Apesar das perdas, Wynn Macau destaca números do Ano Novo Chinês

A concessionária Wynn Macau teve perdas de cerca de 1,7 mil milhões de patacas no último trimestre do ano passado, de acordo com os resultados apresentados ontem. O valor representa um aumento do prejuízo face ao período homólogo, que tinha sido de 1,2 mil milhões de patacas.

“Em Macau, no quarto trimestre, o mercado continuou a experienciar um número de visitantes abaixo do normal, e os nossos resultados reflectem essa tendência”, reconheceu Craig Billings, CEO da Wynn Resorts.

“Mas, bastou apenas o período do Ano Novo Chinês para que nos recordássemos do poder do mercado, com uma subida enorme nos visitantes. Durante o Ano Novo Chinês o nosso número de clientes por dia subiu 175 por cento face a 2021. O valor ficou apenas 12 por cento abaixo do Ano Novo Chinês de 2019”, acrescentou.

Em relação à Wynn Resorts, empresa-mãe da concessionária, o prejuízo no ano passado foi de 755,8 milhões de dólares americanos, uma melhoria face às perdas de 2,1 mil milhões de dólares de 2020.

Fim dos junkets

Na apresentação dos resultados, Ian Coughlan, presidente da Wynn Macau, abordou as alterações recentes ao mercado do jogo e o fim das empresas promotoras do jogo, também conhecidas como junkets. Segundo o responsável, o “recente desaparecimento” destes agentes do mercado não teve um impacto negativo. “Só podemos avaliar as consequências pelo que vimos no Ano Novo Chinês, e nessa altura o que registámos foi um aumento dos clientes do mercado premium de massas e também dos clientes que recorrem aos nossos serviços VIP”, revelou.

“Vemos que os clientes dos junkets estão a passar para os nossos serviços. Eles ainda têm o desejo de jogar e vir a Macau. E nós, Wynn, temos o melhor produto e serviços”, acrescentou.

Neste contexto, o dirigente da empresa mostrou-se confiante com o futuro da operadora: “Estou muito confiante que vamos atrair muitos mais clientes VIP”, vincou.

Ian Coughlan destacou igualmente que além das receitas do jogo, o futuro passa por gerar bons ganhos com os quartos dos hotéis. O responsável acredita que este modelo é sustentável, uma vez que há cada vez mais uma diversificação dos visitantes. “O número de visitantes em família aumentou, e o mesmo aconteceu com os ‘millenials’. Por isso, notamos que há um novo tipo de clientes a usar os nossos serviços”, atirou.

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