Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte informa Japão da intenção de lançar satélite nos próximos dias A Coreia do Norte informou o Japão da intenção de lançar um satélite nos próximos dias, anunciou o Governo nipónico, que instou Pyongyang a cancelar o projeto, que coincide com exercícios militares Estados Unidos-Coreia do Sul. “Pedi aos ministros para fornecerem informações ao público, cooperarem com os países envolvidos e apelarem à Coreia do Norte para que cancele este lançamento e tome todas as medidas possíveis para se preparar para qualquer eventualidade imprevista”, disse aos jornalistas o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Num comunicado separado, a guarda costeira japonesa emitiu um aviso de “lançamento de foguetões de satélite” entre 24 e 31 de agosto para três zonas de perigo. Um teste anterior, realizado há três meses, fracassou. Em 31 de maio, um foguetão apresentado por Pyongyang como de lançamento de um satélite de observação militar despenhou-se no mar Amarelo pouco depois da descolagem, com as autoridades norte-coreanas a invocarem um problema técnico. Pyongyang explicou que pretendia “confrontar as perigosas ações militares dos Estados Unidos e dos seus vassalos”. Após uma complexa operação de 36 dias no mar, o exército sul-coreano recuperou finalmente partes do foguetão e do satélite. Após uma análise efetuada por peritos sul-coreanos e americanos, o Ministério da Defesa sul-coreano concluiu que o satélite não tinha qualquer utilidade militar. O líder norte-coreano Kim Jong-un fez do desenvolvimento de um satélite espião militar uma prioridade. Washington e Seul, por seu lado, suspeitam que Pyongyang esteja a desenvolver um novo míssil balístico intercontinental, que incorpora tecnologia semelhante à de um lançador de satélites. O anúncio do lançamento coincide com as manobras em grande escala entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que começaram na segunda-feira e se prolongam até 31 de agosto.
Hoje Macau China / ÁsiaTribunal decreta oito anos de prisão para ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra O Supremo Tribunal da Tailândia ordenou a detenção do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra e indicou deve cumprir oito anos de prisão, no dia em que o antigo governante regressou ao país após 15 anos de exílio. No entanto, o regresso iminente ao poder do partido associado à sua família, o Pheu Thai, poderá dar-lhe a esperança de um perdão ou de garantir uma redução da pena. O bilionário de 74 anos, que esteve no poder entre 2001 e 2006 antes de ser derrubado por um golpe de Estado, deverá passar oito anos atrás das grades por três casos julgados na sua ausência, relacionados com a sua gestão do país e da sua antiga empresa Shin Corp, decidiu o mais alto tribunal do reino. Acusado de corrupção, o magnata das telecomunicações foi levado sob escolta policial para o Supremo Tribunal pouco depois de ter chegado ao aeroporto Don Mueang de Banguecoque, no seu jato privado, proveniente de Singapura. O regresso do veterano político, considerado o cérebro do Pheu Thai – que dominou a política tailandesa nos últimos anos e ficou em segundo lugar nas eleições de maio – coincide com a sessão parlamentar de hoje, na qual se espera que o candidato deste partido, Srettha Thaivisin, seja eleito primeiro-ministro. Desde a revolta que derrubou Thaksin, a Tailândia tem vivido em profunda instabilidade política que tem mantido o país num ciclo entre protestos antigovernamentais, períodos ditatoriais liderados por militares e vazios democráticos. Numa tentativa de conquistar o poder, o Phue Thai anunciou uma aliança com duas formações ligadas aos militares que realizaram o golpe de Estado em 2014 contra o Governo de Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, que também venceu as eleições de 2011 à frente do Phue Thai e que se exilou.
Hoje Macau SociedadeJogo | SJM reduz em metade prejuízo no primeiro semestre A concessionária do jogo em Macau SJM Holdings anunciou um prejuízo de 1,3 mil milhões de dólares de Hong Kong na primeira metade do ano, menos 54,1% em termos homólogos. A empresa indicou na segunda-feira que o EBITDA (valor antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) voltou a terreno positivo, com um valor de 461 milhões de dólares de Hong Kong. “Os resultados da SJM Holdings para o primeiro semestre de 2023 revelam o primeiro semestre de EBITDA ajustado positivo desde 2019”, sublinhou, num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a presidente da operadora, Daisy Ho Chiu Fung. A SJM, fundada pelo falecido magnata Stanley Ho Hung Sun, sublinhou que as receitas subiram 126,7% em comparação com a primeira metade de 2022, para 9,4 mil milhões de dólares de Hong Kong. “À medida que Macau recupera gradualmente da pandemia, estamos a encarar o futuro com otimismo”, disse no comunicado Daisy Ho, filha de Stanley Ho. Com o alívio das medidas, Macau registou nos primeiros sete meses deste ano 14,4 milhões de visitantes, quatro vezes mais do que em igual período de 2022, mas ainda longe dos 23,8 milhões contabilizados no mesmo período de 2019. Com mais turistas, tanto a taxa de ocupação hoteleira como o preço por noite quase duplicaram nos dois principais hotéis da SJM, atingindo 1.360 dólares de Hong Kong no Grand Lisboa Palace Resort e 87,8% de ocupação no Grand Lisboa Hotel. Em resultado, entre janeiro e julho, as receitas da indústria do jogo cresceram 263%, em comparação com igual período de 2022, atingindo 96,8 mil milhões de patacas, contra 174 mil milhões de patacas arrecadados em igual período de 2019. No comunicado, Daisy Ho garante que a SJM já lançou “um programa de eventos e investimentos não jogo sob a nova concessão e continua o desenvolvimento do Grand Lisboa Palace Resort”, que abriu em julho de 2021, em plena pandemia.
Hoje Macau EventosFRC acolhe mostra de artista oriunda da Mongólia Interior A nova exposição da Fundação Rui Cunha (FRC) vai estar patente apenas cinco dias na galeria da entidade. Inaugurada hoje, a mostra “Uma Flor, Um Mundo” revela, pela primeira vez em Macau, o trabalho da artista NaHeYa, oriunda da Mongólia Interior e formada em arte chinesa em Pequim. Neste momento a artista encontra-se a fazer um doutoramento na Universidade da Cidade de Macau. Em “Uma Flor, Um Mundo” podem ser vistas 28 pinturas chinesas, cada uma representando uma flor, criadas a partir de pigmentos tradicionais sólidos diluídos em água sobre papel especial e papel Xuan (de arroz), com técnicas de maior e menor detalhe, mais transparência ou saturação de cores. Citado por um comunicado da FRC, Tam Chek Wun, curador da exposição, explica que “a rica formação académica de NaHeYa, experiência de trabalho e anos de dedicado esforço criativo, deram-lhe um olhar apurado e uma compreensão profunda da beleza da cor e da forma”. Pétalas na tela Defende ainda o curador que as flores dos trabalhos de NaHeYa “são obras de emoção e dedicação, impregnadas de espiritualidade transcendente”. “Com formação em pintura chinesa, ela prefere usar um pincel e aguarelas transparentes, mas altamente saturadas, criando uma colisão mágica de linhas de contorno que se cruzam e se fundem em pétalas ricas, luminosas, mas despretensiosas. Esses elementos combinam-se para construir um estilo de flor contemporâneo que é vibrante em cores, vivo na expressão e altamente pessoal na linguagem artística”, aponta o mesmo responsável. NaHeYa nasceu na cidade de Tongliao, na Região Autónoma da Mongólia Interior, pertencendo à minoria étnica do povo Daur. As artes sempre estiveram presentes no contexto familiar e ela viria a estudar com o professor Li Kuizheng, um famoso pintor de flores e pássaros. Formou-se mais tarde pela Minzu University of China, em Pequim, com especialização e mestrado em Pintura Tradicional Chinesa. Actualmente trabalha no Departamento de Pesquisa do Museu Nacional de Arte da China, em Pequim, e em paralelo está a fazer o seu doutoramento em Estudos de Arte pela Universidade da Cidade de Macau, sob a orientação do Professor Chen Lysheng.
Hoje Macau China / ÁsiaCheias | Alertados agricultores chineses para hipótese de mais inundações As autoridades agrícolas chinesas exortaram ontem os agricultores e os governos locais a “intensificarem as medidas de prevenção”, face à nova vaga de chuvas torrenciais que deve atingir grande parte do país nos próximos dias. O Centro Meteorológico Nacional da China prevê chuvas moderadas a fortes para o centro e leste da China e nas províncias do Nordeste de Heilongjiang, Jilin e Liaoning, que já sofreram fortes inundações no início deste mês. O ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais alertou que as chuvas podem inundar novamente os campos de grãos e dificultar os esforços para recuperar as plantações danificadas. O organismo pediu aos departamentos agrícolas que “trabalhem em estreita colaboração com os centros meteorológicos locais” e se “preparem para fortes chuvas” e organizou técnicos e outros especialistas para “desenvolverem planos de emergência e aumentar o fornecimento de materiais agrícolas”. O ministério apelou ao envio de alertas por telemóvel, televisão e rádio aos cidadãos que possam ser afectados e incentivou as autarquias locais a “fornecerem bombas de água e combustível”, a “limparem previamente os canais de drenagem das quintas” e “a reforçarem os currais dos animais”. A necessidade de preparação ficou clara no início deste mês, quando as chuvas torrenciais causadas pelos tufões Doksuri e Khanun danificaram plantações de arroz no nordeste do país. Para evitar perturbações no abastecimento alimentar do país, o ministério apelou às províncias do Sul, menos afectadas pelas cheias, para aumentarem a produção de hortícolas este Inverno, através do uso de terras agrícolas desocupadas, e enviarem hortícolas para o norte, visando preencher a lacuna causada pelas grandes inundações.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Banco central baixa taxa de juros de referência para 3,45% O banco central da China anunciou ontem que vai reduzir a taxa de juro de referência em dez pontos base, de 3,55 por cento para 3,45 por cento, a segunda redução este ano face a dados económicos aquém das expectativas. A taxa de referência dos empréstimos a um ano (LPR) foi alterada pela última vez em Junho, quando o banco central a reduziu de 3,65 por cento para 3,55 por cento. O indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é usado para definir o preço dos novos empréstimos – geralmente para as empresas – e do crédito com juros variáveis, que está pendente de reembolso. O cálculo é realizado com base nas contribuições para os preços de uma série de bancos – incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a empréstimos malparados – e visa reduzir os custos do crédito e apoiar a “economia real”. No entanto, a taxa de juro a cinco anos ou mais – a referência para o crédito à habitação – manteve-se inalterada, em 4,2 por cento. A redução é menor do que o esperado pelos analistas, que tinham antecipado um corte de 15 pontos base para a taxa de juro de referência a um ano e a cinco anos. Após um início de ano promissor, a recuperação económica pós-pandemia mostra sinais de desaceleração. A débil procura doméstica e internacional, riscos de deflação e estímulos insuficientes, a par de uma crise imobiliária e falta de confiança no sector privado são as principais causas para o abrandamento da segunda maior economia mundial, segundo os analistas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Variante EG.5 representa mais de 70% dos casos A variante EG.5 da covid-19 emergiu como a mais frequente na China, respondendo agora por 71,6 por cento das infecções pelo novo coronavírus no país A informação foi dada ontem pelo jornal oficial em língua inglesa China Daily. Os dados, publicados no fim de semana pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da China, indicam um forte aumento no número de infecções por aquela subvariante, que, em Abril passado, correspondia a apenas 0,6 por cento do total de casos no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) listou a EG.5 como variante de interesse, no entanto, não indicou que represente uma ameaça maior em comparação com outras cepas. Quem contraiu infecção pela subvariante XBB da Ómicron, entre Abril e Junho, pode ter alguma imunidade contra a EG.5, segundo a organização. De acordo com o CDC, a disseminação do EG.5 não exerceu pressão significativa sobre o sistema hospitalar do país asiático e é improvável que leve a surtos em massa. “Não há evidências conclusivas que sugiram que a EG.5 possa causar sintomas graves”, afirmou o CDC, citado pelo China Daily. Vírus ainda activo O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou no início de Agosto que, embora o risco geral seja baixo, a disseminação global da EG.5 pode contribuir para um aumento de casos de covid-19 em diferentes partes do mundo. “Não há dúvida de que o risco de morte ou de casos graves é agora muito menor do que há um ano, devido à crescente imunização da população graças a vacinas e infecções, mas apesar da melhoria, a OMS continua a considerar que o vírus representa um risco alto para a saúde pública”, acrescentou o especialista etíope. Embora a OMS tenha declarado o fim da emergência internacional a 5 de Maio, Tedros Ghebreyesus disse no início do mês que o “vírus continua a circular em todos os países e continua a matar e a sofrer mutações”. Desde o início da pandemia, no final de 2019, a OMS registou quase sete milhões de mortos em todo o mundo, tornando a crise sanitária uma das mais graves desde a causada pela gripe espanhola, em 1918. Em comparação com os piores momentos da pandemia, em que foram notificados mais de 20 milhões de casos semanais globalmente (no início de 2022 com a variante Ómicron), apenas cerca de 10.000 infecções foram relatadas na Europa e 20.000 nos Estados Unidos, em Julho, embora os números ainda fossem relativamente altos na região da Ásia – Pacífico (288.000 positivos).
Hoje Macau China / ÁsiaCIA | Pequim anuncia detenção de mais um alegado espião O Ministério de Segurança do Estado da China anunciou ontem a detenção de um funcionário chinês acusado de espiar para a agência central de segurança e vigilância norte-americana (CIA). Segundo as autoridades chinesas, o detido é um funcionário de 39 anos, de sobrenome Hao, que terá sido “recrutado pela CIA enquanto estudava no Japão”. Em comunicado, o ministério chinês referiu que um funcionário da embaixada dos Estados Unidos naquele país conquistou a confiança de Hao através de presentes e convites para jantares. “Antes de terminar os estudos no estrangeiro, foi oficialmente recrutado por um membro da CIA e assinou um acordo de espionagem com os Estados Unidos”, acrescentou a mesma fonte. De acordo com o mesmo comunicado, Hao começou a trabalhar num ministério não especificado, após ter regressado ao território chinês, e “reuniu-se com funcionários da CIA na China em várias ocasiões, para oferecer informações em troca de dinheiro”. O Ministério de Segurança do Estado disse, no início do mês, ter detido outro alegado espião chinês, que foi contratado por um funcionário da embaixada dos Estados Unidos em Itália. A China alterou, em Julho passado, a Lei de Contraespionagem para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e seus agentes” na categoria de espionagem. A legislação passou a proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional e alargou a definição de espionagem, num momento em que o Presidente chinês, Xi Jinping, tem vindo a enfatizar a necessidade de construir uma “nova arquitectura de segurança”. O Ministério de Segurança do Estado chinês pediu ainda, este mês, a mobilização de “toda a sociedade” de forma a “prevenir e combater a espionagem”, e anunciou medidas para “fortalecer a defesa nacional” contra “atividades de serviços de informações estrangeiros”.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Sonda Luna-25 despenha-se na Lua A sonda espacial russa Luna-25 despenhou-se na Lua após a interrupção das comunicações com o engenho no sábado, anunciou ontem a agência espacial russa (Roscosmos). A sonda, a primeira a ser lançada pela Rússia para a Lua desde 1976, era para alunar na segunda-feira no polo sul, onde haverá grandes quantidades de água gelada, mas não conseguiu entrar na órbita necessária para pousar na zona pretendida. No sábado, as comunicações foram interrompidas e o aparelho “deixou de existir após uma colisão com a superfície lunar”, indicou ontem a Roscosmos em comunicado, citando dados preliminares de um inquérito ao incidente. Caso a missão russa tivesse sido bem-sucedida, a sonda Luna-25, lançada a 11 de Agosto, seria o primeiro engenho espacial a alunar no polo sul, região onde os Estados Unidos querem colocar em Dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis. Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos os homens, no âmbito do programa Apollo. Para Novembro do próximo ano está previsto o envio para a órbita da Lua de quatro astronautas – três norte-americanos, incluindo uma mulher e um negro, e pela primeira vez um canadiano.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim lança manobras militares junto à ilha O exército da China anunciou no passado sábado o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan, dias após a passagem do vice-Presidente taiwanês, William Lai Ching-te, pelos Estados Unidos. O Comando do Teatro Oriental do exército chinês, cuja área de operações está voltada para Taiwan, anunciou que as manobras constituem um “sério aviso” aos “grupos separatistas” da ilha e às “forças externas” que os apoiam. O porta-voz do comando, o coronel Shi Yi, disse que as manobras serão realizadas na área adjacente a Taiwan, com a participação de “navios e aeronaves de combate”, para “praticar a coordenação entre si” e o “controlo do espaço aéreo e marítimo”. De acordo com um comunicado, publicado na rede social Weibo – semelhante à X (antigo Twitter), bloqueada na China –, os exercícios visam “testar a real capacidade de combate” das tropas do Comando do Teatro Oriental, que é responsável pela defesa da costa leste da China. Em reacção, o Ministério da Defesa de Taipé disse num comunicado que “condena veementemente este comportamento irracional e provocativo e enviará as forças adequadas em resposta (…) a fim de defender a liberdade, a democracia e a soberania de Taiwan”. William Lai voltou a Taipé na sexta-feira, depois de viajar para o Paraguai, onde participou na posse de Santiago Peña como novo Presidente daquele país, um dos poucos a reconhecer oficialmente Taiwan. O vice-Presidente fez duas paragens em Nova Iorque e em São Francisco, tendo sido recebido por representantes do Instituto Americano de Taiwan, que actua como a embaixada norte-americana de facto na ilha, na ausência de relações diplomáticas entre Washington e Taipei.
Hoje Macau EventosHong Kong | Pinturas de Thomas Houseago para ver na galeria Gagosian “ABUNDANCE”, a exposição de Thomas Houseago, pode ser vista em Hong Kong, na galeria Gagosian, a partir do dia 21 de Setembro. Esta é a segunda vez que o trabalho do artista britânico no território vizinho é exposto em Hong Kong, revelando, desta vez, novas pinturas feitas ao ar livre a partir do seu novo estúdio em Malibu, Califórnia O trabalho do artista britânico Thomas Houseago volta a mostrar-se em Hong Kong depois de um interregno de oito anos. “ABUNDANCE” é o nome da exposição que estará patente na galeria Gagosian, em Central, a partir do dia 21 de Setembro, compondo-se de pinturas repletas de paisagens e de natureza morta captadas a partir do novo estúdio que o artista tem ao ar livre em Malibu, Califórnia. Segundo um comunicado, esta mostra “reflecte sobre a interligação cósmica e espiritual e o poder transcendental da natureza”, sendo que os títulos dos quadros e as suas “imagens expressivas” acabam por evocar “as ondas do oceano e a flora de Malibu ao nascer e ao pôr do sol, com sóis, luas, rochas e céus representados em cores vibrantes e linhas ondulantes”. Thomas Houseago acabou por ficar conhecido do grande público graças “à sua abordagem original e vigorosa em torno do tema do corpo humano”. “Utilizando meios associados à escultura clássica e modernista, a par de materiais menos tradicionais como o cânhamo, entre outros, [o artista] constrói figuras monumentais cujas superfícies e estruturas revelam os processos da sua feitura”, descreve ainda o comunicado. Ao trabalhar sobre a tela e o papel, Houseago faz um cruzamento entre o desenho e a cartografia, explorando também “o poder emocional e espacial da cor saturada e de uma forma mais dinâmica”. Influências várias Os trabalhos que estarão expostos na Gagosian revelam ainda “a influência de artistas históricos e modernos da Europa de Leste e do Norte”, incluindo nomes como Edward Munch e Van Gogh, considerados os grandes pintores do chamado “século de ouro” na Holanda. Revela-se, no trabalho de Thomas Houseago, uma “noção de espontaneidade”, sendo que o artista tem por hábito ouvir gravações de actuações ao vivo do artista de jazz John Coltrane enquanto trabalha. Além desta inspiração musical, destaque ainda para a influência das pinturas do monge budista do século XIII, Muqi Fachang, e do pintor chinês Ma Yuan, falecido em Hunan, China, em 1225. Houseago também foi buscar referências para o seu trabalho aos escritos dos poetas japoneses Saigyō Hōshi, que viveu entre os anos de 1118 e 1190, e ainda Matsuo Bashō (1644-1694), dos poetas chineses Li Bai (701-762) e Wang Wei (699-759) e do antigo filósofo chinês Laozi. A mostra de Thomas Houseago pode ser vista até ao dia 4 de Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Biden quer reunir com Xi no Outono O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira que pretende reunir com seu homólogo chinês, Xi Jinping, este Outono, numa continuação das conversas que mantiveram em Novembro passado na Indonésia. “Planeio e espero continuar neste Outono a conversa que tivemos em Bali. É o que espero”, disse Biden em resposta a um jornalista no final de uma cimeira com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, em Camp David, residência de campo presidencial próxima de Washington DC. Biden referia-se ao contacto que manteve com Xi Jinping em Novembro de 2022 em Bali, na Indonésia, durante uma cimeira do G20. Momentos antes de declarar a intenção de se reencontrar com o homólogo chinês, Biden e os líderes asiáticos presentes na cimeira denunciaram o comportamento “perigoso” e “agressivo” de Pequim no Mar do Sul da China. Numa declaração conjunta, os três países condenaram “reivindicações marítimas ilegais” em assuntos marítimos, enquanto Pequim reclama a soberania sobre águas de países vizinhos e realiza de forma quase quotidiana exercícios aéreos e marítimos junto ao espaço aéreo de Taiwan. “Opomo-nos fortemente a qualquer tentativa unilateral de mudar o ‘status quo’ nas águas da região do Indo-Pacífico”, afirmaram os líderes dos três países no comunicado final. “Reafirmamos a importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan”, acrescentaram ainda, numa referência ao arquipélago de governo democrático liberal, tal como os três países representados na cimeira de sexta-feira. “O propósito da nossa cooperação trilateral de segurança é e continuará a ser promover e aumentar a paz e a estabilidade em toda a região”, disseram os três países em comunicado conjunto.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Hong Kong rejeita aviso sobre “contínua erosão” da autonomia e democracia O Governo de Hong Kong rejeitou no sábado um relatório da União Europeia (UE), que avisava que a região chinesa está a sofrer “uma contínua erosão” da autonomia, dos princípios democráticos e das liberdades essenciais. Num comunicado, o executivo da cidade disse que “discorda veementemente e rejeita firmemente os ataques infundados, calúnias e difamações” presentes no documento, preparado pelo Parlamento Europeu e publicado pela Comissão Europeia na sexta-feira. O Governo de Hong Kong apelou à UE para “distinguir factos de falácias, respeitar a lei internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, e parar imediatamente de interferir nos (…) assuntos puramente internos da China”. O relatório europeu dá conta de uma “contínua erosão do alto grau de autonomia de Hong Kong e dos princípios democráticas e das liberdades essenciais, que deveriam estar protegidas até 2047”. O documento aponta para a imposição, em 2020, da Lei de Segurança Nacional, que coartou parte da autonomia de que Hong Kong beneficiava e, entre outras decisões, passou a criminalizar críticos do regime chinês. O Governo da região chinesa acusou o bloco europeu de “fechar os olhos” ao facto de que “muitas pessoas de Hong Kong não puderam desfrutar dos seus direitos e liberdades durante o período de violência grave”, referindo-se aos protestos pró-democracia de 2019. A implementação da lei de segurança nacional “rapidamente e efectivamente restaurou a estabilidade e a segurança em Hong Kong” e permitiu a “transição do caos para a ordem”, defenderam as autoridades.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica do Sul | Xi Jinping visita país pela quarta vez O Presidente chinês regressa ao país sul-africano onde vai participar na reunião dos BRICS entre 22 e 23 deste mês, além de celebrar os 25 anos das relações diplomáticas entre as duas nações O líder da República Popular da China, Xi Jinping, inicia esta terça-feira a sua quarta visita de Estado à África do Sul, onde participará também na cimeira do bloco de economias emergentes BRICS, anunciou no sábado a Presidência da República sul-africana. “A cerimónia de boas-vindas acontecerá na manhã de terça-feira no Union Buildings, em Pretória, antes [do início] da 15.ª Cimeira dos BRICS marcada para 22 a 24 de Agosto de 2023”, referiu em comunicado. “A visita de Estado ocorre no contexto da celebração de 25 anos de relações diplomáticas entre os dois países, enquanto os laços históricos remontam à conferência de Bandung de 1955”, acrescentou. De acordo com a Presidência sul-africana, a visita de Estado do Presidente Xi é uma oportunidade para “reflectir” sobre a Parceria Estratégica Abrangente (CSP, na sigla em inglês) e de “aprofundar” a cooperação entre os dois países no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação a 10 anos (2020-2029). “A China é o maior parceiro comercial global da África do Sul em volume de negócios”, frisou-se na nota, sem avançar indicadores, acrescentando que “a China é também um importante investidor” no país africano. Nesta visita de Xi, as autoridades de Pretória dizem ter a expectativa de reforçar a cooperação multilateral com Pequim, “especificamente no contexto dos BRICS, G77 mais a China, e G20 e obter o apoio chinês ao apelo da África do Sul e do continente para a reforma das instituições de governança global, nomeadamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas”. Observadores acreditam que na África do Sul o bloco BRICS vai procurar estabelecer uma nova relevância face à guerra da Rússia na Ucrânia, à competição global entre os gigantes asiáticos China e Índia, e à derrapagem da economia da África do Sul apesar de ser o maior produtor mundial de platina, entre outros minérios, e um dos principais produtores de ouro do mundo. É quarta visita de Estado do líder chinês à África do Sul desde 2013. Parceria sólida A África do Sul foi convidada a ingressar no bloco BRIC – formado então por Brasil, Rússia, Índia, China -, a 24 de Dezembro de 2010 e, a 14 de Abril de 2011, o Presidente sul-africano Jacob Zuma participou na terceira Cimeira dos BRICS em Sanya, China. Xi visitou a África do Sul em 2018, onde participou na 10.ª Cimeira dos BRICS, que se realizou em Joanesburgo por ocasião do centenário do nascimento do líder histórico Nelson Mandela. Em 2013, Xi avistou-se com o seu homólogo sul-africano, Jacob Zuma, em Pretória, em que discutiriam o reforço da parceria estratégica estabelecida entre os dois países em 2010. Durante a visita de Estado à África do Sul, também participou na 5.ª Cimeira dos BRICS, na cidade portuária de Durban, sudeste do país.
Hoje Macau Manchete PolíticaUE / Relatório | MNE e Governo rejeitam críticas europeias O Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros juntou-se ao Governo da RAEM e apontou que a UE não tem o direito de interferir nos assuntos internos da China A aprovação da nova Lei de Segurança Nacional “ameaça minar as liberdades fundamentais” em Macau, alertou um relatório divulgado pela União Europeia (UE), descrito no sábado pelo Governo da RAEM como calunioso e difamatório. Num relatório divulgado na sexta-feira, a UE recordou que entrou em vigor a 30 de Maio em Macau a revisão da lei de segurança nacional, que alarga o crime de secessão a acções não violentas, amplia a definição de sedição e pode acusar qualquer pessoa no estrangeiro que cometa crimes contra a segurança nacional da China. “O foco crescente na segurança nacional corre o risco de minar as liberdades fundamentais em Macau e corroer o princípio ‘um país, dois sistemas’ e o alto grau de autonomia” da região chinesa, sublinhou o relatório do Parlamento Europeu publicado pela Comissão. A integração de Macau na China, acordada com Portugal, foi feita em 1999 com base no princípio “um país, dois sistemas”, que previa a manutenção do modo de vida local durante 50 anos, incluindo as liberdades e direitos individuais. O relatório da UE indica ainda que “a liberdade de reunião continua sob ameaça”, recordando que desde 2020 que as autoridades proíbem a realização de uma vigília pública a propósito de Tiananmen. Au Kam San, um dos fundadores da União de Macau para o Desenvolvimento da Democracia, confirmou à Lusa em Maio que a associação que organizou durante mais de 30 anos a vigília foi extinta por receio da nova lei de segurança nacional. Em resposta, o Governo do território defendeu que o documento “caluniou descaradamente” a revisão da lei de segurança nacional, “difamou os direitos humanos e o estado de Direito em Macau e fez alguns comentários falsos” sobre o princípio ‘um país, dois sistemas’. “Forte descontentamento” Num comunicado, o Executivo da cidade “manifesta forte descontentamento e firme oposição” ao que chama de “manipulação política” e que atribui “inteiramente a preconceitos”. O Governo de Macau defendeu serem “factos básicos inegáveis” que os residentes gozam “plenamente dos amplos direitos e liberdades consagrados na Lei Básica”. A última estimativa dada à Lusa pelo Consulado-geral de Portugal na região apontava para 170 mil portadores de passaporte português entre os residentes em Macau e em Hong Kong, sendo que o regime jurídico chinês não reconhece a dupla nacionalidade. Num outro comunicado divulgado no sábado, o Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau disse que a UE “não tem o direito de interferir” nos assuntos do território, porque “são assuntos internos da China”.
Hoje Macau SociedadeInflação | Taxa sobe 0,78%, a vigésima subida mensal consecutiva A taxa de inflação em Macau voltou a subir em Julho pelo vigésimo mês consecutivo, num ciclo que começou em Dezembro de 2021, depois de três trimestres de deflação provocada pela paralisia económica resultante do combate à pandemia. Segundo os dados avançados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o índice de preços no consumidor cresceu em Julho 0,78 por cento, face ao mesmo mês do ano passado. Em relação a Junho deste ano, a inflação 0,06 por cento no mês em análise. A DSEC refere que o crescimento foi “impulsionado, principalmente, pela ascensão dos preços das refeições adquiridas fora de casa, excursões, quartos de hotéis, vestuário” e pelo aumento das propinas escolares. No pólo oposto, a DSEC destaca a diminuição das rendas de casa e a redução dos preços dos bilhetes de avião, que “compensaram parte do crescimento do índice de preços”.
Hoje Macau Grande Plano MancheteChina | Desafios económicos não afectam de imediato investimento A economia chinesa abranda e o sector imobiliário é um dos primeiros a dar sinais de alerta, mas nem assim se esperam consequências negativas no investimento que está a ser feito em Portugal. Contudo, o cenário de abrandamento económico pode ter impactos em toda a Europa O abrandamento da economia chinesa e a crise imobiliária podem afectar a Europa, segundo os economistas consultados pela Lusa, que, contudo, não se mostram apreensivos sobre consequências imediatas para o investimento directo do país em território luso. De acordo com dados do Banco de Portugal (BdP), o investimento chinês em Portugal – incluindo aquele que é feito através de subsidiárias detidas em outros países – subiu para 12.510 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Contudo, a tríade abrandamento económico, crise imobiliária e deflação podem levar a segunda maior potência económica a encolher o investimento directo estrangeiro a nível global. Apesar de admitir que uma paragem do investimento chinês pode ter repercussões, o bastonário da Ordem dos Economistas e professor do ISEG [Instituto Superior de Economia e Gestão], António Mendonça, em declarações à Lusa, afasta para já a ideia de que a actual situação na China “terá consequências imediatas em Portugal”, acreditando que não abalará o interesse do gigante asiático no país, já que “pode haver situações intermédias”. A condicionar o investimento poderão estar, antes, decisões políticas internas portuguesas, segundo o economista e presidente do ‘think-tank’ Internacional Affairs Network, Luís Tavares Bravo, que aponta as recentes maiores limitações de acesso ao programa ‘Vistos Gold’ como “um factor adicional de menor investimento proveniente da China, pelo menos durante o primeiro ano de ajustamento às novas regras de acesso à residência fiscal em Portugal”. Uma questão de números O investimento chinês em Portugal aumentou no primeiro trimestre deste ano quer face aos 10.744 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado quer face aos 11.228 milhões de euros do quarto trimestre de 2022, segundo dados do BdP (que serão atualizados em 21 de Agosto). Os números revelam que este é o nível mais elevado desde o primeiro trimestre de 2019, início da série disponível. No entanto, a queda do indicador de investimento estrangeiro da China a nível global para mínimos de 25 anos no segundo trimestre, com os passivos a diminuírem para 4,9 mil milhões de euros, fez soar alguns alarmes. Luís Tavares Bravo considera que “a menor impetuosidade da China, que foi a mais influente no crescimento global da última década pode afectar toda a economia europeia, e também Portugal”. Destacando que “na última década a China representou cerca de 40 por cento do valor do crescimento da economia global”, salienta que “as notícias recentes dão conta de maior fragilidade económica”, já que “a recuperação da actividade após o levantamento das restrições covid não tem sido o que se esperava”, as exportações estão em queda há três meses consecutivos e as importações há cinco meses, ao que se associa a “queda generalizada de preços que vão desde a componente imobiliária aos bens alimentares”. “A materializar-se o pior cenário, as repercussões destes factores são obviamente impactantes no gigante asiático e podem condicionar a recuperação da economia mundial afectando a procura global e o comércio internacional – a China, por exemplo, é o maior consumidor mundial de matérias-primas – contrariando inclusivamente as expectativas mais optimistas para este ano, que aguardavam um impulso mais forte por parte dos consumidores da China”, salienta. Casas sem liquidez Paralelamente, a China vive uma nova crise de liquidez no imobiliário, com várias construtoras chinesas em risco de entrarem em incumprimento, naquele que é um sector crucial para o país e que viu os preços dos imóveis a caírem, pelo segundo mês consecutivo, em Julho. Os mais recentes episódios da Country Garden – uma das maiores construtoras do país, que não conseguiu cumprir com o pagamento do cupão de dois títulos obrigacionistas – ou da empresa de gestão de fortunas Zhongrong International Trust – com grande exposição ao sector imobiliário, que deixou também de pagar dividendos em alguns produtos de investimento – levantaram novos receios sobre o impacto no sistema financeiro e na economia. “A questão está também associada à capacidade de o Governo chinês conseguir intervir de modo a conter a desconfiança que pode advir deste problema, e desta forma conter, por um lado a desconfiança e fuga de capitais deste sector, e por outro uma espiral descontrolada de queda dos preços no imobiliário”, salienta Luís Tavares Bravo. O economista considera que “à partida, esta bolha poderá ser controlada, mas o Governo chinês tem de facto um delicado exercício de equilíbrios para gerir, uma vez que se encontra também a gerir uma transição de modelo de crescimento da economia”, também esta com um endividamento “significativo”. Num ‘research’ da Allianz Global Investors (AllianzGI), a que a Lusa teve acesso, o economista da gestora responsável pelo acompanhamento da Ásia-Pacífico, Christiaan Tuntono, assinala esperar que sejam anunciadas medidas de flexibilização nos próximos meses. O economista considera que poderão ser contempladas medidas quer do lado da procura, como por exemplo, “menor exigência de entrada, definição mais flexível para a primeira hipoteca da casa, relaxamento nas restrições de compra de casa”, quer do lado da oferta, como “apoio financeiro para apoiar a conclusão da casa”. “Na frente da política monetária, acreditamos que há hipótese de ver mais liquidez bancária e flexibilização da taxa de juros pelo Banco Popular da China [PBoC, na sigla em ingês]”, acrescenta. Além de responder a estes desafios, a China mostra-se comprometida em “optimizar ainda mais o ambiente para o investimento estrangeiro” e “intensificar os esforços para atrair investimento externo”, tendo o Conselho de Estado chinês publicado directrizes para o efeito. Economia em mudança O economista António Mendonça realça que o conjunto de choques externos – que começou com a crise de 2008, a covid-19 e depois a guerra na Ucrânia – acentuaram algumas tendências de transformação da economia mundial: “Estamos a viver um momento de grandes alterações económicas, de alteração de forças”, destaca, defendendo que “tudo aquilo que se passar tem consequências sérias não apenas do ponto de vista interno [para a China] como mundial”. O bastonário considera que além dos factores de natureza internacional, poderá existir “a necessidade de o próprio modelo de crescimento chinês ser objecto de revisão”, para um em que “a procura interna passe a ter um peso mais importante”. Tal também iria permitir, refere, “contrabalançar as próprias restrições que estão a ser colocadas pelo Ocidente, nomeadamente pelo EUA e Europa”. “Por um lado, a Europa quer diminuir os laços de dependência com a China, por outro depara-se com a China ser o maior parceiro comercial. Se houver uma ruptura muito rápida originará consequências negativas”, alerta, acrescentando que caso se adicione “a toda esta complexidade, os factores de natureza política e de geopolítica temos uma panela de pressão”. Excluindo o investimento directo português no próprio país (ocorre quando o investimento tem origem e destino em Portugal sendo feito por entidades intermediárias residentes noutros territórios, como o Luxemburgo ou Países Baixos), a China é o quarto país que mais investe em Portugal, sobretudo através de subsidiárias no Luxemburgo e Hong Kong, nas áreas da electricidade, gás e água e serviços. Não considerando a utilização de outros mercados como veículos para investir em território português, o valor do investimento chinês em Portugal situa-se muito abaixo destes níveis, com o país a sair do ‘top cinco’. No primeiro trimestre deste ano, o investimento directo de contraparte imediata chinês cifrava-se em 3.294 milhões de euros, uma subida face aos 2.983 milhões de euros no período homólogo e aos 3.220 milhões de euros do quarto trimestre de 2022.
Hoje Macau EventosFotografia | Livro “O que foi não volta a ser…” arrecada bronze em concurso O mais recente livro do fotojornalista português Gonçalo Lobo Pinheiro “O que foi não volta a ser…” foi distinguido com Bronze na categoria de Livros Documentais na edição deste ano dos prémios “PX3 – Prix de La Photographie Paris”. O livro, publicado em Novembro de 2022 e que já vai na sua segunda edição, revela o último projecto documental fotográfico. “O que foi não volta a ser…” é o resultado de um trabalho de mais de um ano em que o autor, radicado em Macau há 13 anos, procurou adquirir ou pedir emprestado fotografias antigas de Macau, captadas a preto e branco, entre os anos de 1930 e 1990, em diversos formatos. Gonçalo Lobo Pinheiro recorda, uma vez mais, que fazer este trabalho não foi fácil, por inúmeras razões. “Estou muito feliz. É um concurso de fotografia importante, com muita visibilidade. Sempre disse desde que findei o projecto que não tinha sido fácil executá-lo, por isso, esta distinção deixa-me muito contente”, começou por dizer. “Adquiri as fotografias em leilões, na Internet, a particulares, em lojas e até em Portugal. Poucas me foram dadas ou emprestadas. Aliás, acabei por fazer, por diversas vezes, vários apelos nas redes sociais para ter em minha posse imagens antigas de Macau, o que não aconteceu. As pessoas saudavam a iniciativa, mas quase ninguém me disponibilizou imagens. E depois, claro, estávamos em plena pandemia de Covid-19”, lamentou. Livro bem recebido O autor destaca o facto de o livro ter tido uma “óptima recepção” por parte das pessoas, algo que, assume, “não esperava” apesar de considerar que o tema e a abordagem “são atractivos”. Macau mudou muito nos últimos anos, é certo. “Imaginem fotografias captadas há 70 ou 80 anos. E agora, o que fazer com elas? Se, por um lado, ainda é possível recriar alguns cenários, por outro lado, é impossível obter pontos de contactos noutras fotografias, porque simplesmente as coisas já não existem no território. Tudo mudou. Por isso, na grande maioria dos casos, o que foi não volta a ser”, referiu, deixando a porta aberta para fazer nos próximos anos uma espécie de segundo volume do projecto com fotografias novas. O livro, patrocinado pelo Banco Nacional Ultramarino (BNU) e pela Fundação Rui Cunha, tem o prefácio da jurista e política portuguesa Maria de Belém Roseira, antiga Ministra da Saúde e Ministra para a Igualdade, igualmente deputada à Assembleia da República Portuguesa, que passou por Macau durante os anos de 1980, onde foi administradora da TDM – Teledifusão de Macau. No mesmo concurso, Gonçalo Lobo Pinheiro arrecadou ainda uma menção honrosa na categoria Reportagem de Imprensa com o trabalho “O Último Tributo” que mostra a despedida da população de Macau à Rainha Isabel II na Capela Morrison, localizada junto ao Cemitério Protestante, publicado no jornal Ponto Final e na revista Macau Closer.
Hoje Macau EventosLuís Cardoso, escritor: “É crucial desenvolver a literatura timorense” O autor de “O Plantador de Abóboras” foi ontem condecorado com a Ordem da Liberdade em Timor-Leste, país de onde é natural. Em entrevista, Luís Cardoso considera que cabe aos jovens timorenses, e à população do jovem país, escrever a sua própria história, incluindo ao nível literário O escritor timorense Luís Cardoso, condecorado em Díli com a Ordem da Liberdade, desafiou hoje os jovens timorenses a usar a literatura para contar a história do país e para “exorcizar o passado”. “Timor teve várias fases da sua história. E é nossa obrigação, dever dos timorenses, escrever essa história. Eu faço-o através da literatura e outros podem fazê-lo de outras formas”, explicou Luís Cardoso, em entrevista à Lusa. “É crucial desenvolver a literatura timorense, que pode ser um canal para isso. Passar a história para a literatura, como os escritores portugueses fazem tão bem, é muito importante para Timor. Isso é o nosso dever. Quando escrevemos estamos a exorcizar tudo, o nosso passado, o nosso presente e a projectar para o futuro”, vincou. Luís Cardoso é o nome maior da literatura timorense, vencedor do Prémio Oceanos no ano passado, mas cuja obra ainda não é amplamente conhecida no seu próprio país, que não visitava há quase uma década, como contou em entrevista à Lusa. “Timor é sempre a casa e por isso digo que estou a regressar a casa. Ausentei-me da casa há muito tempo e estou de regresso a casa. Continua a ser predominante o ser timorense, apesar de viver fora de Timor”, refere o escritor, conhecido como ‘Takas’. O país é claramente o foco principal da sua escrita e das personagens que a habitam, e a obra que vai produzindo mistura vivências, memória e imaginário de um país que conheceu e que hoje acompanha à distância. “É na memória que está todo o nosso imaginário. Estudei na escola do Fuiloro e relembro os nomes dos que passaram por lá. A minha memória desses companheiros, a maioria falecidos, é algo muito vivo”, recorda. “Parece que os estou a ver ainda hoje e isso às vezes cria-me um pavor tremendo. Estão presentes em mim, mas não os posso ir abraçar”, enfatiza. Ritmos de escrita Escreve todos os dias, muitas vezes apenas para si próprio, outras a pensar na nova obra que tem “na cabeça”, centrada no mítico Hotel Timor, em Díli, e que descreve como “um livro de exorcismo sobre o passado recente” e onde ainda está a procurar encaixar-se. “Os escritores têm sempre na sua cabeça um Hotel Timor. O Hotel Timor é paradigmático porque passaram por lá a maioria das pessoas, foi porta de entrada das pessoas, cada um com as suas ideias e opiniões”, explica. “Mas como já estou velho estou já naquela fase de ser o ‘velho que escrevia romances de amor’. Espero que seja também um romance de amor”, explicando sorrindo. Fora da literatura é no Facebook que é mais prolífico, com pequenos textos em que vai comentando a construção do jovem país. “Isso é cidadania. Não podendo exercer essa cidadania aqui, de forma presente no país, com as pessoas que estão cá a construir o país, a melhor forma de exercer essa cidadania é, primeiro, a escrever os livros, que têm essa função, mas ao mesmo tempo tentar participar na vida colectiva, através destes pequenos textos que reflectem essa inquietação sobre o meu país, para onde vamos, como somos, e o que vai acontecer no nosso país”, explica. “Crítica, não no sentido de destruição, mas de contribuição para o que acha que o país pode aproveitar”, enfatiza. Muitos dos textos apresentam essa voz crítica, em alguns casos olhando de forma jocosa para o que se vai passando na meia ilha, vincando que o seu país “está num caminho” e que mesmo erros e solavancos devem servir para inspirar e não para entorpecer. “Há oportunidades perdidas e quando isso acontece lamentamos, mas a tristeza não é algo desesperante. Faz-nos reformular os caminhos. Há sim alguma desilusão, de timorenses, e até os protagonistas têm essa consciência de que é necessário reformular, ver o que podemos fazer de melhor, aproveitando a experiência má e boa – e há muitas coisas boas -, e ver o que podemos fazer para a frente”, explica. Condecoração, algo “tremendo” Um dos pontos altos da visita foi a sua condecoração pelo Presidente da República, José Ramos-Horta, “uma coisa tremenda”. “É algo grande demais para mim. Eu desapareço nas coisas. Não sou de grandes eventos. Um escritor quando escreve recebe prémios literários, mas um reconhecimento de um país é algo tremendo. Sentimo-nos pequenos”, disse. “Não contribuí nada no dia a dia para o desenvolvimento do país, contribuí apenas com a minha literatura, e por isso esta condecoração faz-me sentir pequeno. Mas sei que muitos timorenses ficaram contentes com esta decisão e por isso vamos celebrar o momento, que espero marque um novo começo na literatura timorense”, disse. É esse, aliás, outro foco importante da visita: os muitos contactos com jovens e estudantes previstos, oportunidades para conversar sobre o mundo da literatura, ainda pouco explorado em Timor-Leste. Luís Cardoso reconhece essa falta de “referências, de escritores, de poetas” e, por isso, afirma, quando escreve é como “pegar o touro pelos cornos”. “Espero que os jovens, inclusive aqueles com quem vou falar durante esta minha visita, possam usufruir da minha experiência, para que possam também querer escrever. Há uma liberdade tremenda na escrita e cada um escolhe o que quer e como quer escrever”, disse. “Vou partilhar o meu caminho. A literatura não se faz de um dia para o outro. Um dia escrevemos uma coisa que achamos fantástica e no dia a seguir voltamos a ler e dizemos: isto não presta para nada. É um trabalho contínuo”, disse. Luís Cardoso nasceu em Kailako, no interior de Timor-Leste, que aparece por diversas vezes referenciada nos seus romances. É autor de romances como “Crónica de Uma Travessia” (1997), “Olhos de Coruja Olhos de Gato Bravo” (2001), “A Última Morte do Coronel Santiago” (2003), “Requiem para o Navegador Solitário” (2007) e “O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação” (2013). Com a sua mais recente obra, “O Plantador de Abóboras”, tornou-se no primeiro escritor timorense a vencer o prémio literário Oceanos, um dos mais importantes para os países lusófonos. “Takas” condecorado O Presidente timorense condecorou ontem o escritor Luís Cardoso com o Colar da Ordem de Timor-Leste, em reconhecimento pelo seu trabalho literário e pelo papel que teve durante a luta pela autodeterminação do país. José Ramos-Horta destacou o “privilégio e o prazer de trazer de volta a Timor-Leste, à sua terra natal, o grande escritor timorense ‘Takas’”, que comparou com “Mia Couto, o Pepetela e outros grandes escritores de Cabo Verde, Brasil e Portugal”. “’Takas’ orgulha-nos e enriquece a cultura e a literatura timorense. Temos procurado incentivar a leitura e através do escritor ‘Takas’ queremos também tentar incentivar ainda mais a leitura entre os nossos jovens”, destacou. No decreto de condecoração, o chefe de Estado recorda, além do trabalho literário, o papel de Luis Cardoso durante a luta pela independência, período em que exerceu funções de representação do Conselho Nacional da Resistência Maubere (CNRM) em Portugal, quando trabalhou diretamente, entre outros, com o próprio Ramos-Horta.
Hoje Macau China / ÁsiaPM chinês pede que segurança e desenvolvimento sejam “organicamente combinados” O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse ontem que segurança e desenvolvimento devem ser “organicamente combinados”, numa altura em que a crescente ênfase de Pequim na segurança coincide com o abrandamento da economia. Durante uma reunião do Conselho de Estado, o Executivo chinês, Li disse que deve haver “maior foco no desenvolvimento e apoio às empresas” e pediu uma “combinação orgânica” entre segurança e desenvolvimento. A posição de Li surge numa altura em que observadores temem que o crescente ênfase da China na “segurança”, que inclui a entrada em vigor da Lei de Contraespionagem susceptível de dificultar o intercâmbio com o exterior, está a sobrepor-se ao foco do país no desenvolvimento económico. O governo “vai focar-se no progresso enquanto mantém a estabilidade, aplicar com precisão e vigor as medidas de controlo macroeconómico e aproveitar a sinergia entre as várias políticas”, afirmou Li Qiang, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Segundo o primeiro-ministro chinês, vão ser feitos esforços para “melhorar o ambiente de desenvolvimento das empresas privadas”, “optimizar a estrutura do comércio externo” e “melhor atrair e utilizar o capital estrangeiro”. O Conselho de Estado publicou directrizes, no domingo, para “optimizar ainda mais o ambiente para o investimento estrangeiro” e “intensificar os esforços para atrair investimento externo”. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, explicou na quarta-feira que o país asiático “tem confiança, condições e capacidade” para atingir as suas metas anuais e disse que a “imprensa e políticos ocidentais” que “procuram notoriedade ao apontar problemas na recuperação económica da China” vão “confrontar-se com a realidade”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Alerta de seca em quatro províncias Quatro regiões do centro e oeste da China activaram ontem o nível mais baixo de emergência para secas, numa altura em que especialistas locais alertam para secas mais severas este ano face ao retorno do fenómeno climático El Niño. Desde Junho, a seca afectou o centro e o oeste da Mongólia Interior, Gansu, Qinghai e Ningxia, com a quantidade de água a fluir e armazenada nos reservatórios “menor que no mesmo período em anos normais”, informou o ministério dos Recursos Hídricos. A seca severa nas quatro províncias também deve persistir “por um período mais longo”, acrescentou o organismo. O ministério também instou as autoridades locais encarregues de gerir a água a “monitorar o desenvolvimento das chuvas, água e seca”, “desviar cientificamente a água de projectos hidroeléctricos” e “tomar medidas localizadas”. Um especialista citado pelo jornal oficial Global Times destacou que as quatro províncias “têm experiência na gestão de secas” e alertou que o “gado será o mais afectado”. Segundo especialistas locais, o desenvolvimento do El Niño, resultado de mudanças naturais nos ventos e na temperatura dos oceanos, “vai contribuir para o aquecimento global, aumentar a probabilidade de novos recordes de temperatura e fazer com que algumas áreas sofram inundações e outras secas”. Entre Junho e Julho de 2009, dezassete províncias chinesas sofreram fortes secas devido aos efeitos do El Niño. Este Verão, inundações no norte do país asiático deixaram dezenas de mortos. Em 2021 e 2022, os Verões na China ficaram já marcados por chuvas de intensidade sem precedentes em décadas no centro do país, causando mais de 300 mortos, e por uma seca persistente nas zonas mais a sul.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Canadá continua excluído dos destinos autorizados por Pequim a grupos O Canadá permanece de fora da lista de destinos turísticos aprovados por Pequim, devido a acusações de “ingerência” política, indicou na quarta-feira a embaixada chinesa em Otava. Na quinta-feira a China já tinha levantado uma interdição, em vigor desde a crise sanitária devido ao novo coronavírus Covid-19, para as viagens em grupo para mais de 70 países, entre os quais os EUA. Esta interdição já tinha sido levantada para a França. Mas Pequim continua sem levantar a restrições para o Canadá, que acolheu cerca de 700 mil turistas chinesas em 2018. “Nos últimos tempos, a parte canadiana não parou de insistir na dita ‘ingerência chinesa’ e os actos e afirmações discriminatórios e generalizados sobre os asiáticos multiplicam-se no Canadá”, escreveu na quarta-feira a embaixada chinesa no Canadá, para explicar a manutenção das restrições das viagens de grupo destinadas a este país norte-americano. A dirigente da agência de turismo de Niagara Falls, um dos locais mais visitados pelos turistas no Canadá, Janice Thomson, qualificou de decepcionante a decisão de Pequim e desejou que o Canadá faça parte do grupo dos próximos países autorizados aos grupos de turistas chineses.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Xi pede paciência para abrandamento e aponta materialismo ocidental O Presidente da China, Xi Jinping, pediu paciência face ao abrandamento da economia chinesa, num discurso publicado ontem, e disse que os países ocidentais atravessam “cada vez mais dificuldades” devido ao materialismo e “pobreza espiritual” O discurso de Xi foi publicado pela Qiushi, a revista bimensal do Partido Comunista Chinês sobre teoria política, depois de novos dados divulgados esta semana apontarem para o contínuo abrandamento da actividade na segunda maior economia do mundo. O Governo deixou, entretanto, de actualizar a taxa de desemprego jovem, que atingiu valores recorde ao longo deste ano, acima dos 20 por cento. Xi, o líder chinês mais forte das últimas décadas, pediu que a China “construa uma ideologia socialista fortemente coesiva” e que se concentre em objectivos de longo prazo, visando melhorar a educação, saúde e segurança alimentar da população, composta por mais de 1,4 mil milhões de habitantes, em vez de buscar apenas riqueza material a curto prazo. Desde que assumiu o poder, em 2012, Xi restaurou o papel do PCC como líder económico e social da China e reforçou o controlo político sobre os negócios, educação e sociedade. Algumas mudanças têm assumido custos crescentes, à medida que empresas chinesas bem-sucedidas são pressionadas a desviar dinheiro para iniciativas políticas, incluindo o desenvolvimento de ‘chips’ semicondutores. O PCC reforçou o controlo sobre as indústrias de tecnologia através de uma campanha de regulação da gestão de dados e práticas monopolistas, que eliminou milhares de milhões de dólares em capitalização de mercado. “Devemos manter a paciência histórica e insistir num progresso constante, passo a passo”, disse Xi, no discurso difundido pela Qiushi. A revista esclareceu que o discurso foi realizado em Fevereiro, na cidade de Chongqing, no sudoeste do país. É comum que a Qiushi publique discursos meses depois de serem proferidos. Jovens em crise O crescimento económico caiu para 0,8 por cento, no segundo trimestre do ano, face ao período entre Janeiro e Março, quando cresceu 2,2 por cento. Uma pesquisa difundida em Junho constatou que o desemprego entre os trabalhadores urbanos com idades entre 16 e 24 anos atingiu um nível recorde de 21,3 por cento. O Gabinete Nacional de Estatística disse esta semana que iria reter as actualizações enquanto revia os critérios de medição. O Governo chinês também introduziu uma ampla e vaga Lei de Contraespionagem susceptível de dificultar o intercâmbio com o exterior, que preocupa investidores chineses e estrangeiros. Xi enfatizou a “prosperidade comum”, uma campanha do PCC dos anos 1950, que fez reviver. O líder chinês pediu soluções para reduzir a enorme diferença de riqueza na China, entre uma pequena elite e a maioria pobre, e “o desenvolvimento saudável do capital”. “A prosperidade comum para todas as pessoas” é uma “característica essencial da modernização ao estilo chinês e uma distinção da modernização de estilo ocidental”, disse Xi. A modernização do Ocidente “almeja a maximização dos interesses do capital, em vez de servir aos interesses da grande maioria das pessoas”, observou. “Hoje, os países ocidentais enfrentam cada vez mais problemas”, afirmou Xi. “Estes países não podem conter a natureza gananciosa do capital e não conseguem resolver doenças crónicas como o materialismo e a pobreza espiritual”.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Número de visitantes sobe 24,9% face a Junho Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que o número de turistas aumentou 24,9 por cento em termos mensais, entre Junho e Julho. No mês passado Macau recebeu um total de 2.759.544 visitantes, sendo que este número cresceu 28,1 por cento em termos anuais devido “ao aumento do número de visitantes e pelo facto de a base de comparação, de Julho de 2022, ter sido relativamente baixa”. Em Julho, o território recebeu 1.431.681, mais 55,6 por cento, e 1.327.863, excursionistas, com uma subida inferior, de 18,3 por cento em termos anuais. Os visitantes do interior da China continuam a dominar o mercado, tendo Macau recebido, em Julho, 1.910.371 oriundas desta zona do país, mais 25,9 por cento em termos anuais. Destaque para o facto de que 1.087.315 desses visitantes tinham visto individual, o que mostra que as excursões continuam a ocorrer em menor número face a este tipo de viagem. O território recebeu ainda 865.698 pessoas das nove cidades que fazem parte do projecto da Grande Baía, sendo que 23,6 por cento vieram de Zhuhai, num total de 204.191 pessoas. Relativamente aos primeiros sete meses do ano, Macau recebeu 14.405.421 visitantes, mais 314,6 por cento, face ao período homólogo do ano transacto.