Hoje Macau PolíticaIdosos | Ho Ion Sang preocupado com isolamento O deputado Ho Ion Sang está preocupado com a situação dos idosos isolados no território, e considera que é necessário melhorar os mecanismos para identificar os vários casos em Macau. A mensagem foi expressa através de uma interpelação escrita, divulgada ontem pelo legislador. Segundo o deputado, desde 2018 que para “perceber melhor a situação dos idosos isolados”, as autoridades estabeleceram uma base de dados sobre os casos existentes no território, que também incluem as famílias constituídas por dois idosos. Porém, Ho considera que a tarefa é complicada: “Ao longo dos anos também participei em trabalhos de identificação de famílias isoladas, de forma a poder apoiá-las e percebo que é uma tarefa muito difícil. Há sempre casos que acabam por escapar”, reconheceu. Apesar disso, o deputado acredita que é possível melhorar os trabalhos, e questiona o Governo sobre as medidas a tomar para tornar os “serviços mais flexíveis, diversificados e abrangentes”, e chegar a mais idosos isolados. Ho Ion Sang considera igualmente que com a população a envelhecer, devido à redução da natalidade, que é preciso melhorar o mecanismo, para preparar o futuro. O deputado recordou também o incidente de Agosto, em que dois idosos foram encontrados mortos em casa, mais de um mês depois de terem falecido. A irmã tomava conta do irmão, que tinha dificuldades de mobilidade. Face a este episódio, Ho perguntou ao Governo o que deve ser feito para prevenir este tipo de situações.
Hoje Macau China / ÁsiaSecretário-geral da ONU critica histórico dos direitos humanos na Índia O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou hoje o histórico dos direitos humanos da Índia, que, segundo observadores, regrediu durante o mandato do primeiro-ministro nacionalista hindu, Narendra Modi. “Como membro eleito do Conselho de Direitos Humanos, a Índia tem a responsabilidade de respeitar os direitos humanos em todo o mundo e de proteger e promover os direitos de todos os indivíduos, incluindo membros de comunidades minoritárias”, disse Guterres durante um discurso em Mumbai. Saudando o desenvolvimento da Índia desde a sua independência do Reino Unido em 1947, o responsável da ONU, no entanto, lamentou que a noção da “diversidade ser uma riqueza” não esteja a “ser garantida” no país. Este pensamento, segundo o secretário-geral da ONU, deve “ser nutrido, fortalecido e renovado a cada dia”. Os ativistas dos direitos humanos dizem que desde que Narendra Modi chegou ao poder em 2014 num país de maioria hindu e com cerca de 1,4 mil milhões pessoas, houve um aumento da perseguição e do discurso de ódio contra minorias religiosas. A minoria muçulmana foi particularmente atingida na parte indiana da Caxemira, desde que o Governo de Modi impôs a sua autoridade direta na região em 2019. A pressão também aumentou sobre críticos do Governo e jornalistas, especialmente mulheres jornalistas, que estão a ser violentamente assediadas na internet. A Índia deve “proteger os direitos e liberdades de jornalistas, dos ativistas de direitos humanos, de estudantes e de académicos” e garantir “a manutenção da independência do sistema judicial indiano”, declarou ainda António Guterres. “A voz da Índia no cenário mundial só pode ganhar autoridade e credibilidade a partir de um forte compromisso com a inclusão e o respeito pelos direitos humanos no país”, disse. Guterres enfatizou que “muito ainda precisa ser feito para promover a igualdade de género e os direitos das mulheres”. “Peço aos indianos que sejam vigilantes e invistam mais em comunidades e sociedades inclusivas, pluralistas e diversas”, afirmou o secretário-geral da ONU. Em fevereiro, especialistas em direitos humanos da ONU pediram o fim dos ataques “misóginos e sectários” na internet contra uma jornalista muçulmana que criticou fortemente o primeiro-ministro Modi. Os Repórteres Sem Fronteiras classificaram a Índia no 142.º lugar do seu índice mundial de liberdade de imprensa, sublinhando que está a “aumentar a pressão sobre os meios de comunicação para seguir a linha do Governo nacionalista hindu”.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos oito mortos e 18 feridos em explosão numa cadeia da Birmânia Pelo menos oito pessoas morreram e 18 ficaram feridas na sequência de uma explosão ocorrida hoje numa prisão em Insein, Rangum, a maior de Myanmar e onde se encontra a grande parte dos presos políticos do regime militar vigente. A explosão foi registada às 09:40, perto de uma dependência onde o pessoal da cadeia recolhe as encomendas com comida e outros bens enviados aos reclusos pelos familiares. De acordo com um comunicado da junta militar, a sala onde ocorreu a detonação fica próxima da entrada principal do estabelecimento prisional, tratando-se de um ataque terrorista. “O terrorista colocou a bomba dentro de uma das encomendas e provocou a explosão”, refere o documento acrescentando que durante a evacuação do edifício foi encontrada “outra bomba dentro de um outro pacote e que foi desativada”. Na sequência da explosão morreram três trabalhadores da prisão e cinco civis. A maior parte dos 18 feridos são civis, exceptuando cinco que são funcionários do estabelecimento prisional. Imagens do local mostram manchas de sangue e vidros partidos. De acordo com o jornal independente birmanês Myanmar Now foram ouvidos disparos de armas de fogo após a explosão. Os disparos foram feitos pelos guardas que se encontravam numa torre de vigilância e provocaram a fuga dos visitantes que se encontravam na entrada do edifício. Outro testemunho, recolhido pela mesma publicação, indica que os guardas dispararam “de forma indiscriminada” contra a “população” e que as balas atingiram várias pessoas. No comunicado oficial, a Junta Militar não refere os disparos de armas de fogo. As autoridades encerraram o estabelecimento prisional aos visitantes dos presos.Na maior cadeia de Myanmar (antiga Birmânia), situada a norte da cidade de Rangum, encontram-se cerca de dez mil reclusos. Segundo a imprensa local, o “ataque” não foi reclamado sendo que a Junta Militar anunciou que vai “tomar medidas contra os terroristas, de acordo com a lei”. Desde o golpe de Estado militar de fevereiro de 2021 que derrubou o governo democrático, vários grupos políticos da oposição optaram por recorrer à luta armada contra o regime no poder. O autodenominado Governo de Unidade Nacional, leal à líder detida Aung Saan Suu Kyi criou as próprias Forças Armadas que costumam atuar nas zonas de fronteira. A Associação de Assistência aos Presos Políticos, um grupo de defesa de direitos humanos birmanês, indica que, pelo menos, 2.367 morreram na sequência da repressão das autoridades militares e que mais de 12.600 pessoas foram presas de forma arbitrária.
Hoje Macau China / ÁsiaHá mais jovens timorenses a compreender o português, mas falta a prática escrita Especialistas disseram hoje que mais jovens timorenses do que nunca entendem português, mas que é necessária mais prática de uso da língua, em todos os níveis de ensino, para fomentar o uso oral e escrito. No arranque das VII Jornadas Pedagógicas, na Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), académicos referiram-se ao progresso feito no ensino do português em Timor-Leste, destacando o crescente número de jovens que conhecem a língua. Mas, ao mesmo tempo, apontaram preocupações sobre um processo que tem que ser reforçado a todos os níveis de ensino, da pré-primária em diante, para que possa depois ser consolidado no ensino superior. “Desde que existe a UNTL que temos trabalhado na introdução da língua portuguesa, apesar das dificuldades iniciais. Tem sido algo gradual e já estamos num patamar diferente, com a língua portuguesa mais desenvolvida”, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Académicos, Samuel Freitas, na abertura das jornadas. “Mas cabe a cada um fazer esse trabalho. A língua portuguesa vai para a frente, dependendo da vontade de cada um. E há muitos estudantes que entendem, mas para quem falar ou escrever é mais difícil, o que mostra a falta de prática da língua”, disse. Intervindo na mesma ocasião, Benjamim Corte-Real, diretor do Centro de Língua Portuguesa da UNTL, disse que a evolução dos últimos anos, com cada vez mais jovens a entenderem a língua portuguesa, mostra que o português “deixou de ser a língua da elite”. “Essa visão, de há 10 anos, era uma ilusão. Até porque na prática a decisão do português como uma das duas línguas oficiais foi feita na Assembleia Constituinte que, de facto, era uma representação da vontade democrática do povo timorense”, disse o docente. “E não nos devemos ficar por dizer só que é a língua oficial. É a língua do povo, porque o povo assim o quis, porque entrou no seu reportório diário. Não é a elite que canta em português nos bailes e nas festas de casamento aos sábados. É o povo, jovens e adolescentes”, ilustrou. Mostrando-se convicto na contínua progressão do português em Timor-Leste, Corte-Real disse que a língua portuguesa “não pode ser desvinculada da afirmação de identidade” do povo timorense. “O português, pela sua parceria linguística, cultural, histórica com o tétum, já é uma realidade. É uma realidade pela sua complementaridade com o tétum, na afirmação do pilar da entidade e é com este objetivo e visão que continuamos a trabalhar”, afirmou. Também Afonso de Almeida, vice-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UNTL, destacou a progressão registada no ensino e no uso do português na instituição, afirmando que toda a direção e várias faculdades continuam muito empenhadas neste processo. O dirigente destacou recentes apresentações de trabalho de mestrado em que os alunos usaram o português, mas vincou que é preciso fazer mais, especialmente fora de faculdades “pioneiras” nesta questão como as de Direito, Educação e Ciências Exatas. “Fizemos um estudo para ver se as faculdades estão a ensinar em língua portuguesa, mas dizem-nos que em várias ainda estão em fase de transição [o indonésio é uma das opções]. Mas essa transição vai até quando? Vamos ter que estar com esta transição até quando?”, questionou Afonso de Almeida. “Obviamente isto não depende só da UNTL, mas das qualidades do ensino secundário, de jovens que até tentam fazer trabalho em português, mas depois com professores não dão essa oportunidade de trabalhar em português. É algo que temos que melhorar”, disse. Para a embaixadora de Portugal em Díli, Manuela Bairos, estes esforços podem ser apoiados com a “produção de materiais didáticos”, permitindo enquadrar e apoiar professores a todos os níveis de ensino. Fortalecer a capacitação de professores, mas também de funcionários e do público em geral é “fundamental e necessita de ser encarado com meios e recursos agressivos”, disse Bairos. A diplomata defendeu mais programas infantis em língua portuguesa nas televisões, planos de leitura, bibliotecas municipais e o reconhecimento de que o sistema de ensino “não vive em compartimentos fechados”, tendo por isso que se atuar a todos os níveis de escolaridade. “Vejo com satisfação a vontade de jovens, pais e sociedade em geral em investir na aprendizagem da língua portuguesa como parte da sua identidade de nação”, disse ainda, reiterando o compromisso de Portugal em apoiar no fortalecimento do ensino e da consolidação do português “em aliança com o tétum”, em Timor-Leste. Organizadas pelo Centro de Língua Portuguesa da UNTL e na sua sétima edição, as jornadas são subordinadas ao tema “Ler e falar o mundo em português”. Promovidas no âmbito do projeto FOCO-UNTL e em articulação com a Embaixada de Portugal em Díli, as jornadas incluem seminários e debates sobre vários temas, incluindo a situação geral do ensino da língua portuguesa em Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara artilharia na fronteira com o Sul pelo segundo dia consecutivo A Coreia do Norte disparou hoje, pelo segundo dia consecutivo, projéteis de artilharia na fronteira marítima com a Coreia do Sul, que iniciou na segunda-feira exercícios militares anuais, com a participação de forças norte-americanas. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul avançou, em comunicado, que o regime de Pyongyang disparou cerca de 100 projéteis na costa oeste, por volta das 12:30 (04:30 em Lisboa), que caíram no mar. O Estado-Maior Conjunto voltou a insistir que este disparo de artilharia é “uma clara violação” de um acordo militar de 2018, no qual os dois países prometeram evitar manobras ou exercícios com fogo real em águas próximas às fronteiras marítimas. Na terça-feira, a Coreia do Norte tinha disparado cerca de 100 projéteis na costa oeste e 150 na costa leste. Sobre este últimos disparos, Pyongyang disse tratar-se de um “sério alerta” e de uma resposta aos exercícios militares anuais que Seul iniciou. Os militares norte-coreanos acrescentaram, num comunicado divulgado horas depois dos disparos, terem ordenado às unidades no leste e oeste do país que disparassem “tiros ameaçadores e de advertência” em direção ao mar. Um porta-voz do Estado-Maior da Coreia do Norte indicou que o objetivo foi servir como “uma poderosa contramedida militar” a exercícios militares do Sul junto à fronteira leste, considerados “uma provocação” por Pyongyang. “A situação na península coreana está a piorar devido às repetidas provocações militares dos inimigos na área avançada”, sublinhou o comunicado norte-coreano. “Os inimigos devem parar imediatamente as provocações imprudentes e incitadoras que aumentam a tensão militar”, acrescentou o porta-voz militar norte-coreano. Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte dispara projéteis nas zonas de fronteira desde sexta-feira, quando disparou centenas de projéteis, em violação direta do acordo de 2018. Na segunda-feira, as forças militares da Coreia do Sul iniciaram exercícios de campo, de 12 dias, para aprimorar as capacidades operacionais de resposta a vários tipos de provocações norte-coreanas, com a participação de forças norte-americanas. As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaManchester | China defende direito de proteger consulados A China defendeu ontem que as suas missões diplomáticas no exterior têm o direito de “tomar as medidas necessárias” para manter a segurança, após a polícia britânica ter anunciado uma investigação à agressão dum manifestante num consulado chinês. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin disse, em conferência de imprensa, que o manifestante “entrou ilegalmente” no consulado e “comprometeu a segurança das instalações diplomáticas chinesas”. “As missões diplomáticas de todos os países têm o direito de tomar as medidas necessárias para manter a paz e a dignidade das instalações”, afirmou Wang. “Quero enfatizar que a paz e a dignidade das embaixadas e consulados chineses no exterior não devem ser violadas”, acrescentou. Wang disse que o Governo britânico deve aumentar a protecção para os postos e funcionários diplomáticos chineses no Reino Unido. A polícia da cidade inglesa de Manchester disse que o protesto pacífico, realizado à porta do consulado por um grupo de Hong Kong, no domingo, se transformou numa situação “hostil” quando homens não identificados saíram do terreno da missão diplomática chinesa, puxaram um dos manifestantes para dentro do consulado e o agrediram. A polícia disse que um dos seus agentes interveio para retirar o homem. O manifestante foi levado para o hospital e não foram ainda feitas detenções. Na TV Um vídeo difundido pela cadeia televisiva BBC mostra uma luta em frente ao consulado, depois de homens mascarados terem saído do edifício e retirado os cartazes dos manifestantes. O mesmo vídeo mostra os homens a arrastar o manifestante para dentro do consulado e a agredi-lo. O Governo britânico disse que o incidente é “profundamente preocupante”, acrescentando que a polícia intensificou as patrulhas na área. Em conferência de imprensa, o líder de Hong Kong, John Lee, afirmou ontem que não tinha todos os pormenores sobre o caso, mas confia que o governo do Reino Unido lidará com o incidente de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares e a lei britânica. Andy Burnham, prefeito da Grande Manchester, disse que era importante que todos os factos fossem estabelecidos, mas acrescentou: “Com base no que vi, quero deixar claro que nunca é aceitável que manifestantes pacíficos sejam agredidos. Os responsáveis devem ser responsabilizados pelas suas ações”. O porta-voz para as relações externas do Partido Trabalhista, da oposição, David Lammy, pediu ao Governo britânico que convoque o embaixador chinês para explicar o que aconteceu. De acordo com uma declaração difundida pelos organizadores do protesto, cerca de 60 manifestantes reuniram-se do lado de fora do consulado de Manchester para protestar contra a “reeleição de Xi Jinping”. O actual secretário-geral do Partido Comunista Chinês deve assegurar um terceiro mandato durante o congresso da organização, que se realiza esta semana, quebrando com a tradição política das últimas décadas na China.
Hoje Macau China / ÁsiaTradutores estrangeiros salientam aspectos do discurso de Xi Jinping O relatório lido no domingo por Xi Jinping, no 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), foi imediatamente vertido para diversas línguas (inglês, francês, russo, espanhol, árabe, alemão, japonês e lao) por tradutores estrangeiros que não deixaram de dar a sua opinião sobre o que leram ao fazer o seu trabalho. Ao irlandês Sean Slattery, por exemplo, pareceu um documento “muito voltado para o futuro”. “O relatório mostra grande visão, mas é também muito prático”, disse o irlandês. “Vai ter uma grande influência no desenvolvimento da China no futuro”. A cada um a sua modernização A “modernização chinesa” foi considerada pela maioria dos tradutores estrangeiros como sendo uma das principais mensagens do relatório de domingo. Descrevendo a modernização chinesa como “de grande importância” para o mundo, Slattery disse que as suas características especiais são distintamente diferentes dos caminhos que outros países escolheram no passado ao prosseguirem a modernização. “Conseguir a modernização para os 1,4 mil milhões de habitantes do país é um enorme passo em frente para a humanidade”, referiu, mas não deixou de considerar que “ao prosseguir a sua própria via de modernização, a China está a sublinhar a importância de cada país se modernizar através de um caminho que seja adequado às suas próprias condições e que o seu povo aceite e apoie”, concluiu Slattery. “Para os outros países em desenvolvimento, a modernização chinesa oferece uma nova escolha, baseada nas suas próprias condições e mais cooperação internacional, em vez de pilhagem, guerra e sangue”, disse Mustafa Yahia, 65 anos, que foi responsável pela tradução da versão árabe. Já Peggy Cantave Fuyet sempre quis saber como é o maior país socialista do mundo. O relatório ofereceu-lhe uma visão. “As pessoas”, “o ambiente” e “a paz” foram as suas principais conclusões do relatório. Para a especialista em língua francesa, as palavras indicam que a modernização chinesa é uma modernização que beneficia todos no país em vez de apenas alguns, que a China honrará as suas palavras ao atingir os objectivos de atingir o pico das emissões de carbono e ganhar neutralidade de carbono, e que o caminho que a China escolheu não é o imperialismo, o colonialismo ou o hegemonismo, mas um caminho de desenvolvimento pacífico. Uma década marcante O relatório resume as grandes realizações ao longo dos primeiros 10 anos da nova era na China. Uma grande mudança que tem sido testemunhada pelos próprios peritos estrangeiros. Francisco J. Ayllon, de Espanha, que está na China há 18 anos, maravilhou-se com o feito da eliminação da pobreza, já que assistiu a cerca de 100 milhões de residentes rurais saírem da pobreza em menos de 10 anos. “Este é um contributo significativo para a redução da pobreza global”, considerou. A especialista em língua russa K. Angelina observou que o povo chinês desfruta agora de céus mais azuis e água mais pura, e tem mais veículos de energia novos nas estradas. Para Verena Menzel, da Alemanha, que vive na China há 11 anos, os pagamentos móveis, as bicicletas partilhadas e as plataformas em linha trouxeram “muita surpresa e conveniência”. A alemã disse também que tem detectado também um sentimento cada vez mais forte de confiança cultural na China. Taguchi Nao, do Japão, diz-se impressionada com o sistema de segurança social da China, a Iniciativa China Saudável e as medidas para enfrentar o envelhecimento da população, um problema que também afecta o seu país. Pongtay Chaleunsouk, do Laos, assistiu recentemente a uma palestra espacial ao vivo na televisão, com interacções entre astronautas chineses a bordo da estação espacial da China e crianças na Terra. Para ele, foi “inesquecível”. “Embora tenha iniciado o seu programa espacial muito mais tarde, a China tornou-se líder na indústria espacial e está pronta a expandir a sua cooperação científica e tecnológica com outros países”, afirmou. “As tremendas mudanças na última década são de um marco importante, que provêm da forte liderança do PCC e dos incessantes esforços do povo chinês”, acrescentou. Compreender a China, compreender o PCC Uma das visões partilhada entre os tradutores estrangeiros passa pela noção de que “compreender a China implica uma boa compreensão do PCC, da sua história e da sua lógica de governo”. Entre as frases do relatório que, segundo eles, causaram maior impressão encontram-se: “O apoio do povo é da maior importância política”, “uma filosofia de desenvolvimento centrada no povo”, e “Este país é o seu povo; o povo é o país”. “Termos como estes sublinham realmente o quanto o Partido valoriza a sua estreita relação com o povo, estando de todo o coração empenhado em tornar as suas vidas melhores e em servi-lo”, disse Slattery. Mustafa lembra-se da primeira vez que esteve envolvido na tradução do relatório do congresso há cinco anos, quando o PCC prometeu no seu 19º congresso nacional assegurar uma vitória decisiva na construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. “Como esse objectivo foi alcançado como previsto, o PCC está agora a conduzir o país numa nova viagem para construir um país socialista moderno em todos os aspectos”. Acredito que irá honrar a sua promessa novamente”. Angelina, da Rússia, encontrou novos conteúdos cada vez que traduzia um importante documento do PCC. “Devo continuar a enriquecer-me para entregar boas traduções”. “O PCC é um partido com uma forte capacidade de investigação, acção, inovação, e de acompanhar os tempos”, referiu Cantave Fuyet, que obteve um doutoramento sobre a adaptação do marxismo ao contexto chinês. Chaleunsouk disse que, embora muitos termos no relatório sejam expressões únicas do PCC, tais como “tirar tigres” e “caçar raposas”, são vívidos e fáceis de compreender, ilustrando a resolução de exercer uma auto-governação e auto-reforma total e rigorosa do partido. Paz e inovação Para tornar a China num grande país socialista moderno em todos os aspectos, o PCC adoptou um plano estratégico em duas etapas: basicamente realizar a modernização socialista de 2020 a 2035, e “tornar a China num grande país socialista moderno que seja próspero, forte, democrático, culturalmente avançado, harmonioso, e belo de 2035 até meados deste século”. “A palavra ‘inovação’ apareceu muitas vezes no relatório”, disse Menzel, observando que está “ansiosa por mais cooperação entre a China e a Alemanha, ambos países impulsionados pela inovação”. “A China precisa de um mundo pacífico para se desenvolver e, ao mesmo tempo espera contribuir para a paz mundial com o seu desenvolvimento”, disse Slattery, tirando esta conclusão dos objectivos que o PCC está a tentar alcançar, especificados no relatório do congresso. “O mundo é como uma família que partilha o bem e o mal”, disse Cantave Fuyet, observando que “ao promover uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade, o PCC mostra que se preocupa com o bem-estar do mundo inteiro e que está determinado a tornar a sua grande visão numa realidade”. Mustafa recorda que Pequim, há 20 anos, só tinha duas linhas de metro, quando chegou à China pela primeira vez. Agora, a rede de metro de Pequim estende-se em todas as direcções, e o município tornou-se na única cidade do mundo a receber tanto os Jogos Olímpicos de Verão como os de Inverno. À medida que o país se desenvolveu nas últimas décadas, Mustafa disse estar confiante de que a China conseguirá a modernização. “Espero testemunhar o grande momento histórico juntamente com o povo chinês”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaRapazes na China rural têm mais 7,5 cm de altura e são 6,6 kg mais pesados do que há uma década A melhoria nutricional aumentou a altura e o peso médios dos rapazes de 13 anos na China rural, que são agora 7,5 cm mais altos e 6,6 kg mais pesados do que há uma década atrás, segundo um estudo oficial. Embora o ganho tenha sido maior entre os rapazes de 13 anos, as crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos são agora em média pelo menos 3cm mais altas e 1kg mais pesadas devido a uma dieta melhorada, de acordo com um inquérito realizado entre 2012 e 2021, junto de crianças em idade escolar provenientes de zonas rurais de cerca de 700 concelhos em toda a China. Entre as raparigas, as de 12 anos foram as que mais beneficiaram, ganhando 6,3 cm de altura e 5,8 kg de peso em média, descobriu o estudo, que foi publicado no portal do Ministério da Educação chinês. O aumento significativo do peso das crianças foi principalmente graças a uma iniciativa de melhoria da nutrição lançada em 2012, dirigida a estudantes de regiões rurais mais pobres, afirma o estudo. A prevalência de crescimento atrofiado diminuiu 5,7% em relação a 10 anos atrás, afectando apenas 2,3% das crianças monitorizadas no ano passado. No entanto, no final do ano passado, cerca de 12% ainda sofriam de anemia, uma condição em grande parte ligada a deficiências nutricionais, embora esta tivesse diminuído quase 5% desde 2012. Apesar de um aumento considerável na disponibilidade e diversidade dos alimentos fornecidos às crianças em áreas de menor rendimento, menos de um terço teve acesso a leite e fruta todos os dias no ano passado. A iniciativa não só ajudou as crianças em idade escolar a tornarem-se mais saudáveis, como também tem sido, “uma medida importante para parar a transmissão intergeracional de pobreza e promover a igualdade na educação”, afirma o estudo. Crianças mais altas e maiores têm sido consideradas como provas tangíveis do progresso da China na redução da pobreza nas últimas décadas, após as reformas económicas de finais da década de 1970. Embora as memórias de malnutrição e fome ainda estejam frescas entre as gerações mais velhas, a maior parte das dietas alimentares das pessoas têm sofrido grandes melhorias desde então, uma vez que centenas de milhões foram retiradas da pobreza com base nos padrões do governo chinês. A investigação internacional sobre a evolução das alturas médias em 2020 cria um quadro ainda mais impressionante para a China, pois constata que o país testemunhou o maior aumento da altura masculina entre 1985 e 2019 entre 200 países e territórios examinados. Os homens chineses com 19 anos cresceram quase mais 9 cm de altura durante o período, de acordo com uma pesquisa publicada na revista médica Lancet. As mulheres chinesas, na mesma faixa etária, ganharam 6 cm, marcando o terceiro maior aumento de altura a nível mundial.
Hoje Macau EventosLivro de Giorgio Sinedino apresentado esta sexta-feira Será lançado esta sexta-feira, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha, o livro “Confúcio – O Fundador da Tradição”, da autoria de Giorgio Sinedino, académico e ex-assessor. Esta é uma iniciativa do Centro de Ensino e Formação Bilingue Chinês-Português da Universidade de Macau (UM) que, desde Janeiro de 2020, tem produzido um programa de rádio em português intitulado “Ideias Chinesas” (Temporada 1-4) em co-produção com a Radio China International (CRIpor). Com um vasto conteúdo que percorre alguns dos maiores clássicos chineses, “Confúcio e os Analectos”, “Laozhi e Dao de Jing”, “Meng Ke e o Livro de Mencius” e “Zhaungzhi e o seu Livro”, o programa visa descodificar e dar a conhecer a todo o público lusófono, o pensamento confucionista e as respectivas tradições intelectuais chinesas. Os 15 episódios que compõem cada temporada têm sido regularmente disponibilizados nos sítios web CRIpor e CPC, encontrando-se integralmente acessíveis a todos os interessados. Em Agosto deste ano, a primeira temporada foi integralmente convertida neste livro sobre Confúcio e a sua obra, como forma de promoção e divulgação, através da palavra escrita, do programa de rádio a todos quantos ainda dele não tivessem conhecimento. Paixão pela China A obra será apresentada por Yao Jing Ming, poeta e tradutor, além de professor do departamento de português da UM, bem como por João Veloso, director do mesmo departamento. Fluente em doze línguas, incluindo mandarim, cantonês e japonês, Giorgio Sinedino vive na China desde 2005. Com um doutoramento em Religião pela Universidade Renmin – China e um mestrado em Filosofia pela Universidade de Pequim, Giorgio Sinedino estudou Budismo no Templo da Fonte do Dharma e Daoísmo no Templo da Nuvem Branca, tendo também aprendido acerca das várias tradições chinesas com múltiplos mestres sem filiação institucional. O autor publica regularmente sobre o pensamento e literatura chineses, mantendo este podcast sobre os autores clássicos e suas obras na Radio China International. Pela estampa da Unesp, publicou os best-sellers Os Analectos (2012), Dao De Jing (2016) e Immortal do Sul da China (2022).
Hoje Macau EventosDocomomo | Palestra sobre Chui Tak Kei na Fundação Rui Cunha É já amanhã que decorre na Fundação Rui Cunha a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, promovida pelo centro de investigação Docomomo Macau. O arquitecto Rui Leão e o assessor de informação João Guedes vão falar dos contributos de Chui Tak Kei no sector da construção civil e em toda a sociedade A Fundação Rui Cunha (FRC) e o Centro de Investigação Docomomo de Macau apresentam amanhã, às 19h, a palestra “Construir o Século XX: Chui Tak Kei”, com a participação de João Guedes, assessor de informação e autor de livros sobre a história de Macau, e do arquitecto Rui Leão. Os dois oradores vão abordar os contributos do empresário Chui Tak Kei para a sociedade civil. Nascido em 1912 e falecido em 2007, Chui Tak Kei foi uma figura de destaque da sociedade e participou na construção e desenvolvimento de Macau como um importante agente político e cultural. Além disso, estabeleceu sempre uma relação próxima com a comunidade portuguesa. Tio do anterior Chefe do Executivo, Chui Sai On, Chui Tak Kei distinguiu-se como empresário e construtor. No plano político foi vice-presidente da Assembleia Legislativa, tendo participado no processo de transferência de soberania de Macau e na elaboração da Lei Básica. Da caridade Durante a II Guerra Mundial Chui Tak Kei dirigiu a Associação Tung Sin Tong, instituição de beneficência que prestou auxílio aos refugiados, um papel importante porque foi aí que iniciou a sua vida pública e a sua intervenção social e política. Figura preponderante do mundo empresarial de Macau, tendo presidido à Associação Comercial de Macau, uma espécie de governo sombra da comunidade chinesa ao longo do século XX. Mais tarde, foi fundador da Associação de Construtores Civis de Macau, de que seria o presidente executivo e, depois, presidente honorário. Foi membro da Comissão da Redacção da Lei Básica da RAEM e da Comissão Preparatória da RAEM, bem como Presidente do Comité Consultivo para a Lei Básica da RAEM. Amante de música e das Belas Artes, dedicou-se nos tempos livres ao desenho, pintura e caligrafia chinesa, além de ser um grande apreciador e coleccionador de arte chinesa. De destacar que, em relação aos oradores, João Guedes é autor da fotobiografia sobre esta personalidade, intitulada “Chui Tak Kei – A História numa Biografia”, onde recolheu para memória futura os grandes feitos desta personalidade de relevo da comunidade chinesa em Macau. Por sua vez, Rui Leão, arquitecto, é Presidente do Centro de Investigação Docomomo Macau.
Hoje Macau SociedadeFarol da Guia | UNESCO atenta às questões de visibilidade A UNESCO assegura que continua em estreita comunicação com Pequim sobre a questão da visibilidade do Farol da Guia posta em causa com dois projectos de construção: a altura do edifício embargado na Calçada do Gaio e os dois edifícios situados na avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues. O compromisso da organização internacional surge face às cartas enviadas pelo Grupo de Salvaguarda do Farol da Guia nos dias 20 de Setembro e 11 de Outubro. Na carta enviada ao grupo, lê-se que “a UNESCO tem vindo a comunicar com a China sobre os projectos de construção em causa, nomeadamente o edifício ainda em construção na Calçada do Gaio, tendo em conta a proximidade e [o impacto] na visibilidade do mesmo, bem como a construção dos edifícios altos na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues”, tal como “indicado nas nossas cartas anteriores, incluindo a de 8 de Setembro de 2020, 15 de Março de 2021 e 29 de Julho de 2022”, apontam ainda. A UNESCO explicou ainda que a comunicação e o pedido de informações a Pequim têm sido feitos à luz da legislação que sustenta o trabalho de protecção do património feito pela UNESCO, a quem as autoridades de Macau devem responder em relação à salvaguarda do centro histórico e restantes monumentos nas zonas de protecção.
Hoje Macau SociedadeExposições MIF, MFE e PLPEX arrancam amanhã no Venetian A 27.ª Feira Internacional de Macau (27.ª MIF), a Exposição de Franquia de Macau 2022 (2022MFE) e a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (Macau) 2022 (2022PLPEX) terão lugar entre amanhã e sábado. Segundo o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), a organização dos três eventos seguirá o “modelo de realização sinergética”, com a integração de acções online e offline, “com o apoio de sete factores principais: cooperação regional, Plataforma Sino-Lusófona, modelo de cooperação ‘indústrias + convenções e exposições’, indústria de big health, indústrias culturais e criativas, indústria de tecnologia de ponta e apoio às PMEs, para promover, com base na dinâmica das actividades de convenção e exposição, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau”. Os três eventos vão ocupar a partir de amanhã 29.300 metros quadrados do Cotai Expo do The Venetian Macao, área onde vão estar instalados 1.800 stands, dos quais 389 são reservados às PMEs de Macau, representando um aumento de 27,5 por cento em comparação com o número do ano passado. Até ontem, os três eventos paralelos totalizaram mais de 1.000 empresas expositoras offline, 1.200 empresas na exposição online e um total de 3.700 produtos exibidos. O IPIM indicou que entre os participantes estão empresas do Interior da China, Angola, Brasil, Moçambique, Portugal, Hong Kong e Macau, “envolvidas em diversas indústrias como medicina tradicional chinesa, inovação científica e tecnológica, indústrias culturais e criativas, produtos alimentares e restauração e comércio a retalho”. Presença física Um dos dados apresentados ontem que vinca alguma evolução em relação ao ano transacto é o aumento de 12,8 por cento de empresas com expositores físicos instalados no The Venetian Macao. Durante os três de exposição, serão realizadas mais de 50 sessões de bolsas de contactos, fóruns, conferências, sessões de apresentação e de intercâmbio. Amanhã os eventos serão exclusivos para visitantes profissionais e entidades oficiais, mas na sexta-feira e sábado abrem ao público geral. Para tal, serão disponibilizados autocarros directos gratuitos, para a deslocação entre o recinto dos eventos e vários pontos das zonas norte e central da Península de Macau e da Taipa.
Hoje Macau SociedadeBranqueamento | Transacções suspeitas caem 13,4 por cento O número de relatórios de transacções suspeitas caiu para 1.677, de acordo com as estatísticas do Gabinete de Informação Financeira. Da parte das operadoras de jogo, chegaram 866 participações de operações duvidosas Nos primeiros nove meses do ano, o número de transacções suspeitas sofreu uma redução de 13,4 por cento, de acordo com as estatísticas publicadas ontem pelo Gabinete de Informação Financeira (GIF). O valor apresentado é o mais baixo desde 2020. Entre Janeiro e Setembro deste ano, houve 1.677 relatórios de transacções suspeitas submetidos ao GIF por entidades locais, o que representa uma redução de 13,4 por cento, face aos 1.937 relatórios apresentados nos primeiros nove meses do ano passado. Entre os 1.677 relatórios enviados ao GIF, mais de metade partiram das operadoras de jogo, num total de 866. Este número representa uma proporção de 51,6 por cento. No ano passado, tinha havido um total de 1.025 relatórios das operadoras de jogo, no que tinha sido uma proporção de 52,9 por cento do total das queixas. Por parte das instituições financeiras e companhias de seguros, foram submetidos para avaliação 611 relatórios de transacções suspeitas, 36,5 por cento do total das queixas. A proporção das queixas nos primeiros nove meses de 2021 tinha sido de 34,3 por cento, o que correspondeu a 665 queixas. As restantes 200 queixas dos primeiros nove meses do ano, partiram de “outras instituições”, numa proporção de 11,9 por cento, uma redução face ao ano transacto, quando as “outras instituições” tinham submetido 247 relatórios, numa proporção de 12,8 por cento das 1.937 queixas totais. A descer O número de 1.677 relatórios de transacções suspeitas apresentado ontem pelo GIF é o mais reduzido desde 2020, o primeiro ano afectado pela pandemia da covid-19. Há dois anos, naquele que é o registo mais baixo desde 2018 para os primeiros meses do ano, foram registadas 1.663 transacções suspeitas. À semelhança do que se verifica agora, e como padrão normal, a maior parte das denúncias de transacções suspeitas partiu das operadoras de jogo, com uma proporção de 56,3 por cento das queixas, ou seja, 936 relatórios. Desde 2018, que o número de transacções suspeitas nos primeiros nove meses do ano fica abaixo das 3.000 transacções. Nesse ano, e só nos primeiros nove meses, houve 3.079 transacções suspeitas, com as operadoras do jogo a relatarem 1.687 transacções suspeitas, mais do que as registadas nos primeiros meses deste ano. Também nesse período, os bancos e as seguradoras reportaram 912 transacções suspeitas.
Hoje Macau EventosPoesia | Sara F. Costa lança “Ser-Rio, Deus-Corpo” em Portugal e na Índia O sexto livro de poesia de Sara F. Costa intitula-se “Ser-Rio, Deus-Corpo” e será lançado no próximo mês de Novembro em Portugal, na cidade do Porto, e depois na Índia, na sua versão inglesa. A obra é resultado de uma bolsa de criação literária “Ser-Rio, Deus-Corpo” é o nome do novo livro de poesia de Sara F. Costa, ex-colaboradora do HM que tem vindo a crescer no mundo da poesia. A autora, que viveu em Pequim e é fluente em mandarim, lança no próximo mês, no Porto, aquele que é o seu sexto livro de poesia. A obra ganha uma versão inglesa que será lançada mais tarde na cidade de Bengaluru, na Índia. No ano passado, Sara F. Costa ganhou uma bolsa de criação literária financiada pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura Portuguesa, o que deu origem a “Ser-Rio, Deus-Corpo”, livro editado pela editora Labirinto. Nesta obra, a autora incorpora vários registos poéticos de “tradição simbolista, surrealista, imagista e objectivista” interpretando a psique e a índole humana “a partir do corpóreo”. Na carta de candidatura à bolsa de criação literária, Sara F. Costa descreveu este projecto de poesia como sendo “uma ode à fertilidade” ou “um trabalho sobre a criação intrauterina do ponto de vista estritamente matriarcal”, numa clara referência à maternidade. “Ser-Rio, Deus-Corpo” retrata “a experiência intimista de uma mãe durante o período de gestação do feto, incorporando, por vezes, elementos da tradição modernista como a objectividade, intelectualidade, abstração e distanciamento necessários para transformar a experiência em arte”. Contudo, “nunca se abandona o registo privado, quase doméstico, em que a voz poética procura transcender a casa-corpo”. A autora, num comunicado de imprensa, dá conta de que os temas que se relacionam com a maternidade, no campo da literatura ocidental, começaram a surgir nos anos 70 do século XX, “quando surge a segunda onda do movimento feminista”. Desta forma, “pretendia-se combater as pré-noções que sentenciavam certos tópicos como inapropriados enquanto motivos literários”. Mais internacional Sara F. Costa trabalha, com este livro, a ideia de “mãe-poeta” que “não é uma personagem muito presente”, uma vez que a mãe “é mais representada por autores masculinos do que femininos”. “O objectivo deste trabalho é trazer a representação da mãe que não precisa de ser representada porque o é. A poeta é universal, mas é mulher”, diz a autora no mesmo comunicado. De frisar que a ilustração da capa é da autoria da artista Constança Araújo Amador. Em relação ao lançamento da obra na Índia, este surge do convite feito a Sara F. Costa para participar no Festival Internacional de Literatura organizado Asia Pacific Writers & Translators, que tem como tema “Meridian – Writing Outside the Frame” e que decorre entre os dias 28 a 30 de Novembro. O livro é editado pela “Red River”, uma editora independente de Nova Deli, sendo apresentado no dia 28 de Novembro em Bengalore, no Festival Internacional de Literatura Asia Pacific Writers & Translators. Além das edições em português e inglês, “Ser-Rio, Deus-Corpo” será também editado em Espanha. Os textos de Sara F. Costa têm vindo a ser publicados e traduzidos um pouco por todo o mundo, tendo a autora sido convidada para participar em festivais literários em países como Espanha, Polónia, Turquia, China e Índia. O seu livro “A Transfiguração da Fome” obteve o Prémio Literário Internacional Glória de Sant’Anna para melhor obra de poesia publicada em países de língua portuguesa em 2018. Sara F. Costa publicou ainda uma antologia de poesia chinesa contemporânea por si organizada e traduzida, fruto do contacto com os meandros literários e artísticos de Pequim, onde viveu até 2020. Nesse ano, quando começa a pandemia da covid-19, a autora regressou a Portugal, quando estava grávida de oito meses.
Hoje Macau China / ÁsiaAstronauta quer partilhar estação espacial chinesa com colegas estrangeiros Wang Yaping é astronauta e delegada do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês. Actualmente, um dos seus maiores desejos é partilhar, com colegas astronautas estrangeiros, a estação espacial chinesa que está quase concluída. “Temos sorte de ter entrado numa nova era. Do meu primeiro vôo em 2013 ao meu mais recente vôo há um ano, as missões espaciais tripuladas da China têm frequentemente alcançado, nos últimos dez anos, novos patamares,” afirmou Wang. “Temos uma plataforma de vôo mais ampla, mais experiência e a própria estação espacial. Nesta década, gerações de astronautas continuaram a lutar”, afirmou, lembrando os inícios da sua aventura: “Quando a nave Shenzhou-5 voou pela primeira vez, teve o seu próprio sonho de voar. Porém, na época, nunca imaginei que alguma vez poderia voar para o espaço. Hoje, muitas das primeiras crianças que ouviram as minhas declarações no espaço tornaram-se meus companheiros de equipa na frente espacial”. Para Wang, “a indústria aeroespacial representa a força dos tempos e a força do legado”. Num futuro próximo, quando a estação espacial chinesa estiver totalmente concluída, Wang disse que espera entrar na estação espacial chinesa “com colegas estrangeiros para explorarem juntos o vasto universo”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina rejeita “mal entendidos” e reafirma “interação positiva com os mercados internacionais” A China assegurou ontem que vai “expandir solidamente” a abertura ao exterior e promover uma globalização “benéfica para todos”, numa altura em que empresas europeias acusam o país de se isolar do resto do mundo. “Houve alguns mal-entendidos sobre o nosso novo padrão de desenvolvimento, que é focado na economia doméstica, mas que mantém uma interação positiva com os mercados internacionais”, defendeu o vice-director da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o órgão máximo chinês de planificação económica, Zhao Chenxin, à margem do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, que decorre esta semana, em Pequim. “É um erro pensar que, ao focar-se na economia doméstica, a China vai reduzir os seus esforços de abertura ou tornar-se numa economia ‘auto-suficiente’”, apontou. Zhao considerou que a globalização económica é uma “tendência irreversível” e que o país asiático está “profundamente integrado com a economia global e o sistema internacional”. “As indústrias da China e de muitos outros países estão altamente interconectadas e são interdependentes”, descreveu. A China precisa agora de um “desenvolvimento de maior qualidade e mais eficiente, justo, sustentável e seguro”, apontou. Zhao assegurou que Pequim “vai intensificar ainda mais os esforços para incentivar o investimento estrangeiro”, e que a economia do país asiático, que divulga na terça-feira os dados do crescimento do PIB no terceiro trimestre do ano, “registou uma tendência de recuperação notável”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Kuomintang saúda 20º Congresso e reafirma “Consenso de 1992” O comité central do Partido Kuomintang, de Taiwan, que governou a ilha durante várias décadas, enviou uma mensagem de felicitações ao Partido Comunista Chinês, por ocasião do 20º Congresso Nacional, em que, “com base no ‘Consenso de 1992’” e em oposição ao actual governo da ilha, afirma que “a comunicação e a cooperação entre as duas partes produziram resultados frutuosos”, e que esperam que “as duas partes continuem a comunicar e a trabalhar sinceramente em conjunto”. O “Consenso de 1992” estabelece que ambas as partes estão de acordo que “só há uma China”. Além disso, o Kuomintang expressou ainda a esperança de que “as duas partes possam manter o diálogo, cooperar sinceramente, aprofundar a confiança mútua e procurar uma base comum, pondo de lado as diferenças para, em conjunto, trazer benefícios às pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan, salvaguardar a paz e a estabilidade através do Estreito, e promover o desenvolvimento das relações entre as duas margens do Estreito”. Numa mensagem, em resposta ao Kuomintang, o Comité Central do PCC afirmou que, “sobre a base política comum de adesão ao Consenso de 1992 e de oposição à ‘independência de Taiwan’, as duas partes promoveram conjuntamente ao longo dos anos o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito e trouxeram benefícios aos compatriotas de ambos os lados”. Na missiva, o PCC não deixa de registar “a complicada e grave situação actual”, mas expressou “a esperança de que as duas partes possam, na base política comum existente, reforçar a comunicação, aumentar a confiança mútua, aprofundar a cooperação, e trabalhar em conjunto para a paz através do Estreito”. Os antigos presidentes do Kuomintang Lien Chan e Hung Hsiu-chu, o presidente do Novo Partido Wu Cheng-tien, e o presidente da União de Solidariedade Não-Partidária Lin Pin-kuan também enviaram mensagens de felicitações. Promessa solene No domingo, Xi Jinping dissera que o PCC “vai implementar a sua política global para resolver a questão de Taiwan na nova era, e avançar inabalavelmente a causa da reunificação nacional”. “Continuaremos a lutar pela reunificação pacífica com a maior sinceridade e o maior esforço, mas nunca prometemos renunciar ao uso da força”, afirmou o presidente. “Isto é dirigido unicamente à interferência de forças externas e aos poucos separatistas que procuram a ‘independência de Taiwan’ e as suas actividades separatistas; não é de forma alguma dirigido aos nossos compatriotas de Taiwan”, concluiu. “A última observação é considerada uma promessa solene na nova era relativamente à forma de resolver a questão de Taiwan”, disseram especialistas citados pelo Global Times. “Também transmite um significado especial e serve como um novo aviso às forças externas e aos poucos separatistas, que são as maiores incertezas e forças destrutivas para a situação pacífica entre as duas margens do Estreito. Entretanto, a forte ligação entre a reunificação nacional e o rejuvenescimento nacional foi reconfirmada, uma vez que a reunificação nacional serve como o indicador político básico do rejuvenescimento nacional”, disseram os peritos. Zhang Wensheng, vice-reitor do Instituto de Investigação de Taiwan na Universidade de Xiamen, afirmou que “Esforçarmo-nos pela reunificação pacífica mas nunca prometendo renunciar ao uso da força, é a nossa política existente sobre a questão de Taiwan, que é uma consideração estratégica e um juramento numa nova era”. “Reafirmar esta linha básica da nossa política serve também como um novo aviso não só aos separatistas da ilha, mas também à interferência externa, pois a luta contra o separatismo e a interferência externa não parecia ser tão urgente no passado, mas agora é extremamente necessária, dado um ambiente global em mudança, especialmente quando as forças estrangeiras intensificam os esforços para nos conter, jogando a ‘carta de Taiwan’”, disse Zhang. Segundo a China, nos últimos anos, os EUA, juntamente com alguns dos seus aliados, “têm usado a ‘carta de Taiwan’ com o objectivo de conter o desenvolvimento da China, violando gravemente o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais”. Assim entendeu o governo chinês a visita da Presidente da Câmara dos EUA Nancy Pelosi a Taiwan em Agosto, considerada “altamente provocadora e perigosa”, e a Comissão de Relações Externas do Senado dos EUA, que aprovou a Lei Política de Taiwan de 2022 em Setembro, para além da continuação da venda de armas à ilha, medidas cujo objectivo é “esvaziar constantemente o princípio de uma só China, e encorajar e incitar as autoridades do Partido Democrático Progressista da ilha a intensificar o conflito entre as duas margens do Estreito”. Tian Feilong, um perito jurídico da Universidade de Beihang em Pequim, disse que “a Constituição estipula as obrigações e deveres sagrados da reunificação nacional, e a Lei Anti-Secessão de 2005 estipula as circunstâncias sob as quais a reunificação nacional com métodos pacíficos ou meios não pacíficos será utilizada. E, no domingo, o relatório do 20º Congresso Nacional do PCC, esclareceu melhor as políticas e leis existentes”. “Os meios não pacíficos são opções que visam principalmente a interferência de forças externas e as actividades separatistas”, afirmou. Questão entre chineses Xi disse que a resolução da questão de Taiwan é um assunto para o povo chinês, um assunto que tem de ser resolvido pelo povo chinês, o que foi considerado “uma nova declaração que define e posiciona melhor a questão de Taiwan como assunto interno da China, que nada têm a ver com forças externas”. Wang Jianmin, um perito da Universidade Normal de Minnan, disse que é também uma afirmação solene para o mundo para não interferirem na questão de Taiwan. “Se essas forças continuarem a aumentar a interferência, desencadeará uma crise no Estreito e forçará o governo chinês a tomar meios não pacíficos”. “As rodas da história estão a rodar em direcção à reunificação da China e ao rejuvenescimento da nação chinesa”, disse Xi. “A reunificação completa do nosso país deve ser realizada, e pode, sem dúvida, ser realizada”. “A reunificação nacional é um indicador político básico para o rejuvenescimento nacional, uma vez que não podemos imaginar que a China sem a reunificação faria o seu povo e a comunidade internacional acreditar que o rejuvenescimento nacional está completo”, disse Tian. “Em nome de todo o povo chinês, Xi declarou a forte vontade colectiva e a capacidade de completar a reunificação nacional”. Ainda no domingo, após do discurso de Xi Jinping, o Conselho para os Assuntos do Continente de Taiwan – principal órgão do governo da ilha responsável por questões relacionadas com a China – afirmou “que a política de Pequim para Taiwan resulta de uma avaliação errada e não oferece novas ideias”. “A República da China é um Estado soberano, e Taiwan nunca fez parte da República Popular da China”, defendeu o órgão, em comunicado após o discurso de Xi, declarações consideradas “impróprias, incendiárias e motivadas por influência estrangeira” por outras forças políticas na ilha.
Hoje Macau SociedadeSeguros | Académico defende aposta no sector John Chu Chin Lam, presidente da Associação de Gestão de Activo de Macau, considera que o caminho da diversificação económica do território deve passar por uma maior aposta no sector dos seguros, no âmbito da Grande Baía. As declarações foram feitas durante um evento em que se discutiu a situação da economia local, relatado ontem pelo Jornal do Cidadão. Segundo Chu, os serviços financeiros, onde se integram os seguros, são uma das quatro apostas para a diversificação económica havendo espaço para crescer em Macau. Com as receitas de Setembro a não irem além dos 2,96 mil milhões de patacas, o académico justificou que a tendência mundial é para haver um reforço na área das finanças. Como exemplos, o presidente da associação apontou as cidades de Shenzhen, que está a construir um centro financeiro com alta tecnologia, e Hong Kong, onde os serviços financeiros representaram 23,4 por cento do Produto Interno Bruto, em 2020. No entanto, em Macau, e já durante a fase negra do jogo, a proporção dos serviços financeiros para o PIB não foi além de 14,5 por cento. Ainda em relação ao território, John Chu admitiu que o sector tem um longo caminho a percorrer para que se possa consolidar como uma das principais actividades financeiras. Contudo, indicou que a China tem uma população numerosa e que a entrada deste tipo de serviços na Grande Baía pode catapultar a indústria para uma proporção do PIB mais elevada, mesmo que as receitas do jogo recuperem para níveis do passado.
Hoje Macau SociedadeZero covid | Turismo em coordenação com política nacional Andy Wu, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, disse, segundo o jornal Ou Mun, que o sector turístico de Macau irá coordenar-se com a manutenção da política nacional de zero casos covid. O responsável acredita que há ainda espaço de evolução para o sector face às estratégias adoptadas pelas autoridades do país e, mais especificamente, do Interior da China, uma vez que os turistas oriundos da RPC são em grande número. Andy Wu diz depositar esperanças no regresso da emissão de vistos online por parte do Interior da China, bem como na promoção de vários eventos turísticos pelas autoridades de Macau, considerando fundamental a atracção de um certo número de visitantes para o território. O dirigente associativo alerta também para a necessidade de se estudar medidas para que os visitantes pernoitem mais vezes em Macau, uma vez que o número de turistas não irá aumentar exponencialmente a curto prazo. Além disso, o turista já não visita Macau apenas pela gastronomia e para fazer compras, procurando saber mais sobre a história do território e de alguns produtos turísticos. Andy Wu entende que não é difícil Macau atingir a fasquia diária dos 30 a 40 mil visitantes para os grandes eventos, mas permanece, na sua opinião, o problema da exigência do teste com validade de 48 horas para passar a fronteira, sendo fundamental uma maior flexibilidade neste ponto.
Hoje Macau Desporto MancheteGrande Prémio | Corridas em Novembro com pilotos estrangeiros O Grande Prémio de Macau (GPM) vai ser marcado este ano pelo regresso de pilotos estrangeiros à competição, que se realiza de 17 a 20 de Novembro, informou ontem a organização. Dos 170 pilotos que vão participar nas setes corridas que integram o 69.º Grande Prémio de Macau, “mais de dez estrangeiros” vão marcar presença na prova de motos, com a organização a admitir que outros pilotos estrangeiros possam ainda competir na Corrida da Guia Macau, adiantou Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), à margem da conferência de imprensa. A maioria dos pilotos estrangeiros são europeus, acrescentou, com os restantes a virem da China continental e Hong Kong, além dos corredores locais, disse, sem adiantar nomes. Ainda assim, “o GPM é um importante evento da marca de turismo desportivo” do território, sublinhou o coordenador da comissão organizadora, que apontou para um orçamento total de 180 milhões de patacas, ligeiramente superior ao do ano passado. “A organização (…) consegue [desta forma] promover o desenvolvimento de diferentes indústrias para ajudar a aceleração da recuperação económica”, destacou Pun Weng Kun durante a conferência de imprensa. Quatro dias, sete corridas O evento, de quatro dias, vai integrar sete corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, a Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, a Taça de Carros de Turismo de Macau, a Taça GT Grande Baía, Macau Roadsport Challenge e o Grande Prémio de Motos de Macau, que regressa ao Circuito da Guia para a sua 54.ª edição. Das diversas actividades paralelas, destaque para a exposição de carros que terá lugar na Praça Tap Seac em 12 e 13 de Novembro, que visa permitir “aos residentes e visitantes verem de perto os carros que vão competir”. As autoridades vão ainda exibir as provas, alvo de transmissão televisiva, em ecrãs gigantes espalhados pela cidade. “É esperado que o evento cumpra totalmente o seu papel de promover Macau e o turismo para que os viajantes possam experimentar a imagem dinâmica da nossa cidade como uma capital de eventos, enquanto promove benefícios sociais e económicos trazidos pelo impacto mais alargado do Grande Prémio”, afirmou o coordenador da comissão organizadora.
Hoje Macau China / ÁsiaQatar vai organizar Taça das Nações Asiáticas de futebol de 2023 O Qatar, anfitrião do Mundial2022 de futebol, vai organizar a Taça das Nações Asiáticas de 2023, depois da China ter renunciado em maio devido à pandemia de covid-19, avançou hoje a Confederação Asiática de Futebol. “O Comité Executivo da Confederação Asiática de Futebol (AFC) confirmou hoje a Federação de Futebol do Catar como a federação anfitriã da Taça das Nações Asiáticas 2023”, disse o órgão sediado na Malásia, em comunicado. A organização da edição de 2023 tinha sido atribuída à China em junho de 2019, sendo que a competição deveria disputar-se em 10 cidades chinesas, entre 16 de junho e 16 de julho do próximo ano. Mas em maio deste ano, a China renunciou à organização do evento, devido ao aumento de casos de covid-19 no país. Uma nova vaga de casos de infeção com o coronavírus na China levou ao confinamento dos 25 milhões de habitantes em Xangai durante vários meses, originando igualmente o cancelamento de vários eventos desportivos no país, como foram os casos das duas etapas chineses da Liga Diamante de atletismo, o Grande Prémio de Xangai de Fórmula 1 ou os torneios de ténis do circuito ATP. A Taça das Nações Asiáticas reúne 24 seleções e acontece a cada quatro anos. O Qatar venceu a última edição do torneio, em 2019, que decorreu nos Emirados Árabes Unidos. Coreia do Sul e Indonésia foram os outros dois países que entraram na disputa para receber a fase final do torneio continental depois da renúncia da China. O Qatar vai organizar primeiro o Mundial2022 de futebol, que se disputa entre 20 de novembro e 18 de dezembro.
Hoje Macau EventosÓbito | Morreu Robbie Coltrane, actor que interpretou Hagrid em “Harry Potter”, aos 72 anos O actor escocês Robbie Coltrane, conhecido por ter interpretado Rubeus Hagrid nos filmes da saga “Harry Potter”, morreu sexta-feira aos 72 anos no hospital junto da sua residência em Larbert, na Escócia, adiantou a imprensa especializada em entretenimento. A notícia da morte foi confirmada pela sua agente, Belinda Wright. “Provavelmente será mais lembrado nas próximas décadas como Hagrid nos filmes de ‘Harry Potter’, um papel que trouxe alegria para crianças e adultos em todo o mundo, gerando uma torrente de cartas de fãs todas as semanas durante mais de 20 anos”, escreveu Wright numa nota. O actor premiado apresentava problemas de saúde há pelo menos dois anos. Além de “Harry Potter”, Coltrane conquistou a televisão com o papel do psicólogo forense Dr. Eddie ‘Fitz’ Fitzgerald no drama “Cracker”, pelo qual ganhou três prémios BAFTA na categoria de Melhor Actor, só igualado por Michael Gambon. Os galardões nos BAFTA levaram Coltrane a abraçar papéis em dois filmes da saga “James Bond 007”, ao interpretar Valentin Zukovsky em “GoldenEye” e “O Mundo Não Chega”. O artista escocês começou a sua carreira na comédia e no teatro. Coltrane nasceu com o nome de Anthony Robert McMillan em 30 de Março de 1950, em Glasgow, na Escócia.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Tóquio considera “uma provocação” frequência de lançamento de mísseis de Pyongyang O chefe da diplomacia japonesa considerou na sexta-feira passada “uma provocação” a frequência de lançamento de mísseis pela Coreia do Norte, na sequência do último disparo de um míssil balístico de curto alcance para o mar do Japão. Os lançamentos frequentes de mísseis são “provocadores e indicam que estão a virar as costas à comunidade internacional”, disse Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa. “Por isso, condenamos estes actos e estamos a considerar uma resposta”, avisou. A Coreia do Norte lançou um míssil balístico de curto alcance na direcção do mar do Japão, chamado mar de Leste pelas duas Coreias, no nono lançamento efectuado nos últimos 20 dias, o que representa mais um passo na escalada da tensão na região. Este último lançamento ocorreu apenas uma hora depois de pelo menos dez aviões norte-coreanos terem realizado manobras perto da fronteira com o Sul, forçando Seul a destacar aviões para uma possível manobra de intercepção. Na quinta-feira, Pyongyang tinha anunciado a realização de um outro teste de mísseis de cruzeiro na direcção do mar Amarelo. O Governo japonês vai trabalhar com a comunidade internacional, especialmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos, para ver qual deve ser o próximo passo, acrescentou. Neste sentido, o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno, salientou que o Japão está a observar os movimentos militares da Coreia do Norte, mas escusou avançar quaisquer pormenores “para que não seja possível avaliar a capacidade de contra-ataque”. O regime de Kim Jong-un está a realizar testes, desde 25 de Setembro, aos sistemas tácticos de armas nucleares, em resposta a manobras recentes de um porta-aviões norte-americano nas águas ao largo da península coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Partido no poder admite anular acordo de 2018 com Pyongyang Face à possível realização de mais um teste nuclear pela Coreia do Norte, o Partido do Poder Popular ameaça rasgar o acordo assinado há quatro anos que visava pôr termo às hostilidades entre as duas Coreias O partido no poder na Coreia do Sul ameaçou na passada sexta-feira anular o pacto sobre o fim das hostilidades alcançado em 2018 com Pyongyang se a Coreia do Norte realizar um novo teste nuclear. A Coreia do Norte disparou durante a madrugada de sexta-feira um novo míssil balístico de curto alcance. Tratou-se do nono lançamento em 20 dias sendo que foi acompanhado de manobras aéreas e de artilharia junto da fronteira com a Coreia do Sul que realizou exercícios com fogo real na quinta-feira. Os disparos de artilharia (junto da fronteira) ocorrem após “contínuas provocações durante as últimas três semanas” e constituem “uma clara violação do acordo militar de 19 de Setembro (2018)”, disse Yang Kum-hee, o porta-voz do Partido do Poder Popular (PPP) no governo na Coreia do Sul. O acordo de 19 de Setembro, como é conhecida a declaração conjunta assinada em 2018 após a cimeira entre o chefe de Estado da Coreia do Sul e o líder da Coreia do Norte, pretendia atenuar as actividades militares hostis entre os dois países. “Se a Coreia do Norte levar a cabo mais um teste nuclear devemos considerar seriamente renunciar à declaração conjunta sobre a desnuclearização da península e ao acordo de 19 de Setembro”, disse Yang Kum-hee. Primeiras sanções Os serviços de informações da Coreia do Sul e dos Estados Unidos mantêm que o regime de Pyongyang está preparado para realizar um teste atómico, pela primeira vez desde 2017. O porta-voz do PPP responsabilizou as políticas de proximidade levadas a cabo pelo anterior governo da Coreia do Sul, assim como se referiu ao que considerou “falso espectáculo de paz” como razões que intensificaram as provocações de Pyongyang tendo urgindo a Coreia do Norte a parar com as “hostilidades”. Em resposta aos disparos das últimas semanas, entre os quais um míssil balístico que sobrevoou território japonês, Seul adoptou esta sexta-feira as primeiras medidas unilaterais contra Pyongyang, dos últimos cinco anos. As restrições afectam 15 personalidades e 16 instituições da Coreia do Norte vinculadas ao programa de desenvolvimento bélico do país, assim como afecta o comércio de materiais que pode ser potencialmente utilizado na fabricação de armas. O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, admitiu pedir aos Estados Unidos o aumento do dispositivo militar norte-americano na região perante a escalada das tensões e dos indícios de um novo teste nuclear norte-coreano. Ameaça constante O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul acusou na passada sexta-feira os militares norte-coreanos de lançarem entre 90 e 200 projécteis de artilharia no Mar Amarelo e outros 90 nas águas do Mar do Japão. Segundo as autoridades sul-coreanas, os projécteis caíram nas ‘zonas tampão’, a leste e a oeste da Linha da Fronteira Norte, nome pelo qual é conhecida a fronteira marítima entre os dois países. Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto sublinhou que estas provocações da Coreia do Norte prejudicam a paz e a estabilidade na região.