Hoje Macau InternacionalJuan Guevara, irmão de Che Guevara: “A sua mulher eterna era a revolução” Por Alexandre Peyrille, da AFP Cinquenta anos após a sua morte, o argentino Ernesto Che Guevara, companheiro de revolução de Fidel Castro em Cuba, continua a ser uma figura mítica, e continuará sê-lo nos próximos três séculos, assegura seu irmão Juan Martin Guevara. Em entrevista à AFP, o irmão mais novo do revolucionário sem fronteiras, de 74 anos, conta a intimidade da família Guevara e confessa seu sofrimento por não ter acompanhado Che em sua última missão, na Bolívia, em 8 de Outubro de 1967. Por que morreu Che Guevara na Bolívia? Os militares bolivianos dizem que ele morreu em combate, mas não é verdade. Ele foi executado pelo Exército boliviano. Eles o fotografaram como se fosse um troféu. O Partido Comunista provavelmente traiu-o. A URSS desempenhou um papel muito importante. As duas agências de Inteligência mais poderosas da época, a KGB russa e a CIA americana, concordavam num ponto: o projecto revolucionário latino-americano não deveria funcionar. Valeria a pena assumir a liderança de um pequeno grupo armado na Bolívia? Importante como era? Eu concordo com Fidel Castro. Não é a política que deve estar no front, a política deve enviar outros para o front. O que teria acontecido se ele não tivesse morrido? Se ele não tivesse morrido na Bolívia em 1967, a América Latina seria agora livre, soberana, independente e socialista. Era isso que ele queria. Pois, se ele estivesse vivo, teria triunfado. Para ele, era tudo, ou nada. Por que ele não permaneceu como ministro em Cuba? Porque não era seu objectivo de vida, não era o tipo que fica sentado em um escritório. O que ele teria se tornado, é impossível saber, mas permaneceria ao lado do povo em luta. Como soube da sua morte? Eu trabalhava (em Buenos Aires) numa empresa de laticínios e, na madrugada, os jornais saíram com a sua foto nas capas. Tive que terminar o dia de trabalho, foi difícil. Muitas vezes haviam anunciado sua morte, mas dessa vez sabia que era verdade. A família reuniu-se. O meu pai e minha irmã acreditavam que a foto havia sido manipulada. Meu irmão Roberto viajou para a Bolívia. Depois, Havana confirmou que era Ernestito. O ministro do Interior boliviano havia enviado para Cuba suas mãos, cortadas, para a verificação das impressões digitais. Como explica o facto de Che ter-se tornado uma celebridade mundial? Os mitos existem, porque as sociedades os criam. Digo que as duas imagens mais famosas do mundo são as de Cristo e a de Che. Um amigo me disse uma vez: ‘você exagera, a de Cristo é mais conhecida’. Claro, ele morreu há 2000 anos, Che, há 50. Nós não estaremos aqui para vê-lo, mas o Che, em 300 anos, sempre será Che. E espero que haja outros Ches. Descreva um pouco de sua personalidade. Ele tinha um grande sentido de humor, que é de família. Quando tinha uma ideia em mente, ia até o fim. Era visionário, de um pensamento profundo. A herança que ele deixou para a juventude foi seu pensamento, sua ética, sua acção, seus “cojones”. Ele permaneceu profundamente argentino, amava o chá-mate e churrasco. Ser irmão de Che ajudou a determinar seu destino, não? Era militante universitário antes da Revolução Cubana, e Ernesto era meu irmão de sangue e meu companheiro de ideias. Ele ensinou-nos a não ler como lemos a Bíblia. Ele era antidogmático, com uma liberdade de pensar. Teria gostado de permanecer com ele em Cuba, em 1959, mas meu pai não quis. Em La Higuera (lugar de sua morte na Bolívia), pensei ‘por que não estava ao seu lado?’. Ser seu irmão não é um fardo, mas uma herança. Nem sempre foi fácil: colocaram bombas, metralharam nossa casa. Sua acção ameaçou interesses muito poderosos”. Che amava as mulheres? Ele atraia a atenção das mulheres. Não era muito exigente em termos de beleza feminina, amava as mulheres normais. Hilda (sua primeira esposa), não era uma Brigitte Bardot. Graças a Hilda, ele conheceu Fidel. A mulher de sua vida? Pelo que sei, Aleida March foi a mulher mais importante de sua vida. Ela deu-lhe quatro filhos. Mas… a sua mulher eterna era a revolução.
Hoje Macau China / ÁsiaSanta Sé e Pequim devem ter relação de “tolerância”, defende jesuíta chinês [dropcap style≠’circle’]“A[/dropcap]ctualmente está em andamento o diálogo entre a Santa Sé e o governo chinês: os meus votos são de que a Santa Sé não desafie o governo com um ideal muito elevado ou irreal, o que nos forçaria a escolher entre a Igreja e o governo chinês”, afirmou ao Padre Antonio Spadaro o jesuíta chinês Joseph Shin, com 90 anos passados entre a China e Roma. O sacerdote, que vive actualmente em Xangai, revela os sentimentos dos católicos chineses e os problemas que a diplomacia deve enfrentar para manter um canal sempre aberto com Pequim, em vista da plena relação. Entre os temas de interesse, a leitura que Padre Shih faz dos acontecimentos envolvendo o Bispo Ma Daquin, auxiliar de Xangai ordenado em 2012 com o aval do Papa, e hoje acusado de “colaboracionista” por alguns católicos. “Embora esteja actualmente em prisão domiciliar – diz Padre Shih – ele está a tentar aproximar-se do governo; faço votos de que a Santa Sé o apoie e o deixe tentar”. “Sou optimista”, diz ele ao ser interpelado sobre o momento actual vivido pela comunidade católica na China. “Antes de tudo – explica – porque acredito em Deus”. Perguntado sobre que tipo de relação deveria existir entre Santa Sé e China, respondeu: “A de oposição? Seria um suicídio! O acordo? Tampouco, porque a Igreja perderia a sua identidade. Assim, a única relação possível é a da recíproca tolerância. A tolerância é diferente do acordo. No acordo se cede algo ao outro, até o ponto que o outro fique satisfeito. A tolerância não cede, nem exige que o outro ceda”. O convite ao otimismo da fé e à tolerância vai de encontro às afirmações feitas pelo Papa Francisco em diversas ocasiões sobre o diálogo, quer político como ecuménico e inter-religioso. Para o jesuíta chinês, “é preciso ir além dos preconceitos e das aparências. Se não nos obstinarmos nos nossos preconceitos e soubermos olhar para além das aparências, descobriremos que os valores fundamentais do socialismo sonhados pelo governo chinês não são incompatíveis com o Evangelho em que acreditamos”. “Poder-se-ia perguntar então: mas se a Santa Sé não se opõe ao governo, este último tolerará a Igreja na China? Podemos somente dizer – recorda o religioso – que a Igreja Católica na China existe e funciona. Isto significa que de uma forma ou outra, a tolerância já é vivida e experimentada”. Como a Santa Sé e o governo chinês estão a dialogar – observa ainda Shin – “aqueles que se opõem, acentuando de modo exagerado e instrumental a diferença entre a ‘Igreja oficial’ e a ‘Igreja clandestina’, explorando este aspecto sem escrúpulos para impedir o processo em andamento”, não ajudam de facto, “a vida e a missão da Igreja na China”. Desta forma Dom Ma Daqin, que nunca pode exercer o ministério episcopal pelas críticas feitas à Associação Patriótica em 2012 após a sua nomeação – e por isto está em prisão domiciliar desde então – “hoje que tenta uma aproximação com o governo, não trai suas convicções, nem se rende”.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong responde aos EUA: “Um país, dois sistemas” é bem-sucedido, afirma governo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Região Administrativa Especial vizinha tem exercido a política “Hong Kong governado por gentes de Hong Kong” com um alto grau de autonomia em acordo rigoroso com a Lei Básica desde que Hong Kong retornou à pátria, disse nesta sexta-feira um porta-voz do governo da RAEHK. Segundo a mesma fonte, tal demonstra a implementação completa e bem-sucedida do princípio “um país, dois sistemas”, que tem sido extensamente reconhecido pela comunidade internacional, observou. O porta-voz fez as observações em resposta a um relatório emitido pela Comissão Congressional-Executiva dos Estados Unidos sobre a China, na quinta-feira. “Os órgãos legislativos estrangeiros não devem interferir, em qualquer forma, nos assuntos internos da RAEHK”, disse o porta-voz. A Lei Básica da RAEHK especifica as directrizes “um país, dois sistemas” e “as gentes de Hong Kong administram Hong Kong” com um alto grau de autonomia. Os sistemas económicos e sociais e o estilo de vida anteriores de Hong Kong permaneceram inalterados, e a maioria das leis continua a valer. A Lei Básica garante que a RAEHK tem um alto grau de autonomia e desfruta de poder executivo, legislativo e judicial independente, incluindo o de adjudicação final. Os dados do Banco Mundial mostram que o indicador de Hong Kong no Estado de direito, um valor essencial da sociedade de Hong Kong, saltou de atrás de 60º lugar no mundo em 1996 para o 11º lugar em 2015, bem melhor que algumas das grandes economias ocidentais. Hong Kong teve 3,2% no crescimento económico anual em média desde 1997, bastante notável para uma economia basicamente desenvolvida já 20 anos atrás. Hong Kong permaneceu sendo a economia mais livre do mundo no mais recente relatório do Instituto de Fraser sobre a liberdade económica, um grupo de pesquisa canadiano. Nas cinco áreas de avaliação, Hong Kong continuou a atingir um alto ranking em regulação e liberdade de comércio internacionalmente no relatório emitido em Setembro. A chefe do Executivo da RAEHK, Carrie Lam, disse que o desenvolvimento e prosperidade contínuos da pátria não só dão força a Hong Kong para enfrentar desafios, mas também fornecem oportunidades para Hong Kong explorar as novas direcções de desenvolvimento. “Desde que aproveitemos as nossas forças, fiquemos concentrados, apreendamos as oportunidades e estejamos unidos, eu estou certa de que Hong Kong pode atingir alturas ainda maiores”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan pede a milhares de investidores que regressem à ilha [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]aipé pediu a centenas de milhares de investidores da ilha na China que considerassem regressar a Taiwan, uma vez que as relações económicas bilaterais dos dois lados do estreito são já “concorrentes mas de cooperação”. A fundação para as trocas no estreito [da Formosa], encarregada por Taipé de gerir as relações com a China, pediu na quinta-feira a empresas da ilha radicadas na China que devolvam os investimentos a Taiwan. Dezenas de milhares de empresas de Taiwan na China devem considerar regressar à ilha, onde podem encontrar terreno fértil para o desenvolvimento, dado o aumento dos custos na China, disse o presidente da fundação SEF, Tien Hung-mao, num encontro com empresários locais radicados no continente. Tien sublinhou que os investimentos na China correm perigo devido a uma previsível bolha imobiliária relacionada com a dependência da China da dívida e das crescentes saídas de capital, que ameaçam também criar um problema financeiro. As empresas que já estão a enfrentar problemas, devido à mudança de estrutura económica na China, vão sofrer novos embates no futuro e para se protegerem o melhor é voltar a Taiwan”, acrescentou Tien, de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE. A China utiliza os empresários da ilha radicados no continente para pressionar Taipé, enquanto os dirigentes políticos de Taiwan procuram diminuir a dependência económica da China para manterem a autonomia em relação a Pequim. A fundação SEF é uma organização semi-oficial encarregada das relações com a China, na ausência de relações oficiais. Entretanto, Chang Hsiao-yueh, responsável pelo Conselho para os Assuntos da China continental, disse no seminário para empresários de Taiwan a investir na China que o governo da ilha está a trabalhar para resolver a falta de pessoal, terra, água e electricidade, bem como as questões fiscais, considerados obstáculos ao regresso à ilha de empresários a investir no continente.
Valério Romão h | Artes, Letras e IdeiasDo comércio local [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]nde vivo, num bairro da baixa de Lisboa, é raro o dia em que não se inaugure uma loja nova. E isto num espaço relativamente reduzido que compreende a distância do café mais perto da minha casa ao mini-mercado igualmente mais próximo. São creperias francesas tradicionais, lojas de roupa africana, espaços de co-work e os inevitáveis tudo-em-um paquistaneses ou indianos. As lojas, no entanto, estão quase todas vazias. Apesar de se apresentarem impecavelmente limpas, apesar dos sorrisos com que nos brindam do outro lado do balcão aqueles que estão encarregados de receber os clientes, os clientes, esses, teimam em não aparecer. Não sei qual é a demanda por roupa africana, donuts porto-riquenhos ou café normalíssimo a dois euros. Mas não tenho de saber. Não sou parte interessada na dinamização e rentabilidade dos sítios que oferecem esses produtos ou serviços. O problema, no entanto, é que mais ninguém parece saber. A massificação do turismo em Lisboa parece ter contagiado a maioria dos lisboetas de gene empreendedor com uma espécie de febre do pioneiro. A presença de tanta gente na rua provoca no aspirante a milionário a ilusão de que seria apenas abrir uma porta numa loja virada para a rua para começar imediatamente a enriquecer. Só assim se parece conseguir explicar a tanta porta aberta corresponda tanta loja vazia. Entretanto, e apesar da multiplicação pipoqueira de tudo quanto é gelataria indie e decoração vintage, à zona onde habito falta ainda uma pastelaria decente onde não seja necessário empenhar um órgão para comer um pastel de nata e um minimercado que compita com o minipreço. Bem sei que abrir uma pastelaria ou um minimercado não possui o glamour associado a concretização do sonho de ser o legítimo proprietário de uma banca de smoothies orgânicos, mas é capaz de ser mais interessante de uma perspectiva económica. E talvez o factor económico tenha alguma importância quando se trata de abrir um espaço comercial. No mundo dos negócios, o conservadorismo e a inovação têm a mesma importância na dinamização do mercado em que o negócio se insere: as pessoas que aderem às dietas paleo-crudo-mesozóicas são as mesmas que precisam de fazer uma fotocópia ou de comprar vegetais. Quem compra comida africana também há-de eventualmente comprar cigarros. Há uma série de necessidades porventura menos trendy que, ainda assim, compõem uma fatia bastante apreciável do mercado. A isso acresce o facto de os turistas, esses canalhas, não serem os autómatos gastadores que deveriam ser. Ao que parece, o homo turisticus, apesar da fama esbanjadora, tem critério. Ou seja, mesmo que seja enganado naqueles restaurantes de fama duvidosa na baixa e pague trezentos euros por um bacalhau com natas, dificilmente comprará com a mesma facilidade aquele porta-chaves com camarões de plástico multicolores e réplicas de olhos de mocho que se vende na loja de “artigos típicos das caraíbas na perspectiva das religiões sincretistas e da magia negra”. Ou um gelado de sardinha e maionese. Mas a insistência em prover de soluções desnecessárias a maior parte das lojas recém-abertas que se vê por aí tem porventura origem no mesmo fenómeno que ocorre com as bandas que parecem tocar apenas para os músicos que a integram. Espero que, pelo menos, se estejam a divertir.
António de Castro Caeiro h | Artes, Letras e IdeiasPoesia de Georg Trakl A jovem criada[1] Dedicado a Ludwig von Ficker 1 Amiúde, junto ao poço, ao entardecer, Vemo-la, enfeitiçada, de pé, a Tirar água, ao entardecer. Baldes a subir e a descer. Nas faias, esvoaçam gralhas, E ela parece-se com uma sombra. Os seu cabelos amarelos esvoaçam E no pátio chiam os ratos. E fascinada pelo declínio, Baixa as pálpebras inflamadas. Erva seca em declínio Cai a seus pés. Die junge Magd Ludwig von Ficker zugeeignet 1 Oft am Brunnen, wenn es dämmert, Sieht man sie verzaubert stehen Wasser schöpfen, wenn es dämmert. Eimer auf und nieder gehen. In den Buchen Dohlen flattern Und sie gleichet einem Schatten. Ihre gelben Haare flattern Und im Hofe schrein die Ratten. Und umschmeichelt von Verfalle Senkt sie die entzundenen Lider. Dürres Gras neigt im Verfalle Sich zu ihren Füssen nieder. [1] TRAKL, GEORG. (2008). Das dichterische Werk: Auf Grund der historisch-kritischen Ausgabe. Editores: Walther Killy e Hans Szklenar. Munique. Deutscher Taschenbuch Verlag. A jovem criada 2 Silenciosamente, trabalha no quarto E o pátio há muito que está deserto. No sabugueiro, à frente do quarto, Um melro canta o seu lamento. Prateada a sua imagem, no espelho, olha estranhamente para ela, no lusco-fusco, E a imagem entardece pálida no espelho, E estremece perante a pureza da rapariga. Como num sonho, canta um criado na escuridão, E ela olha-o fixamente, abalada pela dor. Uma vermelhidão goteja através da escuridão. De repente, o vento sul sacode o portão. Die junge Magd 2 Stille schafft sie in der Kammer Und der Hof liegt längst verödet. Im Hollunder vor der Kammer Kläglich eine Amsel flötet. Silbern schaut ihr Bild im Spiegel Fremd sie an im Zwielichtscheine Und verdämmert fahl im Spiegel Und ihr graut vor seiner Reine. Traumhaft singt ein Knecht im Dunkel Und sie starrt von Schmerz geschüttelt. Röte träufelt durch das Dunkel. Jäh am Tor der Südwind rüttelt.
Hoje Macau SociedadeMaterial escolar | Mais de 33 mil alunos receberam subsídios [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) atribuiu, até ao passado 7 de Setembro, apoio financeiro a quase 34 mil alunos para que estes possam adquirir o seu material escolar. Tais subsídios dizem respeito ao ano lectivo 2016/2017. Dados anunciados ontem pelo Governo revelam que, deste grupo de alunos, mais de 15 mil alunos frequentam cursos superiores em Macau, enquanto os restantes, mais de 17 mil, estão a estudar no estrangeiro. Há apenas 996 estudantes que, estando em Macau, frequentam cursos ministrados por instituições de ensino superior estrangeiras. Mais de oito mil alunos que estão fora estudam no interior da China, quase dois mil estão nas universidades de Hong Kong, pouco mais de cinco mil decidiram frequentar os seus cursos em Taiwan. Apenas 305 alunos estão em países europeus como Portugal ou Reino Unido. Apenas 502 pessoas que usufruíram deste apoio financeiro frequentam programas de doutoramento, enquanto que a maioria, quase 27 mil pessoas, estudam em cursos de licenciatura. Cursos ligados às áreas de comércio, administração ou Direito são os mais populares neste âmbito, uma vez que existem mais de onze mil alunos beneficiados. O GAES aponta que esta ajuda financeira “não só apoia os estudantes nos seus estudos e diminui os seus encargos financeiros, como também ajuda o Governo a obter os dados dos residentes de Macau, quanto à situação de frequência dos cursos do ensino superior e respectiva localização”.
Hoje Macau PolíticaFung Soi Kun | Aliança do Povo fala de irregularidades tardias [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s irregularidades detectadas no pedido de reforma do ex-director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Fung Soi Kun, deveriam ter sido descobertas mais cedo. A ideia foi deixada pelo presidente da Associação Aliança de Povo de Instituição de Macau, Lei Leong Wong, ao jornal Ou Mun. O responsável mostra-se insatisfeito com o decorrer do processo de pedido de reforma ligado ao ex-responsável pelos SMG e justifica a situação com a falta de conhecimento jurídico por parte dos funcionários públicos. Lei Leong Wong lamenta que, apesar do processo ter passado por vários departamentos públicos, não tenham sido detectadas as suas falhas legais. Para o presidente da Aliança do Povo, o facto de que ninguém tenha assinalado que o processo de pedido de reforma de Fong Soi Kun não reunia os requisitos necessários levanta questões de fundo relacionadas com a formação dos próprios funcionários no que respeita ao conhecimento, compreensão e aplicação das leis. No entender do responsável, só há uma solução, que passa pela implementação de mais formação na área. Lei Leong Wong adiantou ainda que, de acordo com o Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública de Macau, as regras estão bem esclarecidas no que respeita às condições necessárias para dar seguimento a pedidos de reforma na Função Pública, pelo que considera “irracional” o que se passou com o processo de Fong Soi Kun. Ao mesmo tempo que pede que o Governo implemente acções de formação jurídica aos quadros da função pública, Lei Leong Wong exige também que o Executivo reveja o sistema de responsabilização dos seus funcionários.
Victor Ng PolíticaAssembleia Legislativa | Paul Chan Wai Chi defende nomeação de deputados portugueses Paul Chan Wai Chi, ex-deputado e candidato nas últimas eleições, considera que o Chefe do Executivo deveria ter nomeado, pelo menos, um deputado português, por memória à Declaração Conjunta [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] antigo deputado e número dois de Sou Ka Hou nas últimas eleições considera que Chui Sai On falhou na escolha dos sete deputados nomeados para a Assembleia Legislativa (AL), pelo facto de não ter escolhido um membro da comunidade portuguesa ou macaense. Em declarações ao HM, Paul Chan Wai Chi defendeu a existência de deputados portugueses nomeados no hemiciclo, lembrando que a assinatura da Declaração Conjunta Luso-Chinesa, em 1987, previa a participação de portugueses no meio político local. O também dirigente da Associação Novo Macau apontou que, desde a transferência de soberania de Macau para a China, o número de deputados portugueses tem vindo a diminuir, sendo que, na próxima legislatura, que arranca a 15 de Outubro, não haverá qualquer deputado nomeado de nacionalidade portuguesa. Quanto a este ponto, Paul Chan Wai Chi confessou sentir-se desiludido e questiona se, caso o Governo e o próprio Governo Central afastem a necessidade de nomeação de deputados de origem portuguesa, será possível reduzir o número de nomeados e aumentar os assentos eleitos pela via directa. O último deputado nomeado português nomeado ou de origem macaense foi o advogado Philip Xavier, que cessou funções em 2009. Nomes como o de José Manuel Rodrigues ou de José Manuel Baptista Leão chegaram a sentar-se no hemiciclo pela via da nomeação após 1999. Nas últimas eleições legislativas antes da transferência de soberania, o governador Vasco Rocha Vieira nomeou José João de Deus Rodrigues do Rosário, Raimundo Arrais do Rosário (actual secretário para os Transportes e Obras Públicas), Joaquim Morais Alves, Jorge Neto Valente, José Manuel de Oliveira Rodrigues, António José Félix Pontes e o advogado Rui Afonso. Sem representatividade O antigo deputado disse ainda duvidar da representatividade dos novos sete deputados nomeados porque, na sua visão, não representam a diversidade de vozes que existe na sociedade. Sobre os futuros obstáculos do hemiciclo, Paul Chan Wai lembra a saída de deputados com muita experiência, como é o caso de Leonel Alves ou Kwan Tsui Hang, o que vai obrigar a um maior esforço nos trabalhos de produção e análise de leis. Eleições em debate No próximo dia 15 de Outubro terá lugar, em Macau, um debate sobre as últimas eleições legislativas, que conta com organização do Jornal Observatório de Macau, dirigido por Paul Chan Wai Chi. O evento terá lugar no Centro Pastoral Diocesano da Juventude em Macau e terá a presença de três oradores, um deles de Hong Kong. Trata-se de Chan Chi Wang, docente da Universidade de Hong Kong que é também residente de Macau. Paul Chan Wai Chi espera que possam ser analisados aspectos como as insuficiências verificadas nas últimas eleições, a alteração da lei eleitoral, a reforma do sistema político e o aumento do número de deputados eleitos pela via directa na AL. Chan Wai Chi espera que, com a presença do docente de Hong Kong, poder-se-á discutir os sistemas políticos das duas regiões administrativas especiais, analisar diferenças e avançar com sugestões para o futuro.
João Santos Filipe Manchete PolíticaJogo | Sector com menos deputados, mas com o mesmo poder O futuro da indústria do jogo vai ser um dos grandes temas da próxima Legislatura. As saídas de deputados associados ao casinos e as entradas de Sulu Sou, Leong Sun Iok e Agnes Lam abrem o espaço para uma maior representação do sector laboral. Contudo, o espectro de uma mudança com tradução nas grandes decisões está longe do hemiciclo [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om as concessões das operadoras de jogo a expirarem entre 2020 e 2022, espera-se que o futuro da indústria seja um dos temas mais presentes na Assembleia Legislativa, ao longo dos próximos quatro anos. As saídas de deputados ligados ao casinos, como Chan Meng Kam, Melinda Chan ou Fong Chi Keong, e a entrada de legisladores mais próximos dos trabalhadores, como Leong Sun Iok, Sulu Sou ou Agnes Lam, fazem antever um maior equilíbrio entre as diferentes vozes. Neste cenário seria de antever também um maior equilíbrio na altura de tomar as decisões. Porém, não é esse o entendimento dos analistas ouvidos pelo HM, apesar de admitirem a existência de uma maior pluralidade no hemiciclo. “Os debates sobre o jogo vão ser mais diversificados e acredito que vamos ouvir mais opiniões contrárias, mesmo dentro da indústria. As opiniões que defendem mais direitos para os trabalhadores vão ser mais constantes porque os deputados já não se vão limitar a defender os interesses das operadoras, como aconteceu no passado”, disse Larry So, académico, ontem, ao HM. O académico explicou esperar que o número dois da lista apoiada pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), Leong Sun Iok, seja uma das vozes pró-trabalhadoras mais activas. O futuro deputado é o responsável na FAOM por lidar com as queixas apresentadas pelos empregados do sector. “Só que não creio que a maior pluralidade vá limitar a capacidade de expressão dos interesses ligados aos patrões do jogo. Podemos olhar para a saída de Melinda Chan [derrotada nas eleições]. Contudo permanecem no hemiciclo deputados ligados a esses interesses, como Angela Leong”, sublinhou. Via directa para Pequim Também Bill Chou, académico e activista político, acredita que as vozes dos donos dos casinos vão ter menos tempo na AL. Porém, recusa encarar esse facto como uma perda de poder para os interesses do jogo. “Não há dúvidas que têm menos deputados. Mas é preciso não esquecer que os patrões mais poderosos da indústria são as concessionárias. E algumas delas têm contactos directos com Pequim”, afirmou Bill Chou. “Os donos dos casinos vão ser menos ouvidos. No entanto, por exemplo, Chan Meng Kam continua a ser membro do Conselho do Executivo, que é um órgão muito mais importante do que a AL”, frisou. Por sua vez, Johnson Ian, candidato não-eleito da lista Sinergia de Macau, liderada por Ron Lam, defende que a situação não vai sofrer grandes alterações. “Conto cerca de 10 deputados que têm ligações à indústria do jogo. Angela Leong, Zheng Anting, Vong Hin Fai, Chan Chak Mo, Davis Fong, Vitor Cheung são alguns deles. Os interesses da indústria continuam a estar muito bem representados entre deputados, quer sejam eleitos de forma directa, indirecta ou nomeados”, começou por dizer o ex-jornalista. “Sulu Sou e Leong Sun Iok podem ter um papel muito importante nas reivindicações laborais, porque sempre tiveram essa postura de pedir às operadoras para que assumam responsabilidades sociais maiores. Mas no essencial não creio que haja uma grande alteração nos equilíbrios na AL”, acrescentou. Por outro lado, Bill Chou defende que Agnes Lam vai colar-se ao interesses dos casinos durante os debates, fazendo com que não se assuma como uma voz próxima do sector laboral: “Ela não é independente e nunca expressa opiniões que causem danos aos grandes negócios”, acusou. O activista realçou igualmente as limitações de Sulu Sou: “não foi eleito com os votos das associações laborais. Acredito que esse facto vai fazer com que acabe por não ter muito impacto, apesar das reivindicações que vai fazer”, frisou. Jogo em discussão No que ninguém tem dúvidas é que a discussão do futuro do jogo vai ser um dos grandes temas da VI Legislatura, que se inicia a 16 de Outubro. Um assunto que vai ter um enorme impacto no futuro de Macau, dada a dependência económica face ao sector. “Estamos numa fase em que as empresas de jogo cresceram muito e estão disponíveis para fazer o que o Governo lhes pedem. Mas acredito que a situação vai mudar”, anteviu Johnson Ian, “Quando se começar a definir o futuro modelo do jogo, com as discussões de impostos e o possível aumento do número de concessões para sete ou oito, o debate vai ser muito intenso. Nessa altura, as vozes da indústria vão ser mais activas na tentativa de pressionar o Governo e pedirem o mesmo à sociedade”, complementou. Larry So, que partilha a opinião de Johnson Ian, também espera que o tema comece verdadeiramente a ser debatido quando se souberem as condições para a atribuição das licenças. “Vai ser o grande tema e desafio da Legislatura. O Governo está neste momento a olhar para o processo [renovação das licenças], e qualquer movimentação na indústria pode ter um impacto no futuro do jogo. Por isso, nesta fase, estão todos à espera para ver quais são as condições”, apontou. Existem actualmente três concessões atribuídas a Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn Resorts, além das três subconcessionárias: Venetian Macau, MGM e Melco. A primeira concessão a expirar é a da SJM, em 2020, sendo que as outras vão expirando progressivamente até 2022. O dilema de Angela Leong Apesar de ter sido eleita com 10.447 votos, as opiniões de Angela Leong sobre a indústria do jogo podem facilmente transformar-se num calcanhar d’Aquiles. Antes das eleições, vários analistas acreditavam que a quarta mulher de Stanley Ho ia eleger dois deputados, devido ao apoio de William Kuan. Só que a eleição do segundo candidato ficou longe e a perda do apoio laboral pode colocar a directora executiva da SJM numa situação complicada. “Em muitos assuntos ela vai ter de ficar no meio da estrada, principalmente quando estivermos mais perto da altura das eleições. Nessa fase ela não pode ser colada a medidas que prejudiquem os interesses dos trabalhadores”, afirmou Larry So. “Por outro lado, ela não tem interesse em ver as licenças serem renovadas com condições prejudiciais para os lucros das operadoras. Vai ter de ser muito inteligente na forma como vai abordar estes assuntos”, defendeu So. Bill Chou acredita que o espectro de Melinda Chan vai mesmo pairar sobre Angela Leong. A mulher de David Chow falhou a eleição para deputada, e alguns dos apoiantes explicaram o insucesso com a incapacidade para mobilizar os trabalhadores do grupo liderado pelo marido. “O exemplo de Melinda Chan vai estar presente na mente de Angela Leong. Por outro lado, ela também nunca utilizou muito a AL para defender os interesses dos casinos. Percebe que os contactos directos com o Governo e com Pequim são mais importantes”, sublinhou. Johnson Ian explica as dificuldades com uma mudança nos eleitores: “Antes, os empregados do jogo tinham menos opções de voto. E os trabalhadores da SJM confiavam muito em Angela Leong. Só que essa situação mudou”, explicou. “A deslocação do votos dos empregados do jogo para listas não ligadas aos seus patrões é uma tendência que se vai acentuar”, acrescentou. A incógnita Davis Fong Académico especializado na indústria do jogo, Davis Fong é a grande incógnita da futura legislatura. Entre as opiniões interessadas ligadas a proprietários de casinos e à força laboral, Davis Fong pode assumir-se como um homem capaz de construir consensos com opiniões mais académicas. Contudo, como nomeado pelo Chefe do Executivo, vai ter dificuldades para se descolar da imagem de voz do Governo, caso tenha essa ambição. “Não acredito que vá trazer para a sociedade novas ideias para o sector do jogo. Está lá para ‘moderar’ o debate sobre as licenças e, como nomeado pelo Governo, vai reflectir as opiniões do Executivo”, disse Johnson Ian, que revela ter poucas esperanças face ao deputado, em termos de um novo discurso. Enquanto académico, Davis Fong esteve à frente do estudo intercalar sobre o sector do jogo, publicado no ano passado e encomendado pelo Governo. Larry So considera que os resultados do estudo vão orientar a actuação do futuro deputado: “O estudo vai ser uma referência para a sua actuação. Mas está lá para defender as posições do Governo, por isso não espero que tenha opiniões muito próximas do sector laboral”, considerou. Bill Chou foi o que se mostrou mais pessimista face ao deputado nomeado, recordando o percurso de Davis Fong, que é o director do Instituto para o Estudo do Jogo Comercial, da Universidade de Macau. “Não tenho expectativas sobre ele. O centro de pesquisa que lidera na Universidade de Macau está dependente do financiamento dos casinos”, começou por dizer. “Portanto, não acredito que com ele aumente o número de deputados a falar em nome dos trabalhadores do sector”, frisou.
Victor Ng PolíticaPortas do Cerco | Governo deve simplificar procedimentos administrativos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] terminal de autocarros das Portas do Cerco, o mais movimentado do território, deve ver agilizados os procedimentos para uma rápida reconstrução. A deputada reeleita por via indirecta no passado dia 17 de Setembro, Chan Hong, pede ao Governo para facilitar os procedimentos administrativos de modo a facilitar as obras a que vai ser sujeita a infra-estrutura, depois dos estragos causados pela passagem do tufão Hato. O terminal tem sido alvo de queixas de vária ordem, mesmo quando estava em funcionamento. Em causa, recorda a deputada, estavam as más condições de funcionamento ligadas ao precário sistema de ventilação e à falta de luz. Agora fechado o recinto para obras, as condições de circulação dos passageiros que têm de apanhar autocarros naquela área são mesmo perigosas, considera Chan Hong. Em causa está o grande fluxo de passageiros que, dados os condicionamentos à circulação de autocarros, coloca em perigo a circulação dos mais jovens e de idosos. “As condições são muito más para os passageiros e existe risco de segurança para estudantes na zona, assim como para os idosos e outros grupos vulneráveis da população”, refere. A deputada queixa-se ainda, em interpelação escrita, que o estudo sobre o plano conceptual urbanístico da zona das Portas do Cerco e envolvente, concluído em 2012, ainda não foi concretizado em nenhuma das suas vertentes. Dada a urgência da situação, Chan Hong considera que as obras a terem lugar no terminal devem ser concluídas o mais rapidamente possível e para o efeito pede ao Executivo que simplifique os procedimentos administrativos necessários. Entretanto, a deputada sugere ainda que o Governo utilize um terreno situado entre a Avenida do Comendador Ho Yin e a Rua dos Currais para albergar um espaço temporário de paragem de autocarros.
João Santos Filipe PolíticaKiang Wu | Associação vai construir edifício com casas e lojas O Governo autorizou a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu a juntar dois terrenos, na Rua de Camilo Pessanha, e transformar o espaço num edifício com seis pisos. O imóvel vai ser utilizado para a recolha de fundos para a associação [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu garantiu a autorização necessária para anexar dois terrenos na Rua de Camilo Pessanha e construir um edifício com seis pisos para fins habitacionais e comerciais. A informação foi publicada em Boletim Oficial, com a associação presidida pelo deputado Tommy Lau a pagar 3,38 milhões de patacas, pela revisão do contrato de concessão dos terrenos. O edifício vai ser utilizado para arrecadar fundos para a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, o que supõe a venda ou arrendamento do mesmo. “Uma vez que o edifício a construir no terreno não se destina ao seu uso [da associação], a mesma apresentou deliberação do órgão social competente a autorizar a prática do acto, o qual visa a recolha de fundos para a prossecução dos seus fins”, é explicado no despacho de Raimundo Rosário, que revelou a informação. Actualmente, a associação está na posse da concessão dos terrenos n.º 24 e n.º 26 na Rua de Camilo Pessanha, que têm 38 m2 e 39 m2, respectivamente. Com a anexação, a área global passa a ser de 77m2. Segundo os planos apresentados, no novo edifício a área destinada a habitação é de 409 m2 e ao comércio de 57 m2. O prazo de reaproveitamento é de 36 meses, ou seja, três anos. Presidente ausente O contrato de reaproveitamento do terreno em causa foi assinado por Tommy Lau Veng Seng, no cargo de presidente da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, e Ho Weng Pio, na posição de vice-presidente. O HM entrou ontem em contacto com Tommy Lau para perceber melhor os detalhes do projecto, mas o ainda deputado não quis comentar o assunto através do telemóvel, por se encontrar no Interior do Continente. O reaproveitamento do terreno foi autorizado pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, a 8 de Maio deste ano, com base num parecer de Raimundo do Rosário, com a data de 10 de Abril. Antes disso, as alterações propostas já tinham recebido um parecer favorável da Comissão de Terras, a 30 de Março de 2017. Recorde-se que Chui Sai On desempenhou anteriormente o cargo de director executivo na Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu. Além disso, vários deputados fazem parte da direcção do Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, que pertence à associação. Entre os legisladores em causa estão Tommy Lau, presidente, Dominic Sio, Fong Chi Keong, Vitor Cheung Lup Kwan e Chan Meng Kam.
Andreia Sofia Silva SociedadeFórum Macau | Novo edifício será “funcional, muito simples” Carlos Marreiros será o arquitecto responsável pelo projecto do novo edifício do Fórum Macau, que será “muito simples, funcional, sem arestas”. A política “Uma Faixa, Uma Rota” dá o mote ao projecto, que tem “um problema funcional complexo” por resolver [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Fórum Macau vai finalmente ter uma casa própria que ficará erguida daqui a 600 dias, bem junto ao edifício da Assembleia Legislativa. Ao HM, o arquitecto Carlos Marreiros levanta a ponta do véu de um projecto cheio de complexidades por ultrapassar. “O projecto está pronto. É só acertar os pormenores, porque até o orçamento está pronto. Temos, naturalmente, de ver que um projecto é sempre um livro aberto até ao fim.” O edifício será “muito simples, funcional, sem arestas” e será erguido tendo como pano de fundo a ideia por detrás da política nacional “Uma Faixa, Uma Rota”, fundamental nas relações culturais e económicas que a China quer estabelecer com os países de língua portuguesa. Neste âmbito, o Fórum Macau será a casa onde essas relações se materializam. Carlos Marreiros garante que o calendário será cumprido, apesar das dificuldades que o projecto acarreta, em grande parte associadas ao terreno onde será erguido o edifício. “Vai ser um esforço brutal. A obra é de grande envergadura e tem dificuldades, porque é numa zona de aterro, tem uma cave. O edifício vai ter três andares e terá nove metros de altura. É um edifício baixo, mas vasto.” “O problema funcional do edifício é muito complexo, com muitas regras de segurança. O edifício tem um programa muito exigente nesse sentido”, acrescentou Marreiros. A Companhia de Construção e Engenharia Omas, ligada à família Ma, foi a vencedora do concurso público onde participaram um total de 12 candidatos. A proposta feita foi a quarta mais barata, no valor de 692,8 milhões de patacas. Carlos Marreiros vai trabalhar ao lado dos engenheiros José Silveirinha e Jorge Lipari Pinto e orgulha-se de estar inserido numa equipa cem por cento local. “A equipa é toda local e isso dá-me muita alegria, porque não é fácil concorrer com construtoras de grande dimensão, que Macau não tem. Participaram construtoras da República Popular da China com muita experiência a nível internacional, mas nós fomos a equipa que ganhámos. Um concurso polémico O concurso público para a construção da sede do Fórum Macau não foi pacífico, pois houve atrasos que originaram desigualdades no acesso ao concurso, sobretudo da parte de arquitectos portugueses. A tradução para português das cláusulas técnicas do concurso chegou um mês depois, além de que houve alterações do projecto a meio do processo. Confrontado com estas eventuais desigualdades, Carlos Marreiros lembrou que se tratam de situações “que não são agradáveis”, até porque ele próprio não lê chinês. Ainda assim, “hoje em dia temos de fazer um esforço”, assegura. “A língua chinesa é a língua oficial de Macau. As traduções demoram algum tempo mas as pessoas têm de ter a noção de que estão em Macau, RAEM da China. A língua principal é a chinesa”. “Houve algumas reclamações neste sentido, mas percebo que não é agradável. O tempo foi curto, mas como conseguimos responder, doze equipas também o fizeram”, frisou. Marreiros afastado do projecto do Palácio Sommer Carlos Marreiros assegurou ao HM que não será o arquitecto responsável pela renovação do Palácio Sommer, situado em Lisboa e recentemente adquirido pela Fundação Macau (FM). O arquitecto disse que chegou a ser convidado para participar como consultor ou colaborador, mas negou, por “não estar interessado”. “O projecto será desenvolvido por equipas portuguesas e faz todo o sentido que assim seja. Todo o projecto é feito lá”, contou Marreiros, que também faz parte do conselho de curadores da FM. O edifício foi comprado a Liu Chak Wan, empresário local que é, também, membro do mesmo conselho de curadores.
Hoje Macau SociedadeFórum de Economia e Turismo com mais cooperação [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 6.ª edição do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau, que decorre nos dias 16 e 17, vai incidir na cooperação com 16 países da Europa Central e de Leste, que estarão representados a nível ministerial. A edição deste ano será subordinada ao tema “Colaboração Regional para um Futuro Melhor” e além de se centrar sobre a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, vai focar-se na chamada cooperação “16+1”, que inclui 16 países da Europa central e de leste e a província chinesa de Guizhou. “Com o forte crescimento do número de visitantes chineses aos países da Europa Central e de Leste nos últimos anos, a China e estes países criaram uma organização oficial para facilitar a crescente cooperação turística”, disse a secretária-geral do Fórum, Pansy Ho, em conferência de imprensa. “Este ano incluímos 16 países da Europa que não são muito conhecidos no Extremo Oriente, alguns deles nem eu visitei. Achámos que era uma boa oportunidade. São todos muito próximos uns dos outros e não são muito grandes, têm experiência em oferecer pacotes turísticos combinados”, acrescentou, explicando que podem representar um bom exemplo para Macau. Representação ministerial Alguns destes países vão estar representados a nível ministerial, como a Hungria, através do Ministro do Turismo, e a Bósnia-Herzegovina. O Fórum vai também contar com a presença do secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai. Estes representantes vão participar nas sessões “Frente a frente entre ministros e líderes do sector privado”, uma das iniciativas do Fórum, que este ano, segundo a organização, vai contar com “o maior painel de oradores de sempre”, 169 de 50 países. Durante o fórum será também apresentada pela OMT a quarta edição do “Relatório sobre tendências do turismo da Ásia”. A 6.ª edição do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau tem um orçamento de 46 milhões de patacas, dos quais 24,2 milhões são da responsabilidade da Direcção de Serviços de Turismo, ficando o restante valor a cargo de patrocinadores. Desde a edição inaugural em 2012, o Fórum atraiu um total de mais de 7.000 participantes de 63 países e regiões, recebeu 54 delegações de diferentes províncias e regiões autónomas do Interior da China, e mais de 300 oradores.
Hoje Macau SociedadeMercado Vermelho | Obras de renovação acontecem este ano [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) adiantou ao deputado Mak Soi Kun que o edifício do mercado vermelho vai ser alvo de obras ainda este ano. “Em 2017 pretende-se efectuar um projecto de reparação de grande escala ao mercado. Deu-se já início ao respectivo estudo que engloba a instalação de elevadores dentro do mercado, do tipo de estrutura independente, além do aumento de equipamentos de electricidade, instalações livres de barreiras arquitectónicas e aparelhos de ar condicionado, entre outros. Tal vai melhorar a higiene ambiental do local”, lê-se na resposta à interpelação escrita do deputado. José Tavares, presidente do IACM, afirma ainda que já estão a ser feitos diálogos com o Instituto Cultural e “serviços competentes por obras”, “para encontrar o plano de tratamento mais adequado e elaborar, com a maior brevidade possível, um calendário concreto do respectivo plano, esperando que possa proporcionar aos cidadãos e comerciantes um ambiente de compras e negócios seguro e agradável, equipado com equipamentos modernos.” O presidente do conselho de administração do IACM acrescentou ainda que, desde 2015, “têm sido realizadas diversas obras de reparação básica, que abrangem a reparação da estrutura de lajes e aperfeiçoamento das instalações de drenagem exteriores”. Além disso, “foi concluída, no segundo semestre do ano de 2016, a recuperação das partes afectadas por ferrugem e infiltração de água”.
Hoje Macau SociedadeAbuso sexual | Ministério Público pede absolvição de João Tiago Martins [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério Público (MP) recorreu da decisão que condenou João Tiago Martins a cinco anos e seis meses de prisão por dois crimes de abuso sexual contra os filhos. No recurso para o Tribunal de Segunda Instância, o Ministério Público pediu a absolvição. A informação foi dada ontem ao canal de rádio da TDM, pelo advogado do arguido, João Miguel Barros. A defesa também apresentou um “extenso recurso”. A sentença que condenou João Tiago Martins foi lida a 5 de Setembro. O Tribunal Judicial de Base considerou o arguido culpado de dois crimes de abuso sexual. Concluiu, no entanto, que não ficou provado o crime de maus tratos, nem que tenha havido relações sexuais com a filha menor. João Tiago Martins foi também absolvido de um acto exibicionista de carácter sexual. O caso envolve os dois filhos menores do arguido e resultou de uma denúncia apresentada pela mãe. O Tribunal Judicial de Base considerou os depoimentos dos menores “credíveis” e que “não há prova que foi a mãe que influenciou” as crianças. Na altura da sentença, o advogado de defesa João Miguel Barros, considerava que “o processo estava completamente cheio de falhas desde o primeiro momento”. João Tiago Martins está em prisão preventiva desde Maio de 2016 e começou a ser julgado em Abril deste ano.
Sofia Margarida Mota Manchete SociedadeIPM | Na Academia Sénior, há novas vidas depois da reforma A Academia Sénior do Instituto Politécnico de Macau é a valência da instituição que se dedica ao ensino a estudantes com mais de 55 anos. O sucesso parece garantido com a satisfação de alunos e professores. A idade, ao invés de acarretar a paragem e o descanso, parece ser fonte de vida e interesse [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] sala estava cheia. As secretárias ocupadas pelos cerca de 30 alunos não tinham telemóveis. Os estudantes não se distraíam e, atentos, seguiam as palavras do professor. De vez em quando ouviam-se sorrisos, com uma ou outra piada. Todos com mais de 55 anos, são alunos do curso de caligrafia da Academia Sénior do Instituto Politécnico de Macau (IPM), um dos 29 cursos administrados pela instituição de ensino superior. Porque envelhecer não é parar, a opção pela continuação dos estudos é uma forma de permanecer activo, saudável e útil. “Devido ao envelhecimento da sociedade, há cada vez mais gente a querer permanecer activa e com saúde”, aponta Lei Kam Wa, professor de caligrafia. Já reformado, ocupa o tempo a ensinar os outros. Ex-trabalhador do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, desde pequeno que Wa gosta mesmo é de literatura chinesa e de se dedicar à arte da escrita de caracteres. Enquanto trabalhava, tirou vários cursos no continente. Tanto o professor como os alunos em nada devem à vitalidade. “O aluno mais jovem que tenho tem 55 anos”, diz, “mas a turma tem toda muita energia”. A matéria que lecciona é, considera, um conhecimento cada vez menos apreciado pelos jovens. No entanto, para os mais velhos soma candidaturas e é das áreas mais procuradas na Academia. “Como a caligrafia exige calma, os alunos sénior sentem-se melhor com a sua aprendizagem e encontram na escrita de caracteres uma forma de preservar a sua saúde mental e de aumentar os seus conhecimentos, sem esquecer que é um assunto essencial na cultura chinesa”, afirma o professor. Por outro lado a aprendizagem destes alunos é rápida, talvez pelo interesse ser genuíno, considera. “Os idosos concentram-se melhor”, refere. Ao contrário dos alunos mais jovens que têm naturalmente melhor memória, os mais velhos, já numa outra etapa da vida, têm outro método: estudam. “Os mais novos têm muito boa memória e ficam logo com a matéria na cabeça, os idosos nem tanto, mas estudam muito”, sublinha o professor Lei Kam Wa. Esta é também a razão que leva o professor, depois de ter passado pelo ensino a crianças e jovens, a preferir ensinar séniores. O resultado é animador, existindo turmas nos cursos de quatro anos geralmente cheias. “Depois do curso, as notas são muito boas e alguns dos alunos acabam por prosseguir o seu trabalho com a realização de exposições inseridas em eventos colectivos, e mesmo individuais”, diz o professor com orgulho. Ensino para todos os gostos Os cursos da Academia permitem aos alunos escolher de entre um leque de disciplinas. Kou Chi Keong, tem 63 anos e está no terceiro ano. Aluno de caligrafia, frequenta ainda aulas de informática, desenho e massagem terapêutica. Nos dois anos anteriores, dedicou-se às aulas de fotografia, medicina chinesa e de pintura ocidental. A ideia de voltar a estudar apareceu mal se reformou, há dois anos. “Felizmente fui um dos cerca de cem alunos que são anualmente sorteados para ingressar na Academia”, refere. Keong, não queria que lhe acontecesse o que via acontecer a alguns conhecidos da mesma idade. “Tenho amigos que depois da reforma começaram a ficar muito confusos e que passam o tempo a dormir e a ver programas de televisão, parece que estão isolados da sociedade”, lamenta. O caso de Kou Chi Keong é o inverso. “Além de estar sempre a aprender, conheço ainda outras pessoas. A Academia organiza também algumas excursões e acabamos por viajar juntos”, explica. No final do curso, Kou pretende continuar a aprofundar conhecimentos, o que já faz com o que aprendeu nos últimos dois anos. “Estudei fotografia e agora ando sempre com a câmara, estudei pintura e vou muitas vezes para a rua desenhar”, ilustra, satisfeito. O mesmo acontece com o erhu, instrumento tradicional chinês, que toca quando se junta com os amigos. O voltar a estudar, já depois de uma vida de trabalho, não é tarefa complicada. “Estudei sempre, durante a vida, é uma coisa que gosto de fazer e se calhar é por isso que não considero os cursos muito difíceis”, refere. O erhu é também o instrumento que Alice Lao, de 65 anos estudou e continua a tocar com a orquestra sénior do IPM. Alice Lao já terminou os quatro anos de curso, mas não conseguiu deixar a Academia. Passou pelo Tai Chi e acabou por continuar na música. O que aprendeu e a continuidade no agrupamento permite-lhe agora continuar a participar nos espectáculos dados pela orquestra tanto em espaços públicos como enquanto animação de instituições de solidariedade social. Academia premiada A Academia do Cidadão Sénior do IPM existe desde Novembro de 1999 e tem como objectivo pôr em prática a ideia da formação para idosos. Existem hoje 29 cursos e actividades, para um total de 54 turmas, com 480 inscritos. Durante os últimos 14 anos, a Academia tem-se empenhado na troca de experiências com instituições de ensino similares no Continente, em Taiwan e em Hong Kong, a fim de aperfeiçoar os seus programas. Em 2009, realizou-se em Pequim a cerimónia de atribuição dos prémios nacionais de “Distinção de Instituições de Ensino para a Terceira Idade” em que a valência de ensino do IPM foi nomeada “Universidade Nacional da Terceira Idade”, enquanto o Presidente do Instituto, Lei Heong Iok recebeu o prémio de “Distinção na área da Educação Nacional para a Terceira Idade” e a directora da Academia, Lam Wan Mei foi nomeada ” Educadora Nacional da Terceira Idade”.
Hoje Macau SociedadeWynn apanhado sem dísticos de proibição de fumar [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde e a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos realizaram uma inspecção a todas as áreas para fumadores situadas numa zona denominada “Pit96” no rés-do-chão do casino Wynn após terem recebido uma queixa telefónica alertando para uma alteração das áreas de fumadores. A investigação efectuada no local revelou que algumas divisões da zona denominada “ Pit96” situada no rés-do-chão do casino Wynn não estão em conformidade com a planta da instalação das áreas para fumadores no casino autorizada em 2012. O casino anexou algumas áreas para fumadores (salão e salas) com áreas para não fumadores (corredores), não existindo separação prática entre as mesmas. De acordo com o que está estipulado nos diplomas em vigor aquelas áreas são consideradas como áreas para não fumadores. No entanto, na fiscalização efectuada verifica-se que a área “Pit 96” do casino Wynn não cumpre o estipulado no artigo n.º 6 da lei n.º 5/2011 que obriga a afixação de dísticos de proibição de fumar, de forma visível, aprovados por regulamento administrativo. Os agentes de fiscalização dos Serviços de Saúde exigiram imediatamente que o responsável do estabelecimento realizasse a fixação dos dísticos de proibição de fumar, aprovados por regulamento administrativo, em lugares visíveis, elaborando autos conforme a situação detectada no local e haverá agora o devido acompanhamento. Se os dísticos de proibição de fumar não forem afixados nos locais considerados, os estabelecimentos envolvidos serão punidos com uma multa entre 10 mil e as 100 mil patacas pela infracção da Lei. A partir do dia 1 de Janeiro de 2018 o valor máximo irá aumentar para as 200 mil patacas.
Hoje Macau Manchete SociedadeTabaco | Multas aumentam a partir de Janeiro O fumo em locais proibidos vai sair mais caro aos infractores. A partir do início do próximo ano as multas para quem se encontrar a fumar onde não é permitido vão chegar às 1500 patacas. A medida é prevista pela implementação gradual da Lei da Prevenção e Controlo do Tabagismo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] partir de 01 de Janeiro do próximo ano, quem fumar em locais proibidos passa a pagar uma multa de 1500 patacas, recordaram esta semana, os Serviços de Saúde em comunicado. Actualmente as multas individuais oscilam entre as 400 e as 600 patacas. A Lei da Prevenção e Controlo do Tabagismo, que entrou em vigor em 2012, tem vindo a ser implementada gradualmente, começando por visar a generalidade dos espaços públicos. Em Julho foi aprovada a legislação que entra em vigor no início de 2018 e que prevê a proibição de fumar em todos os recintos fechados, à excepção dos casinos e dos aeroportos, os únicos dois locais onde as salas para fumadores são permitidas. A nova lei prevê ainda este aumento das multas. Infractores aos milhares Em comunicado, os Serviços de Saúde indicam que este ano, até 30 de Setembro, 5.327 pessoas foram multadas por fumarem em locais proibidos, depois de mais de 250 mil inspecções a estabelecimentos. A maioria dos infractores, 93,8 por cento, eram homens. Metade eram residentes de Macau, 44,8 por cento, turistas, e 5,2 por cento, trabalhadores não-residentes. As infracções foram mais comuns em parques e jardins (16,9 por cento), abrigos afectos a veículos de transporte colectivo (12,4 por cento) e casinos (11,5 por cento). De 1 de Janeiro a 30 de Setembro deste ano, 613 pessoas foram multadas em casinos por violarem a lei do tabaco, a maioria (84,2 por cento), turistas. Desde a entrada em vigor da Lei da Prevenção e Controlo do Tabagismo, em 2012, um total de 43.279 pessoas foram multadas, como resultado de 1,54 milhões de inspecções. Desde 2012, a lei veio a alargar o seu âmbito de aplicação. Em 2015, entrou em vigor a proibição total de fumar em bares, salas de dança, estabelecimentos de saunas e de massagens. Jogo com excepções Os casinos passaram a ser abrangidos dois anos antes, a 1 de Janeiro de 2013, mas apenas parcialmente, dado que as seis operadoras de jogo foram autorizadas a criar zonas específicas para fumadores, que não podiam ser superiores a 50 por cento do total da área destinada ao público. Em Outubro de 2014, “as zonas para fumadores” foram substituídas por salas de fumo fechadas, com sistema de pressão negativa e de ventilação independente, passando a ser proibido fumar nas zonas de jogo de massas dos casinos e permitido apenas em algumas áreas das zonas de jogo VIP. No Verão do ano seguinte foi aprovada, na generalidade, uma proposta de lei que proibia totalmente o fumo nos casinos, mas o Governo viria, no entanto, a recuar na promessa inicial de “tolerância zero”.
Hoje Macau China / ÁsiaInterpol | Xi Jinping apoia expansão e fortalecimento da polícia global O presidente chinês garantiu que a China está totalmente ao lado da Interpol na luta contra o terrorismo. Problema que identificou existir no oeste do seu país. [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China apoiará a Interpol, fortalecendo o perfil e a liderança da agência de cooperação de policiamento global, disse o presidente da China, Xi Jinping, nesta terça-feira, na abertura da assembleia geral da Interpol em Pequim. No ano passado a agência elegeu uma autoridade chinesa de alto nível, o vice-ministro da Segurança Pública, Meng Hongwei, como seu presidente, levando grupos de direitos humanos a questionarem se Pequim pode tentar usar a posição para perseguir dissidentes no exterior. Xi disse que a estabilidade da China é uma contribuição para o mundo, tanto quanto o seu desenvolvimento económico, e que o país apoia firmemente a luta internacional contra o terrorismo. “A China louva intensamente os esforços da Interpol para proteger a segurança e a estabilidade mundiais, e continuará a apoiar a Interpol para esta desempenhar um papel ainda mais importante na gestão global da segurança”, disse Xi, segundo a agência de notícias oficial Xinhua. Há muitos anos que Pequim tenta a ajuda de países estrangeiros para que estes prendam e deportem para a China suspeitos procurados por crimes como corrupção e terrorismo. Tais pedidos encontraram resistência, especialmente de países ocidentais onde surgiram dúvidas sobre a adequação dos indícios oferecidos pelos chineses a critérios aceitáveis nos seus tribunais. Também surgiram temores de que os suspeitos possam sofrer maus tratos e não ter um julgamento justo na China e de que as alegações possam ter motivação política. Na cooperação de aplicação da lei extrafronteiras, disse Xi, as leis de cada nação devem ser respeitadas igualmente, sem “dois pesos e duas medidas”. O ministro da Segurança Pública chinês, Guo Shengkun, disse à assembleia que o seu país espera utilizar a cooperação policial internacional para fortalecer a defesa contra a ameaça de militantes que retornam do exterior para se unirem a grupos como o Movimento Islâmico do Turquistão Oriental. Grupos de direitos humanos criticam a China por empregar mal o sistema de “alerta vermelho” da Interpol, visando uigures exilados de Xinjiang que acusa de terrorismo. O secretário-geral da Interpol, Juergen Stock, disse que a organização “reforçou significativamente” a análise de pedidos de alertas vermelhos de todos os 190 países-membros e que no ano passado “99 por cento” obedeceram aos regulamentos internos da Interpol. Presidente quer ser líder mundial em armamento [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês manifestou às principais empresas de defesa do país o desejo de melhorar o armamento, para a China estar à altura “dos mais poderosos do mundo”, segundo um documentário emitido pela televisão estatal chinesa esta semana. O jornal publicado em Hong Kong South China Morning Post citou ontem as declarações do líder chinês no documentário divulgado pela CCTV na segunda-feira, no qual Xi Jinping afirmava que “os desenvolvimentos das armas deveriam apontar e alcançar, e até superar, a tecnologia de outros países”. “A importância do desenvolvimento de armas aumentou à medida que as tecnologias militares foram melhorando nos últimos anos. […] É impossível ganhar uma batalha se houver uma falha de armamento”, acrescentou. A série documental, intitulada “Exército poderoso”, revela que os desejos do Presidente chinês não só apontam uma melhoria de armamento como também dos sistemas científicos e tecnológicos das suas Forças Armadas: supercomputação, navegação por satélite ou mísseis balísticos de defesa mais desenvolvidos. “A tecnologia de mísseis antibalísticos da China está a alcançar a dos Estados Unidos”, disse Xi Jinping, que assegurou que até agora só estes dois países em todo o mundo podem interceptar com êxito mísseis deste tipo. Peritos consultados pelo jornal disseram que a China está a utilizar o seu talento jovem – universitários e recém-formados – para desenvolver estas melhorias e “conseguir uma força de combate no futuro”, em programas como o do sistema de navegação Beidou, equivalente ao norte-americano. No início deste mês a China também anunciou alterações dentro da sua cúpula militar que precedem as mudanças previstas ocorrer na liderança do Partido Comunista durante o XIX Congresso, com início em 18 de Outubro, assim como no processo de modernização das Forças Armadas.
Andreia Sofia Silva EventosOne Central | Carlos Marreiros traz “esculturas urbanas luminosas” à cidade O 2º Festival de Lanternas de Macau decorre na Promenade do One Central e conta este ano com dez esculturas iluminadas, decoradas por vários artistas, incluindo Alexandre Marreiros e Konstantin Bessmertny. O arquitecto Carlos Marreiros pretende fazer deste um evento anual de relevo, que mostre a cultura local ao mundo [dropcap style≠’circle’]“C[/dropcap]omo dizem os americanos, ‘The size does matter’ (o tamanho realmente importa).” É desta forma que o arquitecto Carlos Marreiros começa por falar do seu mais recente projecto, que mostra as tradicionais lanternas do Festival do Bolo Lunar numa versão mais contemporânea, de maior dimensão. “Não queria que este evento fosse tradicional, mas que caminhasse para uma mostra de esculturas urbanas luminosas”, contou ao HM. “É uma iniciativa local, não no sentido de ser mais uma actividade de Macau, mas de ser a actividade de Macau. Não existe no mundo um festival, ou uma exposição, que esteja relacionado com lanternas de grande porte ou instalações artísticas urbanas”, disse Marreiros. O ano passado, a primeira edição contou com 38 lanternas de grande porte, tendo sido convidados artistas locais para a decoração. Este ano são dez, sendo que cinco delas são decoradas por cinco artistas, dois deles locais: Alexandre Marreiros e Konstantin Bessmertny. “Fiz uma instalação urbana, de arte pública, com lanternas que são esculturas, e que são iluminadas por dentro, com pintura de artistas. Este ano mudei e propus que fosse menos lanternas, mas com um tamanho mais significativo, pois têm entre cinco a oito metros”, explicou. Para o arquitecto e membro do Conselho do Património Cultural, está em causa a criação de uma iniciativa que tenha “interesse turístico e de entretenimento”. “A nossa ideia é que haja anualmente uma grande instalação de esculturas de luz, com estilos de artistas convidados de todo o mundo e excursões plásticas muito variadas, do mais figurativo ao mais abstracto.” O que é local é bom Carlos Marreiros considera que o território não tem capacidade para competir com as bienais de arte que acontecem um pouco por todo o mundo, mas sobretudo na Ásia. Daí a aposta nas esculturas cheias de luz, por representarem algo novo. “Macau tem recursos, mas tem as suas limitações. Caso fosse feita outra bienal, [o território] não iria conseguir competir com outras regiões e países, e até mesmo com a China. A história e a cultura são um atractivo, esta miscigenação cultural, e isso tem de ser explorado.” Na ideia de Marreiros, este objectivo pode ser atingido se for associado o conceito de lanterna tradicional “a uma dimensão contemporânea, de vanguarda”. “A tradição das lanternas chinesas é lindíssima e pego nesta tradição e reformo-a em fórmulas contemporâneas, mostradas em locais bonitos, que não são os habituais”, frisou. O arquitecto garante que, com este projecto em mente, não está “preocupado com a arte de massificação”. “Estas esculturas estão num sítio bonito, têm tamanho e dimensão. Macau deve ser animada com qualidade e a tradição deve ser renovada”, adiantou. Até porque, na sua visão, os museus e a própria arte têm de sair das paredes em que vivem enclausuradas e encontrar-se com as pessoas, o público. “A arte deve ir de encontro à população. As pessoas vêm aos museus mas os promotores das artes têm de ir ter com o povo. E isso faz com que as pessoas sejam mais selectivas a frequentarem museus e galerias. Não estou interessado no produto massificado, para ser arte é porque é único e original.” Marreiros já pensa noutras edições, e espera que, nos próximos anos, “haja mais esculturas de luz, com mais artistas internacionais”. “Gostava de produzir lanternas em menor número e convidar os artistas a fazer a escultura e a decorá-las”, concluiu.
Hoje Macau EventosFotografia | Gonçalo Lobo Pinheiro ganha menção honrosa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fotojornalista português Gonçalo Lobo Pinheiro conquistou uma menção honrosa na vertente profissional dos International Photography Awards (IPA), anunciou a organização. A fotografia “Stay Tuned” foi distinguida na categoria “Architecture: Historic” (Arquitectura: Histórico), na vertente para fotógrafos profissionais, de acordo com o comunicado da organização. No campo dos fotógrafos não profissionais, os portugueses Filipe Matos e Jorge Maia ficaram em terceiro lugar nas secções “People:Lifestyle” (Pessoas: Estilo de vida) e “Nature: Landscapes” (Natureza: Paisagem), respectivamente. Para a edição de 2017, o IPA indicou ter recebido 14.270 trabalhos oriundos de 165 países. Nascido em Lisboa, em 1979, Gonçalo Lobo Pinheiro colaborou com vários órgãos de comunicação social, tendo sido editor do Hoje Macau, e é actualmente coordenador fotográfico da Revista Macau, do Gabinete de Comunicação Social do Governo. Na competição anual podem participar fotógrafos profissionais, amadores e estudantes de todo o mundo e todos os anos, o IPA atribui ainda os títulos de “Fotógrafo do Ano”, escolhido entre os vencedores de todas as categorias, e “Descoberta do Ano”, entre os vencedores de todas as categorias para amadores e estudantes. Seis candidatos são ainda convidados para a competição “Deeper perspective photographer of the year”, onde as histórias das imagens também são avaliadas.
Hoje Macau China / ÁsiaBanco Mundial revê em alta previsão de crescimento da China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Banco Mundial reviu em alta as suas previsões de crescimento para a China em 2017, de 6,5% para 6,7%, e manteve as estimativas de crescimento moderado para os anos seguintes. Na apresentação do relatório “Actualização económica da Ásia Oriental-Pacífico”, divulgado na quarta-feira, o Banco Mundial anunciou um aumento das suas estimativas de crescimento da economia do país em relação às apresentadas em Abril: de 6,5% para 6,7% em 2017, e de 6,3% para 6,4% em 2018, escreve a agência espanhola Efe, citando o jornal Diário do Povo. O relatório aponta que estas novas estimativas devem-se a uma melhoria das previsões também para a região asiática, onde se estima um crescimento de 6,4% este ano, acima dos 6,2% estimados em Abril, e de 6,2% em 2018, também acima dos 6,1% apontados há seis meses. Segundo o Banco Mundial, com sede em Washington, a revisão em alta das estimativas ocorreu, em parte, graças às políticas governamentais contra o excesso de capacidade e expansão do crédito. Também se deve às políticas seguidas por Pequim, que vai levar a cabo uma reestruturação das empresas estatais, assim como normas mais rígidas sobre o sistema bancário paralelo, tal como recomendado pelo próprio Banco Mundial em Abril. Por outro lado, assinalou que a tensão geopolítica, o crescente proteccionismo comercial e o nacionalismo económico poderão afectar elementos como as exportações, que, até à data, recuperaram, favorecendo um maior crescimento. O estudo indica que apesar dos esforços da China serem actualmente destinados a reequilibrar o investimento e procura externa, prevê-se que o seu crescimento económico seja moderado em 2018 e 2019, embora se mantenha superior ao de muitas economias da Ásia. Zheijiang | Cidade vai ter eléctrica mais alta do mundo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China começou recentemente a construção de uma gigantesca torre de transmissão eléctrica que deverá ser a mais alta do mundo, informou na terça-feira a Companhia de Eletricidade de Zhejiang. Com 380 metros, a altura da torre será quatro vezes a do Big Ben, em Londres. Localizada na Província de Zhejiang, leste da China, a torre suportará cabos de electricidade entre Jintang, em Zhoushan, e as ilhas Cezi, a uma distância de 2.656 metros. A torre baterá o recorde mundial de torre eléctrica mais alta, que actualmente pertence à torre de Damaoshan, também em Zhoushan, com uma altura de 370 metros. A nova infra-estrutura faz parte do projecto de uma nova linha de ultra-alta tensão entre as cidades de Zhoushan e Ningbo que deve ser completado até o fim de 2018 e começar a funcionar em 2019. Gás | Começam exportações do Cazaquistão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Cazaquistão e a China assinaram um acordo comercial de exportação de 5 mil milhões de metros cúbicos de gás cazaque para o gigante asiático durante um ano, o que renderá cerca de 1 US$ mil milhões ao país centro-asiático, informou nesta terça-feira a empresa JSC KazTransGas. “O contrato foi assinado pela JSC KazTransGas e PetroChina International Company Limited em 30 de Setembro em Pequim. As entregas de exportação de gás estão programadas para começar em 15 de Outubro”, disse o serviço de imprensa da companhia cazaque. Os recursos energéticos procederão dos depósitos do oeste do Cazaquistão, bem como das reservas de gás disponível nas instalações subterrâneas de armazenamento da JSC KazMunayGas. A recepção de gás por parte da China será realizada através do ponto fronteiriço de Khorgos, a fronteira comercial mais importante entre os países. EUA | Tufões atrasam exportações de soja [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s importações de soja dos Estados Unidos pela China devem-se atrasar em pelo menos duas semanas, já que os vendedores norte-americanos estão a ter dificuldades em encontrar grãos de alta qualidade depois de os campos de cultivo terem sido danificados por furacões. “Os exportadores estão a pedir aos compradores chineses para baixarem as especificações de qualidade (da soja), mas eles não estão a aceitar”, afirmou uma fonte de uma companhia internacional, em Singapura. A China, que compra cerca de 65 por cento da soja negociada no mundo, tinha aumentado as negociações com os EUA nas últimas semanas, aproveitando a queda de quase 10 por cento nos preços desde meados de Julho. Mas a soja colhida mais cedo nos EUA, produzida perto do Delta do Mississippi, foi afectada por furacões no último mês, tornando difícil aos exportadores atingirem as especificações de qualidade acertadas com os compradores chineses, afirmaram as fontes. O problema na qualidade dos grãos está a causar atrasos nos terminais do Golfo, com tempos de espera para os navios a aumentar para 10 a 12 dias, face ao período comum de cinco dias nesta época do ano, disseram os operadores.
Hoje Macau China / ÁsiaUE vai reforçar legislação antidumping contra Pequim [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s europeus concordaram, nesta terça-feira (dia 3), em reforçar a legislação antidumping da União Europeia, sobretudo para controlar as exportações chinesas de matérias-primas ao bloco por preços mais baratos – ameaçando, assim, acentuar a tensão comercial com Pequim. “A Europa defende um comércio aberto e justo, mas não somos inocentes. Hoje, reforçámos as regras antidumping”, disse o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, em um comunicado. As novas medidas não visam “um país em particular”, assegurou, mas visam “garantir que tenhamos os meios de agir contra a concorrência desleal”. O acordo político alcançado pelos representantes do Parlamento europeu, da presidência temporária da Estónia e da Comissão vai permitir que a UE cumpra suas obrigações legais internacionais com Pequim. Quando a China entrou na Organização Mundial de Comércio (OMC), em 2001, ficou acordado que os demais membros poderiam tratá-la, durante 15 anos, como uma “economia de não mercado”, o que lhes deu grande marcha de manobra para calcular os seus direitos antidumping. O período acabou em Dezembro de 2016, e agora a China é considerada um membro pleno da OMC. Mas Pequim continua a subvencionar, com dinheiro público, alguns sectores, como o do aço e do alumínio. As novas regras antidumping vão permitir que a UE responda a este dilema, já que se aplicam, em princípio, ao conjunto de membros da OMC – mesmo que visem essencialmente, porém não nominalmente, a China. Na prática, Bruxelas vai elaborar e actualizar os relatórios por país ou por sector em casos de suspeitas de distorções do mercado, sobre os quais as empresas europeias poderão basear-se se precisarem de apresentar uma queixa que possa levar à imposição de direitos antidumping. Processo da China Diversos critérios serão levados em conta nessas análises, como a influência do Estado na economia, a presença generalizada de empresas públicas e até a falta de independência do sector financeiro. A nova regulamentação também vai levar em conta o dumping social, ou ambientes que também podem afectar as empresas europeias. Até à entrada em vigor dessas medidas – esperada para o fim do ano – a UE vai continuar a considerar a China uma “economia de não mercado”. Essa “nova metodologia” é “essencial para enfrentar a realidade do ambiente comercial internacional de hoje”, insistiu a comissária europeia de Comércio Cecilia Malström em Estrasburgo, onde o Parlamento europeu se reúne semanalmente para uma sessão plenária. A delicada questão do estatuto da economia chinesa, na agenda desde Dezembro de 2016, perturbou a cimeira UE-China em Junho passado. Por isso, Pequim recusou-se a assinar uma declaração comum sobre o clima. A China, que considera a recusa de ser considerada uma economia de mercado um exemplo de “protecionismo disfarçado”, apresentou um recurso na OMC para protestar contra a atitude dos europeus. Segundo uma fonte europeia, Bruxelas espera que o processo fique obsoleto uma vez que a nova legislação comece a valer. O acordo político alcançado nesta terça ainda deve ser votado em plenário no Parlamento europeu, provavelmente numa sessão em Novembro.