Vacinação | OMS considera Macau “um exemplo”

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o programa de vacinação de Macau “um exemplo”, tendo em conta que as autoridades de saúde conseguiram atingir uma taxa de cobertura das vacinas convencionais, no contexto do programa de vacinação, superior a 90 por cento, aponta um comunicado dos Serviços de Saúde (SS).

Estes dados foram analisados na 74ª reunião do Comité Regional do Pacífico Ocidental da Organização Mundial de Saúde, que começou segunda-feira e termina amanhã em Manila.

Na reunião foram abordadas outras políticas na área da saúde em Macau, nomeadamente ao nível da “saúde pública, doenças crónicas, saúde comunitária e saúde mental”, bem como o “controlo do tabagismo e medicina tradicional chinesa”.

Foi referido que, em todas estas áreas, os SS “têm seguido as políticas e iniciativas da OMS”, promovendo-se “uma vida saudável e a elevação da qualidade global de vida da população através da optimização do sistema de saúde”.

A reunião, descrevem os SS, permitiu ao Executivo “inteirar-se da situação actual dos países membros na área de saúde, de modo a elevar o nível dos serviços de saúde prestados em Macau”. A delegação de Macau é chefiada pelo subdirector dos SS, Cheang Seng Ip.

19 Out 2023

Casa da Literatura | Aberto concurso para explorar café

O Instituto Cultural (IC) abriu um concurso público para a adjudicação da exploração do “Café Cultural e Artístico da Casa da Literatura de Macau”, situado no número 95A-B na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida.

O prazo do arrendamento terá a duração de 36 meses e pretende-se que a cafetaria seja “um espaço com gastronomia, elementos culturais e criativos de Macau” a fim de “promover publicações culturais”, com “serviços de cafetaria e refeições através de takeaway e venda de produtos culturais”.

O despacho relativo ao concurso público, publicado ontem no Boletim Oficial, dá conta que a renda base do espaço será de duas mil patacas, devendo ser paga pelo concorrente uma caução provisória de dez mil patacas e caução definitiva 20 mil. As propostas deverão ser apresentadas até 24 de Novembro.

19 Out 2023

Tabaco | Mais de duas mil pessoas acusadas

Nos primeiros nove meses do ano, os Serviços de Saúde (SS) acusaram ao abrigo da lei de prevenção e controlo tabagismo, 2.317 pessoas, sendo que 2.291 casos dizem respeito a pessoas que estavam a fumar em locais proibidos.

Além disso, foram realizadas 225.402 inspecções a estabelecimentos, o que representa uma média diária de mais de 800 inspecções, que deram origem a 18 casos de venda de produtos de tabaco com rotulagem que não está em conformidade com os requisitos previstos na lei. Os espaços com mais infracções foram os restaurantes, com 449 casos de infracção, representando 19,4 por cento do total, enquanto lojas e demais espaços em centros comerciais constituem nove por cento do total de infracções, com 208 casos.

Já nos estabelecimentos de máquinas de diversão e jogos de vídeo foram detectados 194 casos, representando 8,4 por cento. Foram realizadas, no mesmo período, 408 inspecções em casinos em parceria com a Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos, que resultaram em 166 acusações de fumo em locais proibidos.

Os SS apontam ainda que, em Setembro, 112 locais revelaram uma maior incidência nas infracções à lei do tabaco, nomeadamente o Jardim Triangular. Nestes locais realizaram-se 489 inspecções, com um total de 101 acusações.

19 Out 2023

Faixa e Rota | Ho Iat Seng destaca aposta na digitalização

O Chefe do Executivo disse ontem em Pequim que a digitalização é a aposta das autoridades locais para a diversificação económica e para fomentar o desenvolvimento do sector financeiro.

No discurso proferido no Fórum “Uma Faixa, Uma Rota” para a Cooperação Internacional, onde participam diversos chefes de Estado, Ho Iat Seng disse que esta política criada há dez anos por Xi Jinping “entrou num novo capítulo”. O governante sublinhou que a digitalização da economia na China “injecta novos elementos nos esforços de Macau na concretização do princípio ‘Um País, Dois Sistemas'”, e funciona como “força motriz” na estratégia “1+4” para diversificar a economia.

Além disso, “a digitalização cria um novo modelo de inovação e desenvolvimento da área financeira de Macau, de aplicação e de experiência nas empresas e na população”, descreveu Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo prometeu ainda que o seu Governo irá “optimizar o regime jurídico da emissão monetária” além de “continuar a enriquecer os cenários de pagamento móvel de carteira transfronteiriça e os serviços digitais” no território.

Em relação à iniciativa que celebra uma década, Ho Iat Seng prometeu empenho de Macau na concretização dos objectivos nacionais, “contribuindo com a força de Macau para acelerar o impulso da abertura de alto nível na nova era e do desenvolvimento elevado da criação conjunta da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’”.

19 Out 2023

Arquitectura | Escolhidos vencedores do concurso de fotografia

Chan Weng Kin, Chan U Long e Cheang I Man são os três vencedores da edição deste ano do concurso de fotografia de arquitectura de Macau, promovido pelo CURB – Centro para a Arquitectura e Urbanismo.

Segundo um comunicado da entidade, os trabalhos premiados foram escolhidos de um total de 468 fotografias, submetidas por 198 participantes, que foram avaliados por um “painel de juízes experientes que seleccionaram as melhores fotografias para o tema deste ano, considerando a sua qualidade artística e técnica e originalidade de visão”.

A fotografia vencedora na secção “Grupo de Estudantes” é da autoria de Magno Máximo do Rosário, tendo sido considerada pelos jurados como “representativa da paisagem urbana de Macau, destacando o contraste entre os edifícios altos e o complexo tecido da cidade”. Já os segundo e terceiro prémios nesta categoria foram atribuídos a Yu Yunzhong e Song Sok Fong, respectivamente.

O CURB refere ainda que a edição deste ano “desafiou os entusiastas da fotografia a olharem além do óbvio para capturar a arquitectura negligenciada que merece mais atenção e apreciação”. A cerimónia de atribuição dos prémios decorre no sábado às 17h, e que a exposição com os trabalhos premiados abre ao público a 20 de Novembro no edifício Ponte 9 – Plataforma Criativa, na Rua das Lorchas, zona do Porto Interior, onde está sediado o CURB.

18 Out 2023

Macau recebe primeira edição da “Asia Performance Entertainment Expo”

Macau prepara-se para acolher um novo evento relacionado com o sector das exposições e convenções. Trata-se da “Asia Performance Entertainment Expo” que decorre entre os dias 17 e 19 de Novembro, pretendendo “impulsionar o crescimento da indústria dos espectáculos ao vivo na região da Ásia-Pacífico”.

Outros objectivos do evento prendem-se com a facilitação “do intercâmbio cultural entre os países asiáticos” e unir “os principais intervenientes e profissionais da área”. O evento, que decorre no Venetian, no Cotai, é organizado pela Associação da Indústria de Espectáculos ao Vivo da Ásia-Pacífico (APLPIA).

Segundo um comunicado do evento, a nova Expo terá uma área de exposição de cerca de dez mil metros quadrados, contando com 180 expositores com “uma gama diversificada de participantes do sector, incluindo meios de comunicação social, plataformas de venda de bilhetes ou empresas de entretenimento e de gestão”.

Espera-se a presença de grandes empresas do entretenimento e audiovisual como a Hong Kong Television Broadcasts Limited (TVB), a Maoyan Entertainment, a Damai, a Tencent e a Douyin. Os organizadores esperam poder atrair mais de 500 compradores profissionais e mais de dez mil visitantes, prevendo negócios no valor superior a 100 milhões de dólares.

Concertos e diversão

O evento integra uma série de iniciativas, como o “Fórum da Indústria do Entretenimento” e espectáculos, o “Musical Estrelas do Oceano”, que já estreou na China, e ainda o festival “KoolTai”, que traz a Macau nomes como Suede, Jessie J e Corinne Bailey Rae.

Entre os dias 13 e 16 de Novembro decorrem espectáculos ao ar livre nos principais bairros tradicionais de Macau e Taipa, e nos dias 17 e 18 de Novembro é exibido no Venetian Theatre o filme “The Storm Show”. Também paraa 17 de Novembro está marcado o espectáculo da tour mundial do cantor de Hong Kong Pakho Chau, intitulado “Seize the Moment”, no Cotai Arena no Venetian.
No dia seguinte, o mesmo espaço acolhe o programa “Aproveite o Presente, Crie o Futuro”, com cantores de Hong Kong, Macau e Taiwan.

18 Out 2023

Macau acolhe provas com atletas da China em Dezembro

Duas competições de ténis vão decorrer em Macau entre 4 e 10 de Dezembro, a final do Circuito Profissional de CTA (Macau) 2023, com o apoio da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) e Campeonato Nacional de Ténis.

Segundo um comunicado oficial do evento, este será o terceiro ano consecutivo em que a final do Circuito Profissional de CTA se realiza em Macau, uma ocasião “que irá reunir vários tenistas nacionais na cidade para apresentar o mais elevado nível da competição de ténis”. Os jogos irão decorrer na Academia de Ténis de Macau.

Ambas as competições são organizadas pelo Instituto do Desporto (ID) e Administração Geral do Desporto da China, entre outras, sem esquecer a co-coordenação da Associação de Ténis de Macau. O evento conta ainda o apoio de entidades como o Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e da Companhia de Desenvolvimento Turístico e Cultural de Chengdu.

Daisy Ho, administradora da SJM, argumenta que recorrendo a Macau como plataforma, “pretende-se demonstrar ao mundo o poder desportivo da China moderna e ajudar a aprofundar o intercâmbio e a cooperação entre o Interior da China e Macau”. Espera-se, segundo a empresária, construir a “sinergia ‘desporto+turismo’ para enriquecer” a política de construção de um centro mundial de turismo e lazer para Macau.

Pun Weng Kun, presidente do ID, disse tanto a SJM Final do Circuito Profissional de CTA (Macau) como o Campeonato Nacional de Ténis se realizam em Macau desde 2021, tendo recebido, em dois anos, “altas recomendações por parte dos atletas participantes e espectadores, e fornecido valiosas experiências de aprendizagem para os atletas de Macau”.

“Estamos muito ansiosos por receber mais uma vez as competições finais do evento em Macau com a participação dos melhores atletas da China. Acreditamos que, através deste evento, podemos intensificar o intercâmbio desportivo entre Macau e China, promovendo a imagem de Macau como cidade de turismo desportivo”, disse ainda.

Li Na novamente em Macau

O “cartaz desportivo” conta com quatro provas em ambas as competições, nomeadamente singular masculino, singular feminino, pares masculinos e pares femininos, com 16 jogadores apurados para as provas singulares e oito jogadores apurados para as provas de pares. A competição será dividida entre a fase de grupos e uma fase eliminatória.

Os bilhetes para assistir aos jogos estão à venda a partir de 1 de Novembro, com um valor a partir de 100 patacas.
Destaque para a presença no território, pelo terceiro ano consecutivo, da tenista Li Na, na qualidade de embaixadora mundial da entidade “Special Olympics International”, para um encontro com a associação local Macau Special Olympics.

17 Out 2023

IIM | Livros “Pequenos Exploradores” apresentados dia 29

Serão apresentados no próximo dia 29 de Outubro os dois primeiros livros da colecção “Pequenos Exploradores”, editada pelo Instituto Internacional de Macau (IIM). A apresentação das obras bilingues ilustradas integra o 5.º Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Destinadas ao público infantil, as duas edições, intituladas “Um Passeio por Macau” e “É Dia de Festa!” contam com a colaboração da editora Mandarina, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau e da Associação dos Jovens Macaenses (AJM) e o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura.

As obras inspiram-se “no património e nas festas e festividades de Macau” e têm o objectivo de “criar nos mais novos o interesse pelo património local de Macau, as suas atracções históricas e turísticas, assim como as festividades chinesas e portuguesas mais conhecidas da cidade”. Destaque ainda para o facto de os livros, além de escritos em português e chinês, incluírem uma secção de aprendizagem do patuá, dialecto tradicional da comunidade macaense em vias de extinção, a fim de darem a conhecer os pequenos leitores algumas palavras.

O IIM pretende fazer chegar a colecção de livros às escolas locais, “fazendo com que as crianças tenham mais contacto com as características únicas de Macau”. Espera-se que até ao final do ano possam ser apresentadas mais duas edições desta colecção que se focam nas temáticas da cultura, identidade e gastronomia.

17 Out 2023

Fotografia | “Seeing the Light” é o novo livro de Francisco Ricarte

“Seeing the Light”, novo livro de fotografia de Francisco Ricarte, foi apresentado no domingo no festival literário Rota das Letras, que já terminou. A obra debruça-se sobre a importância da luz na fotografia. Ao longo de 80 páginas e 60 fotografias o autor materializa “um exercício de complementaridade e confronto”

 

O arquitecto Francisco Ricarte, que passou a fazer da fotografia um novo modo de vida, lançou no domingo, no festival literário Rota das Letras, um novo livro de fotografia, intitulado “Seeing the Light” [Vendo a Luz]. Ao HM, o autor revelou que a obra incide sobre um tema que o tem “fascinado na prática fotográfica e pesquisa estética – a luz”. A luz “pode ser entendida sob uma perspectiva metafórica – ver a luz, no sentido de entender ou compreender algo – ou “real”, designadamente se aplicada à fotografia, por nos permitir visualizar, ou tornar evidente o que nos rodeia”.

Além disso, frisou o autor, a luz pode “no sentido inverso, pela sua ausência, obscurecer ou esconder o que nos envolve”. Nas 80 páginas que contêm 60 imagens, reúne-se “um conjunto de registos elaboradas nos últimos três anos”, que mais do que se focar em “espaços ou objectos visíveis”, mostram o que Francisco Ricarte considera ser “a essência da luz e a sua identidade na fotografia: cromatismo, textura, ambiência, por exemplo, quer esta seja de origem natural, quer artificial, como reflectido no livro”. “A luz prevalece e sobrepõe-se relativamente ao objecto, aparentemente fotografado”, adiantou.

Uma diferença de lugares

O livro “Seeing the Light” lida “com espaços de natureza diferenciada, num possível equilíbrio entre locais naturalizados e estruturas edificadas, entre espaços de sacralidade e outros de mundanidade, ou ainda entre matérias perenes e outras de grande fragilidade”, disse o fotógrafo.

Relativamente à paginação da obra, “assume o negro como matéria essencial da luz”, visando “propor ao leitor diálogos visuais entre claridade e obscuridade, uma visão abrangente e visão sectorial, ou ainda a sua percepção pontual que nos faz adivinhar o que não é óbvio ou, aparentemente, visível”.

O autor entende que o livro de fotografia lançado no domingo funciona como um “exercício de complementaridade e de confronto entre o que nos é dado ver e aquilo que nos é dado intuir na fotografia”.

No lançamento da obra, Francisco Ricarte revelou que “há muito persegue o desafio da percepção da luz e dos seus significados através da fotografia”. O autor tenta entender essa luz através da fotografia também “como um sentido de iluminação e auto-expressão”.

Nascido em 1955, Francisco Ricarte tem exercido arquitectura no território nos últimos anos, depois de se mudar para Macau em 2006. Sempre se mostrou fascinado pela Ásia e tem trabalhado, através da fotografia, temáticas como a identidade, lugar, memória, cultura visual, literatura e poesia. Pertencendo à Associação Fotográfica de Macau, responsável pelo lançamento da revista “Halftone”, Francisco Ricarte participou em diversas exposições colectivas e individuais, nomeadamente “At Home”, apresentada no ano passado na galeria da Residência Consular, ou “ASIA.FAR”, exposta na Casa Garden, da Fundação Oriente. O livro “Seeing the Light” já foi apresentado em Portugal.

17 Out 2023

Jogo | Galaxy não vai investir em Boracay

A operadora de jogo Galaxy Entertainment garantiu ontem que não pretende entrar no mercado de jogo das Filipinas investindo em Boracay “para desenvolver um resort”, ao contrário “do que noticiaram recentemente alguns meios de comunicação social”. A operadora afirma ainda que o foco da empresa “é a plena reabertura de Macau e o acelerar da Fase 3 [do projecto no Cotai], recentemente lançada, e a construção da Fase 4” do mesmo empreendimento.

A posição da Galaxy surge depois de vários meios de comunicação social filipinos terem citado declarações do empresário e político Albee Benitez, proferidas no domingo, relativas ao eventual regresso da operadora de jogo às negociações para um projecto em Boracay no valor de 500 milhões de dólares.

Albee Benitez, também Presidente da Câmara da cidade de Bacolod, no norte do país, fundou a Leisure and Resorts World Corp, que mudou de nome para DigiPlus Interactive Corp no início deste ano. Benitez abandonou a liderança da empresa em 2021.

Segundo o GGRAsia, já em 2017 a empresa filipina tinha avançado com a ideia de edificar um resort com casino em Boracay, tendo a Galaxy Entertainment manifestado interesse. No final de 2019, a Leisure and Resorts World disse que iria abandonar a parceria com a Galaxy.

17 Out 2023

Diversificação | Mais de 90% concorda com plano do Governo

Um total de 92,1 por cento dos participantes na consulta pública sobre o “Plano de Desenvolvimento da Diversificação Adequada da Economia da Região Administrativa Especial de Macau (2024-2028)” diz concordar com as propostas apresentadas pelo Governo nesse âmbito.

No total, foram recebidos 832 textos com 1998 opiniões, sendo que a área da “indústria de turismo e lazer integrado” gerou 23,7 por cento das opiniões recebidas, seguindo-se o sector das indústrias de convenções e exposições de comércio, cultura e desporto, com 96,8 por cento das opiniões. Segundo um comunicado da secretaria da Economia e Finanças, “as principais opiniões recolhidas centram-se nos trabalhos prioritários do desenvolvimento das indústrias ‘1 + 4’, o aperfeiçoamento do ambiente e das medidas complementares do desenvolvimento sectorial e o aprofundamento da cooperação regional no desenvolvimento conjunto”.

Realizaram-se 13 sessões de consulta pública, que durou entre 4 de Agosto e 2 de Setembro, três delas dedicadas ao público. Contaram-se com um total de 500 participantes e 59 intervenções.

Este é o “primeiro plano geral e sistemático de desenvolvimento das indústrias de Macau”, sendo que o Executivo promete “proceder com seriedade ao estudo e análise, bem como inserir as opiniões e sugestões que se afigurem viáveis e reúnam o consenso da sociedade no texto oficial do Plano”. As “demais opiniões serão encaminhadas para os serviços competentes para efeitos de estudo e referência”, acrescentou ainda o Governo.

16 Out 2023

CCAC | Caso da estátua de Kun Iam em Hac Sá sob investigação

O Comissariado contra a Corrupção está a investigar os custos de construção da estátua da deusa Kun Iam junto à barragem de Hac-Sá, projecto que acabou por ser suspenso. Chan Tsz King indicou ainda que está a ser ponderada uma alteração à estrutura orgânica do CCAC

 

Apesar do projecto de construção de uma estátua da deusa Kun Iam junto à barragem de Hac-Sá ter sido suspenso pelo Governo devido ao elevado número de críticas sobre o seu custo, a verdade é que o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) decidiu abrir um processo de averiguações e investigar o caso.

Citado pelo jornal Ou Mun, o comissário Chan Tsz King disse que o CCAC recebeu queixas de várias associações e individualidades e decidiu avançar com uma investigação sobre o orçamento e a forma como todo o projecto foi coordenado pelas autoridades. O responsável escusou-se adiantar uma data para a divulgação de resultados da investigação.

Não só o projecto foi fortemente criticado pelos custos envolvidos, tendo em conta o contexto de crise económica pós-covid, como foi alvo de várias piadas nas redes sociais, com imagens da estátua satirizadas. Um dos críticos foi o deputado Ron Lam que apresentou uma petição com oito mil assinaturas a pedir a suspensão do projecto, o que acabaria por acontecer.

Apesar da suspensão da construção da estátua, as autoridades decidiram manter o projecto do Campo de Aventuras Juvenis na praia de Hac-Sá, que passou de um orçamento de 229 milhões para 1,4 mil milhões de patacas.

Em mudança

Segundo o mesmo jornal, Chan Tsz King adiantou que a lei orgânica do CCAC está a ser alvo de alterações, devendo ser apresentada para discussão no Conselho Legislativo “o mais brevemente possível”.

Em causa está “a reorganização de funções, ajustamentos e actualizações de disposições relativamente ao pessoal” do CCAC. O objectivo da alteração legislativa prende-se com a reorganização das actuais competências do CCAC, devendo ser lançado também o Programa de Gestão de Integridade destinado aos funcionários públicos. A ideia é “incutir uma maior e mais eficaz consciência de gestão transparente” e fazer com que os dirigentes dos serviços públicos “assumam a liderança”.

Relativamente ao orçamento para o próximo ano, Chan Tsz King disse que o trabalho do CCAC não será afectado caso lhe seja atribuído menos dinheiro, admitindo, porém, que os actuais recursos são limitados.

16 Out 2023

Luca Argel, músico: “O samba é uma espécie de grito”

“Samba de Guerrilha” é um disco mais falado do que cantado, editado em 2021 e transposto para o palco. Amanhã, às 20h30, Luca Argel sobe ao palco do Teatro Broadway, no Cotai, para contar e tocar com a ajuda da actriz Nadia Yracema. O espectáculo, que integra o cartaz do Rota das Letras, conta diversos capítulos da história do Brasil

 

Como se descreve como músico?

Sou um músico que vem do Rio de Janeiro, onde trabalhava como professor de música de uma escola municipal. Mas acabei enveredando por um curso de mestrado em Portugal em literatura, uma área com a qual sempre trabalhei. Tenho alguns livros de poesia publicados. Quando vim para Portugal fazer o mestrado, no Porto, comecei uma roda de samba como uma brincadeira entre amigos. E ela começou a crescer, a gente começou a receber muitos convites para tocar, e o grupo acabou virando profissional, o “Samba sem Fronteiras”, que existe até hoje. Curiosamente, um grupo de samba fora do Brasil foi o trampolim para investir no meu próprio caminho. Os meus discos sempre tiveram uma ligação muito forte com o samba, por conta dessa história, de ter sido através do samba que me inseri nos palcos. Mas musicalmente também exploro muitas outras coisas. Mesmo quando faço samba, e o “Samba de Guerrilha” é um bom exemplo disso, pois é um samba atravessado com outras influências e géneros, há uma instrumentação e arranjos bem distantes da linguagem mais tradicional e clássica [do samba].

O activismo político é parte integrante da sua música.

Tudo isso [que acabei de referir] está ligado ao activismo, pois o samba ensinou-me muito a respeito da história do Brasil e do nosso passado colonial, e todas as desigualdades que o país traz como herança desse passado. O samba é muito atravessado por essa história, porque nasceu de comunidades de filhos e netos de escravos, com um ritmo periférico, negro. Então, vem carregado de muitas histórias e ajuda muito a gente a entender a história política do Brasil e, por tabela, de Portugal, do que foi o processo histórico de colonização e descolonização. “O Samba de Guerrilha” é, então, uma grande mistura de histórias e exploração estética das possibilidades do samba como género musical.

Como foi transpor o álbum “Samba de Guerrilha” para o palco, com uma actriz [Nadia Yracema]?

Esta não é a primeira adaptação pela qual o “Samba de Guerrilha” passou. Este projecto atravessa muitas linguagens. Começou como uma espécie de workshop cantado, uma mistura de narração de histórias e música, mas em que estava sozinho com a guitarra. Depois fui explorando outras linguagens, e transformei [o álbum] num programa de rádio, na Rádio Universidade do Minho. Escrevi diversos textos em torno do álbum, publicados em revistas, e depois teve o disco, que já foi uma espécie de tradução do que fazia nos workshops. Tive de cortar e seleccionar muita coisa do repertório. Depois voltei ao palco, mas desta vez já com uma encenação e uma actriz, e tive de voltar a um guião mais expandido, pois temos mais tempo para contar as histórias do que no disco. Foi aí que comecei a ensaiar o texto com a Nádia e foram sendo feitas algumas alterações, baseado nas necessidades que sentíamos em palco. Isto porque o “Samba de Guerrilha” é um projecto muito elástico, podemos escolher contar a mesma história de mil formas diferentes, começando ou terminando pela música, por exemplo. É como se o “Samba de Guerrilha” tivesse uma série de blocos e pudéssemos arranjá-los de forma muito livre.

O disco conta a história do Brasil, da escravatura, da Ditadura Militar. Parece possível desconstruir o disco em várias plataformas.

Completamente. Tenho a certeza de que essa adaptação do “Samba de Guerrilha” para o palco é só uma possibilidade, podemos montar o disco ao vivo de outras formas. Uma coisa que quero muito fazer agora é adaptá-lo para um espectáculo mais voltado para crianças e jovens. Tenho vontade de fazer adaptações para outros públicos. Uma curiosidade deste disco é que tem mais texto falado do que música.

A boa música tem frequentemente um lado interventivo, de activismo, e no Brasil, temos vários exemplos, como Caetano Veloso ou Chico Buarque. Mas o uso da interpretação narrativa, do spoken word, torna este disco numa obra diferente. Concorda?

Sim, neste projecto, e no disco mais recente, “Sabina”, em que repeti essa ideia de contar uma história, acho que sim, [que é diferenciador]. Mas é uma idiossincrasia minha, vem um pouco contracorrente do mercado musical de hoje em dia, que é apostar em álbuns, algo cada vez mais raro. Hoje em dia a dinâmica de ouvir música mudou muito e os próprios artistas colocam-se mais no lançamento de “singles”, uma coisa mais rápida de consumir e de promover, é aquilo que passa nas rádios. Um disco como o “Samba de Guerrilha” vai completamente contra essa lógica, podendo até ouvir as músicas em separado. Mas a experiência do álbum só funciona se o ouvirmos do princípio ao fim.

Acha que o Brasil tem ainda de se reconciliar com a sua história?

Sim, com certeza. Há ainda muita reconciliação e não é só no sentido de conhecer a história, é também uma reconciliação de se fazerem reformas sociais que deveriam ter sido feitas há 100 anos e nunca foram, porque são raízes dos problemas do presente. A questão da desigualdade social, e muito específica, que recai sobre a população negra, que é muito flagrante. A desigualdade, no Brasil, é um problema que tem cor. Isso tem uma clara origem na forma como se deu a abolição [da escravatura] no Brasil, em 1888, pois não se fez acompanhar de uma série de reformas que deveriam garantir que aquelas pessoas iriam conseguir integrar-se na sociedade com o mínimo de igualdade de oportunidades. Não fazendo isso, o problema tornou-se numa bola de neve. Hoje temos os problemas da pobreza, da reforma agrária, e o Estado brasileiro nunca se propôs a fazer essas reformas. Contar essas histórias é chamar a atenção para as raízes do problema.

Sentiu que tinha a responsabilidade, como músico, de abordar estas questões?

Não diria isso, mas acho que estava numa circunstância em que isso me parecia o caminho mais acertado. Foi o samba que viabilizou o meu trabalho como músico, mas o facto de ser um emigrante brasileiro em Portugal, e estar na posição curiosa de fazer música brasileira fora do país, e, ainda por cima, um género como o samba, que na sua origem tem essa má resolução do que foi o passado colonial, levou a sentir-me numa posição muito fértil de levantar esse assunto, em Portugal especificamente, onde existe uma lacuna. Em Portugal existe também uma visão muito superficial do que é o samba e o que é a cultura brasileira. É uma visão um pouco…

Redutora?

Redutora e idealizada demais, no sentido em que a cultura brasileira se resume a uma certa leveza, à festa, à alegria.

Então, o que é o samba? Qual a sua definição?

Para mim, é uma resposta a uma realidade de muita desigualdade e miséria dentro das comunidades onde nasceu. O samba é uma espécie de grito em forma de música, um refúgio em que essas comunidades se protegeram e uniram para conseguir sobreviver. O samba é uma desculpa para as pessoas se reunirem, conhecerem, criarem laços e fazerem alguma forma de resistência e dar algum sentido a uma vida muito difícil e sem perspectivas.

É uma música triste e, ao mesmo tempo, alegre.

A história do samba está cheia de contradições (risos).

O seu primeiro álbum, “Bandeira”, foi lançado em 2017. Desde aí, o seu processo de composição ganhou uma forma diferente?

Sim. Acho que a cada álbum encontro uma nova maneira de fazer música, a cada novo projecto. Claro que existe uma linha temática, estética, que vem desde o “Bandeira”, que tem músicas que ainda hoje toco nos meus concertos, que fazem sentido. Mas gosto de buscar sempre uma abordagem nova, um universo sonoro novo. Uma linha que tenho visto de projecto para projecto é o afastamento gradual na forma de escrever música “sambista”. O “Bandeira” é um álbum muito “sambista” na composição das músicas, na forma de escrever as canções, e no “Samba de Guerrilha” afasto-me um pouco disso, nos arranjos. No “Sabina” já estou bastante fora do samba enquanto estética, mas de certa forma a ligação com o samba está a ficar um pouco abstracta. Vou arriscando outros caminhos.

Vai ser um desafio apresentar “Samba de Guerrilha” em Macau, para um público que também é chinês?

Sim. Confesso que não tenho a menor ideia de como o espectáculo vai chegar aos ouvidos do público chinês, embora tenha alguma ideia de como vai chegar no público português e brasileiro. Não sei de que forma o público chinês vai se relacionar. Por ser Macau, que tem uma relação histórica com Portugal, pode ser especialmente interessante.

13 Out 2023

Contratação falsa | CPSP detém dono e funcionária de empresa

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deteve duas pessoas por suspeitas de falsa contratação. O caso foi detectado quando o Departamento para os Assuntos de Residência e Permanência do CPSP analisava os dados de uma empresa, tendo descoberto que dois empregados oriundos do Interior da China, de apelidos Fu e Song, não permaneciam em Macau a maior parte do tempo.

No domingo, o CPSP deteve Fu junto à fronteira e pediu a Leong, o patrão, para colaborar na investigação. Fu admitiu mais tarde que, após receber o blue card, nunca trabalhou na empresa nem recebeu salário. A falsa contratação tinha por objectivo facilitar as viagens entre Macau e a China e aconteceu como contrapartida por uma dívida que Leong tinha contraído junto de um amigo.

O credor do patrão afirma que se contratasse estas pessoas a dívida ficaria saldada. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, podendo estar em causa a prática dos crimes de simulação e invocação de determinados actos jurídicos para a obtenção das autorizações de trabalho. O CPSP está ainda à procura de Song, o outro funcionário envolvido no esquema de falsa contratação.

13 Out 2023

Escola Portuguesa | Miguel de Senna Fernandes antevê futuro risonho

O novo director da Escola Portuguesa de Macau deverá ser recrutado em Portugal. O conselho de administração da fundação que gere a escola irá incluir José Basto da Silva, Patrícia Ribeiro e Raul Capaz Coelho, enquanto José Sales Marques sai de cena. Miguel de Senna Fernandes, vice-presidente da fundação, está optimista quanto ao futuro da escola

 

Os órgãos de gestão da Escola Portuguesa de Macau (EPM) estão numa fase de mudança. Depois da reforma e saída de Manuel Machado, o novo director da escola deverá ser recrutado em Portugal, noticiou a TDM – Rádio Macau. O novo dirigente deverá ser “um profissional com experiência na liderança de escolas portuguesas no estrangeiro”.

Enquanto isso, para o conselho de administração da Fundação da EPM (FEPM) também se registam alterações, com Miguel de Senna Fernandes, em representação da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), a entrar para a vice-presidência, ao lado do presidente Jorge Neto Valente.

Ao HM, Miguel de Senna Fernandes confirma o novo cargo e diz esperar um futuro risonho para a escola. “Estamos a trabalhar para uma causa comum, que é levar a EPM a bom porto. Esta não é uma escola portuguesa qualquer, tem características próprias, a começar por ser uma escola de Macau. A EPM não deve ser olhada como uma mera manifestação do Estado português, embora este tenha uma intervenção importante na sua gestão.”

O vice-presidente diz que os novos gestores não devem esquecer-se “de fazer valer os interesses de uma escola que é de Macau, independentemente do pendor internacional que possa vir a ter”. Olhando para os últimos anos, Miguel de Senna Fernandes disse que a escola “tem vindo a trilhar um bom caminho, com os alunos a ter bons resultados”. “Auguro uma nova etapa com uma boa liderança”, frisou.

O responsável adianta que a FEPM “nunca deixou de trabalhar com transparência” e sempre cumpriu os estatutos. “Quaisquer modificações que venham a surgir na EPM ainda não foram discutidas, mas adivinha-se que venha a ser um projecto válido por muitos anos. A escola está a sofrer modificações estruturais, mas está no bom caminho.”

Sales Marques saiu

Ainda relativamente ao conselho de administração, o HM confirmou que José Sales Marques deixou o órgão, terminando o seu mandato na segunda-feira. O economista não quis, para já, comentar a sua saída, tendo desejado “sucesso” ao novo conselho de administração.

Por sua vez, José Basto da Silva, presidente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial Pedro Nolasco, foi convidado para integrar o conselho de administração. A TDM Rádio – Macau avançou ainda que Patrícia Ribeiro, presidente do Instituto Português do Oriente, e Raul Capaz Coelho, foram nomeados pelo ministro da Educação português, João Costa.

A FEPM, que reuniu terça-feira, fez também um convite a Manuel Viseu Basílio para presidir ao Conselho Fiscal, enquanto no conselho de curadores se mantém os nomes de Edith Silva, antiga directora da EPM, Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau, os advogados Rui Cunha e Amélia António e ainda o presidente da Santa Casa da Misericórdia de Macau, António José de Freitas. Leonel Alves está de saída da FEPM, tendo sido convidado o académico Francisco José Leandro para integrar o conselho de curadores. Ao HM, o académico disse apenas ser “muito prematuro para fazer qualquer declaração até o processo estar terminado”.

13 Out 2023

Rota das Letras | A pintura de Benjamin Hodges, entre a incompreensão e a contemplação

A exposição de pintura “Vou a Caminho do Meio Dia”, do artista e antropólogo Benjamin Hodges apresenta a visão de um estrangeiro a residir em Macau há 15 anos e as suas múltiplas tentativas de compreensão de um idioma e uma sociedade diferentes do seu lugar de origem. A mostra integra o cartaz do festival literário Rota das Letras

 

A primeira exposição individual de pintura do artista e antropólogo Benjamin Hodges é uma ode às múltiplas tentativas de compreensão de Macau. “Vou a Caminho do Meio Dia” [I’m Going to the Middle of The Day] integra o programa do festival literário Rota das Letras e está patente na Livraria Portuguesa até 6 de Novembro.

O título da exposição nasce da confusão das traduções automáticas nas redes sociais. “Quando os algoritmos de tradução automática nas redes sociais não conseguem identificar correctamente o significado de um texto em chinês, é adicionada a linha de espaço reservado predefinida ‘Vou a caminho do meio do dia'”. Benjamin Hodges partiu deste ponto de vista para tentar transmitir a sua própria incompreensão em relação ao espaço onde habita há 15 anos.

“Como americano a viver em Macau, um espaço multilinguístico, estou sempre dependente de várias formas de tradução para compreender as coisas. Então essa frase é uma espécie de metáfora para a minha própria condição, para tentar fazer sentido nos espaços onde estou”, contou ao HM.

Docente assistente da Universidade de Macau na área de Comunicação, Cinematografia, Media, e Estudos Culturais, Benjamin Hodges revela que a sua pintura inspira-se na sua própria história, vagueando entre diferentes géneros, como a paisagem ou o retrato.

Nesta mostra, “muitas das pinturas retratam espaços de Macau, espaços esses que estão agora transformados graças ao desenvolvimento radical [que o território tem tido nos últimos anos]. Podemos usar as mesmas técnicas antigas de pintura a óleo para pintar esses espaços, e fiz isso, mas claro que os espaços mudaram radicalmente”.

O autor diz ter usado, nos seus quadros, o género de ficção, mas com a classificação de ficção gráfica, “que é sobre os medos que temos em relação à paisagem”. “Aqui recorro um pouco à ideia dos espaços que são assombrados pelo passado”, acrescentou.

Desta forma, Benjamin Hodges acabou por retratar alguns lugares de Macau, mas com outros olhares e pontos de vista, não só relativamente aos espaços, mas também à incompreensão que muitas vezes existe sobre o território.

“‘Vou a caminho do meio-dia’ é uma expressão usada, de certa forma, face à perseverança [existente] em relação à incompreensão de ambientes diferentes. As cenas sobre a praia, ou as paisagens tropicais sem nome [que estão na exposição], são sobre locais onde nos podemos encontrar como turistas ou viajantes, que tentamos que façam sentido, mas onde há sempre uma espécie de incompreensão, uma falta de conexão. Estas pinturas não são apenas pinturas sobre Macau, mas sobre a condição de incompreensão, de procurar sentido em novos ambientes.”

Eterna mudança

No seu trabalho como artista, académico e antropólogo, Benjamin Hodges acaba por explorar relações humanas com diferentes realidades físicas e virtuais. Confessa que “Macau está sempre em mudança” e que é possível conhecer o território, faltando sempre algo mais para um conhecimento pleno. “Uma coisa é podermos interiorizar algumas verdades históricas, através da ficção de viagens ou da antropologia, para termos um sentido do espaço. Mas Macau tem um longo de historial de pessoas que chegam e tentam com que faça sentido. Cheguei em 2008 e tenho a minha própria história de Macau e as minhas próprias memórias.”

Assim, nas pinturas e escritos de Benjamin Hodges encontram-se sempre “coisas muito pessoais, mudanças que ocorreram devido à abertura do jogo, ao desenvolvimento do território e à transformação da paisagem”. Mas as reflexões sobre a mudança e as tentativas de compreender o que é diferente não se versam a Macau, pois todo o mundo enfrenta mudanças climáticas, exemplifica o artista. “Uma das coisas que tento fazer no meu trabalho como pintor e como antropólogo é pensar e interrogar não só essas histórias, mas considerar como elas formam as nossas ideias de como o futuro pode ser”, rematou.

12 Out 2023

The Londoner | Macau recebe primeiro restaurante de Gordon Ramsay

Já abriu portas o primeiro restaurante do chefe britânico Gordon Ramsay. O Gordon Ramsay Pub & Grill, no Londoner, apresenta algumas das melhores criações do chefe de cozinha que se tornou uma estrela televisiva e que “colecciona” estrelas Michelin

 

O empreendimento Londoner Macau, da operadora Sands China, tem o primeiro restaurante de Gordon Ramsay no território em pleno funcionamento. Segundo uma nota de imprensa da operadora, o espaço chama-se Gordon Ramsay Pub & Grill e destaca-se como um restaurante do género gastropub, onde são servidos os melhores pratos com a assinatura do chefe de cozinha britânico, bifes grelhados e ainda cocktails e bebidas.

Citado pelo mesmo comunicado, Gordon Ramsay disse ser “emocionante trazer para Macau o sabor da Grã-Bretanha”, sendo que o menu tem “muitos [pratos] clássicos britânicos, bem como alguns pratos que pessoalmente são os meus favoritos”. “Tenho a certeza de que todos vão adorar”, frisou.

O menu inclui, por exemplo, a receita de bife Wellington com cogumelos e trufas servido com creme de batata, as famosas “fish and chips”, ou seja, peixe e batatas fritas, um prato bem inglês, mas, neste caso, são feitas com bacalhau panado e cerveja, batatas fritas e um molho tártaro caseiro. Haverá ainda espaço para uma série de sobremesas, também criações originais do chefe.

Tom Connolly, vice-presidente sénior da área de operações de alimentação e bebidas da Sands China, adiantou ser “um privilégio trabalhar com Gordon [Ramsay] e trazer uma das suas marcas de restaurantes de sucesso para os clientes do The Londoner Macau”. Assim, a ideia é transmitir aos clientes locais “a mais autêntica experiência de um pub britânico”.

Um design histórico

Quem frequentar o Gordon Ramsay Pub & Grill depressa percebe que entra num espaço que faz lembrar a Revolução Industrial vivida nos finais do século XIX, o movimento socioeconómico e laboral que atingiu escala global e que teve o Reino Unido como um dos países protagonistas.

Criou-se, assim, um “pub acolhedor”, com um “grande bar central”, complementado com uma série de lugares sentados “decorados com uma paleta de cores inspirada na bandeira britânica”.

Olhando ainda para o menu, destaques para a barriga de porco assada com uma cobertura de vinagre de cidra, um puré de mostarda Dijon picante e lentilhas verdes tenras. Os amantes de hambúrgueres têm à sua disposição o “The Londoner Burguer” que apresenta “uma suculenta empada de carne de vaca, ketchup de maçã e tomate, molho de cebola doce e queijo cheddar, acompanhado de batatas fritas triplamente cozinhadas”. Os paladares complementam-se com rosbife com molho porcini, pudim de Yorkshire e batatas assadas com gordura de pato, entre outras iguarias. Há ainda uma selecção dos melhores bifes grelhados no carvão e servidos com uma manteiga especial, salada de ervas, rodelas de cebola frita, tomate fresco e outros molhos.

O novo espaço de Gordon Ramsay em Macau inclui também uma “interessante selecção de cervejas”, bem como cocktails artesanais e uma selecção de vinhos premium, descreve o mesmo comunicado.

Gordon Ramsay, nascido na Escócia, começou por fazer sucesso com as suas criações gastronómicas, acumulando no “currículo” várias estrelas Michelin. Porém, ficou mundialmente famoso através da televisão, ao apresentar programas como “Kitchen Nightmares”, “Hell’s Kitchen”, “Hotel Hell” e “MasterChef US”. Muitos destes programas ganharam novas versões noutros países, com outros chefes de cozinha como apresentadores, nomeadamente em Portugal com o “Pesadelo na Cozinha”, transmitido na TVI e apresentado por Ljubomir Stanisic, ou no Brasil, apresentado por Erick Jacquin.

12 Out 2023

Rua da Felicidade | Perfuração de fachadas das casas alvo de críticas

Lam Iek Chit, membro do Conselho do Património Cultural, critica a colocação de suportes aparafusados nas fachadas das casas da Rua da Felicidade para a iluminação decorativa da zona pedonal. O responsável considera que existiam alternativas para não prejudicar o traço original das casas históricas e preservar o património

Fotografia do jornal Cheng Pou

 

O plano pedonal da Rua da Felicidade levou à colocação de suportes aparafusados às fachadas das casas para a instalar o sistema de iluminação decorativa, acção que mereceu críticas do urbanista Lam Iek Chit, membro do Conselho do Património Cultural. Segundo o jornal Cheng Pou, o responsável entende que não havia necessidade de colocar aparafusar as fachadas dos edifícios históricos.
Considerando que a situação não é grave no que diz respeito à preservação daquele local histórico, Lam Iek Chit entende que a prática “não é a ideal” e que haveria alternativas.

O responsável cita mesmo a “Carta de Burra”, documento do ICOMOS Austrália [Conselho Internacional de Monumentos e Sítios da UNESCO, em português] com o nome da cidade australiana, que contém orientações para a conservação e gestão de locais com significado cultural.

As orientações determinam o respeito pelo tecido urbano existente e que em caso de necessidade de intervenção esta seja sempre feita de forma prudente, com o mínimo impacto possível nos monumentos e locais históricos.

Para Lam Iek Chit, as intervenções e instalação dos suportes com parafusos na Rua da Felicidade vai contra estes princípios. “Não era necessário colocar parafusos nas fachadas. Como é que esta acção pode estar de acordo com as sugestões de prudência e intervenções mínimas nos monumentos?”, questionou.

O urbanista critica a aprovação do Instituto Cultural (IC), acusando o organismo de não ser prudente, pois poderiam ter sido usadas colunas para a instalação de iluminação pública, ou ainda a colocação de outro tipo de estruturas para iluminar a rua, como é prática, por exemplo, no Largo do Senado. “Não se abrem buracos no edifício do Instituto para os Assuntos Municipais ou no edifício da sede dos CTT, pois não?” questionou.

Tijolos com história

A Rua da Felicidade, outrora lugar de prostituição, jogo e consumo de ópio, contém casas construídas no período da dinastia Qing, com cerca de 150 anos. Neste sentido, o urbanista tem dúvidas sobre o estado de conservação e estabilidade dos edifícios mais antigos da cidade construídos com tijolos cinzentos. “Podem não estar em bom estado, tal como acontece noutros monumentos [construídos com tijolos cinzentos]”, rematou o membro do Conselho do Património Cultural.

A Rua da Felicidade esteve fechada ao trânsito no período da semana dourada, numa iniciativa que faz parte de um plano de revitalização de zonas históricas que o Governo está a levar a cabo com operadoras de jogo, como acontece também, por exemplo, na Barra ou Porto Interior.

12 Out 2023

Cibersegurança | Situação estável, mas com riscos, diz Ho Iat Seng

Ho Iat Seng afirmou que a situação da cibersegurança no território manteve-se “estável e favorável” nos últimos tempos, destacando-se, no entanto, “muitos problemas e riscos de segurança”. As declarações foram proferidas numa reunião da Comissão para a Cibersegurança, presidida pelo Chefe do Executivo, e que serviu para analisar o “Relatório Geral de Cibersegurança do ano de 2022”.

Ho Iat Seng disse ainda, citado por um comunicado da comissão, que “foram dadas instruções às diferentes áreas de acção governativa sobre as tarefas-chave” nesta área, nomeadamente “no âmbito do melhoramento da monitorização da cibersegurança, a implementação de mais orientações técnicas e medidas complementares junto dos operadores”. Foi também referido pelo governante a necessidade de “formação permanente de pessoal qualificado de cibersegurança”.

Ho Iat Seng destacou que a defesa da cibersegurança “é uma garantia fundamental para o desenvolvimento da nova era” e pediu aos serviços públicos para olharem para o “desenvolvimento da cibersegurança numa perspectiva de salvaguarda da segurança nacional”.

12 Out 2023

Furto | Residente e cidadão chinês roubaram 4,5 milhões

As autoridades policiais da China e de Macau detiveram oito pessoas, incluindo um residente de Macau e dois cidadãos chineses, alegadamente envolvidos no furto de uma mala com 4,5 milhões de renminbis ocorrido em Agosto no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior. Os detidos no Interior da China foram depois reencaminhados para Macau.

Segundo o jornal Ou Mun, o dinheiro foi roubado quando a vítima se encontrava no terminal dos ferries do Porto Exterior e tentava sair do território. Quando foi à casa de banho, o suspeito local e um dos suspeitos do Interior da China roubaram a mochila e a mala, e de seguida fugiram para a província de Guangdong.

A Polícia Judiciária (PJ) de Macau explicou que o residente local, que será o alegado cabecilha do grupo, entregou o dinheiro ao irmão e à mãe, tentando transferir o montante através do câmbio ilegal. A PJ conseguiu recuperar 1,3 milhões e deteve cinco suspeitos, após a apreensão dos três primeiros suspeitos, incluindo a mãe e o irmão do alegado cabecilha.

O caso foi encaminhado para o Ministério Público para mais investigação e detidos são suspeitos dos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A PJ procura mais suspeitos ligados ao caso.

11 Out 2023

Grande Prémio | Carlos Lemos homenageia o seu pai em livro

O macaense Carlos Lemos, actualmente a residir no Canadá, irá lançar um livro amanhã em homenagem ao seu pai, Victor Hugo Lemos, um “conhecido entusiasta do Grande Prémio de Macau (GPM) e que, em vida, coleccionou um bom número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis de Macau desde 1954”, data da realização da primeira edição do GPM.

A obra intitula-se “Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978 Volume I (1954-1966)”, contém 276 páginas com mais de 200 fotografias, e será lançada na sede da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC).

O livro contém “valiosas informações provavelmente nunca antes vistas ou publicadas sobre o período ‘dourado’ do GPM, entre os anos de 1954 e 1966”, nomeadamente “fotos únicas de todos os carros participantes e dos seus vencedores, recortes da imprensa, bilhetes de acesso, crachás, programas oficiais, autógrafos dos corredores, regulamentos e formulários de inscrição”, entre outras memórias. O livro está legendado em português, chinês e inglês.

O livro custa 280 patacas, mas se for comprado no dia da apresentação custará 250 patacas. O valor total das vendas irá reverter para a instituição “Macau IC2 [I Can Too]”, que apoia pessoas com autismo ou portadoras de deficiência. Segundo um comunicado da APOMAC, o lançamento desta obra é apenas “um projecto pessoal, não visando qualquer proveito material”.

11 Out 2023

“Wisdom”, exposição de João Miguel Barros, inaugurada amanhã em Lisboa

É já amanhã que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa recebe uma exposição de fotografia de João Miguel Barros, intitulada “Wisdom”, e que nasce de fotografias feitas em Accra, capital do Gana, já publicadas, expostas e premiadas, nomeadamente no Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau, em Julho de 2019 e na revista “Zine”, um projecto editorial fotográfico pessoal com 12 edições.

Ao HM, João Miguel Barros, que também é advogado e que se formou nesta faculdade, disse que a mostra tem “um especial significado”, precisamente por poder voltar à escola onde fez ingressou em Direito em 1976. O lado especial deste projecto verifica-se também no facto de a exposição ocupar “todo o edifício principal da entrada, com 22 fotografias em telas de grandes dimensões, sobre um tema que tem a ver com educação”.

As imagens de “Wisdom”, diz João Miguel Barros, “confrontam a precariedade do ensino numa escola em Accra, no Gana, com o privilégio que é estudar numa escola de ensino superior, moderna e bem apetrechada”.

A mostra faz-se acompanhar de um catálogo, disponibilizado apenas online e preparado pela curadora da revista “Photo London”, Helen Ho. Esta descreve “Wisdom” como um “corpo de trabalho estimulante que pode ser visto como um comentário social visual”, tratando-se de “fotografias que nos convidam a entrar num mundo completamente desconhecido, porém, apesar do caos aparente e das condições de pobreza, vê-se luz e esperança”.

Ensinar numa antiga mansão

As imagens, que podem ser vistas até 8 de Dezembro, retratam a realidade da escola “Wisdom Preparatory Academy”, situada em Adedenkpo, na cidade velha de Accra, no Gana, e fundada em 1986.

Segundo João Miguel Barros, a escola ocupa um prédio antigo, danificado, que foi “uma importante mansão”. “No início destinava-se a suportar a actividade de crianças com apetência para o futebol. No entanto, em 1992, a escola foi autorizada a entrar no sistema de ensino nacional e passou a receber turmas que vão do pré-primário ao ensino médio.”

O fotógrafo revela ainda que em frente ao edifício existe “um grande pátio rodeado de casas informais onde as famílias criam os seus filhos pequenos”, e que aí, ao final da tarde, costuma treinar “um grupo de pugilistas que dedicam o seu sonho a um dia serem grandes campeões”. “Foi por causa de um deles, Emmanuel Danso, que vi combater em Macau, que decidi ir a Accra”, recordou.

11 Out 2023

Fotografia | Rusty Fox lança “Nocturnal” no próximo domingo

O fotógrafo local Rusty Fox lança no domingo, no festival literário Rota das Letras, um novo livro de fotografia. “Nocturnal” retrata, a preto e branco, árvores que evocam imagens do corpo humano, onde o ambiente nocturno se mistura com sensações de melancolia e estranheza

 

Noite, melancolia, estranheza, corpo, movimento estático, natureza morta. Todas estas palavras cabem nas fotografias de Rusty Fox, fotógrafo natural de Macau que lança, no próximo domingo, “Nocturnal” [Nocturno], pondo fim a um breve interregno na edição de livros de fotografia. O lançamento, agendado para as 17h na Casa Garden, integra o cartaz do festival literário Rota das Letras.

Ao HM, Rusty Fox confessa que estas imagens surgem no seguimento de trabalhos anteriores, muito focados na natureza e nas suas formas. “Sempre fui fascinado por objectos relacionados com diferentes formas de vida. Durante muitos anos trabalhei num projecto sobre espécimes de animais e taxidermia [técnica de preparação de animais mortos para que fiquem com as mesmas posições que tinham em vida], no tempo em que estudei fotografia no Reino Unido. Descobri que as plantas e as árvores são, de alguma forma, semelhantes aos espécimes de animais, são como objectos de exposição colocados na nossa cidade, como um museu.”

O nome “Nocturnal” surgiu do editor e designer Yang, e remete para o lado noctívago de Rusty Fox. “Eu, como fotógrafo, sou noctívago, tal como as árvores nas ruas vazias à meia-noite, que têm o seu próprio mundo.”

Confrontado com o facto de a obra remeter para atmosferas de estranheza, melancolia e até morbidade, o autor diz que muitos dos que vêem as suas imagens têm a mesma percepção, assumindo até que o seu trabalho constitui uma certa “metáfora sexual”. “O engraçado é que são apenas árvores, nada mais. Claro que, como fotógrafo, trabalho muito para que o público se sinta assim, mas também os lembrarei que, afinal, são sempre árvores.”

Estas percepções nascem do facto de Rusty Fox ter feito trabalhos anteriores sobre animais. “Vemos as árvores como tendo a forma de um corpo humano, mas para mim é mais um espécime, para ser sincero.”

Tempo de reflexão

O período da pandemia foi complexo para quem pretendia publicar novos trabalhos, confessa Rusty. “Normalmente tentamos participar em feiras de livros de arte em todo o mundo e, devido à covid, não o pudemos fazer. Para mim, não era sensato publicar um livro nessa altura. O meu último livro, ‘Dummy’ [de 2018] foi lançado mesmo antes da pandemia. Usei este tempo para ‘observar’ a relação que temos com as árvores e descobri que são ainda mais fascinantes como objectos vivos, pelo que decidi fazer este livro sobre elas.”

Rusty Fox adiantou que o feedback que tem recebido em relação ao livro tem sido positivo. “Normalmente, tenho tido mais público ou leitores interessados no meu trabalho, sobretudo em relação aos meus livros mais antigos, mas penso que ‘Nocturnal’ está a correr bastante bem.”

Questionado sobre o posicionamento da fotografia mais contemporânea em Macau, tanto do ponto de vista das exposições, edições ou acolhimento do público, Rusty Fox considera que “está a melhorar”. “Além da fotografia tradicional, parece que há cada vez mais público interessado no lado mais contemporâneo da fotografia, o que é muito bom. Além disso, muitas pessoas, como eu, estão a tentar levar os trabalhos dos fotógrafos locais a diferentes actividades, como feiras de livros de arte e exposições internacionais, o que é sempre bom de ver”, rematou.

“Nocturnal” vai partilhar o palco do Rota das Letras com o lançamento de outro livro de fotografia, “Seeing the Light”, de Francisco Ricarte, arquitecto que, nos últimos tempos, se tem dedicado bastante à fotografia e que já conta com várias exposições e obras publicadas.

11 Out 2023

FJA | Mantido apoio ao Lusitânia Sport Clube Macau

A Fundação Jorge Álvares (FJA) vai continuar a apoiar financeiramente o Lusitânia Sport Clube de Macau, com sede na Taipa, que foi fundado em 1981, dedicando-se às modalidades do hóquei em patins e em campo. Segundo um comunicado da fundação, o apoio atribuído desde 2004 significa “o contínuo empenho da FJA em fortalecer a comunidade macaense através do desporto e do apoio a jovens atletas”.

Além disso, com a renovação do apoio, a FJA “mantém o apoio a duas das modalidades desportivas tradicionais de Macau – o hóquei em campo, desporto tradicional da comunidade macaense, e o hóquei em patins, modalidade por excelência da comunidade portuguesa de Macau”.

O Lusitânia Sport Clube Macau tem alcançado “resultados notáveis no cenário desportivo local”, detendo ainda “honrosas classificações obtidas em competições ocorridas em vários países da região Ásia-Pacífico”, destaca a FJA, que deseja “continuar a inspirar jovens talentos e a impulsionar o sucesso do Lusitânia Sport Clube de Macau na próxima época desportiva que se inicia no corrente mês de Outubro”.

11 Out 2023