Índia exige vigilância das armas do Paquistão

A Índia exigiu ontem que as armas nucleares do Paquistão sejam colocadas “sob vigilância” da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), dias depois do mais grave confronto entre os dois exércitos das últimas duas décadas.

“O arsenal nuclear do Paquistão deve ser colocado sob a supervisão da AIEA. Quero dizer isto muito claramente”, declarou o ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Durante uma visita ao quartel-general das forças armadas em Srinagar, a principal cidade da Caxemira indiana, o ministro questionou se as armas nucleares estarão seguras “nas mãos de uma nação incontrolável e irresponsável”. O Paquistão não reagiu de imediato. Os dois países com armas nucleares envolveram-se na semana passada no confronto militar mais mortífero desde a guerra de 1999.

Na noite de 06 para 07 de Maio, a Índia disparou mísseis contra locais no Paquistão que, segundo Nova Deli, abrigavam membros do grupo ‘jihadista’ suspeito do atentado que matou 26 pessoas em 22 de Abril na Caxemira indiana.

O Paquistão, que negou qualquer responsabilidade pelo ataque, retaliou imediatamente. Durante quatro dias, os dois exércitos trocaram tiros de artilharia e ataques com mísseis e ‘drones’, alimentando sérios receios de um conflito em grande escala. Para surpresa geral, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo imediato no sábado, que foi imediatamente confirmado por ambas as partes.

Não, obrigado

O grupo de antigas personalidades conhecido como os “Anciãos” defendeu ontem em Tóquio a não-proliferação nuclear. O ex-secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou o alerta para o sul da Ásia.

“Existe a possibilidade de o sistema de segurança internacional ser completamente destruído se a Índia ou o Paquistão utilizarem armas nucleares”, advertiu. O ex-presidente colombiano, Juan Manuel Santos, questionou onde esteve a ONU, liderada pelo português António Guterres, durante o conflito.

As tréguas têm sido respeitadas na fronteira entre os dois países, mas a retórica continua a ser muito agressiva. “A Índia não vai tolerar a chantagem nuclear”, afirmou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na segunda-feira à noite.

A Índia negou categoricamente notícias de um ataque a uma instalação nuclear paquistanesa situada a cerca de 200 quilómetros das várias cidades recentemente atingidas por mísseis indianos. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, Randhir Jaiswal, assegurou na terça-feira que a operação militar da Índia “permaneceu convencional”. Durante toda a crise, o Paquistão repetiu que a opção nuclear nunca foi considerada. “Seria inconcebível e estúpido porque colocaria em risco 1,6 mil milhões de pessoas”, afirmou o porta-voz do exército, general Ahmed Chaudhry.

Contas à morte

A Índia dispõe de armas atómicas desde a década de 1990, transportadas por mísseis terra-terra de alcance intermédio. O Paquistão possui mísseis nucleares terra-terra e ar-terra de curto e médio alcance, e efectuou os primeiros testes em 1998.

O exército paquistanês disse que os ataques indianos mataram 40 civis e que perdeu 13 soldados. Já Nova Deli, deu conta da morte de 16 civis e cinco soldados em território indiano. Apesar do desanuviamento no terreno, a Índia e o Paquistão são inflexíveis e afirmam que não vão baixar a guarda. “Se outro ataque terrorista tiver como alvo a Índia, responderemos com firmeza”, avisou Modi.

Numa conversa telefónica com Guterres na quarta-feira, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, afirmou estar “preocupado com as declarações provocatórias e inflamatórias da Índia”.

A Índia e o Paquistão disputam a soberania de Caxemira desde a sangrenta divisão aquando da independência em 1947. O destino do território dos Himalaias, povoado maioritariamente por muçulmanos, deu origem a várias guerras entre os dois países. Desde 1989, o lado indiano tem sido palco de uma insurreição separatista que já causou dezenas de milhares de mortos.

16 Mai 2025

“Flashmobs” este fim-de-semana nos bairros comunitários

Decorre este fim-de-semana a iniciativa “Cultura à Sua Porta”, com a realização de 16 “flashmobs” em 12 bairros comunitários locais, um evento com organização do Instituto Cultural (IC).

Segundo uma nota do IC, as “flashmobs” têm cinco temas, nomeadamente teatro, ópera cantonense, artes marciais, cinema e leitura, pretendendo-se “levar ricos recursos culturais aos bairros comunitários, nutrindo os residentes culturalmente na sua vida quotidiana e reforçando a sua sensação de felicidade”.

Na área do teatro, com o tema “Teatro em Mais Locais”, apresenta-se “Uma Viagem Mágica aos Palcos”, em que se pretende que o público explore “diferentes espaços de actuação, como o anfiteatro grego antigo, o tradicional teatro de bambu de Macau e teatros modernos, através do formato de teatro interactivo”.

Com o tema “Ópera Cantonense em Mais Locais” pretende-se que “os residentes experimentarem esta preciosa arte do património cultural intangível”, enquanto que com “Artes Marcias em Mais Locais”, se apresenta os “movimentos clássicos de Wing Chun no local, onde os residentes poderão também experimentar os movimentos básicos sob a orientação de instrutores e compreender os conceitos da cultura das artes marciais chinesas”.

Cinema e leitura

Já com “Cinema em Mais Locais”, a “flashmob” irá “transformar a comunidade numa sala de cinema ao ar livre, onde o público poderá apreciar o documentário sobre o sector da exibição cinematográfica de Macau ‘Interpretação das Imagens’, conhecer a história centenária da indústria e o desenvolvimento do cinema”.

Por sua vez, através do tema “Ler em Mais Locais”, realiza-se a actividade “Trocar um Livro por Outro”, que também faz parte do “Mês de Leitura Conjunta em Toda a Cidade de Macau 2025”. Os residentes poderão levar livros que cumpram as regras no local, seleccionando os seus preferidos e trocando-os por um número igual ao dos seus próprios livros, realizando a circulação e a partilha dos recursos de leitura nos bairros comunitários.

A actividade “Cultura à Sua Porta” realiza-se em vários períodos da manhã e tarde amanhã e domingo, em bairros comunitários ou locais como o Centro de Actividades de S. Lourenço – Terraço Ajardinado, Parque Central da Taipa, Zona de Lazer da Rua Quatro do Bairro Iao Hon, Zona de Lazer da Praça das Orquídeas, Terraço do Edifício Ip Heng de Seac Pai Van, Jardim de Lou Lim Ioc – Corredor dos Cem Passos, Zona de Lazer da Rotunda de Carlos da Maia, Zona de Lazer da Praceta de Venceslau de Morais, Parque Urbano da Areia Preta, Zona de Lazer contígua ao Edif. Wang Hoi e Wang Kin, Zona de Lazer do Bairro Social de Tamagnini Barbosa e Zona de Lazer de Edf. Lok Yeong Fa Yuen.

16 Mai 2025

Clockenflap | Festival traz Franz Ferdinand e Beth Gibbons ex-vocalista dos Portishead

Está aí mais cartaz do Clokenflap, festival que durante três dias traz muita música a Hong Kong, ao Central Harbourfront. As primeiras presenças já são conhecidas e incluem nomes como Franz Ferdinand ou Beth Gibbons, ex-vocalista dos Portishead. A oferta musical compõe-se ainda com Rich Brian, Jacob Collier e Yoga Lin, entre muitos outros

 

Para quem quer desfrutar de uma enorme variedade musical naquele que é considerado o mês natalício por excelência, o festival Clockenflap em Hong Kong está de regresso este ano para uma nova edição entre os dias 5 e 7 de Dezembro no lugar do costume, o Central Harbourfront. Os bilhetes começaram a ser vendidos esta semana e já se conhecem alguns nomes que sobem ao palco: Rich Brian, Jacob Collier, Franz Ferdinand, Yoga Lin, Panther Chan, e Beth Gibbons, ex-vocalista dos Portishead, os escoceses que revolucionaram o mundo musical com o seu álbum homónimo de 2004 e com êxitos como “Take me Out” ou “This Fire”.

O cartaz integra ainda Rich Brian, conhecido como “a estrela do rap indonésio”, que actua no sábado, 6 de Dezembro, Yoga Lin, a grande “estrela pop mandarim”, agendada para domingo, 7, e Panther Chan, conhecido cantor e compositor local, agendado para o primeiro dia do festival, 5 de Dezembro.

Também na sexta-feira, decorrem as actuações do cantor e compositor britânico Passenger, bem como um dj set com os alemães Digitalism. Destaque ainda para a presença em Hong Kong de Soccer Mommy, “o favorito do alt-indie americano”, ou os Chilli Beans, os “indie-pops japoneses”. Ainda no reino Indie, a organização do festival traz Phum Viphurit, “o querido indie tailandês”, ou os TV Girl, considerados os “heróis indie californianos”.

Do Japão, chega também ao Clockenflap o vocalista e compositor Akasaki, que actua no dia 6, ou ainda a Dj Riria, que nasceu no Japão, mas está radicada no Reino Unido. No que diz respeito aos talentos da música local, o Clockenflap traz de novo aos palcos os Bitter Tea of General Yeng, “de regresso após um longo hiato”. Estes são considerados “lendas míticas do pós-punk de Hong Kong”.

Arte à mistura

Faltam ainda muitos meses para se fechar o cartaz do Clockenflap e muitas surpresas podem ainda aparecer. A organização destaca o espaço icónico onde o festival se realiza, “com o espectacular cenário ao ar livre entre os imponentes arranha-céus de Central e as vistas épicas do icónico porto de Hong Kong”, apresentando-se novamente este ano “a experiência completa de um festival de classe mundial que fez do evento uma ocasião imperdível para os fãs de música de toda a cidade e não só”.

Além da música, o festival inclui ainda “uma série de instalações artísticas de encher o olho, de workshops e espectáculos para toda a família e de uma selecção de estabelecimentos de comida e bebida de fazer crescer água na boca, incluindo petiscos únicos de alguns dos restaurantes mais apreciados da cidade”.

Uma das novidades artísticas que o festival traz para esta edição é o projecto “Minimax – A Mobile & Modular Theatrical Experience”, entendido pela organização como “um novo conceito para todos os amantes das artes”, actualmente na fase de recrutamento de “talentos locais”.

A venda antecipada de bilhetes decorre apenas até ao dia 23 de Maio, com descontos, sendo que a partir dessa data os ingressos passam a estar a um preço mais elevado. A compra antecipada para os três dias, para a admissão geral, fica a 1.790 dólares de Hong Kong (HKD), enquanto que os bilhetes antecipados de um dia, na admissão geral, custam 1.150 HKD.

16 Mai 2025

APEC prevê paralisação do comércio e abrandamento drástico na região

A organização para a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) prevê uma estagnação virtual do comércio e um abrandamento económico drástico na região em 2025 devido à escalada das tarifas, de acordo com previsões divulgadas ontem.

A APEC reúne 21 economias (Austrália, Vietname, Tailândia, Japão, Estados Unidos, Canadá, México, etc.), incluindo países asiáticos que dependem do comércio e que foram duramente atingidos pela guerra aduaneira lançada por Washington.

Os economistas da organização preveem que as exportações na região Ásia-Pacífico cresçam apenas 0,4 por cento em 2025, em comparação com um registo de 5,7 por cento no ano passado. As importações deverão estagnar (+0,1 por cento).

Consequentemente, os países da APEC deverão registar um crescimento do produto interno bruto (PIB) de apenas 2,6 por cento em 2025, estimativa que compara com 3,3 por cento na previsão anterior da organização. Para 2026, prevê-se agora um crescimento de 2,7 por cento, muito abaixo do desempenho esperado para o resto do mundo (+3,3 por cento).

Perdas gerais

Embora a organização abranja um vasto leque de economias, todas estão a sofrer: a escalada das retaliações aduaneiras “está a levar a uma perda de confiança dos investidores e a um enfraquecimento da procura”, afirmou à comunicação social Carlos Kuriyama, director do departamento de políticas públicas da APEC, citado pela agência France Presse, em declarações à margem de uma reunião dos ministros do Comércio da organização, que se iniciou ontem na Coreia do Sul.

Para além das tarifas de 25 por cento sobre os automóveis e o aço, a Administração norte-americana do Presidente Donald Trump anunciou, no início de Abril, sobretaxas aduaneiras “recíprocas” proibitivas, actualmente suspensas até Julho.

Os direitos aduaneiros mais elevados penalizarão as cadeias de abastecimento, aumentarão os custos de produção, que serão transferidos para o consumidor final, e, por conseguinte, diminuirão a procura de bens”, explicou Kuriyama. Na opinião do economista, a incerteza é o pior risco: “É essencial garantir que as políticas sejam estáveis e, se houver mudanças, que sejam permanentes e não temporárias”, sugeriu.

Pontos de partida

A reunião da APEC desta semana constitui-se como uma ocasião para uma série de discussões bilaterais entre o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, que está na Coreia do Sul, e representantes dos parceiros dos Estados Unidos, incluindo o representante comercial chinês, Li Chenggang.

Pequim e Washington selaram recentemente uma pausa parcial nas pesadas sobretaxas aduaneiras recíprocas. “Isto é positivo, mas não nos leva de volta ao ponto em que estávamos antes de Abril”, considerou Carlos Kuriyama.

No seio da APEC, “muitos governos estão a tentar aplicar medidas para facilitar o comércio, com o objectivo de compensar o efeito negativo das medidas norte-americanas”, acrescentou, estimando, no entanto, que essas iniciativas terão um impacto limitado, porque “os Estados Unidos são a maior economia do mundo”.

16 Mai 2025

MNE | Brasil e quatro países latino-americanos isentos de visto de entrada

A China afirmou ontem que, a partir de 01 de Junho, cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai podem entrar na China sem visto para estadias até 30 dias.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, confirmou ontem os pormenores da medida, anunciada pelo Presidente, Xi Jinping, durante a recente cimeira ministerial China-Comunidade dos Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC).

De acordo com Lin, a política estará em vigor até 31 de Maio de 2026 e permitirá aos titulares de passaportes comuns viajar para a China para fins de turismo, negócios, visitas familiares, intercâmbios culturais ou trânsito.

O objectivo é “facilitar ainda mais os intercâmbios entre as pessoas e promover uma cooperação amigável”. Lin garantiu que a China “continuará a expandir a sua política de abertura” e deu as boas-vindas a mais cidadãos latino-americanos para “visitar, explorar e experimentar a vitalidade e a diversidade” do país.

A iniciativa faz parte de uma série de medidas que Pequim tem tomado desde 2023 para reavivar o turismo e os laços internacionais após o prolongado encerramento das fronteiras devido à pandemia de covid-19. A China já tinha alargado o período de isenção de vistos para países como Portugal e Espanha de 15 para 30 dias e assinou acordos de isenção recíproca com 20 outros Estados.

A China é actualmente o principal parceiro comercial de países como o Brasil, o Chile e o Peru, tendo aumentado a sua presença na América Latina através de projectos de infraestruturas e de comércio ligados à sua iniciativa Novas Rotas da Seda.

16 Mai 2025

Cooperação | Militares chineses dispostos a expandir ligações com a Rússia

A China indicou ontem que quer expandir a cooperação pragmática com os militares russos, após a recente visita do Presidente Xi Jinping a Moscovo para as comemorações do 80.º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial na semana passada.

“Os militares chineses estão dispostos a trabalhar com o lado russo para aumentar ainda mais a confiança mútua estratégica, intensificar a comunicação estratégica e expandir a cooperação prática”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Jiang Bin, em comunicado, sem se referir diretamente à guerra na Ucrânia.

A China e o seu vizinho russo reforçaram a cooperação económica, política e militar na última década. Esta tendência acelerou ainda mais após a invasão do território ucraniano por Moscovo, em 2022. Xi Jinping assistiu às comemorações do 80.º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial na Praça Vermelha de Moscovo, na semana passada.

Questionado sobre a visita de Xi a Moscovo, o Ministério da Defesa chinês disse ontem, em comunicado, que as relações militares bilaterais estão a um alto nível nos últimos anos.

A China tem afirmado ser uma parte neutra no conflito russo-ucraniano e tem oferecido os seus serviços como mediadora, apesar de regularmente acusada pelo Ocidente de prestar a Moscovo um apoio económico e político crucial para executar a sua operação militar.

16 Mai 2025

HK / Bolsa | Maior farmacêutica chinesa lança oferta pública

A Jiangsu Hengrui Pharmaceuticals quer alcançar investimentos de mais de mil milhões de euros destinados a financiar acções de investigação e desenvolvimento na área da farmácia

 

A maior farmacêutica da China, Jiangsu Hengrui Pharmaceuticals, lançou ontem uma oferta pública inicial na bolsa de valores de Hong Kong, para atrair até 1,13 mil milhões de euros em investimento.

Num comunicado enviado à bolsa da região semiautónoma chinesa, a Hengrui disse que pretende vender 224,5 milhões de acções, por um valor que pode atingir 9,89 mil milhões de dólares de Hong Kong. O documento explica que a maioria deste dinheiro iria para projectos de investigação e desenvolvimento e à construção de novas unidades de produção e investigação farmcêutica tanto na China como no estrangeiro.

A Hengrui, com sede na província de Jiangsu (leste), foi criada em 1970 como uma empresa estatal de fabrico de medicamentos génericos. Após ser privatizada, na década de 90, o grupo passou a dedicar-se ao desenvolvimento de novos medicamentos.

Sete investidores institucionais, incluindo o fundo soberano de Singapura GIC e a empresa de investimento dos Estados Unidos Invesco Advisers, já se tinham comprometido a investir 533 milhões de dólares norte-americanos na oferta. A Hengrui, que já está cotada na bolsa de valores de Xangai, considerada a capital financeira da China, deverá começar a ser listada na bolsa de Hong Kong em 23 de Maio.

Soma e segue

A oferta pública inicial da Hengrui surge dois dias depois da maior fabricante de baterias para veículos eléctricos do mundo, Contemporary Amperex Technology (CATL), ter feito o mesmo. A CATL, já listada na bolsa da vizinha cidade de Shenzhen, pretende arrecadar pelo menos 31 mil milhões de dólares de Hong Kong na sua estreia na bolsa de Hong Kong, que está prevista para 20 de Maio.

A empresa disse que 90 por cento dos fundos angariados serão utilizados para financiar a expansão das operações da CATL na Hungria, bem como na Alemanha, Espanha e Indonésia.

16 Mai 2025

DSAL | Feiras de emprego oferecem 77 vagas em lojas e hotelaria

Abrem hoje as inscrições para três sessões de feiras de emprego, que se vão realizar nos dias 22 e 23 de Maio para os sectores da hotelaria e comércio a retalho, segundo informação divulgada ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Os interessados podem inscrever-se até ao meio-dia da próxima quarta-feira e candidatar-se às 77 vagas de emprego.

A primeira sessão, marcada para a manhã de 22 de Maio, irá disponibilizar 11 empregos para “Hotel W Macau – Studio City”, para os cargos de agente do centro de contactos com clientes, agente de atendimento a clientes, hóspede, cozinheiro de nível elementar e recepcionista de spa.

Na parte da tarde do mesmo dia, é a vez do sector da venda a retalho de luxo, com 16 vagas para a “Giorgio Armani Macau Limited” e a “Gucci” para os cargos de chefe assistente de loja, supervisor de loja, consultor de vendas e empregado de armazém.

Na manhã de 23 de Maio, serão oferecidas 50 vagas para os cargos de empregado de loja, empregado de armazém e empregado de atendimento a clientes nas lojas “ISA Boutique Limited” e “iSport Sporting Goods”.

16 Mai 2025

Ponte Macau | Instalados radares para controlar velocidade

A partir de amanhã, 22 sistemas fixos de detecção de excesso de velocidade e quatro sistemas de detecção de velocidade média vão começar a funcionar na Ponte Macau. A medida visa “combater as infracções por excesso de velocidade”.

Estes sistemas permitem detectar não só a velocidade instantânea, mas também fazer a média do tempo que os veículos demoraram a percorrer a ponte, e se for abaixo de um certo número, haverá multa por excesso de velocidade.

De acordo com o comunicado do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), os radares vão ser instalados junto aos lados de Macau e da Taipa da ponte principal, nas rampas de Pac On perto à entrada e à saída da ponte principal e no corredor exclusivo para motociclos e ciclomotores.

A Ponte Macau tem como limites de velocidade máxima de 80 km/h, 60 km/h e 40 km/h, consoante os troços. Em algumas rampas de acesso, e nos túneis do corredor exclusivo para motociclos e ciclomotores, o limite máximo é de 40 km/h.

Os condutores que violarem os limites de velocidade na Ponte Macau incorrem numa multa de 600 patacas a 20.000 patacas, podendo ainda ficar sem carta de condução, no caso de reincidência ou de excesso de velocidade grave.

16 Mai 2025

Execução Orçamental | Receitas públicas com redução de 5%

Nos primeiros quatro meses do ano, registou-se uma queda de 0,06 por cento, para 29,8 mil milhões de patacas, das receitas dos impostos sobre o jogo. Além disso, houve uma despesa de 874,7 milhões de patacas em “acções e outras participações”

 

A receita corrente do orçamento da RAEM apresentou uma redução de 4,95 por cento nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2024, sobretudo devido a uma queda nas receitas financeiras, foi ontem anunciado.

A receita corrente entre Janeiro e Abril foi de 34 mil milhões de patacas, de acordo com dados publicados ‘online’ pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) do território. A principal razão para a diminuição foram as receitas financeiras, que passaram de mil milhões de patacas nos primeiros quatro meses de 2024 para apenas seis mil patacas este ano.

Esta rubrica corresponde aos resultados da Autoridade Monetária de Macau, o regulador financeiro da região, e inclui receitas de investimentos e de juros e dividendos. Além disso, os dados também revelam uma queda de 0,06 por cento, para 29,8 mil milhões de patacas nas receitas dos impostos sobre o jogo, que, ainda assim, representaram 84,7 por cento do total.

As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sobre as receitas do jogo, 2,4 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico, e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos.

Gastos por explicar

Os impostos sobre o jogo caíram, apesar de os casinos de Macau terem registado receitas totais de 76,5 mil milhões de patacas nos primeiros quatro meses do ano, mais 0,8 por cento do que no mesmo período de 2024. Entre Janeiro e Abril, Macau recolheu 30,2 por cento da receita corrente projectada para 2025 no orçamento da região, que é de 112,6 mil milhões de patacas.

Pelo contrário, a despesa pública subiu 2,6 por cento nos primeiros quatro meses, para 24 mil milhões de patacas, devido a uma despesa de 874,7 milhões de patacas em “acções e outras participações”. A Lusa pediu à DSF mais informação sobre esta rubrica, mas não recebeu até ao momento qualquer resposta.

Em 15 de Abril, o novo líder do Governo, Sam Hou Fai, admitiu recear um défice orçamental em 2025, devido à desaceleração nas receitas do jogo. Macau terminou Abril com um excedente nas contas públicas de 10,3 mil milhões de patacas, menos 18,5 por cento do que no mesmo período do ano passado.

Ainda assim, este valor já é maior do que a previsão do Governo para todo o ano de 2025: 6,83 mil milhões de patacas. Macau fechou 2024 com um excedente de 15,8 mil milhões de patacas, mais do dobro do registado no ano anterior.

O último exercício foi o primeiro desde 2020, no início da pandemia, em que o território conseguiu manter as contas em terreno positivo, algo exigido pela Lei Básica, sem efectuar transferências da reserva financeira.

16 Mai 2025

CCAC | Prometido ambiente empresarial íntegro e estável

A Comissária contra a Corrupção, Ao Ieong Seong, garantiu que a instituição vai contribuir para “um ambiente empresarial íntegro, justo, estável e previsível” para permitir que “as empresas possam investir e desenvolver-se sem preocupações”. Foi desta forma que a comissária reagiu à visita a Macau de Xia Baolong, director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado.

A comissária, através de comunicado, afirmou que o discurso do director Xia Baolong apresentou “exigências claras sobre o futuro desenvolvimento de Macau e sobre o contributo para a construção do país e que, ao mesmo tempo, teve um significado orientador para os trabalhos do CCAC”.

Segundo o relato de Ao Ieong Seong, Xia Baolong deixou como expectativas para o sector empresarial a promoção do “espírito de luta” e “união da pátria, de Hong Kong e Macau”. Além disso, Xia indicou aos empresários que têm de “manter uma firme confiança no desenvolvimento, consolidando e expandindo os negócios em Hong Kong e Macau”, ao mesmo tempo que se espera que aproveitem “as próprias vantagens para superar os desafios e alargar a abertura ao exterior e para se afirmarem no panorama internacional”.

De acordo com Ao Ieong Seong, o governante do Interior também espera que os empresários locais contem “ao mundo a história de Hong Kong, Macau e China, com uma posição firme”.

16 Mai 2025

Formação profissional | Fim da pandemia leva a quebra de cursos e alunos

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, no ano passado, houve menos pessoas a frequentar cursos de formação profissional face a 2023. A quebra registou-se logo no número de cursos, 1.777, menos 7,2 por cento em termos anuais.

Já em relação aos formandos, a quebra foi de 21,8 por cento, atingindo um total de 76.385 participantes. Segundo a DSEC, esta quebra deveu-se ao facto de “alguns planos de formação temporários, implementados como resposta à pandemia, terem terminado”.

Além disso, o número de cursos destinados ao público foi de 896, menos 12,5 por cento, sendo que também aqui o número de formandos caiu 30,6 por cento, para um total de 35.140 pessoas. Por sua vez, o número de formações destinadas a empresas ou instituições foi de 881, menos 1,1 por cento face a 2023, sendo que também neste segmento o número de formandos caiu 12,3 por cento em termos anuais, com 41.245 inscrições.

Os cursos mais procurados foram o de “comércio e administração”, com 17.898 alunos, representando 23,4 por cento de todos os formandos; e o curso de “saúde”, com 10.343 alunos, possuindo a fatia de 13,5 por cento do número total de formandos.

Em termos globais, no ano passado havia 67 instituições a realizar cursos de formação profissional, apenas mais uma em relação a 2023, sendo que, em 2024, existiam mais 51 funcionários, num total de 1.885 pessoas. Desses, 1.138 eram docentes, registando-se um aumento de 54 professores a tempo inteiro ou parcial.

16 Mai 2025

Consulado | Directora da Política do Mar em Macau e HK

Marisa Lameiras da Silva, directora-geral da Direcção-geral da Política do Mar, entidade ligada ao Ministério da Economia do Governo português, vai estar em Macau e Hong Kong hoje e amanhã para uma série de actividades e encontros com governantes. Hoje, a representante do Governo português reúne, às 16h30, com a secretária para os Transportes e Logística do Executivo de Hong Kong, Mable Chan.

Amanhã, é a vez de decorrerem reuniões com governantes da RAEM, nomeadamente Susana Wong, directora dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, bem como Ip Kuong Lam, director dos Serviços de Proteção Ambiental.

Também amanhã, a partir das 11h40, decorre o fórum “Oceanos – Que Futuro”, na Escola Portuguesa de Macau, que conta também com a presença de Marisa da Silva, do cônsul, Alexandre Leitão, e Hidy Yu, presidente e fundadora da Bling Bling Ocean Foundation de Hong Kong, Hidy Yu. O Instituto Internacional de Macau acolhe amanhã, a partir das 15h, o debate “Blue Talk” sobre “Economia Azul Sustentável – Um Oceano de Oportunidades”, com o cônsul, e os académicos Cristina Calheiros, Yanan Song e Jorge Rangel, presidente do IIM.

A iniciativa “Blue Talks” nasceu da vontade do Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong de “retomar o conceito e lançar o ciclo” de debates juntando os dois territórios, e que amanhã se inicia.

15 Mai 2025

Leão XIV oferece mediação do Vaticano para “silenciar as armas”

O Papa Leão XIV exortou ontem os líderes mundiais a sentarem-se e a negociarem para “silenciar as armas” e ofereceu a mediação do Vaticano a todas as partes beligerantes. “A Santa Sé está disponível para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos”, afirmou Leão XIV, ao discursar na audiência no Vaticano aos representantes das 23 Igrejas Católicas do Oriente.

O Papa disse ser necessário que “os povos possam redescobrir a esperança e a dignidade a que têm direito”, a dignidade da paz. “O povo quer a paz e eu, com o coração na mão, digo aos dirigentes do povo: encontremo-nos, falemos, negociemos! A guerra nunca é inevitável, as armas podem e devem ser silenciadas, porque não resolvem os problemas, mas aumentam-nos”, afirmou.

O apelo do Papa norte-americano surge na véspera de possíveis negociações na cidade turca de Istambul sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Desconhece-se ainda se as conversações de hoje poderão incluir um encontro entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky. Outras guerras têm causado sofrimento noutras latitudes, como no Médio Oriente, em África ou na Ásia.

Em primeira mão

Leão XIV disse na Sala Paulo VI, perante milhares de pessoas que se deslocaram para o Jubileu de países como a Síria, a Ucrânia, o Líbano e o Iraque, que as Igrejas Orientais conhecem “em primeira mão os horrores da guerra”.

“Ao ponto de o Papa Francisco ter chamado mártires às vossas Igrejas”, afirmou, citado pela agência de notícias espanhola EFE. “É verdade: da Terra Santa à Ucrânia, do Líbano à Síria, do Médio Oriente a Tigray [Etiópia] e ao Cáucaso, tanta violência”, lamentou.

O Papa, aplaudido pela audiência, disse que o horror da guerra e “dos massacres de tantas vidas jovens” deviam provocar indignação, “porque em nome da conquista militar morrem pessoas”.

Pediu que se rezasse pela paz, que descreveu como “reconciliação, perdão, coragem para virar a página e começar de novo”. “Para que esta paz se difunda, farei tudo o que estiver ao meu alcance”, prometeu. “A Igreja não se cansará de repetir: ‘Que as armas se calem’”, afirmou.

Leão XIV disse que os outros não são inimigos, mas seres humanos, “não são pessoas más a odiar, mas pessoas com quem dialogar”. O Papa pediu que se fuja “das visões maniqueístas típicas das narrativas violentas, que dividem o mundo entre bons e maus”.

Leão XIV rezou pelos cristãos, orientais e latinos, que, especialmente no Médio Oriente, “resistem nas suas terras, mais fortes do que a tentação de as abandonar”. Lançou ainda um novo apelo para que seja dada aos cristãos a oportunidade de permanecerem onde vivem “com todos os direitos necessários para uma existência segura”.

Robert Prevost, 69 anos, nascido nos Estados Unidos, mas com dupla nacionalidade norte-americana e peruana, lidera a Igreja Católica desde 08 de Maio, sob o nome de Leão XIV. Sucedeu ao Papa argentino Francisco, que morreu em 21 de Abril, com 88 anos.

15 Mai 2025

FRC acolhe hoje debate com Sandro Mendonça

Acontece hoje, a partir das 18h30, a sessão “Roda de Ideias – Ambientes Regulatórios Criativos”, na Fundação Rui Cunha (FRC), que conta com a presença de Sandro Mendonça, professor associado de Economia do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e professor da Universidade Cidade de Macau. A sessão aborda, mais concretamente, o tema “Steering the ‘Evolving Sandbox Economy’ from the Greater Bay to the Portuguese-Speaking Geographies”, com o foco nas economias da Grande Baía em conexão com países de língua portuguesa.

Pretende-se, assim, “explorar o conceito de zonas de inovação experimental, as chamadas ‘caixas de areia’, tal como os espaços recreativos infantis, que permitem futuros avanços através da criação de áreas de ensaio controladas e seguras para testar, replicar, avaliar, adoptar, implementar e lançar novos produtos, dispositivos, tecnologias ou sistemas, dentro de uma estrutura condicionada e provisória”.

Com estes processos “ambientais experimentais” associados à economia podem criar-se “meios eficazes de avaliação do desenvolvimento de ideias e projectos inovadores sem que se façam rupturas no funcionamento normal das estruturas empresariais ou institucionais”. Pode-se promover “uma maior liberdade dentro destes sistemas paralelos [as caixas de areia] com uma regulamentação mais dinâmica e flexível”.

Sandro Mendonça foca-se, em concreto, na região da Grande Baía, por abranger “um conjunto de cidades que formam um centro de inovação tecno-institucional, até aos países de língua portuguesa que começam a usar estes modelos experimentais, nomeadamente nos sectores das telecomunicações e da energia”.

Longa carreira

Esta é a terceira vez que Sandro Mendonça apresenta uma sessão na FRC. A primeira foi em 2023, com a palestra “A Mudança nas Comunicações: Do 5G à IA através das Plataformas Digitais”, e depois protagonizou, em 2024, a sessão “O Futuro das BigTech”, onde descreveu o equilíbrio de forças entre os gigantes mundiais, que incluem as empresas norte-americanas Apple, Amazon, Facebook (Meta), Google (Alphabet), e Microsoft, e as chinesas Alibaba e Tencent.

Sandro Mendonça é professor catedrático em Portugal, Itália e Macau, tendo leccionado também em programas de doutoramento em Chengdu (UESTC) e Guangzhou (SMU), na China. O seu foco principal é a inovação e a dinâmica sectorial.

Recebeu vários reconhecimentos na sua carreira, incluindo o de membro do German Marshall Fund dos Estados Unidos (GMF) e de Jovem Líder Europeu pela Friends of Europe Foundation. Em 2024, coordenou o relatório “The Futures of Big Tech in Europe” para a Comissão Europeia e figurou na lista dos principais cientistas do mundo da Universidade de Stanford. Actualmente, é Conselheiro do Presidente do Instituto Europeu de Patentes (EPO).

15 Mai 2025

Lisboeta Macau acolhe fotografias de Hiroshi Sugimoto

Decorre até 30 de Junho a mostra “‘Eternal Imaging’: Exposição de Fotografia de Hiroshi Sugimoto”, patente na galeria Hwa’s, no espaço “Arte H853” no empreendimento Lisboeta Macau.

Segundo uma nota da organização, o público pode ver “publicações limitadas da conceituada editora Kyoto Shoin Co., Ltd., da Galeria Koyanagi, Tóquio, e do Mori Art Museum, também em Tóquio”, além de que são apresentadas “fotografias a cores de grande formato da série OPTICKS, lançadas pela primeira vez na exposição comemorativa de abertura do Kyoto City Kyocera Museum of Art”.

No caso da série “Seascape”, criada em 1980, o fotógrafo japonês “regista uma cena elementar, o céu e o mar”, num imaginário “antigo que liga as pessoas de hoje a tempos antigos e que, assim, reflecte a eternidade”. Por sua vez, na série de trabalhos intitulada “Teatro”, surge “um ecrã sobre-exposto que comprime um filme de duas horas num feixe de luz branca, abrangendo tanto a nossa consciência como as nossas percepções subconscientes”.

No caso da série “OPTICKS”, denotam-se “os tons vermelhos, azuis e verdes, apresentando-se pequenas partículas coloridas por baixo da lente, mostrando a natureza multifacetada da luz através do prisma”. Os organizadores da exposição pretendem “despertar as memórias colectivas que se encontram adormecidas nas imagens, relacionadas com o antigo, o efémero e a eternidade”.

O lugar da filosofia

Nascido em 1948 em Tóquio, Hiroshi Sugimoto continua a trabalhar nesta cidade, mas também em Nova Iorque. Considerado um “dos fotógrafos com maior profundidade filosófica na arte contemporânea”, com um trabalho que “explora o tempo, a memória, história e a essência da existência através de formatos minimalistas”.
Sugimoto é ainda considerado “excelente na utilização da fotografia como um ‘recipiente do tempo’, condensando conceitos abstractos em imagens eternas que evocam a contemplação da vida e do cosmos através da sua serena quietude”.

Desde 2023 que é membro da Academia Japonesa das Artes, tendo recebido a Medalha de Honra em Fotografia do National Arts Club, em Nova Iorque, em 2018. O fotógrafo japonês pertence ainda à Real Academia da Bélgica, possuindo um doutoramento honorário atribuído pela prestigiada Parsons School of Design, também situada em Nova Iorque, EUA. Tem trabalhos em colecções seleccionadas de museus como o Modern Museum of Art (MoMA), em Nova Iorque, ou ou Metropolitan Museum, na mesma cidade; bem como o Tate, em Londres, e o Getty Museum, em Los Angeles, entre outros.

15 Mai 2025

BBC | Concerto “Sete Mundos, Um Planeta” acontece em Julho

Decorre a 12 de Julho, no Teatro Broadway, um espectáculo que promete ser uma experiência imersiva sobre o meio ambiente e a crescente necessidade da sua preservação. Trata-se da estreia do Concerto ao Vivo BBC “Sete Mundos, Um Planeta”, tocado em parceria com a Orquestra de Macau

 

“Uma experiência imersiva audiovisual que revela as maravilhas do nosso planeta”. É desta forma que o Instituto Cultural (IC) apresenta o próximo concerto de cariz internacional acolhido em Macau, em parceria com a Galaxy. Trata-se do Concerto ao Vivo BBC “Sete Mundos, Um Planeta”, integrado na temporada 2024-2025 de concertos da Orquestra de Macau (OM), e que acontece a 12 de Julho, 20h, no Teatro Broadway, no empreendimento Broadway Macau.

Segundo uma nota do IC, o concerto integra “excertos impressionantes da famosa série documental homónima da BBC, acompanhados com as bandas sonoras interpretadas ao vivo pela OM e que foram compostas pelo vencedor da categoria de banda sonora nos Prémios da Academia Hans Zimmer e pelo vencedor do Emmy Jacob Shea”.

O público poderá, assim, ter acesso a uma “experiência imersiva audiovisual pelas paisagens maravilhosas dos sete continentes do planeta, projectadas num ecrã LED gigante de ultra-alta definição e com narração ao vivo”.
Sucesso televisivo

“Sete Mundos, Um Planeta” é uma das séries televisivas de história natural mais populares da BBC do Reino Unido, tendo sido produzida durante quatro anos em 41 países. A série retrata “paisagens naturais deslumbrantes dos continentes do planeta”, tendo estreado em 2019 e sido amplamente aclamada. Nessa altura, foi batido o “recorde de maior audiência para documentários na BBC One”, com a produção a ser contemplada com “múltiplos prémios”.

No dia 12 de Julho, a OM junta-se à maestrina australiana Vanessa Scammell para interpretar “obras musicais comoventes” compostas pelo maestro premiado de banda sonora Hans Zimmer e pelo vencedor do Emmy Jacob Shea. Uma das composições é “Out There”, uma co-composição do mesmo maestro premiado e da famosa cantora e compositora Sia.

Além disso, Jason Chan, artista de Hong Kong, irá assumir o papel de narrador em inglês, “conduzindo o público numa envolvente viagem sensorial que entrelaça música e imagem ao explorar as histórias das maravilhas naturais dos sete continentes”.

A parceria com a Galaxy faz-se no contexto do “Plano Piloto de Parceria de Espaços do GEG”. O concerto terá a duração de 2h15 e os bilhetes já se encontram à venda, variando o preço entre 150 e 300 patacas.

15 Mai 2025

“Dragão de Ouro” | China e Camboja iniciam os maiores exercícios militares conjuntos da sua história

A China e o Camboja iniciaram ontem as maiores manobras militares conjuntas de sempre entre os dois países, envolvendo equipamento militar chinês de última geração, incluindo artilharia, navios de guerra e cães de combate robotizados.

Cerca de 900 soldados chineses e mais de 1.300 soldados cambojanos participam nos exercícios, que se prolongarão até 28 de Maio, segundo um comunicado das Forças Armadas Reais do Khmer (RCAF, cambojanas).

Segundo o comunicado, será apresentado equipamento militar chinês de última geração, incluindo veículos blindados, helicópteros, navios de guerra, drones de reconhecimento e cães de combate robotizados. O objectivo é “desenvolver laços mais estreitos e a cooperação” entre os dois exércitos.

“Os exercícios são maiores do que no ano passado em termos de pessoal e equipamento”, disse à AFP o porta-voz da RCAF, Thong Solimo, acrescentando que um navio de guerra chinês, o Chanbai Shan, atracou na base naval cambojana de Ream na segunda-feira com o equipamento. A base de Ream, no sudoeste do Camboja, foi renovada pela China e inaugurada a 02 de Abril pelo primeiro-ministro cambojano Hun Manet e uma delegação militar chinesa.

“A China quer mostrar os seus músculos” e enviar a mensagem de que “é uma superpotência”, através destes exercícios, apelidados de “Dragão de Ouro”, argumentou Ou Virak, um perito político cambojano, citado pela agência de notícias francesa.

Para além desta demonstração de força, a China deve também “dar confiança aos seus parceiros, dizendo-lhes que a China está a crescer, a desenvolver-se e a tornar-se mais forte, tanto em termos de dimensão como de progresso tecnológico e de poder militar”, acrescentou Ou Virak.

O Camboja também deverá receber dois navios de guerra da China. Os primeiros exercícios militares conjuntos, denominados “Golden Dragon”, tiveram lugar em 2016 e, no início de 2017, o Camboja pôs fim ao “Angkor Sentinel”, um exercício conjunto semelhante que tinha sido organizado nos sete anos anteriores com as forças norte-americanas.

15 Mai 2025

Faixa e Rota | Colômbia confirma adesão à iniciativa chinesa

Na capital chinesa para participar no fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o Presidente colombiano, Gustavo Petro, assinou um memorando de adesão à iniciativa de comércio internacional Faixa e Rota

 

A China e a Colômbia assinaram ontem em Pequim um plano de cooperação para que o país latino-americano se junte à iniciativa chinesa Faixa e Rota, confirmou a Presidência colombiana através da rede social X. O memorando, assinado em Pequim pelos líderes dos dois países, Xi Jinping e Gustavo Petro, junta a Colômbia a uma iniciativa com a qual o gigante asiático pretende gerar uma rede de comércio internacional e alargar a sua influência a nível mundial através da construção de infraestruturas, e à qual já aderiram mais de vinte países da América Latina e das Caraíbas.

“No âmbito deste encontro, a Colômbia assinou um importante acordo de cooperação económica para a adesão do nosso país à [iniciativa] Faixa e Rota”, salienta a Presidência colombiana. Xi e Petro reuniram-se ontem para reforçar os laços bilaterais através da assinatura de novos acordos, incluindo este, entre todos o mais emblemático.

Antes de viajar para a China, Petro revelou que na sua anterior viagem ao país asiático, em Outubro de 2023, tinha a intenção de assinar este memorando, mas que na altura não foi possível devido a um alegado erro do seu anterior ministro dos Negócios Estrangeiros, Álvaro Leyva.

“Isto é o que vou fazer agora, um acordo de intenções; os futuros governos verão se a intenção se torna realidade, e deve tornar-se realidade”, disse há dias o Presidente colombiano. Petro já esteve com Xi na terça-feira na abertura do fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) na capital chinesa, onde apelou a um diálogo entre civilizações “livre de autoritarismo e imperialismo”.

A balança comercial entre a Colômbia e a China é particularmente desfavorável ao país latino-americano, cujo défice anual é de cerca de 14 mil milhões de dólares. Em 2024, a Colômbia exportou 2,38 mil milhões de dólares de mercadorias para a China e importou 15,9 mil milhões de dólares de produtos chineses.

Além disso, entre 1994 e 2023, a China investiu 813,3 milhões de dólares na Colômbia – ainda assim um valor muito inferior ao de países como os Estados Unidos e a Espanha -, concentrado em setores como as infraestruturas, exploração mineira, energia e transportes.

Outros laços

Para além do comércio, a Colômbia está a tentar reforçar a cooperação tecnológica com a China. Na terça-feira, Petro visitou a sede da ‘gigante’ de telecomunicações Huawei em Pequim, onde, de acordo com o ministro colombiano de Tecnologia da Informação e Comunicações, Julián Molina, foram discutidas eventuais iniciativas de cooperação nos domínios da inteligência artificial, infraestrutura de dados e conectividade.

O interesse do governo de Petro em fortalecer os laços comerciais com a China durante a visita tem causado controvérsia interna, devido ao receio de eventuais repercussões negativas na relação com os Estados Unidos, o maior parceiro comercial da Colômbia.

15 Mai 2025

Habitação | Rendas aumentam 0,4% no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano, as rendas de habitação registaram um aumento de 0,4 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, de acordo com “estatísticas das rendas referentes ao primeiro trimestre de 2025”, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Os maiores aumentos ocorreram na Baixa da Taipa, onde se registou um crescimento de 1,1 por cento, para uma renda média por metro quadrado de 140 patacas, na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), com as rendas a crescerem 0,8 por cento, para 120 patacas por metro quadrado, e no NAPE e Aterros da Baía da Praia Grande, onde as rendas subiram 0,7 por cento, para uma média de 144 patacas por metro quadrado.

À excepção das rendas da habitação, a DSEC aponta que todos os outros espaços apresentaram reduções, entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro de 2025.

Em relação às rendas das lojas, os dados mais recentes mostram uma redução de 0,9 por cento, para uma renda mensal de 485 patacas por metro quadrado. A renda média dos espaços utilizados como escritórios teve uma diminuição de 1,3 por cento para 290 patacas por metro quadrado. Finalmente, as rendas médias dos edifícios industriais caíram cerca de 0,2 por cento, para um preço médio de 123 patacas por metro quadrado.

15 Mai 2025

Macau prepara moeda digital para comércio entre China e países lusófonos

O secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, revelou que pretende finalizar o sistema da pataca digital em 2025 e utilizá-la como instrumento de liquidação comercial para as transacções entre a China e os países de língua portuguesa

“Esperamos que a pataca digital possa ser usada como um dos instrumentos de transacção digitalizada para os países de língua portuguesa, para transacções comerciais, e para transacções sino-portuguesas”, disse Anton Tai Kin Ip.

Em resposta a perguntas dos deputados durante a sessão da Assembleia Legislativa, o secretário confirmou que o sistema central da moeda digital deverá estar finalizado até ao final de 2025, seguindo-se uma série de testes técnicos. “A primeira fase de implementação centrar-se-á nas transacções de retalho antes de se expandir para as aplicações grossistas”, disse Tai. “Posteriormente, pretendemos sair de Macau para nos ligarmos à plataforma de língua portuguesa”, acrescentou.

Recorde-se que uma delegação liderada por Tai Kin Ip esteve em Lisboa no início de Março, tendo-se encontrado com dirigentes do Banco de Portugal, incluindo o administrador Luís Morais Sarmento.

No final de Março, o gabinete do secretário anunciou num comunicado que os vários encontros serviram para “negociar a consolidação e o aprofundamento da cooperação entre Macau e Portugal nas áreas da ciência, tecnologia, economia e comércio”.

Tai Kin Ip afirmou na terça-feira aos deputados que iria continuar a visitar mais países de língua portuguesa no futuro, para procurar apoio para a utilização da pataca digital.

O secretário prometeu aproveitar as vantagens da pataca digital como uma moeda cuja circulação será livre através das fronteiras de Macau, uma economia aberta ao fluxo de capitais. Pelo contrário, a moeda chinesa, o renmimbi, não é inteiramente convertível em outras moedas e as autoridades de Pequim impõem um rígido controlo ao fluxo de capitais, sobretudo para fora do país.

Sementes digitais

As trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 225,2 mil milhões de dólares no ano passado, mais 2 por cento do que em 2023, de acordo com dados dos Serviços de Alfândega da China.

O protótipo do sistema da pataca digital de Macau (e-Mop) foi lançado em 12 de Dezembro, oito dias antes do fim do mandato do anterior líder do Governo, Ho Iat Seng.

Em Setembro, o então regulador financeiro da região disse que a pataca digital poderia “servir de exemplo para os países de língua portuguesa”. O presidente da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), Benjamin Chan Sau San, falava durante a segunda Conferência dos Governadores dos Bancos Centrais e dos Quadros da Área Financeira entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorreu em Macau.

Na abertura do evento, Ho Iat Seng disse que o desenvolvimento da e-Mop contou com o apoio do Governo e do banco central da China, que foi a primeira grande economia do mundo a lançar uma moeda digital, o renmimbi digital ou e-CNY, em Agosto de 2020.

Em Setembro, a AMCM explicou que, antes do lançamento oficial da pataca digital, iria realizar testes para identificar riscos e “estabelecer leis e regulamentos”. O regulador sublinhou que, ao contrário de criptomoedas privadas (a mais conhecida das quais é a Bitcoin), a e-Mop será “uma moeda com curso legal”, com o mesmo estatuto jurídico e valor monetário das moedas e notas físicas de pataca.

15 Mai 2025

Guerra comercial | Operadoras norte-americanas protegidas

O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, garantiu ontem que irá proteger as operadoras norte-americanas de casinos na região, em caso de agravamento da guerra comercial entre Pequim e Washington.

“As seis operadoras de jogo seguem a lei de Macau. Desde que, seguindo a lei, essas operadoras desenvolvam os seus negócios ordenadamente, de forma saudável, de certeza que são protegidas e apoiadas pelo Governo”, disse o Chefe do Executivo.

“Sempre acolhemos de bom agrado investimento estrangeiro”, incluindo “investimentos de capital norte-americano, são todos bem-vindos”, sublinhou Sam. O líder do Governo falava numa conferência de imprensa de balanço da visita de seis dias a Macau do principal responsável do Partido Comunista Chinês para os assuntos das duas regiões semiautónomas, Xia Baolong.

Na segunda-feira, o director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, sob a tutela do Conselho de Estado, o executivo chinês, pediu a 20 empresários locais para “trabalhar em conjunto para promover a prosperidade nacional”.

Depois deste encontro, o secretário para a Economia e Finanças de Macau disse aos jornalistas que Xia Baolong apelou ainda à unidade, contra “o aumento do unilateralismo e do proteccionismo comercial nos Estados Unidos”. “Os empresários de Hong Kong e de Macau têm de estar unidos e colocar-se do mesmo lado do Estado. Nesta situação, não há saída se fizermos compromissos e concessões”, sublinhou Anton Tai Kin Ip.

O dirigente falava pouco antes da China e dos Estados Unidos anunciarem um acordo na segunda-feira, com efeitos a partir de hoje, ao abrigo do qual reduzirão os direitos aduaneiros mútuos em 115 pontos percentuais durante 90 dias. Ou seja, os direitos aduaneiros dos Estados Unidos sobre as importações chinesas serão de 30 por cento durante esse período, em comparação com 10 por cento da China para as importações dos EUA.

13 Mai 2025

Fentanil | China pede aos EUA que parem de culpar Pequim pela epidemia

A China pediu ontem aos Estados Unidos da América que parem de culpar os chineses pela epidemia de fentanil no país e criticou as sobretaxas alfandegárias “irracionais” impostas por Washington.

“Se os Estados Unidos querem sinceramente cooperar com a China, devem parar de difamar e culpar a China e envolver-se num diálogo baseado na igualdade, respeito e benefício mútuo”, disse o porta-voz do Ministério ddos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, em conferência de imprensa.

Os EUA têm responsabilizado a China por ser o país de fabrico da maior parte dos produtos químicos precursores de fentanil que entram nos Estados Unidos. O fentanil é um poderoso opioide sintético que se tornou um problema de saúde pública nos Estados Unidos nos últimos anos, sendo responsável por dezenas de milhares de mortes anualmente.

Na segunda-feira, o alto representante dos Estados Unidos para o Comércio, Jamieson Greer, revelou que a crise do fentanil tinha sido abordada pela primeira vez nas conversações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

Os contactos entre os dois países decorreram desde o fim de semana, em Genebra. A questão do fentanil tem sido um dos principais pontos do confronto tarifário entre as duas potências, com Washington a pedir a Pequim para reprimir a produção e exportação ilegal dos produtos químicos que permitem o fabrico da substância.

Questionado ontem sobre as sobre as perspectivas de diálogo sobre o assunto, Lin Jian disse que a China foi proactiva, mas não foi responsável pela crise. “Os Estados Unidos ignoraram a boa vontade da China e impuseram tarifas irracionais sobre o fentanil. Isso prejudica seriamente o diálogo e a cooperação entre China e EUA no combate às drogas e prejudica gravemente os interesses da China”, afirmou.

13 Mai 2025

Pequim põe fim à proibição das companhias chinesas receberem aviões da Boeing

A China levantou uma proibição que impedia há um mês as companhias aéreas chinesas de receberem aviões da Boeing, após as negociações comerciais com os Estados Unidos, que reduziram temporariamente os direitos aduaneiros de cada uma das partes.

As autoridades de Pequim começaram a informar as transportadoras domésticas e as agências governamentais esta semana que as entregas de aviões fabricados nos Estados Unidos podem ser retomadas, segundo fontes chinesas em declarações à agência Bloomberg sob condição de anonimato, porque a informação é confidencial.

Foi dada liberdade às companhias aéreas para organizarem as entregas nos seus próprios prazos e condições, acrescentou uma das fontes. A retoma das entregas à China constitui-se como um impulso imediato para a Boeing.

O descongelamento ocorre no momento em que as duas maiores economias do mundo acordaram numa trégua tarifária, com os Estados Unidos a reduzirem para 30 por cento, durante 90 dias, as suas taxas combinadas de 145 por cento sobre a maioria das importações chinesas.

A China concordou em reduzir os seus direitos aduaneiros de 125 por cento sobre os produtos americanos para 10 por cento e em eliminar outras contramedidas tomadas contra os Estados Unidos desde 02 de Abril.

Até quando?

Ainda assim, o restabelecimento das entregas de aviões poderá ser de curta duração, caso a guerra tarifária não venha a ser resolvida durante os três meses de suspensão.

Nesse cenário, o gigante aeronáutico norte-americano sediado em Arlington, Virgínia, poderá ver o preço das suas aeronaves aumentar em comparação com os seus dois principais concorrentes, a europeia Airbus e a Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC), que procura ganhar terreno no mercado doméstico com o apoio estatal.

A Boeing foi poupada às tarifas durante o último episódio da guerra comercial, durante a primeira presidência de Trump (2017-2021), mas as suas vendas ao ‘gigante’ asiático têm vindo a cair desde 2019. Em 2022, a expectativa era que 25 por cento das entregas internacionais da Boeing fossem para a China, mas em 2023 o número desceu para 9 por cento.

Por outro lado, os especialistas acreditam que, se a guerra comercial não for estancada, a disputa fará com que as empresas norte-americanas de todos os sectores vejam preços mais elevados por peças e matérias-primas que compram à China, o que significa que enfrentarão o duplo desafio de ter de realocar parte da respectiva produção e perder competitividade no mercado chinês.

13 Mai 2025