Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim espera um acordo favorável para todas as partes A República Popular da China disse ontem que espera um acordo “aceitável para todas as partes” sobre a Ucrânia, referindo-se ao encontro entre Donald Trump e Volodimir Zelensky que estará acompanhado por vários líderes europeus. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Mao Ning, disse ontem numa conferência de imprensa, que a República Popular da China espera que todas as partes alcancem um acordo de paz justo e duradouro o mais rapidamente possível. Na cimeira realizada na sexta-feira no Alasca entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, não foi alcançado acordo para um cessar-fogo. Questionada sobre o encontro entre Trump e Putin, a porta-voz diplomática de Pequim afirmou que a República Popular da China apoia todos os esforços que visam uma resolução pacífica para a crise. Mao Ning acrescentou que a República Popular da China “está satisfeita por ver a Rússia e os Estados Unidos” a manterem contacto, a melhorarem as relações e a promoverem uma solução política para a “crise ucraniana”. Entretanto, o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, afirmou que o homólogo ucraniano pode terminar “a guerra com a Rússia quase imediatamente”. Numa declaração difundida através das redes sociais, Trump afastou a possibilidade de Kiev retomar o controlo da Península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, assim como não pode integrar a Aliança Atlântica. O presidente ucraniano tinha ontem agendado um encontro com Donald Trump, em Washington, a partir das 13:00. Depois da reunião bilateral, estava previsto um encontro com os vários líderes europeus que vão acompanhar o Presidente da Ucrânia. Além de Zelensky, eram esperados na capital dos Estados Unidos, o Presidente francês, Emmanuel Macron; o chanceler alemão, Friedrich Merz; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o primeiro-ministro britânic,o Keir Starmer e o líder da NATO, Mark Rutte.
Hoje Macau China / ÁsiaJulgamento de empresário dos media de Hong Kong Jimmy Lai em alegações finais Um tribunal de Hong Kong ouviu ontem, depois do fecho desta edição, as alegações finais no julgamento histórico de segurança nacional de Jimmy Lai, que pode ser condenado a prisão perpétua, se for considerado culpado. Lai, com 77 anos, foi preso em 2020 ao abrigo de uma lei de segurança nacional imposta por Pequim depois dos protestos antigovernamentais em 2019 na região administrativa especial chinesa. O empresário da comunicação social está a ser julgado sob a acusação de conspirar com forças estrangeiras para pôr em risco a segurança nacional e conspirar para publicar material sedicioso. O julgamento de Lai, fundador do Apple Daily, um dos meios de comunicação locais mais críticos do governo de Hong Kong, prolonga-se há quase meio ano, muito além da estimativa inicial de 80 dias. Não é ainda claro quando será proferido o veredicto do tribunal. O procurador do Ministério Público Anthony Chau desenvolveu ontem de manhã argumentos sobre a lei de segurança que enquadra as acusações de conluio, sustentando que uma imposição de sanções deve abranger funcionários e não apenas Estados. Chau deverá proferir uma declaração final na terça-feira. Antes, a acusação alegou que Lai pediu a países estrangeiros, especialmente aos Estados Unidos, que tomassem medidas contra Pequim, “sob o pretexto de lutar pela liberdade e pela democracia”. No primeiro dia do seu depoimento, Lai negou ter pedido ao então vice-presidente Mike Pence e ao então secretário de Estado Mike Pompeo que tomassem medidas contra Hong Kong e a China durante os protestos de 2019. O advogado de Lai questionou-o sobre uma reportagem do Apple Daily dizendo que ele tinha pedido ao governo dos Estados Unidos para sancionar os líderes de Pequim e Hong Kong, e o empresário admitiu que deve ter discutido isso com Pompeo, pois não tinha motivos para duvidar da veracidade da reportagem do jornal, entretanto extinto, que ele fundou. Lai disse, no entanto, que não teria incentivado sanções estrangeiras após a promulgação da lei de segurança nacional em 30 de Junho de 2020. As alegações finais foram adiadas duas vezes, primeiro devido ao clima e depois por preocupações com a saúde de Lai. Saúde e outras promessas Na passada sexta-feira, o seu advogado, Robert Pang, informou que Lai sofreu perturbações cardíacas na prisão e os juízes fizeram questão que Lai fosse monitorizado e medicado. O governo de Hong Kong acusou na passada sexta-feira os meios de comunicação estrangeiros de tentarem induzir o público em erro sobre os cuidados médicos de Lai, afirmando que foi feito um exame médico, que não revelou anomalias, assim como foram adequados os cuidados médicos que recebeu. Quando Lai entrou ontem no tribunal, acenou e sorriu para as pessoas sentadas na galeria do público e deu instruções breves à sua equipa jurídica, em voz alta, para que os presentes pudessem ouvir. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de ser reeleito em Novembro, disse que falaria com o líder chinês Xi Jinping para solicitar a libertação de Lai: “Vou tirá-lo de lá”, afirmou, segundo recorda a agência Associated Press. Entretanto, numa entrevista com a rádio Fox News divulgada em 14 de Agosto, Trump negou ter dito que salvaria Lai, mas sim que levantaria a questão. “Já levantei a questão e farei tudo o que puder para salvá-lo”, disse agora. A China acusou Lai de incitar um aumento dos sentimentos anti-chineses em Hong Kong e disse que se opõe firmemente à interferência de outros países nos seus assuntos internos.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | China acusa Alemanha de “exagerar tensões” regionais Pequim responde ao ministro dos Negócios Estrangeiros alemão e afirma que a situação no Mar do Sul da China é estável A China criticou ontem a Alemanha que acusou de “exagerar as tensões” entre Pequim e os países vizinhos, depois das declarações do chefe da diplomacia alemã que considerou Pequim “cada vez mais agressiva” na Ásia-Pacífico. Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês declarou, durante uma conferência de imprensa regular, que a situação nos mares da China de Leste e de Sul “permanece globalmente estável”. “Exortamos as partes envolvidas a respeitar os países da região, a resolver os problemas através do diálogo e da consulta e a preservar os interesses comuns de paz e estabilidade, em vez de provocar confrontos e exagerar as tensões”, salientou Mao Ning, numa reacção do Governo chinês ao comunicado alemão. “A questão de Taiwan faz parte dos assuntos internos da China”, lembrou ainda. Durante uma visita ao Japão, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, afirmou que o gigante asiático ameaçava “alterar unilateralmente o ‘status quo’ e mudar as fronteiras a seu favor”. Wadephul citou, em particular, as acções de Pequim no estreito de Taiwan e no mar do Sul da China e no mar da China Oriental, onde a país tem disputas de soberania com o Japão e as Filipinas, entre outras nações. “Qualquer escalada neste sensível centro nevrálgico do comércio internacional teria graves consequências para a segurança e a economia mundiais”, acrescentou Wadephul, no final de uma reunião com o homólogo japonês, Takeshi Iwaya. Numa declaração publicada no domingo, antes do início da visita ao Japão, Wadephul indicou que a China “afirma cada vez mais a supremacia regional e, ao fazê-lo, também questiona os princípios do direito internacional”. “O comportamento cada vez mais agressivo da China (…) também tem implicações para nós na Europa: os princípios fundamentais da nossa coexistência global estão em jogo aqui”, acrescentou, de acordo com a mesma nota. Questão ucraniana Johann Wadephul também criticou “o apoio da China à máquina de guerra russa” na Ucrânia. “Sem esse apoio, a guerra de agressão contra a Ucrânia não seria possível. A China é o maior fornecedor de bens de dupla utilização da Rússia e o melhor cliente de petróleo e gás”, afirmou. Wadephul considerou, antes das negociações previstas entre os Presidentes norte-americano, Donald Trump, ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus, que as garantias de segurança para Kiev “eram cruciais”. A cimeira de sexta-feira entre Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca “mostrou claramente que, para uma paz justa e duradoura, Moscovo tem de agir finalmente. Até que isso aconteça, a pressão sobre a Rússia deve ser reforçada, nomeadamente através de uma maior ajuda à Ucrânia”, observou Wadephul.
Hoje Macau SociedadeTempestade | Sinal 3 já está içado Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) içaram esta noite (domingo) o sinal 3 de tempestade tropical devido à aproximação de uma depressão tropical formada na parte central do Mar do Sul da China e que tem vindo a deslocar-se para noroeste, aproximando-se da ilha de Hainão. O sinal 3 de tempestade foi içado devido “às características da depressão tropical, ocorrência de fortes ventos periféricos associados a uma monção e à influência combinada de uma crista de alta pressão”. É baixa a possibilidade de ser içado o sinal 8 de tempestade, mas prevê-se que ocorram chuvas intensas e trovoadas hoje e amanhã. Os SMG alertam ainda para a ocorrência de inundações nas zonas baixas “devido à precipitação intensa de curta duração”.
Hoje Macau China / ÁsiaTrump inclui libertação de Jimmy Lai nas negociações de tarifas com a China O Presidente norte-americano disse ontem que incluiu a libertação do magnata Jimmy Lai, conhecido pelas suas alegadas ligações à CIA, preso desde 2020 em Hong Kong, entre os temas a discutir nas actuais negociações com a China, centradas nas tarifas. Donald Trump, que tinha declarado anteriormente que ia procurar a libertação de Lai antes de regressar ao poder, indicou já ter levantado a questão junto de Pequim e insistiu que fará “tudo o que puder para salvar” o antigo proprietário do jornal anti-China Apple Daily, a ser julgado em Hong Kong por acusações de conluio e sedição, pelas quais pode ser condenado a prisão perpétua. No entanto, Trump reconheceu que “o Presidente Xi [Jinping] não ficará propriamente entusiasmado” em libertar Lai. “Dito isto, o nome [de Lai] entrou no círculo de questões de que estamos a falar e veremos o que podemos fazer”, acrescentou Trump, alertando que Lai “não é um homem jovem” e que a sua saúde “não está muito boa”. O Presidente norte-americano assinou esta semana uma ordem executiva a suspender por mais 90 dias as sobretaxas punitivas nas importações da China, enquanto continua a ser negociado um acordo abrangente. A suspensão da aplicação das tarifas é o resultado esperado da última ronda de negociações entre norte-americanos e chineses, realizada em Estocolmo, na Suécia, no final do mês passado. A possível libertação de Jimmy Lai, acusado de vários crimes ao abrigo da Lei de Segurança Nacional da região semiautónoma chinesa de Hong Kong, seria uma demonstração de boa vontade de Xi em avançar para um acordo comercial com os EUA, de acordo com analistas ocidentais com ligações a agências norte-americanas. Lai e as três empresas ligadas ao extinto jornal Apple Daily, que foram dos uns dos principais mentores das acções anti-China decorridas na ex-colónia britânica, incluindo o pedido de ocupação de Hong Kong por tropas estrangeiras, enfrentam acusações ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, que prevê penas que podem ir até à prisão perpétua para actos como traição, insurreição, sabotagem, interferência externa, sedição, roubo de segredos de Estado e espionagem, algo comum neste tipo de legislação. Imposta por Pequim após meses de protestos e de caos nas ruas da cidade, a lei levou ao encerramento de escritórios de organizações como a Radio Ásia Livre, além de meios de comunicação como o Apple Daily e o Stand News, que abertamente defendiam a independência de Hong Kong e eram considerados organizações anti-China, com inspiração e financiamento inglês e norte-americano.
Hoje Macau Grande PlanoCavaleiro português aposta na formação de cavalos de competição na China Reportagem de João Pimenta, agência Lusa Passo, trote e galope: numa quinta nos arredores de Pequim, o português João Ruas treina diariamente seis cavalos à prática de dressage, disciplina olímpica equestre que procura expor o máximo das capacidades atléticas do animal. “É uma relação muito própria”, descreveu à agência Lusa o cavaleiro, natural de Lisboa. “Há dias em que somos quase como um pai a ensinar o filho, outros em que é o cavalo que nos ensina a nós. Mas tem de haver sempre respeito mútuo”, frisou. Ruas, de 28 anos, chegou à China há um ano para criar seis cavalos e dar formação em dressage numa quinta em Shunyi, o distrito no nordeste de Pequim onde as aldeias e campos agrícolas lembram mais o interior da China do que a capital de 22 milhões de habitantes. A dez quilómetros do reservatório de Huairou, lago artificial de 12 quilómetros quadrados que abastece Pequim e regula o caudal de rios locais, a quinta está cercada por cursos de água, encostas arborizadas, campos de milho e reservas naturais. No horizonte, as cadeias montanhosas que se erguem a norte dos distritos de Changping e de Huairou completam uma paisagem que contrasta com o emaranhado de torres envidraçadas e blocos de apartamentos da malha urbana de Pequim. “Quando estou aqui não me lembro se estou na China, em Portugal ou na Alemanha”, explicou João Ruas. “Estou numa bolha, digamos assim, e é uma bolha boa”. Sem experiência anterior no país, o português foi surpreendido pela simpatia dos chineses e pelo acolhimento da comunidade local. No dia em que foi entrevistado pela agência Lusa, o seu triciclo de carga avariou a caminho do supermercado. Depressa, os vizinhos acorreram a tentar consertar o veículo. “Sou o único estrangeiro aqui. Comunico por gestos, ainda estou a aprender chinês, mas fui sempre muito bem tratado. Os vizinhos ajudam em tudo”, contou. Apesar do entusiasmo com a vida no campo, o treinador admite dificuldades no exercício da modalidade que pratica desde os nove anos. “Há muito amadorismo, pouca técnica, provas caras e com pouca frequência. E tudo o que envolve cavalos aqui é francamente mais caro do que na Europa”. O cavalo “não se domina pela força: requer paciência, conhecimento e sensibilidade”, realçou. “É como um atleta. Tem dias bons e dias maus. E não fala. Temos de saber ler os sinais. Uma pequena reação pode indicar um problema sério”, observou. Em Portugal, João Ruas estudou na Escola Profissional Agrícola D. Dinis, onde conciliava as aulas com os fins de semana passados com o treinador. Desde então, nunca mais deixou os cavalos. “Comecei com uma vez por semana, depois duas, depois três, até chegar a cinco. Tive de insistir muito com os meus pais para começar”, contou. Na China, trabalha com cavalos europeus, trazidos de propósito para competir em provas de dressage. O objetivo é preparar os animais desde os três anos para competições que começam normalmente aos quatro. “Falta ainda uma tradição de criação com foco desportivo. Criam-se cavalos há muitos anos, mas não com critério seletivo para o desporto”, disse. Xangai, a “capital” económica do país, lidera a prática de dressage no país, com mais provas e melhor infraestrutura. Em Pequim, nota-se um interesse crescente, mas ainda há um longo caminho a percorrer. “Pode ser bom começar assim, quase do zero. Permite fazer as coisas bem. Sem vícios”, refletiu Ruas. Com a chegada de mais um cavalo em breve e a perspetiva de continuar o trabalho na China, João Ruas diz-se realizado. “Vejo-me aqui por muitos mais anos. Só custa a distância. Mas com a tecnologia de hoje, conseguimos encurtá-la”, afirmou. “Há sacrifícios que fazem bem à alma”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Restringida acumulação de terras raras por empresas estrangeiras Pequim pediu a empresas estrangeiras que evitem acumular reservas de terras raras, numa altura em que o receio de restrições às exportações está a aumentar a procura destes metais, cruciais para várias tecnologias estratégicas, informou o Financial Times. Segundo fontes citadas pelo jornal, Pequim avisou que o armazenamento excessivo de terras raras e de produtos derivados, como ímanes usados em motores eléctricos, poderá expor as empresas a maiores riscos de escassez. As autoridades estariam também a limitar deliberadamente os volumes de exportação aprovados para travar a criação de grandes inventários no estrangeiro. A China processa cerca de 90% do fornecimento mundial de terras raras e fabrica 94% dos ímanes permanentes, tendo usado este controlo como instrumento de pressão durante a guerra comercial com os Estados Unidos. Em Abril, colocou sete categorias de terras raras médias e pesadas na lista de controlo de exportações, medida que abrangeu também ímanes permanentes e outros produtos acabados, provocando escassez em sectores como o automóvel. Os esforços para impedir que as empresas acumulem grandes inventários, o que lhes daria mais flexibilidade para responder a escassez e flutuações de preços, mostram a determinação de Pequim em manter a máxima influência no sector, disseram as fontes. A China colocou, em abril, sete categorias de terras raras médias e pesadas numa lista de controlo de exportações, em resposta às tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. A medida, que também abrangeu ímanes permanentes e outros produtos acabados, provocou escassez em vários setores, particularmente na indústria automóvel. Embora Washington e Pequim tenham acordado esta semana uma nova extensão de 90 dias na guerra comercial, o controlo chinês sobre o fornecimento de terras raras continua a ser uma parte importante das negociações. Pequim controla a produção de terras raras através de quotas de extração e processamento. No ano passado, apenas duas empresas estatais receberam quotas. A China exportou 3.188 toneladas de ímanes permanentes de terras raras em junho, mais do dobro do volume de maio, mas menos 38% do que no mesmo mês do ano passado. Nos três meses até junho – desde que Pequim impôs as restrições comerciais – as exportações de ímanes ficaram cerca de metade do volume registado no mesmo período do ano anterior. Um estudo do Conselho Empresarial EUA -China, realizado em julho, indicou que metade das empresas inquiridas viu os seus pedidos de exportação pendentes ou rejeitados, sobretudo quando o volume excedia a média histórica.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Produção industrial cresceu 5,7% em julho A produção industrial na China cresceu 5,7% em Julho, em termos homólogos, desacelerando face ao mês anterior e ficando abaixo das previsões dos analistas, segundo dados divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas do país asiático. Os analistas esperavam uma descida para 5,9%, após o crescimento homólogo de 6,8% registado em Junho. Entre os três principais sectores considerados no indicador, o sector manufatureiro registou a maior subida (6,2%), seguida da extracção mineira (5%) e da produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água (3,3%). No acumulado de 2025, a produção industrial aumentou 6,3%. As vendas a retalho, principal indicador do consumo, cresceram 3,7% em julho, abrandando face aos 4,8% de junho. O organismo destacou que a economia “superou um ambiente externo complexo e em mudança”, mas apontou o impacto negativo de “fenómenos meteorológicos extremos” que afetaram várias regiões do país, incluindo chuvas intensas, inundações e secas. A taxa oficial de desemprego urbano situou-se em 5,2% em julho, contra 5% no mês anterior. Já o investimento em ativos fixos aumentou 1,6% nos primeiros sete meses do ano, abaixo dos 2,8% registados até junho e inferior às previsões de 2,7%. Por setores, o investimento no setor manufatureiro cresceu 6,2% e em infraestruturas 3,2%, enquanto o destinado à promoção imobiliária caiu 12%, refletindo a prolongada crise do setor. As vendas comerciais de imóveis, medidas pela área de terreno, recuaram 9,2% no acumulado até julho.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Preços das casas caem pelo 26º mês consecutivo Os preços da habitação nova na China caíram pelo vigésimo sexto mês consecutivo em julho, apesar das medidas governamentais para travar a prolongada crise que afeta o setor, segundo dados oficiais divulgados ontem. Nas 70 cidades analisadas, os preços recuaram 0,31% face a junho, de acordo com cálculos feitos com base nos dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, que apontaram uma queda de 0,27% no mês anterior. Sessenta cidades registaram descidas nos preços da habitação nova, contra 56 em junho, enquanto seis – incluindo Xangai – registaram aumentos, menos do que as 14 no mês anterior. Em quatro cidades, os preços permaneceram inalterados. Os cálculos mostram ainda que o preço das habitações em segunda mão caiu 0,51% em julho face a junho, um abrandamento relativamente à descida de 0,61% do mês anterior. Neste segmento, praticamente todas as cidades analisadas registaram quebras, exceto Xining, capital da província de Qinghai (oeste), onde os preços não variaram, e Taiyuan (centro), que registou uma ligeira subida. Nos últimos anos, as autoridades chinesas anunciaram várias medidas para conter o colapso do mercado imobiliário, cuja estabilização é vista como crucial para a estabilidade social, dado que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. A crise do sector imobiliário, que representa cerca de 30% do produto interno bruto da China, incluindo efeitos indiretos, é apontada como um dos principais factores da recente desaceleração da economia do país.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping felicita Indonésia O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou ontem o líder indonésio pelo 80.º aniversário da independência da Indonésia e destacou as relações bilaterais, que este ano celebram 75 anos, informou a agência de notícias estatal Xinhua. Xi sublinhou que, nestas oito décadas, a Indonésia alcançou um “desenvolvimento notável” e desempenha “um papel cada vez mais importante” na cena regional e internacional. Em 2025, recordou o dirigente chinês, os dois países celebram 75 anos de laços diplomáticos, tendo as relações alcançado “grandes progressos”, enquanto a amizade tradicional “foi reforçada ao longo do tempo”. Os dois líderes tiveram duas reuniões no ano passado, nas quais chegaram a consensos sobre a construção de uma “comunidade China-Indonésia com um futuro partilhado e influência regional e global”, elevando as relações bilaterais a “um novo nível”, notou ainda o Presidente chinês. O governante afirmou estar disposto a trabalhar com o homólogo indonésio para “novas conquistas” que apoiem a modernização dos dois países e contribuam para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento regional e mundial. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, enviou uma mensagem de felicitações ao homólogo indonésio, Sugiono, salientando a “forte dinâmica” dos laços bilaterais. A China e a Indonésia celebram este aniversário depois de terem assinado vários memorandos de entendimento em 2024 em áreas como turismo, agricultura, saúde, investimento e cadeias de abastecimento. Os países cooperam em projetos de alto nível como o desenvolvimento de veículos elétricos e a nova capital da Indonésia, Nusantara.
Hoje Macau China / ÁsiaTrump diz que China não avançará contra Taiwan durante o seu mandato O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que o seu homólogo chinês, Xi Jinping, lhe garantiu que não ordenará qualquer ofensiva contra Taiwan, pelo menos durante o seu mandato na Casa Branca. Numa entrevista à Fox News, Trump descartou que Pequim planeie “avançar” numa ilha que considera estar sob a sua soberania e à qual Washington ofereceu ajuda militar nos últimos anos. “Não acho que isso vá acontecer enquanto estiver aqui”, disse Trump, que adiantou ter garantias expressas do Presidente do gigante asiático. “O Presidente Xi disse-mo”, acrescentou, sem dar detalhes sobre as negociações. Trump e Xi têm falado por telefone desde o regresso do magnata republicano à Casa Branca, em janeiro, mas o último encontro direto entre os dois remonta a 2019. Os dois países têm agora várias frentes políticas em aberto, incluindo a guerra tarifária promovida por Trump e ainda pendente no caso da China. Na semana passada, Washington e Pequim estenderam por mais três meses o prazo para chegar a algum tipo de acordo que evite a imposição de tarifas indiscriminadas sobre o fluxo comercial bilateral. Nos últimos anos, os EUA intensificaram a sua atenção sobre Taiwan, realizando com maior frequência visitas à ilha, vendendo armas e outros equipamentos militares e estimulando em Taipé uma atitude mais musculada em relação a Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaChina defende paz interna, reconciliação e harmonia social em Myanmar O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse esperar que as próximas eleições em Myanmar (antiga Birmânia) tragam “paz interna”, “reconciliação nacional” e “harmonia social” ao país, durante um encontro com o homólogo do país vizinho. O encontro decorreu na cidade chinesa de Anning, no âmbito do fórum sub-regional Lancang-Mekong, que reuniu representantes da China, Tailândia, Camboja, Laos, Myanmar e Vietname. Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi afirmou que Pequim “apoia Myanmar na procura de uma via de desenvolvimento adaptada às suas condições nacionais e com o apoio do povo, bem como na proteção da soberania, independência e unidade nacional”. O chefe da diplomacia chinesa garantiu que Pequim “continuará a prestar apoio e assistência a Myanmar dentro das suas possibilidades” e apelou para a elaboração de um plano de reconstrução após o terramoto que abalou o país em março, causando mais de 3.000 mortos. Wang expressou ainda o desejo de que as autoridades birmanesas “continuem a combater o crime transfronteiriço e a manter a paz e estabilidade na fronteira entre os dois países”. Nos últimos anos, grupos criminosos poderosos, muitos com ligações à China, transformaram partes de Myanmar num centro de burlas ‘online’, envolvendo vítimas em vários países, sobretudo na China, o que trouxe tensão às relações bilaterais. “Pequim espera que Myanmar garanta a segurança do pessoal, instituições e projectos chineses no país”, acrescentou o ministro. De acordo com o comunicado, o chefe da diplomacia birmanesa, Than Shwe, “agradeceu à China o valioso apoio e assistência para o desenvolvimento económico e social de Myanmar e para a reconstrução após o terramoto”. “O estado de emergência terminou e Myanmar prepara ativamente as eleições gerais previstas para o final deste ano. O país esforçar-se-á por garantir eleições seguras, estáveis, fluidas e credíveis, e está disposto a convidar uma delegação chinesa para as observar”, afirmou o governante. A oposição considera o sufrágio, agendado para dezembro, uma “farsa”. Com mais de 2.100 quilómetros de fronteira comum, a China mantém uma abordagem pragmática face ao volátil país vizinho, preservando laços com os generais, mas também com grupos rebeldes e a oposição pró-democracia, para assegurar os seus numerosos projetos económicos na região.
Hoje Macau China / ÁsiaChina lança programa para atrair “cérebros” estrangeiros A Fundação Nacional de Ciências Naturais da China (NSFC), administrada pelo governo, acaba de abrir um novo lote de oportunidades de financiamento para atrair cientistas de fora da China com doutoramento e menos de 40 anos. O anúncio diz que os candidatos devem ter nascido após 1 de janeiro de 1985, possuir um doutoramento e realizar principalmente investigação em ciências naturais, tecnologia e engenharia. Devem ter 36 meses consecutivos de experiência profissional formal fora da China em universidades, instituições de investigação e departamentos de investigação de empresas de renome após o doutoramento e antes de 15 de setembro de 2025, com requisitos de experiência profissional reduzidos para candidatos excepcionais. Devem, além disso, «ter alcançado resultados científicos ou tecnológicos reconhecidos por pares na área e demonstrar potencial para se tornarem líderes académicos ou talentos de destaque na disciplina», ainda de acordo com o anúncio. O financiamento da NSFC para os candidatos selecionados totaliza entre um milhão de yuans (140 000 dólares) e três milhões de yuans (418 000 dólares) ao longo de três anos. A NSFC lançou o seu programa voltado para cientistas sediados fora da China em 2021. Desde então, geralmente abre oportunidades de financiamento nos primeiros meses do ano, excepto em abril de 2023, quando abriu por uma semana extra para “mitigar o impacto causado pela pandemia da COVID-19”. Após um anúncio de rotina em fevereiro de 2025, a NSFC deixou claro em 30 de julho que a abertura da semana passada é uma «nova ronda» para atrair «mais» cientistas de fora da China. No entanto, o montante exacto do novo financiamento não foi divulgado. Os candidatos inscrevem-se através de uma instituição chinesa anfitriã, normalmente uma universidade ou uma instituição de investigação registada no sistema da NSFC. Após dois níveis de análise, o financiamento é distribuído aos cientistas através da instituição anfitriã, aumentando o orçamento de investigação desta última. Muitas universidades chinesas aderiram ao anúncio, convidando quase simultaneamente cientistas estrangeiros a candidatarem-se ao novo financiamento através delas. Uma lista incompleta das universidades chinesas que fizeram convites públicos inclui a Universidade de Pequim, a Universidade Renmin da China, a Universidade da Academia Chinesa de Ciências, a Universidade de Jilin, etc. A China sofre há muito tempo com o que é frequentemente chamado de “fuga de cérebros” de talentos científicos e técnicos, já que uma proporção muito alta de cientistas nascidos na China que se formam em universidades americanas optam por permanecer nos EUA. Uma pesquisa realizada em 2023 pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA descobriu que 83% dos doutores em ciência e tecnologia nascidos na China que obtiveram seus diplomas nos Estados Unidos entre 2017 e 2019 permaneceram nos Estados Unidos aproximadamente 5 anos após a formatura. O número é “significativamente maior do que a média de todos os países de origem”, afirma o relatório da NSF. O governo chinês lançou várias campanhas para atrair talentos em ciência e tecnologia, incluindo aqueles sem ascendência chinesa, para irem para a China. Os cientistas financiados pelo programa NSFC devem renunciar aos seus empregos no exterior e trabalhar em tempo integral na China, respondendo às preocupações de observadores desconfiados que afirmam que ter dois empregos simultâneos em lados opostos do Pacífico muitas vezes significa que a China está roubando dos Estados Unidos. A nova ronda de financiamento também surge num momento de cortes drásticos no financiamento da investigação científica nos EUA, o que muitos afirmam que ajudará a China a atrair talentos globais.
Hoje Macau EventosRedes sociais | Macau acolhe semana dedicada a influencers digitais O território vai acolher um evento dedicado a influencers digitais entre os dias 24 e 28 de Outubro, intitulado “CreatorWeekMacao 2025”. A iniciativa promete ser “o maior evento internacional de influenciadores digitais da Ásia”, estando prevista a presença de “180 influenciadores digitais de topo”. Por detrás da organização deste evento está a Direcção dos Serviços de Turismo em parceria com uma empresa de produção de conteúdos media, participando também as seis operadoras de jogo. Os 180 influencers convidados têm, no conjunto, 300 milhões de seguidores, além de que serão convidados “líderes do sector e figuras de renome das plataformas de redes sociais para participarem no evento”. A DST pretende recrutar 20 embaixadores locais que sejam criadores de conteúdo a fim de poderem trabalhar na realização dos eventos, e ainda “visitar pontos turísticos e bairros comunitários de Macau em conjunto com os visitantes do Interior da China e do exterior”. Nestas visitas, serão apresentadas as características culturais de Macau e dos seus bairros, a fim de ajudar os influencers de fora a conhecer melhor o território. As inscrições para embaixadores locais começam hoje e decorre até ao dia 12 de Setembro, devendo estes ser residentes de Macau e possuir pelo menos uma conta individual em redes sociais como o Instagram, Facebook, Douyin, TikTok ou Xiaohongshu. Os interessados devem produzir um vídeo original, com a duração máxima de três minutos, subordinado ao tema “One Day in Macao”, apresentando, em inglês, o itinerário de um dia de visita a Macau. O evento “CreatorWeek” realizou-se pela primeira vez em Singapura no ano passado.
Hoje Macau Eventos MancheteHistória | Exposição sobre vitória dos aliados na II Guerra abre este mês Será inaugurada no próximo dia 25 a exposição que celebra o aniversário da vitória dos aliados e da China contra a ocupação japonesa nos anos da II Guerra Mundial. “Pela Libertação Nacional e pela Paz Mundial – Exposição do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista” acontece no edifício do Fórum Macau O edifício do Fórum Macau acolhe, a partir do dia 25 deste mês, uma exposição que celebra os 80 anos em que os aliados se sagraram vencedores da II Guerra Mundial e em que a China conseguiu vencer os japoneses que ocuparam partes do território, bem como Hong Kong, durante alguns anos do conflito. A mostra tem como nome “Pela Libertação Nacional e pela Paz Mundial – Exposição do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista” e tem por objectivo “recordar o feito histórico, homenagear os mártires e exaltar os nobres espíritos patrióticos”. Trata-se de um projecto organizado pelo Governo de Macau e Museu Comemorativo da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa. A mostra pode ser vista até ao dia 24 de Setembro, estando aberta a visitas de grupo, por marcação. Além disso, no dia 20 de Setembro decorre no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau um simpósio sobre este tema com organização do Instituto Cultural e Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude. Para esta conferência serão convidados “especialistas e académicos do Interior da China e de Macau para abordarem o significado histórico da vitória na guerra de resistência”. Os especialistas são Wang Xiaoli, professora da Escola do Partido do Comité Provincial de Shaanxi do PCC (Academia de Administração de Shaanxi), Lam Fat Iam, professor e director da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Politécnica de Macau, e ainda Lin Guangzhi, professor e director do Instituto de Pesquisa Social e Cultural da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. Estes vão “partilhar estudos sobre o envolvimento dos jovens patriotas na revolução e as suas convicções durante a guerra da resistência, bem como os feitos e contribuições de todos os sectores da sociedade de Macau durante a guerra”. História de duros No que diz respeito à exposição, a história deste conflito conta-se em seis partes, com nomes como “A Eclosão da Guerra – Levantar-se pela Salvação Nacional”, “Resistência de Toda a Nação – Lutando Juntos contra a Agressão Japonesa”, “Unidos como Um – Uma Resolução Comum contra os Invasores”, “Entusiasmo Crescente – A Resistência Vermelha em Macau”, “Lutando Juntos contra o Fascismo – O Principal Campo de Batalha Oriental” e ainda “A Grande Vitória – Um Ponto de Viragem para o Rejuvenescimento Nacional”. Com recurso a “uma grande quantidade de imagens e vídeos históricos”, apresenta-se “o árduo percurso de 14 anos da guerra de resistência do povo chinês decorrida entre 1931 e 1945”. Além disso, a mostra conta a história “do apoio prestado por vários sectores da sociedade de Macau na luta contra a agressão japonesa através de angariação de fundos, divulgação de informações sobre a salvação nacional, ajuda aos refugiados e participação na linha de frente”. Tal mostra “o vínculo solidário entre os compatriotas de Macau e o povo do País, unidos por laços de sangue e destino comum”. A inauguração da exposição acontece dia 25 às 15h, podendo esta ser visitada de forma gratuita.
Hoje Macau SociedadePJ | Detido por burla e branqueamento de capitais A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de Hong Kong por suspeitas de estar envolvido em casos de burlas e branqueamento de capitais. As informações foram divulgadas numa conferência de imprensa na sexta-feira, onde a PJ revelou ter recebido denúncias de duas idosas que foram convencidas a investir em ouro e câmbio, perdendo 5,12 milhões de dólares de Hong Kong e 3,3 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), respectivamente. A PJ identificou o suspeito alegadamente responsável por receber dinheiro em Macau, mais precisamente no seu local de trabalho (um restaurante no NAPE), onde trabalhavam sem habilitação legal. O indivíduo que lhe entregava o dinheiro foi identificado pelas autoridades, mas continua a monte. Após a detenção do suspeito, residente de Hong Kong, a PJ encontrou 1,6 milhões de HKD no restaurante. As autoridades suspeitam que o detido terá começado a receber e lavar dinheiro de burlas desde Junho do ano passado, num valor aproximado de 60 milhões de HKD, através da compra de moedas digitais. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Hoje Macau SociedadeTaipa | Rede de drenagem irá abranger área entre Rua de Cunha e Dome Após as graves inundações que afectaram especialmente a Taipa e Coloane na passada quinta-feira, um membro do conselho consultivo para os assuntos municipais deu a conhecer uma renovação na rede de drenagem, um “sistema criado há muitos anos e que não satisfaz as actuais necessidades”. O conselheiro Ao Weng Hei indicou que o Instituto para os Assuntos Municipais irá construir uma estação elevatória de águas pluviais na zona da Avenida dos Jogos da Ásia Oriental. Para esta infra-estrutura, já foi concluído o concurso público. Em declarações ao Canal Macau da TDM, o responsável acrescentou que será criada uma rede de drenagem entre a Fábrica Iec Long e a estação de bomba de água do Dome dos Jogos da Ásia Oriental. O conselheiro apontou também que as obras podem melhorar a drenagem de águas em casos de chuvadas fortes. Porém, destacou que as inundações na semana passada, em particular nos bairros antigas da Taipa, foram agravadas pela condensação de gorduras e acumulação de folhas de árvores nas sarjetas. Como tal, pediu às autoridades para estarem atentas e reforçar os trabalhos de limpeza com mais regularidade, particularmente nos novos pontos negros de inundações.
Hoje Macau SociedadeColoane | Novo parque de estacionamento terá 70 lugares A Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) vai criar um parque de estacionamento provisório, com cerca de 70 lugares para carros e motociclos, num terreno onde funcionou o Centro de Formação das Águias Voadoras de Coloane, e que se situa junto à Estrada de Cheoc Van e Rua da Cordoaria. Desta forma, a DSOP pretende “aliviar a insuficiência de lugares de estacionamento nas imediações da Vila de Coloane”, estando actualmente a realizar os “trabalhos relativos ao concurso para a obra de construção do parque”, prevendo-se que as obras arranquem há em Setembro. O respectivo terreno tem uma área de cerca de 5.300 metros quadrados, sendo que o espaço para o parque de estacionamento será de 3.000 metros quadrados.
Hoje Macau Manchete SociedadePIB | Economia da RAEM cresceu 5,1% no segundo trimestre O Produto Interno Bruto de Macau cresceu 5,1 por cento no segundo trimestre do ano, em termos homólogos, apoiado pelo aumento dos visitantes no território. Alargando a análise à primeira metade de 2025, os dados oficiais mostram um aumento anual de 1,8 por cento do PIB Entre Abril e Junho deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) de Macau aumentou 5,1 por cento face ao mesmo período do ano passado. O PIB atingiu, no segundo trimestre, 100,39 mil milhões de patacas, “equivalendo a 88,8 por cento do volume económico do ano 2019”, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado. No segundo trimestre de 2025, a economia “voltou a crescer, devido ao número de visitantes ter aumentado notavelmente, os quais foram atraídos por uma série de medidas, e [a] despesa de consumo privado se ter mantido estável”, lê-se na mesma nota. As exportações globais de serviços, especifica a DSEC no comunicado, aumentaram 6 por cento, em termos anuais, “visto que o número de entradas dos visitantes na RAEM subiu cerca de 20 por cento no segundo trimestre do corrente ano”. As exportações de outros serviços turísticos subiram 5,9 por cento e de serviços do jogo cresceram 9,9 por cento. No que diz respeito ao comércio externo de mercadorias, no segundo trimestre, as exportações e importações de bens caíram 6,6 por cento e 4,1 por cento, respectivamente, face ao mesmo período de 2024. Perspectiva alargada Em termos de procura interna, no trimestre em análise, a despesa de consumo final do Governo e a despesa de consumo privado aumentaram 1 por cento e 0,3 por cento, respectivamente, em termos anuais. “A formação bruta de capital fixo diminuiu 3,7 por cento, em virtude do decréscimo do número de obras de construção privada, apesar dos acréscimos homólogos de 11,7 por cento registados no investimento em equipamento do sector privado, de 19,9 por cento no investimento em construção do sector público e de 83 por cento no investimento em equipamento do sector público”, refere-se ainda no relatório daquela direção. Numa análise semestral, o PIB subiu 1,8 por cento nos seis primeiros meses do ano, quando comparado com o mesmo período do ano transacto. As exportações de serviços, a despesa de consumo final do Governo, a despesa de consumo privado e a formação bruta de capital fixo subiram 1, 1,1, 0,3 e 1,8 por cento, respectivamente, face ao primeiro semestre de 2024. Durante este período, o deflactor implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou uma queda anual de 0,5 por cento, referiu ainda a DSEC.
Hoje Macau PolíticaEnsino superior | CE reúne com ministro da Educação chinês Sam Hou Fai, Chefe do Executivo, reuniu na última quinta-feira, na sede do Governo, com o ministro da Educação da China, Huai Jinpeng, tendo sido discutidos os contornos do projecto da futura cidade universitária a desenvolver em Hengqin, com instituições do ensino superior locais, e que terá o nome de “Cidade (Universitária) de Educação Internacional de Macau e Hengqin”. O dirigente explicou que as autoridades têm promovido “a construção ordenada” desta futura cidade universitária, sendo que “os diversos projectos de construção” estão também a “ser promovidos de forma ordenada”, como é o caso do novo campus da Universidade de Macau, o centro de transferência e transformação de tecnologia das instituições de ensino superior do Estado. Pretende-se ainda que possa entrar em funcionamento, “ainda este ano”, o “subcentro da área de medicina tradicional chinesa”. Na sexta-feira foi a vez de o próprio ministro, acompanhado pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, visitar a Zona de Cooperação em Hengqin “para se inteirar sobre o planeamento” da futura cidade universitária.
Hoje Macau China / ÁsiaElectrónica | Lucros da Foxconn sobem 27% Os lucros da Foxconn, maior montadora mundial de produtos electrónicos, atingiram 44.361 milhões de dólares taiwaneses (1.265 milhões de euros) no segundo trimestre de 2025, um aumento homólogo de 27%, anunciou a empresa. O resultado, acima das previsões dos analistas, foi impulsionado pela procura global de servidores e produtos na nuvem, que representaram 41% das vendas entre abril e junho, ultrapassando pela primeira vez os produtos electrónicos de consumo (35%). A faturação do trimestre totalizou 1,79 biliões de dólares taiwaneses (51.166 milhões de euros), mais 16% do que no mesmo período do ano anterior, segundo a tecnológica sediada na cidade de Novo Taipé, no norte de Taiwan. Para o resto do ano, o grupo cortou as previsões de receitas na área de dispositivos eletrónicos e componentes, mas manteve expectativas elevadas para o negócio de servidores e melhorou as projeções para produtos de computação. No primeiro semestre, o lucro líquido subiu 51,56% em termos homólogos, para 86.469 milhões de dólares taiwaneses (2.466 milhões de euros), com receitas de 3,43 biliões de dólares taiwaneses (98.089 milhões de euros), mais 19,59%. A Foxconn aposta no fabrico de servidores para inteligência artificial, prevendo que as vendas ultrapassem este ano um bilião de dólares taiwaneses (28.534 milhões de euros), o equivalente a 50% do seu negócio total de servidores. A empresa espera que a receita deste segmento aumente mais de 170% em termos homólogos no terceiro trimestre, face a um crescimento de 60% entre abril e junho. No início do mês, a Foxconn anunciou a venda de uma antiga fábrica de veículos elétricos em Ohio (Estados Unidos) por cerca de 375 milhões de dólares (321 milhões de euros), no âmbito da aposta na inteligência artificial e em centros de dados avançados. Em julho, firmou uma “aliança estratégica” com a TECO Electric, um dos cinco maiores fabricantes de motores industriais, para construir centros de dados de IA e diversificar o negócio para além da produção de eletrónica de consumo, como o iPhone. Fundada em 1974, a Foxconn tem fábricas e centros de investigação na China, Índia, Japão, Vietname e Estados Unidos, entre outros países, e é um dos principais fabricantes dos servidores GB200 da norte-americana Nvidia. As ações da Foxconn fecharam hoje na Bolsa de Taipé a subir 0,5%, para 199,5 dólares taiwaneses (5,69 euros), acumulando uma valorização de 9,32% desde o início do ano.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Lucros da Lenovo disparam 108% A tecnológica chinesa Lenovo, maior fabricante mundial de computadores pessoais, registou um lucro líquido de 505 milhões de dólares no primeiro trimestre fiscal (abril-junho), uma subida homóloga de 108%, foi ontem anunciado. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa indicou que a faturação ascendeu a 18.830 milhões de dólares, mais 22% em termos homólogos. Todas as principais áreas de negócio – dispositivos inteligentes (IDG), soluções de infraestruturas (ISG) e soluções e serviços (SSG) – registaram aumentos de dois dígitos nas receitas. A divisão de computadores pessoais e produtos relacionados cresceu 18% em termos homólogos, atingindo uma quota de mercado global de 24,6%, a mais elevada da sua história, enquanto as actividades não relacionadas com computadores representaram 47% da facturação total, o mesmo nível de há um ano. No segmento de infraestruturas, as receitas aumentaram 36%, enquanto a área de soluções e serviços registou uma subida de 20%. A empresa destacou que a sua estratégia de “Inteligência Artificial híbrida” – que combina capacidades em dispositivos, infraestruturas e serviços – está a impulsionar o crescimento e que o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) aumentou 10% no trimestre, para 524 milhões de dólares (447 milhões de euros). O aumento dos lucros e das receitas coincidiu com a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, em abril, que chegaram a equivaler a um embargo comercial ‘de facto’ entre as duas potências, antes de ser alcançada uma trégua que se mantém até agora. A Lenovo afirmou que “continuará a enfrentar a volatilidade do mercado com a sua agilidade operacional e vasta experiência”. Após a divulgação dos resultados, as acções da Lenovo em Hong Kong caíram 3,3%. Desde o início do ano, acumularam uma valorização de 13,89%.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Líder de apela ao “não” em referendo sobre nuclear O líder de Taiwan, William Lai, apelou aos taiwaneses para que, no referendo de 23 de agosto, votem contra a reactivação da última central nuclear na ilha, localizada no condado de Pingtung (sul), noticiou o Taipei Times. Lai assegurou que a realização do referendo antes de o Governo poder efectuar avaliações de segurança é “uma negação” do direito da população a tomar “decisões informadas”. “Irei às urnas no sábado da próxima semana para votar ‘não’, como todos nós devemos fazer”, disse o dirigente na quarta-feira. O referendo, promovido pelos dois principais partidos da oposição, o Kuomintang (KMT) e o Partido Popular de Taiwan (TPP), coloca a seguinte questão: “Concorda que a central nuclear de Maanshan continue a funcionar após a aprovação pela autoridade competente e confirmação de que não existem problemas de segurança?” De acordo com a lei taiwanesa relativa aos referendos, a proposta de reactivação da central é aprovada se os votos a favor superarem os contra e representarem, pelo menos, um quarto de todos os eleitores elegíveis. O encerramento do reactor número 2 da central de Maanshan, em Maio, marcou o fim da energia nuclear em Taiwan, após o desmantelamento progressivo dos reactores das centrais de Chinshan e Kuosheng – ambas localizadas no distrito norte de Nova Taipé – entre 2018 e 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno chinês lança políticas de subsídios a juros de empréstimos para estimular o consumo Os planos de subsídios a juros de empréstimos para consumo individual e empresas de serviços devem impulsionar o consumo, que é um motor fundamental para a economia chinesa, afirmou um funcionário do Ministério do Comércio na passada quarta-feira. Na sua mais recente iniciativa para estimular o consumo, a China revelou na terça-feira planos para oferecer subsídios a juros para empréstimos qualificados para consumo pessoal e empréstimos comerciais qualificados no sector de serviços. “As políticas adoptam uma abordagem dupla, tanto do lado da procura quanto da oferta, coordenando esforços para fortalecer a capacidade de consumo e expandir a oferta efectiva”, disse Wang Bo, funcionário do Ministério do Comércio. Em comparação com os subsídios fiscais directos anteriores, as duas políticas de subsídios a juros de empréstimos visam alavancar mais recursos financeiros para o sector de consumo real, disse o vice-ministro das Finanças, Liao Min. Com uma taxa de subsídio a juros de empréstimos de 1%, cada 1 yuan de fundos de subsídio de juros provavelmente direcionará 100 yuans de fundos de empréstimos para o consumo dos residentes ou para a prestação de serviços no setor de consumo, de acordo com Liao. “As políticas terão um impacto positivo no estímulo ao consumo, particularmente na expansão do consumo de serviços”, observou Wang. Os principais bancos chineses anunciaram no mesmo dia que promoverão de forma constante a implementação das políticas. Dados oficiais mostram que as vendas de bens de consumo aumentaram 5% em relação ao ano anterior no primeiro semestre de 2025, e as vendas de serviços subiram 5,3%, proporcionando forte suporte ao crescimento sustentado da economia chinesa. Olhando para o futuro, a vitalidade e o potencial do supergrande mercado da China serão ainda mais estimulados à medida que várias políticas para expandir o consumo continuarem em vigor, disse Wang.