UE a “tentar enfrentar o problema global que a China causou com as suas restrições à exportação e outras medidas preocupantes”. À margem da cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), na Malásia, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, reuniu-se com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, a quem pediu “relações construtivas e estáveis” entre UE e China e “progressos concretos” para reequilibrar as relações comerciais e económicas. “Partilhei a minha forte preocupação com o alargamento dos controlos à exportação de matérias-primas críticas e de bens e tecnologias conexos por parte da China. Exortei-o a restabelecer, o mais rapidamente possível, cadeias de abastecimento fluidas, fiáveis e previsíveis”, adiantou António Costa, numa declaração divulgada à imprensa em Bruxelas. A Comissão Europeia tem vindo a relatar preocupações da indústria da UE, sobretudo automóvel, pelo endurecimento dos controlos às exportações de terras raras pela China, que pode afectar cadeias de abastecimento, estando em contacto com as autoridades chinesas. Segurança em causa A China anunciou novas restrições à exportação de terras raras, expandindo o controlo a mais cinco elementos – hólmio, érbio, túlio, európio e itérbio -, o que eleva para 12 o número de metais sob supervisão. As medidas impõem licenças obrigatórias não só para a exportação dos materiais, mas também para tecnologias e serviços associados, como fundição, reciclagem e fabrico de ímanes magnéticos. O Governo chinês justifica estas acções com razões de segurança nacional, alegando que as terras raras têm usos civis e militares, e proíbe exportações destinadas a sectores sensíveis ou a entidades sob sanção. Parte das regras já entrou em vigor e o resto será aplicado a partir de 01 de Dezembro de 2025, incluindo controlos sobre produtos estrangeiros que contenham terras raras de origem chinesa. Estas medidas reforçam o papel da China como potência dominante no mercado global de materiais críticos, aumentando as preocupações quanto à dependência internacional e às potenciais repercussões geopolíticas. A Comissão Europeia detém a competência da política comercial da UE. Na semana passada, a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, pediu à UE que evite “novas e perigosas dependências” das terras raras da China, que poderiam transformar-se em “instrumentos de pressão”.
Hoje Macau EventosFRC | Exposição de Hu Jiawen para ver a partir de hoje A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje uma nova exposição. Trata-se de “Azul Radiante”, com trabalhos de Hu Jiawen, uma artista que explora toda a sua criatividade em conexão com o universo da pintura Gongbi e outras técnicas da pintura tradicional chinesa. Para ver até ao dia 8 de Novembro A artista Hu Jiawen apresenta hoje, na Fundação Rui Cunha (FRC), diversos trabalhos de pintura da sua autoria, numa nova exposição patente até ao dia 8 de Novembro. Trata-se de “Azul Radiante”, com inauguração agendada para hoje, a partir das 18h30, onde se convida “o espectador a mergulhar num mundo onde o tradicional e o contemporâneo coexistem, através do diálogo entre as linhas tranquilas da pincelada meticulosa e as intensas queimaduras metálicas, da tinta azul e da folha dourada”, destaca a FRC, em comunicado. Esta mostra inclui 30 obras compostas por pintura Gongbi, pintura tradicional chinesa, pintura experimental, pintura contemporânea, técnica mista com folha metálica, e escultura de bronze. Destaque para a “selecção apurada” das obras por parte do curador e renomado artista local, Chang Kuok Meng, numa mostra organizada pela FRC, Associação de Arte Juvenil de Macau e pela Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau. Segundo o manifesto da organização, esta exposição individual é uma “exploração da arte visual enraizada na meticulosa pintura tradicional de figuras, integrando técnicas experimentais de tinta-da-china, impressão a azul e queima de folha de ouro”. Aqui, “a artista reconstrói a estética oriental a partir de perspectivas tradicionais e contemporâneas, criando um ambiente de pintura em seda e papel de arroz, que incorpora tanto o significado clássico, como a consciência moderna”. Ir além do habitual Segundo Hu Jiawen, em “Azul Radiante” revela-se o “esforço para sair da zona de conforto e ir além do rótulo da ‘Pintura de Figuras Gongbi'”, onde a artista “recorre a diversos meios” para tentar “transmitir as emoções e o estatuto da mulher em espaços virtuais e presenciais, esperando que o público aprecie a beleza que surge da imperfeição e da transformação”. Há “figuras femininas nas obras que existem frequentemente num espaço-tempo entrelaçado com a realidade e a ilusão”, verificando-se “a delicada representação da pincelada meticulosa”, ou ainda “a qualidade transformadora da tinta experimental e as camadas profundas da impressão em azul”. Estas “são ainda mais realçadas pela intervenção da folha de ouro queimada, no sentido em que as suas fissuras e imperfeições não significam danos, mas antes conferem às figuras carácter e uma sensação de textura temporal”. Há depois “a luz e o matiz criados pela folha de ouro queimada que sugerem a fusão de emoções e a impressão de memórias”. Hu Jiawen tem um bacharelato em Educação de Artes Visuais pela Universidade Politécnica de Macau e um mestrado em Educação pela Universidade de Macau. Actualmente a residir no território, dedica-se à educação artística e é contratada pela Feira Internacional de Arte de Cantão, além de desempenhar outras funções em várias organizações artísticas. As suas obras foram expostas em locais como Pequim, Cantão e Macau, tendo recebido prémios e estando incluídas em diversas colecções. É proficiente em diferentes géneros, com especial talento para a pintura tradicional chinesa, esboço, pintura a óleo, gravura, cerâmica, e pintura de figuras Gongbi a pincelada fina.
Hoje Macau EventosMostra sobre património cultural intangível no Museu de Macau Abre ao público, este sábado, uma nova exposição sobre o património cultural intangível da zona da Grande Baía, intitulada “Um Novo Impulso – Zona da Grande Baía Cultivada, Um Património Cultural Intangível Brilhante: Mostra do Património Cultural Intangível da Zona da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau”. A iniciativa pode ser vista no Museu de Macau até ao dia 15 de Março do próximo ano. Organizada com diversas entidades museológicas da província de Guangdong e Hong Kong, a mostra “irá abranger uma exposição temática, demonstrações interactivas de técnicas artesanais, workshops e a venda de produtos culturais e criativos relacionados com o património cultural intangível”. A exposição apresenta “mais de 50 manifestações representativas do património cultural intangível da zona da Grande Baía, incluindo o bordado cantonense, artesanato de papel colorido, esculturas em madeira e porcelana cantonense”. Pretende-se, desta forma, “dar a conhecer ao público as técnicas artesanais do património cultural intangível no contexto cultural tradicional de Lingnan, bem como a estética oriental formada através da fusão das culturas chinesa e ocidental, tal como se encontra evidenciada no património cultural intangível da Grande Baía”. A grande interacção A propósito da abertura desta exposição, haverá no fim-de-semana, sábado e domingo, “demonstrações interactivas de técnicas artesanais” em locais como o jardim da Fortaleza do Monte e no Museu de Macau. Estas demonstrações incidem sobre várias artes, incluindo pintura em xilogravura do Ano Novo Chinês de Foshan, dança do qilin Hakka de Hang Hau em Sai Kung, fabrico e pintura de azulejos portugueses, dança folclórica portuguesa e dança do leão. Incluem-se ainda demonstrações de artes marciais de Wing Chun, artes marciais de Choi Lei Fat, Canções Narrativas de Naamyam, música ritual taoista e percussão Baatyam. Toda a programação pode ser vista no portal do Museu de Macau. Os workshops decorrem, também nos dias 1 e 2 de Novembro, no Museu de Macau, Casa do Mandarim e Museu Memorial de Zheng Guanying, focando-se no teatro de marionetas para toda a família, criação de marcadores de livros feitos com bordado com fio de ouro ou ainda criação de acessórios de ópera cantonense. Destaque para a realização, este sábado, de duas sessões de visitas guiadas à exposição. O prazo para a inscrição em algumas actividades decorre até quarta-feira, podendo esta ser feita na plataforma da Conta Única de Macau. Além de todas as actividades acima mencionadas, irá decorrer, entre sábado e segunda-feira, a venda de produtos culturais e criativos relacionados com o património cultural intangível, no jardim da Fortaleza do Monte. Esta exposição é “a primeira exposição itinerante em grande escala dedicada ao património cultural intangível da zona da Grande Baía”, sendo que a primeira edição, intitulada “Comemorando o Dia Nacional -Património Cultural Intangível Auspicioso da Zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, realizou-se em Hong Kong em Outubro do ano passado. No início deste ano a mesma exposição realizou-se em Shenzhen, com o nome “Ano Novo em Shenzhen: Grande Reunião na Zona da Grande Baía”.
Hoje Macau SociedadePJ | Indiciado por sequestro e violação de amante A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um homem com 34 anos por suspeitas de sequestro, violação e ofensas graves à integridade física da amante. O caso aconteceu num hotel local, depois de os dois terem começado uma relação extraconjugal no ano passado. Segundo a versão da PJ, o homem e a mulher são do Interior, onde se conheceram e iniciaram uma relação amorosa. No entanto, o encontro mais recente em Macau terminou com a alegada prática de vários crimes. Após um encontro num restaurante na manhã de sábado, a mulher foi chantageada para se deslocar ao quarto de hotel do homem em Macau. Se recusasse, o amante ameaçava desvendar a relação ao marido e a toda a sua família. A mulher acabou por ceder, mas quando chegou ao quarto do hotel terá sido violada e sequestrada pelo menos durante uma hora. Após o primeiro ataque, a mulher contactou a irmã para pedir ajuda e acabou por ser agredida, com um cinzeiro na cabeça, além de ser estrangulada com um cabo de carregador de telemóvel. Face às lesões, o homem deixou que a vítima contactasse a irmã, que por sua vez alertou a polícia. O suspeito acabou detido pelas autoridades, e quando questionado pelas autoridades fez valer o direito ao silêncio.
Hoje Macau Manchete SociedadeTribunais | Saída de juiz português confirmada O juiz Rui Ribeiro vai deixar os tribunais da RAEM a partir do próximo mês. A informação tinha sido tornada pública pela Lusa, que citava o próprio juiz como fonte, e foi confirmada ontem através de um despacho, publicado no Boletim Oficial. “É exonerado, a seu pedido, o juiz Rui Carlos dos Santos Pereira Ribeiro, do cargo de juiz do Tribunal de Segunda Instância da Região Administrativa Especial de Macau […] a partir do dia 1 de Novembro de 2025”, pode ler-se no documento. De acordo com a agência de notícias, Rui Ribeiro pediu para regressar a Portugal, devido à incerteza sobre a autorização por parte do Conselho Superior de Magistratura (CSM) de Portugal para continuar na RAEM. O juiz está em Macau desde 1 de Setembro de 2008, e em Portugal está integrado na Secção Cível do Tribunal da Relação de Guimarães. Na semana passada, o presidente do CSM, João Cura Mariano, mostrou disponibilidade para enviar mais juízes para Macau, apesar de admitir que também faltam recursos humanos em Portugal Com a saída de Rui Ribeiro fica apenas um juiz português em Macau, Jerónimo Alberto Gonçalves Santos, que desempenha as funções de presidente de tribunal colectivo no Tribunal Judicial de Base (TJB). Jerónimo Santos está nos tribunais da RAEM desde 1 de Setembro de 2005, integrando em Portugal a secção de Propriedade Intelectual, Concorrência, Regulação e Supervisão do Tribunal da Relação de Lisboa.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Realizado sonho que começou há quase meio século O Presidente timorense, José Ramos-Horta, afirmou ontem que a adesão de Timor-Leste à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é a realização de um sonho, que começou há quase meio século. “Hoje, realizámos um sonho que começou há quase meio século, uma visão de pertença regional que antecede a nossa própria independência. Lembro-me de ter discutido esta ideia quando era um jovem de 25 anos”, disse o chefe de Estado, citado num comunicado divulgado à imprensa. Timor-Leste aderiu ontem à ASEAN durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização asiática, que decorre em Kuala Lumpur, na Malásia, tornando-se o seu 11.º estado-membro. “Quando apresentámos formalmente a candidatura, em 2011, o caminho ainda não estava definido e exigiu grande perseverança. Este sucesso pertence a muitos”, afirmou Ramos-Horta. O também prémio Nobel da Paz, que testemunhou o momento da adesão em Kuala Lumpur, expressou a sua “profunda gratidão” a todos os líderes da ASEAN e prestou um reconhecimento especial ao apoio do antigo Presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono. “Agradeço igualmente a todos os líderes timorenses, passados e presentes, incluindo o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, pela sua liderança visionária e pelos incansáveis esforços para melhorar o bem-estar do nosso povo. Esta é uma vitória de toda a nação, um momento de imenso orgulho e de conquista partilhada”, acrescentou o Presidente timorense. A ASEAN foi criada em 1967 pela Indonésia, Singapura, Tailândia, Malásia e Filipinas, e integrada mais tarde pelo Brunei Darussalam, o Camboja, o Laos, Myanmar e o Vietname. Com 676,6 milhões de habitantes, a ASEAN é a terceira região mais populosa do mundo, a seguir à Índia e China.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Nova PM quer “elevar aliança” com EUA A nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou sábado que o seu país vai “elevar a aliança” com os Estados Unidos da América, depois de uma conversa telefónica “boa e franca” com o seu homólogo Donald Trump. “Com ele, estou determinada a elevar a aliança Japão-EUA a patamares ainda mais elevados”, escreveu numa mensagem publicada na rede social X, na véspera de Trump começar um périplo pela Ásia. A primeira-ministra japonesa descreveu o Presidente norte-americano como “uma pessoa muito animada e divertida”. Durante esta primeira conversa telefónica com Trump, dois dias antes da sua visita ao Japão na segunda-feira, Sanae Takaichi disse que “uma das principais prioridades” da sua administração era o reforço dos laços entre os dois países “diplomaticamente e em termos de segurança”. Donald Trump quer que Tóquio, assim como outros aliados, aumente as suas despesas militares e Sanae Takaichi anunciou na sexta-feira, no seu primeiro discurso político, que o Japão iria aumentar o seu orçamento de defesa para 2 por cento do produto interno bruto (PIB) no próximo ano fiscal, dois anos antes das anteriores previsões. Presidente do Partido Liberal Democrático, a conservadora Sanae Takaichi é a primeira mulher a ocupar as funções de chefe do governo do Japão, para as quais foi nomeada na terça-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | EUA preparam resolução para ONU autorizar força internacional Os Estados Unidos da América estão a preparar uma resolução a apresentar nas Nações Unidas para autorizar o envio de uma força multinacional para a Faixa de Gaza no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicou que a questão começaria ontem a ser discutida numa reunião no Qatar. “Muitos dos países que manifestaram a sua intenção de participar, seja economicamente, com pessoal ou ambos, vão precisar disso (uma resolução da ONU) porque as suas leis nacionais assim o exigem, por isso temos uma equipa inteira a trabalhar nisso”, disse durante a sua viagem entre Israel e o Qatar, segundo o jornal israelita The Times of Israel. “Penso que, em última análise, o objectivo da força de estabilização é deslocar essa linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada” disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar. Por outro lado, o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, informou que Rubio falou por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e discutiram “as medidas colectivas para aplicar o Plano Integral para Acabar com o Conflito em Gaza do Presidente Donald Trump” e reafirmou a “relação estratégica entre os Estados Unidos e Israel”. O chefe da diplomacia americana foi o último de uma série de altos funcionários americanos a visitar Israel a semana passada, depois do enviado Steve Witkoff, do genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, e do vice-presidente JD Vance, para tentar consolidar o frágil cessar-fogo. Nos termos deste acordo, paralelamente à retirada progressiva do exército israelita, iniciada com a entrada em vigor do cessar-fogo a 10 de Outubro, o plano americano prevê que o Hamas seja excluído da futura governação da Faixa de Gaza, onde tomou o poder pela força em 2007, e que o seu arsenal seja destruído. Calar as armas Israel e Hamas anunciaram no dia 8 de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indirectas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia. Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada “linha amarela” demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos. O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de Outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns. A retaliação de Israel já provocou mais de 68 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de mil pessoas fogem de Myanmar para a Tailândia após rusga anti-cibercrime Mais de mil pessoas, maioritariamente chineses, fugiram de Myanmar para a Tailândia desde quarta-feira, após rusgas do exército birmanês num dos maiores centros de esquemas de burla ‘online’ do país, anunciaram sexta-feira autoridades provinciais tailandeses. A administração provincial de Tak (noroeste) disse num comunicado que 1.049 pessoas atravessaram a fronteira com Myanmar para chegar a Mae Sot entre quarta-feira e a manhã de quinta-feira, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). A maioria eram homens chineses, especificou o gabinete de imigração da Tailândia. A administração provincial de Tak disse que entre as pessoas que fugiram estão também indianos, paquistaneses, vietnamitas, birmaneses, tailandeses e cidadãos de uma dúzia de outros países. A junta militar no poder na antiga Birmânia anunciou na segunda-feira a realização de uma rusga no complexo KK Park, situado do outro lado da fronteira tailandesa. Cerca de 40 pessoas que deixaram este complexo, incluindo cidadãos de Taiwan e de vários países africanos, usaram pequenas embarcações para atravessar o rio Moei e chegar sexta-feira à Tailândia, disseram responsáveis locais à AFP. Agentes de segurança tailandeses, colocados do outro lado do rio, revistaram as bagagens enquanto as pessoas controladas entregavam os telemóveis e subiam para camiões, de acordo com um vídeo da agência noticiosa francesa. Imagens difundidas na quinta-feira pelo canal público tailandês PBS mostravam pessoas a usar caixas de esferovite para atravessar o rio a nado e chegar à Tailândia. O trigo e o joio Redes de burla ‘online’, sentimentais ou comerciais, prosperaram em Myanmar ao longo da fronteira pouco vigiada com a Tailândia com a guerra civil desencadeada pelo golpe militar que derrubou o governo birmanês em Fevereiro de 2021. A maioria dos complexos está sob o controlo de grupos criminosos chineses, em conluio com milícias birmanesas. Segundo especialistas, a junta no poder em Myanmar faz “vista grossa” às redes nas mãos dos aliados milicianos que, em troca, controlam as regiões fronteiriças em nome dos militares. A imprensa estatal birmanesa noticiou sexta-feira que as autoridades detiveram recentemente “118 cidadãos estrangeiros de 14 países que entraram ilegalmente em Myanmar e estavam envolvidos em jogos de azar ‘online’ e burlas” na zona de KK Park. A junta birmanesa disse na segunda-feira que apreendeu 30 receptores de internet Starlink. Dois dias depois, a Space X, de Elon Musk, anunciou que tinha desactivado mais de 2.500 receptores Starlink utilizados pelos centros de cibercrime na região. O vice-governador da província de Tak, Sawanit Suriyakul Na Ayutthaya, disse na quinta-feira que os recém-chegados seriam controlados para determinar se eram vítimas de tráfico de seres humanos. Caso contrário, poderiam ser processados por atravessarem a fronteira ilegalmente. A China, aliada militar de Myanmar, tem pressionado as autoridades birmanesas para acabar com as redes de burlas ‘online’ por estar descontente com o número de chineses que participam na sua exploração ou que são vítimas, segundo a AFP. A indústria de esquemas de burla ‘online’ no Sudeste Asiático gera lucros de cerca de 37 mil milhões de dólares por ano, segundo estimativas feitas em 2023 pela ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontro | Trump diz que agricultura e Taiwan são temas a abordar com Xi na Coreia do Sul O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que o encontro, esta semana, com o homólogo chinês, Xi Jinping, vai centrar-se em questões agrícolas e que vai “mencionar Taiwan”. “Temos muito que falar com o Presidente Xi, ele tem muito que falar connosco, acho que vamos ter uma boa reunião”, afirmou Trump aos jornalistas antes de partir para a Malásia, a primeira paragem da uma digressão asiática que vai fazer. O governante norte-americano disse que as questões relacionadas com a agricultura estão no topo da agenda e que vai “mencionar Taiwan”, embora tenha esclarecido que ainda não planeia viajar até à ilha. Trump tem vindo a sublinhar o desejo de que a China compre soja norte-americana, depois de o ter deixado de fazer em Setembro, como não acontecia há anos. Além disso, o país asiático impôs tarifas adicionais sobre as importações agrícolas dos Estados Unidos, em resposta às medidas económicas avançadas pelo Presidente norte-americano. O encontro entre os dois líderes, previsto para a próxima semana na Coreia do Sul, vai realizar-se poucos dias antes de entrarem em vigor as novas tarifas importas pelos Estados Unidos à China, assim como as medidas de controlo aduaneiro que Xi anunciou anteriormente e que entram em vigor a 01 de Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Anunciado “acordo preliminar” com EUA A China anunciou ontem ter chegado a um “acordo preliminar” com os Estados Unidos da América nas negociações comerciais, após dois dias de conversações na capital da Malásia. O anúncio foi feito pelo representante do comércio internacional da China, Li Chenggang, embora não tenha esclarecido os termos do “acordo preliminar”. Li afirmou que o diálogo entre as duas partes abordou “numerosos temas”, dando como exemplos os controlos de exportação (que Pequim aplica às terras raras), a possível extensão da suspensão recíproca de tarifas aduaneiras e a cooperação anti-droga contra o fentanil. Os Estados Unidos e a China também discutiram a ampliação do comércio bilateral, bem como as taxas portuárias dos Estados Unidos contra embarcações chinesas. Este acordo acontece a poucos dias da reunião entre os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, em 30 de Outubro na Coreia do Sul. As negociações comerciais entre Washington e Pequim decorrem num clima de tensão, depois de, em meados de Outubro, a China ter imposto novas restrições ao comércio de terras raras, em cuja produção e exportação é praticamente monopolista. Em resposta, o Presidente dos Estados Unidos ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses para 100 por cento a partir de 01 de Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Sectores do peixe e marisco procuram a China A imposição de tarifas de 50% ao Brasil por Donald Trump, devido ao julgamento de Bolsonaro, levou o país sul-americano a procurar outros mercados mais favoráveis A secretária nacional de Aquicultura do Brasil disse sexta-feira à Lusa que a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos (EUA) levou os sectores do peixe e marisco brasileiros a procurarem novos mercados, incluindo a China. “Quando fala de exportação de pescado, há muito produto a ser direccionado para os Estados Unidos, e isso, com a taxação, obrigou-nos a pensar nos outros destinos”, explicou Fernanda Gomes de Paula. O Brasil e os EUA estão a viver uma crise diplomática sem precedentes, depois de o Presidente norte-americano ter imposto tarifas de 50 por cento sobre grande parte dos produtos brasileiros. Donald Trump justificou a decisão com o julgamento em que o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, aliado do actual líder dos EUA, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. “Eu acredito muito que nós temos que olhar sempre pelo lado positivo de todas as situações. Então, isso foi um despertar, está abrindo uma oportunidade para a gente buscar outros destinos para os nossos produtos”, disse a responsável. Antes da imposição das tarifas, cerca de 70 por cento das exportações brasileiras de pescado tinham como destino os EUA, valor que sobe para 90 por cento no caso da aquicultura. Fernanda de Paula, cuja secretaria está sob a tutela do Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil, defendeu que é preciso apostar no peixe e no camarão como produtos para “trabalhar comercialmente”. Há 15 anos que a China é a principal parceira comercial do Brasil. Sempre a aprender De acordo com dados dos Serviços de Alfândega chineses, as exportações brasileiras caíram 10,9 por cento nos primeiros oito meses de 2025, para 72,6 mil milhões de dólares. A secretária nacional de Aquicultura do Brasil defendeu que o país tem potencial para exportar mais peixe e outros produtos aquáticos para o mercado chinês. “Na verdade, a gente precisa se mostrar mais, precisa compreender o volume das nossas produções, a qualidade dos nossos produtos e demonstrarmos que temos condições de incluí-los aqui”, disse a responsável, em Macau. A dirigente falava à margem da cerimónia de encerramento de um colóquio sobre a economia digital entre a China e os países de língua portuguesa, que começou em 13 de Outubro. Fernanda de Paula disse que o evento, organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) foi “extremamente importante”. A cadeia produtiva da aquicultura “está a passar por um processo de transição para digitalizar, trabalhar com inteligência artificial”, de forma a melhorar a gestão e aumentar a produtividade, explicou a dirigente. A secretária nacional de Aquicultura do Brasil aproveitou para “conhecer o que está a ser discutido, o que está a ser debatido [e] fazer as conexões certas”. “Temos um país que está aberto para colaboração. (…) A gente tem algo que pode oferecer, mas temos a humildade para compreender que temos também muito que assimilar”, acrescentou.
Hoje Macau EventosInfluencers | Arranca hoje a “CreatorWeek Macao 2025” Decorre, entre hoje e amanhã, o primeiro evento em Macau dedicado ao mundo dos influencers, intitulado “CreatorWeek Macao 2025”. Trata-se de um evento promovido pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) que inclui a “Conferência CreatorWeek”, que acontece hoje no Grand Lisboa Palace. Amanhã, tem lugar a “Academia CreatorWeek”, no mesmo empreendimento turístico. Segundo uma nota da DST, estes dois eventos “visam criar uma plataforma para criadores de conteúdos, empresas e grupos locais de produção de novos meios de comunicação e líderes das redes sociais”, esperando-se que essa plataforma “proporcione valor comercial”. Espera-se que um evento inteiramente dedicado à actividade de “influencer” possa olhar a “singularidade” de Macau e “contribuir para promover o desenvolvimento, no estrangeiro, de criadores do interior da China”, além de ajudar também “criadores internacionais a entrar na China para conhecerem a cultura chinesa”. A DST espera ainda que esta semana possa “elevar a imagem de Macau como uma cidade turística ‘célebre na Internet’, promovendo-se o desenvolvimento da economia de criadores de conteúdos”. A “Conferência CreatorWeek” decorre entre as 10h e as 18h e visa debater “a integração cultural das redes sociais chinesas e ocidentais e as tendências das plataformas”, sem esquecer “a situação actual e o futuro da economia dos criadores”. O evento conta com dezenas de oradores, onde se inclui, por exemplo, Ben Wong, director de operações de marketing da Google na China. Por sua vez, a “Academia CreatorWeek” decorre entre as 14h e as 17h e “conta com a participação de talentos do sector e líderes das plataformas principais”, discutindo-se temas como “Da Voz Local à Influência Global”, “Agentes, MCNs e Criadores: Construir Carreiras Sustentáveis” ou “Criar uma Comunidade com o Snapchat”, entre tantos outros.
Hoje Macau EventosEdição que celebra os 15 anos do Oktoberfest Macau já arrancou Começou na sexta-feira mais uma edição do Oktoberfest Macau, que até ao dia 2 de Novembro acontece no MGM Cotai. Segundo um comunicado da operadora de jogo, trata-se de uma edição que faz “um brinde aos 15 anos” do evento que tem trazido ao território “o sabor e o espírito autênticos do icónico festival de cerveja alemã”. O Oktoberfest Macau recebeu, ao longo de 15 anos, mais de 190 mil participantes. Na sexta-feira, na cerimónia de abertura, Kenneth Feng, presidente e director-executivo da MGM China, disse que esta festa “não é apenas uma celebração, mas também uma conexão”. “É esse sentimento de união que tem sustentado o espírito do festival nos últimos quinze anos, tornando-o uma celebração anual que todos aguardam ansiosamente, repleta de risos e memórias. Este ano, o festival receberá o seu convidado número 200.000, um verdadeiro marco que reflecte o compromisso de longa data da MGM com o desenvolvimento de produtos culturais e turísticos para Macau”, acrescentou. Música e salsichas Quem for ao Oktoberfest pode ter a certeza que encontra a típica cerveja alemã e as salsichas que fazem as delícias da festa, sendo que este ano se dá o regresso da Högl Fun Band, directamente de Munique. Este grupo promete “subir ao palco com animadas melodias bávaras, conduzindo o público em coro com a canção que é tema original do festival”, a música “Nei Hou, Macau!”. A fim de celebrar os 15 anos de existência, a MGM criou para esta edição uma “cabine fotográfica especial”, para que os participantes possam tirar fotografias temáticas sobre o Oktoberfest, além de que também se estreia o “Prémio de Melhor Traje”. Aqui, o público é convidado “a vestir-se com trajes temáticos e a abraçar totalmente o espírito do Oktoberfest”. O espaço oferece ainda actividades pensadas para as crianças. A festa acontece até ao dia 2 de Novembro, das 18h à meia-noite, no primeiro terraço do MGM Cotai, sendo necessário adquirir bilhetes para o evento.