Governo “sem condições” para lançar novo cartão de consumo

O Governo de Macau disse hoje não ter condições para atribuir mais oito mil patacas a cada residente, lembrando estar ainda em vigor um plano para aliviar o impacto da pandemia de covid-19.

“A recuperação económica já está mais estável e melhor do que previsto (…). Neste momento, não temos condições para atribuir mais oito mil patacas através do cartão de consumo”, afirmou o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, na Assembleia Legislativa.

O Governo já injetou no mercado, até ao dia 10 deste mês, “um montante total de cerca de 9.794 milhões de patacas, gerando um efeito benéfico global de cerca de 13.927 milhões de patacas, o que impulsionou eficazmente o mercado de consumo e mitigou os efeitos da epidemia sobre a vida da população”, disse o responsável, na resposta a uma interpelação apresentada pelo deputado José Pereira Coutinho e que suscitou perguntas idênticas de vários deputados.

No ano passado, o Governo atribuiu a “Terceira ronda do plano de benefícios de consumo por meio eletrónico contra a epidemia” e o “Plano de subsídio de vida para aliviar o impacto negativo da epidemia nos residentes da Região Administrativa Especial de Macau em 2022”, sendo que este último está em vigor até ao fim do mês de junho, acrescentou.

Lei Wai Nong defendeu a ação dos planos, “em termos de estabilização da economia de Macau, do apoio às pequenas e médias empresas na continuidade da exploração das suas atividades, bem como de garantia do emprego para os residentes locais”.

Pereira Coutinho defendeu que um novo cartão de consumo podia ajudar muitas famílias, afetadas sobretudo pelo desemprego.

O secretário lembrou duas medidas para “aliviar a pressão económica dos residentes e estimular o consumo”: a contribuição pecuniária atribuída anualmente a cada residente permanente e não permanente, de dez mil seis mil patacas, respetivamente, e a devolução de 60% do valor da coleta do imposto profissional referente a 2021, até ao limite de 14 mil patacas.

“O Governo vai analisar de forma dinâmica a situação económica de Macau para assim garantir a subsistência e o emprego da população e também a sobrevivência e negócios das empresas”, declarou Lei Wai Nong.

“A posição, a atitude do Governo mantém-se inalterada”, disse, lembrando que “em relação aos grupos mais vulneráveis, Macau já dispõe de um bom regime de segurança social que permite prestar-lhes o apoio necessário”.

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