Hoje Macau PolíticaConsulado | Directora da Política do Mar em Macau e HK Marisa Lameiras da Silva, directora-geral da Direcção-geral da Política do Mar, entidade ligada ao Ministério da Economia do Governo português, vai estar em Macau e Hong Kong hoje e amanhã para uma série de actividades e encontros com governantes. Hoje, a representante do Governo português reúne, às 16h30, com a secretária para os Transportes e Logística do Executivo de Hong Kong, Mable Chan. Amanhã, é a vez de decorrerem reuniões com governantes da RAEM, nomeadamente Susana Wong, directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, bem como Ip Kuong Lam, director dos Serviços de Proteção Ambiental. Também amanhã, a partir das 11h40, decorre o fórum “Oceanos – Que Futuro”, na Escola Portuguesa de Macau, que conta também com a presença de Marisa da Silva, do cônsul, Alexandre Leitão, e Hidy Yu, presidente e fundadora da Bling Bling Ocean Foundation de Hong Kong, Hidy Yu. O Instituto Internacional de Macau acolhe amanhã, a partir das 15h, o debate “Blue Talk” sobre “Economia Azul Sustentável – Um Oceano de Oportunidades”, com o cônsul, e os académicos Cristina Calheiros, Yanan Song e Jorge Rangel, presidente do IIM. A iniciativa “Blue Talks” nasceu da vontade do Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong de “retomar o conceito e lançar o ciclo” de debates juntando os dois territórios, e que amanhã se inicia.
Hoje Macau Grande PlanoLeão XIV oferece mediação do Vaticano para “silenciar as armas” O Papa Leão XIV exortou ontem os líderes mundiais a sentarem-se e a negociarem para “silenciar as armas” e ofereceu a mediação do Vaticano a todas as partes beligerantes. “A Santa Sé está disponível para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos”, afirmou Leão XIV, ao discursar na audiência no Vaticano aos representantes das 23 Igrejas Católicas do Oriente. O Papa disse ser necessário que “os povos possam redescobrir a esperança e a dignidade a que têm direito”, a dignidade da paz. “O povo quer a paz e eu, com o coração na mão, digo aos dirigentes do povo: encontremo-nos, falemos, negociemos! A guerra nunca é inevitável, as armas podem e devem ser silenciadas, porque não resolvem os problemas, mas aumentam-nos”, afirmou. O apelo do Papa norte-americano surge na véspera de possíveis negociações na cidade turca de Istambul sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Desconhece-se ainda se as conversações de hoje poderão incluir um encontro entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky. Outras guerras têm causado sofrimento noutras latitudes, como no Médio Oriente, em África ou na Ásia. Em primeira mão Leão XIV disse na Sala Paulo VI, perante milhares de pessoas que se deslocaram para o Jubileu de países como a Síria, a Ucrânia, o Líbano e o Iraque, que as Igrejas Orientais conhecem “em primeira mão os horrores da guerra”. “Ao ponto de o Papa Francisco ter chamado mártires às vossas Igrejas”, afirmou, citado pela agência de notícias espanhola EFE. “É verdade: da Terra Santa à Ucrânia, do Líbano à Síria, do Médio Oriente a Tigray [Etiópia] e ao Cáucaso, tanta violência”, lamentou. O Papa, aplaudido pela audiência, disse que o horror da guerra e “dos massacres de tantas vidas jovens” deviam provocar indignação, “porque em nome da conquista militar morrem pessoas”. Pediu que se rezasse pela paz, que descreveu como “reconciliação, perdão, coragem para virar a página e começar de novo”. “Para que esta paz se difunda, farei tudo o que estiver ao meu alcance”, prometeu. “A Igreja não se cansará de repetir: ‘Que as armas se calem’”, afirmou. Leão XIV disse que os outros não são inimigos, mas seres humanos, “não são pessoas más a odiar, mas pessoas com quem dialogar”. O Papa pediu que se fuja “das visões maniqueístas típicas das narrativas violentas, que dividem o mundo entre bons e maus”. Leão XIV rezou pelos cristãos, orientais e latinos, que, especialmente no Médio Oriente, “resistem nas suas terras, mais fortes do que a tentação de as abandonar”. Lançou ainda um novo apelo para que seja dada aos cristãos a oportunidade de permanecerem onde vivem “com todos os direitos necessários para uma existência segura”. Robert Prevost, 69 anos, nascido nos Estados Unidos, mas com dupla nacionalidade norte-americana e peruana, lidera a Igreja Católica desde 08 de Maio, sob o nome de Leão XIV. Sucedeu ao Papa argentino Francisco, que morreu em 21 de Abril, com 88 anos.
Hoje Macau EventosFRC acolhe hoje debate com Sandro Mendonça Acontece hoje, a partir das 18h30, a sessão “Roda de Ideias – Ambientes Regulatórios Criativos”, na Fundação Rui Cunha (FRC), que conta com a presença de Sandro Mendonça, professor associado de Economia do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e professor da Universidade Cidade de Macau. A sessão aborda, mais concretamente, o tema “Steering the ‘Evolving Sandbox Economy’ from the Greater Bay to the Portuguese-Speaking Geographies”, com o foco nas economias da Grande Baía em conexão com países de língua portuguesa. Pretende-se, assim, “explorar o conceito de zonas de inovação experimental, as chamadas ‘caixas de areia’, tal como os espaços recreativos infantis, que permitem futuros avanços através da criação de áreas de ensaio controladas e seguras para testar, replicar, avaliar, adoptar, implementar e lançar novos produtos, dispositivos, tecnologias ou sistemas, dentro de uma estrutura condicionada e provisória”. Com estes processos “ambientais experimentais” associados à economia podem criar-se “meios eficazes de avaliação do desenvolvimento de ideias e projectos inovadores sem que se façam rupturas no funcionamento normal das estruturas empresariais ou institucionais”. Pode-se promover “uma maior liberdade dentro destes sistemas paralelos [as caixas de areia] com uma regulamentação mais dinâmica e flexível”. Sandro Mendonça foca-se, em concreto, na região da Grande Baía, por abranger “um conjunto de cidades que formam um centro de inovação tecno-institucional, até aos países de língua portuguesa que começam a usar estes modelos experimentais, nomeadamente nos sectores das telecomunicações e da energia”. Longa carreira Esta é a terceira vez que Sandro Mendonça apresenta uma sessão na FRC. A primeira foi em 2023, com a palestra “A Mudança nas Comunicações: Do 5G à IA através das Plataformas Digitais”, e depois protagonizou, em 2024, a sessão “O Futuro das BigTech”, onde descreveu o equilíbrio de forças entre os gigantes mundiais, que incluem as empresas norte-americanas Apple, Amazon, Facebook (Meta), Google (Alphabet), e Microsoft, e as chinesas Alibaba e Tencent. Sandro Mendonça é professor catedrático em Portugal, Itália e Macau, tendo leccionado também em programas de doutoramento em Chengdu (UESTC) e Guangzhou (SMU), na China. O seu foco principal é a inovação e a dinâmica sectorial. Recebeu vários reconhecimentos na sua carreira, incluindo o de membro do German Marshall Fund dos Estados Unidos (GMF) e de Jovem Líder Europeu pela Friends of Europe Foundation. Em 2024, coordenou o relatório “The Futures of Big Tech in Europe” para a Comissão Europeia e figurou na lista dos principais cientistas do mundo da Universidade de Stanford. Actualmente, é Conselheiro do Presidente do Instituto Europeu de Patentes (EPO).
Hoje Macau EventosLisboeta Macau acolhe fotografias de Hiroshi Sugimoto Decorre até 30 de Junho a mostra “‘Eternal Imaging’: Exposição de Fotografia de Hiroshi Sugimoto”, patente na galeria Hwa’s, no espaço “Arte H853” no empreendimento Lisboeta Macau. Segundo uma nota da organização, o público pode ver “publicações limitadas da conceituada editora Kyoto Shoin Co., Ltd., da Galeria Koyanagi, Tóquio, e do Mori Art Museum, também em Tóquio”, além de que são apresentadas “fotografias a cores de grande formato da série OPTICKS, lançadas pela primeira vez na exposição comemorativa de abertura do Kyoto City Kyocera Museum of Art”. No caso da série “Seascape”, criada em 1980, o fotógrafo japonês “regista uma cena elementar, o céu e o mar”, num imaginário “antigo que liga as pessoas de hoje a tempos antigos e que, assim, reflecte a eternidade”. Por sua vez, na série de trabalhos intitulada “Teatro”, surge “um ecrã sobre-exposto que comprime um filme de duas horas num feixe de luz branca, abrangendo tanto a nossa consciência como as nossas percepções subconscientes”. No caso da série “OPTICKS”, denotam-se “os tons vermelhos, azuis e verdes, apresentando-se pequenas partículas coloridas por baixo da lente, mostrando a natureza multifacetada da luz através do prisma”. Os organizadores da exposição pretendem “despertar as memórias colectivas que se encontram adormecidas nas imagens, relacionadas com o antigo, o efémero e a eternidade”. O lugar da filosofia Nascido em 1948 em Tóquio, Hiroshi Sugimoto continua a trabalhar nesta cidade, mas também em Nova Iorque. Considerado um “dos fotógrafos com maior profundidade filosófica na arte contemporânea”, com um trabalho que “explora o tempo, a memória, história e a essência da existência através de formatos minimalistas”. Sugimoto é ainda considerado “excelente na utilização da fotografia como um ‘recipiente do tempo’, condensando conceitos abstractos em imagens eternas que evocam a contemplação da vida e do cosmos através da sua serena quietude”. Desde 2023 que é membro da Academia Japonesa das Artes, tendo recebido a Medalha de Honra em Fotografia do National Arts Club, em Nova Iorque, em 2018. O fotógrafo japonês pertence ainda à Real Academia da Bélgica, possuindo um doutoramento honorário atribuído pela prestigiada Parsons School of Design, também situada em Nova Iorque, EUA. Tem trabalhos em colecções seleccionadas de museus como o Modern Museum of Art (MoMA), em Nova Iorque, ou ou Metropolitan Museum, na mesma cidade; bem como o Tate, em Londres, e o Getty Museum, em Los Angeles, entre outros.
Hoje Macau EventosBBC | Concerto “Sete Mundos, Um Planeta” acontece em Julho Decorre a 12 de Julho, no Teatro Broadway, um espectáculo que promete ser uma experiência imersiva sobre o meio ambiente e a crescente necessidade da sua preservação. Trata-se da estreia do Concerto ao Vivo BBC “Sete Mundos, Um Planeta”, tocado em parceria com a Orquestra de Macau “Uma experiência imersiva audiovisual que revela as maravilhas do nosso planeta”. É desta forma que o Instituto Cultural (IC) apresenta o próximo concerto de cariz internacional acolhido em Macau, em parceria com a Galaxy. Trata-se do Concerto ao Vivo BBC “Sete Mundos, Um Planeta”, integrado na temporada 2024-2025 de concertos da Orquestra de Macau (OM), e que acontece a 12 de Julho, 20h, no Teatro Broadway, no empreendimento Broadway Macau. Segundo uma nota do IC, o concerto integra “excertos impressionantes da famosa série documental homónima da BBC, acompanhados com as bandas sonoras interpretadas ao vivo pela OM e que foram compostas pelo vencedor da categoria de banda sonora nos Prémios da Academia Hans Zimmer e pelo vencedor do Emmy Jacob Shea”. O público poderá, assim, ter acesso a uma “experiência imersiva audiovisual pelas paisagens maravilhosas dos sete continentes do planeta, projectadas num ecrã LED gigante de ultra-alta definição e com narração ao vivo”. Sucesso televisivo “Sete Mundos, Um Planeta” é uma das séries televisivas de história natural mais populares da BBC do Reino Unido, tendo sido produzida durante quatro anos em 41 países. A série retrata “paisagens naturais deslumbrantes dos continentes do planeta”, tendo estreado em 2019 e sido amplamente aclamada. Nessa altura, foi batido o “recorde de maior audiência para documentários na BBC One”, com a produção a ser contemplada com “múltiplos prémios”. No dia 12 de Julho, a OM junta-se à maestrina australiana Vanessa Scammell para interpretar “obras musicais comoventes” compostas pelo maestro premiado de banda sonora Hans Zimmer e pelo vencedor do Emmy Jacob Shea. Uma das composições é “Out There”, uma co-composição do mesmo maestro premiado e da famosa cantora e compositora Sia. Além disso, Jason Chan, artista de Hong Kong, irá assumir o papel de narrador em inglês, “conduzindo o público numa envolvente viagem sensorial que entrelaça música e imagem ao explorar as histórias das maravilhas naturais dos sete continentes”. A parceria com a Galaxy faz-se no contexto do “Plano Piloto de Parceria de Espaços do GEG”. O concerto terá a duração de 2h15 e os bilhetes já se encontram à venda, variando o preço entre 150 e 300 patacas.
Hoje Macau China / Ásia“Dragão de Ouro” | China e Camboja iniciam os maiores exercícios militares conjuntos da sua história A China e o Camboja iniciaram ontem as maiores manobras militares conjuntas de sempre entre os dois países, envolvendo equipamento militar chinês de última geração, incluindo artilharia, navios de guerra e cães de combate robotizados. Cerca de 900 soldados chineses e mais de 1.300 soldados cambojanos participam nos exercícios, que se prolongarão até 28 de Maio, segundo um comunicado das Forças Armadas Reais do Khmer (RCAF, cambojanas). Segundo o comunicado, será apresentado equipamento militar chinês de última geração, incluindo veículos blindados, helicópteros, navios de guerra, drones de reconhecimento e cães de combate robotizados. O objectivo é “desenvolver laços mais estreitos e a cooperação” entre os dois exércitos. “Os exercícios são maiores do que no ano passado em termos de pessoal e equipamento”, disse à AFP o porta-voz da RCAF, Thong Solimo, acrescentando que um navio de guerra chinês, o Chanbai Shan, atracou na base naval cambojana de Ream na segunda-feira com o equipamento. A base de Ream, no sudoeste do Camboja, foi renovada pela China e inaugurada a 02 de Abril pelo primeiro-ministro cambojano Hun Manet e uma delegação militar chinesa. “A China quer mostrar os seus músculos” e enviar a mensagem de que “é uma superpotência”, através destes exercícios, apelidados de “Dragão de Ouro”, argumentou Ou Virak, um perito político cambojano, citado pela agência de notícias francesa. Para além desta demonstração de força, a China deve também “dar confiança aos seus parceiros, dizendo-lhes que a China está a crescer, a desenvolver-se e a tornar-se mais forte, tanto em termos de dimensão como de progresso tecnológico e de poder militar”, acrescentou Ou Virak. O Camboja também deverá receber dois navios de guerra da China. Os primeiros exercícios militares conjuntos, denominados “Golden Dragon”, tiveram lugar em 2016 e, no início de 2017, o Camboja pôs fim ao “Angkor Sentinel”, um exercício conjunto semelhante que tinha sido organizado nos sete anos anteriores com as forças norte-americanas.
Hoje Macau China / ÁsiaFaixa e Rota | Colômbia confirma adesão à iniciativa chinesa Na capital chinesa para participar no fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o Presidente colombiano, Gustavo Petro, assinou um memorando de adesão à iniciativa de comércio internacional Faixa e Rota A China e a Colômbia assinaram ontem em Pequim um plano de cooperação para que o país latino-americano se junte à iniciativa chinesa Faixa e Rota, confirmou a Presidência colombiana através da rede social X. O memorando, assinado em Pequim pelos líderes dos dois países, Xi Jinping e Gustavo Petro, junta a Colômbia a uma iniciativa com a qual o gigante asiático pretende gerar uma rede de comércio internacional e alargar a sua influência a nível mundial através da construção de infraestruturas, e à qual já aderiram mais de vinte países da América Latina e das Caraíbas. “No âmbito deste encontro, a Colômbia assinou um importante acordo de cooperação económica para a adesão do nosso país à [iniciativa] Faixa e Rota”, salienta a Presidência colombiana. Xi e Petro reuniram-se ontem para reforçar os laços bilaterais através da assinatura de novos acordos, incluindo este, entre todos o mais emblemático. Antes de viajar para a China, Petro revelou que na sua anterior viagem ao país asiático, em Outubro de 2023, tinha a intenção de assinar este memorando, mas que na altura não foi possível devido a um alegado erro do seu anterior ministro dos Negócios Estrangeiros, Álvaro Leyva. “Isto é o que vou fazer agora, um acordo de intenções; os futuros governos verão se a intenção se torna realidade, e deve tornar-se realidade”, disse há dias o Presidente colombiano. Petro já esteve com Xi na terça-feira na abertura do fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) na capital chinesa, onde apelou a um diálogo entre civilizações “livre de autoritarismo e imperialismo”. A balança comercial entre a Colômbia e a China é particularmente desfavorável ao país latino-americano, cujo défice anual é de cerca de 14 mil milhões de dólares. Em 2024, a Colômbia exportou 2,38 mil milhões de dólares de mercadorias para a China e importou 15,9 mil milhões de dólares de produtos chineses. Além disso, entre 1994 e 2023, a China investiu 813,3 milhões de dólares na Colômbia – ainda assim um valor muito inferior ao de países como os Estados Unidos e a Espanha -, concentrado em setores como as infraestruturas, exploração mineira, energia e transportes. Outros laços Para além do comércio, a Colômbia está a tentar reforçar a cooperação tecnológica com a China. Na terça-feira, Petro visitou a sede da ‘gigante’ de telecomunicações Huawei em Pequim, onde, de acordo com o ministro colombiano de Tecnologia da Informação e Comunicações, Julián Molina, foram discutidas eventuais iniciativas de cooperação nos domínios da inteligência artificial, infraestrutura de dados e conectividade. O interesse do governo de Petro em fortalecer os laços comerciais com a China durante a visita tem causado controvérsia interna, devido ao receio de eventuais repercussões negativas na relação com os Estados Unidos, o maior parceiro comercial da Colômbia.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Rendas aumentam 0,4% no primeiro trimestre Nos primeiros três meses do ano, as rendas de habitação registaram um aumento de 0,4 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, de acordo com “estatísticas das rendas referentes ao primeiro trimestre de 2025”, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os maiores aumentos ocorreram na Baixa da Taipa, onde se registou um crescimento de 1,1 por cento, para uma renda média por metro quadrado de 140 patacas, na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), com as rendas a crescerem 0,8 por cento, para 120 patacas por metro quadrado, e no NAPE e Aterros da Baía da Praia Grande, onde as rendas subiram 0,7 por cento, para uma média de 144 patacas por metro quadrado. À excepção das rendas da habitação, a DSEC aponta que todos os outros espaços apresentaram reduções, entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro de 2025. Em relação às rendas das lojas, os dados mais recentes mostram uma redução de 0,9 por cento, para uma renda mensal de 485 patacas por metro quadrado. A renda média dos espaços utilizados como escritórios teve uma diminuição de 1,3 por cento para 290 patacas por metro quadrado. Finalmente, as rendas médias dos edifícios industriais caíram cerca de 0,2 por cento, para um preço médio de 123 patacas por metro quadrado.
Hoje Macau PolíticaMacau prepara moeda digital para comércio entre China e países lusófonos O secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, revelou que pretende finalizar o sistema da pataca digital em 2025 e utilizá-la como instrumento de liquidação comercial para as transacções entre a China e os países de língua portuguesa “Esperamos que a pataca digital possa ser usada como um dos instrumentos de transacção digitalizada para os países de língua portuguesa, para transacções comerciais, e para transacções sino-portuguesas”, disse Anton Tai Kin Ip. Em resposta a perguntas dos deputados durante a sessão da Assembleia Legislativa, o secretário confirmou que o sistema central da moeda digital deverá estar finalizado até ao final de 2025, seguindo-se uma série de testes técnicos. “A primeira fase de implementação centrar-se-á nas transacções de retalho antes de se expandir para as aplicações grossistas”, disse Tai. “Posteriormente, pretendemos sair de Macau para nos ligarmos à plataforma de língua portuguesa”, acrescentou. Recorde-se que uma delegação liderada por Tai Kin Ip esteve em Lisboa no início de Março, tendo-se encontrado com dirigentes do Banco de Portugal, incluindo o administrador Luís Morais Sarmento. No final de Março, o gabinete do secretário anunciou num comunicado que os vários encontros serviram para “negociar a consolidação e o aprofundamento da cooperação entre Macau e Portugal nas áreas da ciência, tecnologia, economia e comércio”. Tai Kin Ip afirmou na terça-feira aos deputados que iria continuar a visitar mais países de língua portuguesa no futuro, para procurar apoio para a utilização da pataca digital. O secretário prometeu aproveitar as vantagens da pataca digital como uma moeda cuja circulação será livre através das fronteiras de Macau, uma economia aberta ao fluxo de capitais. Pelo contrário, a moeda chinesa, o renmimbi, não é inteiramente convertível em outras moedas e as autoridades de Pequim impõem um rígido controlo ao fluxo de capitais, sobretudo para fora do país. Sementes digitais As trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 225,2 mil milhões de dólares no ano passado, mais 2 por cento do que em 2023, de acordo com dados dos Serviços de Alfândega da China. O protótipo do sistema da pataca digital de Macau (e-Mop) foi lançado em 12 de Dezembro, oito dias antes do fim do mandato do anterior líder do Governo, Ho Iat Seng. Em Setembro, o então regulador financeiro da região disse que a pataca digital poderia “servir de exemplo para os países de língua portuguesa”. O presidente da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), Benjamin Chan Sau San, falava durante a segunda Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorreu em Macau. Na abertura do evento, Ho Iat Seng disse que o desenvolvimento da e-Mop contou com o apoio do Governo e do banco central da China, que foi a primeira grande economia do mundo a lançar uma moeda digital, o renmimbi digital ou e-CNY, em Agosto de 2020. Em Setembro, a AMCM explicou que, antes do lançamento oficial da pataca digital, iria realizar testes para identificar riscos e “estabelecer leis e regulamentos”. O regulador sublinhou que, ao contrário de criptomoedas privadas (a mais conhecida das quais é a Bitcoin), a e-Mop será “uma moeda com curso legal”, com o mesmo estatuto jurídico e valor monetário das moedas e notas físicas de pataca.
Hoje Macau PolíticaGuerra comercial | Operadoras norte-americanas protegidas O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, garantiu ontem que irá proteger as operadoras norte-americanas de casinos na região, em caso de agravamento da guerra comercial entre Pequim e Washington. “As seis operadoras de jogo seguem a lei de Macau. Desde que, seguindo a lei, essas operadoras desenvolvam os seus negócios ordenadamente, de forma saudável, de certeza que são protegidas e apoiadas pelo Governo”, disse o Chefe do Executivo. “Sempre acolhemos de bom agrado investimento estrangeiro”, incluindo “investimentos de capital norte-americano, são todos bem-vindos”, sublinhou Sam. O líder do Governo falava numa conferência de imprensa de balanço da visita de seis dias a Macau do principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos das duas regiões semiautónomas, Xia Baolong. Na segunda-feira, o director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, sob a tutela do Conselho de Estado, o executivo chinês, pediu a 20 empresários locais para “trabalhar em conjunto para promover a prosperidade nacional”. Depois deste encontro, o secretário para a Economia e Finanças de Macau disse aos jornalistas que Xia Baolong apelou ainda à unidade, contra “o aumento do unilateralismo e do proteccionismo comercial nos Estados Unidos”. “Os empresários de Hong Kong e de Macau têm de estar unidos e colocar-se do mesmo lado do Estado. Nesta situação, não há saída se fizermos compromissos e concessões”, sublinhou Anton Tai Kin Ip. O dirigente falava pouco antes da China e dos Estados Unidos anunciarem um acordo na segunda-feira, com efeitos a partir de hoje, ao abrigo do qual reduzirão os direitos aduaneiros mútuos em 115 pontos percentuais durante 90 dias. Ou seja, os direitos aduaneiros dos Estados Unidos sobre as importações chinesas serão de 30 por cento durante esse período, em comparação com 10 por cento da China para as importações dos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaFentanil | China pede aos EUA que parem de culpar Pequim pela epidemia A China pediu ontem aos Estados Unidos da América que parem de culpar os chineses pela epidemia de fentanil no país e criticou as sobretaxas alfandegárias “irracionais” impostas por Washington. “Se os Estados Unidos querem sinceramente cooperar com a China, devem parar de difamar e culpar a China e envolver-se num diálogo baseado na igualdade, respeito e benefício mútuo”, disse o porta-voz do Ministério ddos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, em conferência de imprensa. Os EUA têm responsabilizado a China por ser o país de fabrico da maior parte dos produtos químicos precursores de fentanil que entram nos Estados Unidos. O fentanil é um poderoso opioide sintético que se tornou um problema de saúde pública nos Estados Unidos nos últimos anos, sendo responsável por dezenas de milhares de mortes anualmente. Na segunda-feira, o alto representante dos Estados Unidos para o Comércio, Jamieson Greer, revelou que a crise do fentanil tinha sido abordada pela primeira vez nas conversações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os contactos entre os dois países decorreram desde o fim de semana, em Genebra. A questão do fentanil tem sido um dos principais pontos do confronto tarifário entre as duas potências, com Washington a pedir a Pequim para reprimir a produção e exportação ilegal dos produtos químicos que permitem o fabrico da substância. Questionado ontem sobre as sobre as perspectivas de diálogo sobre o assunto, Lin Jian disse que a China foi proactiva, mas não foi responsável pela crise. “Os Estados Unidos ignoraram a boa vontade da China e impuseram tarifas irracionais sobre o fentanil. Isso prejudica seriamente o diálogo e a cooperação entre China e EUA no combate às drogas e prejudica gravemente os interesses da China”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim põe fim à proibição das companhias chinesas receberem aviões da Boeing A China levantou uma proibição que impedia há um mês as companhias aéreas chinesas de receberem aviões da Boeing, após as negociações comerciais com os Estados Unidos, que reduziram temporariamente os direitos aduaneiros de cada uma das partes. As autoridades de Pequim começaram a informar as transportadoras domésticas e as agências governamentais esta semana que as entregas de aviões fabricados nos Estados Unidos podem ser retomadas, segundo fontes chinesas em declarações à agência Bloomberg sob condição de anonimato, porque a informação é confidencial. Foi dada liberdade às companhias aéreas para organizarem as entregas nos seus próprios prazos e condições, acrescentou uma das fontes. A retoma das entregas à China constitui-se como um impulso imediato para a Boeing. O descongelamento ocorre no momento em que as duas maiores economias do mundo acordaram numa trégua tarifária, com os Estados Unidos a reduzirem para 30 por cento, durante 90 dias, as suas taxas combinadas de 145 por cento sobre a maioria das importações chinesas. A China concordou em reduzir os seus direitos aduaneiros de 125 por cento sobre os produtos americanos para 10 por cento e em eliminar outras contramedidas tomadas contra os Estados Unidos desde 02 de Abril. Até quando? Ainda assim, o restabelecimento das entregas de aviões poderá ser de curta duração, caso a guerra tarifária não venha a ser resolvida durante os três meses de suspensão. Nesse cenário, o gigante aeronáutico norte-americano sediado em Arlington, Virgínia, poderá ver o preço das suas aeronaves aumentar em comparação com os seus dois principais concorrentes, a europeia Airbus e a Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC), que procura ganhar terreno no mercado doméstico com o apoio estatal. A Boeing foi poupada às tarifas durante o último episódio da guerra comercial, durante a primeira presidência de Trump (2017-2021), mas as suas vendas ao ‘gigante’ asiático têm vindo a cair desde 2019. Em 2022, a expectativa era que 25 por cento das entregas internacionais da Boeing fossem para a China, mas em 2023 o número desceu para 9 por cento. Por outro lado, os especialistas acreditam que, se a guerra comercial não for estancada, a disputa fará com que as empresas norte-americanas de todos os sectores vejam preços mais elevados por peças e matérias-primas que compram à China, o que significa que enfrentarão o duplo desafio de ter de realocar parte da respectiva produção e perder competitividade no mercado chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaCELAC | Xi promete 8,3 mil milhões à América Latina e Caraíbas O líder chinês, Xi Jinping, prometeu ontem conceder empréstimos no valor de 66 mil milhões de yuan (8,3 mil milhões de euros) à América Latina e às Caraíbas, numa cimeira com líderes dessas regiões. “Para apoiar o desenvolvimento dos países da América Latina e das Caraíbas, a China fornecerá um crédito de 66 mil milhões de yuan”, disse Xi, na abertura do fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas). Em Pequim, o dirigente elogiou as relações de longa data do país com os países-membros da CELAC, num momento de “confronto entre blocos”. “Embora a China, a América Latina e as Caraíbas estejam distantes, os dois lados têm uma longa história de trocas amigáveis”, disse Xi. “Só através da unidade e da cooperação é que os países podem salvaguardar a paz e a estabilidade mundiais e promover o desenvolvimento e a prosperidade em todo o mundo”, disse o líder chinês, denunciando “a intimidação e a hegemonia”, numa referência aos Estados Unidos. Xi prometeu apoio aos países da América Latina e das Caraíbas para que “rejeitem a interferência externa” e “sigam um caminho de desenvolvimento alinhado com as suas condições nacionais”. “A China apoia as nações regionais na defesa da sua soberania e independência nacional”, acrescentou. Na segunda-feira, a China e dos Estados Unidos anunciaram um acordo, com a validade de 90 dias, com efeitos a partir de 14 de Maio, ao abrigo do qual reduzirão os direitos aduaneiros mútuos em 115 por cento. Sem vitórias Nas primeiras declarações públicas após este acordo, Xi Jinping declarou que “as práticas intimidatórias e autoritárias só levam ao isolamento” e que “não há vencedores numa guerra comercial”. Após a abertura do fórum, Xi Jinping deverá reunir-se com o homólogo brasileiro Lula da Silva, com quem também assinará acordos para ampliar a cooperação bilateral. Além de serem membros do G20, Brasil e China, juntamente com Rússia, Índia e África do Sul, são fundadores do bloco BRICS. O Brasil ocupará a presidência anual do BRICS em 2025 e será o anfitrião da sua próxima cimeira, pelo que se espera que Xi Jinping visite o Brasil nos próximos meses.
Hoje Macau PolíticaEncontro | Xia Baolong destaca nacionalismo de empresários O director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, reuniu com representantes do sector industrial e comercial de Macau. Segundo o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, os temas principais do encontro foram “a implementação do espírito do importante discurso proferido pelo Presidente Xi Jinping aquando da sua visita a Macau, a promoção do desenvolvimento de Hong Kong e de Macau, e o apoio à criação de uma nação forte”. Segundo André Cheong, Xia Baolong “reconheceu a longa e excelente fidelidade do sector industrial e comercial de Hong Kong e de Macau a ‘amar a pátria e Hong Kong’”, e apresentou “opiniões e exigências explícitas relativamente à resposta aos riscos e desafios externos no contexto actual”. O secretário indicou que o “importante discurso” de Xia Baolong firmou a confiança dos presentes “no sentido de tomar acções práticas para amar a pátria e defender Macau”. Xia Baolong | Secretária diz que discurso foi “perspicaz e sincero” A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, desfez-se em elogios em relação a Xia Baolong, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, tendo em conta o discurso por este proferido no âmbito de uma reunião com os representantes dos sectores industrial e comercial. Para a secretária, tratou-se de um discurso “perspicaz e sincero” num encontro onde foram apresentadas “quatro exigências, nomeadamente incentivar o espírito de luta, fomentar a confiança no desenvolvimento, tirar partido das vantagens das empresas e divulgar a história de Hong Kong, Macau e do País”. O Lam disse ainda que “os colegas da área dos Assuntos Sociais e Cultura encontram-se inteiramente dedicados a implementar as directrizes estabelecidas pelo Presidente Xi Jinping durante a sua visita a Macau no ano passado, assim como a delinear meticulosamente o trabalho a ser executado”.
Hoje Macau EventosOchre Space | Exibidas em Lisboa imagens inéditas de performance histórica da arte chinesa A exposição “To Add One Meter to An Anonymous Mountain” é inaugurada esta terça-feira, em Lisboa, 30 anos depois da ‘performance’ decisiva para a arte chinesa de vanguarda, anunciou a galeria Ochre Space, que revela a totalidade das imagens existentes. “To Add One Meter to An Anonymous Mountain” (“Acrescentar um metro a uma montanha anónima”, em tradução livre) é hoje o testemunho em fotografia e vídeo da ‘performance’ empreendida por dez artistas da comunidade conhecida por Beijing East Village, que decidiram desafiar não só a altura do Monte Miaofeng, nos arredores de Pequim, mas também o sistema, com uma ‘performance’ alheia aos modelos tradicionais. No dia 11 de Maio de 1995, os dez artistas reuniram-se para aumentar em um metro a altura do Monte Miaofeng, das montanhas Taihang, com os seus próprios corpos nus, empilhados, inertes, numa actuação registada em imagens. A fotografia final ganhou dimensão internacional depois de apresentada na Bienal de Arte de Veneza de 1999, passando a fazer parte de coleções de instituições como a Tate Gallery, em Londres, o Museu de Arte de Seattle e o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque. Todas as imagens A Ochre Space, no entanto, promete ir mais longe e “mostrar todas – mas todas! – as fotografias da famosa ‘performance’”, como disse à Lusa o curador João Miguel Barros. “To Add One Meter to An Anonymous Mountain”, em Lisboa, segundo o texto de apresentação da mostra, reúne pela primeira vez a documentação completa da ‘performance’, o que inclui imagens inéditas e o vídeo amador feito na altura, permitindo perceber a sequência integral da ação, a sua natureza e complexidade coletivas. A exposição resulta de uma investigação de dois anos do curador, que envolveu conversas com nove dos dez artistas da ‘performance’, assim como com fotógrafos, curadores, colecionadores e académicos, procurando “lançar nova luz sobre a comunidade artística do East Village de Pequim” e reavivar o debate provocado pela obra, que se seguiu à apresentação na Bienal de Veneza de 1999. A par de “To Add One Meter to An Anonymous Mountain” é também apresentada em Lisboa a exposição “RongRong’s East Village”, dedicada a RongRong, “um dos principais fotógrafos da China”, que documentou o quotidiano da comunidade de que fez parte e a sua atividade artística no livro “RongRong’s Diary: Beijing East Village”. A comunidade de Beijing East Village, que se assumiu como movimento artístico no início da década de 1990, emergiu na zona leste da capital chinesa, após os protestos da Praça Tiananmen, em 1989. Entre os seus elementos encontram-se os dez criadores de “To Add One Meter to An Anonymous Mountain”: Cang Xin, Duan Yingmei, Gao Yang, Ma Liuming, Ma Zongyin, Wang Shihua, Zhang Binbin, Zhu Ming e Zuoxiao Zuzhou, além de Zhang Huan, recorrentemente identificado como responsável pela concepção do projecto. No âmbito da exposição será editada a investigação do curador e fotógrafo João Miguel Barros, com documentação e entrevistas, sobre as origens e o legado da ‘performance’. A Ochre Space fez ainda uma edição limitada da fotografia final de “To Add One Meter to An Anonymous Mountain”, numa parceria com Cang Xin, um dos artistas do projeto. A exposição fica patente até 21 de Junho.
Hoje Macau Manchete PolíticaComércio | Chefe do Executivo quer mais investidores lusófonos Sam Hou Fai, Chefe do Executivo, disse ontem que Macau pretende atrair mais investidores de países onde se fala português, a fim de dinamizar a economia local e promover a tão almejada “diversificação económica” O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, disse hoje que a região quer atrair mais investidores estrangeiros, incluindo dos países de língua portuguesa. Numa conferência de imprensa, o Chefe do Executivo disse que o território tem de “receber os amigos estrangeiros para investir em Macau e também concretizar os seus sonhos em Macau”, principalmente na área da tecnologia avançada. Sam Hou Fai sublinhou que “podem ser provenientes dos países de língua português e espanhola”, pois “desde que sejam a favor da diversificação económica, são sempre bem-vindos”, acrescentou. Sam defendeu que os empresários locais devem “explorar os mercados de língua espanhola e portuguesa e os mercados de África e o Médio Oriente”. O Chefe do Executivo sublinhou que este é “o papel de Macau no palco internacional”, atribuído pelo Governo central chinês. “Temos de conhecer quais são as nossas vantagens e promover ao exterior o nosso rumo de desenvolvimento”, disse Sam. Visita a Portugal em Julho Num comunicado divulgado na segunda-feira à noite, o dirigente já tinha apelado ao sector industrial e comercial da cidade para “atrair mais investimentos de capitais estrangeiros e concentrar em Macau mais recursos [humanos] de alta qualidade”. Os empresários locais devem “tirar pleno proveito do papel singular e das vantagens únicas de Macau” para “explorar activamente os mercados prioritários, como os dos países de língua portuguesa”, acrescentou o líder do Governo. Em 14 de Abril, Sam disse que irá visitar Portugal após as legislativas de 18 de Maio, mas não ofereceu qualquer solução para as restrições à residência de portugueses na região. Macau não aceita desde Agosto de 2023 novos pedidos de residência para portugueses, para o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território. Aos portugueses resta a emissão de um ‘blue card’, autorização limitada ao vínculo laboral, sem os benefícios dos residentes, nomeadamente ao nível da saúde ou da educação. Ontem o líder do Governo disse que a visita a Portugal “deve ser em Julho” e poderá incluir uma passagem por Espanha, “para assim encontrar mais projectos de desenvolvimento entre Macau e esses países”. Sam disse que a delegação de Macau irá incluir empresários dos sectores industrial, comercial e financeiro da região e “até certas empresas do interior da China”.
Hoje Macau China / ÁsiaNissan | Cortes de mais 10 mil empregos em todo o mundo A construtura automóvel Nissan vai suprimir mais de 10 mil postos de trabalho em todo o mundo, além dos nove mil já anunciados em Novembro, noticiaram ontem vários órgãos de comunicação social japoneses. De acordo com a televisão NHK, os cerca de 19 mil trabalhadores que serão dispensados equivalem a cerca de 15 por cento da força de trabalho da empresa japonesa. O grupo automóvel escusou-se a confirmar esta informação, que foi divulgada também pelo diário económico Nikkei. A Nissan, na qual o grupo francês Renault detém uma participação de 35 por cento, deverá publicar na terça-feira os resultados relativos ao ano fiscal de 2024-2025 terminado em Março. A Nissan deverá anunciar um prejuízo anual recorde, num contexto de reestruturação da empresa e após a aplicação de mais tarifas pelos Estados Unidos. No final de Abril, o grupo automóvel já tinha previsto perdas líquidas entre 700 a 750 mil milhões de ienes (entre 4,32 a 4,62 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2024-2025, cerca de nove vezes mais do que previa em Fevereiro. O prejuízo explica-se, nomeadamente, “pelos custos associados ao plano de relançamento em curso”, indicou o construtor automóvel, no final de Abril. Perante a persistência do abrandamento das vendas nos seus principais mercados – o americano e o chinês – a Nissan anunciou no início de Novembro que pretendia suprimir 9.000 postos de trabalho em todo o mundo e reduzir em 20 por cento a sua capacidade de produção.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Ouro cai mais de 3 % após acordo entre Washington e Pequim O ouro, activo de refúgio seguro em tempos de incerteza, caiu fortemente ontem, mais de 3 por cento, colocando em risco o nível de 3.200 dólares, depois de os Estados Unidos e a China terem anunciado um acordo comercial. Às 11:00 em Lisboa, o preço do ouro descia 3,23 por cento para 3.217,58 dólares, embora após o anúncio do referido acordo, poucos minutos depois das 8:00, tenha caído ainda mais acentuadamente, para 3.216,29 dólares. E isto depois de os EUA e a China terem anunciado uma redução das tarifas. Concretamente, as tarifas chinesas passarão de 125 por cento para 10 por cento sobre os produtos norte-americanos nos próximos 90 dias. Os EUA farão o mesmo, passando de 145 por cento para 30 por cento sobre os produtos chineses, como parte dos termos acordados durante o fim de semana para travar a nova guerra comercial que estalou este ano. As reduções tarifárias acordadas pela China e pelos EUA entrarão em vigor em 14 de Maio. O acordo acima mencionado entre as duas principais potências comerciais impulsiona o dólar, afectando os preços dos metais em geral. O ouro também desce com a diminuição das tensões geopolíticas, na sequência do cessar-fogo acordado entre a Índia e o Paquistão, enquanto a Rússia e a Ucrânia podem reunir-se esta quinta-feira em Istambul para iniciar uma via diplomática para a resolução do conflito. Com a queda de ontem, o ouro está a afastar-se do actual máximo histórico, de 3.414,65 dólares, verificado em 21 de Abril.
Hoje Macau SociedadeMacau mantém envio de encomendas por via aérea para Estados Unidos A directora dos Correios de Macau disse ontem à Lusa que, ao contrário da vizinha Hong Kong, a região manteve o envio de encomendas para os Estados Unidos (EUA), mas apenas por via aérea. Em 02 de Maio, o Governo norte-americano eliminou a isenção de direitos aduaneiros sobre pequenas encomendas da China continental e de Hong Kong, como as enviadas pelos gigantes do comércio electrónico Shein e Temu. “Na prática, agora Macau não está incluído e o correio [que] vai para os Estados Unidos está andando, excepto por via marítima. O resto, nós mantemos normal”, disse Derby Lau Wai Meng. A directora dos Serviços dos Correios e Telecomunicações (CTT) explicou que o envio de quaisquer mercadorias, por via marítima, de Macau para os EUA, implica uma passagem por Hong Kong, um dos portos mais movimentados do mundo. Ou seja, sobra apenas a hipótese do envio de encomendas por via aérea, confirmou Derby Lau. “Este caso é algo sensível”, admitiu a dirigente. “Eu acho que é melhor não falar [deste assunto], porque o melhor é que não se lembrem de nós”, acrescentou. Trump em acção O fim da isenção de direitos aduaneiros sobre pequenas encomendas da China continental e de Hong Kong surgiu numa ordem executiva, assinada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 02 de Abril. O documento pedia ao secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que apresentasse um relatório, no prazo de 90 dias, sobre se o fim da isenção também deveria abranger Macau, “para evitar a fuga a estas medidas”. Em 16 de Abril, os correios de Hong Kong anunciaram a suspensão do envio de encomendas para os Estados Unidos, em resposta à imposição, “de forma abusiva”, de tarifas pelas autoridades norte-americanas. Um decreto presidencial emitido por Donald Trump, ainda no primeiro mandato, em 2020, eliminou o tratamento preferencial concedido a Hong Kong. A antiga colónia britânica é, por isso, igualmente afectada pela sobretaxa de 145 por cento imposta à China. O principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos de Hong Kong e Macau e os líderes dos governos das duas regiões acusaram, em meados de Abril, os Estados Unidos de impor tarifas para sabotar a China. O líder do executivo de Macau, Sam Hou Fai, criticou os Estados Unidos pela “imposição abusiva de impostos aduaneiros a todos os seus parceiros comerciais”, incluindo a China, “sob vários pretextos”. Ontem, o representante para o Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que Washington e Pequim vão suspender a maioria dos direitos aduaneiros e negociar durante 90 dias. Nas negociações realizadas em Genebra, os Estados Unidos e a China acordaram em reduzir em 115 pontos percentuais os direitos aduaneiros recíprocos impostos um ao outro, passando as importações chinesas a pagar um direito aduaneiro de 30 por cento, enquanto os produtos americanos vão pagar um direito aduaneiro de 10 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China espera acordo de paz duradouro e vinculativo A China disse ontem que espera um acordo de paz duradouro e vinculativo para pôr fim à guerra na Ucrânia, após a proposta do Presidente russo, Vladimir Putin, de abrir negociações diretas entre Kiev e Moscovo. “Esperamos que as partes envolvidas continuem a usar o diálogo e as negociações para chegar a um acordo de paz justo, duradouro e vinculativo que seja aceitável para todas as partes envolvidas”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. Vladimir Putin propôs, no sábado à noite, que a Ucrânia iniciasse negociações diretas entre as partes na quinta-feira, em Istambul, cidade que acolheu, em Março de 2022, as primeiras e únicas negociações entre as partes em mais de três anos de guerra. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu à proposta considerando-a “um primeiro passo” do Kremlin para pôr fim à guerra, mas insistiu que primeiro deve haver um cessar-fogo antes que a Ucrânia se sente para negociar. A proposta da Rússia foi apresentada algumas horas depois de a Ucrânia e os aliados europeus terem exigido a Moscovo que concorde com um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias, sob pena de enfrentar novas sanções económicas. Esta exigência surgiu após uma reunião realizada no sábado em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, a chamada “coligação dos dispostos”. A proposta russa também foi olhada com desconfiança pelos aliados europeus da Ucrânia que exigiram que quaisquer conversações sejam precedidas por um cessar-fogo duradouro.
Hoje Macau China / ÁsiaTibete | Avaliação de danos após sismo de 5,5 na escala de Richter Um terramoto de 5,5 graus na escala de Richter sacudiu ontem a região chinesa do Tibete, onde as autoridades ainda estão a recolher informações sobre possíveis danos e deslizamentos de terras, informaram os meios de comunicação locais. O tremor foi registado às 5:11 locais no condado de Lazi da cidade de Xigaze, com o epicentro a uma profundidade de dez quilómetros, segundo o Centro de Redes Sismológicas da China. Equipas de bombeiros e de salvamento do condado afectado já se deslocaram para a zona do epicentro, onde o tremor foi fortemente sentido, segundo agências locais, citadas pela agência noticiosa oficial Xinhua. As mesmas fontes acrescentaram que estão a recolher informações sobre possíveis deslizamentos de terras e feridos. O Tibete e outras zonas do oeste da China são frequentemente palco de sismos, devido à proximidade do ponto de fricção da placa tectónica asiático-indiana, porém, em razão da baixa densidade populacional da região, os sismos ocorrem frequentemente em zonas pouco povoadas. Ainda assim, no passado dia 07 de Janeiro, um terramoto de magnitude 6,8 na região tibetana, com epicentro no condado de Tingri, perto do campo base norte do Evereste, matou 126 pessoas, feriu mais de 200 e provocou o desmoronamento de centenas de casas e infraestruturas.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Pequim recebe Lula e outros líderes latino-americanos Pequim recebeu ontem vários líderes latino-americanos, a começar pelo Presidente do Brasil, na véspera de um fórum diplomático que visa reforçar as relações com a região, face às tensões comerciais com Washington. Alguns líderes latino-americanos já estão na China, como Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou à capital no sábado para uma visita de Estado de cinco dias. Desde que regressou ao poder, no início de 2023, o líder de 79 anos tem trabalhado para melhorar as relações do país tanto com Pequim como com Washington. Símbolo das fortes relações bilaterais, as exportações brasileiras para a China ultrapassaram 94 mil milhões de dólares em 2024, segundo dados das Nações Unidas. Como potência agrícola na América do Sul, o Brasil exporta principalmente soja e outras matérias-primas para a China. No sentido contrário, o gigante asiático vende semicondutores, telefones, veículos e medicamentos. Ainda ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, conversou em Pequim com o homólogo cubano, Bruno Rodriguez Parrilla. O gigante asiático intensificou a cooperação económica e política com os países da América Latina nos últimos anos e espera que estes unam forças face à imposição de tarifas às importações pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Uma aproximação que será celebrada hoje com a abertura em Pequim da cimeira entre a China e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC), uma organização intergovernamental regional. O encontro constitui-se como uma oportunidade para avaliar as relações entre os dois blocos, no contexto da guerra comercial lançada por Trump e da pressão de Washington para conter a influência de Pequim na América Latina. Dois terços dos países latino-americanos já aderiram à Uma Faixa, Uma Rota, o principal programa de construção de infraestruturas comerciais da China (pontes, aeroportos, portos, estradas), realizado sobretudo nos países em desenvolvimento. Num sinal do crescente peso do gigante asiático, a China suplantou os Estados Unidos como principal parceiro comercial de países como o Brasil, Peru e Chile. Presidentes presentes Outros participantes esperados no fórum China-CELAC incluem o Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o Presidente do Chile, Gabriel Boric. Na semana passada, Gustavo Petro anunciou que iria assinar, durante a viagem à China, uma carta de intenções para que o país se juntasse à Uma Faixa, Uma Rota. O líder chinês, Xi Jinping, também deverá discursar hoje na abertura do fórum China-CELAC. O ministro assistente dos Negócios Estrangeiros chinês, Miao Deyu, disse no domingo que Pequim “sempre abordou o desenvolvimento das relações China-América Latina numa perspetiva estratégica e de longo prazo”. “Os povos da América Latina e das Caraíbas pretendem construir o seu próprio destino, não servir de quintal a nenhum país”, disse Miao, numa referência aos Estados Unidos.
Hoje Macau SociedadeMelco | Plano de “Emprego + Formação” oferece 30 vagas Abrem hoje as inscrições para mais um plano específico de “Emprego + Formação” lançado pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e, desta vez, pela Melco Resorts & Entertainment, que irá disponibilizar 30 vagas para funções as de “embaixador de entretenimento”. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DSAL, o plano segue o regime de “primeiro contratação, depois formação”, “facultando formações em todas as vertentes e oportunidades de desenvolvimento profissional aos residentes de Macau que estejam interessados em exercer actividades de entretenimento não relacionados com o jogo”. Os candidatos admitidos vão participar em acções de formação, organizadas pela Melco, ao longo de um ano e meio, que incluem uma parte prática e contexto real de trabalho. A formação irá apetrechar os candidatos de “conhecimentos de actividades nos teatros e em outros estabelecimentos de lazer” e capacitá-los para darem resposta imediata a “incidentes de segurança e gestão de controlo de crises”. As inscrições encerram a 20 de Maio, daqui a uma semana. Para o dia 27 de Maio, está planeada uma palestra e serão realizadas as entrevistas aos candidatos.
Hoje Macau SociedadeConstrução civil | DSAL organiza cursos com UM Decorre até final deste mês o processo de inscrições para cursos de formação na área da construção civil, realizados entre a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a Universidade de Macau (UM). Assim, vão decorrer o “Curso com certificado para inspector de segurança” e o “Curso de formação de chefe de segurança na construção civil”, com um total de 155 vagas para as duas formações. Segundo uma nota da DSAL, estas acções realizam-se tendo em conta que “o sector da construção civil em Macau tem-se vindo a desenvolver de forma rápida”, pelo que “as medidas de gestão da segurança e saúde ocupacional são fundamentais para a segurança no trabalho”. Os formandos terão direito a um subsídio de formação de 2.500 patacas pago pela DSAL e certificado. No caso do curso de formação de técnico superior de segurança na área da construção civil, os formandos que concluírem com aproveitamento o curso e tiverem, pelo menos, dois anos de experiência profissional na área de gestão de segurança na construção civil, podem pedir a licença de técnico superior nesta área. Os dois cursos são ministrados pelo Centro de Educação Contínua da UM.