Docomomo | Palestra sobre Chui Tak Kei na Fundação Rui Cunha

É já amanhã que decorre na Fundação Rui Cunha a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, promovida pelo centro de investigação Docomomo Macau. O arquitecto Rui Leão e o assessor de informação João Guedes vão falar dos contributos de Chui Tak Kei no sector da construção civil e em toda a sociedade

 

A Fundação Rui Cunha (FRC) e o Centro de Investigação Docomomo de Macau apresentam amanhã, às 19h, a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, com a participação de João Guedes, assessor de informação e autor de livros sobre a história de Macau, e do arquitecto Rui Leão.

Os dois oradores vão abordar os contributos do empresário Chui Tak Kei para a sociedade civil. Nascido em 1912 e falecido em 2007, Chui Tak Kei foi uma figura de destaque da sociedade e participou na construção e desenvolvimento de Macau como um importante agente político e cultural. Além disso, estabeleceu sempre uma relação próxima com a comunidade portuguesa.

Tio do anterior Chefe do Executivo, Chui Sai On, Chui Tak Kei distinguiu-se como empresário e construtor. No plano político foi vice-presidente da Assembleia Legislativa, tendo participado no processo de transferência de soberania de Macau e na elaboração da Lei Básica.

Da caridade

Durante a II Guerra Mundial Chui Tak Kei dirigiu a Associação Tung Sin Tong, instituição de beneficência que prestou auxílio aos refugiados, um papel importante porque foi aí que iniciou a sua vida pública e a sua intervenção social e política.

Figura preponderante do mundo empresarial de Macau, tendo presidido à Associação Comercial de Macau, uma espécie de governo sombra da comunidade chinesa ao longo do século XX. Mais tarde, foi fundador da Associação de Construtores Civis de Macau, de que seria o presidente executivo e, depois, presidente honorário.

Foi membro da Comissão da Redacção da Lei Básica da RAEM e da Comissão Preparatória da RAEM, bem como Presidente do Comité Consultivo para a Lei Básica da RAEM. Amante de música e das Belas Artes, dedicou-se nos tempos livres ao desenho, pintura e caligrafia chinesa, além de ser um grande apreciador e coleccionador de arte chinesa.

De destacar que, em relação aos oradores, João Guedes é autor da fotobiografia sobre esta personalidade, intitulada “Chui Tak Kei – A História numa Biografia”, onde recolheu para memória futura os grandes feitos desta personalidade de relevo da comunidade chinesa em Macau. Por sua vez, Rui Leão, arquitecto, é Presidente do Centro de Investigação Docomomo Macau.

18 Out 2022

Farol da Guia | UNESCO atenta às questões de visibilidade

A UNESCO assegura que continua em estreita comunicação com Pequim sobre a questão da visibilidade do Farol da Guia posta em causa com dois projectos de construção: a altura do edifício embargado na Calçada do Gaio e os dois edifícios situados na avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues.

O compromisso da organização internacional surge face às cartas enviadas pelo Grupo de Salvaguarda do Farol da Guia nos dias 20 de Setembro e 11 de Outubro. Na carta enviada ao grupo, lê-se que “a UNESCO tem vindo a comunicar com a China sobre os projectos de construção em causa, nomeadamente o edifício ainda em construção na Calçada do Gaio, tendo em conta a proximidade e [o impacto] na visibilidade do mesmo, bem como a construção dos edifícios altos na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues”, tal como “indicado nas nossas cartas anteriores, incluindo a de 8 de Setembro de 2020, 15 de Março de 2021 e 29 de Julho de 2022”, apontam ainda.

A UNESCO explicou ainda que a comunicação e o pedido de informações a Pequim têm sido feitos à luz da legislação que sustenta o trabalho de protecção do património feito pela UNESCO, a quem as autoridades de Macau devem responder em relação à salvaguarda do centro histórico e restantes monumentos nas zonas de protecção.

18 Out 2022

Exposições MIF, MFE e PLPEX arrancam amanhã no Venetian

A 27.ª Feira Internacional de Macau (27.ª MIF), a Exposição de Franquia de Macau 2022 (2022MFE) e a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (Macau) 2022 (2022PLPEX) terão lugar entre amanhã e sábado.

Segundo o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), a organização dos três eventos seguirá o “modelo de realização sinergética”, com a integração de acções online e offline, “com o apoio de sete factores principais: cooperação regional, Plataforma Sino-Lusófona, modelo de cooperação ‘indústrias + convenções e exposições’, indústria de big health, indústrias culturais e criativas, indústria de tecnologia de ponta e apoio às PMEs, para promover, com base na dinâmica das actividades de convenção e exposição, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau”.

Os três eventos vão ocupar a partir de amanhã 29.300 metros quadrados do Cotai Expo do The Venetian Macao, área onde vão estar instalados 1.800 stands, dos quais 389 são reservados às PMEs de Macau, representando um aumento de 27,5 por cento em comparação com o número do ano passado.

Até ontem, os três eventos paralelos totalizaram mais de 1.000 empresas expositoras offline, 1.200 empresas na exposição online e um total de 3.700 produtos exibidos. O IPIM indicou que entre os participantes estão empresas do Interior da China, Angola, Brasil, Moçambique, Portugal, Hong Kong e Macau, “envolvidas em diversas indústrias como medicina tradicional chinesa, inovação científica e tecnológica, indústrias culturais e criativas, produtos alimentares e restauração e comércio a retalho”.

Presença física

Um dos dados apresentados ontem que vinca alguma evolução em relação ao ano transacto é o aumento de 12,8 por cento de empresas com expositores físicos instalados no The Venetian Macao. Durante os três de exposição, serão realizadas mais de 50 sessões de bolsas de contactos, fóruns, conferências, sessões de apresentação e de intercâmbio.

Amanhã os eventos serão exclusivos para visitantes profissionais e entidades oficiais, mas na sexta-feira e sábado abrem ao público geral. Para tal, serão disponibilizados autocarros directos gratuitos, para a deslocação entre o recinto dos eventos e vários pontos das zonas norte e central da Península de Macau e da Taipa.

18 Out 2022

Branqueamento | Transacções suspeitas caem 13,4 por cento

O número de relatórios de transacções suspeitas caiu para 1.677, de acordo com as estatísticas do Gabinete de Informação Financeira. Da parte das operadoras de jogo, chegaram 866 participações de operações duvidosas

 

Nos primeiros nove meses do ano, o número de transacções suspeitas sofreu uma redução de 13,4 por cento, de acordo com as estatísticas publicadas ontem pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF). O valor apresentado é o mais baixo desde 2020.

Entre Janeiro e Setembro deste ano, houve 1.677 relatórios de transacções suspeitas submetidos ao GIF por entidades locais, o que representa uma redução de 13,4 por cento, face aos 1.937 relatórios apresentados nos primeiros nove meses do ano passado.

Entre os 1.677 relatórios enviados ao GIF, mais de metade partiram das operadoras de jogo, num total de 866. Este número representa uma proporção de 51,6 por cento. No ano passado, tinha havido um total de 1.025 relatórios das operadoras de jogo, no que tinha sido uma proporção de 52,9 por cento do total das queixas.

Por parte das instituições financeiras e companhias de seguros, foram submetidos para avaliação 611 relatórios de transacções suspeitas, 36,5 por cento do total das queixas. A proporção das queixas nos primeiros nove meses de 2021 tinha sido de 34,3 por cento, o que correspondeu a 665 queixas.

As restantes 200 queixas dos primeiros nove meses do ano, partiram de “outras instituições”, numa proporção de 11,9 por cento, uma redução face ao ano transacto, quando as “outras instituições” tinham submetido 247 relatórios, numa proporção de 12,8 por cento das 1.937 queixas totais.

A descer

O número de 1.677 relatórios de transacções suspeitas apresentado ontem pelo GIF é o mais reduzido desde 2020, o primeiro ano afectado pela pandemia da covid-19.

Há dois anos, naquele que é o registo mais baixo desde 2018 para os primeiros meses do ano, foram registadas 1.663 transacções suspeitas. À semelhança do que se verifica agora, e como padrão normal, a maior parte das denúncias de transacções suspeitas partiu das operadoras de jogo, com uma proporção de 56,3 por cento das queixas, ou seja, 936 relatórios.

Desde 2018, que o número de transacções suspeitas nos primeiros nove meses do ano fica abaixo das 3.000 transacções. Nesse ano, e só nos primeiros nove meses, houve 3.079 transacções suspeitas, com as operadoras do jogo a relatarem 1.687 transacções suspeitas, mais do que as registadas nos primeiros meses deste ano. Também nesse período, os bancos e as seguradoras reportaram 912 transacções suspeitas.

18 Out 2022

Poesia | Sara F. Costa lança “Ser-Rio, Deus-Corpo” em Portugal e na Índia

O sexto livro de poesia de Sara F. Costa intitula-se “Ser-Rio, Deus-Corpo” e será lançado no próximo mês de Novembro em Portugal, na cidade do Porto, e depois na Índia, na sua versão inglesa. A obra é resultado de uma bolsa de criação literária

 

“Ser-Rio, Deus-Corpo” é o nome do novo livro de poesia de Sara F. Costa, ex-colaboradora do HM que tem vindo a crescer no mundo da poesia. A autora, que viveu em Pequim e é fluente em mandarim, lança no próximo mês, no Porto, aquele que é o seu sexto livro de poesia. A obra ganha uma versão inglesa que será lançada mais tarde na cidade de Bengaluru, na Índia.

No ano passado, Sara F. Costa ganhou uma bolsa de criação literária financiada pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura Portuguesa, o que deu origem a “Ser-Rio, Deus-Corpo”, livro editado pela editora Labirinto.

Nesta obra, a autora incorpora vários registos poéticos de “tradição simbolista, surrealista, imagista e objectivista” interpretando a psique e a índole humana “a partir do corpóreo”.

Na carta de candidatura à bolsa de criação literária, Sara F. Costa descreveu este projecto de poesia como sendo “uma ode à fertilidade” ou “um trabalho sobre a criação intrauterina do ponto de vista estritamente matriarcal”, numa clara referência à maternidade.

“Ser-Rio, Deus-Corpo” retrata “a experiência intimista de uma mãe durante o período de gestação do feto, incorporando, por vezes, elementos da tradição modernista como a objectividade, intelectualidade, abstração e distanciamento necessários para transformar a experiência em arte”. Contudo, “nunca se abandona o registo privado, quase doméstico, em que a voz poética procura transcender a casa-corpo”.

A autora, num comunicado de imprensa, dá conta de que os temas que se relacionam com a maternidade, no campo da literatura ocidental, começaram a surgir nos anos 70 do século XX, “quando surge a segunda onda do movimento feminista”. Desta forma, “pretendia-se combater as pré-noções que sentenciavam certos tópicos como inapropriados enquanto motivos literários”.

Mais internacional

Sara F. Costa trabalha, com este livro, a ideia de “mãe-poeta” que “não é uma personagem muito presente”, uma vez que a mãe “é mais representada por autores masculinos do que femininos”. “O objectivo deste trabalho é trazer a representação da mãe que não precisa de ser representada porque o é. A poeta é universal, mas é mulher”, diz a autora no mesmo comunicado. De frisar que a ilustração da capa é da autoria da artista Constança Araújo Amador.

Em relação ao lançamento da obra na Índia, este surge do convite feito a Sara F. Costa para participar no Festival Internacional de Literatura organizado Asia Pacific Writers & Translators, que tem como tema “Meridian – Writing Outside the Frame” e que decorre entre os dias 28 a 30 de Novembro. O livro é editado pela “Red River”, uma editora independente de Nova Deli, sendo apresentado no dia 28 de Novembro em Bengalore, no Festival Internacional de Literatura Asia Pacific Writers & Translators. Além das edições em português e inglês, “Ser-Rio, Deus-Corpo” será também editado em Espanha.

Os textos de Sara F. Costa têm vindo a ser publicados e traduzidos um pouco por todo o mundo, tendo a autora sido convidada para participar em festivais literários em países como Espanha, Polónia, Turquia, China e Índia. O seu livro “A Transfiguração da Fome” obteve o Prémio Literário Internacional Glória de Sant’Anna para melhor obra de poesia publicada em países de língua portuguesa em 2018.

Sara F. Costa publicou ainda uma antologia de poesia chinesa contemporânea por si organizada e traduzida, fruto do contacto com os meandros literários e artísticos de Pequim, onde viveu até 2020. Nesse ano, quando começa a pandemia da covid-19, a autora regressou a Portugal, quando estava grávida de oito meses.

17 Out 2022

Astronauta quer partilhar estação espacial chinesa com colegas estrangeiros

Wang Yaping é astronauta e delegada do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês. Actualmente, um dos seus maiores desejos é partilhar, com colegas astronautas estrangeiros, a estação espacial chinesa que está quase concluída.

“Temos sorte de ter entrado numa nova era. Do meu primeiro vôo em 2013 ao meu mais recente vôo há um ano, as missões espaciais tripuladas da China têm frequentemente alcançado, nos últimos dez anos, novos patamares,” afirmou Wang.

“Temos uma plataforma de vôo mais ampla, mais experiência e a própria estação espacial. Nesta década, gerações de astronautas continuaram a lutar”, afirmou, lembrando os inícios da sua aventura: “Quando a nave Shenzhou-5 voou pela primeira vez, teve o seu próprio sonho de voar. Porém, na época, nunca imaginei que alguma vez poderia voar para o espaço. Hoje, muitas das primeiras crianças que ouviram as minhas declarações no espaço tornaram-se meus companheiros de equipa na frente espacial”.

Para Wang, “a indústria aeroespacial representa a força dos tempos e a força do legado”. Num futuro próximo, quando a estação espacial chinesa estiver totalmente concluída, Wang disse que espera entrar na estação espacial chinesa “com colegas estrangeiros para explorarem juntos o vasto universo”.

17 Out 2022

China rejeita “mal entendidos” e reafirma “interação positiva com os mercados internacionais”

A China assegurou ontem que vai “expandir solidamente” a abertura ao exterior e promover uma globalização “benéfica para todos”, numa altura em que empresas europeias acusam o país de se isolar do resto do mundo.

“Houve alguns mal-entendidos sobre o nosso novo padrão de desenvolvimento, que é focado na economia doméstica, mas que mantém uma interação positiva com os mercados internacionais”, defendeu o vice-director da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o órgão máximo chinês de planificação económica, Zhao Chenxin, à margem do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, que decorre esta semana, em Pequim.

“É um erro pensar que, ao focar-se na economia doméstica, a China vai reduzir os seus esforços de abertura ou tornar-se numa economia ‘auto-suficiente’”, apontou. Zhao considerou que a globalização económica é uma “tendência irreversível” e que o país asiático está “profundamente integrado com a economia global e o sistema internacional”.

“As indústrias da China e de muitos outros países estão altamente interconectadas e são interdependentes”, descreveu. A China precisa agora de um “desenvolvimento de maior qualidade e mais eficiente, justo, sustentável e seguro”, apontou.

Zhao assegurou que Pequim “vai intensificar ainda mais os esforços para incentivar o investimento estrangeiro”, e que a economia do país asiático, que divulga na terça-feira os dados do crescimento do PIB no terceiro trimestre do ano, “registou uma tendência de recuperação notável”.

17 Out 2022

Taiwan | Kuomintang saúda 20º Congresso e reafirma “Consenso de 1992”

O comité central do Partido Kuomintang, de Taiwan, que governou a ilha durante várias décadas, enviou uma mensagem de felicitações ao Partido Comunista Chinês, por ocasião do 20º Congresso Nacional, em que, “com base no ‘Consenso de 1992’” e em oposição ao actual governo da ilha, afirma que “a comunicação e a cooperação entre as duas partes produziram resultados frutuosos”, e que esperam que “as duas partes continuem a comunicar e a trabalhar sinceramente em conjunto”. O “Consenso de 1992” estabelece que ambas as partes estão de acordo que “só há uma China”.

Além disso, o Kuomintang expressou ainda a esperança de que “as duas partes possam manter o diálogo, cooperar sinceramente, aprofundar a confiança mútua e procurar uma base comum, pondo de lado as diferenças para, em conjunto, trazer benefícios às pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan, salvaguardar a paz e a estabilidade através do Estreito, e promover o desenvolvimento das relações entre as duas margens do Estreito”.

Numa mensagem, em resposta ao Kuomintang, o Comité Central do PCC afirmou que, “sobre a base política comum de adesão ao Consenso de 1992 e de oposição à ‘independência de Taiwan’, as duas partes promoveram conjuntamente ao longo dos anos o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito e trouxeram benefícios aos compatriotas de ambos os lados”.

Na missiva, o PCC não deixa de registar “a complicada e grave situação actual”, mas expressou “a esperança de que as duas partes possam, na base política comum existente, reforçar a comunicação, aumentar a confiança mútua, aprofundar a cooperação, e trabalhar em conjunto para a paz através do Estreito”.

Os antigos presidentes do Kuomintang Lien Chan e Hung Hsiu-chu, o presidente do Novo Partido Wu Cheng-tien, e o presidente da União de Solidariedade Não-Partidária Lin Pin-kuan também enviaram mensagens de felicitações.

Promessa solene

No domingo, Xi Jinping dissera que o PCC “vai implementar a sua política global para resolver a questão de Taiwan na nova era, e avançar inabalavelmente a causa da reunificação nacional”. “Continuaremos a lutar pela reunificação pacífica com a maior sinceridade e o maior esforço, mas nunca prometemos renunciar ao uso da força”, afirmou o presidente.

“Isto é dirigido unicamente à interferência de forças externas e aos poucos separatistas que procuram a ‘independência de Taiwan’ e as suas actividades separatistas; não é de forma alguma dirigido aos nossos compatriotas de Taiwan”, concluiu.

“A última observação é considerada uma promessa solene na nova era relativamente à forma de resolver a questão de Taiwan”, disseram especialistas citados pelo Global Times. “Também transmite um significado especial e serve como um novo aviso às forças externas e aos poucos separatistas, que são as maiores incertezas e forças destrutivas para a situação pacífica entre as duas margens do Estreito. Entretanto, a forte ligação entre a reunificação nacional e o rejuvenescimento nacional foi reconfirmada, uma vez que a reunificação nacional serve como o indicador político básico do rejuvenescimento nacional”, disseram os peritos.

Zhang Wensheng, vice-reitor do Instituto de Investigação de Taiwan na Universidade de Xiamen, afirmou que “Esforçarmo-nos pela reunificação pacífica mas nunca prometendo renunciar ao uso da força, é a nossa política existente sobre a questão de Taiwan, que é uma consideração estratégica e um juramento numa nova era”.

“Reafirmar esta linha básica da nossa política serve também como um novo aviso não só aos separatistas da ilha, mas também à interferência externa, pois a luta contra o separatismo e a interferência externa não parecia ser tão urgente no passado, mas agora é extremamente necessária, dado um ambiente global em mudança, especialmente quando as forças estrangeiras intensificam os esforços para nos conter, jogando a ‘carta de Taiwan’”, disse Zhang.

Segundo a China, nos últimos anos, os EUA, juntamente com alguns dos seus aliados, “têm usado a ‘carta de Taiwan’ com o objectivo de conter o desenvolvimento da China, violando gravemente o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais”.

Assim entendeu o governo chinês a visita da Presidente da Câmara dos EUA Nancy Pelosi a Taiwan em Agosto, considerada “altamente provocadora e perigosa”, e a Comissão de Relações Externas do Senado dos EUA, que aprovou a Lei Política de Taiwan de 2022 em Setembro, para além da continuação da venda de armas à ilha, medidas cujo objectivo é “esvaziar constantemente o princípio de uma só China, e encorajar e incitar as autoridades do Partido Democrático Progressista da ilha a intensificar o conflito entre as duas margens do Estreito”.

Tian Feilong, um perito jurídico da Universidade de Beihang em Pequim, disse que “a Constituição estipula as obrigações e deveres sagrados da reunificação nacional, e a Lei Anti-Secessão de 2005 estipula as circunstâncias sob as quais a reunificação nacional com métodos pacíficos ou meios não pacíficos será utilizada. E, no domingo, o relatório do 20º Congresso Nacional do PCC, esclareceu melhor as políticas e leis existentes”. “Os meios não pacíficos são opções que visam principalmente a interferência de forças externas e as actividades separatistas”, afirmou.

Questão entre chineses

Xi disse que a resolução da questão de Taiwan é um assunto para o povo chinês, um assunto que tem de ser resolvido pelo povo chinês, o que foi considerado “uma nova declaração que define e posiciona melhor a questão de Taiwan como assunto interno da China, que nada têm a ver com forças externas”.

Wang Jianmin, um perito da Universidade Normal de Minnan, disse que é também uma afirmação solene para o mundo para não interferirem na questão de Taiwan. “Se essas forças continuarem a aumentar a interferência, desencadeará uma crise no Estreito e forçará o governo chinês a tomar meios não pacíficos”.

“As rodas da história estão a rodar em direcção à reunificação da China e ao rejuvenescimento da nação chinesa”, disse Xi. “A reunificação completa do nosso país deve ser realizada, e pode, sem dúvida, ser realizada”.

“A reunificação nacional é um indicador político básico para o rejuvenescimento nacional, uma vez que não podemos imaginar que a China sem a reunificação faria o seu povo e a comunidade internacional acreditar que o rejuvenescimento nacional está completo”, disse Tian. “Em nome de todo o povo chinês, Xi declarou a forte vontade colectiva e a capacidade de completar a reunificação nacional”.

Ainda no domingo, após do discurso de Xi Jinping, o Conselho para os Assuntos do Continente de Taiwan – principal órgão do governo da ilha responsável por questões relacionadas com a China – afirmou “que a política de Pequim para Taiwan resulta de uma avaliação errada e não oferece novas ideias”.

“A República da China é um Estado soberano, e Taiwan nunca fez parte da República Popular da China”, defendeu o órgão, em comunicado após o discurso de Xi, declarações consideradas “impróprias, incendiárias e motivadas por influência estrangeira” por outras forças políticas na ilha.

17 Out 2022

Seguros | Académico defende aposta no sector

John Chu Chin Lam, presidente da Associação de Gestão de Activo de Macau, considera que o caminho da diversificação económica do território deve passar por uma maior aposta no sector dos seguros, no âmbito da Grande Baía.

As declarações foram feitas durante um evento em que se discutiu a situação da economia local, relatado ontem pelo Jornal do Cidadão.

Segundo Chu, os serviços financeiros, onde se integram os seguros, são uma das quatro apostas para a diversificação económica havendo espaço para crescer em Macau. Com as receitas de Setembro a não irem além dos 2,96 mil milhões de patacas, o académico justificou que a tendência mundial é para haver um reforço na área das finanças.

Como exemplos, o presidente da associação apontou as cidades de Shenzhen, que está a construir um centro financeiro com alta tecnologia, e Hong Kong, onde os serviços financeiros representaram 23,4 por cento do Produto Interno Bruto, em 2020. No entanto, em Macau, e já durante a fase negra do jogo, a proporção dos serviços financeiros para o PIB não foi além de 14,5 por cento.

Ainda em relação ao território, John Chu admitiu que o sector tem um longo caminho a percorrer para que se possa consolidar como uma das principais actividades financeiras. Contudo, indicou que a China tem uma população numerosa e que a entrada deste tipo de serviços na Grande Baía pode catapultar a indústria para uma proporção do PIB mais elevada, mesmo que as receitas do jogo recuperem para níveis do passado.

17 Out 2022

Zero covid | Turismo em coordenação com política nacional

Andy Wu, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, disse, segundo o jornal Ou Mun, que o sector turístico de Macau irá coordenar-se com a manutenção da política nacional de zero casos covid.

O responsável acredita que há ainda espaço de evolução para o sector face às estratégias adoptadas pelas autoridades do país e, mais especificamente, do Interior da China, uma vez que os turistas oriundos da RPC são em grande número. Andy Wu diz depositar esperanças no regresso da emissão de vistos online por parte do Interior da China, bem como na promoção de vários eventos turísticos pelas autoridades de Macau, considerando fundamental a atracção de um certo número de visitantes para o território.

O dirigente associativo alerta também para a necessidade de se estudar medidas para que os visitantes pernoitem mais vezes em Macau, uma vez que o número de turistas não irá aumentar exponencialmente a curto prazo. Além disso, o turista já não visita Macau apenas pela gastronomia e para fazer compras, procurando saber mais sobre a história do território e de alguns produtos turísticos.

Andy Wu entende que não é difícil Macau atingir a fasquia diária dos 30 a 40 mil visitantes para os grandes eventos, mas permanece, na sua opinião, o problema da exigência do teste com validade de 48 horas para passar a fronteira, sendo fundamental uma maior flexibilidade neste ponto.

17 Out 2022

Grande Prémio | Corridas em Novembro com pilotos estrangeiros

O Grande Prémio de Macau (GPM) vai ser marcado este ano pelo regresso de pilotos estrangeiros à competição, que se realiza de 17 a 20 de Novembro, informou ontem a organização. Dos 170 pilotos que vão participar nas setes corridas que integram o 69.º Grande Prémio de Macau, “mais de dez estrangeiros” vão marcar presença na prova de motos, com a organização a admitir que outros pilotos estrangeiros possam ainda competir na Corrida da Guia Macau, adiantou Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), à margem da conferência de imprensa.

A maioria dos pilotos estrangeiros são europeus, acrescentou, com os restantes a virem da China continental e Hong Kong, além dos corredores locais, disse, sem adiantar nomes.

Ainda assim, “o GPM é um importante evento da marca de turismo desportivo” do território, sublinhou o coordenador da comissão organizadora, que apontou para um orçamento total de 180 milhões de patacas, ligeiramente superior ao do ano passado. “A organização (…) consegue [desta forma] promover o desenvolvimento de diferentes indústrias para ajudar a aceleração da recuperação económica”, destacou Pun Weng Kun durante a conferência de imprensa.

Quatro dias, sete corridas

O evento, de quatro dias, vai integrar sete corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, a Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, a Taça de Carros de Turismo de Macau, a Taça GT Grande Baía, Macau Roadsport Challenge e o Grande Prémio de Motos de Macau, que regressa ao Circuito da Guia para a sua 54.ª edição.

Das diversas actividades paralelas, destaque para a exposição de carros que terá lugar na Praça Tap Seac em 12 e 13 de Novembro, que visa permitir “aos residentes e visitantes verem de perto os carros que vão competir”. As autoridades vão ainda exibir as provas, alvo de transmissão televisiva, em ecrãs gigantes espalhados pela cidade.

“É esperado que o evento cumpra totalmente o seu papel de promover Macau e o turismo para que os viajantes possam experimentar a imagem dinâmica da nossa cidade como uma capital de eventos, enquanto promove benefícios sociais e económicos trazidos pelo impacto mais alargado do Grande Prémio”, afirmou o coordenador da comissão organizadora.

17 Out 2022

Qatar vai organizar Taça das Nações Asiáticas de futebol de 2023

O Qatar, anfitrião do Mundial2022 de futebol, vai organizar a Taça das Nações Asiáticas de 2023, depois da China ter renunciado em maio devido à pandemia de covid-19, avançou hoje a Confederação Asiática de Futebol.

“O Comité Executivo da Confederação Asiática de Futebol (AFC) confirmou hoje a Federação de Futebol do Catar como a federação anfitriã da Taça das Nações Asiáticas 2023”, disse o órgão sediado na Malásia, em comunicado.

A organização da edição de 2023 tinha sido atribuída à China em junho de 2019, sendo que a competição deveria disputar-se em 10 cidades chinesas, entre 16 de junho e 16 de julho do próximo ano. Mas em maio deste ano, a China renunciou à organização do evento, devido ao aumento de casos de covid-19 no país.

Uma nova vaga de casos de infeção com o coronavírus na China levou ao confinamento dos 25 milhões de habitantes em Xangai durante vários meses, originando igualmente o cancelamento de vários eventos desportivos no país, como foram os casos das duas etapas chineses da Liga Diamante de atletismo, o Grande Prémio de Xangai de Fórmula 1 ou os torneios de ténis do circuito ATP.

A Taça das Nações Asiáticas reúne 24 seleções e acontece a cada quatro anos. O Qatar venceu a última edição do torneio, em 2019, que decorreu nos Emirados Árabes Unidos.

Coreia do Sul e Indonésia foram os outros dois países que entraram na disputa para receber a fase final do torneio continental depois da renúncia da China. O Qatar vai organizar primeiro o Mundial2022 de futebol, que se disputa entre 20 de novembro e 18 de dezembro.

17 Out 2022

Óbito | Morreu Robbie Coltrane, actor que interpretou Hagrid em “Harry Potter”, aos 72 anos

O actor escocês Robbie Coltrane, conhecido por ter interpretado Rubeus Hagrid nos filmes da saga “Harry Potter”, morreu sexta-feira aos 72 anos no hospital junto da sua residência em Larbert, na Escócia, adiantou a imprensa especializada em entretenimento.

A notícia da morte foi confirmada pela sua agente, Belinda Wright. “Provavelmente será mais lembrado nas próximas décadas como Hagrid nos filmes de ‘Harry Potter’, um papel que trouxe alegria para crianças e adultos em todo o mundo, gerando uma torrente de cartas de fãs todas as semanas durante mais de 20 anos”, escreveu Wright numa nota.

O actor premiado apresentava problemas de saúde há pelo menos dois anos. Além de “Harry Potter”, Coltrane conquistou a televisão com o papel do psicólogo forense Dr. Eddie ‘Fitz’ Fitzgerald no drama “Cracker”, pelo qual ganhou três prémios BAFTA na categoria de Melhor Actor, só igualado por Michael Gambon.

Os galardões nos BAFTA levaram Coltrane a abraçar papéis em dois filmes da saga “James Bond 007”, ao interpretar Valentin Zukovsky em “GoldenEye” e “O Mundo Não Chega”. O artista escocês começou a sua carreira na comédia e no teatro. Coltrane nasceu com o nome de Anthony Robert McMillan em 30 de Março de 1950, em Glasgow, na Escócia.

17 Out 2022

Japão | Tóquio considera “uma provocação” frequência de lançamento de mísseis de Pyongyang

O chefe da diplomacia japonesa considerou na sexta-feira passada “uma provocação” a frequência de lançamento de mísseis pela Coreia do Norte, na sequência do último disparo de um míssil balístico de curto alcance para o mar do Japão.

Os lançamentos frequentes de mísseis são “provocadores e indicam que estão a virar as costas à comunidade internacional”, disse Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa. “Por isso, condenamos estes actos e estamos a considerar uma resposta”, avisou.

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico de curto alcance na direcção do mar do Japão, chamado mar de Leste pelas duas Coreias, no nono lançamento efectuado nos últimos 20 dias, o que representa mais um passo na escalada da tensão na região.

Este último lançamento ocorreu apenas uma hora depois de pelo menos dez aviões norte-coreanos terem realizado manobras perto da fronteira com o Sul, forçando Seul a destacar aviões para uma possível manobra de intercepção. Na quinta-feira, Pyongyang tinha anunciado a realização de um outro teste de mísseis de cruzeiro na direcção do mar Amarelo.

O Governo japonês vai trabalhar com a comunidade internacional, especialmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos, para ver qual deve ser o próximo passo, acrescentou. Neste sentido, o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno, salientou que o Japão está a observar os movimentos militares da Coreia do Norte, mas escusou avançar quaisquer pormenores “para que não seja possível avaliar a capacidade de contra-ataque”.

O regime de Kim Jong-un está a realizar testes, desde 25 de Setembro, aos sistemas tácticos de armas nucleares, em resposta a manobras recentes de um porta-aviões norte-americano nas águas ao largo da península coreana.

17 Out 2022

Seul | Partido no poder admite anular acordo de 2018 com Pyongyang

Face à possível realização de mais um teste nuclear pela Coreia do Norte, o Partido do Poder Popular ameaça rasgar o acordo assinado há quatro anos que visava pôr termo às hostilidades entre as duas Coreias

 

O partido no poder na Coreia do Sul ameaçou na passada sexta-feira anular o pacto sobre o fim das hostilidades alcançado em 2018 com Pyongyang se a Coreia do Norte realizar um novo teste nuclear. A Coreia do Norte disparou durante a madrugada de sexta-feira um novo míssil balístico de curto alcance.

Tratou-se do nono lançamento em 20 dias sendo que foi acompanhado de manobras aéreas e de artilharia junto da fronteira com a Coreia do Sul que realizou exercícios com fogo real na quinta-feira.

Os disparos de artilharia (junto da fronteira) ocorrem após “contínuas provocações durante as últimas três semanas” e constituem “uma clara violação do acordo militar de 19 de Setembro (2018)”, disse Yang Kum-hee, o porta-voz do Partido do Poder Popular (PPP) no governo na Coreia do Sul.

O acordo de 19 de Setembro, como é conhecida a declaração conjunta assinada em 2018 após a cimeira entre o chefe de Estado da Coreia do Sul e o líder da Coreia do Norte, pretendia atenuar as actividades militares hostis entre os dois países.

“Se a Coreia do Norte levar a cabo mais um teste nuclear devemos considerar seriamente renunciar à declaração conjunta sobre a desnuclearização da península e ao acordo de 19 de Setembro”, disse Yang Kum-hee.

Primeiras sanções

Os serviços de informações da Coreia do Sul e dos Estados Unidos mantêm que o regime de Pyongyang está preparado para realizar um teste atómico, pela primeira vez desde 2017. O porta-voz do PPP responsabilizou as políticas de proximidade levadas a cabo pelo anterior governo da Coreia do Sul, assim como se referiu ao que considerou “falso espectáculo de paz” como razões que intensificaram as provocações de Pyongyang tendo urgindo a Coreia do Norte a parar com as “hostilidades”.

Em resposta aos disparos das últimas semanas, entre os quais um míssil balístico que sobrevoou território japonês, Seul adoptou esta sexta-feira as primeiras medidas unilaterais contra Pyongyang, dos últimos cinco anos.

As restrições afectam 15 personalidades e 16 instituições da Coreia do Norte vinculadas ao programa de desenvolvimento bélico do país, assim como afecta o comércio de materiais que pode ser potencialmente utilizado na fabricação de armas.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, admitiu pedir aos Estados Unidos o aumento do dispositivo militar norte-americano na região perante a escalada das tensões e dos indícios de um novo teste nuclear norte-coreano.

Ameaça constante

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul acusou na passada sexta-feira os militares norte-coreanos de lançarem entre 90 e 200 projécteis de artilharia no Mar Amarelo e outros 90 nas águas do Mar do Japão. Segundo as autoridades sul-coreanas, os projécteis caíram nas ‘zonas tampão’, a leste e a oeste da Linha da Fronteira Norte, nome pelo qual é conhecida a fronteira marítima entre os dois países.

Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto sublinhou que estas provocações da Coreia do Norte prejudicam a paz e a estabilidade na região.

17 Out 2022

Tufão | Possibilidade “baixa” de ser hoje içado sinal 8

Tendo em conta a passagem da tempestade tropical “Nesat” pelo território, as autoridades consideram “relativamente baixa” a possibilidade de ser içado hoje à noite o sinal 8 de tempestade. O sinal 1 foi içado ontem, sendo que o sinal 3 foi içado esta madrugada, devendo manter-se ao longo da manhã.

Os SMG apontam ainda que a passagem do “Nesat” em simultâneo com uma monção de nordeste o vento deverá intensificar-se a partir da noite de hoje, sendo que a “nebulosidade vai aumentar”, ocorrendo “aguaceiros ocasionais”. A temperatura do ar vai descer progressivamente, atingido a mínima de 17 graus na quarta-feira.

É “relativamente baixa” a possibilidade de ser içado o sinal de “Storm Surge”, relativo ao risco de inundações nas zonas baixas da cidade, mas “podem ainda ocorrer pequenas inundações na zona meridional do Porto Interior, devido aos fortes ventos e agitação marítima”.

17 Out 2022

Crime | Detido por suspeitas de violar dois jovens

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 31 anos, à entrada em Macau, por suspeitas de ter violado dois estudantes, no passado dia 22 de Agosto. Segundo a versão relatada pelo jornal Ou Mun, o caso foi denunciado a 24 de Agosto, quando um dos jovens se apresentou com o pai nas instalações da Polícia Judiciária.

Segundo a queixa, o jovem foi atraído pelo homem de 31 anos para um hotel na zona central, onde foi violado, num acto que lhe deixou ferimentos. Face ao relato, a PJ recorreu à videovigilância e conseguiu confirmar que a vítima esteve à porta do hotel e que entrou em contacto com o homem suspeito.

As autoridades indicaram ainda que com recurso à videovigilância, foi possível confirmar que no mesmo dia o violador atraiu um outro estudante para o mesmo hotel.

Para aliciar os jovens, o homem de 31 anos fez-se passar por mulher nas redes sociais, abordando menores e seduzindo-os com conversas sobre sexo e a promessa de pagamentos em dinheiro. À PJ, a primeira vítima que apresentou queixa, recusou ter havido qualquer transacção sexual, no entanto, a segunda falou dessa hipótese, mas explicou não ter sido paga.

Às autoridades, os dois jovens afirmaram desconhecer que o sujeito era um homem. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pelos crimes de violação, recurso à prostituição de menor e ofensa simples à integridade física.

17 Out 2022

Manifestação | Proprietários protestaram contra casa-de-banho

Um grupo de proprietários de apartamentos no edifício La Cité fez um protesto contra a construção de uma casa-de-banho de madeira na Rua da Pérola Oriental.

A casa-de-banho é utilizada por motoristas de autocarros de transporte público, quando param naquela estação, que funciona como terminal de várias carreiras.

Segundo as fotografias partilhadas nas redes sociais, os proprietários afixaram uma faixa nas casas-de-banho, onde se podia ler: “os residentes da Rua da Pérola Oriental são contra a construção da casa-de-banho porque espalha o vírus (da covid-19) e prejudica a saúde dos moradores. Tem de ser removida imediatamente”.

17 Out 2022

Estacionamento | Governo propõe revisão de lei

O Governo vai propor a revisão do regime de exploração, gestão, utilização e fiscalização do serviço público de estacionamento. A proposta visa rever um diploma com mais de 18 anos.

As alterações não foram reveladas em pormenor, mas passam pela “revisão das formas de contrato para a prestação do serviço público de estacionamento”, clarificar os “direitos e deveres da entidade exploradora” mudar o “modelo de pagamento das tarifas de estacionamento” e ainda alterar o regime de fiscalização.

Como parte da proposta de lei vai constar também a “simplificação dos procedimentos administrativos” e novas formas de sancionar os não cumpridores de contratos. A proposta de lei propõe também a regulamentação, através de diplomas complementares, de matérias que incluem o concurso público e ajuste directo do serviço público de estacionamento.

17 Out 2022

Saúde | Leong Iek Hou admite redução de quarentena

A chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, não afasta a possibilidade de reduzir o tempo de quarentena exigido à entrada em Macau.

No entanto, para que tal aconteça o tempo de incubação da covid-19, com as novas variantes, também terá de ser mais curto. Em declaração ao jornal Ou Mun, a chefe garantiu que o Governo está sempre atento à evolução da pandemia e que adapta critérios de acordo com dados disponíveis, como por exemplo, os dias de incubação para os visitantes que chegam a Macau vindos do estrangeiro.

Leong Iek Hou apontou também que as decisões do Governo são tomadas com base em “dados científicos” e que não estão dispostos a abdicar da prevenção contra a pandemia para promover mais actividades turísticas e recuperar a economia.

17 Out 2022

Comércio Externo | Alterado regulamento das Operações

Além das várias propostas de lei apresentadas na sexta-feira, o Conselho Executivo concluiu a discussão para alterar o Regulamento Administrativo das Operações de Comércio Externo. A revisão é feita com o objectivo de “implementar o controlo de produtos químicos”, reforçar “a protecção da saúde dos residentes e do ambiente”.

Neste sentido vão ser incluídos na lista de produtos químicos substâncias que antes não faziam parte como crocidolite e alguns antidetonantes. A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental passa também a ser a entidade emissora de licenças de importação e exportação dos respectivos produtos químicos e mercadorias, de modo a fiscalizar e controlar, de forma mais eficaz, as operações de importação e exportação.

17 Out 2022

DICJ | Governo alerta que despedimentos têm de ser legais

Adriano Marques Ho, director da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), assegurou ao deputado Leong Sun Iok que as novas concessões obrigam as empresas a zelarem pelos direitos laborais dos trabalhadores.

A posição foi tomada na resposta a uma interpelação escrita do deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), que se mostrou preocupado com uma onda de despedimentos após a atribuição das novas concessões do jogo.

Segundo o director da DICJ, a nova lei obriga as concessionárias a assumirem várias responsabilidades laborais, que passam por assegurar os direitos dos trabalhadores, oferecer oportunidades de promoção e ainda formações.

Além disso, Adriano Marques Ho indicou que as concessionárias vão ter como obrigações a promoção da diversificação da economia e o apoio às Pequenas e Médias Empresas.

“Se uma empresa, incluindo as concessionárias do jogo, colocar os empregados em lay off ou terminar os contratos, devido a mudanças no ambiente de negócios, está obrigada a seguir a Lei das Relações de Trabalho”, escreveu Adriano Marques Ho. “A prioridade tem de passar pela protecção dos empregadores dos residentes locais”, apontou.

No que diz respeito à protecção laboral para os residentes, é igualmente assumido o compromisso de que a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais vai recusar a renovação de qualquer autorização de trabalho para não-residentes, quando se verificar que há mão-de-obra local para as mesmas funções.

17 Out 2022

Fórum Macau | Delegados perdem BIR e regalias diplomáticas

Os delegados lusófonos do Fórum Macau perderam o direito ao bilhete de identidade de residente e, por consequência, as regalias que o estatuto diplomático lhe conferia, graças à entrada em vigor do novo regime jurídico do controlo de migração. Não há, sequer, atribuição de blue card. O secretário André Cheong diz que a lei tem de ser cumprida

 

O trabalho de diplomacia económica e cultural feito pelo Fórum Macau será agora mais difícil de realizar por parte dos seus delegados. Segundo o semanário Plataforma, os representantes dos países membros no Fórum Macau perderam o direito ao bilhete de identidade de residente (BIR) à luz da entrada em vigor, no ano passado, do regime jurídico do controlo de migração e das autorizações de permanência e residência na RAEM [lei 16/2021].

Com a perda do BIR, e sem ter acesso ao blue card, os delegados perdem os benefícios sociais associados, como subsídios ou descontos no ensino dos filhos ou saúde. Mais do que isso, passam a ter de andar sempre com o passaporte e com um documento que os autoriza a viver em Macau, sendo obrigados a lidar com mais burocracia sempre que têm de cruzar a fronteira. O jornal dá conta de que o impacto da alteração da lei só foi notado quando chegaram dois novos delegados, de Angola e da Guiné-Bissau, pois os que já estavam em Macau tinham os BIR válidos.

Uma fonte, que não quis ser identificada, disse ao semanário de Macau que as alterações não foram comunicadas previamente, existindo um “incómodo enorme e uma tensão generalizada entre todos”. O assunto está “trancado a sete chaves”, mas os delegados já pediram a intervenção directa do Secretariado Permanente do Fórum Macau, mas o jornal dá conta que, como é uma “decisão da exclusiva competência das autoridades de Macau”, o Ministério do Comércio da China não pode intervir.

À margem de uma conferência de imprensa, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, disse, em declarações reproduzidas pela TDM, dar atenção ao Fórum Macau, mas alertou que a lei tem de ser cumprida.

“Não tenho conhecimento [desse caso]. O pessoal ou as pessoas que ficam em Macau, ou o estado em permanecem em Macau a trabalhar e com que título de identidade, depende do diploma legal que decide a permanência dessas pessoas. O Governo Central e o Governo da RAEM têm dado uma grande importância quanto ao papel de Macau de ser uma ligação entre o interior da China e os países lusófonos e, especialmente, o Fórum Macau.”

Cartas e mais cartas

Os delegados tentaram reunir e pedir a intervenção do Executivo para que a nova medida fosse apenas aplicada aos novos membros do Fórum Macau, deixando de parte os mais antigos, já com BIR, mas a proposta foi recusada.

Depois de contactos feitos junto do secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, houve ainda um pedido de esclarecimento do Fórum junto do gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak.

A carta enviada em jeito de resposta, citada pelo Plataforma, dá conta de que não há nada a fazer sobre este assunto. “Em relação à proposta colocada pelo Gabinete de Apoio na reunião de que o tratamento em epígrafe seja aplicável apenas aos delegados recém-chegados, nos termos da Lei n.º 16/2021, particularmente as disposições especiais acima referidas, até ao presente momento, não existe qualquer fundamento de direito para continuar a aprovar a autorização de residência aos delegados dos Países de Língua Portuguesa”.

A mesma carta dá conta que “com a entrada em vigor da referida lei, os conteúdos previstos no nº.2, artigo 6º. do regulamento interno do Secretariado Permanente do Fórum, bem como no ponto IV, nas condições de vida, indicado na alínea b, do nº. 1 do mesmo regulamento, são incompatíveis com as disposições previstas na lei”.

Todos os delegados do Fórum Macau têm, assim, de entregar o seu BIR quando chegar a data de renovação. Só há um delegado que é residente permanente, pois vivia no território antes da nomeação.

Uma outra fonte disse ao jornal que, além da perda de benefícios, com impacto na vida familiar dos delegados, há uma questão do foro político, pois “nenhum representante de um país lusófono estará certamente contra o cumprimento da lei”, mas há “formas de fazer estas coisas e uma ética diplomática”, tal como recorrendo a “canais diplomáticos que devem ser avisados de forma institucional, já para não falar das medidas compensatórias que podem ser negociadas”.

Há ainda a ter em conta “o desígnio estratégico que supostamente interessa a todos”, uma vez que o Fórum Macau é tido como a entidade que faz funcionar a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa. “Se isto não merece um tratamento, excepcional, pelo menos cuidado, não sei o que possa merecer”, adiantou a mesma fonte. Outra pessoa ligada ao processo, que também não deu o nome, explicou que “os delegados representam os seus países, têm passaporte diplomático e são convidados pela China. Não podem andar na rua com um papelinho no passaporte. Nem um blue card lhes deram!”.

O Plataforma escreve ainda, na sua última edição, que os embaixadores dos países lusófonos em Pequim já têm conhecimento do que se passa no Fórum Macau.

17 Out 2022

Associações e escolas viram abertura do Congresso Nacional

Várias associações e escolas locais organizaram sessões para assistir à transmissão da cerimónia abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China e ao discurso de Xi Jinping.

Uma das entidades ouvidas pelo canal chinês da Rádio Macau foi a Associação de Amizade de Membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) na Instância de Província de Macau, pela voz do seu presidente Frederico Ma Chi Ngai. A cerimónia foi vista por cerca de 50 associados, com o dirigente a defender que, como membro da CCPPC, é importante conhecer as realizações e planos para o futuro do país, sobretudo das áreas de economia, para que Macau aproveite as oportunidades originadas pelo desenvolvimento nacional.

Na Escola Secundário Hou Kong cerca de 100 alunos e professores assistiram ao discurso do Presidente chinês. No final, o director da escola, Iao Tun Ieong, mostrou-se esperançado de que estudantes e docentes tenham reforçado os sentimentos de orgulho e reconhecimento pela China. Em termos substantivos, o director destacou os feitos conseguidos nas áreas da defesa nacional e militar.

Por seu turno, o vice-presidente da Federação de Juventude de Macau, Wong Ka Lon, recordou que nos últimos dois anos, Macau esteve paralisado devido à pandemia e que aguarda novidades positivas na sequência do congresso nacional, nomeadamente no que diz respeito ao intercâmbio de jovens de Macau com cidades do Interior da China.

A presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), Ho Sut Heng garante que vai apreender e divulgar o espírito do 20º Congresso Nacional, como uma força revigoradora para continuar os trabalhos comunitários. Além disso, destacou o papel de liderança e união da FAOM na popularização do Partido Comunista da China entre os residentes de Macau e do princípio “Um País, Dois Sistemas”.

17 Out 2022