Flora Fong Manchete SociedadeAviação |Governo critica Air Macau e diz que 70% das linhas aéreas não utilizadas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Autoridade de Aviação Civil (AACM) afirmou que cerca de 70% das linhas aéreas do Aeroporto Internacional de Macau não são ocupadas de forma total pela companhia local, a Air Macau. É, por isso, do interesse da AACM aumentar a competitividade, abrindo portas a uma maior ocupação por parte de outras operadoras, defende. Isto poderá permitir, defende o Governo, melhorar a qualidade dos próprios serviços da operadora local, por ter mais concorrentes. Numa interpelação escrita, em Agosto, pelo deputado Si Ka Lon, era questionada a forma como a Companhia de Transportes Aéreos Air Macau iria promover a melhoria da qualidade dos seus serviços e qual seria o mecanismo de fiscalização. Chan Weng Hong, director da AACM, responde agora, afirmando que, apesar de Macau ter uma economia livre, o Governo espera abrir portas a mais operadoras, para que possam fornecer serviços aéreos. Abrir mais o mercado, defende, não irá afectar o funcionamento comercial, pelo que será possível à Air Macau continuar a melhorar a qualidade dos serviços. O director revelou ainda que as 42 linhas aéreas disponíveis no aeroporto do território são operadas por companhias aéreas locais, estrangeiras e do interior da China. No caso da Air Macau, a AACM afirma que esta tem o dever de assegurar a segurança e a eficácia dos seus serviços, incluindo a questão dos atrasos e do cancelamentos dos voos. É preciso tomar medidas para melhorar o serviços, defendeu ainda Chan Weng Hong, que avança que o organismo vai continuar a apelar à melhoria do trabalho da Air Macau.
Flora Fong SociedadeAcadémicos sugerem demolição de antigos casinos e construção de novas instalações [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]cadémicos da área do Jogo consideram viável demolir “antigos casinos” de Macau e construir novas instalações de entretenimento nesses espaços. Sem mencionarem exactamente quais os locais que consideram como “antigos casinos”, os especialistas apontam que esta seria a melhor forma de apresentar novos elementos ao público. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a sugestão foi deixada durante um fórum que teve lugar no Instituto Politécnico de Macau (IPM), denominado “Inspiração na decadência da indústria do Jogo de Atlantic City para Macau”. Zhen Zhong Lu, professor do Centro Pedagógico e Científico da Área do Jogo do IPM, apontou que Atlantic City é considerada a cidade dos casinos depois de Las Vegas, mas que tem perdido a sua força enquanto cidade do Jogo devido a funcionar em sistema de monopólio e por não se adequar a eventuais mudanças na classe e tipo de jogadores que a visitam. Zhen considera que Macau deveria ter a experiência de Atlantic City como referência. “Até ao momento, Macau não tem um sistema de análise aos seus jogadores, o que acho estranho, porque isso faz com que não saibamos as mudanças [nestes jogadores]. O Governo deve alterar esta situação”, apontou. Zhen Zhong Lu prevê que, em 2017 – e devido ao que diz ser falta de planeamento nos projectos de grande dimensão – o território não tenha novos elementos que atraiam turistas. É, então, aqui que entra a necessidade de novas infra-estruturas diferentes dos casinos tradicionais. “Como o território de Macau é pequeno, sugerimos que se tome como referência a experiência dos EUA e se destruam os antigos casinos e construam novas instalações de entretenimento, para se criarem novos factores [de atracção] em Macau”, indicou, sem dar mais pormenores. Outro professor do mesmo Centro de Jogo do IPM, Wang Changbin, acrescenta que esta não é a única referência que Macau deve ter. A supervisão do jogo em Atlantic City é “especialmente rigorosa”, diz, com o governo a tomar determinadas decisões pelas próprias operadoras – incluindo a disposição das slot-machines e a qualificação dos funcionários. Algo que faz, na perspectiva de Changbin, com que as operadoras de Jogo vejam as suas decisões limitadas. Comparando com a situação de Macau, Wang Changbin diz que a RAEM deveria ter em conta estas situações, especialmente no que aos promotores de jogo diz respeito. A sua licença, aponta, não atribuída de forma rigorosa e os candidatos a uma autorização para serem ‘junkets’ deveriam ver analisada a sua capacidade profissional, remata.
Flora Fong BrevesSaúde | Erro em mensagem causa confusão O director dos Serviços de Saúde (SS), Lei Chin Ion, pediu ontem desculpas por um erro que originou uma grande fila de espera e alguma confusão, ontem, no Centro de Saúde do Fai Chi Kei. Um erro de escrita numa mensagem dos SS dava conta que os doentes apenas podiam “marcar consultas” no dia de ontem, quando, de facto, seria “a partir de ontem”. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Lei Chin Ion já pediu desculpas pelo mal entendido e afirmou que vai melhorar as formas de notificação.
Flora Fong Manchete SociedadeJogo | Menos salas VIP não espelha menor importância das altas apostas, dizem especialistas Já não é novidade que os negócios das salas VIP diminuíram de forma relevante. Mas como será o futuro? Apesar das operadoras de Jogo não quererem salas VIP nos novos empreendimentos, especialistas asseguram a sua notoriedade acabará por se manter [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]mbora as receitas de Jogo tenham caído durante 17 meses consecutivos, a indústria continua a crescer. Prova disso é a abertura do empreendimento da segunda fase da Galaxy ou do Macau Studio City, bem como os projectos das grandes operadoras de Jogo que vão abrir no Cotai, incluindo o Parisian, o Wynn Palace, o MGM Cotai e o Lisboa Palace. A desistência das salas VIP tornou-se mais evidente quando o mais recente hotel-casino, o Studio City, abriu sem a presença de nenhuma destas salas de grandes apostas. Kuok Chi Chong, presidente da Associação de Mediadores de Jogo e Entretenimento de Macau, revelou ao HM que inicialmente estava previsto a Melco Crown negociar com três ou quatro donos de grande salas para abrir salas VIP no espaço, acordo que acabou por nunca acontecer por opção da própria operadora. “As operadoras de Jogo agora acham que não é apropriado investir em salas VIP, então não o fazem. E os negócios concentram-se apenas nas zonas de massa. Para mim, não é um grande problema”, apontou. Além do Studio City, como já avançado pelo HM, a directora geral da Sociedade de Jogo de Macau (SJM), Angela Leong, afirmou que não está previsto criar salas VIP no novo projecto de Jogo no Cotai, o Lisboa Palace. A empresa fundada por Stanley Ho quer focar-se mais nos elementos de intercâmbio das culturas ocidentais e orientais. Conceito semelhante foi também opção do director-geral da MGM Resorts, Jim Murren, que defendeu que “não vai voltar ao caminho das salas VIP” no novo empreendimento da MGM no Cotai. O responsável afirmou ainda que o casino ocupa apenas 15% da área do empreendimento. O melhor caminho Para Kuok Chi Chong é “óbvio” que as operadoras de Jogo estão atentas ao melhor caminho para atingir mais lucros. “Não me estranha quando elas alteram a estratégia de funcionamento”, afirmou. Nelson Kot, presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, concorda com que as operadoras de Jogo não precisem de investir neste tipo de salas, que implicam uma grande quantia de dinheiro, pois uma zona comum é um investimento mais baixo. No entanto, considera que há a possibilidade, no caso de se criarem este tipo de salas, de revitalizar este tipo de sector, transformando-o. “É possível que, de forma temporária, o mercado se foque nas zonas de massa, mas quando a economia melhorar – ou deixar de apresentar quedas – existe espaço para que estas salas não terminem. Porque o facto é que existem jogadores ricos e este tipo de jogador não aposta cem ou 200 dólares de Hong Kong como os jogadores comuns”, rematou. A outra face Para Billy Song, director da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau, existe a necessidade real da existência das salas VIP no mercado local. Song diz mesmo que essa percentagem irá crescer. “Em toda a indústria de Jogo, as salas VIP não podem simplesmente deixar de existir. Podem existir casinos que não tenham salas VIP, mas em contrapartida estas existem noutros”, argumentou. Billy Song nota ainda que em casinos de outros países foram também criadas salas VIP, algo que mostra, na sua opinião, que para a indústria de Jogo de todo o mundo as salas VIP ocupam um lugar importante e de claro destaque. Kuok Chi Chong indica que o número de mesas de Jogo autorizado pelo Governo é também uma das considerações para se criarem ou não mais salas VIP. “No caso do Studio City, o Governo apenas autorizou 250 mesas de Jogo. Se fossem criadas quatro salas VIP, estas podiam levar 80 mesas, o que leva as operadoras a pensar que fica demasiado espaço por utilizar. Assim, a possibilidade seria a de só considerar a criação de salas com a cooperação com os promotores de jogo VIP, quando existissem mesas de jogo a mais”, explicou. Este promotor de Jogo afirma ainda que muitos proprietários de salas VIP já estão a tentar diminuir os custos devido à diminuição das receitas. E, também, porque querem ver o que aí se avizinha. “A proporção das receitas das salas VIP caiu de 80% para 56% em relação a todas as receitas de Jogo. Já foram fechadas muitas salas VIP e estamos numa fase de observação. Não podem abrir novas salas VIP com as receitas actuais”, indicou. Kuok avançou que, segundo os dados das associações de Jogo, até Julho, existiam 148 salas VIP. Contudo, segundo “informações internas”, nos últimos meses fecharam cerca de 20 salas. Mesmo assim, as licenças de promotores de jogo não tiveram uma diminuição acentuada: o que estes fazem agora é cooperar com outras salas VIP ao invés de abrirem as suas. Assim, podem só abrir um balcão, mantendo o mesmo tipo de negócio e poupando nos custos”, acrescentou. Comuns vs. VIP Questionado sobre a capacidade dos casinos manterem os lucros só com zonas de massa, Billy Song defende que, para as operadoras de Jogo, o lucro das zonas comuns poderia ser maior do que o das salas VIP. Isto porque, explica, as zonas comuns são de operação directa e não precisam de dividir os lucros com mediadores – ou os promotores de Jogo – das salas VIP. Até agora, contudo, o volume das receitas das salas VIP tem sido maior do que o das zonas comuns, algo que contribuía para o desejo de abrir mais salas. Essa tendência baixou, é verdade, mas ainda não consegue, actualmente, ser maior do que os lucros das salas de massa. “Embora actualmente a proporção das receitas de zonas comuns e das salas VIP esteja próxima, ou seja 50%-50%, isto aconteceu não por causa de um aumento do dinheiro feito nas zonas de jogo de massa, mas sim por causa da queda das receitas das salas VIP. No ano passado, o aumento das receitas nas zonas comuns de casinos foi muito pouco – apenas 2% a 3% -, altura em que os lucros das salas VIP caíram de forma intensa”, disse Billy Song. Uma nova tendência Para Billy Song, a substituição apesar da recente tendência em desenvolver zonas comuns e criar “salas VIP das próprias operadoras de Jogo” nos casinos que vão nascer no Cotai, será sempre muito difícil a substituição completa das salas de altas apostas pelas salas de massa. Mas só por serem modelos “completamente” diferentes. “Apesar de oferecer os mesmos serviços, a flexibilidade e o funcionamento são diferentes, bem como a reacção dos clientes. Mesmo entre as salas VIP das operadoras e as privadas, há diferenças, já que as segundas ganham mais clientes”, indicou. “Agora, [os jogadores] já não vêm a Macau com a mala cheia de dinheiro, mas os clientes sabem escolher quais as salas VIP de maior confiança e que mantêm o entretenimento”, explica Kuok Chi Chong. Contudo, olhando para o futuro, o responsável considera que a queda das receitas das salas VIP já está mais estável e que os negócios das salas VIP irão manter-se como estão actualmente. Kuok aponta ainda que o maior problema das salas VIP é recuperar o dinheiro emprestado aos clientes. Algo muito difícil, diz, já que muitas salas VIP emprestaram demasiado dinheiro quando as receitas são boas. Depois, são as próprias operadoras que precisam de fazer uso do seu dinheiro para pagar eventuais dívidas. “Fecharam muitas salas VIP, mas não foram apenas as de pequena dimensão. Conheço muitas salas VIP pequenas que não emprestaram dinheiro sem o devido controlo e agora conseguem sobreviver sem dificuldades, ao contrário de algumas grandes salas”, disse. Para Nelson Kot, as salas VIP vão conseguir manter a sua posição, mas só depois de haver um ajustamento na economia. Depois desta fase, as salas mais financiadas terão uma maior capacidade de funcionamento, ao contrário das mais fracas, ou daquelas que funcionam de forma ilegal. “É impossível manter as salas VIP apenas com a angariação de capital de investidores”, disse, adiantando contudo que “as salas VIP que tenham capacidade financeira verdadeira vão conseguir sobreviver, já que existem os clientes que são realmente ricos e que gostam de jogar nestas salas.” Vai fumar para outro lado Kuok Chi Chong afirma que as salas VIP conseguem manter os negócios mesmo que a economia caísse de forma grave. No entanto, a medida do Governo em relação à proibição total de tabaco nos casinos pode fazer com que os proprietários de salas VIP se prefiram retirar daqui para outros países com casinos, onde não há essa proibição. “Os operadores dos casinos de países vizinhos já estão a atrair [os promotores de jogo] para criar salas VIP lá, com condições melhores do que Macau. Pelo menos, não proíbem o tabaco. Temos a responsabilidade de alertar o Governo de Macau sobre isso, mas caso este queira manter a mesma atitude, nós, operadores, só podemos ir para outros sítios onde exista mais espaço de sobrevivência”, alertou. Kuok avançou ainda que são países como as Filipinas, Coreia de Sul, Austrália, Nova Zelândia, Camboja, Vietname e Singapura que estão, actualmente, a fazer frente a Macau. “Quando sabem que não podem fumar nos casinos de Macau, os jogadores preferem ir a outros sítios, isso também acontece com os promotores de jogo, é óbvio”, explica, reiterando que todos os operadores esperam que se criem salas de fumo nos casinos. Extra jogo, mais dinheiro? Actualmente, tanto o Governo como as operadoras de Jogo estão focados em desenvolver os factores extra-jogo nos projectos novos. Mas, para Kuok Chi Chong, estes elementos ainda não estão completamente maduros. “A economia de Macau depende ainda muito do Jogo porque o imposto pago ao Governo é muito alto. Posso dizer que o Governo não investiu nada [na indústria de Jogo] e, mesmo assim, ganha 40% do lucro total das receitas. Então questiono-me: qual é a percentagem do imposto do sector de turismo, de retalho e de restauração [nas receitas do Executivo]? Não ocupa mais de 10%”, argumentou. Nelson Kot considera ainda que para que os casinos possam fazer dinheiro com os elementos extra-jogo, é preciso que os próprios casinos subsidiem os mesmos e que atraiam os clientes dos casinos a divertirem-se sem terem de ir parar às mesas ou slot-machines. “Para sobreviver de forma autónoma, só com estes elementos extra-jogo, é muito difícil e é quase impossível em Macau, a não ser que desenvolvam um grande parque temático estilo Ocean Park ou Disneyland, como em Hong Kong. Mas em Macau ainda não temos isso e, até que tenhamos essa possibilidade, ainda não conseguimos escapar totalmente à dependência do Jogo”. O HM tentou saber se as operadoras Wynn Macau e Sands China consideram criar salas VIP nos futuros projectos no Cotai, mas até ao fecho da edição não foi possível obter qualquer resposta.
Flora Fong PolíticaMedicina Estética | SS falam em regulamentação. Deputadas criticam resposta [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) afirmam que já inspeccionam os salões de beleza com serviços de medicina estética “de forma activa”, estando a estudar a elaboração de um regulamento para essa área. Contudo, as deputadas Wong Kit Cheng e Chan Hong revelam-se insatisfeitas com a explicação dada e defendem que estes locais deveriam ser devidamente credenciados. Além disso, dizem, os seus profissionais deveriam estar sujeitos à futura Lei do Erro Médico, para evitar incidentes em cirurgias até tratamentos como injecções de botox. Chan Hong pede mesmo que seja criada uma lei especializada para a supervisão da medicina estética. “Caso os tratamentos a laser, com agulhas ou lipoaspirações não sejam considerados procedimentos médicos, a Lei do Erro Médico não vai conseguir regulamentar a medicina estética. É preciso os SS esclarecerem este assunto”, apontou ao jornal Ou Mun. As duas deputadas já interpelaram o Governo sobre o assunto em Setembro do ano passado, questionando a fiscalização existente na área e pedindo uma separação clara da medicina estética face aos restantes serviços de beleza. Lei Chin Ion, director dos SS, apontou, em resposta às interpelações, que já desde 2012 ao ano passado, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) fez 168 inspecções, tendo sido descobertos sete salões de beleza com oferta de tratamentos ilegais e importação ilegal de medicamentos. Este ano foram feitas 23 inspecções, tendo sido descoberto um caso de fornecimento ilegal de medicamentos. Foi aplicada uma coima, uma vez que estes casos são tratados como infracções administrativas. Wong Kit Cheng disse ao jornal Ou Mun que estes dados são insuficientes para um prazo de três anos. “Em Hong Kong já aconteceram várias mortes depois da realização de lipoaspirações, mesmo em estabelecimentos licenciados. A sociedade começa a duvidar da credibilidade dos médicos de medicina estética”, disse a deputada, que defende a credenciação para os cirurgiões plásticos. “Actualmente os salões e centros de beleza têm licenças emitidas pelo IACM, mas não são qualificados para fornecer serviços que envolvam processos médicos, não podem vender ou administrar medicamentos, nem realizar cirurgias. Se quiserem fazer isso, devem pedir aos SS ou serem operados por médicos registados. Caso contrário, devem ser multados e assumir responsabilidade criminal”, disse Wong Kit Cheng. Entretanto, Lei Chin Ion afirmou que vai criar um grupo especializado para o estudo da regulamentação da medicina estética no território.
Flora Fong SociedadeInquérito | Índice de Felicidade das Mulheres caiu face a 2012 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Índice de Felicidade das Mulheres de Macau, realizado pela Associação Geral das Mulheres de Macau, registou uma ligeira diminuição face a 2012. Os resultados, citados pelo jornal Ou Mun, revelam que factores como o ambiente familiar ou o trabalho podem estar na origem desta maior infelicidade. A vice-presidente da Associação, Un Sio Leng, explicou que das mais de 1200 mulheres entrevistadas, a média do índice atingiu 7,11 pontos, de 0 a 10, numa nota que está no nível “médio alto”. “[Os resultados] acompanham o desenvolvimento da economia de Macau. O modelo de vida alterou-se, sobretudo das mulheres, e muitas precisam de trabalhar por turnos. É muito comum existirem famílias em que tanto a mãe como o pai precisam de trabalhar. No actual ambiente social, as mulheres podem acumular muita pressão”, referiu Un Sio Leng. A responsável garantiu ainda que em Macau “raramente” se fazem estudos especializados sobre o sentimento de felicidade das mulheres. O último inquérito realizado pela Associação Geral das Mulheres foi em 2012, com um índice de 8,36 pontos. Este ano o inquérito revela que as mulheres estão mais satisfeitas com o ambiente familiar e o intercâmbio social. No entanto, mais de 60% das entrevistadas consideram que não conseguem desenvolver as suas capacidades por completo, sendo que 58% revela estar a enfrentar a pressão da maternidade. Mais de 80% das mulheres acha difícil equilibrar a profissão e família, sendo que 37% apresenta problemas de insónias e 23% dizem estar sempre deprimidas. A Associação Geral das Mulheres de Macau sugere que o Governo descubra o potencial das mulheres, melhorando as políticas de fertilidade e dando mais apoios à classe média. Isso poderia fomentar uma competitividade justa entre as mulheres, para que haja uma maior promoção, diz.
Flora Fong SociedadeIACM vai seguir com limpeza e remodelação de prédio abandonado [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ntre a Avenida do Ouvidor Arriaga e a Rua da Madre Terezina situa-se um conjunto de prédios abandonados. Este tem servido, nos últimos 40 anos, como refúgio de TNR pouco endinheirados, consumidores de drogas e jovens que se aventuram em “busca de fantasmas” num local que se diz abandonado. Finalmente, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais conseguiu entrar em acordo com o proprietário dos edifícios, que vai agora ver-se livre do entulho que lá se junta. A Associação Mútua dos Moradores do Bairro O Tâi enviou uma carta, em Agosto, ao IACM, pedindo que o prédio fosse remodelado devido à falta de segurança que implicava para os moradores da zona. Nos anos 60, teve ali lugar um assassinato de um comentador de corridas que foi esfaqueado 40 vezes por um amigo. O caso tem contornos ainda mais sinistros: o homicida violou a mulher da vítima mais de três vezes. O edifício está vazio desde então e ninguém quer sequer aproximar-se do local. O mesmo jornal avançou que o IACM respondeu à associação, afirmando que já conseguiu contactar o proprietário do edifício de três andares, que concorda em limpar o entulho. O vice presidente da associação, Chan Peng Hong, considera que essa decisão pode resolver os riscos de segurança na zona. “O cimento das paredes do edifício já caiu, os vidros estão destruídos, cresceu muito mato e insectos e ratos reproduzem-se lá dentro. Muitas pessoas foram consumir droga para o edifício e os TNR mais corajosos compraram camas e foram para ali viver porque sabem que está abandonado”, disse Chan. Um morador daquela zona, Wong, apontou que existem várias escolas perto do edifício, acrescentou que até já viu jovens a lá entrar para ter aventuras. Embora não saiba quando vai ser reconstruído, o problema da sujidade e entulho ficou resolvido.
Flora Fong SociedadeSaúde Mental | SS prometem mais consultas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] director dos Serviços de Saúde (SS), Lei Chin Ion, confirma um aumento no número de pedidos de consultas e outros serviços dedicados à saúde mental. No entanto, considera que o número de pessoal da área de Psicologia é já suficiente para a procura dos residentes. A afirmação foi feita numa resposta a uma interpelação escrita de Chan Meng Kam, que questionou os SS sobre a criação de um mecanismo de apoio psicológico ao nível comunitário. A resposta foi positiva, já que Lei confirmou a existência de tal modelo. O deputado quis ainda saber se os critérios cumprem as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Na resposta, Lei Chin Ion afirmou que os SS têm dado atenção à saúde mental dos cidadãos e que já tomou medidas que correspondem aos critérios da OMS, incluindo o modelo de aproximar os serviços de psicologia à comunidade. O director afirmou que nos primeiros nove meses deste ano, no Departamento de Psicologia do Hospital São Januário, registaram-se mais de 18 mil consultas, mostrando um aumento de 3,2% comparando com o período homólogo do ano passado. Nos centros de saúde, foram registadas mais duas mil consultas relativamente ao ano passado, tendo o valor subido 26,6%. Lei confirma que a procura por serviços de saúde mental dos cidadãos de Macau aumentou, mas garante que os SS têm investido na contratação de profissionais. “Temos 13 médicos de psicologia, 14 terapeutas mentais, 29 terapeutas mentais clínicos e 20 assistentes sociais, ou seja, cada cem mil residentes de Macau tem 8,8 profissionais de saúde à sua disposição. Acrescentando isto aos subsídios de consultas psicológicas para as instituições sem fins lucrativos, cuidamos da saúde mental de toda a população”, indicou Lei Chin Ion, que afirmou ainda que depois dos pacientes mentais saírem de hospital têm direito a um serviço de acompanhamento via telefone, compreendendo o processo de recuperação e dando apoio. Nos primeiros nove meses deste ano, já mais de mil pacientes usufruíram deste serviço.
Flora Fong PerfilDinizio Silva, jogador de futebol [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]em apenas 17 anos, mas a vida deste jovem já está cheia de aventuras e esperanças para o futuro, bem como missões para cumprir. “Actualmente sou jogador de uma equipa de futebol local, a MFA Development, e jogo como avançado e médio. Fui também seleccionado para a selecção de Macau”, começa por dizer ao HM Dinizio Silva. Dinizio começou a ter contacto com este desporto quando tinha apenas quatro anos. A tenra idade para começar a dar pontapés na bola deve-se à influência da família, já que o pai também era jogador de futebol. “O meu pai ensinou-me a jogar futebol nos campos desde que eu era muito pequenino, porque o meu pai era futebolista a tempo inteiro.” Dinizio já teve a sorte de jogar em competições no interior da China, na Mongólia Interior, e na Tailândia. Experiências diferentes para quem joga futebol no território. “Nas competições, tivemos concorrentes muitos fortes, sobretudo das equipas nacionais. Normalmente a equipa de Macau perde nos jogos, mas esforçamo-nos ao máximo e ganhámos experiência, usufruindo também do jogo.” Em breve, Dinizio vai participar numa actividade maior, o Campeonato do Pacífico, na Austrália, e não consegue esconder a excitação. “Estou muito contente por ter sido escolhido entre muitos jovens locais para a selecção que representa a minha terra natal. É sinal de que o treinador reparou no meu progresso”. Mas, como todas as histórias, também a deste jovem jogador não se pode focar apenas no actual sucesso. Dinizio também passou tempos difíceis no que à bola diz respeito. “Pensei em desistir deste desporto. Em anos anteriores, não jogava bem e fui muitas vezes chamado à atenção pelo treinador. Foi muito frustrante.” Dinizio não parece ter muito tempos livre para a diversão como os outros jovens da sua idade, já que os treinos de futebol, como admite, são muitos e muito duros. “Tenho treinos todos os dias, três horas por dia.” Dar o salto Dinizio nasceu e cresceu em Macau, mas considera a sua cidade “um bocado seca”, como nos diz. “Vou sempre aos mesmos sítios nos tempos livres. Normalmente assisto a filmes, faço natação durante o Verão, passeio e faço compras com amigos, mas jogo mais futebol e fico em casa.” Se calhar é por causa disso mesmo que o jovem quer sair do território. “Estou a pensar frequentar uma universidade onde possa beneficiar também de treinos de futebol, para que possa jogar no estrangeiro. Se conseguir, queria ser jogador fora de Macau. Já acho bom ser jogador em Hong Kong ou em Portugal”, disse, acrescentando que, além de pensar em ser futebolista, ainda não escolheu qualquer outra profissão. Dinizio vive entre as comunidades e as culturas chinesa e macaense. Ele próprio considera-se “meio macaense”, porque a mãe é macaense e o pai é chinês. “Tenho muitos contactos com jogadores macaenses e gosto de conversar com eles. Acho que, por estar dentro destes grupos, posso fazer mais amigos.” O jovem estudou na Escola Secundária Luso-Chinesa da Flora, depois passou a estudar na Escola Portuguesa de Macau a partir do oitavo ano, por decisão da mãe. Depois, pôde seguir a sua “vontade” e mudar para a Escola Secundária Pui Va, onde está no décimo ano. “Foi divertido estar na Escola Portuguesa, tinha colegas chineses, portugueses e mistos. No entanto, achei muito duro para mim. Por exemplo, estudar a História em Língua Portuguesa é muito difícil para mim, o horário das aulas também era muito longo, mais de uma hora por aula, e às vezes tínhamos duas aulas seguidas.” Para o jovem, os estudos são mais relaxados nesta escola chinesa e não se arrependeu da decisão. Como joga bem futebol, é considerado a “estrela do futuro” na sua escola. Mas o jovem diz-nos, sem qualquer arrogância, que há sempre forma de melhor e ainda não é um futebolista “muito, muito bom”. Muitos estudantes, com 17 anos, conseguem apenas focar-se nos estudos. Mas Dinizio, assegura-nos que consegue manter o equilíbrio entre as duas coisas mais importantes na sua vida actual: a escola e o futebol. “Consigo gerir bem o uso do tempo, tanto as tarefas e exames na escola, como o futebol. Pelo menos nunca reprovei”, conta. Dinizio gosta que a família lhe dê um certo grau de liberdade, tanto nos estudos, como nas coisas que gosta de fazer. O futebol, claro, é uma dessas. E o jovem diz achar muito engraçado ter o mesmo gosto por este desporto desde que se lembra de existir.
Flora Fong PolíticaSegurança | Pedida mais fiscalização e combate à imigração ilegal [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak apresenta as Linhas de Acção Governativa (LAG) da sua pasta no final do ano e há quem acredite que há margem para melhorias no que à sua tutela diz respeito. Leong Veng Chai, deputado que foi também funcionário público da cadeia de Macau, diz que existe uma grande margem para melhorar nos trabalhos de fiscalização de crimes. “Reparamos que a província de Guangdong, junto com as autoridades policiais de Hong Kong, Taiwan e Indonésia, interceptou ultimamente um grande grupo de burla via telefone e Macau esteve ausente na actividade, mesmo tendo já acontecido casos de burla no território”, deu como exemplo de que há crimes que são só investigados depois de terem lugar apesar de poderem ser travados. O deputado considera necessário melhorar a troca de informações entre territórios, algo em que o Governo assegura estar a apostar. Leong Veng Chai diz ao HM que o Governo deveria ainda focar-se na situação dos funcionários das Forças de Segurança e volta a insistir que estes voltem a ter um regime de previdência mais alto do que a actual pensão de aposentação. “Nas regiões vizinhas, todos os funcionários da Segurança têm este regime, não percebo porque é que só foi cancelado em Macau. Acho injusto e espero que o Secretário volte a implementar o regime.” À procura de casa A falta de residências para os funcionários da Segurança é outra crítica do deputado, que considera que estes não conseguem ter um sentimento de pertença às autoridades pelo facto de terem de arrendar casas individualmente. Leong Veng Chai acha que o aumento de subsídios de habitação não é a melhor forma de oferecer uma residência aos funcionários, até porque, diz, com casas fornecidas pelo Governo estes poderiam ficar todos a morar no mesmo local e, assim, poder atender às urgências de forma mais eficiente. Falando sobre os crimes ligados ao Jogo, o deputado afirma que a situação de branqueamento de capitais “está ainda muito escondida e grave” e que “é necessário fazer mais na investigação e troca de informações entre diferentes serviços”. Algo em que, diz, Lionel Leong tem de apostar. Para Ao Ieong Kuong Kao, um dos chefes do policiamento comunitário e vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Wong Sio Chak deverá manter a mesma linha de “trabalhos” que tem vindo a ter nas LAG de 2016. Mas Ao aponta que o Secretário se deveria focar em especial na questão dos imigrantes ilegais e dos que cá estão em excesso de permanência. “O Secretário tem que se esforçar mais para perceber as questões existentes nas comunidades, porque entre os milhares de visitantes, uma parte de pessoas já viu proibida a entrada mas resolve entrar no território ilegalmente através da costa. Isto acontece sobretudo com os residentes do sudeste da Ásia e, como o Governo não consegue comunicar bem com as autoridades desses países, permite que essas pessoas consigam ter documentos de identificação temporária e se mantenham em Macau, sendo trabalhadores ilegais”, indicou, considerando esta uma preocupação escondida. Aumentar os cursos de formação sobre o policiamento comunitário, consolidar a comunicação entre cidadãos e polícias e promover o combate e a prevenção de crimes nas comunidades são outros trabalhos que Ao considera que Wong Sio Chak deveria ter em conta. Do ponto de vista do deputado Zheng Anting, os actos criminais que envolvem os estabelecimentos de Jogo têm aumentado. Dando como exemplo os casos de sequestro e usura que viram um aumento este ano, o deputado diz que as autoridades policiais precisam de fazer mais na investigação de crimes transfronteiriços, originários deste tipo de crime. Anting pede mesmo que sejam acelerados os acordos entre regiões, na calha há anos. “O Secretário de Segurança tem de avançar com a cooperação jurídica entre Macau e as autoridades vizinhas, aumentando o poder de combate de crimes”, afirmou. O deputado acha também importante que sejam implementadas medidas novas como a impressão digital e o reconhecimento facial quando os turistas passarem as fronteiras à entrada de Macau, de forma a se verificar mais rapidamente eventuais identidades falsas e pessoas perigosas.
Flora Fong BrevesDSAT | Inspecções obrigatórias para veículos com mais de oito anos O director dos Serviços para Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, anunciou a criação de uma norma que obriga à inspecção obrigatória para todos os veículos com mais de oito anos. A medida deverá ser implementada em 2017, altura em que está prevista a conclusão do novo Centro de Inspecções de Veículos.
Flora Fong SociedadeDSEJ | Falta de supervisão de subsídios não agrada [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] deputado Au Kam San criticou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) por não ser responsável aquando da apreciação de pedidos de subsídios, como o que o mais recente relatório do Comissariado de Auditoria (CA) apontou. Por outro lado, para a Associação de Educação de Macau, os pedidos de subsídios de escolas têm muitas restrições e falta de flexibilidade. Depois do CA ter criticado a DSEJ por falta de fiscalização de subsídios às escolas particulares, bem como de cobranças indevidas e ausências de documentos comprovativos, o Jornal do Cidadão cita Au Kam San a dizer que os problemas registados são graves e que a responsabilidade da falta de supervisão tem de ser assacada. Em relação à cobrança ilegal a escolas privadas, o deputado acha que embora o montante não seja grande, o problema aconteceu durante vários anos e lamenta que tenha sido descoberto agora, pelo que receia que as escolas continuem a cobrar despesas indevidas. “Como é que a DSEJ não conseguiu observar o problema durante tantos anos seguidos? Além de ter de admitir que houve negligência, o organismo deve rever todo o regime, impedindo que haja lacunas, assim como verificar bem a aprovação de pedidos de subsídios e os procedimentos de cobrança de despesas. As escolas devem também preparar bem relatórios e documentos para entregar o Governo”, observou. Já Ho Sio Kam, presidente da Associação de Educação de Macau, elogia o relatório do CA, mas diz que a DSEJ e o FDE já têm muitas restrições e processos desnecessários, o que faz com que não haja flexibilidade para pedir apoios. “Por exemplo, quando as escolas apresentam dezenas de pedidos de subsídios para diversas actividades, precisam de ser apreciados por diferentes departamentos e há muitas formalidades”, indicou.
Flora Fong Manchete SociedadeAuto-Silos | Forehap diz que entregou ao Governo cobranças de passes mensais Foi apenas para não desperdiçar recursos que a Sociedade de Administração de Parques Forehap “decidiu sem autorização” emitir passes mensais para um dos auto-silos que gere. É o que diz a empresa, que assegura, contudo, que estava a dar ao Governo a sua quota parte das receitas dos passes ilegais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Sociedade de Administração de Parques Forehap, que gere o parque de estacionamento público do Jardim Comendador Ho Yin, admitiu o problema de emissão de passes mensais sem autorização do Governo, mas assegura que, durante todo o tempo em que os emitiu, pagou ao Executivo as taxas sobre as cobranças desses passes. Depois de, no início da semana, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ter anunciado a infracção da empresa Forehap devido à emissão de 390 “cartões de passe mensal” para estacionamentos no parque, a partir de Maio de 2012, apesar destes terem sido proibidos desde 2009, a empresa vem a público explicar-se: a razão por que o fez deve-se a uma melhor utilização de recursos. Mais ainda, a cobrança das despesas cumpriu o contrato com o Governo, que recebeu da Forehap o montante que deveria ter recebido com a venda de passes mensais. Depois do HM ter tentado contactar sem sucesso a direcção da empresa, o subdirector geral da Forehap, Ao Ieong Chi Meng, afirmou ao Jornal Ou Mun que vai assumir todas as responsabilidades sobre a emissão ilegal de passes, mas fez questão de salientar que a certa parte da cobrança foi entregue ao Governo. Este, contudo, só recentemente é que anunciou as ilegalidades praticadas pela Forehap. “Desde 2012 que começámos a gerir o parque de estacionamento do Jardim Comendador Ho Yin e pagávamos as despesas cobradas nos passes mensais ao Governo, conforme o contrato, não escolhemos nenhum montante”, afirmou. Apesar de admitir que foi “negligência” emitir cartões sem autorização, o responsável da empresa explica que isso se deveu ao facto “do uso do parque ter sido fraco no início, mas noutro parque público do Jardim Dr. Carlos d’ Assumpção estar tudo cheio, pelo que para aliviar os lugares e utilizar os recursos públicos de melhor forma se decidiu lançar a medida sem autorização”. No que toca à suspensão de uso desses cartões, Ao Ieong Chi Meng disse que já contactou com os proprietários. A maioria vai ficar insatisfeito com isso, diz, mas a empresa “não vai voltar a cometer ilegalidades”. DSAT não sabe se chegou dinheiro dos passes O director dos Serviços para Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, afirmou ontem que está ainda a apurar as contas da Forehap, mas que “até ao momento não consegue” verificar se as receitas geradas pela venda de passes mensais ilegais tinham chegado até ao organismo. “Desde dia 1 de Maio de 2012 até ao momento, os dados financeiros mostram cerca de 8,7 milhões de patacas [em receitas], mas deviam ser 9,17 milhões de patacas e é preciso rever todos os números para saber se a Forehap realmente pagou 61% das despesas ao Governo”, explicou.
Flora Fong PolíticaTrans-Pacífico | Pró democrata quer participação em parceria [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]g Kuok Cheong quer que o Governo se inclua no Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, na sigla em Inglês), o acordo que permite eliminar taxas entre diferentes países para a comercialização de determinados bens e serviços. O deputado da ala democrata considera que Macau não devia perder a oportunidade de fazer parte do TPP, já que, diz, é uma “oportunidade de participação num parceria que não deve ser ignorada”. Numa interpelação escrita, Ng Kuok Cheong lembra que o acordo foi já assinado por 12 países, onde se incluem a Malásia, o Japão e o Vietname, e relembra que a China continental “não consegue reunir os critérios” para entrar no acordo, ainda que seja “a segunda maior economia do mundo”, mas diz que a RAEM “não deve ignorar a oportunidade”, já que tem condições para isso. “Macau não deve desvalorizar as próprias vantagens e condições espectaculares do acordo”, frisa na interpelação escrita entregue ao Governo. “O Governo de Macau concorda que a RAEM tem condições para entrar na parceria TPP, já que Macau tem implementada uma economia liberal? Os requisitos de participação passam pela eliminação do imposto aduaneiro que impede o comércio e investimento, o aumento da protecção ambiental e os direitos de trabalhadores. Comparando a situação de Macau [com outros locais], o Governo não considera que conseguimos entrar ou é preciso aperfeiçoar as condições?”, questionou. Ng Kuok Cheong quer ainda saber se o Governo já pensou na viabilidade de participar no acordo e eventualmente comunicou o plano ao Governo Central.
Flora Fong Manchete SociedadeResíduos | Construtores contra pagamentos para depósito de materiais O sector da construção já faz o suficiente para diminuir os resíduos que sobram das obras e por isso é desnecessário aplicar taxas de depósito de materiais no aterro. É o que diz um membro do sector, que se opõe ao novo Regime de Gestão de Resíduos de Materiais de Construção [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]embros do sector da construção consideram que existe margem de melhoria no Regime de Gestão de Resíduos de Materiais de Construção, nomeadamente no que ao pagamento de taxas diz respeito. Um responsável da construção cujo nome não foi identificado apontou ao Jornal Ou Mun que há problemas na proposta, ainda que a Associação de Ecologia de Macau concorde com o Regime e considere que este vai ajudar a diminuir o número de resíduos da construção. Para o especialista da construção ouvido pelo Ou Mun, um dos problemas além do pagamento das taxas é o facto dos construtores terem de recrutar um responsável “pela protecção ambiental” que fique encarregue de implementar medidas de diminuição dos resíduos produzidos pelas obras. O especialista considera que a posição exige uma certa qualificação e, como o período de transição da lei será de meio ano, diz que não vai ser fácil “encontrar a funcionária apropriada”. Mas as despesas com as taxas de depósito são as que mais preocupam os construtores, com o sector a pedir que não haja quaisquer taxas. “Os construtores de Macau já sabem bem que quanto menos resíduos houver, mais baixos são os custos. Por exemplo, quando se faz escavações guarda-se o máximo de lama que se conseguir, de forma temporária, para que se possa voltar a usá-la durante as obras. Os construtores já sabem que só precisam de transportar os resíduos para os aterros quando não os podem deixar no local [da obra]”, diz. O especialista diz ainda que, no caso de obras de demolição, separam-se o cimento e o aço, para que o aço seja reciclado, pelo que não há necessidade de cobranças. Contraditório O Governo diz o contrário e considera que a implementação de taxas vai ajudar a diminuir a quantidade de lixo, uma vez que o aterro de resíduos de construção está já a deitar por fora. Para Ho Wai Tim, presidente da Associação de Ecologia de Macau, o Regime vai conseguir atingir o seu objectivo. “A cobrança de despesas consegue fazer diminuir o número de resíduos de materiais de construção e impulsionar a separação de aço, madeira ou outros materiais, para que os construtores paguem menos para o depósito de resíduos no aterro”, afirmou ao HM. Ho Wai Tim considera que o sector de construção vai cumprir as regras do Regime, já que actualmente uma parte de construtores faz já alguma reciclagem. Mas este Regime, diz, “é um incentivo económico”. A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental considera que o Regime vai ajudar a diminuir 25% de resíduos de materiais de construção anualmente.
Flora Fong BrevesJogo | MGM Cotai não vai apostar “muito” no sector VIP Depois da Melco Crown e da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) foi a vez da MGM China anunciar que a operadora não vai apostar muito no mercado VIP no novo empreendimento do Cotai. Jim Murren, director-executivo da MGM Resorts, prevê que a área do casino vá ocupar apenas 15% da área do novo empreendimento e “sem contar com muitos negócios de salas VIP”. “Embora as mesas de Jogo sejam limitadas, essa limitação não é um problema importante”, afirmou ao Jornal Ou Mun. Questionado sobre a possibilidade de aprovação de 250 mesas de jogo no MGM Cotai, número recebido pela Galaxy e pelo Studio City, Jim Murren respondeu que esse número “não é o ideal, mas é aceitável”. “É preciso atrair mais clientes através de hotéis, restaurantes e entretenimento para aumentar as receitas brutas”, indicou. Jim Murren avançou ainda que o novo projecto no Cotai vai concentrar-se mais no desenvolvimento das zonas de jogo de massa do casino e diz acreditar que o mercado tem espaço suficiente para desenvolver a diversificação.
Flora Fong Manchete SociedadeZona Norte | População quer avanço de sistemas pedonais prometidos desde 2008 O Governo apresentou uma proposta de criação de dois sistemas pedonais na zona norte em 2008, mas até ao momento nada de concreto foi apresentado. Ouvidos pelo HM, especialistas dizem que o sistema é uma necessidade e esperam que o Executivo “avance” com o que ficou prometido. Moradores ouvidos pelo HM concordam [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]m 2012 ficou concluído o sistema pedonal da Taipa, mas a proposta da Direcção dos Serviços para Assuntos de Tráfego (DSAT) em construir dois sistemas pedonais semelhantes na zona norte, que se estendiam pelas Portas do Cerco, Fai Chi Kei, Doca do Lam Mau e o Porto Exterior, ficou pelo caminho. A ideia do Executivo era fazer com que os cidadãos começassem a andar mais pé, de forma a diminuir o trânsito. Contudo, até agora nada foi feito e os próprios responsáveis do Governo admitem que nada têm planeado. Numa reunião do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Norte, que aconteceu a semana passada, os vogais convidaram representantes da DSAT, da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) para que apresentassem mais detalhes sobre os sistemas, segundo o Jornal Exmoo. No entanto, os mesmos representantes afirmaram que até ao momento não têm um planeamento pormenorizado dos sistemas, nem um calendário para a sua construção, defendendo apenas que já concluíram trabalhos de planeamento das obras. Oportunidade perdida Para Chan Tak Seng, presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, cuja sede fica na Areia Preta, o Governo tinha melhores condições para construir os sistemas no ano de 2008, quando a economia de Macau estava a crescer. Ao HM, o responsável disse lamentar que o projecto não tenha avançado. “A ideia dos sistemas era também a de facilitar a deslocação de idosos e portadores de deficiência. Acho que o Governo deve rever as medidas de trânsito, já que actualmente nenhum cidadão está satisfeito com isso”. Chan Tak Seng considera “extremamente necessário” que sejam publicado os detalhes da criação dos sistemas pedonais, que já foram decididos mas que continuam no papel, ou nem isso. “Quais são as razões para o atraso? A falta de técnicas ou de um plano director urbanístico? O Governo não pode falar numa coisa e esquecê-la, até porque os residentes e os média insistem em perguntar. Um Governo responsável não deve ser assim”, afirmou. Apesar de admitir que os sistemas pedonais não serão utilizados por todos os cidadãos, o presidente da Associação considera que estes vão ter um certo efeito, que passa por diminuir a pressão do grande número de automóveis em trânsito que todos os dias circulam na zona norte. “Quase de certeza que os cidadãos irão andar mais a pé em vez de apanhar autocarros ou conduzir os próprios carros, sobretudo os idosos”, indicou. Para o jovem Alvis Un, que mora perto das Portas do Cerco, actualmente a principal maneira de deslocação dentro da zona norte é conduzir uma mota. Contudo, ao HM, o jovem assegura que não se importaria de utilizar os sistemas pedonais, caso o seu destino fosse dentro da zona. Alvin diz ainda que seria também viável criar pistas para bicicletas na zona norte, para que as pessoas pudessem deslocar-se a sítios mais afastados, mas ainda dentro do perímetro. Outro morador da zona norte, Un Choi – para quem a principal forma de deslocação é também a mota – diz ao HM que não acha que os mais novos fossem utilizar os sistemas pedonais devido ao hábito de condução, mas assegura que sem dúvida que os idosos o fariam, até porque, diz, para eles “andar mais a pé serve” como uma forma de fazer desporto.
Flora Fong PolíticaFunção Pública | Fusão da DSRJDI e da DSAJ “quase concluída” [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]fusão da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ) e dos Serviços da Reforma Jurídica e do Direito Internacional (DSRJDI) está quase pronta. Esta vai permitir uma forma de coordenar a produção legislativa por forma a evitar processos desnecessários, num trabalho que será feito em conjunto com a Direcção dos Serviços para a Administração e Função Pública (SAFP). A informação foi avançada no âmbito de mais uma edição do programa “Macau Talk”, no canal chinês da Rádio Macau, que contou com a presença de Kou Peng Kuan, director dos SAFP, e Diana Costa, directora substituta da DSAJ. “Estamos a criar um mecanismo de coordenação para a legislação, o que faz com que o organismo da justiça possa participar nos processos de elaboração das leis, por forma a evitar etapas desnecessárias”, confirmou Diana Costa. A responsável da DSAJ relembrou ainda que a produção de leis está actualmente a cargo de cada departamento público, e que, aquando da entrega das propostas de lei à DSAJ, estas podem não ser aceites caso sejam encontrados problemas. Tudo a andar Kou Peng Kuan, director dos SAFP, não avança com datas, mas assegura que este ano vai ser concluída esta reestruturação. O responsável garante que trabalhadores e chefias dos dois serviços vão receber o tratamento “adequado”. Já em relação aos trabalhadores, Kou Peng Kuan garante que não vão ser dispensados funcionários e tudo está a ser feito para evitar sobreposição de funções. A fusão dos dois organismos é uma das principais tarefas apontadas para este ano pela tutela de Sónia Chan, mas não são estes os únicos que vão sofrer alterações. “Nos próximos dois anos o Governo vai reorganizar mais de dez serviços públicos, incluindo a fusão da Comissão do Grande Prémio com o Instituto do Desporto. Kou Peng Kuan revelou ainda que em 2016 vai ser dado maior foco à melhoria do regime de avaliação de desempenho dos funcionários públicos, bem como dos processos administrativos. “Estamos a considerar o lançamento de um inquérito por parte de uma terceira instituição de ensino superior sobre a avaliação do desempenho dos funcionários públicos, onde iremos recolher as opiniões dos cidadãos”, disse o director dos SAFP. Quanto aos trabalhos administrativos, Kou Peng Kuan pretende criar vários critérios e um sistema de supervisão dos processos, para que a população conheça as diversas fases de andamento dos trabalhos.
Flora Fong PolíticaChan Meng Kam quer saber como é que Governo poupa dinheiro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]deputado Chan Meng Kam quer saber como é que o Governo supervisiona, de forma eficaz, a poupança das despesas desnecessárias e irracionais do Executivo agora que se avançou com medidas da austeridade. O deputado acredita que é necessário criar um regime claro para economizar dinheiro de forma contínua. Numa interpelação escrita, Chan Meng Kam recordou que desde Setembro deste ano que o Governo implementou, devido à queda das receitas brutas de Jogo, medidas de austeridade, que envolvem cerca de 1,4 mil milhões de patacas. No entanto, para o deputado, a poupança de 1,4 mil milhões de patacas “é apenas uma pequena parte da enorme despesa financeira do Executivo em todos os anos”, apontando em especial o que o Relatório sobre a Execução do Orçamento de 2014 mostrou: que as despesas gerais do Governo atingiram 67,1 mil milhões de patacas. Chan Meng Kam considera que a economia de Macau está em fase de ajustamento e as receitas financeiras “não parecem ser positivas” e diz esperar que também o Governo altere os seus hábitos de “gastar dinheiro como uma torneira de água que está sempre aberta”, sendo por isso necessário que a Administração faça bem os trabalhos de poupança. “Na sociedade de Macau têm existido algumas críticas ao Governo sobre o desperdício do cofre público, tais como as despesas de visitas, de aquisição de carros e de recepção. Como está a situação relativamente a estas despesas? Há margem para serem ainda mais economizadas?”, questionou. Além disso, embora o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, já tivesse afirmado que não é necessário implementar a próxima fase da austeridade, Chan Meng Kam acha que o Governo deve criar um regime claro de poupança, elaborando medidas a longo prazo, bem como introduzir uma avaliação de desempenho do uso do erário público.
Flora Fong Manchete SociedadeTerrenos | Associação denuncia DSSOPT ao MP e CCAC por falhas Os terrenos em redor dos lagos Nam Van estão a deixar preocupados os membros da Associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário de Macau, que ontem acusou a DSSOPT de não estar a par de alegadas ilegalidades lá cometidas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário de Macau denunciou, ao Ministério Público (MP) e ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), falhas e acções alegadamente ilegais da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) em relação aos lotes públicos e privados que se encontram vazios nos Lagos Nam Van. O deputado e membro da Associação recentemente criada Au Kam San, juntamente com os dois representantes da Associação Cloee Chao e Lei Man Chao, entregaram ontem cartas ao MP e ao CCAC, solicitando investigações aos 14 lotes concedidos para desenvolvimento privado e público, localizados nas zonas C e D dos Lagos Nam Van. Quatro destes são destinados ao desenvolvimento público. Au Kam San disse aos média que os quatro terrenos públicos em redor do edifício da Assembleia Legislativa (AL) não têm sido desenvolvidos de forma legal desde há 20 anos, quando foi concluído o aterro, em 1994. “Até o Chefe do Executivo respondeu, numa actividade pública, que não sabe da existência e uso desses lotes. No entanto, existem rumores que apontam para a concessão destes lotes a empresas privadas com o intuito de lucrar”, começou por dizer. “Conforme essas informações, achamos que a DSSOPT não tem desempenhado a sua função, pois não desenvolveu os lotes públicos de acordo com a lei e é preciso assumir responsabilidades penais”, indicou o deputado. Nada à vista Au Kam San destacou ainda que os 14 lotes concedidos para desenvolvimento privado também estão desocupados desde 2001. Citando informações dos contratos da concessão, justificou que os concessionários deviam lá construir habitações com cerca de 200 mil metros quadrados, estabelecimentos comerciais de mais de mil metros quadrados, hotéis de 156 mil metros quadrados e outros complexos até 2005. Contudo, “nenhum metro quadrado foi desenvolvido”, de acordo com Au Kam San. “A DSSOPT permitiu que as concessionárias deixassem os lotes desocupados sem que nada lhes fosse feito”, acusou. “Nenhum deles foi tratado, mesmo dez anos após prescrição da concessão dos terrenos e ainda se permitiu o aumento da altura dos projectos dos construtores nos lotes”, adiantou. A situação corrente, lamenta Au, dá azo para que “os proprietários dos terrenos lucrem na mesma sem um aumento de custo pelo atraso no começo das obras de tratamento do terreno”, considerou.
Flora Fong SociedadeEstudo sobre mecanismo de alerta de turismo chega no fim do ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, afirmou ontem que espera concluir em breve o estudo sobre a criação de um mecanismo de alerta de turismo, algo que existe já nas regiões vizinhas. Segundo o Jornal do Cidadão, Helena de Senna Fernandes foi questionada sobre a situação de urgência implementada nas Maldivas devido à agitação política, tendo já a cidade vizinha de Hong Kong emitido uma alerta amarelo sobre o turismo naquele país, mas o mesmo não se fez em Macau. A directora afirmou que até ao momento não recebeu pedidos de ajuda de residentes de Macau que viajaram para as Maldivas, tendo recebido apenas três pedidos de informação sobre a situação, para compreender se era possível continuar a viajar para as ilhas. O organismo sugere que os cidadãos consultem as agências de viagem para qualquer dúvida. Helena de Senna Fernandes Helena de Senna Fernandes avançou que ainda está a estudar a criação de um sistema de alerta de turismo. A proposta estará, segundo a directora, concluída até ao final do ano e seguirá para apreciação superior. “Temos como referência o sistema de alerta de turismo de Hong Kong, das regiões vizinhas e do interior da China, depois fazemos um sistema apropriado à situação de Macau”, indicou. A responsável frisou ainda que uma alerta de turismo não é um sistema para que os residentes possam devolver os bilhetes de viagens, algo que só podem fazer através de seguros. Helena de Senna Fernandes disse ainda que já negociou com o sector de seguros sobre os critérios de avaliação de risco.
Flora Fong PolíticaChina e Taiwan | Macau é plataforma de trocas, dizem deputados à APN [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ara os deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), Lei Pui Lam e Lau Ngai Leong, o primeiro encontro entre o presidente da China, Xi Jinping, e o de Taiwan, Ma YingJeou, revela-se como um momento histórico. Os dirigentes das duas regiões não se encontravam há 66 anos. Ambos consideram que Macau deve assumir-se como promotor das relações entre os dois lados do estreito. Ao Jornal Ou Mun, Lei Pui Lam disse considerar que mesmo que o encontro não tenha sido oficial, representa já um grande avanço nestas relações. Tem, na sua opinião, o objectivo de desenvolver a paz e até unificar os territórios. Lei Pun Lam diz que apenas encontros e conversas directas entre os dois líderes podem fazem progredir estas questões. O deputado considera que, para Macau, “é necessário compreender os resultados do encontro”, uma vez que o território deverá assumir uma posição enquanto promotor de desenvolvimento de paz, assim fortalecendo a imagem de Macau internacionalmente. Outro deputado de Macau à APN, Lau Ngai Leong, concorda com a posição de Lei, vendo o encontro entre os dirigentes como “impressionante”. O mesmo representante vê Macau como empenhado em ser uma plataforma de intercâmbio entre Taiwan e a China, sobretudo no que diz respeito ao aprofundamento da cooperação civil entre Macau, a Ilha Formosa e o interior da China. O também presidente do Conselho Regional de Macau para a Promoção de Reunificação Pacífica da China espera que o território de Macau continue a aproveitar as vantagens do regime político, localização, ambiente social e humanidade para reforçar a ponte de comunicação entre os dois lados.
Flora Fong SociedadePearl Horizon | Construtora pede mais tempo para compensar atrasos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Grupo Polytec, responsável pela construção do projecto Pearl Horizon, desculpabiliza-se pelo atraso na conclusão da obra e alega que tudo tem que ver com a demora na finalização das avaliações do Governo. Num encontro directo com os proprietários, o responsável está confiante de que o Governo vai apresentar uma proposta melhor no final do ano, para resolver a questão da expiração do lote. Depois de manifestações e pedidos da ajuda ao Governo, o construtor do projecto Pearl Horizon reuniu-se, pela primeira vez neste ano e directamente, com os proprietários que adquiriram as pré-vendas do edifício na semana passada. Segundo o Jornal do Cidadão, vários proprietários ficaram agitados e insatisfeitos com o facto do construtor ter já conhecimento da prescrição do prazo do terreno, mas ainda assim ter prometido aos proprietários que a obra estaria concluída em 2018. Isto porque, dizem, este “não notificou os donos das casas da situação do terrenos antes de estes adquirirem as pré-vendas”. Há ainda quem queira saber se a Polytec está a pensar indemnizar os compradores ou pagar um prémio ao Governo pela demora na construção. As hipóteses foram colocadas mediante hipótese do Executivo vir a recuperar o lote, que prescreve a 26 do próximo mês. De quem é a culpa? Um dos administradores do Grupo Polytec, Ieong Kuok Kuong, reiterou que o processo da obra se atrasou devido à demora na aprovação da planta de construção do projecto e do relatório da avaliação ambiental, justificando que é preciso descobrir o responsável. “Foram precisos três anos para entregar o relatório da avaliação ambiental, o grupo correspondeu às exigências do Governo, mas só em Agosto [de 2014] foi emitida a licença de início da obra (…)”, começou por dizer. “Não se deve culpar o construtor pelo atraso, até porque já em Fevereiro deste ano apresentámos justificações suficientes ao Governo para pedir que fosse recuperado o tempo que atrasou a obra, mas até ao momento o Governo não respondeu”, defende. Ainda assim, espera que os proprietários sejam pacientes. Ieong Kuok Kuong avançou ainda que acredita numa proposta melhor do Executivo até final deste ano. No entanto, caso o Governo opte por retirar o lote, o representante promete que o grupo vai cumprir a lei.
Flora Fong Manchete SociedadeSin Fong | Proprietários em concordância aguardam aprovação de reconstrução [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]á todos os proprietários de Sin Fong Garden entraram em concordância para finalmente se reconstruir o edifício que está em risco de ruir desde 2012. A novidade foi confirmada pelo porta-voz dos moradores e pelo presidente da Comissão de Administração dos Condomínios. O que está em falta são a aprovação da planta do projecto da reconstrução pelo Governo e a posterior abertura de concurso público para dar início às obras. Wong Man Sang, presidente da Comissão de Administração dos Condomínios de Sin Fong Garden afirmou ao canal chinês da Rádio Macau que já há consenso entre todos os proprietários para que o edifício seja reconstruído. Wong Man Sang avançou que vão, através da “Companhia de Empreendimento Social Limitada”, entregar uma planta do projecto de reconstrução à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), esperando que o organismo “lide com o caso especial com um mecanismo especial”. É assim que deverá ser reedificado o Sin Fong. O HM também recebeu a mesma nota de concordância da parte do porta-voz dos moradores, Chao Ka Cheong. O responsável refere que conseguiu convencer o último proprietário discordante. No entanto, o porta-voz ainda não ficou satisfeito com esta decisão, justificando que é ainda necessário esperar pela aprovação da planta do projecto. Tal como o presidente da comissão, espera que a DSSOPT aprove “já amanhã” para que seja aberto o concurso público. “A ideia do concurso público já está pronta, mas ainda não sabemos quais são as empresas de construção que se vão candidatar”, disse. Wong Man Sang, presidente da Comissão acrescentou que em princípio, a reconstrução vai ser apenas feita dentro da área pública, vão ser feitas obras para fortalecer a fundação de estacas e satisfazer os requisitos da prevenção contra incêndios e de ventilação entre outros equipamentos, de acordo com as leis. “A nova planta do edifício vai acrescentar 39 estacas às 100 originais”, disse. No entanto, é ainda desconhecido o valor da reconstrução. Mesmo apoio Como a Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau tem prometido que vai apoiar 60% da despesa da reconstrução de Sin Fong Garden, o vice-presidente, Chan Pou Sam, afirmou ao mesmo canal que não se vai voltar atrás com a promessa, prevendo que a obra tenha início em breve. Chao Ka Cheong confirmou também que a associação tem dito aos moradores que vai manter a promessa de apoio financeiro da despesa da reconstrução. O Sin Fong, recorde-se, foi evacuado em Outubro de 2012, por estar em risco de ruir depois de terem sido descobertas fendas nos pilares do edifício. O Governo revelou, já em 2014, num relatório técnico, que a culpa é da empresa construtora e do fiscal da obra, mas não podem ser responsabilizados porque já passaram mais de cinco anos desde a construção do prédio. Os proprietários teriam de optar por reconstruir o prédio, mas o caso andava num impasse devido ao facto de dois proprietários não concordarem com a reconstrução.