Hoje Macau SociedadeCrime | Adolescente de 16 anos acusado de abuso sexual de menores [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m rapaz de 16 anos foi acusado de abuso sexual de menores por se ter envolvido com uma rapariga três anos mais nova, noticiou ontem o canal chinês da Rádio Macau, dando conta de que a polícia foi buscar o jovem à escola. Os pais da rapariga de 13 anos participaram o caso às autoridades depois de terem encontrado mensagens do telemóvel da filha. Os dois adolescentes, que ter-se-ão conhecido em Julho através da Internet e mantido relações sexuais no mês seguinte, de acordo com a Ou Mun Tin Toi.
Hoje Macau SociedadeSIDA | Inscrições para programa de sensibilização abertas dia 10 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s inscrições para o “Programa de Apoio para a Educação sobre a SIDA de 2018”, organizado pela Comissão de Luta Contra a Sida e Serviços de Saúde da RAEM serão abertas no próximo dia 10. Cada actividade terá, no máximo, um apoio de 16 mil patacas. Os temas das actividades candidatas ao apoio devem versar exclusivamente sobre a SIDA. As inscrição são abertas a entidades não governamentais, associações e escolas de Macau. No dia 5 de Outubro de 2018, das 15h às 16h, os Serviços de Saúde organizam uma sessão de recrutamento para a qual estão convidadas as entidades que participaram no Programa de Apoio para a Educação sobre a SIDA de 2017 para partilharem experiências de planeamento e execução de actividades. Ao mesmo tempo, realiza-se uma sessão de recrutamento para o novo Programa de Apoio para a sua apresentação, inscrição e consulta dos interessados. As entidades interessadas podem inscrever-se até dia 28 de Setembro.
Victor Ng SociedadeEstacionamento | Proprietários queixam-se de ocupação indevida de auto-silo [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m grupo de uma dezena de proprietários do edifício Wa Mau San Chun, localizado na Areia Preta, entregou ontem uma carta na sede do Governo queixando-se da ocupação indevida de lugares do auto-silo do prédio, apelando à intervenção das autoridades. Em declarações aos jornalistas, o presidente da assembleia-geral de condóminos, Chan Hao Weng, afirmou que, desde Fevereiro, mais de 20 lugares de estacionamento foram ocupados pela Companhia de Construção e Investimento Wa Mau, empresa co-proprietária do edifício, com ligações a família de Ma Man Kei, apesar do auto-silo pertencer à parte comum do condomínio. Segundo o mesmo responsável, a empresa que gere actualmente o auto-silo tentou remover os veículos, uma acção que levaria a Companhia de Construção e Investimento Wa Mau a recorrer à polícia. As autoridades entraram em contacto com a empresa de gestão para apurar eventuais responsabilidades designadamente por danos causados às viaturas. Dado que nada mudou, foi a vez da assembleia-geral de condóminos chamar as autoridades, nomeadamente a polícia e a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). No entanto, não houve qualquer intervenção por parte das autoridades, levando os proprietários a decidir então entregar uma missiva a expor a sua situação. “Espero que o Governo valorize o nosso caso”, afirmou Chan Hao Weng.
Victor Ng Manchete SociedadeFAOM | Exigida recuperação de terreno que iria albergar parque aquático Os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok exigem a recuperação de um terreno localizado à entrada da ilha de Taipa onde deveria ter sido construído o “Parque Oceano”. A DSSOPT diz que o caso continua a ser analisado e que não há dados a acrescentar [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]que deveria ser um parque aquático à entrada da Taipa é hoje um pedaço de terra à beira do delta do Rio das Pérolas sem qualquer tipo de aproveitamento. O terreno em causa, localizado na zona do Pac On, foi concessionado há mais de 20 anos para a construção do “Parque Oceano”, um projecto que não chegou a sair do papel. Ontem, os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok realizaram uma conferência de imprensa onde pediram ao Governo que recupere o terreno em causa. Ella Lei lembrou que o terreno, com quase 135 mil metros quadrados, foi concedido em 1997 e tinha como finalidade a construção de um parque com um aquário gigante e um jardim botânico. A deputada falou ainda de um documento emitido pelas autoridades em 2008 que mostra que a concessão do terreno, concedido por arrendamento, já chegou ao fim. A mesma solicitação foi feita ao Governo várias vezes. Em Agosto do ano passado, o Executivo garantiu aos deputados ligados à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) que estava a dar seguimento ao caso e que iria divulgar mais novidades quando tivesse resultados. Ella Lei frisou que passou um ano e que continuam a não existir novidades. “Temos grandes dúvidas sobre se estão de facto a trabalhar nisso ou não”, confessou. O HM colocou ontem a mesma questão à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), que deu uma resposta semelhante: “A questão está a ser tratada pela Administração e, actualmente, não há mais nada a acrescentar.” Faltam infra-estruturas A legisladora levantou também uma outra questão relacionada com a utilização inadequada do terreno por parte da empresa concessionária. De acordo com o despacho publicado em Boletim Oficial, duas zonas do terreno deveriam ter sido destinadas a infra-estruturas, mas para Ella Lei essas zonas pertencem à parte do terreno que está sob hasta pública, pelo que deveriam ter sido feitas construções. Contudo, nesses locais apenas estão depositadas máquinas e barracas de zinco, o que leva Ella Lei a suspeitar que a concessionária usou essa zona para depósito de materiais. “Isto está relacionado com a forma como foi gerido o terreno”, referiu. Ella Lei salientou que, de acordo com a Lei de Terras, o Governo tem a responsabilidade de garantir o aproveitamento eficaz dos terrenos e fiscalizar a situação dos espaços que continuam ocupados. Por isso, a deputada exige um acompanhamento para que sejam construídas mais habitações públicas e zonas verdes.
João Santos Filipe SociedadeDSAT vai “acompanhar de perto” a MOME [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) promete “acompanhar de perto” a empresa MOME LTD, que no passado dia 15 de Agosto lançou uma aplicação móvel para chamar táxis. Em causa está o facto da aplicação denominada mTaxi permitir que os clientes façam pagamentos extra, denominados como “prendas”, para garantir que os taxistas estão disponíveis nas alturas de maior movimento. “A DSAT vai cooperar com o CPSP [Corpo de Polícia de Segurança Pública] para reduzir todos os tipos de comportamentos ilegais no sector dos táxis. A DSAT vai acompanhar de perto a empresa que disponibiliza a aplicação móvel para fornecer este serviço”, respondeu a entidade do Governo, após ter sido questionada sobre o assunto. O organismo liderado por Lam Hin San deixou ainda um apelo aos passageiros para que relatem todas as situações em que são vítimas de cobranças excessivas. Por outro lado, a DSAT explicou também que qualquer cobrança que não siga a tabela de preços é considerada ilegal. A penalização é uma multa de 1000 patacas. “A DSAT insiste que todas as pessoas que operam o serviços de táxis devem seguir o ‘Regulamento do Transporte em Automóveis Ligeiros de Aluguer”, que diz que é ilegal a cobrança “ao passageiro de uma importância diferente da legalmente fixada na tabela de tarifas”. Finalmente, o Governo explicou que as aplicações que oferecem serviços para chamar táxis em Macau não precisam se registar, uma vez que as leis definem que as funções da DSAT neste campo se limitam a “conceder alvarás de táxis e fiscalizar a respectiva actividade”. Tradição antiga Lançada a 15 de Agosto, a aplicação mTaxi permite que os clientes paguem “prendas” aos taxistas, quando pedem o serviço. No entanto, a prática está enraizada no território há vários anos e utilizada nas alturas em que há maior procura do serviço. Por sua vez, a MOME LTD é uma empresa que se dedica a desenvolver soluções de marketing e aplicações móveis e é uma subsidiária da MacauPass, companhia de pagamentos electrónicos. Joe Liu é a cara mais conhecida da empresa, que fundou. Além disso, o empresário, filho de Alfred Liu e sobrinho de Liu Chan Wan, membro do Conselho do Executivo, é também director da empresa de autocarros Transmac e da própria MacauPass.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Agnes Lam nega envolvimento em actividades da irmã A deputada reagiu ao caso dos 56 residentes alegadamente burlados em investimentos imobiliários na Indonésia e diz ter ajudado a fazer a ponte entre a empresa envolvida, a TH Group Limited, e os queixosos que foram ao seu gabinete [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]gnes Lam nega ter estado envolvida nos investimentos angariados por Onida Lam, sua irmã, feitos através da TH Group Limited, e diz que o caso está a ser tratado pelos advogados da empresa em Macau. Foi desta forma que a legisladora reagiu, ontem, ao caso em que 56 residentes terão sido alegadamente burlados, depois de lhes ter sido prometida a venda de vivendas num projecto imobiliário na Indonésia, a troco de quantias que variaram entre as 600 mil e 800 mil patacas. “Nunca participei em qualquer investimento operado pela TH Group Limited. Nunca comprei imobiliário na Indonésia, nem nunca guiei qualquer grupo de investidores à Indonésia por qualquer motivo”, declarou Agnes Lam, num comunicado emitido ontem. “Fui eleita deputada pela primeira vez em 17 de Setembro de 2017. Por isso, qualquer acusação sobre ter utilizado o estatuto de deputada para persuadir as pessoas a investir há cinco anos atrás simplesmente não é verdade”, acrescentou. O caso veio a público depois de um grupo de seis investidores ter reunido com Agnes Lam, no mês passado, após terem sido informados pelo Consulado Geral da Indonésia em Hong Kong que os contratos que tinham assinados com a empresa não eram reconhecidos. Contudo, os investidores disseram à MASTV que os mesmos contratos tinham sido validados pelo próprio consulado. Queixas em Fevereiro Na nota publicada ontem, Agnes Lam reconhece ainda que já tinha conhecimento da situação desde Fevereiro. Foi nessa altura que a sua irmã, na condição de directora financeira da empresa, lhe garantiu que o caso ia ser resolvido. “Em Fevereiro deste ano fui contactada por um indivíduo que disse que o promotor do projecto tinha falhado no cumprimento do contrato dentro do prazo previsto. Nessa altura, tentei perceber os detalhes do plano e avancei com a queixa desse indivíduo para um dos investidores do projecto, a empresa TH Group Limited, e para a directora de operações da empresa, a senhora Onida Lam, que também é minha irmã”, reconhece Agnes Lam. “A empresa respondeu e informou-me que estava a acompanhar o assunto e que este seria lidado da forma mais apropriada”, frisou. Apesar do episódio de Fevereiro, Agnes Lam voltou a reunir-se com um conjunto de seis investidores, a 23 de Agosto. Nessa data, os alegados lesados pediram à deputada que intercedesse no sentido de se organizar um encontro entre estas pessoas e a sua irmã, com o objectivo de “resolver a disputa comercial e tratar de eventuais compensações”. O encontro com Onida Lam acabou por não ser agendado. Em vez disso, a empresa forneceu o contacto do advogado que está a lidar com o caso. “Entrei em contacto com a empresa, que me respondeu que tem um advogado para lidar com o caso. Depois, falei com os seis investidores e dei-lhes o contacto desse advogado”, relatou a deputada. No comunicado, Agnes Lam escusa-se a mais comentários alegando que “a empresa é gerida por uma familiar”, o que a coloca numa posição em que “não pode fazer mais comentários”. O HM tentou também apurar junto da Polícia Judiciária se o caso está a ser investigado, mas a força de segurança não respondeu em tempo útil.
Hoje Macau SociedadeGoverno | Nova sede vai custar pelo menos 10 milhões de patacas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]obra de remodelação da nova sede do Governo a nascer no número 105 da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida vai custar entre 9,8 milhões e 15,6 milhões de patacas. A informação foi divulgada ontem pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) após a abertura de 15 propostas, das quais uma foi excluída e outra admitida condicionalmente. A empreitada, com um prazo de execução máximo de 326 dias, deve arrancar no último trimestre do ano, prevendo-se que proporcione 100 postos de trabalho. As obras, nas instalações que abrangem uma área aproximada de 840 metros quadrados, consistem na reparação e renovação das paredes exteriores. Segundo a DSSOPT, vai ser feita também uma nova distribuição dos espaços e melhorias no interior, estando definida a utilização de materiais ecológicos. O HM questionou a DSSOPT relativamente aos serviços/funções a serem transferidos para a Conselheiro Ferreira de Almeida, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Fórum de Medicina Tradicional a partir de dia 20 no Venetian [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]inauguração do “Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional 2018 (Macau)” terá lugar no próximo dia 20 de Setembro no Hotel Venetian de Macau. O Fórum, subordinado ao tema “Desenvolvimento e Internacionalização da Indústria de Medicina Tradicional Chinesa na Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau”, e que irá decorrer ao longo de dois dias, contará com peritos internacionais, num total de 400 profissionais. De acordo com o comunicado oficial, o evento visa “promover o desenvolvimento sustentável e a diversificação adequada da economia de Macau, bem como o desenvolvimento regional, contribuindo para o objectivo de construção de “Um Centro, Uma Plataforma”. Os assuntos a abordar no evento vão girar sobre três temas principais: a inovação das políticas, a integração do mercado e novas oportunidades de investimento. À margem do evento realiza-se também o Fórum de Investimento e Financiamento, em formato “roadshow”, ou seja, “permitindo aos peritos e instituições de investimento opinarem sobre questões e, em simultâneo, procederem à comparação e selecção dos projectos no âmbito dos fundos de investimento industrial e instituições profissionais de investimento”. Esta é a quarta edição do “Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional” que, de acordo com a organização, é um evento que se “tornou numa ponte de ligação importante para o intercâmbio e cooperação entre entidades dentro e fora do país nesta área”.
Hoje Macau SociedadeIAS | Novo subsídio para famílias carenciadas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Acção Social (IAS) vai atribuir um subsídio extra aos agregados familiares que se encontram em situação de carência económica, de acordo com um comunicado emitido ontem. A ajuda financeira pode ir das 4.050 às 18.870 patacas, dependendo do número de elementos do agregado familiar. O subsídio será atribuído já este mês e vai beneficiar 3.300 agregados familiares que já recebem o subsídio regular. O Governo prevê um orçamento de 19,5 milhões de patacas para cumprir o apoio. O subsídio já foi atribuído em anos anteriores e pretende “ajudar as famílias a “fazer face às despesas-extra resultantes do novo ano lectivo e da Festividade do Bolo Lunar”, lê-se no comunicado emitido pelo IAS.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTrabalho | Empregada ameaçou saltar do 14.º andar do Hospital Kiang Wu Uma funcionária de limpeza de 52 anos vai ficar sem contrato de trabalho e terá de regressar ao Interior da China. Por esse motivo, ameaçou saltar do 14.º andar do Hospital Kiang Wu, onde trabalha em regime de subcontratação. Após meia-hora de conversa com as autoridades, a mulher voltou atrás [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma empregada de limpeza do Hospital Kiang Wu ameaçou saltar do 14.º andar do edifício por motivos laborais. O incidente requereu a intervenção dos bombeiros e polícia que demoveram a mulher do suicídio após cerca de meia-hora de conversações. O caso aconteceu na manhã de ontem, e na sua origem esteve o facto da empresa de é funcionária – uma companhia de limpeza subcontratada pelo Hospital Kiang Wu – ter dito à mulher de 52 anos que não deseja renovar-lhe o vínculo laboral. Eram 8h52 quando o Corpo de Bombeiros foi alertado para o facto de uma empregada de limpeza que trabalha no Hospital Kiang Wu ter subido ao 14.º andar com a intenção de saltar para a morte. Após o alerta, Bombeiros e PSP deslocaram-se para o local para evitar o suicídio. “O incidente envolveu um trabalhadora de 52 anos do Interior da China, que está em Macau como mão-de-obra importada, ou seja com um cartão-azul. Depois de conversar com o bombeiros e polícia, acabou por ir para um lugar seguro, por volta das 9h25”, disse, ao HM, um porta-voz dos bombeiros. “Ela estava no 14.º andar e queria saltar do edifício. Mas foi ficando por lá, sem saltar, enquanto falava com as autoridades. Durante esse tempo, queixou-se sempre que não estava satisfeita com a situação laboral”, acrescentou a mesma fonte. Por sua vez, o Corpo da Polícia de Segurança Pública explicou que na origem do desespero da mulher esteve o facto de o seu vínculo laboral estar prestes a não ser renovado pela empresa subcontratada. Uma realidade que faz com que tenha de abandonar o território e regressar ao Interior da China, caso não consiga encontrar uma proposta de trabalho na área para transferir o cartão-azul. “Na origem da situação esteve o facto da empresa não querer renovar o contrato de trabalho com a mulher”, adiantou fonte da PSP, ao HM. “A mulher desempenhava tarefas de empregada de limpeza no Kiang Wu, mas o contrato é com uma empresa subcontratada”, esclareceu a mesma fonte. Episódios recentes Apesar da administração do Kiang Wu não estar directamente envolvida na situação, esta não é a primeira vez que surgem queixas no hospital sobre as relações laborais com a administração. Ainda em Julho deste ano, o deputado Sulu Sou anunciou ter recebido queixas de que o Hospital Kiang Wu tinha ameaçado com despedimento os enfermeiros que procurassem candidatar-se a vagas de emprego no sector público. Mais tarde, a administração do hospital negou as ameaças, mas admitiu ter pedido aos seus trabalhadores que procuram outros postos para entregarem as cartas de demissão, citando “questões de segurança dos pacientes”. O Hospital Kiang Wu confessou também, em declarações ao Jornal Ou Mun Iat Pou, que tem perdido muitos enfermeiros nos últimos meses para o sector público. A unidade hospitalar privada é propriedade da família do Chefe do Executivo, Chui Sai On.
Victor Ng PolíticaSi Ka Lon quer explicações para atrasos do Governo Electrónico [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]deputado Si Ka Lon quer que o Executivo explique os atrasos do plano de implementação do Governo Electrónico que teve início há cerca de dez anos. Si Ka Lon acusa a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (DSAFP) de “fuga a responsabilidades” pela ineficácia do projecto do Governo Electrónico. Em interpelação escrita o deputado aponta que de acordo com o relatório sobre o desenvolvimento deste projecto, em que estão investidas mais de 230 milhões de patacas, apenas 39 acções foram concluídas entre as 61 previstas, num período de dez anos. Para o deputado, a responsabilidade é dos próprios SAFP. O deputado refere que segundo o relatório apresentado pelo Comissariado de Auditoria (CA), “a razão que levou à baixa taxa de execução dos trabalhos está muito relacionada com a atitude e o hábito de trabalho do SAFP”, aponta. O deputado frisa ainda que o CA denuncia diversos atrasos “o que mostra que a organização dos serviços não está clara”, diz. Das razões Neste sentido, Si Ka Lon pede ao Governo explicações para actividades que integram o plano para o Governo Electrónico que, dez anos depois, ainda se encontram por terminar e muitas estão ainda sem qualquer calendarização para o efeito. Por outro lado, e de modo a agilizar o processo, o deputado sugere a criação de um grupo de trabalho que se dedique apenas à implementação deste plano e com a responsabilidade de coordenação de todos os trabalhos. Para combater “a passividade existente nos serviços públicos”, o deputado questiona ainda o Executivo se é sua intenção tomar medidas. Para Si Ka Lon deve ser criada uma lista com as atribuições e competências dos serviços públicos capaz de ajudar no acompanhamento da implementação dos planos da Administração. Desta forma, seria mais fácil fazer uma avaliação do progresso dos vários trabalhos e da eficiência dos dirigentes. Esta seria, considera, uma “forma activa” de motivar o trabalho na função pública.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaExtradição | SCMP menciona acordos “informais e opacos” A ausência de acordos de extradição entre a China, Macau e Hong Kong pode ter a sua razão de ser. De acordo com analistas ouvidos pelo South China Morning Post, existem pactos “informais e opacos” e os dois territórios formam uma “área cinzenta” operacionalizada pelo continente [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]caso do hacker de Macau procurado pela justiça norte-americana, e que terá investido mais de nove milhões de dólares usando informação confidencial acedida através de ataques informáticos, levou o jornal South China Morning Post a tentar perceber o verdadeiro panorama de extradições em Macau e Hong Kong. Recorde-se que Hong Kong não extraditou o fugitivo de Macau para os Estados Unidos, depois de meses de negociação. Analistas ouvidos pelo jornal defendem que o facto de ainda não terem sido assinados acordos de extradição entre a China, Hong Kong e Macau possibilita ao Governo Central uma certa margem de manobra. Isto porque, aponta a notícia, “Macau tem acordos com vários países, mas nenhum deles permite a detenção de fugitivos”. Um dos entrevistados pelo jornal de Hong Kong é Simon Young, professor da faculdade de Direito da Universidade de Hong Kong, que defendeu que “com a ausência de acordos formais em matérias criminais, especialmente numa altura de muita incerteza global sobre os cidadãos e em que algo pode comprometer os seus interesses estratégicos alargados, as duas regiões administrativas especiais dão à China uma ‘área cinzenta’ que o país pode operar”. Um advogado com 30 anos de experiência na região vizinha falou ao jornal sob anonimato, apontando a dimensão política deste tipo de procedimentos. “Hong Kong tem uma boa reputação na detenção de pessoas, à excepção daqueles que, aos olhos de Pequim, não interessa deter. Em cada caso as autoridades centrais têm sempre a palavra final.” O jurista afirmou mesmo que “há mecanismos de detenção ‘irregulares’ através dos quais as autoridades do continente podem trazer alguém que lhes interessa de Hong Kong para o continente. Sei de uma fonte credível que há vários casos destes nas mãos da polícia de Hong Kong”, lê-se na notícia ontem publicada. O mesmo advogado acrescentou também que o facto de ainda não existirem acordos de extradição assinados “providencia um ‘céu seguro’ para os chineses fugitivos”, algo que “tem a aprovação de Pequim”. “E se o continente quiser a pessoa que fugiu para Macau, então eles têm os meios [de que necessitam]”, frisou. Na notícia lê-se também que, desta forma, o Governo Central tenta travar casos de corrupção, crime e branqueamento de capitais “sem pôr em causa os seus interesses nacionais”. A notícia aponta ainda que o baixo número de fugitivos detidos em Hong Kong ou pelas suas autoridades policiais “levanta a preocupação sobre a possibilidade de Hong Kong e Macau estarem mais confinados a ‘acordos’ opacos e informais na hora de lidar com a busca dos fugitivos e a administração da justiça internacional”. Governo não comentou Outro dos entrevistados no artigo é Jorge Menezes, advogado radicado em Macau há vários anos, que falou da componente política que a questão pode acarretar. “Os crimes com motivações políticas são uma clara matéria de preocupação quando se discutem detenções de ‘infractores fugitivos’. Os acordos de assistência jurídica mútua têm implícita a ideia de padrões globais que podem não se aplicar facilmente às abordagens nacionalistas de repressão criminal”. O HM tentou, até ao fecho da edição, obter uma reacção do gabinete da secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, mas tal não foi possível. Em 2016, foi notícia a alegada extradição ilegal de três pessoas de Macau para o continente, tendo a Associação Novo Macau exigido informações públicas sobre o assunto. Há muito que os acordos de extradição estão em fase de discussão entre os Governos das três regiões, estando em causa a diferença de regimes jurídicos.
Diana do Mar Manchete SociedadeCrime | Estudo revela baixa taxa de reincidência em Macau São poucos os residentes que regressam à prisão dois anos depois de saírem em liberdade. A conclusão está num estudo sobre a taxa de reincidência criminal, definida como baixa quando comparada com regiões vizinhas como Hong Kong [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Acção Social e a Direcção dos Serviços Correccionais (DSC) levaram a cabo o que descrevem como “a primeira análise abrangente” à reincidência criminal em Macau. Uma das principais conclusões é o diminuto número dos residentes que voltam a cair nas malhas do crime depois de cumprirem pena. Os que reincidem e voltam para trás das grades são, principalmente, indivíduos que cometem crimes relacionados com droga. Uma vez que o período de cálculo para a taxa de reincidência é de dois anos foram recolhidos dados referentes a 2015, ano em que 183 residentes de Macau deixaram o Estabelecimento Prisional de Coloane. Do total, 171 foram soltos por ter expirado o termo da sentença (99) ou por terem beneficiado do regime de liberdade condicional (77). Quanto aos remanescentes 12 foram excluídos da pesquisa por terem deixado a cadeia por outras razões, tais como suspensão da execução da pena ou mesmo absolvição. Ora, segundo o estudo, dos 171 residentes de Macau (estrangeiros não foram contabilizados devido à dificuldade em acompanhar os casos após a saída de prisão), 25 voltaram a ser condenados no espaço de dois anos após terem sido libertados, representando 14,6 por cento do total. O relatório, recentemente publicado no portal do IAS, ressalva, no entanto, que, a seguirem-se os métodos de cálculo de outros países e regiões, a taxa de reincidência baixa para 5,8 por cento. Isto porque dos 25 que voltaram a ser condenados num espaço de dois anos apenas 10 voltaram a ser sentenciados com penas de prisão. O estudo revela ainda que os crimes relacionados com droga motivaram boa parte das condenações e estiveram, do mesmo modo, na origem de parte significativa dos casos de reincidência. “Vale a pena notar que cerca de metade dos 25 reincidentes envolveu-se em crimes relacionados com o abuso de drogas”, reflectindo uma “alta proporção na taxa de reincidência”, diz o relatório, destacando nomeadamente o consumo de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas. Pistas para um perfil O estudo traça ainda um perfil dos 171 residentes de Macau que foram libertados em 2015. Em síntese, a maioria era do sexo masculino (152), solteira (101), tinha completado o ensino secundário (121) e pouco mais de metade estava desempregada quando foi presa (88). Sensivelmente, seis em cada dez foram condenados a uma pena de prisão inferior a três anos (99), o que permite constatar que a generalidade dos casos não dizia respeito a crimes graves, lê-se no documento. Já em termos de idade, verifica-se que mais de metade dos residentes condenados (92) libertados ao longo de 2015 não tinha mais de 30 anos. A pesquisa também se debruça sobre a reincidência dos residentes de Macau aos quais foram aplicadas outras penas (que não a prisão efectiva), cujos casos, a cargo do Departamento de Reinserção Social, foram concluídos no mesmo hiato temporal, ou seja, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2015. À esmagadora maioria (241 ou 76 por cento) das 317 pessoas que viram o seu caso concluído em 2015 tinha sido decretada a medida de suspensão com regime de prova (o tribunal pode determinar a suspensão da pena de prisão inferior a três anos, com a suspensão entre um e cinco anos, impondo deveres e regras de conduta ao condenado). O segundo maior grupo diz respeito aos que beneficiaram de liberdade condicional (73 ou 23,1 por cento do total). Trata-se de uma medida que o tribunal pode decretar, após pedido do condenado, uma vez cumpridos dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses e atentas as condições de reinserção social, cuja duração é igual ao tempo de prisão que falta cumprir mas nunca superior a cinco anos. Seguiram-se, por fim, os casos em que foram decretadas medidas de liberdade experimental, suspensão da execução do internamento e de substituição da multa por trabalho (um caso cada ou 0,3 por cento do total), indica o relatório. À semelhança do que sucedeu no caso dos residentes condenados a prisão efectiva, também foram os crimes relacionados com droga que estiveram na origem da maioria das penas executadas pelo Departamento de Reinserção Social e de parte significativa dos respectivos casos de reincidência. De acordo com o relatório, 33 dos 317 residentes de Macau que foram condenados a uma pena sem cumprimento de prisão voltaram a incorrer em crimes nos dois anos seguintes à conclusão do seu caso, colocando assim a taxa de reincidência em 10,4 por cento. O perfil dos 317 residentes condenados a penas sem prisão também não é muito diferente: a maioria era do sexo masculino, solteira e tinha completado o ensino secundário, com a principal diferença a assentar, neste particular, no facto de a esmagadora maioria (231 em 317) ter emprego quando foram condenadas. Em termos de idades o cenário era idêntico, dado que 202 em 317 tinham menos de 30 anos. Relativamente ao prazo de acompanhamento, o relatório realça que na maioria dos casos (301 em 317) a duração foi inferior a três anos, deixando assim implícito que nos remanescentes 16 o período de vigilância a que foram sujeitos foi superior. Comparar sem comparar Apesar de rejeitar comparações directas entre a taxa de reincidência em Macau e a de outras jurisdições, atendendo a que “não há um padrão uniforme no mundo” para as calcular, o relatório observa que “existem pontos semelhantes” entre países e regiões, pelo que conclui que “Macau é um território com uma taxa de reincidência baixa”. Essa ilação é retirada, com efeito, do paralelismo com Hong Kong, Singapura, Califórnia (Estados Unidos) e Austrália, cujas taxas de reincidência excedem os 25 por cento, de acordo com os dados citados apenas como referência no documento. O relatório ressalva, porém, que tal diz respeito a casos em que há uma nova condenação a pena de prisão, sustentando ser “difícil obter informações integrais para referência” nos casos em que foram decretadas outras penas, “por os dados serem dispersos na maioria dos países ou regiões”. Actualização contínua Este estudo, elaborado após proposta feita em 2017 pelo Conselho de Reinserção Social, é descrito como o primeiro de natureza abrangente relativo à reincidência dos residentes condenados (a penas com ou sem prisão), mas vai deixar de ser o único. Isto porque, no relatório, o IAS e a DSC manifestam a intenção de actualizar anualmente as informações relativas à taxa de reincidência, de modo a criar um banco de dados que permita uma análise sistemática e contínua. O objectivo é que este instrumento estatístico sirva de referência para definir políticas e para desenvolver serviços adequados no âmbito da correcção e reinserção social.
Hoje Macau EventosGoverno português lamenta incêndio em Museu Nacional no Rio de Janeiro como “perda irreparável” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro português da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, classificando-o como “uma perda irreparável”. “Estamos consternadíssimos. Nós sentimos também essa perda porque era um acervo importantíssimo da história natural do país, da sociedade brasileira e também da história política, sendo este o palácio onde o rei de Portugal se veio instalar quando levou a corte para o Brasil. É um monumento muito importante para a história dos dois países”, constatou o ministro à chegada ao Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, onde iria abrir o 9.º colóquio do polo de pesquisas luso-brasileiras. A instituição, destruída pelo fogo, foi criada há 200 anos por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil. “Portugal perde sempre. Perderam-se móveis de D. João VI, os diários da imperatriz Leopoldina. É património de origem portuguesa, mas é património cultural do Brasil”, referiu Luís Filipe Castro Mendes. De acordo com um comunicado publicado ´online´ pela direção do museu, não há vítimas a registar no incêndio. “É uma grande perda para o povo brasileiro, para os pesquisadores que trabalhavam naquele museu e nós sentimos uma profunda solidariedade com os brasileiros”, finalizou o responsável pela pasta da Cultura. O ministro da Cultura participou hoje no 9.º Colóquio do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras, que acontece sob o tema “Relações luso-brasileiras: imagens e imaginários”. Na agenda do ministro segue-se uma visita ao Museu Histórico Nacional, também no Rio de Janeiro, onde se fará a apresentação do projeto “O Retrato do Rei D. João VI”. O diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro, Alexander Kellner, afirmou hoje que ainda não foi possível avaliar a totalidade dos danos no acervo provocados pelo incêndio, mas apelou à mobilização da sociedade para a recuperação. O acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no Brasil, que foi consumido por um incêndio na noite de domingo e ao longo da madrugada de hoje, tinha um dos maiores históricos e científicos do país, com cerca de 20 milhões de peças. Entre os milhões de peças que retratavam os 200 anos de história brasileira estavam igualmente um diário da imperatriz Leopoldina e um trono do Reino de Daomé, dado em 1811 ao príncipe regente João VI. O Ministério brasileiro da Cultura também emitiu um comunicado lamentando “profundamente” o incêndio que dizimou o acervo e as instalações do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e considerou que “as causas e responsabilidades devem ser rigorosamente apuradas”. “O Ministério da Cultura vinha apoiando, desde 2017, a direção do Museu Nacional na elaboração de projetos e na busca por recursos para financiar o plano de revitalização e requalificação”, indicando que um total de 21,7 milhões de reais [cerca de 4,6 milhões de euros] foi conseguido junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento, que financiaria grande parte do projeto.
Hoje Macau InternacionalNúmero de alunos de português aumenta 18% na Califórnia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de alunos matriculados em cursos de língua e cultura portuguesas aumentou 18% na Califórnia no novo ano letivo, de acordo com dados preliminares da Fundação Luso-Americana para a Educação. No ano letivo 2018/2019, que acaba de começar, deverá ser ultrapassada, pela primeira vez, a fasquia dos dois mil alunos de português, de acordo com informações fornecidas à Lusa pelo professor Diniz Borges, um dos encarregados pelo protocolo assinado entre a Fundação Luso-Americana para a Educação (LAEF, na sigla inglesa) e o Instituto Camões para coordenar o ensino da língua portuguesa na Califórnia. Os dados referem-se a cursos no ensino primário e secundário, abrangendo escolas privadas e públicas. “Nos últimos quatro anos foram criadas cinco escolas comunitárias e abriram-se cursos em três escolas do ensino secundário”, avançou o responsável, que coordena o protocolo com o professor José Luís da Silva. Só neste ano escolar, a Califórnia terá mais duas escolas secundárias a ensinar português, em Ceres, Vale de San Joaquin, com duas professoras e 270 alunos. Abriu também uma nova escola comunitária na cidade de Tracy, junto das montanhas que separam o vale da zona da baía de São Francisco. Duas outras zonas “estudam a possibilidade da criação de escolas portuguesas”, Manteca no norte e Chino no sul, na zona de Los Angeles. De acordo com Diniz Borges, foram ainda criados cursos em faculdades comunitárias, como é o caso da College of the Sequoias em Visalia, no Vale de San Joaquin, e da Universidade Estadual da Califórnia em Fresno, que vai abrir o semestre de outono de 2018 com quatro cursos de língua e cultura portuguesas. As últimas estatísticas oficiais da Modern Language Association, referentes a 2016, apontavam para cerca de dez mil alunos de português em todo o território dos Estados Unidos no ensino pós-secundário. Outros “cursos inovadores” estão abertos na CSUS em Turlock, na Universidade Estadual da Califórnia em San Diego e nas universidades da Califórnia em Santa Barbara e Berkeley, além do distrito escolar de Hilmar. Está ainda a ser registado um crescimento nos cursos ministrados pela comunidade de origem brasileira no norte da Califórnia. O incremento do número de alunos deve-se, segundo o professor, ao “trabalho constante da comunidade” após a assinatura do protocolo, que se refletiu na aposta em contactos com as entidades de ensino, aproximação às escolas comunitárias, formação de professores e criação de um plano estratégico para o ensino da língua e cultura portuguesas. A Califórnia é “o primeiro estado norte-americano com semelhante projeto”, garantiu Diniz Borges, sendo que o plano estratégico juntou entidades dos ensinos público e privado, entidades políticas e líderes da comunidade de origem brasileira e macaense. Além do ano letivo, o programa de ensino inclui dois projetos durante o verão, um curso da LAEF com meia centena de jovens e o programa Startalk do distrito escolar de Hilmar, com cerca de 100 crianças. A adesão da comunidade e das entidades públicas a este plano estratégico cria “todas as probabilidades” para que o ensino da língua e cultura portuguesas tenha “um contínuo crescimento” anual, considerou Diniz Borges,
Hoje Macau China / ÁsiaMalásia | Condenadas a espancamento por terem relações homossexuais [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]uas mulheres da Malásia foram ontem espancadas após uma decisão de um tribunal que alegou que as duas violaram as leis islâmicas por terem tido relações homossexuais. As mulheres foram sentenciadas pelo Tribunal Superior da Sharia de Kuala Terengganu, a capital do estado Terengganu, disse um oficial do tribunal. A execução deste tipo de sanção não é pública. A decisão já foi criticada por organizações de direitos humanos que denunciaram a deterioração dos direitos da comunidade gay e lésbica da Malásia. A chefe da Amnistia Internacional na Malásia, denunciou esta punição como “cruel e injusta”.As duas mulheres, de 22 e 32 anos, foram detidas em Abril depois de serem encontradas dentro de um carro perto de uma praça pública no estado conservador de Terengganu, no norte do país. Ambas declararam-se culpadas de violar a lei islâmica e foram sentenciadas por um tribunal islâmico a uma multa de cerca de 690 euros.A comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) tem sofrido crescentes pressões nos últimos anos na Malásia, um país onde cerca de 60 por cento dos 32 milhões de habitantes são muçulmanos.O sistema judicial na Malásia permite que os tribunais islâmicos tenham poder em relação a questões religiosas e familiares, bem como em casos como o adultério.
Hoje Macau EventosIIM | Livro que homenageia Carlos Coelho lançado dia 12 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Internacional de Macau (IIM) lança no próximo dia 12 deste mês o livro “Úi di Galánti”, em homenagem ao macaense Carlos Coelho, falecido em Janeiro deste ano. O livro, que conta com o apoio da Fundação Macau, contém textos em patuá do próprio Carlos Manuel Coelho, que era conhecido no seio da comunidade pela alcunha “Néu-Néu”. De acordo com um comunicado do IIM, “considerando a precariedade do patuá e a escassez de (bons) escritos nesse idioma nativo de Macau, o IIM recolheu os melhores textos para um apropriado registo do doce linguajar do crioulo português de Macau”. Além disso, a sessão de apresentação do livro constitui também “uma homenagem póstuma a Carlos Coelho, figura singular entre a comunidade macaense”. “A maioria dos textos foram extraídos de publicações da conta de Carlos Coelho no Facebook que a família do extinto graciosamente cedeu para reprodução. Igualmente, o Partido dos Comes e Bebes de Portugal foi também pronto a autorizar a transcrição de vários artigos do ‘Néu-Néu’ que tinham sido publicados na sua revista”, explica o comunicado. A sessão de lançamento acontece no jardim de infância D. José da Costa Nunes às 18h.
Victor Ng SociedadeCloee Chao pergunta para onde vão as gorjetas nos casinos e pede investigação do CCAC [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]destino das gorjetas atribuídas aos trabalhadores do sector do jogo e o combate ao fumo ilegal nos casinos levaram ontem à tarde entre 200 e 300 manifestantes à rua, em mais um protesto organizado pela Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo. De acordo com a presidente da associação, Cloee Chao, o Governo tem a obrigação de saber para onde vão as gorjetas pagas nos casinos e fiscalizar os comportamentos das operadoras de jogo. A dirigente associativa explicou ainda que existem caixas nos diferentes casinos e que o trabalhadores são obrigados a depositar nas mesmas as gorjetas recebidas. Contudo, não é conhecido o destino desse dinheiro. Após a entrega de uma carta na sede do Governo, a presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo queixou-se ainda sobre o facto das concessionárias do jogo nunca divulgarem aos trabalhadores o dinheiro total recebido em gorjetas. Cloee Chao recordou também que após a liberalização do jogo e quando as licenças foram concedidas, que as concessionárias distribuíam as gorjetas ao trabalhadores e realizavam festas com esse dinheiro. Porém, a regalia foi desaparecendo com o passar dos anos. Por isso, a organizadora do protesto defendeu que as gorjetas devem ser novamente atribuídas aos funcionários. “Na passagem do Ano Novo, algumas empresas abriam a caixa com os lai si onde era posto o dinheiro recebido no Ano Novo Chinês. Segundo os relatos dos mais velhos, alguns funcionários chegavam a receber milhares de patacas, em alguns casos mais de 10 mil. Por isso, acreditamos que o montante acumulado ao longo do ano atribuído é muito elevado”, explicou Cloee Chao. A activista e trabalhadora do sector defendeu ainda a necessidade do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) investigar este assunto. O grupo de manifestantes apresentou também uma carta ao Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo com o relato de situações em que as empresas do jogo não executam a lei contra o tabaco, deixando os clientes fumarem em zonas proibidas. Na opinião de Cloee Chao, a situação deve-se à ausência de penalizações aos responsáveis das zonas de jogo. Perante este facto, a presidente da associação pede maior fiscalização ao Governo.
David Chan VozesCrimes, escapadelas e telemóveis (I) [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]lguma vez poderíamos imaginar que a professora que fotografou as perguntas de um questionário e as enviou do telemóvel através do “Whatsapp” não seria condenada em Tribunal? Pois acreditem que aconteceu e o caso está a chocar Hong Kong. No dia 10 de Agosto, o Tribunal de Primeira Instância de Hong Kong recusou-se a anular a decisão do Tribunal de Magistrados, que tinha deliberado que as quatro professoras que usaram os telemóveis e os portáteis para divulgarem as perguntas de um questionário de selecção, não são culpadas de “aceder a computadores com intenção desonesta ou criminosa”. Este caso conta-se em poucas palavras. Envolveu quatro rés, todas professoras do ensino básico. Três delas ensinavam na mesma escola. A quarta leccionava noutra escola, mas tinha sido colega de uma das outras. A ocorrência deu-se em 2014. Como o número de vagas para a admissão de novos alunos no ano lectivo 2014 – 2015, na referida escola, era limitado, os candidatos tinham de ser seleccionados através de uma entrevista. As entrevistas tiveram lugar no dia 14 de Junho. Na véspera, o professor responsável pelas admissões dirigiu uma reunião preparatória. Na reunião, foi entregue a cada professor uma pasta de plástico contendo um conjunto de perguntas e de esquemas. As pastas foram devolvidas no final da reunião. As três rés que trabalhavam nesta escola estavam presentes na reunião. Durante a reunião, uma delas fotografou com o telemóvel os conteúdos com as perguntas e enviou-os através do Whatsapp à colega que trabalhava na outra escola. A segunda ré fotografou também este material e enviou as fotos à terceira, que estava atrasada para a reunião. Esta, depois de receber as imagens, utilizou o computador da sala de professores e introduziu num ficheiro Word as perguntas que, de seguida, reenviou por email às outras duas, nesse mesmo dia. A quarta ré, que trabalhava fora desta escola, recebeu as perguntas no ficheiro Word por email. Em seguida fotografou o ficheiro com o telemóvel e enviou-o às amigas. Foram todas acusadas de terem acedido a computadores com intenções criminosas ou desonestas, com o objectivo de obter lucros para si ou para terceiros. Este crime está inscrito na secção 161 (c) da Lei Criminal. Os Magistrados não aceitaram a confidencialidades das perguntas das entrevistas, porque: A primeira tirou as fotos antes de começar a reunião de preparação das entrevistas. A sua conduta não pode ser tratada como “desonesta”. A segunda colocou os formulários na mesa e fotografou-os à vista de todos. À semelhança da primeira, a sua conduta não pode ser tratada como “desonesta”. A terceira usou o computador da escola para introduzir o formulário num ficheiro Word. Pode tê-lo feito para proveito ilícito de terceiros, mas não para seu proveito pessoal. Contudo, usar o computador da escola não é ilegal. A quarta quis ajudar a amiga e não conhecia o ficheiro com a cópia dos formulários. Baseados nestes dados, é fácil de imaginar que o recurso para o Tribunal de Primeira Instância fosse dificilmente defensável. A acusação sublinhou o carácter confidencial dos questionários. O senso comum diz-nos que este material não deve ser sujeito a fugas, nem chegar ao conhecimento dos candidatos antes do momento próprio. E isto é verdade, independentemente de ter sido feito, ou não, um aviso sobre a confidencialidade dos materiais, antes da reunião preparatória. Antes de discutirmos a decisão do Tribunal, é preciso lembrar que nos últimos anos, vários naturais de Hong Kong foram acusados ao abrigo da secção 161(1)(c), por um vasto leque de condutas ilegais. O caso mais conhecido foi a acusação contra Weslie Siao Chi-yung feita pela ICAC, Agência Anti-Corrupção de Hong Kong, a propósito da fuga de informação incluída nos questionários de exame do Ensino Secundário. Kris Lau Koon-wah, outro professor, foi igualmente acusado pelos mesmos motivos. Tirar fotografias pornográficas constitui também crime ao abrigo da secção 161(1)(c). O agente Chu Ho, um polícia de Hong Kong, admitiu ter tirado fotografias pornográficas em 311 diferentes ocasiões, incluindo várias de uma colega, no interior da esquadra de Yau Ma Tei. Os investigadores encontraram 1.628 fotos e 290 vídeos de várias mulheres no smartphone de Chu Ho, em 2016. A sentença de Chu deverá ser ouvida no próximo dia 13 de Dezembro, após o Vice-Magistrado Lau Suk-han ter concedido à acusação um tempo suplementar para fundamentar o processo. Continua na próxima semana
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Charles Leong cumpriu mais uma ronda da F3 Ásia André Couto não foi o único piloto de Macau em acção no passado fim-de-semana no Circuito Internacional de Ningbo. No circuito que pertence a uma subsidiária do Zhejiang Geely Holding Group (ZGH), o grupo automóvel chinês que detém as marcas Volvo e da Lotus, também esteve em pista o jovem piloto do território Charles Leong Hon Chio [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois de uma estreia convincente no Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3, há quinze dias no circuito inglês de Silverstone, o piloto de Macau teve uma segunda jornada mais complicada do que esperado do Campeonato Asiático de Fórmula 3. Isto, numa pista que até não lhe era estranha de participações anteriores. Depois de ter terminado nos lugares do pódio na prova inaugural em Sepang, na estreia do campeonato de monolugares na China, Leong não conseguiu repetir a proeza. “Foi um dos fins-de-semana mais difíceis para mim desde que comecei no desporto automóvel. O carro estava muito difícil de guiar e os resultados não foram os que eu esperava”, reconheceu o jovem desportista da RAEM. O piloto da equipa britânica Hitech Grand Prix começou a sentir dificuldades para acompanhar os mais rápidos logo nas duas sessões de qualificação de sexta-feira, qualificando-se em sexto lugar para a primeira e para a terceira corrida do programa, a um segundo de diferença do norte-americano Jaden Conwright, o mais rápido nas duas sessões. Na primeira corrida do fim-de-semana, realizada no sábado de manhã, Leong teve um mau arranque, perdendo posições, o que o obrigou a correr “atrás do prejuízo” nas 15 voltas de corrida para terminar no sexto lugar. Um resultado frustrante para o piloto da RAEM, atendendo que o vencedor foi o seu companheiro de equipa Ben Hingeley que neste evento foi chamado a substituir o indisponível Jack Hughes que tinha dominado a jornada de abertura na Malásia. Meio do pelotão Como a grelha de partida da segunda corrida da renovada Fórmula 3 asiática é delineada pelos melhores tempos por volta da primeira corrida e como Leong passou a maior parte do tempo do primeiro embate do fim-de-semana em lutas de meio de pelotão, o piloto de 16 anos conseguiu um tempo apenas correspondente ao oitavo posto da grelha de partida. A história da primeira corrida repetiu-se, com Leong a perder terreno no arranque, recuperando, com garra, posições na classificação ao longo da corrida para terminar em quinto numa corrida vencida outra vez por um dos seus companheiros de equipa, desta vez Raoul Hyman. No domingo teve lugar a terceira e última corrida do programa e que não diferiu em muito das anteriores. Leong viu a bandeirada de xadrez no sexto posto, sob intensa pressão do chinês James Yu, numa corrida vencida por Conwright, o norte-americano da Absolute Racing, equipa cujo Team Manager da estrutura de Fórmula 3 é o piloto de Macau Rodolfo Ávila. Com seis das quinze corridas do ano já disputadas, o campeão asiático de Fórmula 4 e Fórmula Renault de 2017 ocupa a quinta posição do campeonato. A próxima jornada realiza-se dentro de três semanas no Circuito Internacional de Xangai.
Rui Filipe Torres h | Artes, Letras e IdeiasJean-Luc Godard na reabertura da Cinemateca [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Filme, que conquistou a Palma de Ouro Especial quando estreou na recente edição do Festival de Cannes 2018, teve até ao momento em todo mundo poucas projecções e continua a reflexão do realizador sobre o cinema e o estado do mundo. É de referir que em 1968 – a ano fronteira na história das mudanças sociais e políticas em Paris que inflamou o mundo moderno – Jean-Luc Godard com François Truffaut, Polanski, Milos Formam, impediram a abertura do Festival que nesse ano foi cancelado. Talvez a prova de que o cineasta é também um performativo, o grande performativo, diga-se na arte contemporânea. Na sessão completamente esgotada, vi o filme sentado nas escadas , seguiu-se com continuado interesse o filme guerrilha, trabalho de montagem, sobreposição de imagens e sons, que o como o próprio filme explicita é construído com “Textos, Filmes, Quadros, Música, Todos Eles”. “O elenco inclui títulos de livros, escritos, filmes, pinturas, músicas, canções, fotografias, autores, um motor de busca. Em off, continua a ouvir-se Godard. A última afirmação é “e mesmo que nada tivesse sido cumprido como nós havíamos esperado isso em nada alteraria as nossas esperanças” [1]. São muitos os filmes neste filme, o que não é surpreende num cineasta cujo trabalho assenta na citação, na auto-citação, no cinema como matéria do próprio cinema, que de forma radical assume a frase Elian Kazan, “o cinema é a fala do mundo” e a asserção de André Bazin quando afirma que o“ cinema é uma arte impura” . O que faz JLG na sua mesa de montagem, como cria, organiza a produção de sentido nas suas mais recentes obras? “às imagens satura, pinta, queima, imprime outro ritmo, retoma, sobrepõe, dilata, comprime, interrompe. Sacode, até bruscamente, fazendo saltar os formatos de imagem. Aos sons sacode, a mesma brusquidão nas passagens de uma a outra pista da banda, desregula no volume, vozes ora sussurradas, ora baixas, ora altas, ora para se ouvirem em grande plano, ora para se ouvirem em plano de fundo, ora um ora duas ora uma em duas a fôlegos diferentes. E interrompe, entrecorta com silêncios momentâneos mas recorrentes, fá-las conviver com sons docemente musicais ou estridentes como bombas. [2]“ São muitos os filme citados; Jonhy Guitar, Le Petit Soldat, Young Mr. Lincoln, Le Mépris,Eisenstein, Ophuls, outros, vários, todos convocados retrabalhados, misturados com outros textos em outras sequencias produzindo novos sentidos novas reflexões. O filme estrutura-se em cinco partes, como cinco são os dedos da mão, e como a mão pode e é, afirma-o Godard, o único território da liberdade e morte do homem. Importa referir que a Guerra, o sangue, a luta, a violência percorre todo este “Livre D´Image”, a guerra está aí, é dito várias vezes, não vão os espíritos mais adormecidos acordarem em sobressalto e sem aviso prévio. A parte 1, chama-lhe “Remakes”, e em variações Rima(s)kes. A parte 2, “As Noites de São Petersburgo”, título do romance de 1821 de Joseph de Maistre. A parte 3, tem como titulação “Estas flores em carris ao vento confuso das imagens” do livro da Pobreza e da Morte de Rilke. A quarta – “O Espírito das Leis”. Tratado político de Montesquieu em 1748 (a capa da edição francesa surge num dos planos). E a quinta , chama-lhe “Região Central” centrado não sobre a região desértica do Canadá como no filme de Michael Snow, mas centrado na Arábia, petróleo e dominação, a parelha com que se tem constituído o mundo no séc. XX e ainda , em grande parte, no séc. XXI. https://www.youtube.com/watch?time_continue=22&v=t2QU_P5ubjw [1] Folha de sala da Cinemateca / texto assinado por Maria João Madeira [2] Folha de sala da Cinemateca / texto assinado por Maria João Madeira
Paulo José Miranda h | Artes, Letras e IdeiasPoemas de Li Bai [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira vez que tive contacto com Li Bai remonta ao ano de 1992, com a tradução de António de Graça Abreu dos poemas deste poeta da Dinastia Tang. Seguiram-se outras traduções ou versões que fui encontrando, aqui e ali. Mais tarde, em 2001, nos três meses que passei por Macau, o contacto com o poeta Yao Jing Ming – que tinha conhecido no ano anterior em Lisboa – motivou-me para aprofundar o conhecimento do poeta. Estive sempre ciente do enorme muro da língua chinesa e limitei-me às traduções de outros e alguns textos teóricos acerca do poeta. Assim, os poemas que aqui vou apresentar, são poemas que cruzam inúmeras traduções e, sempre que possível, esclarecimentos com pessoas chinesas. Não pretendo que os poemas sejam lidos como traduções, que não são, evidentemente, nem tão pouco assumo qualquer tipo de autoridade que não seja o do amor à poesia em geral e aos poemas de Li Bai – ou o que julgo serem os seus poemas – em particular. De resto, respeito o número de versos de cada poema e tento sempre que posso apresentá-los com a concisão que me é possível, exigência dos próprios originais. ENTRETENDO-ME É impossível não olhar o vinho, e a noite cai sem que me dê conta. Ao descer do céu, as folhas cobrem-me as vestes. Ergo-me bêbado e vou até à lua, no riacho. Ao longe os pássaros, não se vêem pessoas. BEBENDO COM UM AMIGO Bebemos entre as resplandecentes flores da encosta. Um copo, dois copos, e muitos outros se seguiram. Bêbado deixo-me dormir e tu partes. Traz amanhã uma guitarra para abraçarmos, se quiseres. AMOR POR NADA Quão bela é, ao afastar as cortinas da janela. Mas demora-se e vejo as rugas que lhe cavaram a testa E as cicatrizes das lágrimas, que dia a dia lhe cortaram o rosto. Quem será o homem com quem ela troca amor por nada?
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | União Africana anuncia escritório em Pequim [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]União Africana (UA) revelou ontem que vai abrir um escritório de representação em Pequim, durante o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que traz à capital chinesa dezenas de chefes de Estado e do Governo dos países africanos. A inauguração das instalações contará com a presença de Moussa Faki, presidente da Comissão da UA, o cargo executivo mais importante da organização. Faki discursou durante a cerimónia de abertura, em Pequim. O Governo chinês e a UA deverão assinar um memorando de entendimento visando “reforçar a sinergia” entre o projecto internacional de infra-estruturas chinês, a “Nova Rota da Seda”, e a agenda 2063, da organização, segundo o comunicado da UA. Durante a sua estadia em Pequim, Faki “vai reunir com as autoridades chinesas para discutir a melhor forma de avançar com a parceria entre a União Africana e a República Popular da China, no contexto dos resultados do FOCAC”, refere o comunicado da organização.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | MNE chinês defende presença de presidente do Sudão na cimeira [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês defendeu ontem a presença do presidente do Sudão, Omar Al-Bashir, na cimeira sino-africana que decorre em Pequim, apesar de o líder do país africano ser procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio. “A China não faz parte do Estatuto de Roma (estabelecido em 1998 pelo TPI), por isso temos reservas sobre a matéria e esperamos que esse tribunal possa lidar com o assunto com prudência”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying. A fonte oficial considerou “inapropriado” para a imprensa perguntar se Al-Bashir poderia ser detido durante a sua presença na China – um país que já visitou em várias ocasiões – e disse que os dois países “são amigos” e que a China apoia “os esforços do Sudão para manter paz e estabilidade “. “Estamos dispostos a trabalhar com o Sudão para contribuir positivamente para a estabilidade e a paz daquele país”, concluiu. Al-Bashir foi recebido no fim-de-semana numa reunião bilateral do Presidente da China, Xi Jinping, que repetiu este gesto diplomático com cerca de trinta chefes de Estado e de Governo presentes até hoje na sétima reunião do Fórum de Cooperação África-China. O presidente do Sudão, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, em 1989, foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio durante o conflito no Darfur. O Sudão tem sido tradicionalmente um dos principais fornecedores de petróleo na África, uma região na qual a China espera aumentar sua presença comercial e de investimentos.