Hoje Macau SociedadeCrime | Chantageia “ex” com vídeo de sexo [dropcap]U[/dropcap]m homem, de 28 anos, foi detido depois de ter chantageado a ex-namorada, com cerca de 20 anos, com um vídeo de cinco segundos dos dois a ter relações sexuais. O caso foi divulgado, ontem, pelas autoridades e o indivíduo pretendia que a ex-mulher voltasse para ele, depois da relação de nove meses ter chegado ao fim. Segundo a notícia do jornal Exmoo, o caso foi reencaminhado para o Ministério Público (MP). De acordo com o relato, o homem trabalhava como mediador de seguros e tinha vivido nove meses na Taipa com a mulher até que a relação chegou ao fim. Perante esta realidade, a ex-namorada mudou-se e nessa altura acabou por ser chantageada. Como o homem pretendia que ela regressasse a casa, ameaçou divulgar o vídeo de cinco segundos. A mulher acedeu ao pedido, no início, mas depois acabou por relatar o sucedido às autoridades, que prenderam o homem.
Hoje Macau PolíticaNuno Prata – “Essa dor não existe (tu isso sabes, não sabes?)” “Essa dor não existe (tu isso sabes, não sabes?)” Dessa dor só te lembras Nas alturas em que inventas Vãos motivos para sofrer Essa dor não a trazes Essa dor só a usas Quando queres fingir que não sabes rir Essa dor não existe Essa dor nunca sentiste Essa dor não a tens (Tu isso sabes, não sabes?) Essa dor não te serve. Essa dor só a vestes Quando já não tens mais nada a dizer Essa dor dá-te jeito Essa dor é perfeita Para termos todos pena de ti Essa dor não é nada Essa dor só acaba Com o que ainda resta de ti (Mas isso sabes, não sabes?) Porque é que dela precisas? Será mesmo que acreditas Que o que não foi É aquilo que hoje te rói? Não te maces Não te canses Não te mates Pois outros homens virão Fazer de ti o que eles são Essa dor não é tua Acho que a achaste na rua Ingrato resto de alguém Essa dor não é nada Essa dor só acaba Com o que ainda resta de ti Essa dor não existe Essa dor nunca sentiste Por isso sabe-te bem (Isso tu sabes que eu sei) Nuno Prata
Hoje Macau PolíticaClaúdia Pascoal – “O Jardim” “O Jardim” Eu nunca te quis Menos do que tudo Sempre, meu amor Se no céu também és feliz Leva-me, eu cuido Sempre, ao teu redor São as flores o meu lugar Agora que não estás Rego eu o teu jardim São as flores o meu lugar Agora que não estás Rego eu o teu jardim Eu já prometi Que um dia mudo Ou tento, ser maior Se do céu também és feliz Leva-me, eu juro Sempre, pelo teu valor São as flores o meu lugar Agora que não estás Rego eu o teu jardim São as flores o meu lugar Agora que não estás Rego eu o teu jardim Agora que não estás, rego eu o teu jardim Agora que não estás, rego eu o teu jardim Agora que não estás Agora que não estás, rego eu o teu jardim Claúdia Pascoal e Isaura
Hoje Macau PolíticaSérgio Godinho – “Grão da mesma mó” “Grão da mesma mó” Não sei se estão a ver aqueles dias em que não acontece nada, a não ser o que o que aconteceu e não aconteceu E do nada há uma luz que se acende. Não se sabe se vem de fora ou se de dentro, apareceu E dentro da porção da tua vida, é a ti que cabe o não trocar nenhum futuro pelo presente O fazer face à face que se teve até ali Ausente presente Vê lá o que fazes, há tanto a fazer Fazes que fazes Ou pões sementes a crescer? Precisas de água, a Terra também Ventos cruzados E o sol e a chuva que os detém Vivida a planta Refeita a casa É espaço em branco Tempo de o escrever E abrir asa E a linha funda, na palma da mão Desenha o tempo então Mas há linhas de água que cruzas sem sequer notares, e oh, estás no deserto e talvez no oásis, se o olhares E não há mal e não há bem que não te venha incomodar Vale esse valor? É para vender ou comprar? Mas hoje, questões éticas? Agora? Por favor… Que te iam prescrever a tal receita para a dor Vais ter que reciclar o muito frio e o muito quente Ausente presente Vê lá o que fazes, há tanto a fazer Fazes que fazes Ou pões sementes a crescer? E a linha funda, na palma da mão Desenha o tempo então ‘Um curto espaço de tempo’ Vais preenchê-lo com o frio da morte morrida Ou o calor da vida vivida? Não queiras ser nem um exemplo, nem um mau exemplo, por si só Há dias em que é grão da mesma mó E a senha já tirada, já tardia do doente Dez lugares atrás, e pouco a pouco, à frente E cada um falar-te das histórias da sua vida Feliz, dorida Vê lá o que fazes, há tanto a fazer Fazes que fazes Ou pões sementes a crescer? Precisas de água, a Terra também Ventos cruzados E o sol e a chuva que os detém Vivida a planta Refeita a casa É espaço em branco Tempo de o escrever E abrir asa E a linha funda, na palma da mão Desenha o tempo então E explicaram-te em botânica, uma espécie que não muda a flor do fatalismo, está feito E se até dá jeito alterar só por hoje o amanhã Melhor é transfigurar o amanhã com todo o hoje E as palavras tornam-se esparsas Assumes Fazes que disfarças Escolhes paixões, ciúmes Tragédias e farsas E faças o que faças Por vales e cumes Encontras-te a sós, só Grão a grão acompanhado e só Grão da mesma mó Grão da mesma mó Sérgio Godinho
Hoje Macau PolíticaGalgo – “Bambaré” “Bambaré” Bambaré de gatos pardos Num beco escuro Vêem tudo a passar a passar a passar a passar a passar a passar a passar a passar a passar Bambaré de gatos pardos Num beco escuro Começam a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar a dançar Galgo Alexandre Moniz, João Figueiras, Miguel Figueiredo e Joana Batista
Hoje Macau PolíticaSeñoritas | EA LIVE Sessions “Acho que é meu dever não gostar”, “Ciática”, “A mão armada”, “Alice” e “Solta-me” Señoritas MITÓ MENDES e SANDRA BAPTISTA … EA LIVE Session de Senõritas foi gravada ao vivo no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, para as EA LIVE Sessions, um projecto musical inédito em Portugal da autoria da Adega Cartuxa e dos vinhos EA.
Hoje Macau PolíticaBaleia Baleia Baleia – “Quero ser um ecrã” “Quero ser um ecrã” E a vida, a morte, em fotos no ecrã os dias compridos e os olhos no ecrã o mundo perdido, achado no ecrã Quero ser um ecrã E os sonhos dos outros cumpridos no ecrã o monstro do visível escondido do ecrã Quero ser um ecrã E as balas que nunca passam do ecrã a força dos gritos, regulável no ecrã as lendas e os mitos, imortais no ecrã Quero ser um ecrã Medos e incertezas no armário do ecrã celulite e flacidez no ginásio do ecrã Quero ser um ecrã E é sempre Verão no ecrã e os corpos estão sempre nus e há tantos gatinhos no ecrã e sushi e bolinhos e coisas boas Baleia Baleia Baleia
Hoje Macau PolíticaAntónio Lobo Antunes – “Juro que não vou esquecer” “Juro que não vou esquecer” [dropcap]N[/dropcap]unca vou esquecer o olhar da rapariga que espera o tratamento de radioterapia. Sentada numa das cadeiras de plástico, o homem que a acompanha (o pai?) coloca-lhe uma almofada na nuca para ela encostar a cabeça à parede e assim fica, magra, imóvel, calada, com os olhos a gritarem o que ninguém ouve. O homem tira o lenço do bolso, passa-lho devagarinho na cara e os seus olhos gritam também: na sala onde tanta gente aguarda lá fora, algumas vindas de longe, de terras do Alentejo quase na fronteira, desembarcam pessoas de maca, um senhor idoso de fato completo, botão do colarinho abotoado, sem gravata, a mesma nódoa sempre na manga (a nódoa grita) caminhando devagarinho para o balcão numa dignidade de príncipe. É pobre, vê-se que é pobre, não existe um único osso que não lhe fure a pele, entende-se o sofrimento nos traços impassíveis e não grita com os olhos porque não tem olhos já, tem no lugar deles a mesma pele esverdeada que os ossos furam, a mão esquelética consegue puxar da algibeira o cartãozinho onde lhe marcam as sessões. Mulheres com lenços a cobrirem a ausência de cabelo, outras de perucas patéticas que não ligam com as feições nem aderem ao crânio, lhes flutuam em torno. E a imensa solidão de todos eles. À entrada do corredor, no espaço entre duas portas, uma africana de óculos chora sem ruído, metendo os polegares por baixo das lentes a secar as pálpebras. Chora sem ruído e sem um músculo que estremeça sequer, apagando-se a si mesma com o verniz estalado das unhas. Um sujeito de pé com um saco de plástico. Um outro a arrastar uma das pernas. A chuva incessante contra as janelas enormes. Plantas em vasos. Revistas que as pessoas não lêem. E eu, cheio de vergonha de ser eu, a pensar faltam-me duas sessões, eles morrem e eu fico vivo, graças a Deus sofri de uma coisa sem importância, estou aqui para um tratamento preventivo, dizem-me que me curei, fico vivo, daqui a pouco tudo isto não passou de um pesadelo, uma irrealidade, fico vivo, dentro de mim estas pessoas a doerem-me tanto, fico vivo como, a rapariga de cabeça encostada à parede não vê ninguém, os outros (nós) somos transparentes para ela, toda no interior do seu tormento, o homem poisa-lhe os dedos e ela não sente os dedos, fico vivo de que maneira, como, mudei tanto nestes últimos meses, os meus companheiros dão-me vontade de ajoelhar, não os mereço da mesma forma que eles não merecem isto, que estúpido perguntar – Porquê ? que estúpido indignar-me, zango-me com Deus, comigo, com a vida que tive, como pude ser tão desatento, tão arrogante, tão parvo, como pude queixar-me, gostava de ter os joelhos enormes de modo que coubessem no meu colo em vez das cadeiras de plástico (não são de plástico, outra coisa qualquer, mais confortável, que não tenho tempo agora de pensar no que é) isto que escrevo sai de mim como um vómito, tão depressa que a esferográfica não acompanha, perco imensas palavras, frases inteiras, emoções que me fogem, isto que escrevo não chega aos calcanhares do senhor idoso de fato completo (aos quadradinhos, já gasto, já bom para deitar fora) botão de colarinho abotoado, sem gravata e no entanto a gravata está lá, a gravata está lá, o que interessa a nódoa da manga (a nódoa grita) o que interessa que caminhe devagar para o balcão mal podendo consigo, doem-me os dedos da força que faço para escrever, não existe um único osso que não lhe fure a pele, entende-se o sofrimento nos traços impassíveis e não grita com os olhos porque não tem olhos já, tem no lugar deles a mesma pele esverdeada que os ossos furam e me observa por instantes, diga – António senhor, por favor diga – António chamo-me António, não tem importância nenhuma mas chamo-me António e não posso fazer nada por si, não posso fazer nada por ninguém, chamo-me António e não lhe chego aos calcanhares, sou mais pobre que você, falta-me a sua força e coragem, pegue-me antes você ao colo e garanta-me que não morre, não pode morrer, no caso de você morrer eu No caso de você e da rapariga da almofada morrerem vou ter vergonha de estar vivo. António Lobo Antunes
Hoje Macau PolíticaRádio Macau – “Acordar” “Acordar” Não parti, mas já não sei voltar. Ando às voltas a esquecer quem sou. Bebo a noite até o Sol chegar. Ele sempre me encontrou. Só o Amor me faz correr. Só o Amor me faz ficar. Só o Amor me faz perder. Só o Amor me faz querer mais. Não sei viver sem ter de viver. O que me dão já não sei gostar. Não se perde o que não se quer ter. Cada vez mais sem esperar. Só o Amor me faz correr. Só o Amor me faz ficar. Só o Amor me faz perder. Só o Amor me faz querer mais. E se for a primeira vez, que os teus dedos tocam a luz da manhã. Dá-me a tua mão. Respira o ar do dia. Talvez nada mais. Rádio Macau XANA, FLAK, ALEX, FILIPE VALENTIM, SAMUEL PALITOS e RICARDO FRUTUOSO
Hoje Macau PolíticaBárbara Eugenia e Tatá Aeroplano – “Dos Pés” “Dos Pés” O vento leva para tão longe Bem distante Aqui tão perto Muito perto Estão seus pés e só Tenho pés, tenho dedos Tenho plantas Tenho planos Minha vida Onde foi Minha memória Não te peço nenhum risco Nenhum giz Só o seu amor Nas ruas passeiam os pés Os pés que pisoteiam o asfalto não são meus Não são meus, nem são seus Os seus andam com os meus Curvas retas e até ladeiras O nosso andar vai junto Porque os meus pés são os seus E os seus estão nos meus Pés. Barbara Eugenia e Tatá Aeroplano
Hoje Macau PolíticaRita Red Shoes – “Mulher” “Mulher” Sou mulher E contra mim o que vier É bem vindo se trouxer Igualdade e desalinho Sou mulher Sem vergonha de vencer Eu aprendo a viver E não mudo o meu caminho Sei dizer o que quero E o prazer ganha força Eu não minto mas desarmo Sei mostrar o que sinto E lutar corpo a corpo Eu não minto e não escondo Que o desejo é maior Que o medo Sou melhor E agarro o que vier Boca a boca Sem esquece O baton e o meu destino Sem gemer vou colher-te E querer dar-te um nome Ao morrer vou chamar-te Meu menino Rita Redshoes
Hoje Macau MancheteSalvador Sobral – “Amar Pelos Dois” “Amar Pelos Dois” Se um dia alguém perguntar por mim Diz que vivi para te amar Antes de ti, só existi Cansado e sem nada para dar Meu bem, ouve as minhas preces Peço que regresses, que me voltes a querer Eu sei que não se ama sozinho Talvez devagarinho possas voltar a aprender Meu bem, ouve as minhas preces Peço que regresses, que me voltes a querer Eu sei que não se ama sozinho Talvez devagarinho possas voltar a aprender Se o teu coração não quiser ceder Não sentir paixão, não quiser sofrer Sem fazer planos do que virá depois O meu coração pode amar pelos dois Salvador Sobral
Hoje Macau PolíticaTurtle Giant – “Golden Summer” “Golden Summer” She’s a cold and silent lover Walks beneath the summer rain Lives between the sad and lonely Breathes the fire to feel no pain Gone away! Happy day Through the fields of Golden Summer Where the fog has gazed the war Had to bury me from crying All that’s left has gone ashore Gone way! Happy day Your heart, together and apart You life is all that shines above Your blues has filled my empty shoes Your God, have you forgot? Turtle Giant FRED RITCHIE, ANTÓNIO CONCEIÇÃO e BETO RITCHIE
Hoje Macau PolíticaApanhador Só – “Mordido” “Mordido” Essa balela aqui não vai colar não tá tão fácil assim pra convencer esse teu papo de querer crescer a parceria, jogo aberto e tal não cola mais, já deu pra perceber que se alguém sai ganhando aqui é tu aqui tem peito pra identificar que ao contrário do teu lá lá lá negócio aí não é nada mais do que nãnã e meter no nosso O teu esquema sempre foi lograr criar uma imagem boa pra vender na captura do nosso querer tá conseguindo é nos provocar toma cuidado pra não se perder que aqui na espera tão querendo um um só, que sirva pra exemplificar que volte vivo pra poder contar como é que fecha assim lacrado, interditado, aqui o nosso Apanhador Só ALEXANDRE KUMPINSKI, LORENZO FLACH< FOCA, FELIPE ZANCANARO, FERNÃO AGRA, DIEGO POLONI
Hoje Macau PolíticaCassete Pirata – “Pó no pé” “Pó no pé” Pó no pé Céu azul Não troco o pôr do sol Na pele só no Sul O meu creme é o teu sal Vem cá ver Derreter O fel Luz Maré Céu azul Memórias de jasmim Na pele sou do Sul E o mar escondeu-me assim Vem cá ver Derreter Até ao fim Quando a brisa da manhã se for Quando o sol das ondas se apagar Quando a noite não quiser dormir Eu vou contigo Ah vem cá ver Derreter Até ao fim Quando a brisa da manhã se for Quando o sol das ondas se apagar Quando a noite não quiser dormir Eu vou contigo CASSETE PIRATA JOÃO FIRMINO, MARGARIDA CAMPELO, JOANA ESPADINHA, JOÃO PINHEIRO e ANTÓNIO QUINTINO
Hoje Macau PolíticaSamuel Úria – “É preciso que eu diminua” “É preciso que eu diminua” Já não caibo numa casa Onde o espaço é todo meu Não são obras que me salvam Eu só sei crescer Mas só sei crescer Durmo de janela aberta Tenho os braços no estendal Eu podia acenar-vos Mas só sei crescer Eu só sei crescer Leio o topo da estante Tudo livros de engordar E eu preciso abreviar-me Mas só sei crescer Eu só sei crescer Qualquer palmo que me meça É de mão sem cicatriz O que eu sou é largo de ossos Pois só sei crescer Eu só sei crescer Eu só me caibo cá dentro Mas bato no peito Por estar com o meu ar rarefeito Eu inicio o discurso Citando o sujeito Primeira pessoa é preceito Eu nem cá dentro me caibo Mas bate a cabeça no teto E cai na travessa Eu já calei o discurso Que a língua tropeça Mas o gigantismo amordaça Eu já invento virtude No pico não peco Lá em baixo ficava marreco Estou tão em-mim-mesmado Que atiro ao boneco Gigante barrado no beco Eu já não sei inventar-me É só mais do mesmo Fermento em massa de autismo Eu nem de mim já me pasmo Há mar e marasmo Há ir e voltar aforismo Eu só sei crescer Mas só sei crescer Eu só sei crescer Eu só sei crescer Mas só sei crescer Eu só sei crescer Eu só sei crescer Samuel Úria SAMUEL ÚRIA, MIGUEL FERREIRA, DAVID PIRES, MARTIM TORRES
Hoje Macau PolíticaRegula – “Toni do Rock” (ft. Veecious V) “Toni do Rock” Casca, casca! Tu nunca me vês com a mêma ROMI no bote, ROMI no bote Tomei uma decisão concreta (ahh), sem ter a visão do profeta Eu vi que buli prós outros a vida inteira, isso é prisão perpétua, (yes) Tou a dar cartas mas tu népia, (ya) nem aos teus tu matas a fomeca Quando é pra molhar o cú, tu cagas a cueca, até te apagas da marmeca Um homem só rasga bonecas, desde guinaldas a pulecas (manda vir) Não tenhas conversa de homem com meninos, diz ao junkies não te acordem os inquilinos Vocês dormem como finos, eu rep o meu bloco a tempo inteiro (yes) Dá pra saber se eu tou no spot, só pelo cheiro As queridas chamam-me Midas, tenho o toque certeiro O Rei do Gado, desde o tempo do Rock Santeiro! Eu já ’tou-ma ver velhote parceiro, com um dog rafeiro e mais dois ou três velhotes barbeiros, a bater lerpas e etc. (uhh) Envelopes com dinheiro, até ao dia que tu me enforques num pinheiro Vai ser assim… Escuta eu sou o verdadeiro Toni do Rock, Toni do Rock Toni do Rock, Toni do Rock Tu nunca me vês com a mêma ROMI no bote, ROMI no bote ROMI no bote, ROMI no bote Certifica-te Boy, a mim só uma dica me preocupa Pois dizer à minha Mama, não há mais drama nem preocupações (na…) Gigs por mês, no mínimo chuta dois Muitas hoje dizem o ponteiro do teu parro, parece o das rotações (uhh) Pra quem ficava embriagado até ver tudo ao contrário (cego) Agora eu sou solicitado, pra opinar no preçário Yeah, eu passei de empregado a empresário (xiu) Sem comentários! Talvez não te recordes, mas lembras-te quando éramos pobres? (tesos) Se calhar um dia destes ainda aparecemos na Forbes (money) Concordo, drago um bimmer Clio ou Ford Ou talvez acorde num navio com queridas a bordo (mêmo a veres) Só tava abancado no degrau do Catita, (tava) Fiz o que tive de fazer e pus-me a pau ca guita (e agora?) Enquanto os outros dizem que eu sou o mau da fita Eu beijo a minha mãe na testa e digo: E se tiver mau apita. (muah) Escuta eu sou o verdadeiro Toni do Rock, Toni do Rock Toni do Rock, Toni do Rock Tu nunca me vês com a mêma ROMI no bote, ROMI no bote ROMI no bote, ROMI no bote Toni do Rock, Toni do Rock Oh, oh, oh Yeah…. Regula
Hoje Macau Política“Os Resistentes – Retratos de Macau” #5 “Os Resistentes – Retratos de Macau” de António Caetano Faria • Locanda Films • 2014 Realizador e Editor: António Caetano Faria Produtores: Tracy Choy e Eliz L. Ilum Câmara e Cor: Gonçalo Ferreira Som: Bruno Oliveira Assistente de Câmara: Nuno Cortez-Pinto Editor Assistente: Hélder Alhada Ricardo Sonorização e Mistura de Som: Ellison Keong Música: Orquestra Chinesa de Macau – “Capricho Macau” de Li Binyang
Hoje Macau Política“Os Resistentes – Retratos de Macau” #4 “Os Resistentes – Retratos de Macau” de António Caetano Faria • Locanda Films • 2014 Realizador e Editor: António Caetano Faria Produtores: Tracy Choy e Eliz L. Ilum Câmara e Cor: Gonçalo Ferreira Som: Bruno Oliveira Assistente de Câmara: Nuno Cortez-Pinto Editor Assistente: Hélder Alhada Ricardo Sonorização e Mistura de Som: Ellison Keong Música: Orquestra Chinesa de Macau – “Capricho Macau” de Li Binyang
Hoje Macau PolíticaBalla – “Contra a Parede” “Contra a parede” Se te tocar volta atrás. Há um crescer, te bater. Mas tu não, tu só, tu só tu não vais voltar. P’ra quê fugir se me vais encontrar, sei ao que vou, sei ao que vou. Voltar atrás e não ter de escolher não quero ouvir não quero ouvir. Imaginar não é mais que mentir na tua voz, na tua voz. Cortar a corda, cortar a valer, verde escolher, verde escolher. Se te sentir a tocar e há um crescer, te bater. Dei um passo atrás, atrás. Não nos vou salvar. Como gostava de fingir que nada disto aconteceu se alguém o não vai consentir sou eu. P’ra quê fugir se me vais encontrar, sei ao que vou, sei ao que vou. Voltar atrás e não ter de escolher, não quero ouvir, não quero ouvir. Imaginar não é mais que mentir na tua voz, na tua voz. Cortar a corda, cortar a valer, verde escolher, verde escolher. Balla ARMANDO TEIXEIRA / MIGUEL CERVINI / JOÃO TIAGO / PEDRO MONTEIRO / DUARTE CABAÇA
Hoje Macau EventosVídeo | Festival experimental com edição dedicada a Portugal O EXiM 2016 olha para Portugal. O evento selecciona, em cada edição, um país ou região para poder mostrar o que de melhor na área do vídeo por lá se faz. Este ano traz de Portugal o vídeo experimental, com destaque para o trabalho feito no feminino [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] “um festival diferente”, classifica José Drummond, um dos curadores, a par com Bianca Lei, de mais uma edição do festival dedicado ao vídeo experimental, o EXiM 2016. “É um festival diferente no sentido em que não tem candidaturas e os filmes projectados são uma escolha. É ainda um evento que tem como alvo o que se faz a nível experimental, como indica o próprio nome”, explica ao HM. Tem a direcção de Bianca Lei, que nesta edição divide com José Drummond a curadoria. “As projecções de Macau ficaram a cargo da Bianca Lei e eu com as de Portugal.” Na origem da iniciativa está a ideia de que cada ano seja dedicado a um país que irá dividir a participação com Macau. Esta edição é dedicada a Portugal. O critério de escolha das apresentações que vão acontecer no Armazém do Boi é essencialmente a diversidade. “Em vez de fazer três screenings semelhantes, a nossa aposta de imediato foi em ter uma sessão mais variada e ter uma maior diversidade de práticas, que pudesse, de alguma forma, fazer um bocadinho o panorama do que se tem feito nos últimos cinco ou dez anos com artistas realmente diferentes ou a trabalharem o vídeo de uma forma diferente”, explica José Drummond. A título de exemplo, o curador refere os trabalhos de Rui Calçada Bastos, José Carlos Teixeira, Bruno Campo e Carla Carreira e António Júlio Duarte. O evento é marcado, após a sessão de abertura de sexta-feira que junta artistas locais e portugueses, por uma aposta no trabalho feito no feminino, com as projecções de Tatiana Macedo e de Mariana Viegas. A razão é, segundo o curador, a necessidade de dar mais espaço a que os trabalhos feitos por mulheres sejam apresentados. “Tenho insistido muito em que, de algum modo, a presença feminina se destaque, de modo a poder dar contextos associados a esse mundo que é particular”, explica. José Drummond considera que “as mulheres têm de ter mais espaço”. “Ainda não é suficiente porque, além do modo e sensibilidade de abordagem das mulheres ser especial, essas coisas têm de começar a ter a mesma presença e balanço também no vídeo para podermos ser mais justos”, diz. Ao falar das escolhas que fez, em particular para a edição de 2016 do EXiM, o curador explica “Mariana Viegas está a viver na Dinamarca e Tatiana Macedo tem estado numa residência em Berlim. Enquanto ponto de ligação é o facto de serem ambas artistas portuguesas que não estão no seu país”. Além da mulher As duas artistas partilham ainda o facto de terem trabalhado anteriormente em fotografia. Mas, no que respeita ao vídeo, apresentam abordagens nada semelhantes, apesar de nenhuma das duas se centrar na questão do género ou de assuntos relacionadas. “São trabalhos diferentes e o que acho curioso é que, no trabalho delas, não há uma tentação do feminino no sentido em que as artistas não demonstram preocupações mais directamente ligadas ao mundo das mulheres: a maternidade, por exemplo. No caso destas autoras isso não acontece, sendo que a sensibilidade feminina está lá.” Para Drummond, “quando se vê um trabalho feito por uma mulher, percebe-se isso mesmo”. Mariana Viegas, segundo Drummond, já na sua obra fotográfica mostra uma paixão muito intensa de contraste entre ruínas e seres vivos. “O trabalho dela estabelece essa relação entre um espaço em geral de ruínas e a continuação de uma outra qualquer existência. Sem que se note que seja forçado, há um olhar sobre a morte, sobre uma ideia qualquer de um apocalipse que, mesmo assim, deixará que continue a existência.” No entanto, “esta é uma leitura pessoal e feita no vazio”, salvaguarda o curador. O trabalho da Tatiana Macedo aparece como um trabalho “muito interessante” que pega no título de uma canção do Leonard Cohen – “Seems So Long Ago, Nancy”. É um vídeo de 45 minutos, é uma visão, sobre um museu em especial, o Tate Gallery, e é feito a partir do olhar dos seguranças e funcionários do espaço. “O protagonista não é o público ou as obras, mas sim as pessoas que trabalham no museu, aquelas pessoas que estão ali chateadas num canto, sentadas numa cadeira. É um trabalho com uma poética muito interessante na forma como aborda temas como o tédio e o vazio, é uma visão depurada do que é um museu a partir da perspectiva dessas pessoas.” A experiência As projecções encerram no serão de domingo com o trabalho de José Maçãs de Carvalho, que também faz a transição da fotografia para o vídeo, embora o trabalho que tem vido a desenvolver seja essencialmente marcado pelo carácter experimental. “Na fotografia de José Maçãs de Carvalho existe sempre um lado conceptual muito forte, enquanto no vídeo há uma tentativa de experimentar caminhos que o vídeo proporciona.” O autor tem várias pequenas peças em que apresenta coisas diferentes de como trabalhar este meio e, “ao longo da sua carreira, foi apontando caminhos diversos de como o fazer”. Programa EXiM 2016- Portugal and Macao Experimental Video Festival Local: Armazém do Boi | 25, 26 e 27 de Novembro Sexta-feira 19h – Artistas: Natercia Chang Sio Weng, Joein Leong, Ella Lei, Yves Etienne Sonolet, Ray Chu, Carla Cabanas, Nuno Cera Sábado 16h – Trabalhos de Tatiana Macedo e Mariana Viegas 19h – Trabalhos de Ray Sun Ruey Horng, Lei Cheok Mei, Ieong Kun Ieng , Suki Chan , Ivy Choeng , Fish Leong Ka Ian, Sam Kin Hang, Jack Yau, William Kwok, Napx, Leong Hou Un, Paula Lo, Natercia Chang Sio Weng e Ray Chu Domingo 16h – Trabalhos de Nuno Cera, Bruno Ramos, José Carlos Teixeira, António Júlio Duarte, Carla Cabanas & Rui Calçada Bastos 19h – Trabalhos de José Maçãs de Carvalho
Hoje Macau Política“Os Resistentes – Retratos de Macau” #3 “Os Resistentes – Retratos de Macau” de António Caetano Faria • Locanda Films • 2014 Realizador e Editor: António Caetano Faria Produtores: Tracy Choy e Eliz L. Ilum Câmara e Cor: Gonçalo Ferreira Som: Bruno Oliveira Assistente de Câmara: Nuno Cortez-Pinto Editor Assistente: Hélder Alhada Ricardo Sonorização e Mistura de Som: Ellison Keong Música: Orquestra Chinesa de Macau – “Capricho Macau” de Li Binyang