Hoje Macau SociedadeBurla | Detido por dar a penhorar relógio falso Um cidadão chinês foi detido na terça-feira no Posto Fronteiriço de Hengqin suspeito de burlar uma mulher em 100 mil dólares de Hong Kong ao emprestar-lhe, para penhora, um falso relógio de luxo. Segundo o jornal Ou Mun, no passado dia 16 de Novembro os dois intervenientes conheceram-se num casino. No dia seguinte, o homem pediu à mulher 50 mil dólares de Hong Kong para apostar. Depois de perder o dinheiro ao jogo, entregou um relógio à mulher com o intuito de que esta o penhorasse, alegando que valia 100 mil dólares de Hong Kong. A partir daqui homem ficou incontactável, enquanto a mulher foi a uma casa de penhores onde foi informada que o relógio não valeria mais do que algumas centenas de dólares de Hong Kong. Sentindo-se defraudada, a mulher denunciou então o caso às autoridades. O caso já está no Ministério Público, sendo que o homem é suspeito da prática do crime de burla de valor elevado.
João Luz Manchete SociedadeSeul | DST emite alerta a pedir precauções a turistas de Macau A turbulência política vivida na Coreia do Sul nos últimos dias, levou a Direcção dos Serviços de Turismo a emitir um alerta para os cerca de 1.500 residentes da RAEM que estão ou vão para o país. Até às 15h de ontem, o Governo da RAEM não tinha recebido pedidos de auxílio de residentes Na sequência da declaração de lei marcial na Coreia do Sul, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) lançou um alerta aos residentes de Macau que se encontram na Coreia do Sul, ou que planeiam viajar em breve para o país, para se “manterem atentos e prestarem atenção às informações mais recentes” das autoridades sul-coreanas. A lei marcial foi decretada na terça-feira à noite na Coreia do Sul pela primeira vez em mais de 45 anos, depois de ter sido imposta em 1979, após o assassinato do presidente Park Chung-hee. Numa comunicação de surpresa ao país, o Presidente Yoon Suk-yeol declarou a lei marcial para “erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem constitucional”. A lei marcial foi levantada algumas horas depois, mas a instabilidade política e o futuro da liderança do país continua a ser uma incógnita (ver página 11). A situação levou vários países a emitir alertas de viagem para o país. Ontem de madrugada, a DST enviou avisos a cerca de 1.500 residentes que estão na Coreia do Sul, ou que estavam prestes a viajar para o país. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o subdirector da DST, Cheng Wai Tong, apelou à vigilância dos residentes e afirmou que o Governo da RAEM está a observar a situação, sem haver decisão sobre a necessidade de emitir alerta a desaconselhar viagens para o país asiático. O responsável adiantou ainda que, até às 15h de ontem, a linha aberta da DST não tinha recebido pedidos e ajuda ou consultas de residentes na Coreia do Sul. Limitar passeios Apesar do levantamento da lei marcial, a DST afirmou que devido à situação política, os residentes devem reduzir saídas ao mínimo essencial e obedecer às autoridades locais. O organismo liderado por Helena de Senna Fernandes acrescentou que se os residentes necessitarem de assistência podem ligar para a linha hotline de turismo, disponível 24 horas por dia, ou contactar a embaixada chinesa na Coreia do Sul. Por seu turno, o presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu, indicou ter sido informado pelas agências de viagem locais da inexistência de excursões de Macau na Coreia do Sul neste momento. No entanto, o representante realçou que Seul é uma cidade popular para turistas não-excursionistas de Macau. Para esses residentes, Andy Wu fez eco, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, das recomendações da DST.
Hoje Macau SociedadeEscarlatina | Lançado alerta face a aumento do número de casos Os Serviços de Saúde de Macau emitiram ontem um comunicado onde dão conta que “a situação da escarlatina está mais activa”, fazendo um apelo a encarregados de educação, creches e escolas para “estarem alerta”. Nos últimos dias, e conforme os dados de monitorização de doenças infecciosas de declaração obrigatória, “o número de casos declarados [de escarlatina] subiu de cinco na primeira semana de Outubro para 22 casos detectados na semana passada”. Para os SS, “este é o número mais alto registado em comparação com Outubro, dando uma média de dez casos por semana”, e também maior face ao período homólogo do ano passado. Até terça-feira desta semana, foram registados 1.654 casos de escarlatina no território, sendo que 93 por cento dos casos ocorreu em crianças com idades compreendidas entre 1 e 9 anos de idade. Os SS esclarecem ainda que “54 casos necessitaram de internamento hospitalar, tendo tido alta após recuperação”, não tendo sido registados casos graves ou mortais. Este ano foram registados, até ao momento, dois casos colectivos de escarlatina. A escarlatina é uma doença respiratória aguda transmissível causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes).
João Luz Manchete SociedadeMacauPass / MPay | Cartão usado em mais de 300 cidades O Governo da RAEM e o Ministério dos Transportes chinês acordaram a possibilidade usar um cartão emitido pela MacauPass, em formato físico ou no MPay, para pagar tarifas de transportes urbanos em mais de 300 cidades chinesas. Por outro lado, visitantes chineses podem usar o cartão China T-union nos autocarros de Macau A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) acordou com o Ministério dos Transportes a adesão da MacauPass ao programa China T-union, o sistema usado para pagar transportes urbanos no Interior da China, mas também para fazer compras. Assim sendo, passou a ser possível desde ontem pedir um cartão especial da MacauPass, em formato físico ou digital através da aplicação MPay. O novo cartão custa 68 patacas e se for comprado através do MPay aceita os pontos de desconto MCoins até um valor de 10 patacas. O MacauPass – China T-union pode ser usado para pagar tarifas de transportes públicos em mais de 300 cidades chinesas e mais de 1.700 aglomerados populacionais de menor dimensão. O cartão pode também ser utilizado em cerca de 280 ligações ferroviárias urbanas. Na aplicação MPay, o cartão digital da China T-union é criado numa carteira separada onde são depositados montantes em patacas que depois são convertidos em renminbis para pagar transportes no Interior da China. Para saber se o cartão é admitido num transporte público basta procurar o logótipo da “China T-union”. Ligações estreitas Num comunicado emitido ontem, a DSAT explica que o objectivo passa por apoiar “a utilização dos transportes públicos locais e os benefícios de tarifas, mas também facilitar o acesso aos principais meios de transportes nas principais cidades do país”. O Governo acrescenta que a medida pretende responder ao aumento da procura de emprego e de viagens para o Interior da China por parte dos residentes de Macau, “estreitando cada vez mais o intercâmbio de pessoas entre os dois lados”. O mesmo irá acontecer no sentido inverso. Os visitantes do Interior da China e de Hong Kong podem desde ontem usar os seus cartões da China T-union para pagar as tarifas dos autocarros públicos de Macau. Importa referir que o cartão Ocpotus da RAEHK passou a emitir desde meados de Setembro o Octopus China T-union, que poderá ser utilizado na RAEM. A DSAT salienta que os cartões que não são emitidos em Macau “não beneficiam de desconto nas tarifas. Os visitantes podem também usar o cartão para pagar contas em restaurantes, bilhetes para espectáculos e compras em lojas. Para quem preferir a versão física do cartão, pode requerer a sua emissão, que custa 68 patacas, em três centros dos serviços de MacauPass, no Nape na Rua de Paris, nº10, na Estrada Marginal da Areia Preta, nº 183 e na Taipa na Avenida de Kwong Tung, nº 79. Se os titulares perderem o MacauPass – China T-union não podem reclamar a perda de dinheiro porque o cartão não tem a inscrição da identidade do titular.
João Luz Manchete SociedadeEPM | Concessão vitalícia de terreno passa a 25 anos O Governo extinguiu o arrendamento vitalício do terreno onde está a Escola Portuguesa de Macau, que vigorava há mais de seis décadas. O novo contrato passa a ter o prazo de 25 anos, mas continua a ser gratuito. O despacho assinado por Raimundo do Rosário pretende regularizar a situação do terreno e do edifício da escola O Executivo declarou a extinção do arrendamento vitalício do terreno onde está situada a Escola Portuguesa de Macau (EPM), através de um despacho assinado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, publicado ontem no Boletim Oficial. O contrato passa a vigorar por 25 anos, o prazo máximo das concessões por arrendamento estabelecido na Lei de Terras, e continua a ser gratuito. A alteração tem como objectivo “regularizar a situação desse terreno e a do edifício nele existente”. O prazo da concessão pode ser sucessivamente renovado, desde que a Associação Promotora de Instrução dos Macaenses (APIM) apresente requerimento de renovação “no período entre nove meses a seis meses antes do fim do prazo da concessão ou das sucessivas renovações”. O arrendamento vitalício e gratuito fora concedido à APIM em Junho de 1963 para a construção do edifício Escola Comercial Pedro Nolasco. O estabelecimento de ensino que ocupou o terreno na Avenida de D. João IV, “foi construído com verbas concedidas pelo Governo da então Província de Macau” e ficou isento de isento de rendas e taxas, desde que a APIM respeitasse a “exclusiva finalidade de manter em funcionamento a referida escola”. Já perto da implementação da RAEM, em 1998, foi aprovado um projecto de arquitectura de obra de ampliação do edifício da Escola Comercial, para adaptação à Escola Portuguesa de Macau. “Apesar da obra de ampliação ter sido executada, a respectiva licença de utilização nunca foi emitida”, lê-se no contrato assinado entre o Governo e a APIM. Pela educação O contrato publicado no Boletim Oficial refere ainda que no dia 25 de Setembro deste ano, a APIM apresentou um requerimento para esclarecer dúvidas quanto à natureza do direito que a APIM detém sobre o terreno e o edifício nele construído, onde agora funciona a EPM e solicitou a regularização para “manter as construções já aí existentes, bem como ampliar as mesmas”. É ainda estabelecido que a APIM deve manter os edifícios escolares e instalações de apoio existentes no terreno, e que “a eventual alteração do aproveitamento do terreno, designadamente por ampliação dos edifícios” carece de autorização do Governo. Porém, a finalidade da concessão do terreno (o ensino regular) não pode ser alterada, da mesma forma que a concessão gratuita não pode ser convertida numa concessão que implique pagamento de renda.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEnsino | Macau com bons resultados a Ciências e Matemática no TIMSS 2023 Os alunos de Macau registaram um bom desempenho nas áreas da Matemática e Ciências na estreia do território na avaliação do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências, em inglês “Trends in International Mathematics and Science Study” (TIMSS), relativo a 2023. Assim, de entre mais de 60 países e regiões, Macau registou, em média, 582 pontos a Matemática e 536 pontos em Ciências, “sendo ambos significativamente mais elevados do que as médias internacionais (503 pontos em Matemática e 494 pontos em Ciências)”. Assim, segundo uma nota da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), Macau ficou em 6.º lugar a Matemática e 12.º lugar em Ciências no TIMSS 2023, ranking onde participou pela primeira vez. O TIMSS realiza-se desde 1995 a cada quatro anos. Para a participação de Macau nesta edição do ranking a DSEDJ organizou a participação de mais de 5.500 alunos do 4.º ano do ensino primário, de 59 escolas locais. A DSEDJ acrescenta ainda, sobre os resultados, que “as diferenças de pontuações em Matemática e em Ciências dos dois grupos de alunos de Macau provenientes de contextos socioeconomicamente altos e baixos (59 pontos tanto em Matemática como em Ciências) foram inferiores às médias internacionais (85 e 91 em Matemática e em Ciências, respectivamente), sendo também as mais reduzidas entre os países ou regiões com desempenho elevado”. Equidade em alta Para as autoridades, estes dados mostram que “Macau mantém um sistema educativo de qualidade e equitativo”, além de que “as proporções dos alunos de Macau que alcançaram os quatro pontos de referência internacionais são significativamente mais elevadas do que as medianas internacionais”, sendo que 68 por cento dos alunos locais “atingiram o nível avançado ou elevado no desempenho a Matemática e 45 por cento atingiu o nível avançado ou elevado no desempenho a Ciências”, com ambas a serem “mais elevadas do que as medianas internacionais, as quais foram de 42 e 38 por cento”, respectivamente. O TIMSS é um ranking desenvolvido pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional, analisando o desempenho nestas duas disciplinas por parte de alunos de vários países e regiões.
Hoje Macau PolíticaDSEDT | Mais de 30 empresas locais certificadas Já existem 33 empresas locais certificadas pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), certificação essa atribuída no contexto do “Programa de Certificação de Empresas Tecnológicas”, criado no ano passado. Segundo uma nota, tratam-se de empresas nos ramos das tecnologias de informação, inteligência intelectual e medicina tradicional chinesa, empregando 1.300 trabalhadores com receitais anuais de cerca de 3 mil milhões de patacas. Uma das novidades passa pela inclusão de empresas com ligação a Hengqin a este programa de certificação, sendo que o Governo está a lançar “medidas complementares de apoio específico, incluindo plano de apoio financeiro, bolsas de contacto e articulação com as políticas e medidas do Interior da China, no sentido de fomentar o crescimento das respectivas empresas”. Em 2021, por exemplo, foi criado o plano de actualização digital destinada às PME que apoiou mais de 1.600 empresas.
Hoje Macau PolíticaIPIM | Macau na Exposição Alimentar Ásia-Pacífico Macau vai ter um pavilhão próprio na Exposição Alimentar Ásia-Pacífico (Asia Pacific Food Expo” que decorre em Singapura entre amanhã e segunda-feira. Segundo o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM), este organismo, em parceria com a Associação Industrial de Macau, organiza um grupo de 24 pequenas e médias empresas (PME) para exibirem mais de 250 produtos “Made in Macau”, bem como as “marcas de Macau”. A feira, a ter lugar no Centro de Convenções e Exposições de Singapura, terá um total de 300 mil comerciantes profissionais e visitantes de todo o mundo, sendo organizada pela Singapore Food Manufacturers Association. O IPIM explica que o Pavilhão de Macau nesta feira estará dividido em três zonas, com stands de empresas, stands de promoção da Plataforma Sino-Lusófona e das convenções e exposições de natureza económica e comercial de Macau e Hengqin, entre outros serviços e políticas, além de incluir elementos dos países de língua portuguesa.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaComunidades | Cesário condecora macaenses e ATFPM José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, estará de novo em Macau e traz consigo na bagagem novas distinções. Desta vez, são as medalhas de mérito atribuídas à comunidade macaense por ocasião do encerramento de mais uma edição do Encontro, e também à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau O encerramento, esta semana, do Encontro das Comunidades Macaenses de 2024 vai contar com a presença de uma figura do Governo português que, de resto, tem sido, há muitos anos, visita habitual da RAEM. Trata-se de José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que vai condecorar a diáspora macaense com uma medalha de mérito, bem como a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (AFTPM), cujos dirigentes, José Pereira Coutinho, presidente; e Rita Santos, presidente da assembleia-geral, foram conselheiros para Macau e Ásia do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP). De destacar, porém, que esta distinção surge numa altura em que Rita Santos e demais dirigentes da ATFPM estão a ser investigados em Portugal por alegadas irregularidades cometidas nas eleições, estando este processo a ser investigado pelo Ministério Público (MP) e em segredo de justiça, foi confirmado ao HM. O processo arrancou graças a uma queixa feita pelo deputado Paulo Pisco, do Partido Socialista, à Comissão Nacional de Eleições, posteriormente remetida para o MP. A medalha de mérito irá também para o grupo de teatro em Patuá Doci Papiaçam di Macau, liderado por Miguel de Senna Fernandes, e que há vários anos se dedica a preservar e divulgar o crioulo macaense em todo o mundo, mantendo um coro e levando a palco, todos os anos, uma peça de teatro. Em Outubro, por ocasião da eleição dos membros do CCP, o coro dos Doci Papiaçam di Macau esteve em Lisboa a convite de José Cesário, tendo feito várias actuações, incluindo na Casa de Macau em Lisboa. Também à TDM, Miguel de Senna Fernandes declarou que esta distinção é “uma honra e um incentivo” para a continuação do trabalho. Jantar no sábado A agenda oficial do secretário de Estado determina que esta sexta-feira ele irá participar na sessão de encerramento do Encontro Mundial das Comunidades Macaenses, sendo que a entrega das medalhas de mérito aos Doci Papiaçam será feita a partir das 19h no hotel Venetian. No sábado, por ocasião de um jantar na Torre de Macau, será entregue a medalha de mérito à ATFPM. No domingo, além da participação na missa da Sé Catedral, José Cesário tem dois encontros marcados em Hong Kong, um com a comunidade portuguesa e macaense, que decorre no Clube de Recreio de Hong Kong, e outra ao Museu da História da Cidade de Hong Kong onde se encontra uma ala dedicada às Comunidades Portuguesas. O jantar de sábado promovido pela ATFPM serve para celebrar os 25 anos da RAEM, os 75 da implantação da República Popular da China e os 37 anos de existência da própria associação. O Encontro das Comunidades Macaenses tem decorrido por estes dias com diversos eventos pela cidade. Na segunda-feira, por exemplo, aconteceu no Instituto Internacional de Macau, a palestra “Valorização do Património e Desafios do Futuro”, protagonizada por António Monteiro, dirigente da Associação dos Jovens Macaenses.
Hoje Macau China / ÁsiaAssembleia Nacional sul-coreana aprova levantamento de lei marcial A Assembleia Nacional sul-coreana votou na madrugada de quarta-feira (hora local) a favor do levantamento da lei marcial de emergência decretada pelo Presidente Yoon Suk Yeol visando proteger a “ordem democrática constitucional”, De acordo com a Constituição do país, a lei marcial deve ser levantada quando uma maioria parlamentar o exigir. De um total de 300 deputados, 190 estavam presentes e todos votaram a favor da moção, pelo que, segundo o gabinete do presidente do parlamento, a declaração da lei marcial fica sem efeito. Milhares de pessoas concentraram-se em frente à Assembleia Nacional para protestar contra a declaração da lei marcial, enquanto as tropas sul-coreanas tentavam tomar a sede do poder legislativo ao abrigo desta medida de emergência. De acordo com a agência EFE, não se registaram incidentes graves até o momento. A declaração da lei marcial foi feita depois de o Partido Democrático, na oposição, ter apresentado um projeto de lei orçamental reduzido na comissão parlamentar do orçamento e de ter apresentado moções de impugnação contra um auditor estatal e o procurador-geral. A imprensa local refere que um comando militar, lançado com a declaração da lei marcial, anunciou um decreto para probir todas as atividades políticas, incluindo protestos e ações partidárias. O decreto foi emitido pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Park An-su, e entrou em vigor às 23:00 locais. “Todas as atividades políticas, incluindo as relacionadas com a Assembleia Nacional, as assembleias regionais, os partidos políticos, a formação de organizações políticas, as manifestações e os protestos são proibidos”, declarou Park, informando que o decreto foi proclamado a nível nacional para “defender a democracia livre e a segurança do povo contra as forças anti-estatais que ameaçam derrubar o país”. O decreto também coloca sob controlo todos os meios de comunicação social, além de ordenar aos médicos estagiários em greve que regressem imediatamente ao trabalho no prazo de 48 horas. De acordo com o decreto, as pessoas que violarem a lei marcial podem ser detidas ou alvo de rusgas sem mandado. O acesso à Assembleia Nacional sul-coreana foi bloqueado por guardas parlamentares e pela polícia, depois da declaração da lei marcial. Segundo uma televisão local, helicópteros sobrevoavam o parlamento. Yoon Suk Yeol declarou hoje “lei marcial de emergência” para proteger a “ordem democrática constitucional”, acusando a oposição de controlar o parlamento e simpatizar com a Coreia do Norte. Durante uma comunicação transmitida pela televisão, Yoon prometeu “erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem democrática constitucional”. O Ministério da Defesa convocou uma reunião dos “principais comandantes e apelou a uma vigilância reforçada”, segundo a agência noticiosa local Yonhap. Enfrentando uma diminuição na sua aprovação, Yoon tem-se esforçado por aplicar a sua agenda desde que assumiu o cargo em 2022, contra um parlamento controlado pela oposição. O partido conservador Poder Popular de Yoon regista um impasse com o Partido Democrático, da oposição liberal, sobre o projeto de lei orçamental para 2025. Yoon tem também rejeitado os apelos a investigações independentes sobre os escândalos que envolvem a sua mulher e altos funcionários, o que tem levado a fortes críticas dos seus rivais políticos. Partido Democrático já considerou a declaração de lei marcial de Yoon como “inconstitucional e contra o povo”, segundo a agência sul-coreana.
Hoje Macau DesportoTaekwondo poomsae | Eduarda Costa Ferraz bicampeã do mundo em mais de 65 anos A portuguesa Eduarda Costa Ferraz sagrou-se bicampeã do mundo de taekwondo poomsae, na categoria de mais de 65 anos, no mundial que está a decorrer na região chinesa de Hong Kong. Na segunda-feira, Ferraz conquistou a medalha de ouro, batendo a austríaca Bronwyn Butterworth, que levou a prata, e a alemã Iris Hitzemann e a japonesa Yukiko Takizawa, com o bronze. Como tricampeã europeia, a portuguesa “veio com o estatuto de uma das favoritas, mas foi uma disputa muito renhida, porque havia também adversárias com um bom nível”, disse à Lusa o chefe da delegação portuguesa, Pedro Valentim. Ferraz já se tinha sagrado campeã mundial em Taiwan, em 2018, mas no último campeonato do mundo, em 2022, na Coreia do Sul, “não esteve presente devido ao covid–19”, lamentou Valentim. O resultado conseguido por Ferraz foi o ponto alto da participação portuguesa nos Mundiais de Hong Kong da vertente de poomsae, uma disciplina não olímpica de taekwondo. Portugal logrou ainda um quinto lugar na categoria de sub50, por Sérgio Ramos, também na segunda-feira. Já ontem, José Manuel Gradil conseguiu um quinto lugar na categoria de mais de 65 anos. A delegação portuguesa nesta competição em Hong Kong, que arrancou no sábado e termina hoje, contou com 20 atletas nas variadas provas. “Infelizmente alguns atletas, mesmo estando convocados, não puderam participar”, por não terem capacidade financeira para pagar a deslocação até ao sul da China, lamentou Valentim. A Federação Portugal Taekwondo “não consegue suportar toda a selecção, apenas os que já têm vindo a alcançar melhores resultados”, explicou o chefe da delegação. “Infelizmente o taekwondo e outras modalidades em Portugal não são apoiadas como em outros países”, disse Valentim.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Nova linha telefónica sobre riscos de viajar para China, Macau e Hong Kong Taiwan anunciou ontem a criação de linhas telefónicas directas para informar os seus cidadãos de riscos para a sua “segurança pessoal” quando viajam para a China continental, Macau e Hong Kong. O Conselho dos Assuntos Continentais (MAC), o principal órgão político de Taiwan responsável pelas relações com a China continental e as suas duas regiões administrativas especiais, anunciou ainda a elevação do seu aviso aos viajantes para a China para o segundo nível de alerta mais elevado. Estas linhas directas ajudarão a “responder a questões sobre o funcionamento do sistema ou sobre os riscos de segurança pessoal associados às viagens” para a China, Hong Kong ou Macau, declarou o MAC, em comunicado. Embora os taiwaneses não sejam obrigados a registar as suas viagens para a China, o número dos que o fizeram este ano disparou, de acordo com os dados divulgados pelo MAC. Entre Janeiro e Outubro, o número de pessoas que se registaram antes de viajar para a China continental aumentou cerca de 14 vezes, em relação ao ano passado, segundo o MAC. Os registos para Hong Kong e Macau “ultrapassaram cinco vezes o total do mesmo período do ano passado”.
Hoje Macau EventosFRC | Halftone volta a exibir imagens de membros da associação A Fundação Rui Cunha (FRC) volta a ser palco de mais uma exposição de fotografia da Halftone – Associação de Fotografia. A mostra, que abriu ontem portas ao público, intitula-se “Halftone Exposição’24”, acolhendo imagens de 24 membros desta associação sem fins lucrativos que pretende mostrar o que de melhor se faz na área da fotografia em Macau, tanto a nível profissional como amador. Participam, assim, neste projecto nomes como André Ritchie, Cecília Ho, José das Neves, José Sales Marques, Nuno Calçada Bastos, António Mil-Homens, fotógrafo, Elói Scarva ou Francisco Ricarte, entre outros. Esta exposição “é ilustrativa da vitalidade da prática fotográfica dos seus participantes”, revela uma nota oficial, sendo também exemplificativa da “diversidade das várias abordagens estéticas e temáticas que a prática fotográfica permite”, seja documental, fotografia de rua, paisagem, conceptual ou de estúdio. Tal demonstra “o papel decisivo [da Halftone] na prática artística e visual contemporânea, designadamente na RAEM”.
Hoje Macau EventosLivraria Portuguesa | Jason Wordie apresenta segunda edição de livro sobre Macau Depois de uma primeira sessão, Jason Wordie, jornalista e historiador de Hong Kong, estará hoje novamente na Livraria Portuguesa para apresentar a segunda edição do livro “Macao, People and Places, Past and Present”, lançado há 11 anos. Eis a oportunidade para rever uma obra em inglês sobre o território e partilhar experiências de leitura com o autor Jason Wordie lançou há 11 anos uma obra que explora a essência de Macau, intitulada “Macao, People and Places, Past and Present”. Agora, numa altura em que acaba de ser lançada uma segunda edição, o autor está em Macau para falar hoje do projecto na Livraria Portuguesa, a partir das 15h, depois de uma primeira sessão que decorreu ontem no mesmo local. Esta obra é descrita como um guia sobre o território, mas, ao mesmo tempo, “um trabalho académico, acompanhado de uma bibliografia exaustiva”. Todos os recantos e segredos de Macau são aqui contados em mais de 400 páginas de textos e fotos, onde, num denso livro de consulta, se incluem diversas narrativas sobre a península e ilhas, que remontam aos primórdios da chegada dos portugueses a Macau, em meados do século XVI. Segundo um artigo da Revista Macau de 2014, Jason Wordie visitou Macau pela primeira vez em 1988, tendo voltado sempre para revisitar memórias e lugares. O livro que agora ganha uma segunda edição começa nas Portas do Cerco, e segue pelos bairros, que o autor descreve como sendo “aparentemente semelhantes, mas na verdade muito diversos”. Há ainda passos dados por lugares classificados pela UNESCO, nomeadamente o Centro Histórico, ou ainda bairros que são menos explorados por turistas, nomeadamente o Fai Chi Kei, Ilha Verde ou Areia Preta. Sobre este livro, o crítico Nigel Collett escreveu que a sua leitura foi “um prazer absoluto”, tendo ficado “encantado” em todo o tempo de leitura, passando das Portas do Cerco a Coloane, devorando páginas. Nigel Collett, também ele autor, descreveu esta obra como um “livro soberbo”, com imagens do professor Anthony Headley e edição de Colin Day. Referiu ainda que “a história e as culturas chinesa e portuguesa predominam naturalmente neste livro, tal como em Macau”. “Quer se trate de igrejas, templos, fortalezas, edifícios governamentais, praças e jardins públicos, bibliotecas e a mais antiga casa de luz da costa chinesa, Jason Wordie acompanha-o a vê-los a todos”, descreveu Collett na mesma recensão crítica. Cantos da casa Logo no primeiro capítulo do livro, com o nome “Portas do Cerco – Barrier Gate, Amaral and Other ‘Border Incidents’ – and Cross-Boundary Trade”, Jason Wordie descreve como a zona norte da península era um espaço bastante longínquo em termos culturais da restante zona da cidade, onde grande parte dos macaenses e portugueses viviam. “Até meados do século XIX, grande parte da zona norte de Macau, além das zonas muralhadas, não era mais do que uma série de terrenos meio baldios, remotos, com casas isoladas e aldeias com zonas de cultivo. Desde Mong Há até à fronteira chinesa das Portas do Cerco, (…) esta zona de Macau era uma zona remonta e assombrada de vagabundos e fugitivos da cidade”, escreve Wordie. Segue-se depois o segundo capítulo dedicado à Ilha Verde e bairro de Toi San, com descrições das antigas fábricas e presença religiosa. Jason Wordie é um historiador e escritor consagrado de Hong Kong. Licenciado em História pela Universidade de Hong Kong, criou reputação na criação de percursos pedonais onde se vão contando estórias de Macau, Hong Kong e Cantão. Escreve também em jornais, nomeadamente no South China Morning Post, vivendo na zona dos Novos Territórios há mais de duas décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaNepal | PM inicia em Pequim a sua primeira deslocação ao exterior O primeiro-ministro do Nepal, Khadga Prasad Sharma Oli, chegou a Pequim para uma visita oficial que quebra a tradição diplomática nepalesa segundo a qual o novo líder realiza na Índia a sua primeira deslocação ao exterior. Khadga Prasad Sharma Oli, que regressou ao poder em Julho após dois mandatos como primeiro-ministro, aterrou em Pequim na segunda-feira à noite, de acordo com imagens transmitidas pela televisão estatal CCTV. Durante a sua estadia de quatro dias, Oli deve encontrar-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Qiang, proferir um discurso na prestigiada Universidade de Pequim e participar num fórum económico bilateral. O objectivo destes intercâmbios é “reforçar a amizade de longa data” entre os dois países, nomeadamente no que diz respeito à Iniciativa Faixa e Rota, segundo uma porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Lançada por Pequim em 2013, a Faixa e Rota tem como objectivo criar novas vias comerciais entre a China e o resto do mundo, através da construção de infra-estruturas, incluindo portos, autoestradas ou linhas ferroviárias. As discussões entre os dois líderes centrar-se-ão em acordos de investimento anteriores, em particular o aeroporto recentemente concluído na cidade turística central de Pokhara, segundo as autoridades nepalesas. A escolha da China para a sua primeira viagem ao estrangeiro deveu-se à ausência de um convite oficial de Nova Deli, apontou a imprensa nepalesa. O Nepal, situado entre a China e a Índia, procura manter um equilíbrio entre estas duas potências vizinhas. Khadga Prasad Sharma Oli, um dos principais dirigentes do Partido Comunista do Nepal – Marxista-Leninista Unificado, tem procurado frequentemente Pequim para reduzir a dependência histórica de Katmandu em relação a Nova Deli.
Hoje Macau China / ÁsiaCamberra anuncia que Pequim levantou as últimas sanções contra os seus produtos O Governo australiano anunciou ontem que a China concordou em levantar as medidas punitivas sobre a sua carne de bovino, a última de uma série de proibições e taxas impostas por Pequim aos produtos do país desde 2020. O levantamento afecta as exportações de dois matadouros australianos, depois de a China ter retomado a compra de produtos de carne de outros oito matadouros do país, em Maio passado, marcando “um regresso à normalidade para as exportações de carne de bovino”, referiu um comunicado do Executivo de Camberra. As exportações de carne bovina para a China – o segundo maior mercado de carne bovina da Austrália depois dos Estados Unidos – ultrapassaram o equivalente a 1.357 milhões de euros, entre 1 de Julho de 2023 e 30 de Junho de 2024, com vendas recorde esperadas no próximo ano, acrescentou o comunicado. O anúncio de ontem significa que a China concordou em levantar todas as medidas restritivas impostas aos produtos australianos desde 2020 e que começou a relaxar progressivamente desde que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, do Partido Trabalhista, chegou ao poder em Maio de 2022. No entanto, isso não significa que o comércio bilateral tenha voltado ao normal porque a retoma das exportações australianas de lagosta, anunciada em Outubro passado, ainda não é efectiva na prática. “Estamos perto do ponto de remover todos os impedimentos comerciais da China que afectam 20 mil milhões de dólares de exportações australianas”, sublinhou o ministro australiano do Comércio, Don Farrell, na declaração de ontem. Tempos difíceis A China impôs em 2020 restrições comerciais sobre uma série de produtos da Austrália – país com o qual assinou um acordo de comércio livre em 2015 -, incluindo carvão, cevada, vinho, carne de vaca, lagosta, entre outros, depois de o anterior Governo do conservador Scott Morrison ter insistido numa investigação independente sobre a origem da covid-19. A medida deteriorou ainda mais as relações entre Pequim e Camberra, que começaram a piorar depois de a Austrália ter aprovado, em 2017, várias leis para fazer face à alegada interferência chinesa na sua política interna e ter proibido, em 2018, a implantação de serviços 5G das empresas chinesas Huawei e ZTE, por razões de segurança.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / EUA | Pequim anuncia restrições às exportações de metais essenciais A troca de medidas restritivas entre as duas potências conheceu ontem novos desenvolvimentos que deverão afectar a cadeia de produção tecnológica ao nível civil e militar A China anunciou ontem que vai restringir as exportações para os Estados Unidos de gálio, germânio, antimónio e grafite, metais essenciais para o fabrico de semicondutores ou baterias, tanto para uso civil como militar. A medida, que entrou em vigor ontem, surge depois de Washington ter anunciado novas restrições tecnológicas contra a China para limitar a sua capacidade de desenvolver semicondutores avançados, o que Pequim denunciou como “um acto de coerção económica”. O ministério do Comércio declarou em comunicado que vai proibir a exportação de gálio, germânio ou antimónio com “dupla utilização civil e militar”, ao mesmo tempo que será “mais rigoroso” na exportação de grafite. A pasta argumentou que tomou esta medida “a fim de proteger a segurança e os interesses da China” e “cumprir as obrigações internacionais como a não-proliferação”. “Qualquer organização ou indivíduo de qualquer país ou região que viole as disposições acima referidas e transfira ou forneça artigos de dupla utilização originários da República Popular da China a organizações ou indivíduos nos Estados Unidos será responsabilizado nos termos da lei”, advertiu a nota. Um porta-voz do ministério disse que, nos últimos anos, os EUA “politizaram a utilização de conceitos como o de segurança nacional para restringir a exportação de bens para a China”, e “colocaram empresas chinesas na lista de sanções para as reprimir”. “Os EUA prejudicaram seriamente os direitos e interesses legítimos destas empresas, bem como a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais”, afirmou. Segurança primeiro Em Julho passado, a China anunciou restrições gerais à exportação de gálio e germânio, dois metais essenciais para o fabrico de semicondutores, um produto que está no centro das tensões comerciais e tecnológicas entre Pequim e Washington. A China é o maior produtor mundial destes dois elementos, sendo responsável pela produção de mais de 95 por cento do gálio e 67 por cento do germânio. Em Agosto, Pequim anunciou a imposição de restrições à exportação de antimónio, um metal utilizado em vários sectores industriais, como o fabrico de baterias e de retardadores de chama, e de outros elementos estratégicos. Em Outubro, adoptou ajustamentos nas suas políticas de controlo das exportações relacionadas com produtos de grafite, em nome da “segurança nacional”. O país asiático, principal produtor mundial de grafite, controla uma parte significativa do mercado mundial. Estas novas restrições vêm juntar-se a uma série de medidas semelhantes aplicadas por Pequim nos últimos meses, como a proibição das exportações de tecnologia de fabrico de ímanes de terras raras.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Identificado caso suspeito e violência doméstica Um homem com 50 anos terá alegadamente atacado com uma faca a mãe, de 70 anos, na madrugada de ontem. A informação foi divulgada pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e citada pelo canal chinês da Rádio Macau. De acordo com o relato apresentado, devido aos ataques, a mulher ficou com cortes na cabeça. No entanto, quando foi transportada para o Centro Hospitalar Conde São Januário estava consciente e o seu estado de saúde era estável. O caso acontece num edifício da Areia Preta, junto à Avenida Norte do Hipódromo. O crime de violência doméstica implica uma pena de prisão de 1 a 5 anos, mas a sanção pode ser agravada 8 anos de prisão, caso seja considerado que o crime foi cometido em “em circunstâncias que revelem especial censurabilidade ou perversidade”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Preço médio continua a cair, mas vendas aumentam A primeira metade de Novembro trouxe uma recuperação no nível de transacções, mas os preços continuam em quebra, com o metro quadrado médio a valer menos de metade do que valia nos anos dourados do mercado imobiliário, em 2019, antes da pandemia O número de compras e vendas de habitação mais do que duplicou na primeira quinzena de Novembro em comparação com o período similar do ano passado. Os dados foram divulgados na segunda-feira, no portal da Direcção de Serviços de Finanças (DSF). De acordo com os dados oficiais, nos primeiros 15 dias de Novembro foram transaccionadas 145 habitações, o que representa mais do dobro das transacções face aos primeiros 15 dias de Novembro do ano passado, quando foram vendidas 72 fracções. Este é o melhor registo para o início de Novembro desde 2021, quando tinham sido transaccionadas 182 habitações. Desde que o portal da DSF apresenta estatísticas de transacções por quinzena, o que começou em 2018, o registo de maior número de compras e vendas ocorreu em 2019, quando nos primeiros 15 dias de Novembro foram transaccionadas 282 casas. No entanto, se for tida em conta a média de vendas, antes da apresentação dos dados por quinzena, o recorde está em 2020, os dados mais antigos no portal da DSF, quando durante todo o mês houve um total de 1.680 transacções, o que representa uma média de 840 compras e vendas na primeira metade do mês. Em comparação com o início e Outubro, os dados mostram também um crescimento, dado que nesse período tinham sido registadas 80 vendas de habitação. O maior número de vendas aconteceu em Macau, com 102 negócios, seguido da Taipa, 36 transacções, e Coloane, onde foram registadas sete. Preços a caírem Apesar do maior número de transacções, na primeira metade de Novembro, o preço médio do metro quadrado apresentou uma redução de 9,5 por cento, face a Novembro do ano passado. Na primeira metade do mês passado, o preço médio do metro quadrado foi de 72.982 patacas, quando há um ano tinha sido de 79.932 patacas. As estatísticas da DSF revelam também que o recorde do preço para a primeira metade de Novembro foi estabelecido em 2019, quando a média do preço do metro quadrado chegou a 113.690 patacas. Face aos valores mais recentes, a diferença é superior a 55 por cento. Quando a comparação é feita com a primeira quinzena de Outubro deste ano, a diferença é de 20,1 por cento, dado que no início do décimo mês do ano, o preço médio do metro quadrado tinha chegado a 87.668 patacas.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Detido por dormir dentro de carro ligado Um homem com cerca de 30 anos foi detido, depois de ter sido encontrado a dormir no carro, com a viatura ligada. O caso foi relatado ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), e terá acontecido na madrugada de terça-feira, na Avenida de Sun Yat-sen. De acordo com a versão das autoridades, quando os agentes faziam o patrulhamento das ruas, verificaram que estava um carro ligado à entrada de um edifício, com uma pessoa a dormir no interior. Quando acordaram o homem, sentiram um cheiro a álcool intenso, pelo que lhe pediram para soprar o balão, o que gerou um resultado de 1,59 gramas por litro de sangue. Por sua vez, o homem admitiu que tinha conduzido alcoolizado, depois de ter estado a jantar na Taipa, e que conduziu para casa. No entanto, adormeceu antes de conseguir desligar a viatura.
João Santos Filipe Manchete SociedadeUM | Investimento em Hengqin dispara para 4 mil milhões Após ter sido anunciado que a UM vai pagar 946 milhões de renminbis por um terreno em Hengqin, onde vai ser construído um novo campus, o capital social da empresa Guangdong Hengqin UM Higher Education Development foi aumentado O investimento da Universidade de Macau (UM) em Henqgin, através da empresa Guangdong Hengqin UM Higher Education Development, disparou para 4 mil milhões de renminbis. É este o novo capital social declarado ao portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSGAP). Quando a empresa foi inicialmente declarada, no início de Outubro, o investimento como capital social apresentado era de 50 mil renminbis e a UM surgia como a única accionista da empresa com sede em Hengqin, também conhecida como Ilha da Montanha. O capital social é o valor ou meios que os sócios entregam à sociedade para desenvolver a actividade e que corresponde ao património inicial. Contudo, a informação mais recente relativa à Guangdong Hengqin UM Higher Education Development mostra que o capital inicial disparou para 4 mil milhões de renminbis, dos quais 2,89 mil milhões de renminbis (72,35 por cento) vêm directamente do orçamento da Universidade de Macau, enquanto os restantes 1,11 mil milhões (27,65 por cento) advêm igualmente da UM, mas através da empresa UMTEC Limitada. A UMTEC Limitada é detida a 99 por cento pela UM, uma instituição financiada com capitais do orçamento da RAEM, e a 1 por cento pelo Fundo Educativo e tem como objecto de negócio a “investigação científica”, “inovação tecnológica”, “transformação comercial dos resultados de pesquisa científica”, “licenciamento de patentes”, além disso pode “exercer quaisquer outros negócios permitidos por lei”. Tem também duas representações em Zhuhai, com um capital social de 300 mil renminbis e 150 mil renminbis. No terreno O aumento do capital da empresa Guangdong Hengqin UM Higher Education Development está relacionado com a construção de um novo campus da Universidade de Macau em Henqing. No mês passado, foi tornado público que a UM vai pagar cerca de 946 milhões de renminbis à Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na Ilha da Montanha, por um terreno com 375.600 metros quadrados. A Guangdong Hengqin UM Higher Education Development é a responsável pelo pagamento, depois de ter participado num concurso público pelo terreno, de acordo com o jornal Ou Mun. Segundo os documentos citados do concurso público, a UM tem de construir um campus internacional na Ilha da Montanha, com a chancela do Governo da RAEM, virado para o ensino e investigação nas áreas da ciência, engenharia, agricultura e medicina. São esperados pelo menos 10 mil alunos no campus que deverá ficar concluído até 2028, ano em que iniciará as operações com 8 mil alunos, entre os quais 4 mil a frequentarem licenciaturas.
Hoje Macau PolíticaGoverno | Ho Iat Seng defende ter cumprido objectivos do mandato A menos de 20 dias de deixar o cargo de Chefe do Executivo, Ho Iat Seng considerou ter cumprido os objectivos do mandato, destacando como maior feito as medidas de “defesa da segurança do Estado” e de primazia dos “patriotas”. As declarações constam de uma entrevista concedida à Revista Bauhinia, de Hong Kong. De acordo com a publicação, Ho destacou como feitos do seu mandato a alteração da lei da defesa da segurança do Estado, assim como outros diplomas legais, que também tiveram como objectivo reforçar a segurança. Além disso, Ho destacou como objectivos alcançados a aposta na política “Macau governada por patriotas”, assim como o reforço da educação nacionalista entre os alunos, e as campanhas de formação dos funcionários públicos ao nível da Lei Básica, constituição, e lei da defesa da segurança. Ho considerou ainda que o mandato foi afectado pela pandemia da covid-19, afirmando que estas foram as “condições mais adversas” enfrentadas pelo território, no pós transferência da soberania. Porém, na perspectiva do Chefe do Executivo “toda a sociedade” conseguiu “ultrapassar os obstáculos” e entrar “na nova fase de desenvolvimento”. Ho mencionou também a diversificação da economia, destacando que os sectores das convenções e exposições, medicina chinesa tradicional, finanças e indústrias culturais viram o peso para o produto interno bruto (PIB) crescer 6,9 por cento entre 2019 e 2023. O líder do executivo elogiou ainda os feitos do seu governo, dado que o contributo do sector do jogo registou uma redução de 14 por cento no PIB, caindo para um peso de 37,2 por cento, face a 2019.
Hoje Macau PolíticaPatrimónio Intangível | Arranca consulta pública para classificar pastel de nata A consulta pública para classificar o pastel de nata e a dança folclórica portuguesa como parte do Património Cultural Intangível de Macau arranca hoje, de acordo com a informação divulgada ontem pela presidente do Instituto Cultural, Deland Leong Wai Man. Segundo a responsável do IC, a plataforma para ouvir a população está criada, e numa primeira fase é proposta a classificação de 12 manifestações culturais como a crença e costumes de Tou Tei, a dança do dragão, a dança do leão, o Festival da Primavera, o Festival de Barcos-Dragão, as regatas de barcos-dragão ou as artes marciais de Tai Chi. Esta consulta pública vai ter a duração de 30 dias. Também hoje, arranca uma outra consulta pública para ouvir a população sobre a classificação de 400 artigos de colecções do Museu de Macau. Entre os objectos a classificar, estão peças consideradas sagradas, jades, porcelanas, móveis, manuscritos, livros e mapas de Macau. Nas declarações à imprensa prestadas ontem, Deland Leong Wai Man explicou ainda que todas as peças a classificar têm de pertencer à RAEM. Quanto à reparação do Colégio de Santa Rosa de Lima (secção chinesa), Deland Leong apontou que o edifício foi classificado como o bem imóvel com valor cultural, e que foi recebido um pedido dos proprietários para fazerem obras. Contudo, a responsável pelo IC explicou que antes de serem aprovados os trabalhos é necessário ouvir os membros do Conselho do Património Cultural.
João Luz Manchete PolíticaCE | ELP elogiado como guardião de “Um País, Dois Sistemas” O Chefe do Executivo agradeceu ontem a presença da Guarnição do Exército de Libertação do Povo Chinês, que definiu como “muralha de ferro de Macau”, “guardiã e construtora da causa ‘Um País, Dois Sistemas’ e símbolo da soberania do Estado. Ho Iat Seng afirmou que os 25 anos desde a transição de administração foram os melhores da história de Macau Ao meio-dia de 20 de Dezembro de 1999, meio milhar de soldados do Exército Popular de Libertação (EPL) entrou em Macau, iniciando o estacionamento da guarnição das tropas chinesas na recém-fundada RAEM. Macau não tinha presença militar desde a saída das tropas portuguesas do território em 1975. Este ano, além da dupla celebração dos 25 anos da implementação da RAEM e dos 75 anos da implantação da República Popular da China, celebram-se aos 25 anos do estacionamento da guarnição em Macau do EPL, efeméride assinalada ontem pelo Chefe do Executivo com um discurso. Ho Iat Seng afirmou que “a guarnição é a muralha de ferro de Macau, é guardiã e construtora da causa ‘Um País, Dois Sistemas», e, como símbolo da soberania do Estado, é um forte pilar da prosperidade e estabilidade de Macau”. O governante disse que as tropas chinesas têm “persistido na sua conduta de excelência de um exército do povo” e na implementação firme do princípio “Macau governada pelas suas gentes com alto grau de autonomia”. A observação escrupulosa da Lei Básica e da Lei de Estacionamento de Tropas foi outro aspecto enaltecido por Ho Iat Seng, que acrescentou que a guarnição “tem cumprido de forma excepcional a missão sagrada da defesa da RAEM” Na saúde e na doença Ho Iat Seng referiu também que “desde o retorno à pátria, sob a forte liderança, e enorme apoio do Governo Central”, e a protecção firme da guarnição, a RAEM “alcançou êxitos sem precedentes na história em áreas como política, económica, social e do bem-estar da população, com resultados mundialmente notáveis no desenvolvimento”. “Estes vinte e cinco anos são os melhores da história de Macau”, acrescentou o líder do Governo. O Chefe do Executivo disse também que “a Guarnição em Macau mantém-se unida com a RAEM nos bons e maus momentos, demonstra amor a Macau e à sua população, o que lhe molda a imagem gloriosa de um exército civilizado e poderoso na nova era e lhe granjeia a confiança e elogio dos compatriotas de Macau”. O governante realçou a abertura ao público das instalações da Guarnição, os acampamentos militares para estudantes de Macau, a doação de sangue e a plantação de árvores realizadas pelas tropas, como actividades que reforçam “o sentido de identidade nacional dos residentes de Macau e o seu conhecimento relativo ao conceito de defesa nacional”.