Taça GT | FIA aquém de número de construtores desejado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Federação Internacional do Automóvel (FIA) queria sete construtores a participar na Taça do Mundo FIA de GT, que terá como palco o Grande Prémio de Macau, mas só cinco aceitaram o desafio. Na sexta-feira, a federação internacional comunicou que a Aston Martin, Audi, McLaren, Mercedes e Porsche inscreveram-se na competição que se pretende assumir como uma das mais importantes do panorama global das corridas de carros de Grande Turismo e que será disputada entre os próximos dia 19 e 22 de Novembro entre nós.
De fora e por razões diversas, entre elas a obrigatoriedade de pagar 30 mil euros de inscrição, ficaram a Bentley, BMW, Ferrari, Lamborghini, Lexus, Dodge e Nissan. Christian Schacht, Presidente da Comissão de GT da FIA, mostrou-se mesmo assim bastante satisfeito com o apoio reunido: “Estamos muito satisfeitos por termos recebido inscrições de cinco dos mais famosos construtores automóveis de competição do mundo neste primeiro evento. Isto é resultado de duas histórias de sucesso: o conceito FIA GT3 usado na maioria dos campeonatos de GT do mundo e o lendário Grande Prémio de Macau”.
O dirigente da federação internacional aproveitou também para dizer que “graças ao estatuto do Grande Prémio de Macau e aos direitos de transmissão assinados pelo AAMC, o evento terá um impacto a nível mundial, e com o seu formato sprint, espectadores e adeptos terão a oportunidade de ver um espectáculo magnifico”.
A prova tem um triunvirato a liderar a organização – a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), a FIA e a SRO, o grande responsável pelo sucesso mundial da filosofia GT3 e promotor das séries europeias Blancpain GT. Com a Aston Martin e a McLaren inscritas na competição, existe a possibilidade de Portugal estar representado na Taça do Mundo FIA de GT, uma vez que Pedro Lamy é piloto oficial da primeira e Álvaro Parente da segunda.
Recentemente, Parente admitiu ao HM que gostaria de estar presente na prova do Circuito da Guia. “É evidente que gostaria de estar presente. O traçado da Guia é fabuloso, muito exigente e onde o piloto pode fazer a diferença, o que entusiasma qualquer um”. Já Lamy, que na década de noventa foi 2º classificado na prova de Fórmula 3 do território, terá mais dificuldades, visto que tem obrigações no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) no Bahrein, neste mesmo fim-de-semana.
A corrida está aberta a 28 concorrentes, sendo que os restantes, aqueles não nomeados pelos cinco construtores envolvidos, deverão ser provenientes de competições locais. Por outro lado, a FIA não irá permitir a presença de pilotos classificados pela FIA como “Platina” ou “Ouro”, em viaturas que não sejam destas cinco marcas, mas permitirá que pilotos amadores ou pilotos classificados como “Bronze” e “Prata” o possam fazer.
Recorde-se que o piloto de Macau André Couto, o único piloto do território que até agora mostrou publicamente interesse em participar nesta corrida, está classificado como “Ouro”. As cinco marcas têm até ao dia 25 do presente mês para nomearem os seus três pilotos. A lista de inscritos da prova será conhecida a 7 de Outubro na habitual Conferência de Imprensa de apresentação do Grande Prémio de Macau. Sete dias antes será revelado o nome do fornecedor exclusivo de pneus do evento. Entretanto, os prémios monetários, que vão até ao décimo classificado, já são conhecidos: 12 mil dólares norte-americanos para o piloto vencedor e 30 mil para o construtor que sair vitorioso deste confronto.

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