Hoje Macau China / ÁsiaSony anuncia novo presidente e lucros de 809 mil milhões de ienes A Sony anunciou hoje um lucro líquido de 809 mil milhões de ienes (5,7 mil milhões de euros) entre Abril e Dezembro, os primeiros nove meses do ano fiscal, mais 4,9% do que no mesmo período do ano anterior. A multinacional japonesa de tecnologia e entretenimento registou um lucro operacional de 1,08 biliões de ienes (7,6 mil milhões de euros) no mesmo período, mais 1,5% do que em 2021, graças à resolução de vários processos judiciais e à recuperação de perdas associadas à subtração ilegal de fundos do ramo de seguros. As receitas de vendas da Sony aumentaram 10,7% nos mesmos meses para 8,5 biliões de ienes (59,8 mil milhões de euros), algo a que a empresa atribuiu a um aumento significativo das vendas nos negócios de jogos de vídeo, música e imagem. A Sony anunciou ainda que o diretor financeiro, Hiroki Totoki, vai assumir o cargo de presidente do grupo e diretor de operações a partir de 1 de Abril. Totoki, que também detém atualmente o cargo de vice-presidente executivo, substitui Kenichiro Yoshida, que se mantém na empresa como diretor executivo.
Hoje Macau EventosEspectáculos nas Casas da Taipa e Feira do Carmo recomeçam no sábado É já este sábado que começa mais uma ronda dos “Espectáculos no âmbito da Excursão Cultural Profunda”, que decorrem aos fins-de-semana na zona das Casas Museu da Taipa e o anfiteatro junto à Feira do Carmo. A ideia, segundo o Instituto Cultural (IC), é celebrar o Festival das Lanternas e “proporcionar a residentes e turistas uma série de experiências culturais e concertos musicais com características únicas na antiga Vila da Taipa, enriquecendo assim a experiência do turismo cultural”. Todos os sábados, e até ao dia 25, decorre o programa “Música e Actividades em Família e Infantil”, entre as 16h e 18h. Trata-se de uma série de espectáculos que, como o nome indica, são dirigidos a toda a família e englobam diversos estilos musicais, tais como percussão em família, música para crianças, músicas de filmes, cinema e Musicais e temas de teatros musicais, entre outros. Assim, o público poderá “sentir a magia própria da música, num ambiente descontraído”, podendo ainda participar nos concertos. O evento conta ainda com o programa “Amor na Vila Antiga”, a propósito da chegada do Dia de São Valentim, que se celebra a 14 de Fevereiro. Este programa, que termina dia 26 e que acontece todos os domingos, entre as 16h e as 18h, apresenta também uma grande diversidade de espectáculos, tal como o temático “Melodias do Festival das Lanternas”, o teatro musical adaptado “Amor no Café da Vila Antiga”, a peça de teatro interactivo original infantil “O que é Felicidade?” e um concerto de jazz. Amor por aí Paralelamente, a Feira do Carmo servirá especialmente de palco para várias actividades de interacção com o tema “amor”, sendo disso exemplo a tenda interactiva “Confessar o Amor com Ramos de Flor” e outros pontos de interesse fotográfico no âmbito do Dia de São Valentim. No próprio dia do Festival das Lanternas, haverá ainda jogos de adivinhas e enigmas tradicionais, que permitirão aos visitantes desfrutar plenamente do ambiente romântico e festivo. Além disso, no dia 19, na Feira do Carmo, terá lugar o workshop “Série Querida Família — Teatro Interactivo para Famílias”, no qual através da apresentação de obras clássicas e livros de ilustrações, será introduzido o tema das respectivas histórias, o que permitirá aos participantes desempenhar o papel de protagonistas e criar um desenvolvimento dessas histórias. A participação é gratuita e os interessados podem efectuar a sua inscrição na sua Conta Única, entre os dias 6 e 14 deste mês.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong oferece meio milhão de bilhetes de avião para atrair turismo e negócios Hong Kong anunciou hoje que vai oferecer meio milhão de bilhetes de avião para atrair turistas e empresários de todo o mundo, no âmbito da campanha “Hello Hong Kong”. “Hong Kong está agora perfeitamente ligada ao continente chinês e a todo o mundo internacional. E não haverá isolamento, nem quarentena”, disse o chefe do Governo, na cerimónia de apresentação da campanha. “Este é o momento perfeito para turistas, viajantes de negócios e investidores, de perto e de longe, virem dizer ‘Olá, Hong Kong'”, acrescentou John Lee, lembrando que os visitantes também vão poder desfrutar de ofertas e vales especiais, entre outros incentivos. O diretor executivo da Autoridade Aeroportuária, Fred Lam Tin-fuk, disse ao jornal South China Morning Post que a campanha de oferta de bilhetes de avião terá início a 01 de março e vai durar cerca de seis meses. Fred Lam Tin-fuk explicou que os bilhetes vão ser distribuídos através dos escritórios e agentes das companhias aéreas no estrangeiro, nos principais mercados. O mesmo responsável afirmou que cada visitante deverá trazer dois a três outros visitantes, o que significa que a oferta de 500.000 bilhetes poderá eventualmente atrair 1,5 milhões de visitantes extra, estimando que tal representaria 10% dos viajantes entre março e setembro. Cerca de três quartos dos bilhetes serão entregues aos visitantes asiáticos, com base no padrão de origem dos visitantes que chegavam antes da pandemia de covid-19. A promoção será primeiramente dirigida aos países do Sudeste Asiático, incluindo Tailândia, Filipinas, Indonésia, Singapura e Malásia, seguindo-se territórios do Nordeste Asiático e da China continental. Durante a pandemia da covid-19, a cidade permaneceu alinhada com a estratégia “zero covid” seguida na China continental. Num momento de competição feroz regional ao nível económico e turístico, Hong Kong demorou mais tempo do que Singapura, Japão e Taiwan a aliviar as restrições fronteiriças. E mesmo depois de ter reaberto a fronteira com a China continental em janeiro, a recuperação do turismo tem sido lenta. Antes da pandemia, em 2019, e apesar da instabilidade criada pelos protestos anti-governamentais, Hong Kong recebeu 56 milhões de visitantes, mais de sete vezes a sua população. As rigorosas restrições contra a covid-19 afastaram os visitantes nos últimos três anos, devastando o setor do turismo e a economia da região administrativa especial chinesa. Em 2022, a cidade recebeu apenas 1% dos visitantes registados em 2019. O produto interno bruto (PIB) da cidade no ano passado caiu 3,5% em relação a 2021, de acordo com os dados provisórios do Governo. Depois de abandonar a obrigatoriedade de quarentenas nos hotéis e de testagem dos viajantes, Hong Kong registou um ligeiro aumento de turistas, mas, ainda assim, longe do número de turistas nos anos pré-pandémicos.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo de 6,0 de magnitude atinge as Filipinas Um sismo de magnitude 6,0 na escala de Richter atingiu ontem o sul das Filipinas, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês), e as autoridades locais alertaram sobre possíveis abalos secundários. O terramoto aconteceu às 18:44 locais, a 4,3 quilómetros a sul do município de Monkayo, na província de Davao de Oro, na ilha de Mindanao. O sismo ocorreu a 13 quilómetros de profundidade, segundo o USGS. Até ao momento, não foram relatados danos significativos pelas autoridades locais. “Ficamos chocados porque é incomum que isso aconteça aqui”, declarou Lucita Ambrocio, responsável da polícia local do município vizinho de New Bataan. O abalo “durou cerca de 15 a 20 segundos”, disse Lucita Ambrocio, que saiu a correr com seus os colegas quando a esquadra começou a tremer. “Depois de 10 minutos, os nossos colegas voltaram ao prédio. Verifiquei as instalações e vi uma pequena rachadura na esquadra”, afirmou. As Filipinas estão localizadas no “Círculo de Fogo do Pacífico”, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente da Assembleia-Geral da ONU visita China com agenda focada na gestão da água O presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), Csaba Korosi, iniciou ontem uma visita à China, onde terá encontros com altos funcionários do Governo e com cientistas para debater projetos de desenvolvimento e de gestão da água. Durante a visita, que irá prolongar-se até sábado, Korosi terá reuniões em Pequim com várias figuras do Governo, nomeadamente com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, com o conselheiro de Estado, Wang Yi, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, e com o ministro do Ambiente, Huang Runqiu, entre outros representantes. “Questões relacionadas com a ciência e reuniões com autoridades nas áreas de desenvolvimento sustentável e gestão de recursos hídricos serão focos prioritários da visita”, disse o gabinete de Korosi, num comunicado. O presidente da Assembleia-Geral da ONU vai aproveitar a deslocação para fazer várias visitas de campo relacionadas ao desenvolvimento sustentável, entre elas ao Centro Internacional de Pesquisa de ‘Big Data’ para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CBAS), criado para apoiar a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a chamada Agenda 2030. Csaba Korosi visitará também o Instituto Chinês de Recursos Hídricos e Pesquisa Hidroelétrica em Pequim, onde irá encontrar-se com cientistas especializados nesta área. “Em seguida, Korosi viajará (…) num comboio de alta velocidade de Pequim a Zhengzhou, província de Henan. O presidente vai visitar a Rota do Meio do Projeto de Desvio de Água Sul-Norte, que vai do reservatório Danjiangkou, no rio Han, até Pequim”, referiu o mesmo comunicado. Durante a sua visita a Zhengzhou, Csaba Korosi irá encontrar-se com membros do comité central e do comité provincial do Partido Comunista da China (partido único e no poder), para discutir o papel dos governos locais na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o seu envolvimento em discussões relevantes da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim condena aproximação à República Checa A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, reafirmou na segunda-feira os laços com Praga, durante uma conversa por telefone com o presidente eleito da República Checa que despertou a ira de Pequim. Tsai Ing-wen disse que “os dois governos gozam de laços profundos e partilham os valores da liberdade, da democracia e dos direitos humanos”, avançou a Agência Central de Notícias de Taiwan, que citou o porta-voz presidencial Lin Yu-chan. “Com base nestes laços cordiais, o governo de Taiwan deseja aprofundar os intercâmbios e a cooperação com a República Checa em áreas-chave, incluindo fabrico de semicondutores, formação de talento em tecnologias de ponta e a reestruturação das cadeias de fornecimento”, disse Lin. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse que Pavel agiu em “desafio à repetida dissuasão e queixas por parte da China” e que “espezinhou a linha vermelha estabelecida” por Pequim. “A China opõe-se veementemente a este tipo de contactos e apresentou uma queixa solene ao lado checo”, afirmou Mao, em conferência de imprensa, acrescentando que a República Checa deve tomar medidas para “reduzir o impacto negativo deste incidente, de modo a evitar danos irreparáveis nas relações bilaterais com a China”. Pavel, um general aposentado do exército, vai suceder a Milos Zeman no cargo. Zeman foi criticado pelas suas posições a favor da Rússia e da China. O presidente eleito, que concorreu como independente, é um ex-presidente do comité militar da NATO, o mais alto corpo militar da aliança.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | John Lee aponta ao desenvolvimento económico e turístico John Lee, chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), disse nesta terça-feira que o governo da RAEHK tem dois objectivos principais, incluindo as preparações para o retorno total à normalidade, concentrando-se no desenvolvimento económico e a promoção de Hong Kong para visitantes estrangeiros e chineses da parte continental. Lee destacou em conferência de imprensa que, à medida que o trabalho de prevenção e controlo da Covid-19 entra numa nova etapa, o governo da RAEHK estabeleceu duas metas principais para o futuro. Ressaltou que, desde que a primeira fase de reabertura da fronteira entre Hong Kong e a parte continental da China começou a 8 de Janeiro, todos os pontos de controlo estão a atingir os objectivos para uma reabertura segura, ordenada e suave. Com o rápido retorno de Hong Kong à normalidade, Lee revelou que o governo da RAEHK está a implementar uma enorme campanha de turismo no exterior e na parte continental da China, incluindo “Hello Hong Kong”, uma campanha global para atrair visitantes. O líder da antiga colónia britânica anunciou também que fará uma visita de serviço à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos este sábado para contar as boas histórias de Hong Kong e as oportunidades na região.
Hoje Macau China / ÁsiaNATO | Stoltenberg diz que Pequim “não é um adversário” Numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, preferiu olhar para a China como um novo desafio, em vez de considerar o gigante asiático um adversário O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou na terça-feira que a República Popular da China “não é um adversário” da Aliança Atlântica e de países parceiros como o Japão. Stoltenberg falava durante uma conferência de imprensa conjunta, em Tóquio, com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, referindo que a capacidade militar de Pequim e o comportamento face à região Ásia Pacífico e à guerra na Ucrânia supõem desafios. “A China não é nossa adversária”, frisou, apesar das posições de Pequim. “Devemos entender a escala do desafio e trabalharmos juntos para o enfrentarmos o mais rápido possível”, defendeu. Stoltenberg, que esteve anteriormente na Coreia do Sul, afirmou que o Japão e a NATO encaram a República Popular da China como “um desafio crescente” devido ao aumento das capacidades militares, incluindo armamento nuclear. Pequim também está a “propagar desinformação sobre a NATO e a guerra na Ucrânia”, disse Stoltenberg, acrescentando que, mesmo assim, não se trata de uma situação limite face à Aliança Atlântica. Mal comum Segundo Stoltenberg, uma eventual vitória russa na Ucrânia “enviaria a mensagem de que todos os regimes autoritários podem conseguir os objectivos que pretendem. Neste contexto de segurança, que sinalizaram como “o mais grave e complexo desde o final da Segunda Guerra Mundial”, o Japão e a NATO comprometeram-se a estreitar a colaboração. Os dois líderes concordam na necessidade de um avanço na cooperação através da participação do Japão em reuniões e cimeiras da NATO. Kishida esteve presente como observador na Cimeira da NATO, em Madrid sendo que tanto Stoltenberg como o chefe do governo de Tóquio concordam na ampliação da cooperação em áreas como a segurança marítima, controlo de armamento, ciberespaço e combate à “desinformação”, refere a declaração conjunta firmada em Tóquio.
Hoje Macau SociedadeAdvogados | Vong Hin Fai acredita na expansão para a Grande Baía O deputado Vong Hin Fai, que assumiu recentemente a liderança da Associação dos Advogados de Macau, projecta para 2023 o objectivo de impulsionar a entrada na advocacia de mais jovens. À margem do Almoço de Primavera da Assembleia Legislativa, o também advogado destacou o momento oportuno para a classe, com a eliminação das restrições de controlo e prevenção da pandemia, que permitem o retorno dos negócios em Macau e na zona da Grande Baía. Vong Hin Fai destacou a importância do exame do Departamento de Justiça Estatal, que permite que advogados de Macau e Hong Kong exerçam na Grande Baía, e que os profissionais do direito devem conhecer bem as leis de Macau, mas também estudar as leis do Interior da China para passar os exames. Vong Hin Fai referiu ainda que durante os três anos de pandemia, a associação registou um ligeiro declínio do número de advogados, com particular incidência sobre profissionais portugueses que regressaram a Portugal, enquanto outros mudaram de carreira para se tornarem assessores jurídicos do Governo. “Neste momento, há cerca de 440 advogados inscritos na associação, o que representa uma redução em comparação com cerca de 500 advogados antes da pandemia”, afirmou. Porém, este ano, aumentaram as inscrições para o exame de estágio, com um total de 110 candidatos.
Hoje Macau SociedadeBanca | BCP e Banco Comercial Hua Nan acumulam lucros Os lucros do Banco Comercial Português e do Banco Comercial Hua Nan ultrapassaram 140 milhões de patacas o ano passado. No caso da sucursal de Macau do Banco Comercial Português, foi registado um lucro de 123,02 milhões de patacas, de acordo com os dados publicados no Boletim Oficial. Este resultado demonstra que a sucursal do BCP melhorou os resultados em comparação com 2021, quando atingiu lucros de 112,03 milhões de patacas. Entre 2021 e 2022, os lucros do banco com sede em Portugal cresceram 9,8 por cento, em contraciclo com a economia do território. A sucursal do Banco Comercial Português em Macau foi estabelecida em Maio de 1993, como uma unidade bancária offshore. Já a sucursal de Macau do Banco Comercial Hua Nan, registou um lucro de 21,04 milhões de patacas ao longo do ano passado, também de acordo com o Boletim Oficial. No ano findo, o Hua Nan teve receitas de 76,98 milhões de patacas e despesas de 55,94 milhões de patacas. Estabelecido em Macau em 2011, o banco tem sede em Taiwan, onde ocupa um dos principais edifícios de Taipé, no Centro Comercial da cidade.
Hoje Macau Manchete PolíticaPereira Coutinho diz que ATFPM teria menos liberdade se fosse sindicato O deputado José Pereira Coutinho, que também preside à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) afastou ontem a possibilidade de a organização se transformar em sindicato, apesar da aprovação há duas semanas da primeira lei sindical no território. “Com esta lei é preferível agir como associação, que tem muito mais liberdade de intervenção social, do que como sindicato”, afirmou José Pereira Coutinho que, enquanto deputado na Assembleia Legislativa (AL), apresentou sem sucesso oito projectos para criação de uma lei sindical em Macau que contemplasse, por exemplo, o direito à greve e à negociação colectiva de trabalho. Recorde-se que em 16 de Janeiro, a AL aprovou na generalidade a proposta de lei do Governo, com alguns deputados a criticarem o facto de, precisamente, esta não contemplar o direito à greve e à negociação colectiva de trabalho. “Mais vale ser membro de uma associação porque tenho mais liberdade de intervenção na defesa dos direitos dos trabalhadores. (…) No futuro, os sindicatos vão estar sob a fiscalização da DSAL [Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais] e de outras entidades públicas, nomeadamente na área da segurança interna, na área dos serviços de identificação de Macau]”, além de ser omissa em relação a convenções internacionais, direito à greve e negociação colectiva de trabalho, notou o legislador e dirigente da ATFPM. Características de Macau Pereira Coutinho destacou também a ausência de análise ao direito comparado, ou seja, das leis sindicais de em vigor em locais como Singapura, Hong Kong, Interior da China e jurisdições europeias. O deputado encara a lei que irá regular sindicatos em Macau como algo que se faz “para dizer que se está a cumprir a Lei Básica”. “Vejamos a nota justificativa da proposta de lei. Não se fala de convenções internacionais sobre sindicatos, negociação colectiva, o direito à greve é omisso. Portanto, não tem grande utilidade”, conclui Pereira Coutinho. Na apresentação da proposta de lei do Governo, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, lembrou que as actividades dos sindicatos “não podem colocar em perigo a ordem e saúde públicas, nem afectar o funcionamento contínuo dos serviços públicos e de emergência”.
Hoje Macau EventosFRC | Arquitecto brasileiro Carlos Eduardo Comas dá palestra na segunda-feira A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe na próxima segunda-feira, a partir das 18h30, a palestra protagonizada pelo arquitecto Carlos Eduardo Comas, intitulada “Monumentos Efémeros: Pavilhões Brasileiros, Exposições Internacionais”, moderada pelo arquitecto local Rui Leão. Esta é uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Docomomo, uma associação de cariz internacional que promove actividades e estudos sobre arquitectura e que tem presença em Macau. Carlos Eduardo Comas vai falar do percurso feito pela moderna arquitectura brasileira ao longo do século XX, com projectos como o pavilhão da Feira Mundial de Nova York de 1939, projectado por Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Paul Lester Wiener, passando pelo pavilhão da Expo 58 em Bruxelas, projectado por Sérgio Bernardes e pelo pavilhão da Expo 70 em Osaka, projectado por Paulo Mendes da Rocha e equipa. Carlos Eduardo Comas licenciou-se em Arquitectura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1966. Mestre em Arquitectura e Planeamento Urbano na Universidade da Pensilvânia, em 1977, e doutor em Projet Architectural et Urbain na Universidadede Paris VIII em 2002.
Hoje Macau EventosRuínas S. Paulo | Inscrições para visitas em realidade virtual começam hoje Começam hoje a ser aceites inscrições para o programa de visitas às Ruínas de São Paulo com recurso à realidade virtual (RV), intitulado “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo — Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo”. A actividade é organizada pelo Instituto Cultural (IC) e trata-se da primeira iniciativa de recuperação digital de uma igreja através da integração e utilização de tecnologias de simulação avançadas, incluindo modelo tridimensional, autoestereoscopia, RV e realidade aumentada (RA) com base no Património Mundial de Macau. Recorrendo à RV, o público poderá apreciar uma conjectura interpretativa sobre a tipologia arquitectónica original da Igreja da Madre de Deus do antigo Colégio de S. Paulo, com base em dados históricos relativos a um período de cerca de 400 anos. A primeira fase de mostra da exposição termina no dia 28 de Fevereiro. Esta mostra estará patente todos os dias entre as 9h e 18h com três sessões de matiné virtual por cada hora, ou seja, de 20 em 20 minutos. As inscrições para as sessões a realizar nas horas certas serão feitas através do sorteio online no website do IC, enquanto as restantes sessões (dos 20 e 40 minutos) serão abertas ao público em geral, com inscrição no local. Após o encerramento da primeira fase da mostra, a fase da exposição mais completa será lançada oficialmente na segunda quinzena de Março.
Hoje Macau EventosPrimeiro festival de cinema para comunidade LGBTQIA+ arranca sexta-feira Começa esta sexta-feira, com duração até 12 de Fevereiro, o primeiro festival de cinema dedicado à comunidade LGBTQIA+, mas aberto a todos, “mesmo os homofóbicos”, numa cidade subtilmente conservadora, disse o organizador. O Festival Internacional de Cinema ‘Queer’ de Macau (MIQFF, na sigla em inglês) “tem tudo a ver com direitos, tão simples como isso”, disse à Lusa o director do festival, organizado pela Visão ‘Queer’ e pela Comuna de Han-Ian. “Porque é que o tópico LGBTQIA+ [sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, ‘queer’, intersexo e assexual] tem de ser escondido ou não mencionado por completo?” questionou Jay Sun. O festival vai exibir 12 longas-metragens, incluindo “Will-o’-the-Wisp” [“Fogo-Fátuo”], um musical do realizador português João Pedro Rodrigues, seleccionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cinema de Cannes em 2022. Bilhetes esgotados Os bilhetes para o filme surpresa, “Will You Look At Me” [“Olha Para Mim”], um documentário do chinês Huang Shuli escolhido para a semana da crítica do Festival de Cinema de Cannes 2022, já estão esgotados. “Claro que temos um alvo, a comunidade LGBTQIA+, mas não queremos limitar nada, porque é isso que significa ser ‘queer’. Damos as boas-vindas a todos, mesmo os homofóbicos”, sublinhou Jay Sun. “Em todos os países há grupos assim e em Macau também. Mas eu não os vejo como meus inimigos. São bem-vindos para vir aprender mais e talvez depois nos possamos entender melhor uns aos outros”, disse o jovem, de 26 anos. “As pessoas de Macau são mais subtis do que em outras cidades ou países. São conservadoras, mas quando encontram alguém de quem não gostam, também não dizem nada em público. Não é como em Hong Kong ou Taiwan, em que haverá pessoas a sair às ruas em protesto”, considerou. Além das longas-metragens, o festival vai exibir cinco curtas, quatro das quais de realizadores de Macau, incluindo “I’m Here” (“Estou Aqui”), de Tracy Choi Ian Sin. “É mesmo muito importante, especialmente para os jovens”, a comunidade LGBTQIA+ estar representada nos ecrãs, disse Tracy Choi. “Quando tinha 17 ou 18 anos, era difícil identificar-me porque na maioria dos filmes e programas de televisão asiáticos pouco se fala de LGBTQIA+”, lamentou a realizadora. Revelar a orientação sexual “é muito difícil aqui em Macau, porque nem toda a gente tem pais com uma mentalidade aberta”, lamentou Jay Sun. A pressão familiar é ainda maior para os homossexuais, disse Tracy Choi. “Na sociedade chinesa, os homens têm de ter filhos para manter o nome de família e se não for suficientemente masculino as pessoas vão gozar contigo”, acrescentou. “Ninguém tem de vir a público dizer que é lésbica, ou gay, ou bissexual, isso é com eles e ninguém tem nada a ver com isso”, sublinhou Jay Sun. “O mais importante é ter confiança em nós próprios, que somos belos e que não há nada de errado connosco. Só isso já chega para o nosso festival, relembrar às pessoas que ser ‘queer’ não é um problema, não é um pecado”, disse o director.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Grupos pró-democracia em “greve silenciosa” no 2.º aniversário do golpe militar O centro de Rangun, em Myanmar (antiga Birmânia), esteve praticamente vazio hoje de manhã, observaram jornalistas da agência de notícias France-Presse (AFP), numa greve silenciosa convocada para o 2.º aniversário do golpe militar. “Com vozes sonoras em silêncio, agitámos repetidamente o ditador”, afirmou, em comunicado, o Organismo de Coordenação da Greve Geral (GSCB), que junta vários grupos pró-democracia birmaneses, incluindo o poderoso movimento de desobediência, criado depois do golpe. A organização pediu à população para não sair de casa durante o dia, quando se assinala o 2.º aniversário do golpe militar, entre as 10:00 e as 15:00, de forma a esvaziar as ruas do país. As estradas que levam ao famoso Pagode Shwedagon, santuário budista que domina o horizonte e geralmente está cheio, estavam praticamente desertas, de acordo com a AFP. A maioria dos autocarros em outras zonas da cidade estava vazia e a segurança muito presente, acrescentou. Mandalay, uma das principais cidades do país, também esteve calma, disse um morador à agência. A greve silenciosa já tinha sido a forma de protesto escolhida no primeiro aniversário do golpe militar, apesar de as autoridades terem ameaçado deter quem participasse no movimento. A censura noticiosa e as precárias ligações à internet desde o golpe dificultam o acompanhamento da greve. Entretanto, o governo paralelo da Birmânia, formado por deputados depostos e ativistas que se opõem aos militares que lideram o país, afirmou na terça-feira que não vai renunciar ao compromisso de alcançar liberdade e paz em Myanmar. “O nosso desejo de paz e liberdade excede em muito a ganância tirânica dos generais brutos. Nunca abriremos mão do nosso direito a essa liberdade e paz”, sublinhou Sasa, porta-voz do Governo de Unidade Nacional, que se autoproclama a autoridade legítima do país. O líder da junta, general Ming Aung Hlaing, deverá falar ao país, estando as atenções voltadas para a possível convocação de eleições para agosto, numa tentativa de legitimar o regime militar. Um golpe militar em fevereiro de 2021 removeu a conselheira de Estado Aung San Suu Kyi, que foi detida, bem como os principais membros do seu partido, Liga Nacional pela Democracia, vencedor por esmagadora maioria nas eleições gerais de novembro de 2020. A repressão militar desencadeou a resistência armada em grande parte do país, mergulhando Myanmar numa guerra civil prolongada. De acordo com a organização independente Associação de Assistência para os Presos Políticos, um grupo de vigilância que monitoriza assassínios e prisões em Myanmar, 2.940 civis foram mortos e 17.572 foram presos pelas autoridades, desde o golpe militar.
Hoje Macau SociedadeAno Novo Lunar | Aeroporto de Macau com subida de 80% de passageiros O Aeroporto Internacional de Macau acolheu mais de 76 mil passageiros durante a semana do Ano Novo Lunar, mais 80 por cento do que em igual período de 2022, anunciou ontem o operador do aeroporto. Num comunicado, a Macau International Airport (MIA) disse ainda que a infraestrutura registou 620 aterragens e descolagens no período entre 22 e 29 de janeiro, mais 47 por cento do que no Ano Novo Lunar de 2022. “Com o alívio das restrições fronteiriças devido à pandemia [de covid-19], as chegadas de visitantes dispararam significativamente”, sublinhou-se no comunicado. A MIA adiantou que o aeroporto teve em Janeiro 20 rotas para a China continental, incluindo para as duas principais cidades, Pequim e Xangai, assim como voos para Taiwan, Banguecoque (Tailândia), Singapura, Seul (Coreia do Sul), Hanói (Vietname) e Tóquio (Japão). No comunicado referiu-se que, além das 11 companhias aéreas actualmente a operar em Macau, a China Southern Airlines, a Hainan Airlines, a Air Asia e a Philippine Airlines irão “muito em breve” retomar voos para a China continental e para o sudeste asiático. No primeiro Ano Novo Lunar marcado pelo alívio das medidas de prevenção contra a covid-19, Macau registou 451 mil visitantes, quase o triplo de 2022, mas ainda assim menos 62 por cento do que em 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19. Os números foram avançados no domingo pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), com as autoridades a sublinharem que foram superadas as expectativas. “Entre o total de 451 mil visitantes que entraram em Macau (…), 265 mil vieram do interior da China e 165 mil de Hong Kong”, destacou a DST, em comunicado. “No terceiro dia do Ano Novo Chinês (dia 24), o número de visitantes ultrapassou os 90 mil, marcando um novo recorde diário desde o início da pandemia”, pode ler-se na mesma nota. As autoridades salientaram ainda que a média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7 por cento, com um pico no terceiro dia, de 92,1 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaTecnologia | Pequim acusa EUA de abusarem de controlo sobre exportação O Governo chinês criticou na segunda-feira a imposição pelos Estados Unidos de restrições sobre as exportações de alta tecnologia como uma violação comercial, depois de o Japão e os Países Baixos terem concordado em alinhar-se com Washington. Em causa, está o acesso a equipamento para fabricar ‘chips’ semicondutores avançados. Os Estados Unidos argumentam que aqueles componentes podem ser usados pela China para fins militares e no aparelho de vigilância doméstico. O ministério dos Negócios Estrangeiros não mencionou os últimos desenvolvimentos, mas acusou Washington de abusar das restrições sobre as exportações e de coordenar com outros governos para “manter a sua hegemonia” e conter o desenvolvimento da China. “Isto viola seriamente os princípios do mercado e a ordem comercial internacional”, afirmou a porta-voz do ministério Mao Ning, acrescentando que Washington está a “minar a estabilidade das cadeias industriais e de fornecimento globais”. Citada pela Associated Press, uma pessoa familiarizada com o acordo disse no domingo que o Japão e os Países Baixos, importantes fornecedores de tecnologia e matérias-primas para a produção de ‘chips’ semicondutores, concordaram em participar nas restrições impostas pelos EUA. O Partido Comunista investiu milhares de milhões de dólares para desenvolver a sua própria indústria de ‘chips’, mas os seus fornecedores ainda dependem da importação de equipamento de fabricação, matérias-primas e outras tecnologias. Especialistas da indústria dizem que a produção chinesa está a melhorar, mas que não é ainda capaz de fabricar os semicondutores necessários para telemóveis e outros produtos mais avançados.
Hoje Macau China / ÁsiaMão-de-obra | Lançadas campanhas de recrutamento na China face a escassez de trabalhadores Um pouco por todo o país, e face ao aumento da procura decorrente do crescimento económico, as cidades lançam novos incentivos para combater a falta de mão-de-obra Após o feriado do Ano Novo Chinês, algumas províncias costeiras chinesas iniciaram uma campanha de recrutamento para apoiar as empresas no alívio da escassez de quadros, informou o National Business Daily na terça-feira. Segundo o Diário do Povo, após vários aviões e autocarros fretados, muitos trabalhadores da província de Yunnan regressaram a Zhongshan, na província de Guangdong, Fuzhou, na província de Fujian, e Wuxi, na província de Jiangsu. O Departamento Provincial de Recursos Humanos e Segurança Social de Zhejiang organizou uma feira especial de emprego em Guang’an, na província de Sichuan, para oferecer mais de 11.000 postos de trabalho. Algumas cidades costeiras forneceram subsídios para que as empresas alugassem autocarros para os trabalhadores migrantes que retornassem e contratassem novos funcionários. As indústrias de trabalho intensivo respondem por uma alta proporção da empregabilidade nas áreas costeiras. Com a recuperação económica da China, as empresas receberam cada vez mais pedidos, o que resultou no aumento da procura por trabalhadores nas áreas costeiras, afirmou o National Business Daily. De acordo com uma sondagem do Departamento Nacional de Estatísticas em 2021, o maior problema enfrentado por quase 44 por cento das empresas foi a escassez de mão-de-obra, um recorde em comparação com os últimos anos. Novos incentivos Com a transferência industrial das áreas costeiras para a região central e ocidental, as diferenças de rendimentos das indústrias de trabalho intensivo entre as regiões estão a diminuir, o que motivou mais pessoas a regressarem às suas cidades natais para iniciar negócios e encontrar emprego. De acordo com o departamento de estatísticas de Anhui, o retorno da população foi de 20.000 em 2020 e o número aumentou para 97.000 em 2021, o que contribuiu para o crescimento da população permanente de 18 por cento para 97 por cento. A escassez de mão-de-obra está também a espalhar-se das áreas costeiras para a região central e oeste, refere o National Business Daily. Uma sondagem revelou que 13,6 por cento das empresas em Xi’an, na província de Shaanxi, enfrentaram escassez de mão-de-obra. Entre as 19 empresas questionadas em Changsha e Xiangtan, na província de Hunan, 15 tiveram sérias dificuldades de recrutamento. No futuro, cada vez mais províncias irão-se juntar à competição, concluiu o National Business Daily.
Hoje Macau SociedadeExportações dos países de língua portuguesa para Macau sobem 46,9% em 2022 As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 46,9 por cento no ano passado, em comparação com 2021, indicaram dados oficiais ontem divulgados. No ano passado, o valor exportado pelos países de língua portuguesa para a região foi de 1,06 mil milhões de patacas, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Já o montante importado de mercadorias de Macau pelo bloco lusófono caiu 73,4 por cento, em termos anuais, ficando-se pelos dois milhões de patacas. Em 2022, o valor exportado de mercadorias subiu 4,3 por cento, comparativamente ao ano anterior, num total de 13,52 mil milhões de patacas, enquanto o valor importado foi de 139,8 mil milhões de patacas, ou seja, menos 9,1 por cento, em termos anuais. O défice da balança comercial de Macau no ano passado fixou-se em 126,29 mil milhões de patacas, menos 14,62 mil milhões de patacas, face a 2021 (140,9 mil milhões de patacas). O valor total do comércio externo de mercadorias em 2022 correspondeu a 153,3 mil milhões de patacas e desceu 8,1 por cento relativamente aos 166,8 milhões de patacas registados em 2021, acrescentou a DSEC.
Hoje Macau SociedadeLei laboral | Associação alerta para possível infracção da Wynn A Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores de Jogo, liderada por ex-candidata à Assembleia Legislativa, Cloee Chao, alertou que a Wynn pode estar a violar lei do trabalho. Em causa, está o facto de o tempo dos intervalos dos croupiers da empresa terem sido reduzidos, sem qualquer negociação. O caso foi revelado primeiramente numa publicação na rede social Facebook, em que a associação apontou que no dia 30 de Janeiro recebeu imensas denúncias de croupiers sobre uma empresa do jogo, na Taipa, que reduziu de forma unilateral o tempo de intervalo em 25 por cento. A identidade da concessionária não foi revelada pela associação, num primeiro momento. Contudo, ontem, a Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores de Jogo não só revelou a identidade da Wynn Macau, como também anunciou que vai entregar esta manhã uma carta junto da Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), a pedir a intervenção da Administração Pública. A decisão de ir à DSAL foi tomada depois da associação ter recebido mais de duas mil queixas de diferentes empregados da Wynn Macau. Segundo a associação, medida é altamente impopular entre os funcionários da concessionária, porque o período de descanso foi uma das promessas expressas no contrato de trabalho. A associação apela agora ao Governo que analise a situação. “A empresa decidiu unilateralmente que não ia cumprir a promessa feita. Será que isto é um indício sobre o que vai fazer no futuro com os benefícios dos funcionários?”, é questionado.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste e ASEAN definem linhas mestras de adesão em reunião em Jacarta, diz MNE Timor-Leste e os países-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) vão definir as linhas mestras do processo de adesão, na reunião que vai decorrer esta semana, em Jacarta, disse hoje o Governo timorense. Esta é a primeira reunião em que Timor-Leste participa como observador e uma oportunidade para o país e os Estados-membros da ASEAN definam as linhas mestras do processo a cumprir para que Díli possa, ainda este ano, aderir como membro de pleno direito à organização, disse à Lusa a ministra dos Negócios Estrangeiros timorense, Adaljiza Magno. “Trata-se da reunião do Conselho Coordenador da ASEAN (CCA), uma reunião ao nível de ministros dos Negócios Estrangeiros e é o primeiro encontro em que Timor-Leste vai participar desde a decisão do ano passado de que Timor-Leste, em princípio, vai ser membro”, disse a ministra, na véspera de partir para a Indonésia. “É também a primeira reunião da presidência indonésia da ASEAN, o que nos permite, com o estatuto de observador, começar a adaptar-nos à cultura e tradição da organização, familiarizando-nos com as reuniões e o processo”, afirmou Magno, que vai representar Timor-Leste no encontro. A reunião de dois dias em Jacarta, seguida de um retiro, vai permitir igualmente avançar com várias decisões políticas, incluindo submeter um conjunto de recomendações para a cimeira da ASEAN, prevista para maio. Em novembro do ano passado, a declaração da 41.ª cimeira da ASEAN, em Phnom Penh, confirmou que os Estados membros tinham chegado a um acordo de princípio para integrar Timor-Leste na organização regional. “Acordámos, em princípio, admitir Timor-Leste como o 11.º membro da ASEAN”, de acordo com a declaração da cimeira, na qual se explicava que os próximos passos seriam “um roteiro com critérios objetivos até à participação plena”, que pode ocorrer já na cimeira deste ano. Até lá, Timor-Leste terá estatuto de observador, “podendo participar em todas as reuniões da ASEAN, incluindo as cimeiras plenárias”, acrescentou a declaração. Nesse texto, os Estados-membros da ASEAN concordaram em “formalizar o roteiro com critérios objetivos para a adesão completa de Timor-Leste, incluindo com base nos marcos identificados nos relatórios das missões de avaliação levadas a cabo pelos três pilares da Comunidade da ASEAN”. Decidiram também instruir o CCA para “formular o roteiro e apresentar o relatório à 42.ª cimeira da ASEAN para adoção”. Adaljiza Magno disse que, nesse âmbito, a reunião em Jacarta serve como primeiro passo na aprovação das linhas mestres que Timor-Leste tem que seguir para o processo de adesão, com várias recomendações que se verterão no roteiro, previsivelmente para aprovar na cimeira de maio. “Estas são apenas as linhas mestras, cujos esboços o secretariado da ASEAN e a presidência indonésia estão a preparar. Da nossa parte, e depois do processo para a adesão que temos levado a cabo, estamos também a trabalhar para contribuir para esse processo”, explicou. “Conhecemos melhor as nossas forças e fraquezas e, nesse sentido Timor-Leste vai negociar com todos os Estados-membros para ver o que podemos fazer para concluir todos os passos de adesão. Há muitos acordos, tratados, instruções que temos que adaptar”, disse. “Não vai ser fácil, mas a nossa ambição, com base na nossa decisão do Estado, é de que queremos ser membros da ASEAN em 2023, durante a presidência indonésia”, vincou. Depois da reunião de Jacarta, explicou, haverá um encontro em Díli com os parceiros de desenvolvimento, no intuito de ver que apoios podem ser dados para fortalecer as capacidades de Timor-Leste neste quadro. “Para a adesão, temos que aprovar cerca de 200 documentos e estamos já a coordenar no seio do Governo esse processo, verificar que legislação é prioritária e como podemos avançar”, referiu. Magno notou que, em alguns casos, o processo de adesão à Organização Mundial de Comércio (OMC), em curso, ajuda. A chefe da diplomacia timorense disse que o país necessita de assistência técnica em várias áreas, e parte do processo envolverá a contratação faseada de cerca de duas mil pessoas para a implementação de todas as fases da adesão. “Este ano, vamos recrutar entre 480 a 500 novos funcionários destacados em vários ministérios para este processo”, disse. Entre os apoios já anunciados destacam-se o de Singapura e promessas de eventuais apoios de Portugal e da Austrália.
Hoje Macau EntrevistaXanana Gusmão “triste e desiludido” com PM e acção do actual Governo timorense Entrevista de António Sampaio, da agência Lusa O líder da oposição em Timor-Leste mostrou-se hoje “triste e desiludido” com a acção do Governo e do primeiro-ministro, afirmando que se vencer nas próximas legislativas está empenhado em corrigir “vários erros”, dando prioridade à economia. “Estou muito desiludido pelas violações à Constituição, por o próprio parlamento ter feito aquele assalto ao poder, por o Governo ter feito uma mudança brutal nos sistemas existentes, no sistema financeiro que está horrível, e pela própria justiça que não funciona”, disse Xanana Gusmão, em entrevista à Lusa. “Tudo isto fez recuar o país, no contexto da fragilidade”, disse. Líder do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), segundo maior partido no parlamento, Xanana Gusmão ambiciona chegar à maioria absoluta e recordou alguns dos momentos políticos do passado recente, incluindo a saída do seu partido do atual Governo, que acabou por ser viabilizado pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin). “A nossa saída do Governo ocorreu porque o primeiro-ministro não queria ouvir-nos. Dizíamos que algumas das coisas violavam as leis. Mas ele dizia: isto é do outro Governo, agora sou eu que governo”, disse. Xanana Gusmão refere-se ao actual chefe do Governo, Taur Matan Ruak, líder do Partido Libertação Popular (PLP), que tem apenas oito assentos no parlamento, mas a favor de quem o líder do CNRT abdicou do cargo de primeiro-ministro. O actual Governo saiu das eleições antecipadas de 2018 nas quais CNRT, PLP e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) concorreram com uma coligação pré-eleitoral, que obteve a maioria absoluta. Várias questões, incluindo a decisão do anterior Presidente, Francisco Guterres Lú-Olo (da Fretilin), não dar posse à maioria dos membros do Governo do CNRT, e desavenças entre Taur Matan Ruak e Xanana Gusmão levaram à saída do CNRT do Governo, em 2020. A Fretilin acabou por entrar no executivo tendo participado, em maio desse ano, numa polémica votação no plenário do parlamento que demitiu o presidente do parlamento, então do CNRT, e elegeu o actual, da Fretilin. Questionado sobre como olha hoje para a acção de Taur Matan Ruak no Governo, Xanana Gusmão mostra-se bastante critico, mas faz algum ‘mea culpa’. “Estou muito desiludido, mas em certo sentido compreendo. Não tem nada na cabeça. A minha desilusão seria muito maior se ele tivesse algum conhecimento sobre finanças, sobre administração. Mas conheço-o desde pequeno então fico desiludido comigo mesmo por lhe ter confiado isto”, afirmou. Mostra-se igualmente crítico da atual liderança na gestão do importante sector do petróleo e gás, especialmente no quadro do processo de negociação sobre o projecto do Greater Sunrise. “Neste capítulo, agradeço muito à covid-19. Porque atrasou as coisas. […] Tem sido horrível, mas teria sido pior e para corrigir teria sido muito difícil. Mas já está quase, vamos lá ver”, afirmou. Xanana Gusmão disse que o seu partido deu apoio à eleição do atual chefe de Estado, José Ramos-Horta, exatamente para começar a corrigir “alguns erros” do passado recente. “O meu partido deu apoio concreto e real ao doutor Ramos-Horta para ser Presidente, para facilitar que esta instituição superior do Estado comece também a rever os erros e falhanços cometidos e fazer a reaproximação ao povo”, explicou. “Mas o Presidente não pode fazer isso sozinho, por isso estamos a preparar-nos para num futuro próximo podermos governar. Acreditamos que o povo esteja já com olhos abertos, para fazer a devida mudança, a correção, com o parlamento e com o Governo”, acrescentou. Ex-Presidente e ex-primeiro-ministro, Xanana Gusmão disse que Timor-Leste continua a ser um país frágil, argumentando que essa condição se agravou nos últimos anos, e que há que assumir esse compromisso de fazer correções. Incluindo no sector da justiça, em que considerou ter havido perseguições políticas a ex-responsáveis sem que se persiga, com igual afinco, outras decisões de governantes. Sobre a ambição de chegar aos 33 assentos que garantem a maioria absoluta – actualmente controla 22 – Xanana Gusmão admitiu que “é complicado”, mas que “nada é impossível”, explicando que tem vindo a dialogar com a população sobre exatamente qual é o papel dos partidos. “Se um partido político apresenta uma visão, um princípio, significa que quando vai ao poder é para cumprir isso, não é para meter este ou aquele num cargo ou outro. Vai para trabalhar. Se um não serve, mete-se outro”, disse. E garantiu que o CNRT não voltará a escolher uma pessoa de fora do partido para primeiro-ministro. “Está totalmente fora de hipótese ser outro PM que não do CNRT. Percorri o território e percebi que em 2017 perdemos por falhas do partido, que estava demasiado confiante, mas talvez 50% da causa da derrota foi ter entregado o cargo de primeiro-ministro a Rui Araújo da Fretilin em 2015”, disse. “Não perceberam isso e o partido não explicou bem. Mas ainda acho que foi a melhor solução para [fechar a negociação das fronteiras marítimas com a Austrália) e de termos capacidade de unir as forças vivas da sociedade aqui, os maiores partidos, impedindo que a Austrália nos dividisse”, afirmou. A aproximação hoje entre CNRT e a Fretilin “é difícil”, explicando que não perdoa àquele partido ter votado contra o acordo de fronteiras, e considerou que “o maior erro” foi ter avançado em 2018 com uma coligação pré-eleitoral que o “amarrou” a outras forças políticas. “O maior erro que cometemos e nunca mais vamos cometer foi a coligação pré-eleitoral. Depois de ganharmos, estávamos atados. Até na distribuição de lugares. Doeu-me mais a cabeça ali do que noutros tempos mais difíceis do país. Pediam isto e pediam aquilo. Aprendemos essa lição”, afirmou.
Hoje Macau Manchete SociedadeHotéis fecham 2022 com segunda pior taxa de ocupação de sempre A taxa de ocupação hoteleira em Macau foi de 38,4% no ano passado, o segundo valor mais baixo em mais de duas décadas, e menos 11,7 pontos percentuais do que em 2021, foi ontem anunciado. Segundo dados oficiais que remontam a 1997, o pior ano para os hotéis do território foi 2020, no início da pandemia de covid-19, com uma taxa de ocupação de 28,6%, devido à proibição que durante vários meses a China impôs às viagens para Macau. A cidade registou em 2022 5,11 milhões de hóspedes, ou seja, menos 22,8% em termos anuais, nos cerca de 37 mil quartos disponíveis nos 123 hotéis, indicou, em comunicado, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em dezembro, a taxa de ocupação hoteleira na região administrativa especial chinesa fixou-se em 42,8%, menos 12 pontos percentuais do que no mesmo mês de 2021, enquanto o número de hóspedes caiu 29,8% para 457 mil. O número de visitantes baixou drasticamente no território desde o início da pandemia de covid-19. Macau, que à semelhança do interior da China seguia a política ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas, anunciou em dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, após quase três anos de rigorosas restrições. Com o alívio das medidas de prevenção contra a covid-19, a cidade registou 451 mil visitantes durante a semana do Ano Novo Lunar, quase o triplo de 2022, avançou no domingo a Direção dos Serviços de Turismo. As autoridades salientaram ainda, em comunicado, que a média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7%, com um pico no terceiro dia do Ano Novo Lunar (24 de janeiro), de 92,1%. No mesmo comunicado de hoje, a DSEC revelou que em dezembro o número de visitantes que participaram em excursões organizadas foi de 6.100, mais do dobro face ao mês homólogo de 2021, mas muito longe do valor de 543.000 registado em dezembro de 2019. A 21 de janeiro, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, afirmou ainda não saber “se é possível concretizar, dentro de uma ou duas semanas, a retoma das excursões” da China continental para Macau, algo anunciado em setembro.
Hoje Macau China / ÁsiaCinemas chineses arrecadam mais de 6,7 mil milhões de yuan em receitas Os cinemas chineses arrecadaram mais de 6,7 mil milhões de yuan durante o período de férias de sete dias do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas. Este valor representa um aumento de 11,89%, face ao período equivalente no ano passado. Mais de 129 milhões de pessoas foram ao cinema, durante as férias, que calharam entre 21 e 27 de janeiro, este ano. Foi o primeiro Ano Novo Lunar celebrado na China desde que o país desmantelou a política de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou nos últimos três anos. Durante todo o mês de janeiro, o crescimento homólogo fixou-se em 209,88%. No primeiro mês do ano, a bilheteira ascendeu a 7.915 milhões de yuan. No primeiro dia do Ano Novo Lunar, que se celebrou a 22 de janeiro, abriram 11.544 cinemas em todo o país, atingindo cerca de 98% da capacidade, face ao período equivalente no ano passado, segundo dados citados pelo portal de notícias económicas Yicai. Mais de 99% da bilheteira foi registada por filmes chineses, seis dos quais foram lançados esta semana, como a aguardada sequela de “A Terra Errante”, que registou receitas de 2.164 milhões de yuan, ou o mais recente filme do aclamado realizador chinês Zhang Yimou, “Full River Red”, que totalizou 2.606 milhões de yuan. O domínio dos títulos nacionais coincide com a falta de concorrência com as produções norte-americanas, muitas banidas, nos últimos anos, até que “Avatar: O Caminho da Água” rompeu com esta prática, em dezembro passado. Pequim limita o número de filmes estrangeiros exibidos nos cinemas chineses através de um sistema de quotas que permite apenas 34 produções por ano.