Hoje Macau EventosCurtas-metragens | IC aceita inscrições para novo festival O Instituto Cultural (IC) associa-se à Galaxy para criar a primeira edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Macau, que irá decorrer no próximo ano. Desta forma, o prazo de inscrições de projectos, apenas para residentes, decorre entre hoje e 15 de Dezembro. O objectivo, segundo um comunicado do IC, é “incentivar os profissionais qualificados de produção cinematográfica e televisiva de Macau a desenvolver uma gama mais vasta de curta-metragens locais e alargar as oportunidades de intercâmbio com o exterior”. Os vencedores do festival terão direito a receber uma estatueta e um prémio monetário no valor de 40 mil patacas. O evento terá várias sessões de exibição de filmes, workshops e palestras, existindo três categorias em concurso, nomeadamente “Curtas-Metragens de Macau”, “Curtas-Metragens em Ascensão” e “Cineastas em Destaque”. O IC explica ainda que as sessões contam com a presença de “cineastas experientes” como convidados, que irão não só fazer parte do júri como vão ser os protagonistas dos worshops temáticos e das palestras. Pretende-se, assim, “criar uma plataforma internacional de intercâmbio e de exibição de curtas-metragens, que visa simultaneamente divulgar, de forma activa, os trabalhos cinematográficos e televisivos produzidos em Macau”.
Hoje Macau EventosPropriedade intelectual | IC promove palestra com Li Yan, fundador da SCREW Realiza-se a 3 de Dezembro no Museu de Arte de Macau a “Conferência sobre a Cultura Pop da Nova Era e a Tendência da Indústria de Licenciamento de Propriedade Intelectual”, que conta com a presença de Li Yan, artista do interior da China e fundador da SCREW, uma marca de propriedade intelectual O auditório do Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe a 3 de Dezembro uma palestra com Li Yan, conhecido artista oriundo do interior da China ligado à cultura pop e às questões de propriedade intelectual. A “Conferência sobre a Cultura Pop da Nova Era e a Tendência da Indústria de Licenciamento de Propriedade Intelectual” acontece às 15h e revela a visão do fundador da marca de propriedade intelectual SCREW, a fim de “partilhar a sua experiência no que toca à criação e licenciamento de [marcas]”, adianta o Instituto Cultural (IC), em comunicado. As inscrições para a sessão terminam no próximo domingo, 26. O IC adianta que Li Yan “é um conhecido artista contemporâneo, artista digital e um coleccionador de figuras da arte pop, sendo também o primeiro artista chinês de figuras da arte pop a ser apresentado num leilão de arte contemporânea na China”. Trata-se, assim, de uma “personagem altamente activa no panorama das indústrias culturais do Interior da China”, tendo sido apresentado, juntamente com as suas obras, no edifício Nasdaq, na Times Square em Nova Iorque. Li Yan é também autor do livro “Cultura China Meng – Criando um PI de Mascote Global” [China Meng Culture – Creating a Global Mascot IP] e fundador da SCREW, “uma conhecida marca de propriedade intelectual do Interior da China que conta, no seu currículo, com colaborações com várias marcas internacionalmente conceituadas”. Li Yan ajudou ainda a fundar as marcas “NOWAYART” e “Manyan Xingqiu”. Promover profissionalização O IC descreve que o seminário terá como tema “Cultura Pop da Nova Era e a Tendência das Indústrias de Licenciamento de Propriedade Intelectual”, sendo que Li Yan irá “dar a conhecer os seus casos da criação de marcas de propriedade intelectual, assim como partilhar a sua experiência e sucesso no licenciamento” de marcas de propriedade intelectual. Com esta palestra, o IC pretende “continuar a incentivar a profissionalização e a industrialização do sector das indústrias culturais e criativas de Macau, esperando aproveitar estes eventos para aprofundar os conhecimentos dos profissionais interessados na criação de marcas de propriedade intelectual e pela sua concessão”. A conferência será realizada em mandarim. As inscrições podem ser feitas na plataforma de “Conta Única”, sendo que se o número de inscritos ultrapassar o limite das vagas, a admissão será feita por sorteio. Os inscritos seleccionados receberão a notificação por SMS no dia 27 deste mês.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Líder da Igreja Católica chinesa conclui visita histórica O líder da Igreja Católica chinesa, Joseph Li, concluiu este fim de semana uma visita histórica a Hong Kong, de que saíram apelos do topo do clero local à unidade, incluindo em Macau. O arcebispo Li chegou a Hong Kong na segunda-feira, a convite de Stephen Chow, recém-designado cardeal católico da cidade, e que em Abril se tornou o primeiro a visitar a capital chinesa em quase três décadas, marcando uma aproximação entre o fragmentado catolicismo chinês. Num seminário na quarta-feira, Chow afirmou o papel da igreja de Hong Kong como uma “igreja de ponte”, acrescentou a mesma publicação. Em declarações ao Kung Kao Po, Li prometeu melhorar a igreja chinesa, aproveitando a visita enquanto “oportunidade para aprender muitas coisas”. Em setembro, a China disse que deseja “fortalecer a confiança mútua” com o Vaticano, um dos poucos Estados com os quais não tem relações diplomáticas, após o papa ter enviado um telegrama a desejar felicidades ao povo chinês. “A China está disposta a manter um espírito de conciliação com o Vaticano, envolver-se num diálogo construtivo, reforçar a compreensão e a confiança mútua e promover o processo de melhoria das relações bilaterais”, afirmou Wang Wenbin, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaAPEC | Xi Jinping garante que China vai continuar “desenvolvimento pacífico” O Presidente da China disse que o país vai continuar a “manter-se no caminho do desenvolvimento pacífico” para “melhorar a vida do povo chinês e não [para] substituir ninguém”. Xi Jinping sublinhou a vontade da China de “trabalhar em conjunto” para alcançar mais resultados na cooperação na região Ásia-Pacífico, durante um discurso proferido na cerimónia de encerramento da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), na sexta-feira, em São Francisco. O líder chinês apelou à criação de “uma comunidade aberta, dinâmica, resiliente e pacífica” naquela região, para a qual propôs a aposta em áreas como a inovação tecnológica, a abertura económica e a integração regional, o desenvolvimento verde e a redução das desigualdades. Xi apelou a esforços conjuntos para “criar em conjunto mais 30 anos dourados” para a região. Os Presidentes das duas maiores potências económicas do mundo tiveram esta semana um encontro há muito esperado, após um ano sem contactos, numa altura em que ambos procuram estabilizar a relação bilateral, que tem estado tensa nos últimos anos. No encontro, que durou cerca de quatro horas, concordaram em retomar as comunicações militares e, de acordo com a Casa Branca, chegaram a um acordo para que a China controle os precursores químicos utilizados no fabrico do fentanil, opiáceo que mata cerca de 200 norte-americanos por dia. Durante a estada em São Francisco, Xi defendeu a “construção de pontes” com os Estados Unidos e garantiu que a China está pronta para ser “um parceiro e um amigo” da nação norte-americana com base nos princípios fundamentais do respeito e da coexistência pacífica. O líder chinês assegurou ainda que o país “está feliz por ver uns Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, embora tenha acrescentado esperar que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”. Xi também aproveitou a cimeira da APEC para demonstrar a influência na região, mantendo um encontro com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e para aprofundar os laços com os parceiros latino-americanos, especialmente aqueles que se queixam de que Washington relegou a região para segundo plano, face às guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. No primeiro dia da cimeira, o Presidente chinês encontrou-se com os homólogos do México, Andrés Manuel López Obrador, e do Peru, Dina Boluarte, para reiterar a vontade de reforçar os laços comerciais. Dos dois encontros, Xi recebeu um convite para visitar o México nos próximos meses e o Peru, quando este país acolher a cimeira dos líderes da APEC no próximo ano. Criada em 1989, a APEC reúne 21 territórios asiáticos e americanos que fazem fronteira com o oceano Pacífico: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietname.
Hoje Macau SociedadeIntercâmbio | Mandarim é necessidade para brasileiros O director do Instituto Confúcio da Universidade Estadual Paulista defende que aprender mandarim é “uma necessidade” no Brasil, devido aos crescentes laços comerciais. António Paulino foi um dos 240 convidados do Fórum de Intercâmbio e Aprendizagem Mútua entre as civilizações da China e dos Países de Língua Portuguesa, que terminou ontem “Aprender chinês deixou de ser uma curiosidade e passou a ser uma necessidade para quem quer ter sucesso no mundo do futuro, sobretudo para os brasileiros”, disse o director do Instituto Confúcio da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luis António Paulino. O académico lembrou que a China é, desde 2009, o principal parceiro comercial brasileiro e o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina. Paulino afirmou que os crescentes laços bilaterais têm levado a que cada vez mais brasileiros se interessem pela língua chinesa. O Instituto Confúcio da Unesp, criado em 2008, já ensinou mandarim a 28 mil estudantes, acrescentou. Numa sessão do Fórum de Intercâmbio e Aprendizagem Mútua entre as civilizações da China e dos Países de Língua Portuguesa, o professor sublinhou que também os jovens chineses têm demonstrado maior interesse pelo Brasil. Futuro maravilhoso “Na última década tem-se sentido uma febre de português na China e febre de chinês nos países de língua portuguesa”, disse o director da Academia Chinesa de História, na cerimónia de abertura do fórum. Gao Xiang sublinhou que “mais de 60 universidades chinesas” têm licenciaturas em áreas como língua e cultura portuguesas e tradução português-chinês, ao mesmo tempo que existem delegações do Instituto Confúcio em oito países lusófonos. O historiador defendeu que o evento enquanto oportunidade para “explorar o estabelecimento de uma plataforma e de um mecanismo permanente de intercâmbio cultural e de aprendizagem mútua” entre a China e os países de língua portuguesa. “A criação conjunta de um futuro maravilhoso” precisa de “intercâmbios culturais e a compreensão mútua das civilizações”, acrescentou Gao. Mais de 240 convidados e académicos da China e dos países de língua portuguesa, incluindo Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, participaram no fórum, que terminou ontem. O evento foi organizado pela Academia Chinesa de História, o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China em Macau, o Gabinete de Ligação do Governo Popular Central em Macau, a Fundação Macau e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. O Instituto Confúcio, sob a tutela de uma agência governamental chinesa, estabelece delegações directamente em escolas e ‘campus’ universitários no estrangeiro para promover o ensino do mandarim e a cultura chinesa. Em Portugal, o instituto garante cursos livres de mandarim em cinco universidades portuguesas: Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Minho. O Instituto Confúcio tem também delegações em várias universidades do Brasil, Angola, Moçambique, nas Universidades de São Tomé e Príncipe e de Cabo Verde.
Hoje Macau PolíticaBanca | Activos internacionais caem 4% No final de Setembro, o total dos activos internacionais do sector bancário de Macau decresceu 4 por cento relativamente ao trimestre anterior, atingindo 2.040 mil milhões de patacas, indicou na sexta-feira a Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Sendo de assinalar um decrescimento de 4,3 por cento, correspondendo a 1.480,5 mil milhões de patacas das disponibilidades sobre o exterior e um decréscimo de 3,2 por cento, correspondendo a 559,8 mil milhões de patacas dos activos locais em moedas estrangeiras. A AMCM refere que os empréstimos de entidades não bancárias sobre o exterior que constituíram a maior parte dos activos internacionais diminuíram 7,7 por cento, para um total de 575,9 mil milhões de patacas. Em relação à quota das aplicações financeiras nos mercados internacionais, no activo total do sistema bancário, a AMCM dá conta de um decréscimo de 84,7 por cento, taxa registada no final de Junho de 2023 para o nível de 84 por cento, taxa reportada ao final de Setembro de 2023. As responsabilidades internacionais no passivo total do sistema bancário desceram do nível de 82,5 por cento, registado no final de Junho de 2023 para o nível de 81,8 por cento.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | PIB mais que duplicou no 3.º trimestre face a 2022 O Produto Interno Bruto de Macau mais do que duplicou no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2022. A recuperação foi impulsionada pelas “exportações de serviços de jogo” que foram quase nove vezes superiores ao mesmo período do ano passado Durante o terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) de Macau mais do que duplicou, com um acréscimo anual de 116,1 por cento, em termos reais, devido principalmente ao forte desempenho das exportações de serviços, indicou na sexta-feira a Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Salientam-se os aumentos ampliados para 781,4 por cento das exportações de serviços do jogo e 255,4 por cento das exportações de outros serviços turísticos. A DSEC destacou ainda o contributo da procura interna, que aumentou 15,7 por cento, “em virtude da recuperação contínua da formação bruta de capital fixo e do consumo privado, os quais impulsionaram, em conjunto e num ritmo energético, a continuidade de recuperação económica de Macau”. A formação bruta de capital fixo registou um acréscimo anual de 45,5 por cento, verificando-se nos últimos dois trimestres crescimentos positivos, com a DSEC a realçar ainda os aumentos anuais de 43,9 por cento no investimento em construção e de 50,4 por cento no investimento em equipamento. No capítulo do consumo privado, é salientada a “contínua dinamização”, “estimulada pelas melhorias no ambiente económico e na situação de emprego”, que levaram a despesa de consumo privado a acelerar o crescimento em relação ao segundo trimestre e um “aumento anual de 29,6 por cento, destacando-se as subidas de 22,4 por cento na despesa de consumo final das famílias no mercado local e de 138,7 por cento na despesa de consumo final das famílias no exterior”. No sentido oposto, a DSEC refere que a despesa de consumo final do Governo desceu 23,6 por cento em termos anuais, em consequência do fim das medidas no âmbito do “Plano de subsídio de vida”, popularmente conhecido como cartão de consumo. Neste aspecto, a DSEC dá conta de variações de -41,7 por cento nas compras líquidas de bens e serviços, e de +3,1 por cento nas remunerações dos empregados. Contas feitas Nos primeiros três trimestres de 2023 o PIB registou uma subida anual de 77,7 por cento, em termos reais e a recuperação de Macau equivaleu a 77,4 por cento do volume económico do mesmo período de 2019, informam os Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Quanto ao sector público, o investimento em construção pública e o investimento em equipamento subiram no terceiro trimestre 26,8 por cento e 139 por cento, respectivamente, em termos anuais, graças à continuada realização de obras de grande envergadura, nomeadamente infra-estruturas e diversos empreendimentos de habitação pública. Quanto ao sector privado, o investimento em construção privada cresceu 61,5 por cento e o investimento em equipamento subiu 39 por cento, em termos anuais, visto que as concessionárias de jogo de fortuna ou azar reforçaram os investimentos, estimuladas pela recuperação do ambiente económico de Macau, indica a DSEC.
Hoje Macau Desporto70º Grande Prémio | Calendário de corridas este fim-de-semana Sexta-feira, 17 de Novembro 06h00 – Fecho do Circuito 06h30-07h00: Inspecção do Circuito 08h00-08h45: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Qualificação 09h30-10h10: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Treinos Livres 2 10h30-11h05: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – Qualificação 11h25-11h55: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – Qualificação 12h45-13h35: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – Qualificação 14h05-14h35: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Qualificação 15h05-15h45: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Qualificação 2 18h00: Abertura do Circuito Sábado, 18 de Novembro 06h00: Fecho do Circuito 06h30-07h00: Inspecção do Circuito 07h40-08h00: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Aquecimento 08h30-09h15: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Corrida (12 voltas) 10h05-10h40: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – 1.ª Corrida (9 voltas) 11h20-11h50: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – 1.ª Corrida (8 voltas) 12h50-13h25: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – 1.ª Corrida (9 voltas) 14h05-15h05: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Corrida Classificativa (12 voltas) 15h50-16h50: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Corrida Classificativa (10 voltas) 18h00: Abertura do Circuito Domingo, 19 de Novembro 06h00: Fecho do Circuito 06h30-07h00: Inspecção do Circuito 08h20-08h55: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – 2.ª Corrida (9 voltas) 09h30-10h00: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – 2.ª Corrida (8 voltas) 10h35-11h10: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – 2.ª Corrida (9 voltas) 12h05-13h15: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA (16 voltas) 13h30-14h30: Parada de Carros Clássicos 15h15-15h20: Dança do Leão 15h30-16h30: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA (15 voltas) 18h00: Abertura do Circuito
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping pede construção de “mais pontes” com EUA O Presidente chinês apelou ontem para a construção de “mais pontes” com os Estados Unidos, num jantar com empresários norte-americanos em São Francisco, no qual participaram Elon Musk e Tim Cook, entre outros. “Temos de construir mais pontes e pavimentar mais estradas para que os povos dos dois países interajam. Não devemos erguer barreiras (…)”, afirmou o líder chinês, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Xi considerou que Washington não devia ver a China como o principal concorrente e garantiu que o país está pronto para ser um “parceiro e amigo” dos EUA, com base nos princípios fundamentais do “respeito, coexistência pacífica e cooperação para benefício mútuo”. “Se uma das partes encarar a outra como o principal concorrente, desafio geopolítico e ameaça, isto só conduzirá a políticas desinformadas, acções mal orientadas e resultados indesejáveis”, afirmou. “A China não vai travar uma guerra fria ou quente com ninguém. Independentemente do nível de desenvolvimento que alcançar, a China nunca vai procurar a hegemonia ou a expansão e nunca vai impor a sua vontade aos outros”, explicou. O líder chinês mencionou igualmente as principais iniciativas multilaterais de Pequim, incluindo o gigantesco projecto de infra-estruturas internacional Faixa e Rota e as iniciativas de Desenvolvimento Global, Segurança Global e Civilização Global, “sempre abertas a todos os países”. Anunciou igualmente que o país está disposto a convidar 50 mil jovens norte-americanos a viajar para a China, nos próximos cinco anos, no âmbito de programas de intercâmbio e académicos destinados a reforçar as relações entre os dois povos. O jantar, realizado à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que termina hoje em São Francisco, reuniu magnatas e presidentes executivos como Elon Musk, da Tesla e da SpaceX, Tim Cook, da Apple, Jane Fraser, em representação do banco Citigroup, Darren Woods, da petrolífera ExxonMobil, e Satya Nadella, da Microsoft. O preço por cada mesa de oito lugares foi de 40.000 dólares. Más apostas O Presidente chinês, Xi Jinping, instou ontem os Estados Unidos a “não apostarem contra a China” e “não interferirem nos assuntos internos” do seu país, durante um jantar com empresários norte-americanos em São Francisco. “A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere nos seus assuntos internos. A China não tem qualquer intenção de desafiar os Estados Unidos ou de destituir o país. Pelo contrário, ficaremos felizes por ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos”, afirmou o líder chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Xi expressou a esperança de que Washington “dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera”. O líder chinês considerou que é um “erro” ver a China, que está “empenhada no desenvolvimento pacífico”, como uma ameaça, e alinhar num pensamento de “tudo ou nada” contra o seu país. “A China está a procurar um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão a revitalizar a sua economia. Há muito espaço para a nossa cooperação e somos plenamente capazes de nos ajudarmos mutuamente a ter sucesso e a alcançar resultados mutuamente benéficos”, afirmou o Presidente chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontro | Biden e Xi concordam em restaurar comunicações militares O Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, concordaram na quarta-feira em restaurar algumas comunicações militares entre as duas Forças Armadas, numa reunião em São Francisco. Ambos os lados prometeram uma cooperação para aproximar os Estados Unidos e a China do regresso a conversações regulares no âmbito do que é conhecido como Acordo Consultivo Marítimo Militar, que até 2020 foi usado para melhorar a segurança aérea e marítima. No final do encontro, Biden considerou que a reunião com Xi levou a “progressos importantes”, de acordo com uma mensagem do Presidente norte-americano, divulgada na rede social X (antigo Twitter). “Acabei de concluir um dia de reuniões com o Presidente Xi e acredito que foram algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”, disse. “Baseámo-nos no trabalho de base estabelecido ao longo dos últimos meses de diplomacia entre os nossos países e fizemos progressos importantes”, concluiu. Xi Jinping afirmou, depois da reunião, que os dois líderes concordaram em retomar os diálogos militares de alto nível com base na equidade e no respeito, de acordo com um comunicado divulgado pela emissora estatal chinesa. Os responsáveis militares norte-americanos têm vindo a manifestar repetidas preocupações sobre a falta de comunicações com a China, especialmente porque o número de incidentes entre os navios e aeronaves dos dois países aumentou. Um funcionário dos EUA, que pediu para não ser identificado, disse, após o fim da reunião entre Biden e Xi, que os acordos de comunicação militar significam que o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, poderá reunir-se com o homólogo chinês, assim que este for nomeado. Isto também abre a porta para acordos a outros níveis, incluindo permitir que o comandante das forças dos EUA no Pacífico, com base no Havai, se envolva em conversações com comandantes homólogos, disse o funcionário. O acordo provavelmente significará ainda compromissos operacionais entre os condutores de navios e outros a níveis muito mais baixos em cada país. Relações essenciais Os EUA consideram as relações militares com a China essenciais para evitar erros e manter em paz a região do Indo-Pacífico. Os dois líderes reuniram-se na quarta-feira numa bucólica propriedade rural nos arredores de São Francisco, à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia – Pacífico (APEC). A reunião é a primeira no espaço de um ano entre os dois líderes, depois de um encontro de cerca de três horas, em Novembro de 2022, em Bali, na Indonésia, à margem da cimeira do G20. A última vez que Xi se deslocou aos Estados Unidos foi em 2017, altura em que se reuniu com o então Presidente Donald Trump (2017-2021), na mansão do empresário em Mar-a-Lago, na Florida.
Hoje Macau SociedadeMasdaw | Sorteio para angariar fundos no dia 3 de Dezembro A Associação para os Cães de Rua e o Bem-estar Animal de Macau, mais conhecida por Masdaw, vai organizar no próximo dia 3 de Dezembro, às 14h, um sorteio para angariar fundos no abrigo para animais da associação, na Estrada Dona Maria II, nº6, na zona norte de Macau. As “rifas” podem também ser compradas através de MPay e da aplicação de pagamentos do Banco da China. Os prémios podem ser levantados até 31 de Dezembro. Serão sorteados mais de uma centena de prémios e todas as receitas revertem para o tratamento de cães de rua e para o funcionamento do abrigo da associação. A Masdaw tem à sua guarda 121 cães e uma missão sempre complicada pela frente, face às permanentes dificuldades financeiras que atravessa e as despesas que acumula. Numa publicação no Facebook, a associação deu conta de ter recebido quase 26,5 mil patacas em doações durante o mês de Outubro, quantia que não chega sequer para pagar a renda do espaço onde está o abrigo, no valor de 42 mil patacas mensais, sem contar com os custos com alimentação, veterinários, limpeza, água e electricidade.
Hoje Macau SociedadeSJM | Custo de mão-de-obra excedentária baixou 12% A correctora China International Capital Corporation (CICC) afirma que os custos da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) com mão-de-obra excedentária baixou 12 por cento no terceiro trimestre face ao trimestre anterior, noticiou o portal GGR Asia. Grande parte desta mão-de-obra, associada na maioria aos casinos-satélite detidos pela operadora que deixaram de funcionar no ano passado, saiu da empresa através de diversas negociações laborais. Por sua vez, os salários desta fatia de mão-de-obra foram de 148 milhões de dólares de Hong Kong no terceiro trimestre face aos 169 milhões registados no trimestre anterior. Segundo o GGR Asia, alguns analistas entendem que o ritmo de recolocação destes trabalhadores tem sido “muito mais lento” do que o esperado pelos accionistas e demais investidores. A correctora, em comunicado divulgado na quarta-feira e que cita a própria SJM, explica que a situação dos trabalhos excedentários da operadora de jogo deverá ficar resolvida até 2025, sendo estes redistribuídos para outros cargos e resorts da operadora, ou saindo da empresa mediante negociação. De frisar que, no terceiro trimestre, a SJM registou um EBITDA [resultados antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações] de 566 milhões de dólares de Hong Kong, melhor do que o valor negativo de EBITDA de 968 milhões de dólares de Hong Kong registado no ano anterior. A correctora aponta que o desempenho da SJM actual se deve “a uma perda contínua de EBITDA no Grand Lisboa Palace e nos casinos satélite”, existindo, no entanto, “um equilíbrio com a recuperação gradual do Grand Lisboa” e outros espaços de jogo da operadora.
Hoje Macau SociedadeSMG | Acordo com UM reforça uso de inteligência artificial A Universidade de Macau e os Serviços Meteorológicos e Geofísicos assinaram um acordo de cooperação para reforçar a resposta a desastres e a aplicação de inteligência artificial. Um laboratório da universidade construiu uma plataforma de simulação para prever inundações e um modelo de identificação de tufões O director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Leong Weng Kun, e o reitor da Universidade de Macau (UM), Song Yonghua, assinaram o “Acordo-Quadro de Cooperação entre a Universidade de Macau e a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos”. O acordo tem como objectivo “melhorar ainda mais a capacidade de monitorização, previsão e alerta de desastres meteorológicos e reforçar a aplicação da tecnologia de inteligência artificial (…) nas áreas de previsão e alerta meteorológico antecipado, segurança pública urbana e prevenção de desastres, prestando, em conjunto, apoio técnico para a construção de Macau como uma cidade inteligente e resiliente”, indicaram, em comunicado, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG). A Universidade de Macau (UM) “tem feito progressos notáveis na prevenção e redução de desastres em cidades costeiras, nomeadamente, tufões e chuvas intensas extremas”, acrescentou. Coisas da vida O Laboratório de Referência do Estado de Internet das Coisas para a Cidade Inteligente da UM “desenvolveu uma plataforma de simulação de desastres urbanos referentes às águas e um modelo de identificação de tufões de alta eficiência desenvolvido pelo sistema de aprendizagem com base na integração de características”, sublinhou a mesma nota. A assinatura do acordo, na terça-feira, é, por isso, considerada “um bom início para um mecanismo de cooperação a longo prazo”, pelo que “ambas as partes vão trabalhar em conjunto nas áreas de ‘storm surge’ [inundações], tsunami, previsão meteorológica antecipada, aplicação de tecnologia de inteligência artificial e aprendizagem automatizada, pesquisa e desenvolvimento de sistemas de previsão operacional, avaliação de risco de catástrofes, equipamentos de monitorização e intercâmbio e visitas recíprocas de pessoal, entre outros”. Além da assinatura do acordo, realizou-se o primeiro colóquio de intercâmbio, para discutir e trocar impressões sobre a cooperação da primeira fase.
Hoje Macau PolíticaIAM | Concursos públicos para mercados com quase 400 propostas Terminou ontem o prazo de entrega de propostas ao concurso público para 15 bancas no Mercados da Horta e Mitra e no Centro de Comidas do Mercado do Patane. Segundo informação divulgada ontem pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), foram recebidas 393 propostas para as cinco bancas no Mercado de Horta e Mitra e dez bancas no Centro de Comidas do Patane, destinadas à exploração de 13 tipos de produtos ou gastronomias. As propostas dos concorrentes serão avaliadas com base em cinco critérios principais. Estratégia de operação, experiência e qualificação, horário diário de exploração da banca, diversidade da tipologia de mercadorias e conveniência dos instrumentos de pagamento. O IAM indica que a selecção dos operadores terá também em conta a capacidade para injectar novo vigor nos mercados. O IAM sublinhou que tentará concluir o processo de atribuição de todas as bancas e celebrar os contratos no prazo de três meses após a publicação da lista definitiva. É ainda indicado que mudança de paradigma da distribuição das bancas desocupadas do antigo regime de sorteio para concurso público eleve “o entusiamo nos negócios e a qualidade dos serviços dos mercados, disponibilizando assim opções de compras mais diversificadas aos residentes”.
Hoje Macau Desporto Manchete70º Grande Prémio | O menu do segundo fim-de-semana Depois do aperitivo servido no fim de semana passado, nestes próximos quatro dias vamos degustar do melhor que o automobilismo nos pode oferecer no Circuito da Guia, com duas Taças do Mundo da FIA, as provas finais da competição de carros de Turismo com maior expressão a nível mundial e do maior campeonato de automobilismo da China, e ainda a única prova de motociclismo de estrada do continente asiático Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA Colheita excepcional Os novos F3 mostraram toda a sua espectacularidade e rapidez em 2019, e depois de três anos de F4 como “prato principal”, Macau já merecia algo mais requintado para este banquete automobilístico. Contudo, esta não foi uma corrida fácil de colocar de pé pela FIA, com as equipas a debaterem-se com algumas dificuldades em viajar até Macau, a começar com a falta de peças sobressalentes e exigente logística. Nove das dez equipas do Campeonato de F3 da FIA aceitaram viajar, cada uma com três monolugares Dallara, até à RAEM para a mais icónica corrida de F3 do panorama mundial e entre 27 concorrentes há muita qualidade e caras conhecidas. Richard Verschoor venceu em 2019 e foi chamado pela Trident para liderar a equipa italiana. Agora a competir na F2, o neerlandês vai tentar obter um “bis” nas ruas de Macau. Contudo, o nome mais sonante da grelha de partida é certamente o de Dan Ticktum, por duas vezes vencedor do Grande Prémio de Macau de F3, ou então, Marcus Armstrong e Callum Ilott, actuais pilotos da IndyCar Series. O irreverente piloto britânico, que agora milita na Fórmula E, venceu em 2017 e 2018, regressando com o objectivo de se tornar o primeiro a vencer a corrida três vezes desde a introdução da F3 em 1983. Já o neozelandês e o compatriota que emigrou para os EUA querem “vingar” performances passadas no Circuito da Guia. A super-equipa SJM Theodore Prema Racing alinha com três carros para vencer, com Paul Aron, Dino Beganovic e Gabriele Minì, enquanto a Red Bull Junior Academy – Zane Maloney, Isack Hadjar e Pepe Martí – espalhou o seu talento por várias equipas. Com um teste de F1 no bolso, Franco Colapinto, apoiado pela Williams F1, é outro talento nato que certamente vai dar nas vistas. Outros nomes familiares, mesmo para aqueles que não seguem a disciplina, são certamente os de Sophia Flörsch, que dispensa apresentações em Macau, Sebastián Montoya, filho do colombiano ex-F1 Juan Pablo Montoya, ou Charlie Wurz, o filho do austríaco ex-F1 Alexander Wurz. Pilotos com ligações a equipas de F1: Red Bull Junior Team Dennis Hauger, Zane Maloney, Isack Hadjar, Pepe Martí, Oliver Goethe Ferrari Driver Academy Dino Beganovic Mercedes Junior Team Paul Aron Williams Driver Academy Luke Browning McLaren Driver Development Programme Ugo Ugochukwu Alpine Academy Gabriele Minì, Sophia Flörsch, Nikola Tsolov Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA Duelo de titãs Muito provavelmente esta vai ser a melhor edição de sempre de uma corrida que se iniciou em 2008 para “Gentleman Drivers” locais e que é hoje um feudo dos grandes construtores e de pilotos profissionais. A Audi, a BMW, a Ferrari, a Mercedes-AMG e a Porsche estão representadas na grelha de partida, com equipas oficiais, ou estruturas apoiadas pela fábrica, e pilotos cedidos pelas marcas. A grelha de partida de duas dezenas de carros da categoria FIA GT3 conta com todos os vencedores das Taças do Mundo disputadas até aqui – Maro Engel, Laurens Vanthoor, Edoardo Mortara, Augusto Farfus e Raffaele Marciello – mais o vencedor da Taça GT Macau de 2020, Ye Hongli, dois campeões do DTM, Sheldon van der Linde e Thomas Preining, dois vencedores do Grande Prémio de Macau de F3, Daniel Juncadella e Mortara (de novo), e o vencedor das três maiores provas de resistência de GT3 da actualidade, Jules Gounon. Os grandes construtores não se pouparam a esforços, a BMW trouxe duas equipas europeias para estrear o seu M3 GT3 nas ruas de Macau, a Mercedes-AMG fez o mesmo para a despedida de Marciello da marca (o próximo destino ainda é incerto, mas a rival BMW é uma forte probabilidade), a Audi foi contratar Mortara só para esta corrida, e até a Ferrari, que é sempre aquela marca que menos precisa de investir no “customer racing”, enviou o rápido brasileiro Daniel Serra para o confronto deste fim de semana. Pilotos de fábrica: Audi Christopher Haase BMW Augusto Farfus Sheldon van der Linde Ferrari Daniel Serra Mercedes-AMG Raffaele Marciello Maro Engel Jules Gounon Daniel Juncadella Porsche Kevin Estre Thomas Preining Alessio Picariello Matteo Cairolli Laurens Vanthoor 55º Grande Prémio de Motos de Macau Duelo a dois … ou a três! A 55.ª edição da corrida de motociclismo de Macau vai ter como principal protagonistas o duo da FHO Racing BMW Motorrad, Michael Rutter e Peter Hickman. Ambos os britânicos vão tripular motos BMW M1000RR com as cores da equipa de Faye Ho, a neta de Stanley Ho. O australiano Josh Brookes é o terceiro membro da equipa e provavelmente o único, na teoria, capaz de se intrometer na luta destes dois multi-vencedores do evento. O finlandês Erno Kostamo, venceu a edição de 2022, e o alemão David Datzer foi o segundo, mas o nível do plantel da corrida do ano passado era muito mais humilde. O regresso em força do contingente anglófono traz consigo pilotos com currículo e andamento, como Davey Todd, quatro classificado em 2019, para além de Rob Hodson, Michael Evans, Paul Jordan, Dominic Herbertson ou David Johnson. Destaque também para a presença da holandesa Nadieh Schoots, que no ano passado se tornou na primeira mulher a competir no evento principal de duas rodas de Macau, que vai pilotar uma Yamaha da Basomba Racing em honra ao amigo falecido este ano na Ilha de Man, o espanhol Raul Torras. Excluindo os dois anos da pandemia que não se realizou o Grande Prémio de Motos, esta será a primeira vez desde 1986 que não virá de Portugal qualquer piloto para competir numa corrida de duas rodas do evento. Aliás, é preciso recuar até aos anos 1960s, nos primórdios das corridas de motos no território, para não se encontrar um nome português numa prova de motos do Grande Prémio de Macau. Corrida da Guia – TCR World Tour Melhores da especialidade Ao longo da sua história de mais de cinquenta anos, a Corrida da Guia sempre foi um ponto de encontro entre os melhores pilotos de Turismo internacionais e alguns dos habituais da modalidade deste ponto do globo. Este ano a história repete-se. Quando o Discovery Sports Events decidiu dar a machadada final na Taça do Mundo de Turismos da FIA – WTCR no final do ano passado, o WSC Group, que tem os direitos do TCR, não perdeu tempo e lançou o TCR World Tour. O fim de semana do 70.º aniversário de Macau encerrará uma época de grande sucesso para o conceito que se situa no topo da pirâmide mundial dos carros de turismo e que, em 2023, a caminho de Macau, teve corridas na Europa, América do Sul e Austrália. Três pilotos, que representam três marcas diferentes, vão lutar por este troféu. A equipa Cyan Racing Lynk & Co venceu as três corridas na sua última participação na Corrida da Guia Macau em 2019, conta com a estrela chinesa Ma Qing Hua, vencedor do título do WTCC de 2017, Thed Björk, e pelo duplo campeão do WTCR, Yann Ehrlacher, para além do uruguaio Santiago Urrutia. Ehrlacher lidera na tabela de pontos, mas em igualdade pontual com Rob Huff. A privada Audi Sport Team Comtoyou conta com o inglês, que detém o recorde de maior número de vitórias na Corrida da Guia, e outro vencedor desta corrida, Frédéric Vervisch, no seu alinhamento de Audi RS 3 LMS da segunda geração. A Hyundai estará presente com “Norbi” Michelisz, o campeão do WTCR de 2019 e vencedor da Corrida da Guia Macau em 2010, que está apenas um ponto atrás de Ehrlacher e Huff. O húngaro será acompanhado pelo companheiro de equipa Mikel Azcona – campeão do WTCR do ano passado – e por um terceiro piloto ainda não nomeado para um Hyundai Elantra N TCR. Sem a força de outros tempos, a Honda escolheu o argentino Nestor Girolami para guiar o seu novo Honda Civic Type R FL5 TCR. A estes juntam-se os pilotos que se qualificaram para esta corrida via o TCR Asia Challenge da passada semana: Lo Sze Ho (Hyundai), Paul Poon (Audi), Deng Bao Wei (Honda), Yan Chuang (Lynk & Co), Osborn Li (Hyundai) e Ken Tian Kai (Audi). Classificação – TCR World Tour: 1. Y. Ehrlacher, 384 pontos; 2. R. Huff, 384; 3. N. Michelisz, 383 Taça de Carros de Turismo de Macau – CTCC Couto, Souza e um campeonato por decidir Este ano, o Campeonato Chinês de Carros de Turismo assumiu-se como um dos mais fortes campeonatos nacionais de Turismo. Agora adoptando a cem por cento o regulamento técnico do TCR, a competição nacional chinesa conta com equipas oficiais da Dongfeng Honda, Hyundai e Link & Co. O Circuito da Guia vai ser o palco de todas as decisões de uma competição liderada pelo norte-irlandês Jack Young da Dongfeng Honda. Para as gentes de Macau, o interesse nesta corrida vai concentrar-se em duas histórias: o regresso há muito esperado de André Couto ao Grande Prémio e o fim de carreira de Filipe Souza. Numa corrida em que as “ordens de equipa” podem pesar e muito, Couto pode ser a chave na luta pelo título da marca japonesa. Por outro lado, Souza, o único piloto de Macau a vencer a Corrida da Guia, quer despedir-se com um resultado de vulto num circuito que conhece como a sua palma da mão. Desafio do 70.º Aniversário do Grande Prémio de Macau Homenagem aos locais Para muitos será provavelmente “mais do mesmo”; uma corrida com os carros do troféu bimarca Subaru BRZ e Toyota GR86, conduzidos por pilotos da região. Contudo, esta será uma justa homenagem às provas locais, que durante os setenta anos foram sempre um pilar do Grande Prémio, ajudando a manter o interesse no evento entre a população local e das regiões vizinhas. A lista de inscritos inclui nada menos do que uma dúzia pilotos de Macau, liderados por Rui Valente e Lei Kit Meng, dois históricos do automobilismo de Macau, aos quais se juntam Mou Chi Fai, Cheung Hing Wah, Chan Chi Ha, Lo Kai Tin, Leong Iok Choi, Carson Tang, Sou Ieng Hong, Leong Keng Hei, Wong Ka Hong e Cheang Kin Sang. Programa de corridas – Quinta-Feira, 16 de Novembro 06h00: Fecho do Circuito 06h30-07h00: Inspecção do Circuito 07h45-08h30: 55.º Grande Prémio de Motos de Macau – Treinos Livres 09h00-09h40: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Treinos Livres 1 09h55-10h20: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – Treinos Livres 1 10h30-10h55: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – Treinos Livres 1 11h10-11h40: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – Treinos Livres 1 12h15-12h45: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Treinos Livres 1 13h00-13h25: Taça de Carros de Turismo de Macau – China Touring Car Championship – Treinos Livres 2 13h35-14h00: Desafio do 70° Aniversário do Grande Prémio de Macau – Treinos Livres 2 14h15-14h45: Corrida da Guia Macau – Kumho TCR World Tour Event of Macau – Treinos Livres 2 15h15-15h55: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA – Qualificação 1 16h10-16h40: Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA – Treinos Livres 2 18h00: Abertura do Circuito
Hoje Macau Desporto70º Grande Prémio | Filipe Souza despede-se da prova Filipe Souza cumpre o seu vigésimo segundo e último Grande Prémio de Macau este ano. E o piloto macaense recorda ao HM olha rapidamente para trás. Melhor recordação “Foi sem dúvida a edição do ano passado em que ganhei a Corrida da Guia. Foi a primeira vez que um piloto de Macau ganhou este título, para além de também ter ganho as duas corridas dessa prova. É disso que me orgulho.” Pior recordação “O pior de tudo foi uma vez em que fui desclassificado após uma sessão de qualificação. Recebi uma penalização que me impediu de participar no dia da corrida. Isto foi há quase dez anos e foi muito marcante para mim. Aprendi muito nessa altura e foi uma lição muito boa para mim.” O que mudou “Para mim, o que mais mudou desde a estreia até hoje foi a minha atitude e a seriedade com que penso nas corridas e, claro, o facto de dedicar mais tempo à preparação física e ao tempo em pista. Foi por isso que consegui muitos bons resultados na minha carreira de piloto.”
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | China é principal origem de estudantes estrangeiros A China continua a ser o maior emissor de estudantes estrangeiros para universidades dos Estados Unidos, segundo dados do Instituto de Educação Internacional (IIE) divulgados ontem. No total, mais de 289 mil chineses estudam actualmente nos EUA, de acordo com a mesma fonte. O número de estudantes norte-americanos na China caiu, no entanto, para o nível mais baixo em mais de uma década. Apenas 211 norte-americanos estudaram na China continental, que exclui Hong Kong e Macau, no ano lectivo 2021/2022. Isto pode reflectir em parte o efeito da política de ‘zero casos’ de covid-19 adoptada pelo país asiático, que ditou o encerramento das fronteiras ao longo de quase três anos. A posição da China como principal país de origem dos alunos estrangeiros nos EUA surge apesar da preocupação com um maior escrutínio nas fronteiras pelas autoridades norte-americanas. De acordo com a embaixada chinesa em Washington, nos últimos dois anos, pelo menos 70 estudantes chineses com vistos legais foram “interrogados, assediados e deportados” pela polícia norte-americana após aterrarem no país. Apesar de existirem alguns indícios de que os estudantes chineses estão a procurar alternativas face ao deteriorar das relações, os EUA continuam a acolher quase o dobro de chineses em comparação com o segundo maior anfitrião, o Reino Unido. Cerca de metade dos alunos chineses nos EUA estudaram matemática, ciências informáticas, engenharia e outras disciplinas do ramo ciência e tecnologia. Os alunos oriundos da Índia, a segunda maior fonte de estudantes estrangeiros nos EUA, atingiram um recorde histórico de 268.923, no ano lectivo 2022/2023, um aumento de 35 por cento, em relação ao ano lectivo anterior.
Hoje Macau SociedadeCompetição em Macau quer ‘startups’ de Moçambique na final O 929 Challenge, uma competição para ‘startups’ e universidades entre os países lusófonos e a China, em Macau, quer garantir a presença de uma equipa de Moçambique na final, disse à Lusa um dos organizadores. A Associação de Empreendedorismo e Inovação Macau-China e Países de Língua Portuguesa, gestora do 929 Challenge, assinou ontem um acordo de cooperação com a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), de Moçambique. O protocolo tem como objectivo dar aos empreendedores moçambicanos, já em 2024, a oportunidade de participarem de forma directa na fase final do 929 Challenge, disse Marco Duarte Rizzolio, co-fundador da competição. O docente da Universidade Cidade de Macau explicou que está a ser ponderada “uma pré-selecção feita em Moçambique através da incubadora [da UEM], para a equipa seleccionada para a final” do 929 Challenge. Num comunicado, a associação disse que a parceria “resulta da colaboração estreita já existente com a incubadora da UEM” e sublinhou que várias equipas da universidade foram seleccionadas como finalistas nas últimas edições do 929 Challenge. Promoção e intercâmbio O projecto de uma equipa da UEM, de produção de biogás a partir de desperdício em explorações avícolas, alcançou em Outubro de 2022 o segundo lugar na segunda edição da competição. “Explorar as oportunidades” em Macau vai permitir a Moçambique “internacionalizar as soluções empreendedoras feitas no país, bem como promover Moçambique enquanto plataforma para o mercado africano”, disse a associação. A parceria com a UEM prevê ainda programas de intercâmbio, “acesso a recursos e mentoria”, assim como a fundos, eventos e programas direccionados para os empreendedores, tanto em Macau como em Moçambique, sublinhou-se no comunicado. A associação prometeu também apoiar as ‘startups’ moçambicanas a participar em “iniciativas de impacto e de promoção do empreendedorismo realizadas em Macau, nomeadamente no domínio da aceleração e desenvolvimento de competências”. O 929 Challenge assinou este ano acordos semelhantes, que garantem um lugar na final da competição em Macau à vencedora da categoria de ‘startups’ do Angola Innovation Summit e a ‘startups’ de Cabo Verde. Na terceira edição do 929 Challenge, que terminou em 28 de outubro, as 16 equipas finalistas, oito ‘startups’ e oito de universidades chinesas e lusófonas, puderam pela primeira vez deslocar-se a Macau. O território seguiu até Dezembro de 2022 a política chinesa de ‘zero covid’, com a imposição de restrições e quarentenas à chegada, algo que impediu os finalistas das duas primeiras edições da competição de irem a Macau apresentar os projectos. O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades de Macau e da Grande Baía e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Hoje Macau EventosFundação Oriente | “Plagiarise”, de Wong Sio Hang, conquista prémio Wong Sio Hang é o artista vencedor da edição deste ano do prémio da Fundação Oriente atribuído na área das artes plásticas. “Plagiarise” é o nome da obra que lhe dá o passaporte para uma residência artística em Lisboa e ainda um prémio monetário de dez mil patacas. Foram ainda atribuídas duas menções honrosas a Wu Hao Zheng e Lai Ka Weng Já são conhecidos os vencedores do prémio anual da Fundação Oriente (FO) atribuído aos melhores talentos locais na área das artes plásticas. O artista vencedor é Wong Sio Hang, autor de “Plagiarise”, tendo sido entregues duas menções honrosas a Wu Hao Zheng, autor da obra fotográfica “The Realm of Oyster” e a Lai Ka Weng, que apresentou a obra de pintura acrílica “A Nocturnal Walk”. Segundo um comunicado da FO, as três obras promovem uma reflexão “sobre a evolução humana na contemporaneidade”. “Plagiarise” é uma réplica dos desenhos que o artista fez na infância, quando tinha três a cinco anos de idade, demonstrando “uma exploração conceptual do significado e do valor da criação artística, particularmente no contexto de tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial”. Segundo a FO, a decisão do artista de “revisitar as obras da sua infância e incorporá-las na sua prática, utilizando o método tradicional da cópia, mostra uma abordagem estimulante que desafia as noções convencionais de expressão artística”. Além disso, “a proficiência técnica e a capacidade de Wong Sio Hang para criar obras de arte delicadas e realistas, também seleccionadas e apresentadas no Salão de Outono, são o pilar das suas explorações mais conceptuais”, é descrito no comunicado da FO. Macau antigo Relativamente às menções honrosas, a fotografia de Wu Haozheng “transforma-se numa névoa distante na exposição da câmara, testemunhando a acumulação e o crescimento de ostras e objectos abandonados”. Trata-se de uma forma de apresentar a quem vê a imagem a antiga Macau “que se desvaneceu na maré da história”. A fotografia revela “um ambiente calmo e desbotado entre as colinas de ostras e o mar enevoado”. Já a série de pinturas “A Nocturnal Walk”, de Lai Ka Wing, retrata “uma cena solitária e melancólica à meia-noite em Macau, uma ideia que teve origem na percepção da artista da importância de acalmar as emoções e do seu desejo de dar um passeio para aliviar as emoções quotidianas reprimidas”. Desta forma, “o seu quadro é pintado em tons de azul para criar uma atmosfera melancólica”, representando também “a calma interior, com uma sensação de tranquilidade”. Na obra destacada pelo júri, “os candeeiros de rua em cada quadro contrastam com o seu ambiente, iluminando as fachadas dos edifícios”, enquanto “o brilho da luz na escuridão simboliza a esperança e o calor, que podem lavar os pensamentos negativos”. Viagem a Lisboa Os prémios FO para as artes plásticas foram atribuídos este domingo. O grande vencedor irá ganhar dez mil patacas, além de ter a oportunidade de realizar uma residência artística em Portugal durante um mês para criar obras de arte. O montante total do prémio, incluindo passagens aéreas, alojamento e alimentação, não será inferior a 40 mil patacas. Este prémio foca-se nos jovens artistas locais com uma idade igual ou inferior a 35 anos, realizando-se em conjunto com a mostra do Salão de Outono. Segundo a organização, este evento anual “constitui uma oportuna oportunidade para mostrar a vitalidade da cena artística de Macau no período de recuperação da pandemia”. Tanto a AFA como a FO afirmam que têm vindo a “trabalhar no sentido de criar plataformas para artistas locais e estrangeiros, proporcionando-lhes oportunidades de interagir e aprender uns com os outros”. Prova de vida A exposição do Salão de Outono tem, este ano, a sua 14.ª edição, contando com um total de 45 artistas e 92 obras seleccionadas, datadas de 2021. Todos eles são artistas que trabalham, estudam e vivem em Macau. As obras desta edição do Salão do Outono, organizada pela AFA – Art for All Society, reflectem “as actuais experiências artísticas da vitalidade criativa local”, sendo que “cerca de um terço das obras de arte centradas em expressões figurativas em meios tradicionais como a pintura sobre tela, aguarelas, tinta da China e cerâmica”. Outro terço dos trabalhos expostos, foca-se mais “em expressões abstractas e principalmente na pintura”. Além disso, a mostra tem também muitas obras no formato digital, nomeadamente nas áreas da fotografia, ilustrações digitais, modelação, vídeo e instalações.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan/Presidenciais | Forças da oposição concorrem unidas O Kuomintang (KMT) e o Partido Popular de Taiwan (TPP), as duas principais forças da oposição em Taiwan, chegaram ontem a um acordo para apresentar um candidato conjunto às eleições presidenciais, marcadas para 12 de Janeiro. O acordo foi comunicado após uma reunião de duas horas e meia entre o candidato do KMT, Hou Yu-ih, o candidato do TPP, Ko Wen-je, e o presidente do KMT, Eric Chu, tendo como testemunha o antigo Presidente de Taiwan Ma Ying-jeou (KMT), noticiou o canal de televisão local SETN News. Os dois partidos tencionam desafiar o candidato do Partido Democrático Progressista, no poder, e actual vice-Presidente, William Lai, que as sondagens indicam ser o favorito. O acordo estabelece que cada um dos partidos vai nomear um perito em estatística para examinar e avaliar as sondagens publicadas por vários meios de comunicação social e as sondagens internas dos partidos, embora a forma como as avaliações vão ser efectuadas não tenha sido explicada em pormenor. Se houver uma diferença superior à margem de erro estatística entre os dois candidatos, o que tiver mais apoio será o candidato presidencial e o outro será apresentado como candidato a vice-Presidente. No caso de a diferença estar dentro da margem de erro, Hou será o candidato presidencial e Ko a vice-Presidente. Os resultados vão ser anunciados no sábado, após o que os dois partidos devem criar uma comissão de campanha para apoiar a nomeação de um ou outro candidato. Os dois partidos também se comprometeram a formar um Governo de coligação se ganharem as eleições, em que o quarto concorrente, também em último lugar nas intenções de voto, é o milionário Terry Gou, fundador da empresa tecnológica Hon Hai Precision Industry, que monta o iPhone e outros aparelhos eletrónicos e é conhecida internacionalmente como Foxconn. O resultado destas eleições vai definir o rumo da política de Taiwan em relação à China.
Hoje Macau China / ÁsiaDados pessoais | Europa “optimista” com projecto transfronteiriço Um grupo empresarial europeu disse ontem ter acolhido “com optimismo” o projecto sobre regulação e promoção do fluxo transfronteiriço de dados da Administração do Ciberespaço da China, “um passo importante” para optimizar as normas no país. A Câmara Europeia afirmou, na apresentação do projecto de estudo, em Pequim, que a avaliação completa vai depender do texto final e da aplicação prática dos limiares relevantes. “Trata-se de uma evolução positiva, mas a verdadeira medida virá com a aplicação efectiva dos regulamentos”, afirmou o vice-presidente da Câmara Europeia, Stefan Bernhart. O inquérito mostrou que 96 por cento das empresas europeias na China transferem dados internamente, sobretudo informações pessoais de empregados e clientes. Sobre os regulamentos planeados, Bernhart disse que, embora “aprecie as isenções propostas”, é “necessária mais clareza”, especialmente em termos como “grandes volumes de dados” e “informações pessoais”. As empresas defenderam um limiar mais elevado para a avaliação da segurança, visando permitir a transferência dos dados necessários para a gestão dos contratos e dos recursos humanos, e sugeriram a revisão das isenções relativas ao fluxo destes dados, a fim de incluir, entre outros, os familiares dos funcionários, que veriam benefícios associados comprometidos. Mais de 40 por cento dos inquiridos salientaram a necessidade de sincronizar as novas regras com as regras existentes em matéria de transferência transfronteiriça de dados. O inquérito mostrou também que a regulação actual aumentou os custos de conformidade, mas 31 por cento das empresas declararam que, em contrapartida, reforçaram os mecanismos de protecção de dados.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Pequim pede melhor ambiente para empresas chinesas A China instou ontem a União Europeia (UE) a ouvir as sugestões das empresas chinesas que operam no bloco e a oferecer-lhes um ambiente de negócios “justo, transparente, estável e previsível”. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, referiu um relatório da Câmara de Comércio Chinesa na UE, que analisa o desenvolvimento das empresas chinesas no mercado europeu e propõe uma série de medidas para melhorar a sua situação. A responsável enfatizou as preocupações das empresas chinesas, incluindo a tendência da UE para “politizar” questões económicas e comerciais, o impacto da política de redução de riscos (‘derisking’) do bloco, os “obstáculos à cooperação científica” e a “falta de eficiência e comunicação” no ambiente empresarial. “As empresas chinesas estão a manter um crescimento sólido na Europa e a contribuir para a recuperação e transformação do continente com os seus projectos em áreas como o ambiente, economia digital, inovação e cooperação sustentável”, frisou. A porta-voz sublinhou que as empresas do país asiático “assumem a sua responsabilidade social” e “promovem o emprego e o bem-estar local”, tornando-se “partes interessadas importantes” na UE. A China e a UE são “forças importantes” na construção de uma “economia mundial aberta” e ambas as partes devem “manter a direcção certa da globalização económica, facilitar o comércio livre e o investimento, reduzir e evitar a criação de novas barreiras”, frisou. “Esperamos que a parte europeia ouça atentamente as sugestões razoáveis das empresas chinesas e satisfaça as suas exigências legítimas”, disse. O comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, afirmou na semana passada, em Pequim, que a China e a UE estão a trabalhar para realizar uma cimeira, a primeira do género em quatro anos, nos dias 7 e 8 de Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa dá sinais de retoma apesar da persistente debilidade no imobiliário A economia da China deu sinais de retoma, em Outubro, com as vendas a retalho e a indústria transformadora a crescerem, embora o sector imobiliário continue a contrair, indicam dados oficiais ontem divulgados. Em Outubro, a produção industrial aumentou 4,6 por cento, em termos homólogos. As vendas a retalho subiram 7,6 por cento, ajudadas pelo forte consumo durante a semana de férias do Dia Nacional. O investimento em imobiliário caiu 9,3 por cento e as autoridades reconheceram que o sector ainda se encontra em “plena fase de ajustamento”, depois de, há dois anos, uma campanha de desalavancagem lançada por Pequim ter suscitado uma crise de liquidez. As perturbações na indústria transformadora, nos transportes, nas viagens e em praticamente toda a actividade económica durante a pandemia terminaram há quase um ano, quando os dirigentes chineses abandonaram a estratégia ‘zero casos’ de covid-19. A melhoria dos dados económicos de Outubro reflecte também o efeito base de comparação face à paralisia da actividade no ano anterior. Os recentes indícios de que a segunda economia mundial está novamente a ganhar força surgem numa altura em que o Presidente chinês, Xi Jinping, se prepara para se reunir com o homólogo dos EUA, Joe Biden, na Califórnia. Novos ritmos Liu Aihua, porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, sublinhou repetidamente a transição da China para novos modelos de crescimento, após décadas de rápida industrialização e grandes investimentos em fábricas, portos e outras infra-estruturas, para um ritmo mais sustentável, liderado pelo consumo interno. A economia continua a melhorar com “políticas eficazes”, embora a recuperação esteja a passar por um “desenvolvimento semelhante a uma onda e um progresso tortuoso”, afirmou. “A pressão externa ainda é grande, os constrangimentos suscitados pela insuficiente procura interna ainda são proeminentes, as empresas têm muitas dificuldades na produção e operação, e os riscos ocultos em alguns domínios exigem muita atenção”, descreveu Liu. Os dados indicam que o consumo está a desempenhar um papel cada vez mais importante no crescimento económico. O consumo contribuiu em 83,2 por cento para o crescimento do produto interno bruto (PIB) entre Janeiro e Outubro, mais 6 por cento do que no mesmo período do ano anterior. Dado o grande fosso entre os rendimentos dos habitantes das cidades e os das pessoas que vivem nas zonas rurais, há grande margem para crescer, disse Liu. O desemprego manteve-se em 5 por cento em Outubro. O Governo chinês deixou de anunciar a taxa de desemprego dos jovens trabalhadores há alguns meses, quando esta atingiu os 20 por cento. Liu disse que o gabinete de estatísticas e outros departamentos relevantes estão a estudar a questão e a trabalhar para melhorar a recolha de estatísticas e que serão publicadas actualizações sobre a situação “no momento oportuno”.
Hoje Macau SociedadeColoane | Governo recupera terreno da Assembleia de Deus Pentecostal O secretário para secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, decretou a recuperação de um terreno em Coloane que tinha sido concessionado à Corporação Evangélica Assembleia de Deus Pentecostal. Segundo a justificação apresentada através de um despacho publicado no Boletim Oficial, em causa, está o facto de a corporação com sede em Lisboa não ter utilizado o terreno “pelo menos nos últimos quatro anos” de acordo com os fundamentos da concessão, ou seja, para a recuperação de toxicodependentes. “A sobredita concessionária não se encontra a prosseguir no terreno, há pelo menos quatro anos, a actividade de recuperação de toxicodependentes, a qual esteve na origem e foi o fundamento para a concessão por arrendamento e com dispensa de concurso público do mesmo”, foi comunicado. Para o Governo, este aspecto “constitui uma violação do dever de utilização do terreno em conformidade com os fins consignados no contrato que rege a concessão”. A decisão foi tomada depois de ser ouvida a Corporação Evangélica Assembleia de Deus Pentecostal, que apesar dos argumentos apresentados, não terá convencido o Executivo. A deliberação pode ser alvo de recurso administrativo para o secretário e posteriormente para os tribunais. O terreno em causa fica situado na ilha de Coloane, junto à antiga gafaria, tem uma área de 7.500 metros quadrados e desde o início que estava prevista a construção de conjunto de edifícios para instalação do Centro de Recuperação de Toxicodependentes, com a inclusão de habitações, escola, escritórios e oficinas, além de um pomar, hortas, campo de jogos e jardim.