Hoje Macau China / ÁsiaTransacções de acções da construtora chinesa Evergrande suspensas em Hong Kong A construtora chinesa Evergrande Group suspendeu hoje a negociação das acções na bolsa de Hong Kong, aguardando uma “declaração de informações privilegiadas”, de acordo com um comunicado enviado à praça financeira. As transacções dos títulos da empresa nos mercados domésticos da China também foram suspensas. A Evergrande, com sede em Shenzhen, disse em Janeiro passado que pretendia apresentar uma proposta preliminar de reestruturação nos próximos seis meses. A construtora está no centro de uma crise entre os grupos do sector imobiliário da China, depois de Pequim ter restringido o acesso ao crédito e exigido um aumento do rácio de liquidez das empresas. Num comunicado separado, a unidade da Evergrande no mercado de capitais da China disse que os detentores de títulos aprovaram um plano de pagamento referente aos juros vencidos dos títulos emitidos na moeda chinesa, o yuan, de acordo com um comunicado enviado, no domingo, à bolsa de valores de Shenzhen. O grupo disse que vai distribuir juros que ficaram por pagar em setembro passado – uma obrigação no valor de quatro mil milhões de yuans, com um cupão de 5,8% e vencimento em 2025. O cupão do título é pago anualmente, e o primeiro pagamento estava programado para 23 de setembro do ano passado. O atraso não vai acionar um incumprimento na nota, de acordo com o plano aprovado. A Evergrande deixou de pagar os cupões referentes a títulos emitidos em dólares em dezembro. As empresas imobiliárias chinesas listadas em Hong Kong têm que apresentar, até 31 de março, os resultados anuais, nas primeiras demonstrações financeiras auditadas desde que a crise de liquidez se abateu sobre o setor. A receita dos governos locais chineses com as vendas de terrenos contraiu 29,5%, entre janeiro e fevereiro, em relação ao mesmo período do ano passado, a maior queda homóloga desde 2015, de acordo com dados publicados na sexta-feira pelo Ministério das Finanças da China.
Hoje Macau China / ÁsiaAvião com 133 pessoas a bordo cai no sudoeste da China Um avião da China Eastern Airlines que viajava entre as cidades chinesas de Kunming (sudoeste) e Cantão caiu hoje com 133 pessoas a bordo, informou a televisão estatal CCTV. O Boeing-737 caiu perto da cidade de Wuzhou, na região de Guangxi, e “causou um incêndio” nas montanhas, informou a CCTV, acrescentando que as equipas de resgate foram enviadas para o local. Desconhece-se para já se há sobreviventes. A China Eastern, com sede em Xangai, é uma das três principais companhias aéreas da China, operando dezenas de rotas domésticas e internacionais que abrangem 248 destinos. De acordo com dados do site de rastreamento de voos FlightRadar24, trata-se do voo MU5735. O rastreamento revela que o Boeing 737-89P perdeu velocidade, antes de entrar numa descida acentuada. O avião parou de transmitir dados a sudoeste de Wuzhou. O aparelho em questão foi entregue à China Eastern pela construtora norte-americana Boeing, em junho de 2015, e estava a ser utilizado há mais de seis anos. O Boeing 737 bimotor de corredor único é um dos aviões mais populares do mundo para voos de curta e média distância. A China Eastern opera várias versões daquele modelo, incluindo o 737-800 e o 737 Max. A utilização da versão 737 Max esteve suspensa em todo o mundo, após dois acidentes fatais. O regulador de aviação civil da China voltou a permitir o seu uso no final do ano passado. O último acidente mortal com um avião civil registado na China ocorreu em 2010.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer aprofundar relações com África do Sul, diz Xi Jinping A China está disposta a trabalhar com a África do Sul para impulsionar as suas relações para um nível mais profundo, com maior qualidade e mais amplo alcance, disse o Presidente chinês, Xi Jinping, na sexta-feira. Xi fez estas declarações durante sua conversa telefónica com o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, informa a agência estatal Xinhua. Ao assinalar que a China e a África do Sul compartilham uma relação amistosa especial de camaradas e irmãos, Xi disse que consolidar e desenvolver as suas relações é de grande significado para guiar as relações entre a China e a África, assim como a solidariedade e a cooperação entre os países em desenvolvimento. As duas partes devem continuar a apoiar-se firmemente em assuntos relacionados aos interesses fundamentais e às principais preocupações de cada um, intensificar os esforços para implementar os nove programas do Fórum de Cooperação China-África e o plano estratégico de cooperação de 10 anos entre os dois países, assim como esforçar-se por novos êxitos na cooperação bilateral em diversas áreas, disse Xi. A China dá as boas-vindas a mais importações de produtos sul-africanos de alta qualidade, apoia as duas partes na expansão da cooperação em campos emergentes como novas energias e comércio electrónico, e incentiva as empresas chinesas a realizarem cooperação em investimentos na África do Sul e ajudar o país africano a obter os objectivos de desenvolvimento da nova iniciativa de investimento, disse Xi, citado pela Xinhua. A China está disposta a discutir a cooperação na produção de vacinas com a África do Sul e a apoiar a África do Sul e outros países africanos na sua luta contra a covid-19, disse Xi. Xi observou que a China, que preside ao BRICS este ano, está disposta a trabalhar com a África do Sul para manter o impulso de desenvolvimento do mecanismo de cooperação do BRICS, construir uma parceria de alta qualidade mais abrangente, mais próxima, mais pragmática e inclusiva, realizar o desenvolvimento dos países membros e promover um desenvolvimento global mais forte, verde e saudável. Sentimentos recíprocos Ramaphosa disse que gostaria de estender mais uma vez as suas felicitações pelo centenário do Partido Comunista da China e pelos bem-sucedidos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de Pequim. Mencionando que a China é uma confiável e verdadeira parceira e amiga da África do Sul, bem como dos países africanos, Ramaphosa agradeceu à China por manter uma posição justa e fornecer assistência valiosa para a África do Sul e os países africanos para ajudá-los a superar conjuntamente as dificuldades. A África do Sul adere firmemente à política de Uma Só China e apoia firmemente a posição da China sobre a questão relacionada com o Tibete e outras questões importantes, disse Ramaphosa.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Bolsas isentam de taxas empresas em áreas afectadas por surtos As três bolsas de valores da China continental isentaram de algumas taxas as empresas localizadas em áreas onde houve surtos de covid-19, para aliviar o impacto económico das medidas de confinamento aplicadas no país. A Bolsa de Valores de Shenzhen anunciou a isenção do pagamento de três taxas a todas as empresas cotadas no mercado, estendendo assim uma medida que já era aplicada às companhias com sede nas províncias de Shaanxi, Henan e Tianjin, segundo a agência oficial chinesa Xinhua. Esta decisão soma-se às isenções, anunciadas na quinta-feira, pelas bolsas de valores de Xangai e Pequim, para empresas de Shenzhen, Mongólia Interior, Guangdong, Jilin e Xangai, algumas das áreas mais afectadas pelos surtos das últimas semanas, que levaram o número de novas infecções a voltar a níveis só vistos no início de 2020. Estimativas iniciais, que apenas levaram em conta as isenções das taxas da Bolsa de Valores de Pequim e da Bolsa Nacional de Acções chinesa (para pequenas e médias empresas), indicam que as empresas poderão poupar mais de 45 milhões de yuan. As empresas que se listem este ano poderão também beneficiar das mesmas isenções. Com tranquilidade Na quarta-feira, o Governo chinês tentou tranquilizar os investidores com a promessa de mais apoio ao sector imobiliário, empresas do sector digital e empresários em dificuldades, depois de as firmas do país registarem fortes perdas em bolsa. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse na semana passada que o Governo espera gerar até 13 milhões de novos empregos este ano, para ajudar a reverter uma crise económica. Analistas dizem que o Partido Comunista provavelmente terá dificuldades para cumprir a sua meta oficial de crescimento económico, de 5,5 por cento, a menor desde a década de 1990. A Comissão Nacional de Saúde da China confirmou ontem a detecção de 1.737 novos casos de covid-19 nas 24 horas entre sábado e domingo, 1.656 deles por contágio local. O número mantém a tendência de queda iniciada na semana passada, altura em a China registou 3.507 casos na última terça-feira, o número mais alto desde o início de 2020. As províncias com o maior número de casos de transmissão comunitária foram Jilin (nordeste, 1.191), Fujian (sudeste, 158), Shandong (leste, 51) e Guangdong (sudeste, 51). Duas mortes A China registou duas mortes relacionadas com a covid-19, nos primeiros óbitos desde Janeiro do ano passado, anunciaram sábado as autoridades sanitárias. As mortes, ambas na província de Jilin, no nordeste da China, elevam o número de óbitos causados pelo SARS-CoV-2 no país para 4.638. As autoridades locais proibiram as deslocações, sendo necessária uma autorização da polícia para atravessar as fronteiras da província.
Hoje Macau PolíticaPandemia | Wong Kit Cheng quer associações no plano de emergência A deputada Wong Kit Cheng defende, em comunicado, que o Governo possa melhorar o plano de emergência criado especialmente caso ocorra um surto de covid-19 no território, através da inclusão das associações. Desta forma, com a inclusão do sector privado, os funcionários públicos podem estar mais aliviados do trabalho de lidar com um surto pandémico, considerou a deputada. Wong Kit Cheng exemplificou que os voluntários ou membros das associações podem lidar de perto com a comunidade, apoiando em acções como a comunicação ou gestão de necessidades diárias das pessoas, que não estejam directamente ligadas aos casos de infecção. A deputada, com formação em enfermagem, adiantou que o Governo deve lançar também um plano de formação e de divulgação para que todos os profissionais de saúde no território possam participar neste plano de emergência. A ideia defendida por Wong Kit Cheng é que o sistema de saúde não venha a sofrer as consequências de um eventual surto.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong planeia relaxar medidas face a cansaço dos residentes A Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou ontem que está a considerar aliviar algumas das medidas restritivas, em vigor na cidade, contra a covid-19, mas não avançou detalhes. Lam foi criticada pela forma como lidou com a crise e pela comunicação pouco clara, desde que o território foi atingido por uma quinta vaga de infecções pelo novo coronavírus, provocada pela variante Ómicron. Em menos de três meses, Hong Kong registou quase um milhão de casos e 4.600 mortes, muitas entre idosos não vacinados. Segundo diferentes estimativas, metade dos 7,4 milhões de habitantes já foram infectados. Esta explosão de casos ocorreu mesmo depois de a região ter implementado, desde o início da pandemia, algumas das mais rigorosas restrições fronteiriças e medidas de distanciamento social do mundo. Desde Janeiro, reuniões entre mais de duas pessoas são proibidas em locais públicos. Bares e restaurantes devem fechar às 18h e as escolas retomaram o ensino à distância. Lam disse ontem que está na altura de aliviar as restrições. “Não porque o número de casos tenha diminuído (…), mas tenho uma forte sensação de que as pessoas estão fartas”, disse. “Algumas das nossas instituições financeiras estão a perder a paciência com o isolamento [a que Hong Kong está a ser submetido]”, acrescentou. Questionada sobre o seu roteiro para sair da crise, a governante recusou avançar com mais detalhes e acrescentou que os anúncios serão feitos “em 20 ou 21 de Março”. “A coisa mais difícil no combate ao vírus é que não podemos prever totalmente o que vai acontecer”, apontou. Durante dois anos, Hong Kong aplicou uma política rígida de “zero casos” de covid-19. Mas há mais de um mês os hospitais estão sobrecarregados e a cidade registou um número recorde de mortes para um país desenvolvido. Em Fevereiro passado, as autoridades anunciaram uma campanha de testes em massa para todos os habitantes de Hong Kong, uma medida que poderia ser acompanhada de confinamento. O anúncio causou pânico entre os habitantes, que acorreram aos supermercados. Cerca de 65.400 residentes e expatriados fugiram da cidade em Fevereiro. As autoridades de Hong Kong prescindiram, entretanto, do confinamento.
Hoje Macau China / ÁsiaJilin | Cerca de 95% dos casos são assintomáticos ou têm sintomas leves Cerca de 95 por cento dos casos de covid-19 detectados na província de Jilin, parte do maior surto registado na China desde 2020, são assintomáticos ou apresentam sintomas leves, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua A província de Jilin atravessa o pior surto de covid-19 na China desde 2020, mas perto de 95 por cento das infecções são assintomáticas ou afectam pacientes que apenas apresentam sintomas ligeiros, indicou ontem a agência Xinhua. As autoridades de saúde da província, que acumula 8.506 casos activos entre os seus 26 milhões de habitantes, garantiram que a condição da grande maioria dos infectados que apresentam sintomas de gravidade leve ou média melhorou após o tratamento. “Muito poucos” desses pacientes viram a sua condição deteriorar para serem classificados como “graves” ou em “estado critico”, disse o especialista em doenças do sistema respiratório Yang Junling, segundo a agência. Nas 24 horas que terminaram ontem, a província, que faz fronteira com a Coreia do Norte e a Rússia, detectou 1.157 novos positivos, incluindo doentes assintomáticos. Desde a última segunda-feira, os habitantes de Jilin estão proibidos de sair da província. A estratégia chinesa de “tolerância zero” à covid-19 prevê o isolamento de todos os infectados e dos seus contactos próximos em hospitais e instalações destinadas para o efeito, o que aumenta a pressão sobre o sistema hospitalar nas regiões onde existem surtos. Para lidar com o aumento de casos, Jilin concluiu a construção de oito hospitais temporários com capacidade para 11.488 camas e dois centros de quarentena com 662 quartos, informou a Xinhua. Aqui mais perto A cidade de Shenzhen indicou ontem que vai apoiar as empresas para que “retomem o trabalho e a produção de forma ordenada”, sob a premissa de que continuam a colaborar nas medidas de prevenção e controlo da pandemia. Com 17 milhões de habitantes, Shenzhen decretou no último fim de semana o cancelamento dos serviços de transporte público e restrições à circulação nos bairros, devido a um surto que somou 677 casos até à data. A cidade lançou uma campanha massiva de testes de PCR para colectar amostras de todos os seus habitantes. A firma Foxconn, a maior montadora de iPhones do mundo, anunciou na quarta-feira que as suas fábricas em Shenzhen retomaram o trabalho, depois de anunciar na segunda-feira a suspensão das operações. As instalações da Foxconn funcionarão em sistema de circuito fechado, segundo o qual as entradas e saídas serão controladas para evitar o contágio. De acordo com os dados oficiais do Governo chinês, desde o início da pandemia, 123.773 pessoas ficaram infectadas no país, entre as quais 4.636 morreram.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Leong Sun Iok quer estudo sobre falta de interesse Leong Sun Iok acha que o Governo deve estudar e adoptar medidas para combater a falta de interesses dos residentes em mudarem-se para o Interior e para a Ilha da Montanha. A posição do deputado surge depois de apenas 185 pessoas terem aderido ao um programa de oferta de empregos em Hengqin, durante um processo de contratação online que decorreu entre 23 de Dezembro e 22 de Janeiro. Os trabalhos dizem respeito a projectos dentro da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau. Face aos resultados que considerou decepcionantes, o legislador pediu, em declarações prestadas ao jornal Hou Kong, que o Governo analise muito bem a realidade e estude os objectivos de vida dos residentes. No entanto, o deputado dos Operários arriscou algumas causas. Segundo Leong Sun Iok, muitos residentes consideram que os critérios nas entrevistas de emprego são demasiado elevados, face ao pagamento que é oferecido. No mesmo sentido, revelou ter recebido queixas que os trabalhos na Zona de Cooperação Aprofundada são muito mal pagos, quando comparados com o nível médio salarial da RAEM, o que faz com que os residentes não estejam disponíveis para se mudar. O deputado reconheceu também que as viagens diárias entre Macau e o Interior estão cheias de obstáculos, como trânsito caótico e um processo demorado na passagem das fronteiras.
Hoje Macau PolíticaMacau Renovação Urbana | Au Kam San pede acção da empresa O ex-deputado Au Kam San considera que Macau Renovação Urbana deve assumir o processo de construção de prédios que precisam ser renovados. A ideia foi defendia numa carta entregue ontem à Assembleia Legislativa pela Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário. “O regime jurídico da renovação urbana determina que a reconstrução do prédio é decidida pelo condomínio e tratada pelos proprietários. Não concordamos, o responsável pelos trabalhos de renovação tem de ser a empresa de capitais públicos, ou seja, a Macau Renovação Urbana”, o ex-deputado. “Se a reconstrução dos edifícios ou dos bairros antigos, ou até da renovação urbana, ficar apenas dependente dos proprietários existe o risco de não avançar porque é um processo difícil”, justificou. Na óptica de Au Kam San, se a empresa se limitar a prestar o serviço de consultadoria aos proprietários no processo, que vão ter de chegar a consenso entre si, então existe o risco que nem a reconstrução do bairro Iao Hon avance. A zona de Iao Hon foi escolhida como local experimental para a renovação urbana, e envolve cerca de sete edifícios. Além disso, Au Kam San defende que se os proprietários tiverem de pagar a maior parte dos custos o projecto pode ficar parado.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo causa três mortos e mais de 170 feridos no Japão Pelo menos três pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas, na sequência do sismo de magnitude 7,3 ocorrido ao largo de Fukushima, no nordeste do Japão, na quarta-feira, anunciaram hoje as autoridades japonesas. O hipocentro do sismo, registado na quarta-feira, às 23:36 (14:36 em Lisboa), situou-se a 57 quilómetros de profundidade, indicou a Agência Meteorológica do Japão. O abalo desencadeou um alerta de tsunami, cancelado cinco horas depois, tendo sido registadas esta madrugada ondas de 20 a 30 centímetros de altura, nas cidades costeiras de Ishinomaki, Sendai e Soma. Centenas de pessoas que viviam na costa de Fukushima e Miyagi foram retiradas, noticiou a cadeia de televisão japonesa NHK. Após uma primeira avaliação, foram registados feridos e mortos em sete prefeituras, e extensas interrupções no fornecimento de eletricidade que afetaram 42.600 povoações em todo o país, incluindo zonas de Tóquio. O operador da central nuclear indicou que o sismo desencadeou a ativação de um alarme de incêndio e a interrupção de um sistema de refrigeração do combustível nuclear usado e armazenado, embora sem variações nos níveis de radiação. O serviço de comboio de alta velocidade [Shinkansen], na ligação entre a capital e o norte do país, foi suspenso esta manhã, devido ao descarrilamento, entre Fukushima e Shiroishizao, de uma destas composições na linha Tóquio-Sendai. Nenhum dos 75 passageiros e três tripulantes sofreu ferimentos, disse a operadora ferroviária japonesa JR East. A Agência Meteorológica do Japão pediu aos cidadãos que tomem precauções contra o risco de sismos de intensidade semelhante nas mesmas áreas nos próximos dias. Pelo menos 18.500 pessoas morreram ou desapareceram em 11 de março de 2011, na sequência do sismo de magnitude 9,0 e do tsunami que se seguiu. A massa de água invadiu a central nuclear de Fukushima Daiichi, construída junto à costa. Os núcleos de três reatores entraram em fusão, causando a pior catástrofe nuclear civil desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul bate recorde de novos casos de covid-19 A Coreia do Sul quebrou hoje um novo recorde de infeções por covid-19, registando mais de 621.000 casos, num momento em que as autoridades consideram que o país está a atingir o pico da vaga causada pela variante Ómicron. As autoridades de saúde sul-coreanas disseram que foram detetados 621.328 casos na quarta-feira, dos quais apenas 62 eram de pessoas que chegaram do exterior. O número representa um salto de 55% em relação aos dados do dia anterior e de 120% em relação aos de há uma semana. As autoridades anunciaram também um número recorde de mortes diárias ligadas à covid-19, 429, embora o número de pessoas com sintomas moderados a graves tenha caído para 1.159, menos 100 do que no dia anterior. O Ministério da Saúde sul-coreano disse que considera que o pico da vaga atual, causada pela variante Ómicron, será atingido esta semana ou na próxima. O primeiro-ministro, Kim Boo-kyum, solicitou a revisão dos protocolos para reclassificar o covid-19 como uma doença menos grave. Isso permitiria mais agilidade aos serviços de saúde para combater um número crescente de positivos com sintomas leves ou assintomáticos. As autoridades têm vindo a flexibilizar gradualmente as restrições em vigor. Está agendada para sexta-feira uma reunião para decidir sobre a prorrogação ou flexibilização das principais medidas, que incluem o encerramento obrigatório dos hotéis às 23:00 e um máximo de seis pessoas em reuniões privadas. O país asiático, onde 86,6% da população tem esquema vacinal duplo completo e 62,8% uma dose de reforço, registou desde o início da pandemia cerca de 8,25 milhões de infeções e pouco mais de 11.400 mortes.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Felizbina Carmelita Gomes louvada pelo Governo Felizbina Carmelita Gomes, histórica directora da Escola Primária Luso-Chinesa da Flora, foi alvo de um louvor publicado ontem em Boletim Oficial, pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U. “Durante mais de trinta e nove anos em que a directora Felizbina Carmelita Gomes trabalhou na área da educação, em Macau, deu provas de grande dedicação e disponibilidade, e demonstrou seriedade e cuidado para com alunos, encarregados de educação e pessoal da escola, tendo delineado e implementado, juntamente com o pessoal da escola, o planeamento do desenvolvimento escolar”, destacou a secretaria. “Pela forma como desempenhou as suas funções de directora da Escola Primária Luso-Chinesa da Flora durante estes largos anos, bem como pelo serviço e contributo em prol da educação de Macau, é-me grato e justo distinguir Felizbina Carmelita Gomes, conferindo-lhe público louvor”, foi acrescentado. Segundo o currículo apresentado no louvor, Felizbina Carmelita Gomes desempenhou funções de docente de língua portuguesa, no ensino primário luso-chinês, desde 1982. Em 1998, foi nomeada subdirectora da Escola Primária Luso-Chinesa da Flora e, posteriormente, de 1999 a 2022, exerceu o cargo de directora da escola, antes de se reformar.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Autoridades reuniram com fornecedores após destruição de mercadorias Os Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico passaram a obrigar cerca de 8.900 trabalhadores do sector da logística a fazer testes de ácido nucleico todas as semanas As autoridades anunciaram que os trabalhadores dos supermercados que lidam diariamente com mercadorias importadas, assim como os profissionais que transportam essas mercadorias estão obrigados a efectuar um teste à covid-19 a cada sete dias. A decisão foi tomada depois de nas últimas duas semana quase uma tonelada de leite ter sido destruída. A destruição dos lotes aconteceu após as autoridades encontrarem vestígios do novo coronavírus na película plástica que envolvia as embalagens, vindas da região vizinha de Hong Kong. Numa reunião realizada na terça-feira à noite, entre a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) e o sector empresarial, foi exigido o reforço dos trabalhos de desinfecção após a chegada das mercadorias ao território. O requisito tem como objectivo “reduzir o risco de transmissão do novo tipo de coronavírus pelas mercadorias”. No encontro foi também indicado que se os funcionários de supermercados e transporte de mercadorias não fizerem o teste de ácido nucleico a cada sete dias ficam com o código de saúde amarelo. Só no sector da logística a medida incide sobre 8.900 trabalhadores, que vão assim fazer testes todas as semanas, independentemente do grau de vacinação. Esforços redobrados O Governo está agora a intensificar a prevenção contra a covid-19, não só devido à aposta na política de ‘zero casos’, mas também devido ao receio de propagação da variante Ómicron, que resultou no confinamento de milhões de pessoas na China. Também na terça-feira, as autoridades, preocupadas com possíveis infecções por “contacto com objectos contaminados”, lançaram uma lista de medidas que devem ser adoptadas pela população para conter riscos de infecção. As medidas abrangem indicações que vão desde a esterilização das embalagens de transporte do produto, à limpeza, antes da primeira utilização, de “artigos de uso corrente que são frequentemente contactados e usados a longo prazo, como champô, gel de banho e temperos. A lista abrange igualmente recomendações como a lavagem de sacos de compras reutilizáveis, a desinfecção de “alimentos que podem ser lavados, como frutas”, e a não colocação de embalagens de alimentos no frigorífico. Também nos hotéis de quarentena, onde o Governo obriga quem chega do estrangeiro a ficar isolado, lençóis e toalhas também deixaram de ser substituídos, mesmo que as pessoas estejam isoladas há mais de 14 dias. Também a recolha de refeições à porta do quarto só pode acontecer após autorização dada por telefone. Macau registou, desde o início da pandemia, há dois anos, 82 casos de covid-19. O território fechou as fronteiras a não-residentes e impôs quarentenas à entrada a residentes oriundos de zonas de risco. As medidas causaram um forte impacto económico em Macau, dependente do turismo e da indústria do jogo.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Japão prevê levantar medidas de proteção sanitária na segunda-feira O Governo do Japão anunciou hoje que vai levantar na segunda-feira as medidas contra o contágio por covid-19 que ainda continuam vigentes nas principais regiões do país, face ao decréscimo do número de casos. As medidas que ainda se mantêm em vigor em 18 autarquias, entre as quais Tóquio e Osaca, consistem em limitações horárias para negócios como bares e restaurantes, considerados como os principais focos de contágio. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse hoje numa conferência de imprensa que o Governo decidiu levantar estas medidas e – ao mesmo tempo – implementar outras ações para evitar uma nova vaga de casos de infeção pelo novo coronavírus, entre as quais disponibilizar mais doses de vacinas, testes e tratamentos para sintomas de covid-19. “Temos de manter a máxima vigilância para garantirmos a segurança sanitária”, afirmou Kishida, assinalando o caráter “altamente contagioso da variante Ómicron e de outras possíveis variantes” que possam surgir. “Deve considerar-se o período atual como uma fase de transição em direção à normalidade”, afirmou Fumio Kishida. No passado mês de janeiro, perante uma nova onda de contágios provocada pela variante Ómicron, o executivo de Tóquio declarou medidas de emergência sanitária, mas conferindo às autoridades locais a possibilidade de aplicar ou não as normas ao setor privado e de oferecer compensações económicas. Face ao atenuar do número de casos de covid-19 no Japão, o Governo opta agora por levantar as medidas. Na última semana contabilizaram-se no país cerca de 50 mil casos por dia. Em fevereiro os valores atingiram as 100 mil infeções por dia, o máximo desde o início da pandemia de covid-19. A rápida propagação da variante Ómicron levou o Japão a acelerar o programa de vacinação (terceira dose do composto) tendo sido inoculada 32% da população residente no país. Cerca de 80% dos habitantes do Japão receberam as duas doses da vacina contra a covid-19.
Hoje Macau EventosCURB | Escolhidos vencedores de concurso de fotografia de arquitectura Já são conhecidos os vencedores do Concurso de Fotografia de Arquitectura de Macau organizado pelo CURB – Centro de Arquitectura e Urbanismo. As imagens foram seleccionadas de um total de 470 fotografias a concurso. Na categoria “Open Group” [Grupo Aberto] o vencedor foi Lei Heong Ieong com uma imagem detalhada do hotel Morpheus, no Cotai, desenhado pela arquitecta, já falecida, Zaha Hadid. Na categoria “Estudantes Universitários” Kingsley Leong ficou em primeiro lugar com uma imagem a preto e branco, intitulada “The Axes”. Destaque ainda para a menção honrosa atribuída a Ho Chi Kin, que capturou a essência dos incensos dos templos tradicionais chineses. Rickson Lam foi também distinguido com uma menção honrosa ao fotografar, à noite, a estátua da deusa A-Má em contraste com os edifícios luminosos e a Torre de Macau. O prémio organizado pelo CURB destacou também os trabalhos fotográficos de estudantes do ensino secundário, sendo que a imagem vencedora é de um bairro antigo, com as suas ruelas e becos. Dylan Chan ficou em terceiro lugar com uma imagem da ponte Sai Van iluminada à noite. A cerimónia da entrega dos prémios acontece este sábado.
Hoje Macau China / ÁsiaConfinamentos devem deixar economia chinesa aquém da meta oficial, dizem analistas A campanha da China para suprimir surtos de covid-19 em importantes cidades costeiras, com duras medidas de confinamento, deve deixar o país aquém da meta de crescimento económico, de 5,5%, dizem analistas. O país está a enfrentar o seu pior surto desde o de Wuhan, onde os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados, no final de 2019. A Comissão Nacional de Saúde relatou 1.860 casos locais, nas últimas 24 horas. A China pratica uma política de “tolerância zero” à covid-19. O número de casos, apesar de pequeno, comparado com outras partes do mundo, tem justificado a imposição de medidas de bloqueio de cidades inteiras, com os residentes proibidos de sair de casa, e a realização de testes em massa. “A situação da covid-19 na China deteriorou-se, a um ritmo alarmante, na semana passada (…) a economia chinesa pode voltar a sofrer um impacto severo”, escreveu Lu Ting, analista do grupo de serviços financeiros japonês Nomura, num relatório. “Pensamos que a meta de crescimento [económico] de ‘cerca de 5,5%’ da China para este ano está a tornar-se cada vez mais irrealista”, acrescentou. A meta de 5,5% foi fixada pelo Governo chinês durante a sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, que decorreu este mês, em Pequim. A Nomura manteve a sua previsão para o crescimento da economia chinesa durante 2022 em 4,3%, muito abaixo da meta oficial. O surto do novo coronavírus coincide com a guerra na Ucrânia, que colocou Pequim numa posição sensível, face ao seu relacionamento com Moscovo, e levou a um aumento dos preços das matérias-primas, sobretudo dos combustíveis fósseis, dos quais a China é altamente dependente. As empresas chinesas registaram, na segunda-feira, o seu pior dia na bolsa de valores de Hong Kong desde a crise financeira global de 2008. O Hang Seng China Enterprises Index, índice composto pelas maiores empresas da China continental, fechou a cair 7,2%. O Hang Sang Tech Index, que junta os grupos tecnológicos, caiu 11%. Nos dois primeiros meses do ano, os principais indicadores económicos da China registaram forte crescimento, em termos homólogos. As vendas a retalho cresceram 6,8%; o investimento em ativos fixos acelerou 12,2%; e a produção industrial cresceu 7,5%. O porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas, Fu Linghui, admitiu que o agravamento da situação pandémica vai afetar a recuperação das economias nas cidades e províncias onde estão a ser impostos bloqueios, mas insistiu que a economia chinesa está a recuperar. “A China adquiriu vasta experiência no controlo da pandemia. O conjunto de medidas adotadas é capaz de conter a propagação da pandemia e minimizar o impacto económico”, previu. Shenzhen, que é sede de vários grupos de tecnologia, incluindo a Huawei e Tencent, foi colocada esta semana sob quarentena de facto, com testes em massa e restrições nas deslocações. Os voos internacionais para Xangai, a “capital” económica da China, também foram desviados, à medida que as autoridades locais tentam conter a propagação do vírus. Joerg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China, apontou as interrupções nas operações locais de empresas estrangeiras, alertando para o “encerramento errático de empresas, bloqueios generalizados e restrições nas viagens”. “O impacto é bastante negativo e vai de mal a pior”, disse. O acesso a Pequim foi restringido. A capital chinesa suspendeu o ensino de acompanhamento pós-escolar, depois de pelo menos três crianças terem testado positivo ao novo coronavírus. “O impacto dos bloqueios recentes provavelmente será maior do que durante os surtos anteriores de covid-19, desde o primeiro trimestre de 2020, com interrupções mais significativas nas exportações e nos serviços”, apontou Helen Qiao, economista do Bank of America Merrill Lynch, numa nota publicada na terça-feira. Wang Dan, economista-chefe do Hang Seng Bank China, alertou num relatório que o abrandamento da atividade económica nas regiões costeiras pode levar o crescimento económico do país para território negativo no primeiro trimestre. “Como visto em 2020, deve tudo voltar ao normal no espaço de um ou dois meses”, disse Wang. “Mas o impacto psicológico será maior, sobretudo para as pequenas empresas, à medida que a pandemia entra no seu terceiro ano”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaBolsa de Hong Kong sobe mais de 8% com promessa de apoio do governo O principal índice da bolsa de Hong Kong subiu mais de 8% hoje, após as autoridades chinesas terem prometido apoiar o mercado de capitais e gerir os riscos causados pela crise no setor imobiliário. A agência de notícias oficial Xinhua disse que o Governo chinês irá implementar medidas para estabilizar os mercados de ações, revitalizar a economia e aumentar os novos empréstimos, citando uma reunião presidida pelo vice-primeiro-ministro Liu He. O índice Hang Seng subiu 8,74%, ou 1.609,77 pontos, para 20.024,85 pontos, com destaque para as empresas chinesas de tecnologias, cujas ações tinham caído em flecha devido a preocupações com as restrições impostas pelas autoridades chinesas e norte-americanas. O índice que acompanha os valores tecnológicos do mercado de Hong Kong, o Hang Seng Tech Index, subiu mais de 16%. O grupo chinês do comércio eletrónico Alibaba, a gigante tecnológica Tencent e a produtora de videojogos NetEase subiram cerca de 20%, enquanto o JD.com, outro grupo de comércio eletrónico, subiu quase 30% e a empresa de serviços digitais Meituan cerca de 25%. Enquanto isso, o gigante imobiliário China Evergrande recuperou cerca de 10%, a CG Services, subsidiária de gestão de propriedades do promotor imobiliário Country Garden, subiu 22,6% e a popular cadeia de restaurantes Haidilao 20,8%. A bolsa de Hong Kong vinha de vários dias em baixa, motivados por preocupações com a guerra na Ucrânia e a expetativa de uma série de aumentos das taxas de juros. Temores que foram agravados pelo confinamento decretado, no domingo, na cidade vizinha de Shenzhen, o maior centro tecnológico da China, para combater a pandemia de covid-19. “Os preços das ações estavam tão baixos que, mesmo que os investidores quisessem vender, não era um bom momento, o que abriu espaço para uma subida”, disse Linus Yip, analista da First Shanghai Securities, citado pelo jornal South China Morning Post. Mas alguns analistas acreditam que a subida de hoje será sol de pouca dura. “Temo que a crise que o mercado está a enfrentar não seja apenas sobre a China, é um problema global, e não apenas algo que os reguladores podem consertar”, disse à Bloomberg Wang Mingxuan. “A calma que traz é apenas a calmaria antes da tempestade”, acrescentou o analista da Quant Technology Investment.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia abre novas vias com a China para transporte de mercadorias A Rússia abriu uma nova rota ferroviária de mercadorias com a China, através do Cazaquistão, que permitirá a entrega de contentores em 18 dias, noticiou ontem a agência oficial russa TASS. A nova linha ligará a cidade de São Petersburgo, no Mar Báltico, a Shenzhen, uma cidade do sul da China adjacente a Hong Kong, que estão separadas por mais de 7.500 quilómetros. “Organizámos um serviço multimodal terrestre entre a China e a Rússia através do Cazaquistão. Foi aberta uma nova rota com um tempo de entrega de contentores de 18 dias entre Shenzhen e São Petersburgo”, anunciou a empresa ferroviária russa, citada pela TASS. A agência disse que um primeiro comboio com contentores com bens de consumo partiu já este mês, sem precisar o dia, passando pelos postos fronteiriços de Khorgos-Altynkol, entre a China e o Cazaquistão, e Semiglavy Mar-Ozinki, entre este país e a Rússia. No futuro, a empresa pretende assegurar a entrega regular de mercadorias nesta rota e enviar quatro comboios todos os meses, segundo a TASS. A empresa ferroviária russa organizou anteriormente um novo serviço de contentores entre o terminal de Stupino, na região de Moscovo, e o porto de Vanino, no território de Khabarovsk, no extremo oriental da Rússia junto à fronteira com a província chinesa de Heilongjiang (nordeste). As infra-estruturas existentes nesta linha permitirão a circulação mensal de até oito comboios de contentores. A TASS não indicou a data em que este serviço começou a funcionar, nem se as novas rotas com a China vão contribuir para a Rússia enfrentar as sanções que lhe foram impostas por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro. A União Europeia (UE) e países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou a Austrália decretaram duras sanções contra interesses russos que afetam praticamente todos os setores da economia. Na segunda-feira, o conselheiro de segurança nacional norte-americano, Jake Sullivan, advertiu a China de que terá um preço a pagar se ajudar a Rússia a ultrapassar as sanções. O alerta foi transmitido por Sullivan durante uma reunião, em Roma, com uma delegação chinesa liderada pelo chefe do gabinete do Partido Comunista da China para os Assuntos Externos, Yang Jiechi. A posição ambígua da China em relação à invasão da Ucrânia foi contestada esta semana pelo académico e analista Hu Wei, que defendeu que Pequim deve “abdicar da neutralidade e escolher a posição dominante no mundo”. “A China só pode salvaguardar os seus próprios interesses ao escolher o menor de dois males, afastando-se da Rússia o mais rápido possível”, escreveu Hu, que é vice-presidente do Centro de Pesquisa de Políticas Públicas do Gabinete do Conselho de Estado. A primeira ligação ferroviária para transporte de carga entre a Rússia e a China foi inaugurada em 2013, com destino final em Almati, a maior cidade do Cazaquistão. Nos últimos anos, novas vias passaram a incluir o resto da Ásia Central, Médio Oriente e a região do Cáucaso, com paragem final na Alemanha, Polónia, Bélgica ou Espanha. O percurso entre o centro da China e a Europa leva 12 dias a ser percorrido. É um terço do tempo necessário por via marítima, mas que também acarreta habitualmente mais custos. Durante a pandemia de covid-19, porém, o preço do transporte por navio entre a China e a Europa quase quadruplicou, devido à escassez de contentores, atingindo valores recorde. O comércio entre a China e a Rússia subiu 35,9%, em 2021, em termos homólogos, para um valor recorde de 146,9 mil milhões de dólares, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China. A Rússia é um importante fornecedor de petróleo, gás, carvão e bens agrícolas, beneficiando de um superavit comercial com a China. Desde que sanções contra a Rússia foram impostas, em 2014, depois da anexação da Crimeia, o comércio bilateral entre Pequim e Moscovo cresceu mais de 50%. A China tornou-se o maior destino das exportações da Rússia.
Hoje Macau VozesA respeito da preservação dos avistamentos da Colina da Penha A respeito da preservação dos avistamentos da Colina da Penha que as construções no Aterro do Fecho da Baía da Praia Grande devem assegurar Por Mário Duarte Duque, arquitecto Em verdade, a preservação dos avistamento urbanos não se fazem a partir dos locais de avistamento, mas antes dos locais avistados. Para efeito de planeamento urbanístico, é em torno dos locais avistados que é possível registar os pontos que daí se avistam e seleccionar aquelas onde importa manter esse avistamento. E isso porque, em caso limite, não é possível, ou não importa, proporcionar o mesmo objecto de avistamento em todo o lado, e sobre isso há necessariamente decisões a tomar . A título de exemplo, é a partir do Farol da Guia que importa definir onde a Luz deve chegar, para fixar os corredores, ou os planos, que devem ser mantidos para a passagem dessa Luz. Como para a localização de uma fortaleza, o ponto e partida era o que dela se avistava, mais do que de onde ela era avistada, se bem que uma situação verificava a outra, que já era importante se de uma rede de sinalização se tratasse. E porque em causa estão avistamentos urbanos, a mesma consideração tem-se aqui, sobre aquilo que aqui é importante, mas também se tem necessariamente ali, quando a questão ali se colocar, em relação ao mesmo objecto. De outra forma não estamos a planear, estamos apenas a acudir ao momento, i.e. continuamos a aviar avulsamente plantas de condições urbanísticas, para lotes individuais, mesmo depois da entrada em vigor de um Plano Director. Os avistamentos da Colina da Penha de manutenção prioritária, nas actuais condições, afiguram-se ser os percursos marginais dos lagos e os trajectos das pontes. Em verdade, plantas cadastrais já com reserva de avistamentos foi o que já constou da cartografia de Macau antes da era do GPS, e logo que a cidade começou a crescer em altura, mesmo sem Plano Director. Era por esses corredores visuais que se obtinha a informação topográfica da rede de estações geodésicas do território. Azar daqueles que tinham os seus terrenos nesses corredores e sorte daqueles que os tinham, por uma unha negra, logo ao lado. Mutatis mutandis, ocorre que agora, por via do mesmo desenvolvimento da arte e do engenho, só pode ser igualmente possível, por uma aplicação móvel, apontar uma lente a um edifício e obter num ecrã a imagem do que se avistaria, se esse edifício não estivesse lá. Se fazemos isso para avistar estrelas quando estamos dentro de casa, o mesmo só pode ser igualmente possível para avistar o património da RAEM quando estamos na rua e temos um edifício pela frente. Mas desejavelmente uma solução de reserva, só no caso de as coisas não correrem bem.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Detectados quatro infecções assintomáticas As autoridades detectaram na segunda-feira mais quatro casos importados de covid-19. Um deles diz respeito a uma mulher, residente de Macau com 58 anos de idade, vacinada com duas doses da vacina Sinopharm, que viajou num autocarro dourado de Hong Kong na segunda-feira. À chegada ao território, a mulher apresentou um teste de despistagem à covid-19 negativo, mas testou positivo num novo teste, tendo sido encaminhada para o Centro Clínico da Saúde Pública de Alto de Coloane para isolamento médico. Devido ao facto estar a fazer tratamentos de radioterapia e quimioterapia devido a doença oncológica, não pôde ser vacinada com a terceira dose da vacina contra a covid-19. Os restantes três casos dizem respeito a residentes que viajaram de França, Singapura e Nepal, que, aquando da chegada a Macau, testaram positivo à covid-19 e foram, por isso, classificados como casos importados de infecção assintomática. Foi ainda detectado um caso de uma residente que testou positivo à covid-19 quando chegou da Austrália. No entanto, por se tratar de recaída não foi incluído nas estatísticas. Até à data foram registados em Macau um total de 82 casos confirmados de covid-19 e 54 casos de infecção assintomática.
Hoje Macau SociedadeQuarentena | Autoridades decretam novas medidas Os Serviços de Saúde (SSM) implementaram novas medidas para quem cumpre quarentena obrigatória em hotéis designados. Desta forma, as pessoas em isolamento “não devem abrir a porta do quarto e caso seja necessário abrir a porta, devem usar máscara KN95 ou máscara equivalente conforme necessário”. Deve ainda ser assegurado que “o equipamento de extração de ar da casa de banho esteja ligado”, além de serem adoptadas “outras medidas correspondentes”. Além disso, os funcionários dos hotéis devem passar “a informar, por telefone, as pessoas em quarentena, e se encontram no mesmo andar do hotel, sobre as horas a que devem abrir a porta do quarto para levantarem refeições”. Desta forma, “evita-se colocar em risco pessoas com risco similar e com datas próximas da chegada a Macau que se encontram no mesmo andar do hotel”. Além disso, foi criado um mecanismo de notificação entre os SSM e a Direcção dos Serviços de Turismo no caso de pessoas em quarentena manifestarem sintomas ligeiros, mas não tenham pedido assistência. Com este mecanismo, “serão providenciados, no mesmo dia ou no dia seguinte, testes de ácido nucleico, para detectar precocemente e acompanhamento das pessoas com sintomas ligeiros”.
Hoje Macau PolíticaFunção Pública | Coutinho quer impedir reformas compulsivas Pereira Coutinho quer que o Governo não obrigue funcionários públicos a reformarem-se compulsivamente quando chegam aos 65 anos. O pedido faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), e tem por base várias queixas de funcionários. O legislador considera que o Governo não sabe valorizar a experiência dos trabalhadores com mais anos. “O actual regime não permite que as pessoas com mais de 65 anos continuem a trabalhar, e isto implica uma grande perda para o Governo e para a sociedade, pois a experiência destes trabalhadores podia ser partilhada e aproveitada para preparar os jovens funcionários públicos”, afirmou. Além disso, Pereira Coutinho está preocupado com o sector privado, e que saber o que vai ser feito para que os empregados das concessionárias com mais de 60 anos não sejam forçados a uma situação semelhante.
Hoje Macau China / ÁsiaChina diz que a sua posição sobre o conflito na Ucrânia é “imparcial” A China disse hoje que a sua posição sobre o conflito na Ucrânia é “completamente objetiva, imparcial e construtiva” e acusou os Estados Unidos de espalharem “desinformação” sobre a possibilidade de Pequim prestar apoio militar a Moscovo. Pequim recusou-se a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia, ou mesmo referir-se ao conflito como uma “guerra”. Os comentários do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian foram feitos depois de delegações de alto nível dos Estados Unidos e da China se terem reunido, em Roma, para abordar a posição da China, entre outras questões. O embaixador da União Europeia em Pequim, Nicolas Chapuis, pediu hoje também que a China apoie a Ucrânia. “Não pode haver a chamada neutralidade”, disse. Em conferência de imprensa, Zhao disse que os “EUA criaram e espalharam desinformação”, acrescentando: “Isso não revela apenas falta de ética, mas é também imoral e irresponsável”. “O que os EUA deviam fazer é refletir profundamente sobre o papel que desempenharam no desenvolvimento e evolução da crise na Ucrânia, e fazer algo prático para aliviar a tensão”, apontou. A China tem mantido uma posição ambígua em relação à Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. Durante um encontro em Roma, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Jake Sullivan procurou que Pequim definisse com clareza a sua posição, e alertou a delegação chinesa, novamente, que a assistência à Rússia – incluindo ajudar o país a evitar sanções impostas pelos EUA e os aliados ocidentais – terá um preço a pagar. O Kremlin negou relatos de que solicitou equipamento militar à China para uso na guerra. Zhao repetiu as afirmações de que a China está “profundamente entristecida” com a “situação”. O país está “comprometido” em promover negociações de paz, apontou. “A posição e as declarações da China sobre a questão da Ucrânia são completamente objetivas, imparciais e construtivas”, realçou. Zhao também disse que um terceiro lote de ajuda humanitária enviado pela China para a Ucrânia chegou à Polónia na segunda-feira. Chapuis instou a China a apoiar a Ucrânia e a “ajudar a Europa a parar a guerra”. “Pedimos a todos os nossos amigos chineses que identifiquem o agressor e apoiem a vítima”, disse o embaixador, durante uma mesa redonda organizada pelo Centro para a China e a Globalização, um ‘think tank’ com sede em Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul envia equipamento militar não letal e material médico para a Ucrânia A Coreia do Sul vai enviar equipamento militar não letal, como capacetes e cobertores à prova de bala, e material médico para a Ucrânia, anunciou hoje o Governo. O carregamento, avaliado em cerca de mil milhões de won (733 mil euros), consiste em conjuntos de primeiros socorros, rações alimentares militares prontas a comer e tendas, disso o porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Boo Seung-chan, em conferência de imprensa. Os pormenores da remessa “ainda estão em discussão”, acrescentou Boo, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Na semana passada, o mesmo porta-voz tinha afirmado que o Ministério da Defesa acredita existirem “limites para o fornecimento de armas letais” à Ucrânia, numa aparente rejeição do pedido de fornecimento de armas feito por Kiev à comunidade internacional. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou ajuda humanitária e militar, incluindo armas, para tentar repelir a invasão do exército russo, iniciada há quase três semanas. Os meios de comunicação sul-coreanos noticiaram que Kiev terá pedido a Seul mísseis antitanque, espingardas, coletes à prova de bala e o fornecimento de informações militares obtidas por satélite. O Governo sul-coreano, que se juntou à UE e ao G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] na imposição de sanções económicas à Rússia, comprometeu-se até agora a enviar cerca de nove milhões de euros em ajuda humanitária para a Ucrânia. No mês passado, o embaixador ucraniano em Seul, Dmytro Ponomarenko, também pediu ajuda a Seul para reforçar a cibersegurança no seu país. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.