João Luz Manchete PolíticaSegurança | Primeiro trimestre com aumento de criminalidade Nos primeiros três meses do ano, as autoridades policiais instauraram mais de 3.500 inquéritos criminais, uma subida anual de 18 por cento e mais 5,5 por cento do que no mesmo período de 2019. Burlas e violações registaram subidas anuais, enquanto os casos de abuso sexual de crianças caíram 60 por cento A criminalidade voltou a aumentar nos primeiros três meses do ano. Segundo a secretaria para a Segurança, as polícias de Macau instauraram no primeiro trimestre deste ano 3.548 inquéritos criminais, total que representa uma subida anual de 18 por cento, e mais 5,5 por cento do período homólogo de 2019. Tendo em conta que o número de turistas está em rota ascendente, as autoridades não afastam a possibilidade de o crime continuar a aumentar. “No primeiro trimestre deste ano o número de turistas que entrou em Macau aumentou significativamente em comparação com o ano passado, mas ainda não atingiu 90 por cento do período homólogo de 2019. Por isso, este número poderá aumentar posteriormente, o que poderá trazer mais factores incertos que poderão complicar ainda mais a segurança da sociedade”. Um dos crimes realçados ontem na apresentação das estatísticas da criminalidade pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, foi a burla. Nos primeiros três meses do ano, as autoridades registaram 656 casos de burla, o que traduz um aumento anual de 221 casos e de 50,8 por cento, e mais do dobro do registo face ao período homólogo de 2019 (131,8 por cento). Aliás, o Governo “culpa” em parte este tipo de crime pelo aumento da criminalidade geral, mesmo face aos tempos antes da pandemia, “acréscimo que se deve ao aumento contínuo do crime de burla, e em particular, da burla com recurso às telecomunicações e da burla cibernética, uma situação que muitos países e regiões do mundo estão a enfrentar”. Porém, no capítulo dos crimes contra o património as burlas não foram a excepção à regra. Nos primeiros três meses do ano, registaram-se 558 casos de furto (uma subida de 28,9 por cento, mas menos 23,4 por cento face a 2019), enquanto a usura, com 68 casos, “explodiu 655,6 por cento. Também os casos de apropriação ilegítima tiveram um aumento anual de 8,5 por cento para 521 casos, e os roubos aumentaram 50 por cento para 12 casos. Coração de trevas Também a criminalidade violenta aumentou 24,2 por cento. Apesar disso, Wong Sio Chak afirmou que “no âmbito dos crimes de violência grave, tais como rapto, homicídio e ofensas corporais graves”, Macau continua a “manter uma taxa zero ou uma taxa muito baixa”. No capítulo dos crimes violentos, destaque para as violações, que aumentaram 55,6 por cento no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo, totalizando 14 casos. O Governo salienta que “quase 70 por cento das vítimas não são residentes de Macau”, e que “a maioria dos casos ocorreu em quartos de hotel, não se afastando a hipótese de que alguns dos casos tenham ocorrido na sequência de relações sexuais”. Quanto aos casos em que as vítimas são residentes de Macau, a maioria ocorreu entre a meia-noite e a madrugada, em bares e após o consumo de álcool. É indicado que “muitas das vítimas foram violadas em estado de embriaguez”. Quanto ao crime de abuso sexual de crianças, totalizaram-se quatro casos, representando uma diminuição de 60 por cento, em comparação com o período homólogo do ano 2023, mas o dobro em comparação com o período homólogo do ano 2019. As autoridades realçam que a maioria dos casos de assédio sexual foram de “menor gravidade entre crianças da mesma idade ou relacionou-se com a exibição ou transmissão de fotografias pornográficas, e na origem destes casos está a curiosidade dos menores na fase da adolescência”. Quartos e quartas Os crimes de sequestro, também 14, aumentaram exponencialmente uma vez que nos primeiros três meses do ano passado só havia registo de um caso. Ainda assim, a secretaria de Wong Sio Chak indica que sequestros, “ou cárcere privado”, foram “consideravelmente mais baixos do que os do período homólogo de 2019”, quando foram totalizados 68 casos. Em relação às ofensas simples à integridade física, as autoridades registaram nos primeiros três meses do ano 260 casos, mais 2 por cento do que no ano passado, mas menos 16,7 por cento face ao primeiro trimestre de 2019. Nos primeiros três meses deste ano, a polícia detectou 15 casos de tráfico e venda de drogas, menos um do que no período homólogo (-6,3 por cento). Segundo a secretaria para a Segurança, a diminuição “demonstra que o trabalho relativo às acções de divulgação e ao combate tem surtido bons efeitos”. “Para evitar a entrada de drogas em Macau, no primeiro trimestre deste ano, a Polícia, os Serviços de Alfândega e a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações efectuaram em conjunto 165 operações postais antidroga e foram inspeccionadas 190.000 encomendas”, é indicado. Quanto à criminalidade relacionada com o sector do jogo, no primeiro trimestre, “apresentou certo aumento”, com 351 casos, contra 158 no mesmo período do ano passado. “Acredita-se que o motivo esteja relacionado com o aumento substancial do número de turistas e com a recuperação da indústria do jogo”, é indicado no relatório que especifica o impacto do jogo na segurança de Macau. No entanto, indica-se no documento, o valor é inferior ao do mesmo período de 2019, “reflectindo o êxito do trabalho direccionado de prevenção e combate da polícia”.
Hoje Macau PolíticaJogos Nacionais | Governo espera turistas de todo o mundo As autoridades de Macau acreditam que a realização da 15.ª Edição Jogos Nacionais vai atrair para o território turistas de todo o mundo, devido à participação de alguns dos atletas mais famosos do Interior. A posição foi tomada pelo presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Ho Ion Sang. “Os eventos em Macau dos Jogos Nacionais vão reunir os atletas mais conhecidos do país. Nesta altura, o evento desportivo, aliado ao impacto da participação dos atletas de renome, vai atrair turistas de todo o mundo para virem a Macau assistir aos jogos e visitarem o território”, escreveu Pun Weng Kun. Para capitalizar o potencial turístico do evento desportivo, o Governo promete preparar uma grande campanha de promoção. “A Direcção de Serviços de Turismo irá promover o evento na sua plataforma oficial, nas redes sociais e através de vários canais dos seus parceiros”, foi prometido. “Ao mesmo tempo, será agilizada a coordenação com promotores de vários outros eventos realizados em Macau, de forma a ser adoptada uma estratégia de complementar, com acessos facilitados a outros eventos”, foi acrescentado. Pun Weng Kun considerou ainda que a organização dos Jogos Nacionais, que decorrem entre 9 a 21 de Novembro, vai permitir ao território diversificar a economia. A RAEM vai receber na 15.ª edição do evento desportivo todas as provas de ténis de mesa e de basquetebol 3×3, assim como a competição sub-18 masculina de basquetebol de cinco e o torneio de voleibol feminino.
João Santos Filipe Manchete PolíticaTaipa Grande | Governo mantém na agenda construção de túnel As Linhas de Acção Governativa indicam que a obra deve arrancar durante este ano. A deputada Ella Lei perguntou quando está previsto o início das obras e se foi estudado o impacto ambiental do projecto, mas os detalhes ficaram por esclarecer Um acesso rápido para os veículos que circulam entre a Península de Macau e o Cotai. É desta forma, em resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, que o Governo justifica a necessidade de construir um túnel de grandes dimensões que vai atravessar a colina da Taipa Grande. “O túnel da Colina da Taipa Grande e o lado norte do seu traçado farão ligação com a Ponte Macau, e o lado sul ligará a Avenida Wai Long e a Avenida do Aeroporto. Após a sua conclusão, será proporcionado um acesso rápido para os veículos que circulam entre a Península de Macau e o Cotai”, respondeu Lam Wai Hou, director dos Serviços de Obras Públicas à deputada. De acordo com à resposta à interpelação da deputada dos Operários, a construção vai evitar “a concentração de veículos” na Avenida Wai Long e na Estrada de Pac On. O responsável considera que o túnel permitirá “aliviar a pressão do trânsito nas imediações do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa e do Aeroporto Internacional de Macau e nas vias da zona do Pac On”. Na interpelação escrita, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau reconhece que o projecto é antigo e que foi apresentado há mais de 10 anos, sem ter avançado. No entanto, o início da construção foi apontado para este ano, de acordo com as Linhas de Acção Governativa mais recentes. Na resposta sobre o início das obras, Lam Wai Hou não se comprometeu com uma data, apenas indicou que os trabalhos vão ser feitos em duas fases distintas. “O túnel da Colina da Taipa Grande é uma obra de grande envergadura que atravessa a colina e cujo projecto será dividido em duas fases para efeitos de concurso e construção, estando, neste momento, a ser preparados os trabalhos relativos ao concurso”, indicou Lam. O responsável prometeu também que “em tempo oportuno” vai ser anunciada a calendarização do concurso e informações sobre o projecto. Sem resposta Ella Lei pretendia que o Governo anunciasse os resultados do estudo de impacto ambiental da obra. Nos últimos anos, os resultados dos testes de impacto ambiental da RAEM tornaram-se cada vez mais sensíveis, com o Governo a mostrar indisponibilidade para os revelar à população, como aconteceu com o aterro-lixeira denominado Ilha Ecológica. Na resposta à interpelação, Lam Wai Hou também não revelou qualquer resultado, mas indica que o Executivo vai tomar medidas para mitigar o impacto. “Os trabalhos de avaliação do impacto ambiental da empreitada do túnel da Colina da Taipa Grande foram concluídos em 2022, tendo sido efectuadas análises e avaliações em relação ao ar, ao ruído, à qualidade da água e à paisagem, bem como ao tratamento e aos impactos dos resíduos durante a execução da obra. Além disso, foi definido o respectivo plano de mitigação, tendo a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental emitido parecer-técnico sobre avaliação ambiental”, limitou-se a responder.
Andreia Sofia Silva Grande Plano MancheteÓbito | “Armandinho”, o músico que deixa saudades ao jazz local Armando Araújo, o brasileiro que escolheu Macau e a Ásia para viver e deambular pelos palcos, começou por tocar baixo, mas depressa passou para a bateria. A sua figura era uma referência para a cena do jazz local e muitos da nova geração aprenderam com ele. Armandinho morreu na madrugada de segunda-feira, depois de anos com problemas de saúde Era tão importante para os palcos locais e para a cena do jazz que lhe fizeram um concerto de homenagem em 2020. Armando Araújo, mais conhecido por “Armandinho”, morreu na madrugada de segunda-feira, com 74 anos, depois de vários anos a lidar com diversos problemas de saúde que o afastaram dos palcos. Ainda assim, de vez em quando, voltava a sentar-se atrás da bateria, apesar da visível fragilidade. O músico brasileiro veio viver para Macau nos anos 70 e percorreu vários palcos, incluindo no Japão. Foi uma das grandes presenças do Clube de Jazz de Macau que existiu na década de 90 na Rua das Alabardas, além de fazer parte dos “The Bridge”, outra banda icónica do território que actua há várias décadas. Deixa saudades a organizadores de eventos e músicos com que partilhou palcos. Quem o conheceu fala do lado genial para a música que lhe permitia tocar quase tudo, e da magia com que tocava cada nota. Rui Simões, organizador de muitos eventos de jazz e ligado à plataforma NOYB (None Of Your Business), diz ao HM que a partida de “Armandinho” constitui “uma enorme perda para Macau”. “Todas as reacções que tenho recebido são de enorme tristeza e de grande respeito por um músico que era uma referência para todos os outros. Como pessoa, tinha uma simpatia e um sorriso constante”, disse. Rui Simões esteve por detrás do concerto de homenagem ao músico e destaca “a oportunidade de recordar em palco a forma como dominava a bateria, sempre em grande cumplicidade com os restantes músicos em palco e com o público, a quem gostava de explicar tudo o que se estava a passar, sempre com uma atitude muito pedagógica”. “Armandinho” explicava “os diferentes ritmos e estilos musicais de forma muito divertida e sempre com boa disposição”, lembra. Também José Sales Marques realça o carisma de Armando Araújo ainda dos tempos do Clube de Jazz de Macau, que dirigiu, e que nos anos 90 era juntava grande parte da comunidade portuguesa, mas não só. “Foi com imensa tristeza que soube da morte de Armando Araújo. Um músico excepcional, um jazzista de excelência, cujo contributo para a afirmação do jazz em Macau jamais será esquecido”. Sales Marques salienta “a forma singular de dar vida à música, acariciando a bateria com uma mestria contida e brincando com os ritmos mais complexos da forma mais simples possível. Quem teve o privilégio de o ver tocar sabe de que estou a falar. Em nome do Jazz Club de Macau e em meu próprio apresento condolências à sua família e amigos mais próximos. A sua memória estará para sempre presente entre nós, com uma batida muito especial, enquanto ele descansa em paz.” Tocar com as estrelas Zé Eduardo, outro músico e educar incontornável na cena do jazz de Macau, retorna ao final dos anos 70 quando conheceu o baterista em Macau. “Toquei muitas vezes com o Armando, que conheci em 1979 quando fui, com o Rão Kyao ao segundo Festival de Jazz de Macau. Toquei posteriormente com ele sempre que era convidado pelos ‘The Bridge’ e no contexto de algumas visitas que fui fazendo a Macau. Era uma personagem importante da ‘cena’ musical em Macau e que deixa marca”, apontou. Quem também se recorda desse concerto longínquo, e de outros, é José Chan, companheiro na banda “The Bridge”, com a qual sempre tocou, primeiro de forma irregular, e depois permanente, a partir dos finais dos anos 90 e inícios dos anos 2000. “Ele era como um membro da família, pois já nos conhecíamos desde que cheguei a Macau, em 1988. Foi um dos primeiros músicos do Clube de Jazz de Macau e quando eles fizeram os primeiros festivais já participava, nomeadamente com Rão Kyao. Depois tocou no Japão com Lisa Ono.” Aliás, a cantora e compositora de raízes japonesas nascida no Brasil também partilhou palco com Armando Araújo. “Se ele não tivesse um certo nível [como músico], jamais o convidariam para tocar no Japão, sobretudo em clubes de renome”, frisa outro membro dos “The Bridge”, Humphrey Cheong, saxofonista. O Japão foi, aliás, o que trouxe Armando Araújo para a Ásia, onde acabou por ficar toda a vida. “O ponto de partida foi o Japão, mas ele vinha muitas vezes a Macau porque era o sítio mais perto onde se falava português. Mais tarde casou com uma senhora macaense e ficou por cá. Ele contou-me que foi convidado por músicos brasileiros para vir para a Ásia. Naquela altura ganhava-se bem como músico, no Japão e havia um grande intercâmbio cultural com o Brasil”, explicou José Chan. Um génio A doença começou a fazer parte do dia-a-dia de “Armandinho”, obrigando-o a deixar de tocar regularmente com os “The Bridge” a partir de 2017. “Depois só tocava connosco quando se sentia bem e podia, nomeadamente no LMA (Live Music Association)”, disse José Chan, recordando que estas experiências permitiam o contacto com as gerações mais novas. “Ele podia tocar qualquer coisa. Era baterista, mas inicialmente até começou por ser baixista. Também cantava e tocava guitarra. Era um bom músico e vai-nos fazer muita falta, mas a vida é mesmo assim”, frisou José Chan. Humphrey Cheong não tem dúvidas em denominá-lo como “uma espécie de génio”, pois “podia tocar qualquer coisa”. “Há cerca de dez anos, quando o ‘Armandinho’ ainda estava em melhor forma, aconteceu um episódio interessante. Um músico profissional que veio a Macau sem a sua banda habitual viu-se ‘forçado’ a tocar com músicos locais. Depois do concerto perguntou o que Armando fazia profissionalmente, e disse que estava interessado em tocar com ele de forma regular, levando-o em digressão. Ele estava nesse patamar de profissionalismo.” A união é outro dos pontos que o saxofonista dos “The Bridge” destaca da passagem de “Armandinho” pela banda. “Quando tocávamos juntos, independentemente do que tinha acontecido no passado, ele comunicava com todos e juntava-nos mesmo que estivéssemos a tocar as nossas partes a solo. Conseguia captar o melhor de nós quando tocávamos juntos, com o seu estilo forte, muito próprio.” Mars Lei, músico e presidente da Associação de Promoção do Jazz de Macau, destaca que as gerações mais novas “podem não ter muitas memórias dele, por ser mesmo de outra geração mais antiga”. “Mas no meu caso, que vivi a cena musical de Macau nos anos 90, recordo-me bem de vê-lo tocar. Foi uma grande influência para mim, na ligação com o jazz. Mesmo depois da transição, íamo-nos cruzando em vários locais e concertos, mas nunca tivemos a oportunidade de tocar juntos. Ele era uma espécie de referência para todos nós.” Terminadas todas as notas, fica a lembrança. “Claro que é uma pena a partida dele, mas poderemos sempre lembrá-lo. Mesmo que os ‘The Bridge’ deixem de tocar com ele, a verdade é que esta ligação ficou para sempre”, rematou Humphrey Cheong.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara “projétil não-identificado”, confirma exército sul-coreano A Coreia do Norte disparou um “projétil não-identificado”, anunciou hoje o Exército sul-coreano, algumas horas depois de Pyongyang ter informado o Japão de que estava a preparar o lançamento de um novo satélite espião. “A Coreia do Norte disparou um projétil não-identificado para sul”, sobre o mar Amarelo, indicou o Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, depois de Seul, Pequim e Tóquio terem concluído a sua primeira cimeira trilateral desde 2019. Segundo Seul, “muitos fragmentos de projétil” foram encontrados no mar, após o disparo de Pyongyang. Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detetado pela primeira vez às 22:44 locais o rasto do projétil lançado da zona de Tongchang-ri – no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae – em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo). “O projétil foi detetado como um grande aglomerado de fragmentos à superfície das águas norte-coreanas por volta das 22:46 (14:46 de Lisboa), e as autoridades da República da Coreia (nome oficial do Sul) e dos Estados Unidos estão a proceder a uma análise detalhada para determinar se o voo foi normal”, acrescenta o texto. Dado que a primeira deteção do rasto do projétil tem apenas dois minutos de diferença em relação à segunda, sob a forma de fragmentos, acredita-se que este explodiu pouco depois da descolagem e que a Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na primavera e no verão de 2023. Em novembro, Pyongyang conseguiu finalmente lançar com êxito o foguetão e colocar em órbita o seu primeiro satélite espião, o Malligyong-1. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse numa conferência de imprensa que o projétil “desapareceu [do radar)] em pleno voo sobre o mar Amarelo”. “Por isso, acreditamos que não atingiu a órbita terrestre”, acrescentou. O sistema de alerta japonês para a população foi inicialmente ativado em Okinawa (sudoeste do país) após ter detetado e calculado a trajetória do projétil, mas foi desativado minutos depois, uma vez que este “nunca sobrevoou a área designada”, disse uma fonte governamental japonesa à agência noticiosa Kyodo. Por sua vez, a televisão japonesa NHK difundiu imagens aparentemente captadas a partir da fronteira chinesa com a Coreia do Norte (a base de Sohae fica cerca de 50 quilómetros a sul da cidade chinesa de Dandong) que mostram, no céu noturno, uma combustão com um padrão irregular primeiro e depois o que parece ser uma deflagração. Pyongyang notificou hoje a guarda costeira japonesa de uma janela de lançamento entre hoje, segunda-feira, e o próximo dia 03 de junho para colocar em órbita um novo satélite espião. A Coreia do Norte afirmou no início deste ano que iria lançar mais três satélites espiões “Malligyong” até 2024. Para o êxito do lançamento de novembro, acredita-se que tenha sido fundamental a ajuda da Rússia, que foi muito reforçada depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, terem realizado uma cimeira, em setembro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim quer problemas resolvidos pelos países da região O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da China Deng Li afirmou ontem que os problemas no Médio Oriente “devem ser resolvidos pelos países e povos da região” através do “diálogo”. Deng sublinhou que a China “sempre esteve envolvida nos esforços para promover a paz na região”, numa conferência de imprensa para discutir a 10ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação China – Estados Árabes, que se realiza em Pequim, na quinta-feira. O responsável rejeitou a ideia de que o país asiático, que aumentou o seu envolvimento diplomático na região nos últimos anos, esteja a tirar partido de “um vazio deixado pelos Estados Unidos” no Médio Oriente. O vice-ministro salientou que, perante a escalada de conflitos, como o surto de violência em Gaza, a China, enquanto “país responsável”, sente “a necessidade de contribuir para a paz regional e assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mitigação da crise humanitária”. “Chegou o momento de a comunidade internacional agir com sentido de justiça e bem comum para fazer algo pela paz no Médio Oriente”, afirmou Deng, acrescentando que a China deve “esforçar-se por fazer algo para pôr fim a este conflito”. “Esta é a razão fundamental que está por detrás do recente aumento da actividade diplomática da China no Médio Oriente. O nosso objectivo é a humanidade, a justiça, a estabilidade e a paz na região”, concluiu Deng Li. Papel moderador A conferência ministerial de quinta-feira contará com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, do Rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El Sisi, do Presidente da Tunísia, Kais Saied, e do Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan, para além de outros funcionários de menor escalão. Uma das questões que deve ser debatida durante a reunião é o conflito em Gaza, relativamente ao qual Pequim tem apelado nos últimos meses a “todos os esforços possíveis para proteger os civis e evitar uma catástrofe humanitária ainda maior”. A China também manifestou o seu apoio à “solução dos dois Estados” e os seus funcionários realizaram numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz. Nos últimos anos, a China tem também desempenhado um papel de mediação na região: representantes do grupo islâmico Hamas e do movimento Fatah reuniram-se recentemente em Pequim “para um diálogo profundo e sincero” sobre a reconciliação palestiniana. No ano passado, a China mediou um acordo entre o Irão e a Arábia Saudita para o restabelecimento de relações diplomáticas.
David Chan Macau Visto de Hong Kong Vozes520 – Amo-te, sequela Os caracteres chineses e o alfabeto latino têm uma natureza significativamente diferente. Os caracteres chineses são principalmente “ideográficos”. Evoluíram de hieroglifos que, na antiguidade, expressavam acontecimentos para os actuais caracteres usados na China. Quando vemos “ideogramas”, compreendemos o seu significado, mas não temos indicação da pronúncia das palavras. O alfabeto latino funciona de forma oposta; contém “caracteres fonéticos”. Quando vemos uma palavra escrita sabemos logo como se pronuncia, mas podemos não compreender o seu significado. O artigo de hoje gira em torno da palavra “色”. Esta palavra é muito rica em significados; pode querer dizer “cor” ou “luxúria”. Quando aplicado a “luxúria” significa que estamos perante uma pessoa lasciva. A semana passada falámos sobre o “Dia de São Valentim em Rede – 520”, e o artigo de hoje é uma sequela do anterior. Recentemente, circularam na Internet três notícias, todas relacionadas com a “luxúria”. A primeira notícia relatava o caso de uma mulher casada que se envolveu com um homem no dia 20 de Maio. Depois de o marido descobrir, apunhalou o homem na cabeça com uma faca, mas felizmente o ferimento não foi fatal. Depois de o vídeo circular na Internet, os internautas citaram um ditado antigo para descrever o incidente- “a palavra sexo tem uma faca na cabeça.” (色字頭上一把刀) No ideograma, a parte superior do caracter “色” é semelhante ao caracter “刀”. Este ditado antigo usa esta fonte para alertar as pessoas contra a luxúria”. A segunda notícia conta o caso de um marido que apanhou a mulher na cama com o amante. O marido fotografou a cena, fez um cartaz com a imagem e divulgou-o no dia 20 de Maio. Depois do incidente, o amante foi suspenso enquanto se procediam a investigações. Consta que a esposa é professora do ensino básico e que ela e o amante são colegas. A terceira notícia conta o caso de uma mulher que se pôs à porta da Faculdade onde o marido trabalha exibindo uma faixa onde se lia que ela era a esposa legítima e que tinha descoberto que o marido tinha uma amante. A amante era uma jovem estudante. As palavras da faixa são gritantes: “Uma certa aluna de uma determinada faculdade quer seduzir um homem casado.” Como foi mencionado no artigo anterior, o Dia de São Valentim em Rede 520 é um dia para comemorar com a pessoa que se ama. Devemos aproveitar esta oportunidade para expressar carinho e amor verdadeiro pelos nossos companheiros. Por causa das vidas de hoje em dia serem muito ocupadas e rotineiras, é fácil que aos poucos o amor, que foi construído com muita dedicação, vá esmorecendo e torna-se difícil voltar a fortalecê-lo. 520 é uma oportunidade para os namorados voltarem a expressar o seu amor um pelo outro e dizerem “Amo-te”. No entanto, num dia tão bonito como o 20 de Maio, as três notícias acima citadas foram divulgadas, o que é verdadeiramente triste e frustrante. Este género de notícias só nos pode levar a interrogarmo-nos, porque é que as pessoas envolvidas não se divorciam simplesmente? Em vez disso, porque é que têm deliberadamente comportamentos que vão destruir as suas famílias? As atitudes não só magoam os seus parceiros, como também afectam os filhos, e é muito provável que os danos infligidos às crianças venham a ser irreparáveis e se façam sentir por toda a vida. Existem muitas formas de manter uma família, mas são sempre inseparáveis da palavra «amor». O amor da família tem várias componentes. Inclui o amor entre marido e a mulher, o amor dos pais pelos filhos, o amor das crianças pelos pais, etc. A família é um lugar de emoções, não da razão. A esposa olha para o marido com carinho, dando a entender que quer receber o ramo de flores comemorativo do 520. A filha age de forma sedutora com a mãe e o filho quer que o pai se sinta recompensado com os resultados do seu exame. Estes são os sentimentos calorosos de amor no seio de uma família, não a frieza das regras e dos princípios. Além do amor, os membros da família devem confiar e cuidar uns dos outros. Sem estes factores, a família perderá o calor e a harmonia. Se só houver indiferença, discussões, ou mesmo ódio, ninguém vai querer fazer parte dessa família. As três notícias mencionadas no artigo de hoje não são raras na sociedade em que vivemos. Mas ainda assim devemos prestar-lhes atenção, como um alerta para darmos o nosso melhor e evitarmos que situações semelhantes venham a ocorrer. A construção de uma boa família não se faz em pouco tempo, mas sim todos os dias. Só construindo, gerindo, protegendo e mantendo o amor, em conjunto com todos os membros da família, a felicidade se pode instalar. Espero que estas notícias negativas vão diminuindo gradualmente ou mesmo que desapareçam da nossa sociedade. Espero que todos possam amar os seus companheiros do fundo do coração e que sejam cuidadosos e sinceros com as suas famílias. Espero também que todos os membros das famílias possam viver em harmonia amando-se uns aos outros. Este será o orgulho de todos e a maior motivação para o trabalho. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Escola de Ciências de Gestão da Universidade Politécnica de Macau Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
Hoje Macau EventosDia da Criança | IPOR celebra efeméride com peça de teatro O Instituto Português do Oriente (IPOR) acolhe, no próximo dia 1 de Junho, a peça de teatro infantil “Era uma vez (outra vez)”, encenada pela companhia de teatro ETCeterera, que virá a Macau de propósito para este espectáculo. Segundo um comunicado do IPOR, a peça aborda “o imaginário dos irmãos Grimm e na relação entre dois irmãos que estão de férias numa aldeia sem acesso a novas tecnologias e, não sendo propriamente os melhores amigos, terão que conviver um com o outro para passar o tempo”. Desta forma, “os irmãos vão transformar os utensílios do dia-a-dia em marionetas para se divertirem e passar o tempo, acabando por descobrir que a amizade e o convívio são mais importantes do que as diferenças que os separam”. A ETCetera é uma associação artística, criada e sediada em Vila Nova de Gaia e que tem vindo a trabalhar o teatro com actores profissionais, cujo trabalho assenta sob o lema “Teatro para Todos”. A companhia diz querer “proporcionar diferentes momentos teatrais a todo o tipo de grupo, género e idades”, bem como “experiências artísticas que não só se reflectem no crescimento enquanto alunos, mas também enquanto indivíduos ligados à arte tendo em conta que oferecemos o teatro como veículo de cultura e simultaneamente educação”.
Hoje Macau EventosHumarish Club | Primeira exposição de Geng Defa em Macau A galeria Humarish Club, no Lisboeta Macau, acolhe até 28 de Junho a exposição “All Things Bloom”, de Geng Defa, artista contemporâneo emergente que, pela primeira vez, expõe no território. Segundo um comunicado da organização, a mostra inclui 15 esculturas pintadas à mão e ainda 19 pinturas a óleo. A mostra é apresentada em Macau em colaboração com a galeria de arte chinesa JINSE. Geng Defa é “um jovem artista imbuído de idealismo poético, cujas obras exalam uma fantasia surrealista romântica que transcende o mundo real”, descreve a organização do evento, que considera que as suas obras de arte “possuem uma qualidade curativa”, oferecendo “uma ‘habitação poética’ que permite ao público experimentar a vastidão do universo e o vazio da vida, captando também a essência do conceito Zen na filosofia chinesa”. Os trabalhos de Geng Defa expressam ainda “uma energia explosiva e rápida que parece romper barreiras, construindo uma força externa depois de se libertar de constrangimentos”. O artista revela “um profundo respeito pelos atributos espirituais da natureza, da sociedade e da humanidade”. Nascido em Lanling, província de Shandong, em 1986, Geng Defa é artista e docente. Doutorado, em 2020, pela Academia de Belas Artes de Xangai, ligada à Universidade de Xangai, Geng Defa é ainda membro da Associação de Artistas Chineses, membro da Sociedade Chinesa de Pintura a Óleo e director da Sociedade de Pintura a Óleo de Chongqing. Já realizou dezenas de exposições, sobretudo na China, sendo que as suas obras são também reveladas em diversos museus e galerias.
Hoje Macau Eventos10 de Junho | Lançado livro de J.J. Monteiro sobre “Vulgaridades Chinesas” Será lançado no próximo dia 7 um novo livro de José Joaquim Monteiro, também conhecido por J.J. Monteiro. Já falecido, o autor, ou “poeta-soldado”, deixou muitos escritos por publicar, como é o caso de “Vulgaridades Chinesas”, apresentado agora no âmbito do cartaz de comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas Será publicado, a título póstumo, mais uma obra de José Joaquim Monteiro, também conhecido pelo nome de J.J. Monteiro ou como “poeta-soldado”. A apresentação de “Vulgaridades Chinesas”, obra nunca antes publicada do autor português que faleceu em Macau em 1988, decorre no próximo dia 7, às 18h30, no auditório do Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. Este lançamento está integrado no cartaz das comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas e contará com a presença de Jorge Rangel, presidente do Instituto Internacional de Macau (IIM), que apoia a edição, do professor António Aresta e do filho mais novo do autor, José Joaquim Monteiro Júnior. O livro, editado em português e cuja edição tem também o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC), é, segundo um comunicado, “uma narrativa, em versos populares, sobre a única viagem de J. J. Monteiro ao interior e sul do País do Meio [China], atravessando pela sua primeira vez as Portas do Cerco”. Na obra, descrevem-se também “a ‘praxis’ em Macau, as máximas confucianas, as adivinhas, provérbios e rifões do Monsenhor André Ngan [sacerdote], dos tropos de Luís Gonzaga Gomes [escritor, sinólogo e tradutor], e as várias gírias e alguns calões no dialecto cantonense”. J.J. Monteiro faleceu sem ver muitos dos seus escritos editados em livro, iniciativa que tem vindo a ser realizada pelos seus descendentes nos últimos anos. “Vulgaridades Chinesas” é, assim, mais uma obra que entra para o rol das edições póstumas. No prefácio, assinado por Jorge Rangel, descreve-se que “o IIM deu prioridade à publicação das obras inéditas de J. J. Monteiro, tarefa que contou sempre com a empenhada e qualificada colaboração dos seus filhos e netos”. Para Rangel, trata-se de um “contributo seguro e decisivo para uma mais ampla difusão da sua invulgar obra”. O presidente do IIM diz ainda no prefácio concordar com as palavras de António Aresta que, no primeiro volume de “Figuras de Jade – Os Portugueses no Extremo Oriente”, apontou que “omitir ou rasurar José Joaquim Monteiro da literatura de Macau seria uma injustiça e um enorme empobrecimento estético”. Anedotas e afins J.J. Monteiro nasceu pobre em Tabuaço, Viseu, em 1913, tendo vindo para Macau cumprir o serviço militar, onde casou e formou família e acabou por se dedicar às letras, apesar da pouca instrução escolar que possuía. Nos livros que deixou abordou sobretudo a gastronomia local, o patuá, os modos de vida da comunidade chinesa e tantas outras particularidades de Macau como terra multicultural que sempre acolheu portugueses, chineses e macaenses. Falecido em 1988, já não assistiu ao lançamento de “Anedotas, Contos e Lendas”, lançado em 1989; os dois volumes de “Meio Século em Macau”, em 2010, e “Memórias do Romanceiro de Macau”, em 2013. Todas estas edições têm sido fomentadas e apoiadas pelos seis filhos. O padre Benjamin Videira Pires, figura histórica do clero local, ligado à imprensa religiosa, e autor do prefácio da obra “Macau Vista por Dentro”, chegou a desafiar J.J. Monteiro, em 1984, a escrever um livro apenas sobre anedotas, “por saber que possuía uma colecção inédita de anedotas que encheriam um almanaque”. Assim nasceu a obra editada em 1989, onde o autor, “por desconhecimento da língua chinesa, baseou-se em informações por um dos seus filhos que se dedicou nesta obra, particularmente no que diz respeito aos calões e gírias”. O comunicado do IIM destaca que “Macau Vista por Dentro” é a “obra magna” de J.J. Monteiro, pois revela “um visível amadurecimento e conhecimento profundo das origens e do percurso dos portugueses no Oriente, assim como aspectos relevantes da cultura da China milenar”.
Hoje Macau China / ÁsiaSamsung | China assegura que vai estar sempre aberta às empresas estrangeiras O primeiro-ministro chinês afirmou que a China estará sempre aberta às empresas estrangeiras e comprometeu-se a tomar medidas para aumentar a confiança na segunda maior economia do mundo, informou ontem a imprensa estatal. Li Qiang fez estes comentários no domingo, durante um encontro com Lee Jae-yong, presidente da Samsung Electronics, na véspera da cimeira trilateral entre a Coreia do Sul, China e Japão. O gigante mundial da produção de semicondutores e telemóveis, que é uma das maiores empresas estrangeiras na China, investiu milhares de milhões de dólares em instalações para produzir ‘chips’ e produtos electrónicos. “As empresas estrangeiras são essenciais para o desenvolvimento da China e o mega-mercado chinês estará sempre aberto às empresas estrangeiras”, afirmou Li, durante a reunião com o director da Samsung, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. “Pequim vai adoptar medidas como a expansão do acesso ao mercado para melhorar o ambiente empresarial, de modo a que as empresas estrangeiras possam ter confiança no seu investimento e desenvolvimento na China”, acrescentou. “A China dá as boas-vindas às empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung, para que continuem a desenvolver o seu investimento e cooperação na China”, vincou. A Câmara de Comércio da União Europeia na China declarou recentemente que os seus membros enfrentam dificuldades no país, nomeadamente em termos de acesso ao mercado e de barreiras regulamentares. A Samsung é uma das poucas empresas capazes de produzir ‘chips’ semicondutores avançados, componentes essenciais na produção de alta tecnologia, incluindo inteligência artificial, mas que têm também aplicações militares.
Hoje Macau China / ÁsiaRedes sociais | Contas de influenciadores encerradas por ostentação Várias redes sociais chinesas encerraram e bloquearam contas de influenciadores conhecidos por “ostentarem a sua riqueza”, incluindo Wang Hongquan, uma celebridade que ganhou a alcunha de “Kim Kardashian da China” pelo seu estilo de vida luxuoso. Wang Hongquan tinha acumulado mais de 4,3 milhões de seguidores no Douyin, a versão chinesa do TikTok, que está bloqueado na China, desde Abril passado. Numa declaração recente, Wang, de 30 anos, disse que não sai de casa “sem levar uma quantia de oito dígitos em dinheiro”. É também conhecido pela sua tendência para adquirir várias propriedades e veículos de luxo, como Rolls-Royces, algo que as plataformas estão agora a tentar erradicar ao abrigo das orientações oficiais que pretendem evitar a “extravagância”. Outros influenciadores igualmente conhecidos por exibirem a sua riqueza também desapareceram das plataformas. Em Abril, a rede social Weibo anunciou que ia combater os conteúdos que promovem “valores negativos” como o “esbanjamento e a ostentação”. Outras redes, como a plataforma de vídeo Bilibili e a aplicação de vídeos curtos Kuaishou, também anunciaram medidas semelhantes. Em Dezembro, o Gabinete da Comissão Central para os Assuntos do Ciberespaço lançou uma campanha de um mês contra “informações falsas”, “conteúdos inadequados” e “valores errados” no sector de difusão de vídeos curtos. O regulador chinês da Internet visou então comportamentos como a “criação de esquemas para ajudar grupos desfavorecidos” para “explorar a solidariedade do público”, “ostentação de riqueza”, “culto do materialismo” e “indulgência no luxo”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Tóquio e Pequim concordam em retomar as cimeiras trilaterais “numa base regular” A Coreia do Sul, o Japão e a China manifestaram ontem o desejo de retomar as suas cimeiras trilaterais “de forma regular e ininterrupta”, num comunicado conjunto emitido no final de uma reunião em Seul. “Reiteramos que a promoção da institucionalização da cooperação trilateral reforça as respectivas relações bilaterais e promove a paz, a estabilidade e a prosperidade na região do nordeste asiático, e ajuda a promover um mundo em que os países, grandes ou pequenos, podem beneficiar universalmente”, lê-se no documento, emitido após o encontro entre o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e os primeiros-ministros japonês e chinês, Fumio Kishida e Li Qiang, respectivamente. Os três países realizaram as suas primeiras cimeiras anuais entre 2008 e 2012, mas as divergências entre Seul e Tóquio sobre as consequências do domínio colonial do Japão na península coreana fizeram com que as reuniões começassem a ser convocadas de forma intermitente. Desde que Yoon chegou ao poder, em 2022, juntamente com Kishida têm procurado resolver estas divergências, a par de um reforço da cooperação militar dos dois países com o seu parceiro tradicional, os Estados Unidos. Boa vizinhança Os três países sublinharam ontem que esta nona cimeira trilateral em Seul “tem um significado importante para revitalizar a cooperação trilateral”, segundo o comunicado, que acrescenta que “serão realizadas conversações para acelerar as negociações de um acordo de comércio livre (ACL) trilateral”, como Kishida já tinha dito numa conferência de imprensa. Os três vizinhos decidiram estabelecer projectos de cooperação em seis áreas-chave: intercâmbios humanos, desenvolvimento sustentável, cooperação económica e comercial, saúde pública e envelhecimento da sociedade, ciência e tecnologia e segurança e assistência em caso de catástrofe. “Estamos a esforçar-nos por aumentar o número de intercâmbios humanos entre os três países para 40 milhões até 2030, promovendo intercâmbios em áreas como a cultura, o turismo e a educação”, explicou o documento. As duas áreas que aparentemente produziram os resultados mais tangíveis em termos de cooperação após a cimeira de ontem foram a propriedade intelectual e as “futuras pandemias”, uma vez que foram assinados dois memorandos separados a este respeito.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Refutadas alegações sobre abundância de capacidade após declaração do G7 O artigo publicado no Diário do Povo surge em resposta às recentes preocupações manifestadas pelos ministros das finanças do G7. Pequim acusa Washington de querer suprimir as indústrias de outros países O Partido Comunista Chinês rejeitou ontem as alegações dos Estados Unidos de que a China está a exportar o seu excesso de capacidade industrial, acusando Washington de tentar conter a ascensão do país. Num artigo difundido pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, Jin Ruiting, investigador da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planificação económica da China, negou que exista um problema de excesso de capacidade de produção. Jin defendeu que a taxa de utilização da capacidade da indústria de novas energias da China era superior à de outros países e que, em termos globais, a capacidade de produção estava muito aquém da procura do mercado. O artigo foi publicado um dia depois de os chefes das finanças dos países membros do G7 terem manifestado a sua preocupação com as “políticas e práticas não comerciais” da China, que prejudicam “os nossos trabalhadores, as nossas indústrias e a nossa capacidade de resistência económica”. Os responsáveis afirmaram que continuariam a monitorizar os potenciais impactos negativos do excesso de capacidade e que considerariam a possibilidade de tomar medidas para garantir condições equitativas, em conformidade com os princípios da Organização Mundial do Comércio. Em causa, está o domínio da China nos sectores dos veículos eléctricos, painéis solares e baterias de nova energia. O país asiático concentra 80 por cento da produção global de baterias e representou, em 2023, três quartos do investimento na produção de todas as tecnologias limpas, segundo dados da Agência Internacional da Energia. Desde que o sector automóvel, que é particularmente sensível para a Europa, passou também a constar nos planos quinquenais delineados pelo Partido Comunista, há cerca de dez anos, foram criadas centenas de marcas de veículos eléctricos no país. A União Europeia está a conduzir investigações sobre os subsídios atribuídos pelo Estado aos fabricantes chineses de carros eléctricos e de turbinas eólicas. As acusações de “sobrecapacidade” nas indústrias da China são a “táctica habitual” dos Estados Unidos para “suprimir as indústrias de outros países”, disse Jin, afirmando que Washington é motivado pelo seu “pensamento hegemónico”. “A China tem fornecido produtos verdes de alta qualidade e a preços acessíveis para países de todo o mundo e tem contribuído muito para a transformação global verde e de baixo carbono”, afirmou. Jin também argumentou que a indústria de novas energias da China alcançou a sua posição através de uma inovação tecnológica rápida e contínua num mercado competitivo. “A indústria de novas energias da China obteve as suas vantagens através de competências reais”, afirmou, acrescentando que a produção chinesa abrangeu uma série de categorias e toda a cadeia industrial. Segundas intenções A Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que participou na reunião do G7 em Itália, levantou a questão do excesso de capacidade junto dos responsáveis chineses durante uma viagem à China no início do mês passado. A administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou também que vai impor taxas alfandegárias punitivas sobre mais de uma dúzia de produtos chineses, incluindo veículos eléctricos. A China afirmou que o argumento do excesso de capacidade levantado pelos políticos norte-americanos é “claramente motivado politicamente” e destinado a “manchar e suprimir a economia chinesa”. Na semana passada, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, foi questionado sobre a agenda do G7 relativa ao excesso de capacidade, afirmando que as discussões são “diametralmente opostas aos factos e às leis da economia e são puro proteccionismo”. Wang Wenbin afirmou que a “sobrecapacidade é apenas um pretexto para os EUA tentarem coagir os membros do G7 a “criar vedações e restrições aos novos produtos energéticos chineses”.
Hoje Macau SociedadeBurla | Mulher isolada 15 dias em hotel perde 1,7 milhões de patacas A vítima de uma burla foi dada como desaparecida, depois de se ter trancado durante vários dias num hotel, a pedido dos burlões, que se fizeram passar pelas autoridades do Interior. O caso foi revelado ontem, citado pelo Jornal Ou Mun. A mulher em questão perdeu cerca de 1,7 milhões de patacas. Apesar de as autoridades apenas terem revelado ontem a existência deste caso, a vítima terá sido encontrada no dia 18 deste mês, depois de ter estado incontactável durante mais de 15 dias. O alerta para o desaparecimento da mulher tinha sido dado a 3 de Março pela família, que, desde esse dia, não sabia do paradeiro da vítima nem a conseguia contactar. A mulher foi encontrada num hotel do Norte da cidade, onde pensava estar a aguardar pelo desfecho de uma investigação policial no Interior. Foi esta a história que burlões lhe terão contado e na qual ela acreditou. Segundo a PJ, no início do mês, a mulher foi contactada por uma rede criminosa de burlas que a informou que estava a ser alvo de uma investigação no Interior. Como parte dos procedimentos, a mulher foi instruída a disponibilizar os dados da sua conta bancária, para pagar os custos da investigação. A vítima obedeceu e acabou por perder 1,7 milhões de patacas. No entanto, os burlões também lhe disseram que como parte da investigação tinha de ir para um hotel, sem poder contactar ninguém. A mulher obedeceu a este pedido. Além disso, os burlões ainda pediram à vítima que tentasse pedir emprestadas mais 400 mil patacas, para supostamente continuar a financiar a investigação. A mulher tentou fazer um empréstimo online, mas foi salva pelas autoridades, que a encontraram antes de transferir o dinheiro. Até ontem, não tinha havido qualquer detenção relacionada com o caso que continua sob investigação.
João Santos Filipe Manchete SociedadePJ | Anunciada detenção de grupo que fazia batota em casinos Entre os oito residentes detidos, constam empregados dos casinos, como os responsáveis pelas mesas de jogo e croupiers, que permitiram que os crimes tivessem lugar. Segundo a PJ, a acção do grupo causou perdas de pelo menos 4,54 milhões de patacas a um casino no Cotai Oito residentes foram detidos por alegadamente terem montado um esquema de batota que prejudicou um casino em cerca de 4,54 milhões de patacas. A informação foi divulgada ontem pela Polícia Judiciária (PJ), citada pelo canal chinês da Rádio Macau, e implica trabalhadores do casino vítima do crime. Segundo as informações partilhadas pelas autoridades, o grupo criminoso é suspeito de ter recrutado trabalhadores de um casino para modificarem as cartas de jogo nas mesas de póquer. Ao alterarem as cartas, os trabalhadores conseguiam fazer com que as cartas fossem tiradas do baralho de acordo com o esperado pelos criminosos, o que lhes permitia não só ganhar os jogos, mas também fazerem apostas com valor elevado, que não fariam se não soubessem qual ia ser o desfecho do jogo. Foi através deste esquema que o grupo conseguiu ganhar 4,54 milhões de patacas. O casino onde os alegados crimes aconteceram fica situado no Cotai, embora, como acontece nestas situações, a identidade do espaço não tivesse sido revelada. A investigação da PJ ao caso começou na passada quinta-feira, quando a segurança do casino alertou as autoridades, depois de ter verificado que um dos trabalhadores, que estava de serviço, tirou parte das cartas de um baralho e as entregou aos outros membros do grupo. Trabalhadores envolvidos Com base na investigação, a polícia procedeu à detenção de oitos residentes, com idades entre os 33 anos e 42 anos, em diferentes áreas do território. O grupo de detidos é constituído por membros de ambos os sexos. Segundo a PJ, nem todos os detidos concordaram em prestar a sua versão dos acontecimentos, permanecendo alguns em silêncio. A versão oficial reconhece que haverá indícios de os crimes terem sido cometidos em duas alturas diferentes, no final de Março e no início de Maio. Aos trabalhadores do espaço que concordassem cooperar com o grupo criminoso eram prometidos ganhos de pelo menos 170 mil patacas, mas que poderiam chegar às 500 mil patacas. Entre os detidos, cinco eram croupiers ou gestores das mesas de jogo onde eram feitas as apostas. Em relação aos restantes três detidos, as autoridades acreditam que eram os responsáveis pela rede criminosa e os cabecilhas por detrás dos crimes. Apesar da detenção das oito pessoas, a PJ não afasta a possibilidade de haver mais elementos envolvidos que não foram identificados.
Hoje Macau SociedadeConvenções | Mais 31,2% de eventos até Março Nos primeiros três meses deste ano, foram realizados 307 eventos de convenções e exposições, mais 73 eventos em termos anuais, total que representou um aumento de 31,2 por cento face ao mesmo período de 2023. Segundo um comunicado emitido ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no primeiro trimestre do ano “as receitas dos ramos de actividade económica não-jogo de Macau provenientes dos eventos de convenções e exposições atingiram aproximadamente 900 milhões de patacas no primeiro trimestre de 2024. Este valor é 50 por cento superior ao registado no ano passado, “graças essencialmente ao acréscimo das despesas efectuadas em Macau pelos visitantes que participaram nas convenções e exposições”, indica a DSEC. Por segmentos, os serviços de estatísticas apontam que no primeiro trimestre realizaram-se 289 reuniões e conferências, mais 30,2 por cento em termos anuais, com os participantes a aumentaram 39,1 por cento para 34 mil. As reuniões e conferências com menos de 50 participantes representaram 50,5 por cento do total deste tipo de eventos. Porém, as reuniões e conferências de grande dimensão, com mais de 200 participantes, foram as que registaram o maior crescimento em termos anuais, com um aumento de 58,6 por cento. A DSEC salienta que entre os temas das convenções e exposições realizados nos primeiros três meses do ano “comércio e gestão” foi o tema mais concorrido, com 127 eventos que representaram mais de 40 por cento do total. Os eventos sobre finanças, tecnologia informática e saúde representaram 12,7, 11,7 e 8,5 por cento do total, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Dez mortos em acidentes de trabalho em 2023 No ano passado, um total de 5.293 pessoas sofreram ferimentos por acidentes de trabalho, das quais 10 acabaram por morrer, indicou a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), acrescentando que “uma em cada dez sucumbiu por suspeita de ter sido relacionada com a violação das normas de segurança e saúde ocupacional”. A DSAL sublinhou que todos os casos de morte são remetidos aos órgãos judiciais para verificação da existência de acidente de trabalho, e que as próprias estatísticas são rectificados com bases nos resultados de sentenças judiciais. As três principais causas de morte são “quedas (25,1 por cento), entalamento, perfuração ou corte (20,1 por cento) e esforços excessivos ou torções (16 por cento). Com o objectivo de fiscalizar a situação da segurança e saúde ocupacional, a DSAL realizou no ano passado 3.794 inspecções a locais como estaleiros de obras de construção civil, estabelecimentos industriais e comerciais. Estas “visitas” resultaram em 447 recomendações de melhoria e 82 desses casos com condições de insegurança foram aplicados com sanções. Ao longo de 2023, a DSAL realizou 591 palestras sobre segurança e saúde ocupacional, que contaram com a participação de 19.171 pessoas.
João Luz Manchete SociedadeDST | Lançada campanha de charme na Coreia do Sul O Governo começa na quinta-feira uma campanha promocional na Coreia do Sul para atrair turistas. Passados 10 meses, os Serviços de Turismo estão de volta ao país que regressou este ano ao topo do pódio dos maiores mercados de visitantes internacionais de Macau A partir da próxima quinta-feira, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) dá início a uma campanha de promoção turística na capital da Coreia do Sul, que irá durar quatro dias. Cerca de 10 meses depois da primeira promoção de rua após a pandemia em Seul, a DST volta a lançar uma campanha de charme destinada a seduzir turistas sul-coreanos. Entre quinta-feira e domingo, a campanha “Sentir Macau” irá “invadir” o complexo comercial Shinsegae, localizado na zona nobre da capital sul coreana, Gangnam. O objectivo é “atrair visitantes com elevado poder de compra”. Como tal, a DST especifica que “a média diária do fluxo de pessoas no Shinsegae aos fins-de-semana é de mais de 800 mil pessoas, e o valor de vendas em 2023 foi superior a 2.3 mil milhões de dólares americanos”, valores que fazem com que o Shinsegae seja o maior complexo comercial da Coreia e o terceiro maior do mundo ao nível da facturação. Além da DST, a campanha irá contar com stands da Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Guangdong-Macau em Hengqin e as seis concessionárias de jogo “para divulgar as ofertas e novas infra-estruturas turísticas de Macau e Hengqin”. Antes do início da campanha, a DST organiza amanhã um seminário promocional sobre produtos de “turismo + convenções e exposições” de Macau com bolsa de contactos para operadores turísticos sul-coreanos e da RAEM, com o objectivo de divulgar ao público e profissionais de turismo coreanos os pontos fortes do turismo de Macau. Amigos com cacau A DST adaptou a campanha ao público sul-coreano, nomeadamente através de colaborações com a plataformas online populares no país, com a aplicação móvel de pagamentos Kakao Pay e a plataforma de emoticons e bonecos Kakao Friends, introduzindo personagens com características de Macau. Foi também estabelecida uma cooperação com “a maior plataforma coreana de reservas de viagens online Good Choice”, com jogos interactivos e descontos na compra de produtos turísticos de Macau, “incluindo bilhetes de avião de voos da Air Macau, Cathay Pacific, Korean Air, Jin Air, Jeju Air e Air Busan”. O Governo realça também que este ano a Coreia do Sul voltou a ocupar o primeiro lugar entre os dez maiores mercados de visitantes internacionais de Macau. De acordo com dados preliminares, até 21 de Maio deste ano, mais de 192 mil turistas sul-coreanos visitaram Macau, volume que atingiu 93,9 por cento de todo o ano passado e que representou uma recuperação de 52 por cento face aos níveis de 2019.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Governo assina acordo com associação local Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) assinaram na última quinta-feira um acordo de cooperação com a Associação Chinesa dos Profissionais de Medicina de Macau, que visa “promover a cooperação a longo prazo na área da educação médica contínua entre o Interior da China e Macau”, destaca um comunicado dos SSM. O acordo tem por nome “Memorando de Cooperação sobre a Educação Médica Contínua entre a Associação Chinesa dos Profissionais de Medicina de Macau e os Serviços de Saúde da Região Administrativa Especial de Macau”. Alvis Lo, director dos SSM, declarou que, no âmbito deste acordo, serão realizadas mais “conferências académicas de grande envergadura das várias sucursais da Associação Chinesa dos Profissionais de Medicina de Macau, reforçando, assim, o intercâmbio académico entre os dois territórios através de convenções e exposições na área da saúde”. A ideia é “contribuir para o desenvolvimento da indústria da saúde em Macau”, destacou ainda. Por sua vez, Wong Kin, vice-presidente da associação chinesa, disse que a entidade terminou em 2023, no espaço de quatro meses, formação contínua em 12 especialidades médicas com 46 profissionais de saúde de Macau. A assinatura do acordo é, segundo o responsável, “uma exploração bem-sucedida da cooperação na área de saúde entre o Interior da China e Macau”. Pretende-se “um intercâmbio académico de nível mais elevado” com a realização de mais conferências académicas, publicação de artigos científicos e formação de pessoal.
Hoje Macau PolíticaPorto Exterior | STDM volta a gerir terminal marítimo O Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior vai continuar a ser gerido e explorado pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), de acordo com uma ordem executiva assinada por Ho Iat Seng e publicada ontem no Boletim Oficial. A publicação indica também que o Chefe do Executivo delegou poderes no secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, para assinar o novo contrato da concessão com a empresa. Chega assim ao fim o processo de concurso público que só teve a STDM como candidata, que começou no final do mês de Fevereiro, com um preço proposto equivalente a 18 por cento dos lucros de exploração do terminal marítimo. No concurso público anterior, que decorreu em 2018, o Governo recebeu três propostas de empresas candidatas, com o desfecho final a pender de novo para a STDM, que havia proposto o valor de retribuição mensal mais elevado (1,8 milhões de patacas). A STDM, fundada pelo magnata de jogo Stanley Ho, vai continuar a ser responsável pelo principal porto de Macau, depois de em 2011 o Governo ter decidido não renovar o contrato com a empresa, que operava a infra-estrutura desde o início de actividade, em 1993, tendo a então Capitania dos Portos (actual Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água) optado por assumir a gestão.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIgualdade de Género | Wong Kit Cheng quer lista de tarefas dos serviços públicos A deputada pretende que o Governo apresente o balanço dos resultados obtidos com a distribuição da lista para promoção da igualdade nos 10 serviços públicos que aderiram à medida experimental A deputada Wong Kit Cheng defende a distribuição de uma lista de tarefas por todos os serviços públicos de forma a promover uma maior igualdade de género entre homens e mulheres. Em causa, está a política do Governo dos “Objectivos do Desenvolvimento das Mulheres de Macau 2019-2025”. Segundo os objectivos para implementar uma maior igualdade de género, foi definido como uma das políticas a distribuição nos diferentes serviços públicos de uma lista com as tarefas a serem executadas. Todavia, Wong Kit Cheng indicou, numa interpelação escrita, que apenas houve duas rondas de distribuição da lista de tarefas, e de forma experimental, em 2020 e 2021. A deputada lamenta igualmente que apenas 10 serviços públicos tenham participado nas duas rondas. Agora, a deputada ligada à Associação das Mulheres de Macau pretende saber como é que o Governo vai implementar a distribuição da lista por todos os serviços públicos e pede que seja feito um balanço dos testes realizados em 2020 e 2021. “Houve duas rondas de testes em 2020 e 2021. No entanto, apenas 10 serviços públicos adoptaram a lista de tarefas, e de forma experimental. Ainda não se sabe quando é que a lista vai ser distribuída, nem os resultados alcançados com os testes”, aponta a legisladora. “Quando é que a fase de testes vai ser dada por concluída e quando vai haver uma implementação em todos os departamentos públicos?”, pergunta a deputada. Além da implementação da lista de tarefas a nível da Administração Pública, Wong Kit Cheng pergunta ao Governo se tem planos para impor a lista a lista ao sector privado. “Quais são os planos para divulgar as listas entre as instituições e empresas privadas?”, perguntou. A deputada defendeu que a disseminação da lista na sociedade era muito importante, porque iria contribuir para uma maior igualdade entre homens e mulheres na sociedade de Macau. Por realizar Na mesma interpelação escrita, Wong Kit Cheng recorda também que nos “Objectivos do Desenvolvimento das Mulheres de Macau” a serem implementados até 2025 constam 79 metas. Entre estas metas, constam aspectos como o aumento da participação política das mulheres, uma maior participação na tomada de decisão das empresas, promover um maior conhecimento sobre a saúde feminina, criar mais instalações de amamentação ou reforçar a assistência e protecção social. De acordo com Wong Kit Cheng, o balanço mais recente do Governo aponta que entre as 79 medidas ainda falta cumprir 10 a longo prazo. A deputada pretende saber quando vão ser implementadas, e se ainda vão ser implementadas até 2025, de acordo com o plano em vigor.
Hoje Macau SociedadeBolsas de estudo | Candidaturas para Fundo Educativo em Junho Decorrem entre os dias 3 e 24 de Junho as candidaturas para o “Plano de Financiamento das Bolsas de Estudo para o Ensino Superior” destinadas a alunos do ensino secundário que queiram prosseguir estudos em Portugal ou candidatarem-se a uma bolsa empréstimo no ano lectivo de 2024/2025. O plano financeiro é suportado pelo Fundo Educativo, da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), e abrange graus de ensino que vão desde a pré-licenciatura ao doutoramento. As inscrições podem ser feitas na plataforma da “Conta Única”, sendo que as listas dos candidatos aceites a apoio financeiro serão conhecidas no dia 23 de Agosto. Devem ser apresentados documentos que estejam em falta no processo entre os dias 23 e 30 de Agosto. A lista do exame de selecção será publicada a 10 de Outubro e a lista dos resultados de candidaturas a 29 de Novembro. A lista dos resultados das candidaturas às bolsas-empréstimo será divulgada no dia 8 de Novembro.
João Santos Filipe Manchete PolíticaProfessores | Subsídio de desenvolvimento profissional actualizado O valor de actualização dos subsídios de desenvolvimento profissional e dos prémios de antiguidades para professores foram ontem publicados no Boletim Oficial. Os aumentos, que variam entre 90 patacas e 190 patacas, entram em vigor em Setembro O Governo publicou ontem os novos valores do subsídio de desenvolvimento profissional para professores das escolas particulares sem fins lucrativos. A informação foi publicada no Boletim Oficial, através de um despacho assinado pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, e os aumentos variam entre 90 patacas e 190 patacas. De acordo com os valores anunciados, que entram em vigor a partir de Setembro, no caso dos professores com licenciatura ou grau académico equivalente, o subsídio sobe para 6.550 patacas, face às actuais 6.360 patacas, se tiverem frequentado um curso de formação pedagógica. Se não tiverem formação pedagógica, o montante do subsídio para os docentes com licenciatura sobe para 5.230 patacas, face às actuais 5.080 patacas. Quando os docentes apenas têm como habilitação académica o nível de bacharelato, no caso de terem formação pedagógica, o subsídio sobe para 5.540 patacas, quando actualmente é de 5.380 patacas. Se não tiverem formação aumenta de 4.900 para 5.050 patacas. Finalmente, no que diz respeito aos docentes das escolas particulares sem fins lucrativos sem habilitação académica de nível superior, o novo montante para os que frequentaram formação pedagógica subiu para 4.470 patacas, de 4.340 patacas. Quando não têm formação pedagógica, o subsídio passa a ser de 3.100 patacas, quando até agora era de 3.010 patacas. Premiar a antiguidade Também ontem foram publicados os novos valores dos prémios de antiguidade para os docentes de todo o ensino não superior das escolas particulares sem fins lucrativos. Os aumentos também variam entre 190 patacas e 90 patacas. No caso de os docentes terem licenciatura, e formação pedagógica, o valor subiu para 6.550 patacas de 6.360 patacas. No caso de os docentes licenciados não terem formação pedagógica passa a receber 5.230 patacas face às actuais 5.080 patacas. Se os docentes tiverem o nível de bacharelato os subsídios passam a ser de 5.540 patacas e 5.050 patacas, neste último caso se os docentes não tiverem formação pedagógica. Actualmente, os valores são de 5.380 patacas e 4.900 patacas. Quando os docentes não têm habilitações académicas de ensino superior os subsídios sobem para 4.470 patacas se tiverem frequentado o curso de formação adequado à posição desempenhada, agora o montante é de 4.340 patacas, e de 3.100 patacas, sem o curso de formação, face ao valor em vigor de 3.010 patacas. A medida que entra em vigor a partir de Setembro tinha sido antecipada no final do ano passado, durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa.