Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Governo chinês adverte que jamais tolerará separação [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês afirmou ontem que “nunca tolerará” uma separação de Taiwan do território chinês, no dia em que a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, do partido pró-independência, tomou posse para o segundo mandato. “Temos uma determinação inabalável, confiança total e todas as capacidades para defender a soberania nacional e a integridade territorial”, afirmou Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, em comunicado. “Nunca toleraremos nenhuma acção separatista”, avisou. Reeleita em Janeiro passado para um segundo mandato presidencial pelo Partido Democrático Progressista (pró-independência) – uma vitória que sinalizou a forte oposição dos eleitores da ilha às reivindicações da China sobre aquele território -, Tsai defendeu ontem que as relações com Pequim atingiram “um ponto de viragem histórico”, e que “a paz, igualdade, democracia e diálogo” deveriam primar nos contactos entre os dois lados. “Não aceitaremos o uso de ‘um país, dois sistemas’ por parte das autoridades de Pequim para rebaixar Taiwan e prejudicar as relações entre os dois países”, disse Tsai. “Os dois lados têm a obrigação de encontrar uma forma de coexistência a longo prazo e de impedir que o antagonismo e as divergências se agravem”, considerou a Presidente da ilha, numa cerimónia de tomada de posse marcada pelo uso de máscaras de protecção e pelo distanciamento social, para travar a propagação do novo coronavírus. Tsai Ing-wen reiterou ontem a sua proposta de diálogo com Pequim e convidou o Presidente chinês, Xi Jinping, a trabalhar com Taiwan para reduzir as tensões. Divergências de sempre Por insistência da China, Taiwan foi barrada da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) e perdeu o estatuo de observadora na Assembleia Mundial da Saúde anual. No entanto, a resposta de Taiwan ao surto da covid-19 tem servido para afirmar a ilha, que funciona como uma entidade política soberana apesar da oposição de Pequim, como um dos territórios que melhor preveniu a doença. China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Taiwan, que se auto designa República da China, tornou-se, entretanto, numa democracia com uma forte sociedade civil, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação pela força.
Andreia Sofia Silva VozesO elo mais fraco [dropcap]S[/dropcap]erve esta crónica para traçar um breve olhar sobre a politização que há muito se faz da pandemia da covid-19 e do trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS). Repare-se no jogo de pingue-pongue entre a China e os EUA que, até há bem pouco tempo, se fazia sobretudo a nível comercial. Os EUA cortam no financiamento à OMS, a China anuncia apoios de 2 mil milhões de dólares americanos para países necessitados e mantém o seu financiamento à OMS, criticando a postura de Donald Trump. Pelo meio está Taiwan, pequenina como há muito é em termos diplomáticos, mas um caso bem sucedido no combate à covid-19 que não tem hipótese de ser membro observador da OMS porque está lá a gigante China a predispor-se a financiar e a ajudar. Tudo isto numa altura em que os americanos cortam no financiamento. Perante isto, não surpreende o resultado do primeiro dia da assembleia-geral da OMS esta segunda-feira. China anuncia ajuda a tudo e todos, a lançar mais uma jogada de soft power, o mundo observa e a OMS curva-se. Quase que nos esquecemos da politização que também houve com o início de uma pandemia que mudou a vida de todos.
Hoje Macau China / ÁsiaAdiada participação de Taiwan como membro observador na OMS [dropcap]O[/dropcap]s países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiram esta segunda-feira, durante a sessão anual da agência da ONU, adiar os debates sobre a participação de Taiwan como observador. No primeiro dos dois dias da assembleia, pela primeira vez virtual, os países aceitaram discutir a questão de Taiwan quando os debates forem retomados, esperando a OMS que tal aconteça ainda este ano. Nenhum país se opôs à proposta, apesar dos Estados Unidos e de outras nações terem exigido a participação da ilha nos últimos dias. A 6 de Maio, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, para convidar Taiwan para a reunião anual da organização, apelando também a todos os países para apoiarem a participação da ilha na organização como observadora. Taiwan foi excluído da OMS, onde tinha o estatuto de observador até 2016, por pressão da China. O ministro da Saúde de Taiwan, Chen Shih-chung, reagiu aquele apelo dos Estados Unidos, considerando que a exclusão do seu país da Assembleia Mundial de Saúde podia prejudicar a resposta global à pandemia. “A coisa mais importante no combate à pandemia é a transparência. Todos devem partilhar o que sabem sobre o tema”, disse Chen, justificando a utilidade da sua presença na reunião da OMS. A Assembleia Mundial da Saúde é o órgão de decisão daquela agência especializada das Nações Unidas. A reacção dos EUA Washington tem elogiado a resposta de Taiwan à propagação do novo coronavírus e acusado a China de esconder a verdade sobre a origem e a escala da epidemia, que surgiu no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Acredita também que a OMS negligenciou um alerta feito por Taiwan sobre a gravidade da crise sanitária e suspendeu o financiamento norte-americano à organização. A agência da ONU nega qualquer negligência. Numa nota à imprensa, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, criticou “a falta de independência” de Tedros Ghebreyesus, a quem acusa de ter escolhido “não convidar Taiwan sob pressão da República Popular da China”. Na abertura da reunião anual da OMS, esta segunda-feira, os países membros concordaram em debater a questão de Taiwan, mas tomar uma decisão apenas até ao final do ano. “Enquanto o mundo continua a combater a pandemia de covid-19, precisamos de instituições multilaterais que respeitem as suas missões estatutárias e sirvam os interesses de todos os seus estados membros, em vez de se enredarem em fazer política”, protestou o chefe da diplomacia norte-americana. “Ninguém questiona o facto de Taiwan ter implementado uma das respostas mais eficazes do mundo para conter a pandemia, apesar da sua proximidade geográfica com o berço do vírus, em Wuhan, na China”, disse Pompeo. “Não é uma surpresa. Democracias transparentes, saudáveis e inovadoras como Taiwan sempre respondem melhor e mais rapidamente a pandemias do que regimes autoritários”, acrescentou o secretário de Estado. Para Pompeo, o director-geral da OMS tinha “o poder legal e os precedentes necessários” para convidar Taiwan para a reunião anual da organização. “As acções difamatórias da China para silenciar Taiwan demonstram quão vazias são as suas reivindicações pela transparência e cooperação internacional contra a pandemia e tornam a diferença entre China e Taiwan ainda mais flagrante”, lamentou Mike Pompeo.
Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Isenção para entrar em Macau avaliada caso a caso Um residente de Macau, vindo de Taiwan, foi dispensado de apresentar o teste negativo de covid-19 para regressar ao território. As autoridades de saúde admitem flexibilidade, mas dizem que os pedidos têm de ser analisados “caso a caso”. Para quem quer sair de Macau, as autoridades passam certificados de não infecção [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) autorizaram a entrada de um residente de Macau proveniente de Taiwan, que pretendia participar num funeral. Apesar de não ter conseguido fazer o teste obrigatório de não infecção de covid-19 antes de embarcar para Macau, o residente ficou isento de apresentar os resultados. Segundo Lo Iek Long, médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, a decisão excepcional foi tomada para assegurar a saúde pública e na condição de o teste ser feito à chegada. “Quando existe um conflito entre interesses individuais e interesse público temos de verificar caso a caso. Nem todas as regiões podem fazer o teste do ácido nucleico, mas acho que temos várias soluções. O Governo (…) vai tentar satisfazer as diferentes necessidades, mas não podemos deixar de estar alerta (…) porque a nossa responsabilidade é garantir a saúde pública”, explicou Lo Iek Long por ocasião da conferência diária dedicada à covid-19. Recorde-se que desde o início desta semana só podem embarcar nos voos com destino a Macau passageiros que apresentem resultados negativos para a covid-19. Já em sentido contrário, os SS descartaram a hipótese de passar testes de não infecção aos residentes que viajem para o exterior e necessitem de apresentar a certificação no país de destino. “Caso os residentes de Macau precisem de ter um certificado, os SS não vão autorizar. Se calhar os nossos residentes não compreendem, mas, neste momento, apelamos a todos (…) que evitem deslocações para fora de Macau”, explicou o médico. Altas no exterior Na conferência foram ainda anunciadas duas altas médicas de residentes de Macau no Interior da China. Trata-se de uma mulher que foi internada em Cantão e um homem tratado em Pequim. Segundo os SS, um residente de Macau continua a receber tratamento para a covid-19 em Xangai. Ontem foi o oitavo dia consecutivo sem registo de novos casos da doença em Macau, existindo ainda 29 pacientes internados. Covid-19 | Gabinete de Ligação doa medicamentos tradicionais chineses O Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau doou medicamentos destinados ao tratamento de doentes infectados pelo novo tipo de coronavírus. A medicação, cedida pela Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa, alegadamente alivia os sintomas da covid-19 e foi integrada no programa nacional de diagnóstico e tratamento do novo tipo de coronavírus. O Governo da RAEM recebeu 3.800 caixas de medicamentos, entregues por Yan Zichan, a nova sub-directora do Gabinete de Ligação. O Executivo foi representado por Ao Ieong U, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, que agradeceu o apoio prestado a Macau na resposta à pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan oferece-se para acolher jornalistas norte-americanos expulsos pela China [dropcap]O[/dropcap]s jornalistas norte-americanos expulsos pela China serão “bem-vindos em Taiwan”, garantiu Joseph Wu, ministro dos Negócios Estrangeiros desta ilha, descrita pelas autoridades locais como “um refúgio para a liberdade de expressão” na Ásia. “Gostaria de vos saudar e dar as boas-vindas a Taiwan, um farol de liberdade e democracia”, escreveu Wu na rede social Twitter, acrescentando que os jornalistas norte-americanos serão acolhidos em Taiwan “com sorrisos e braços abertos”. Pequim decretou, no início de março, a expulsão de 13 jornalistas do New York Times, Washington Post e Wall Street, em mais uma escalada no clima de tensão com os Estados Unidos da América. As autoridades chinesas avisaram ainda que os jornalistas expulsos não teriam autorização para trabalhar em Hong Kong, apesar de o território ter autonomia em matéria de emigração.
Hoje Macau China / ÁsiaPartido Kuomingtang elege novo líder reformista em Taiwan O Kuomingtang, partido actualmente na oposição em Taiwan e que defende melhores relações com a China continental, elegeu no sábado o deputado reformista Johnny Chiang como novo líder, depois da derrota nas presidenciais de Janeiro. O deputado de 48 anos obteve mais de dois terços dos votos numa eleição interna, tornando-se o líder mais novo de sempre do Kuomingtang. Liderados por Chiang Kai-shek, os nacionalistas do Kuomintang refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949, após a derrota perante o Partido Comunista Chinês na guerra civil que antecedeu a proclamação da República Popular da China por Mao Zedong. Reclamando-se o governo legítimo da República da China, proclamada em 1912 pelo fundador do partido Sun Yat-sen, o Kuomintang governou a ilha situada a 120 quilómetros da China continental até 2000. Numa breve intervenção, citada pela AFP, após a vitória sobre o antigo presidente da Câmara da capital Taipé, Hau Lung-bin, Johnny Chiang estimou que a sua vitória representa “um primeiro passo crucial para as reformas”. O Kuomingtang sofreu uma derrota marcante aquando da reeleição, em Janeiro, da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, um resultado considerado como uma rejeição das tentativas de Pequim isolar diplomaticamente a ilha. A formação política de Tsai, o Partido Democrático Progressista (PDP), que milita tradicionalmente pela independência do território, rejeita o princípio da unidade entre a ilha e o continente sob a premissa política de “Uma China Única”. O Kuomingtang tentou evitar as fricções com Pequim, aceitando o princípio de uma “Mesma China”, sem precisar quem – Pequim ou Taipé – era o seu representante legítimo. Johnny Chiang apelou ao seu partido para que reformulasse a sua posição a fim de atrair jovens eleitores, cujos votos são indispensáveis para obter uma vitória eleitoral. A China, através do Gabinete dos Assuntos de Taiwan, felicitou Chiang, sublinhando que espera que o Kuomingtang permaneça ligado à manutenção da sua linha política atual.
Hoje Macau SociedadeTaiwan | 1.324 alunos de Macau impedidos de voltar [dropcap]C[/dropcap]erca de 1.324 alunos de Macau que estudam em Taiwan estão impedidos de regressar devido às restrições impostas pelo Governo da Ilha Formosa. Os números foram disponibilizados pelo Executivo. “Cerca de 1324 alunos, que se dividem por 100 instituições, foram afectados pelas medidas aplicadas por Taiwan”; informou Chan Iok Wai, chefe do Departamento de Estudantes das Instituições de Ensino Superior da Direcção de Serviços do Ensino Superior. No entanto, o Executivo apelou a Taiwan que abra uma excepção: “Esperamos que Taiwan venha a seguir o caso da Austrália e a título excepcional permita que os alunos que não tenham estado nos últimos 14 dias no Interior possam entrar e prosseguir os estudos”, pediu Chan. Também ontem, ficou a saber-se que 30 alunos conseguiram transferência de universidades de Taiwan para Macau.
admin SociedadeTaiwan | 1.324 alunos de Macau impedidos de voltar [dropcap]C[/dropcap]erca de 1.324 alunos de Macau que estudam em Taiwan estão impedidos de regressar devido às restrições impostas pelo Governo da Ilha Formosa. Os números foram disponibilizados pelo Executivo. “Cerca de 1324 alunos, que se dividem por 100 instituições, foram afectados pelas medidas aplicadas por Taiwan”; informou Chan Iok Wai, chefe do Departamento de Estudantes das Instituições de Ensino Superior da Direcção de Serviços do Ensino Superior. No entanto, o Executivo apelou a Taiwan que abra uma excepção: “Esperamos que Taiwan venha a seguir o caso da Austrália e a título excepcional permita que os alunos que não tenham estado nos últimos 14 dias no Interior possam entrar e prosseguir os estudos”, pediu Chan. Também ontem, ficou a saber-se que 30 alunos conseguiram transferência de universidades de Taiwan para Macau.
João Santos Filipe Manchete PolíticaTaiwan | Sulu Sou pede fim das restrições a estudantes de Macau O deputado compreende as medidas aplicadas pelo Governo da antiga Formosa, mas diz que as restrições devem ser levantadas tão depressa quanto possível, para que os alunos de Macau em Taiwan não sejam prejudicados [dropcap]C[/dropcap]omo medida de prevenção do coronavírus, o Governo de Taiwan proibiu a entrada de pessoas de Macau, Hong Kong e do Interior na Ilha Formosa. A medida afectou cerca de 1.322 alunos de Macau, que apesar de estudarem em Taiwan se encontravam de férias na RAEM. Ontem, o deputado Sulu Sou apontou a necessidade de as restrições serem levantadas tão depressa quanto possível, para que os interesses dos residentes de Macau sejam protegidos. “Compreendemos as razões que levaram o Governo de Taiwan a adoptar esta nova política de emigração. Querem proteger a comunidade e a sua população, o que é totalmente compreensível”, começou por ressalvar. “Mas esperamos que o Governo de Taiwan também perceba as preocupações e os sentimentos dos estudantes de Macau, assim como dos pais. Por isso esperamos que levantem as restrições tão depressa quanto possível”, apelou. No entanto, e apesar da RAEM não registar novos casos de coronavírus há 22 dias, o deputado não acredita que a restrição em Taiwan vá ser levantada em breve. Em causa está o facto de a avaliação da Ilha Formosa sobre a situação não focar apenas Macau, mas também as regiões vizinhas, como Cantão e Hong Kong. “Eles olham para Macau integrado num contexto com as regiões vizinhas e não apenas para Macau de forma isolada”, indicou. Desde que a medida entrou em vigor em Taiwan, Sulu Sou admitiu ter recebido vários estudantes e pais preocupados, principalmente finalistas. “Recebi muitos estudantes e pais que me pediram ajuda. Também sou formado numa Universidade de Taiwan e tenho alguns conhecimentos que me permitem saber um pouco mais sobre esta situação”, apontou. “Os alunos mais preocupados são os finalistas porque precisam de terminar um estágio antes de se licenciarem. Mas alguns dos estágios têm de ser feitos em Taiwan, por isso esses alunos estão preocupados com o facto de poderem falhar o estágio e não se poderem licenciar até ao final do ano”, explicou. Ultrapassar obstáculos Por outro lado, Sulu Sou espera que as universidades de Taiwan tomem medidas para garantir que os estudantes retidos em Macau possam acompanhar as aulas e ser avaliados de uma forma que tenha em conta os obstáculos encontrados. “A entidade de Taiwan que tutela a educação emitiu instruções para que as universidades disponibilizem aulas pela internet, assim como o conteúdo das matérias leccionadas. A avaliação dos estudantes também tem de ter em conta o tempo em que ficaram afastados das aulas”, explicou Sulu Sou. O deputado disse, no entanto, ter garantias do Governo de Taiwan de que os estudantes de Macau vão poder entrar em Taiwan para terminar a licenciatura, mesmo que o visto tenha expirado. Nestes casos a entrada é autorizada e o documento é renovado posteriormente.
admin Manchete PolíticaTaiwan | Sulu Sou pede fim das restrições a estudantes de Macau O deputado compreende as medidas aplicadas pelo Governo da antiga Formosa, mas diz que as restrições devem ser levantadas tão depressa quanto possível, para que os alunos de Macau em Taiwan não sejam prejudicados [dropcap]C[/dropcap]omo medida de prevenção do coronavírus, o Governo de Taiwan proibiu a entrada de pessoas de Macau, Hong Kong e do Interior na Ilha Formosa. A medida afectou cerca de 1.322 alunos de Macau, que apesar de estudarem em Taiwan se encontravam de férias na RAEM. Ontem, o deputado Sulu Sou apontou a necessidade de as restrições serem levantadas tão depressa quanto possível, para que os interesses dos residentes de Macau sejam protegidos. “Compreendemos as razões que levaram o Governo de Taiwan a adoptar esta nova política de emigração. Querem proteger a comunidade e a sua população, o que é totalmente compreensível”, começou por ressalvar. “Mas esperamos que o Governo de Taiwan também perceba as preocupações e os sentimentos dos estudantes de Macau, assim como dos pais. Por isso esperamos que levantem as restrições tão depressa quanto possível”, apelou. No entanto, e apesar da RAEM não registar novos casos de coronavírus há 22 dias, o deputado não acredita que a restrição em Taiwan vá ser levantada em breve. Em causa está o facto de a avaliação da Ilha Formosa sobre a situação não focar apenas Macau, mas também as regiões vizinhas, como Cantão e Hong Kong. “Eles olham para Macau integrado num contexto com as regiões vizinhas e não apenas para Macau de forma isolada”, indicou. Desde que a medida entrou em vigor em Taiwan, Sulu Sou admitiu ter recebido vários estudantes e pais preocupados, principalmente finalistas. “Recebi muitos estudantes e pais que me pediram ajuda. Também sou formado numa Universidade de Taiwan e tenho alguns conhecimentos que me permitem saber um pouco mais sobre esta situação”, apontou. “Os alunos mais preocupados são os finalistas porque precisam de terminar um estágio antes de se licenciarem. Mas alguns dos estágios têm de ser feitos em Taiwan, por isso esses alunos estão preocupados com o facto de poderem falhar o estágio e não se poderem licenciar até ao final do ano”, explicou. Ultrapassar obstáculos Por outro lado, Sulu Sou espera que as universidades de Taiwan tomem medidas para garantir que os estudantes retidos em Macau possam acompanhar as aulas e ser avaliados de uma forma que tenha em conta os obstáculos encontrados. “A entidade de Taiwan que tutela a educação emitiu instruções para que as universidades disponibilizem aulas pela internet, assim como o conteúdo das matérias leccionadas. A avaliação dos estudantes também tem de ter em conta o tempo em que ficaram afastados das aulas”, explicou Sulu Sou. O deputado disse, no entanto, ter garantias do Governo de Taiwan de que os estudantes de Macau vão poder entrar em Taiwan para terminar a licenciatura, mesmo que o visto tenha expirado. Nestes casos a entrada é autorizada e o documento é renovado posteriormente.
Hoje Macau SociedadeTaiwan | Garantido apoio a estudantes de Macau em quarentena [dropcap]A[/dropcap] Universidade de Chengchi, em Taiwan, comunicou que pretende prestar medidas de apoio aos estudantes de Macau, no seguimento do período de quarentena a que terão que ficar obrigatoriamente sujeitos após a implementação no território, desde sexta-feira, de uma medida que obriga todos visitantes oriundos do continente chinês, Hong Kong e Macau a fazer quarentena durante 14 dias. De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES), após o anúncio da medida, foram várias as solicitações dirigidas por estudantes de Macau da Universidade Chengchi ao organismo, referindo que a Universidade teria pedido aos estudantes de Macau que se alojam na Universidade que encontrassem por si próprios, outro alojamento fora da Universidade, para efectuar o isolamento de 14 dias. Tomando conhecimento da situação, a Chefe da Delegação Económica e Cultural de Macau, em Taiwan, Ho Weng Wai comunicou com o reitor da respectiva Universidade, que respondeu que “pretende prestar as medidas de apoio viáveis aos estudantes de Macau, incluindo o apoio para se alojarem nos locais de alojamento das escolas vizinhas”. As medidas específicas serão divulgadas posteriormente pela Universidade.
admin SociedadeTaiwan | Garantido apoio a estudantes de Macau em quarentena [dropcap]A[/dropcap] Universidade de Chengchi, em Taiwan, comunicou que pretende prestar medidas de apoio aos estudantes de Macau, no seguimento do período de quarentena a que terão que ficar obrigatoriamente sujeitos após a implementação no território, desde sexta-feira, de uma medida que obriga todos visitantes oriundos do continente chinês, Hong Kong e Macau a fazer quarentena durante 14 dias. De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES), após o anúncio da medida, foram várias as solicitações dirigidas por estudantes de Macau da Universidade Chengchi ao organismo, referindo que a Universidade teria pedido aos estudantes de Macau que se alojam na Universidade que encontrassem por si próprios, outro alojamento fora da Universidade, para efectuar o isolamento de 14 dias. Tomando conhecimento da situação, a Chefe da Delegação Económica e Cultural de Macau, em Taiwan, Ho Weng Wai comunicou com o reitor da respectiva Universidade, que respondeu que “pretende prestar as medidas de apoio viáveis aos estudantes de Macau, incluindo o apoio para se alojarem nos locais de alojamento das escolas vizinhas”. As medidas específicas serão divulgadas posteriormente pela Universidade.
Hoje Macau SociedadeTaiwan | Estudantes de Macau antecipam viagens para evitar quarentena devido ao coronavírus [dropcap]E[/dropcap]studantes de Macau estão a antecipar as suas viagens de regresso para Taiwan, com o objectivo de evitar o período de quarentena decretado no território e que obriga todos visitantes oriundos do continente chinês, Hong Kong e Macau a fazer quarentena durante 14 dias. As informações são avançadas pelo canal chinês da TDM Rádio que relata o caso de um natural de Macau que estuda numa Universidade de Taiwan, afirmando ter antecipado a sua viagem de regresso ao país em mais de uma semana, depois de ter tomado conhecimento da medida. De acordo com a mesma fonte existem mais estudantes de Macau a fazer o mesmo, até porque há estabelecimentos de ensino de Taiwan a pedir que os seus estudantes regressem ao território 14 dias antes do início das actividades lectivas, como forma de precaver o referido período de isolamento dos que vêm de fora, provenientes da China, Hong Kong e Macau.
admin SociedadeTaiwan | Estudantes de Macau antecipam viagens para evitar quarentena devido ao coronavírus [dropcap]E[/dropcap]studantes de Macau estão a antecipar as suas viagens de regresso para Taiwan, com o objectivo de evitar o período de quarentena decretado no território e que obriga todos visitantes oriundos do continente chinês, Hong Kong e Macau a fazer quarentena durante 14 dias. As informações são avançadas pelo canal chinês da TDM Rádio que relata o caso de um natural de Macau que estuda numa Universidade de Taiwan, afirmando ter antecipado a sua viagem de regresso ao país em mais de uma semana, depois de ter tomado conhecimento da medida. De acordo com a mesma fonte existem mais estudantes de Macau a fazer o mesmo, até porque há estabelecimentos de ensino de Taiwan a pedir que os seus estudantes regressem ao território 14 dias antes do início das actividades lectivas, como forma de precaver o referido período de isolamento dos que vêm de fora, provenientes da China, Hong Kong e Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan detecta primeiro paciente com nova pneumonia originária do centro da China [dropcap]T[/dropcap]aiwan confirmou hoje o seu primeiro doente com uma nova pneumonia com origem no centro da China, que causou já seis mortos e infectou cerca de 300 pessoas, alastrando-se a vários países asiáticos. A Agência Central de Notícias de Taiwan disse que uma mulher da ilha, que esteve recentemente na cidade chinesa de Wuhan, de onde o vírus é originário, está a ser tratada e foi colocada sob quarentena, depois de se ter dirigido voluntariamente aos serviços de saúde locais. Taiwan está em alerta máximo para a doença, que tem semelhanças com a pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong, e está a examinar todos os passageiros oriundos de Wuhan. O número de vítimas mortais com o novo tipo de pneumonia subiu hoje para seis, com a morte de dois pacientes, enquanto o número total de infectados ascendeu a 291, revelaram as autoridades chinesas. A ansiedade em torno da doença aumentou depois de um especialista do Governo chinês ter assumido que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, é transmissível entre seres humanos. Até à data, as autoridades diziam que não havia evidências nesse sentido. Esta semana foram diagnosticados novos casos em Pequim, Xangai. Guangdong, a província chinesa que faz fronteira com Macau, detectou 14 casos, incluindo três em Zhuhai, cidade que tem dois postos fronteiriços com Macau. Fora da China, quatro casos do novo coronavírus foram confirmados entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão e Tailândia, todos também oriundos de Wuhan.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim reitera reunificação de Taiwan através de ‘Um País, Dois Sistemas’ [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês reiterou ontem o objectivo de reunificar Taiwan através da fórmula ‘Um País, Dois Sistemas’, apesar da vitória do partido pró-independência nas eleições presidenciais e legislativas no sábado passado. O porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Ma Xiaoguang, disse que Pequim vai continuar a insistir no chamado ‘Consenso de 92’, que reconhece tanto Taiwan, como a China continental como parte de uma única nação chinesa. “Não nos envolvemos ou criticamos as eleições de Taiwan. Estas eleições locais em Taiwan não podem mudar o ‘status’ de Taiwan como parte da China”, frisou Ma, em conferência de imprensa. O porta-voz não repetiu abertamente a ameaça da China de usar a força, se necessário, para reunificar Taiwan, mas afirmou que as autoridades de Taiwan precisam de “reflectir profundamente” e afirmou que o apelo para seguir aquela via tem crescido entre o público chinês. Ma indicou que sistemas políticos diferentes não constituem “um obstáculo à unificação, nem uma desculpa” para manter o estado actual de Taiwan como um território de facto independente. Preço alto A Presidente reeleita de Taiwan respondeu argumentando que a China deve aceitar que o território é um país independente, alertando que qualquer tentativa de reunificação pela força teria um alto custo para Pequim. Na primeira entrevista desde a reeleição, Tsai Ing-wen, de 63 anos, disse sentir que a proclamação de independência por Taiwan não é, contudo, necessária. “Não precisamos de declarar que somos um Estado independente”, disse à cadeia televisiva britânica BBC. “Nós já somos um país independente, chamado República da China, Taiwan”, sublinhou. “Temos uma identidade especial e somos um país como tal”, defendeu Tsai. “Somos uma democracia bem-sucedida, temos uma economia bastante sólida, merecemos o respeito da China”, realçou. Tsai alertou ainda contra qualquer iniciativa militar de Pequim: “Invadir Taiwan seria muito caro para a China”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Programa de formação diplomática fundado Ramos-Horta premiado [dropcap]U[/dropcap]m programa de formação diplomática fundado pelo ex-Presidente timorense José Ramos-Horta em 1989 junto da Universidade de Novas Gales do Sul foi reconhecido com a edição de 2019 do Asia Democracy and Human Rights Award, atribuído por Taiwan. O prémio ao Diplomacy Training Program foi entregue na terça-feira em Taiwan pela Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, ao actual dircetor executivo, Patrick Earle, segundo um comunicado do programa. “Fico contente pelo facto deste programa que fundei e que dirigi durante muitos anos ter sido reconhecido por um prémio estabelecido pelo Governo de Taiwan e que tem muito prestígio a nível da Ásia”, disse José Ramos-Horta, em declarações à Lusa. Saudando quem deu continuidade ao programa – no qual mantém o título honorífico de presidente fundador – Ramos-Horta explicou que participa pontualmente em actividades de um programa inovador e que hoje já percorreu vários países. “O objectivo desta iniciativa foi sempre de fazer contribuição para a protecção de direitos humanos e outros valores universais, mas, mais do que isso, dar também a quem participa no curso conhecimentos práticos de como fazer lobby junto de governos, instituições ou as Nações Unidas”, explicou. Parte do foco do programa é ajudar também a preparar defensores de direitos humanos para trabalhar com a imprensa e com a sociedade civil, essencial para mobilizar apoios “Um diplomata com um lobby eficaz é também aquele que sabe lidar e cultivar a imprensa. Não adianta muito saber tudo sobre convenções se depois não sabe como mobilizar apoios quer de governos, quer de instituições internacionais”, afirmou. “Para tudo isto sempre precisa dos media, porque normalmente os Governos não reagem sem media, sem pressão. Por isso o programa tem esta questão como grande componente”, referiu. Direitos globais Desde a sua criação, o programa apoiou mais de 3.000 defensores de direitos humanos em mais de 60 países com cursos práticos e teóricos. Actualmente uma ONG independente afiliada à faculdade de direito da UNSW, o programa é a primeira organização australiana a receber o prémio criado pela Fundação para a Democracia de Taiwan (TFD). O galardão homenageia indivíduos ou organizações que demonstram empenho a longo prazo e liderança no avanço da democracia ou dos direitos humanos por meios pacíficos na Ásia. O programa fundado por Ramos-Horta é o mais antigo de formação de direitos humanos da Ásia e Pacífico, com um programa anual abrangente, complementado por formação especializado. Os cursos abrangem questões como povos indígenas, direitos dos trabalhadores migrantes, escravidão moderna e direitos humanos e negócios, ligando a Austrália a movimentos históricos de direitos humanos e democracia na Ásia, incluindo Indonésia e Timor-Leste, Malásia e Myanmar.
admin China / ÁsiaTaiwan | Programa de formação diplomática fundado Ramos-Horta premiado [dropcap]U[/dropcap]m programa de formação diplomática fundado pelo ex-Presidente timorense José Ramos-Horta em 1989 junto da Universidade de Novas Gales do Sul foi reconhecido com a edição de 2019 do Asia Democracy and Human Rights Award, atribuído por Taiwan. O prémio ao Diplomacy Training Program foi entregue na terça-feira em Taiwan pela Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, ao actual dircetor executivo, Patrick Earle, segundo um comunicado do programa. “Fico contente pelo facto deste programa que fundei e que dirigi durante muitos anos ter sido reconhecido por um prémio estabelecido pelo Governo de Taiwan e que tem muito prestígio a nível da Ásia”, disse José Ramos-Horta, em declarações à Lusa. Saudando quem deu continuidade ao programa – no qual mantém o título honorífico de presidente fundador – Ramos-Horta explicou que participa pontualmente em actividades de um programa inovador e que hoje já percorreu vários países. “O objectivo desta iniciativa foi sempre de fazer contribuição para a protecção de direitos humanos e outros valores universais, mas, mais do que isso, dar também a quem participa no curso conhecimentos práticos de como fazer lobby junto de governos, instituições ou as Nações Unidas”, explicou. Parte do foco do programa é ajudar também a preparar defensores de direitos humanos para trabalhar com a imprensa e com a sociedade civil, essencial para mobilizar apoios “Um diplomata com um lobby eficaz é também aquele que sabe lidar e cultivar a imprensa. Não adianta muito saber tudo sobre convenções se depois não sabe como mobilizar apoios quer de governos, quer de instituições internacionais”, afirmou. “Para tudo isto sempre precisa dos media, porque normalmente os Governos não reagem sem media, sem pressão. Por isso o programa tem esta questão como grande componente”, referiu. Direitos globais Desde a sua criação, o programa apoiou mais de 3.000 defensores de direitos humanos em mais de 60 países com cursos práticos e teóricos. Actualmente uma ONG independente afiliada à faculdade de direito da UNSW, o programa é a primeira organização australiana a receber o prémio criado pela Fundação para a Democracia de Taiwan (TFD). O galardão homenageia indivíduos ou organizações que demonstram empenho a longo prazo e liderança no avanço da democracia ou dos direitos humanos por meios pacíficos na Ásia. O programa fundado por Ramos-Horta é o mais antigo de formação de direitos humanos da Ásia e Pacífico, com um programa anual abrangente, complementado por formação especializado. Os cursos abrangem questões como povos indígenas, direitos dos trabalhadores migrantes, escravidão moderna e direitos humanos e negócios, ligando a Austrália a movimentos históricos de direitos humanos e democracia na Ásia, incluindo Indonésia e Timor-Leste, Malásia e Myanmar.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA contra interferência da China nas próximas eleições de Taiwan [dropcap]O[/dropcap] principal representante dos Estados Unidos em Taiwan disse ontem que Washington está a trabalhar com Taipé para combater os esforços de Pequim para influenciar as próximas eleições na ilha. O actual director do Instituto Norte-Americano de Taiwan, que estabelece as relações diplomáticas entre os EUA e aquele território, Brent Christensen, disse que os EUA estão “conscientes de que a China está a tentar influenciar, através de vários meios, o processo democrático de Taiwan”. Christensen acredita que “actores mal intencionados estão a usar campanhas de desinformação para minar a confiança das pessoas nas instituições democráticas” da ilha, mas que Washington e Taipé “têm trabalhado juntos para combater esses esforços”, partilhando informações e experiências e mobilizando a sociedade civil. A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, eleita em 2016, é a primeira mulher a ocupar o cargo e procura um segundo mandato nas eleições de 11 de Janeiro para eleger o chefe de Estado e deputados. Alegadamente, a China favorece fortemente o principal oponente de Tsai, Han Kuo-yu, do Partido Nacionalista. Taiwan separou-se da China em 1949 mas a República Popular da China (RPC) reivindica a ilha como seu território, e ameaça anexar pela força militar, opondo-se ao contacto diplomático entre Taiwan e os EUA. Tentativas anteriores da RPC para influenciar a democracia de Taiwan proporcionaram resultados desiguais e podiam tornar-se um risco para Han Kuo-yu, que em março reuniu com as autoridades chinesas numa visita à China, Macau e Hong Kong, e teve dificuldades em desmentir acusações de conspiração com Pequim. Inicialmente, o principal oponente de Tsai liderava as sondagens de opinião pública, mas desde junho tem estado atrás da atual Presidente, frequentemente por vários pontos percentuais. Vários candidatos a deputados do Partido Nacionalista têm também fortes ligações com a China e falaram a favor da unificação com esse país. A interferência eleitoral seria uma continuação da campanha implacável de Pequim para minar o Governo do Partido Democrático Progressista de Tsai, que é a favor da independência de Taiwan, através do aumento da pressão diplomática, militar e económica. Apenas 15 países mantêm laços formais com Taiwan, após sete países trocarem o reconhecimento a favor da RPC nos últimos anos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim aprova medidas para seduzir taiwaneses [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês anunciou ontem várias medidas destinadas a “promover os intercâmbios e a cooperação económica e cultural” com Taiwan, mas Taipé respondeu que “não há necessidade” de implementá-las. Entre as 26 medidas anunciadas por Pequim, treze visam “garantir” que as empresas taiwanesas recebem o mesmo tratamento que as do continente no acesso ao mercado chinês, incluindo em “investimento, participação em grandes projectos de desenvolvimento tecnológico, redes de quinta geração (5G), economia circular, aviação civil, parques temáticos e novas instituições financeiras”, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua. As outras 13 medidas visam garantir igualdade de tratamento para os “compatriotas” de Taiwan, oferecendo mais facilidades em questões como protecção consular, despesas com telecomunicações, qualificação para compra de casas ou validação de títulos profissionais, explicou a agência. Sem necessidade Logo após o anúncio, o ministro taiwanês dos Negócios Estrangeiros, Joseph Wu, respondeu na rede social Twitter que “não há necessidade” de implementar aquelas medidas, que foram acrescentadas a outras 31 anunciadas no ano passado e que, segundo o Governo de Taiwan, “não foram eficazes em atrair os taiwaneses”. Wu ironizou que, em vez daquelas medidas, “dar às pessoas mais liberdade também seria bom”, enquanto a porta-voz do ministério taiwanês dos Negócios Estrangeiros acrescentou que “Taiwan é um Estado soberano” e que “a jurisdição consular do governo de Taiwan não tem nada a ver com a China”. A proposta chinesa surge dois meses antes das eleições presidenciais em Taiwan. Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição de Tsai Ing-wen, do Partido Progressista Democrático (DPP, sigla em inglês), pró-independência, em 2016, e afirmou que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China. Tsai concorre a um segundo mandato nas eleições que se realizam em Janeiro.
João Luz PolíticaTaiwan | Técnicos de programa de defesa proibidos de passar por Macau Os técnicos que trabalham num programa de segurança de Taiwan, encarregue de construir uma frota de submarinos, tiveram de assinar um contrato que os proíbe de entrar em território chinês ou passar por Macau e Hong Kong. O programa foi descrito pela Marinha de Taiwan como de “máxima importância” e está envolto em completo secretismo [dropcap]O[/dropcap]s técnicos e todo o pessoal que trabalha no Indigenous Defense Submarine (IDS), um programa das forças armadas de Taiwan para construir submarinos, assinaram um acordo para garantir a confidencialidade do projecto que os proíbe de entrar na China, ou passar por Macau e Hong Kong, de acordo com os media de Taiwan. O IDS é um dos trunfos da Marinha da Formosa, descrito como um projecto de “máxima importância”, a ser desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. A frota de submarinos, também conhecidos como “dragões escondidos” está a ser desenvolvida, sob gestão da Taiwan’s Shipbuilding Corporation, para integrar até 12 tipos diferentes de equipamentos e sistemas de combate. Também os funcionários desta empresa, ligados à construção e concepção do design estão proibidos de passar por Macau e Hong Kong. Aliás, se tiverem acesso a informação classificada têm de submeter a aprovação os planos de viagem, sejam eles em negócios ou lazer. O submergível terá um peso final estimado de 2.500 toneladas e 70 metros de comprimento. Os media taiwaneses referem que os sistemas informáticos dos serviços fronteiriços das regiões administrativas especiais da China têm um mecanismo de notificação directa ligado ao enorme aparato de segurança nacional chinês. Como tal, o acordo assinado pretende evitar que quem esteja na posse de informação sobre o programa seja apanhado numa lista vigilância e detido nos aeroportos de Macau ou Hong Kong. Jóia da coroa Também pessoal aposentado das forças armadas é aconselhado a não visitar ou passar por Macau e Hong Kong. Outra faceta do sistema protecção de segredos de segurança nacional é a obrigatoriedade de o pessoal com acesso a informação sensível ter de registar contas de email e telemóveis pessoais. Além disso, os telemóveis não podem ser fabricados na China e têm de ter instalado software especial de gestão das forças armadas taiwanesas. A importância de proteger o secretismo do projecto IDS aplica-se também entre portas. Por exemplo, a unidade industrial onde os submarinos estão a ser construídos está equipada com um sistema de monitorização com reconhecimento facial, que distingue diferentes níveis de permissão de acesso a pisos distintos. Qualquer pessoa que não esteja autorizada no interior, ou nas imediações, do local é identificada pelo sistema. De acordo com as forças armadas taiwanesas, a conclusão do projecto, que pressupõe a construção de uma frota de oito submarinos, estará pronta em 2025. O objectivo do programa é responder à crescente capacidade militar chinesa.
João Luz PolíticaTaiwan | Técnicos de programa de defesa proibidos de passar por Macau Os técnicos que trabalham num programa de segurança de Taiwan, encarregue de construir uma frota de submarinos, tiveram de assinar um contrato que os proíbe de entrar em território chinês ou passar por Macau e Hong Kong. O programa foi descrito pela Marinha de Taiwan como de “máxima importância” e está envolto em completo secretismo [dropcap]O[/dropcap]s técnicos e todo o pessoal que trabalha no Indigenous Defense Submarine (IDS), um programa das forças armadas de Taiwan para construir submarinos, assinaram um acordo para garantir a confidencialidade do projecto que os proíbe de entrar na China, ou passar por Macau e Hong Kong, de acordo com os media de Taiwan. O IDS é um dos trunfos da Marinha da Formosa, descrito como um projecto de “máxima importância”, a ser desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. A frota de submarinos, também conhecidos como “dragões escondidos” está a ser desenvolvida, sob gestão da Taiwan’s Shipbuilding Corporation, para integrar até 12 tipos diferentes de equipamentos e sistemas de combate. Também os funcionários desta empresa, ligados à construção e concepção do design estão proibidos de passar por Macau e Hong Kong. Aliás, se tiverem acesso a informação classificada têm de submeter a aprovação os planos de viagem, sejam eles em negócios ou lazer. O submergível terá um peso final estimado de 2.500 toneladas e 70 metros de comprimento. Os media taiwaneses referem que os sistemas informáticos dos serviços fronteiriços das regiões administrativas especiais da China têm um mecanismo de notificação directa ligado ao enorme aparato de segurança nacional chinês. Como tal, o acordo assinado pretende evitar que quem esteja na posse de informação sobre o programa seja apanhado numa lista vigilância e detido nos aeroportos de Macau ou Hong Kong. Jóia da coroa Também pessoal aposentado das forças armadas é aconselhado a não visitar ou passar por Macau e Hong Kong. Outra faceta do sistema protecção de segredos de segurança nacional é a obrigatoriedade de o pessoal com acesso a informação sensível ter de registar contas de email e telemóveis pessoais. Além disso, os telemóveis não podem ser fabricados na China e têm de ter instalado software especial de gestão das forças armadas taiwanesas. A importância de proteger o secretismo do projecto IDS aplica-se também entre portas. Por exemplo, a unidade industrial onde os submarinos estão a ser construídos está equipada com um sistema de monitorização com reconhecimento facial, que distingue diferentes níveis de permissão de acesso a pisos distintos. Qualquer pessoa que não esteja autorizada no interior, ou nas imediações, do local é identificada pelo sistema. De acordo com as forças armadas taiwanesas, a conclusão do projecto, que pressupõe a construção de uma frota de oito submarinos, estará pronta em 2025. O objectivo do programa é responder à crescente capacidade militar chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China acusada de constituir “grande desafio” à paz e estabilidade [dropcap]A[/dropcap] Presidente de Taiwan disse ontem que a China tem ameaçado constantemente a ilha, constituindo um “grande desafio” à paz e estabilidade regionais, numa altura em que Pequim tenta isolar diplomaticamente o território. “A China usa a fórmula ‘um país, dois sistemas’ para nos ameaçar constantemente, efectua todo o tipo de ataques e ergue desafios virulentos à paz e à estabilidade regionais”, defendeu Tsai Ing-wen, no discurso que marcou o Dia Nacional de Taiwan. As declarações de Tsai surgem numa altura em que Hong Kong é palco dos maiores protestos pró-democracia desde a transferência da soberania do território do Reino Unido para a China, em 1997. A líder taiwanesa considerou que a contestação social na região semiautónoma chinesa expõe “o fracasso” da fórmula ‘um país, dois sistemas’, e prometeu defender a soberania de Taiwan. Taiwan “não teria espaço para sobreviver se aceitasse a fórmula ‘um país, dois sistemas'”, afirmou. Rejeitar aquela fórmula, que garante o estatuto semiautónomo de Hong Kong e de Macau, é o “maior consenso entre os 23 milhões de habitantes de Taiwan, independentemente da filiação partidária ou posição política”, sublinhou. Nada a dizer China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência. Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição de Tsai Ing-wen, do Partido Progressista Democrático (DPP, sigla em inglês), pró-independência, em 2016, e afirmou que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China. Tsai concorre a um segundo mandato nas eleições que se realizam no início do próximo ano. Apoio republicano Em contraste com a parada militar que, no dia 1 Outubro, assinalou os 70 anos desde a fundação da República Popular da China, em Pequim, com uma demonstração de mísseis balísticos intercontinentais, Taiwan realizou uma celebração mais discreta, que sublinhou a abertura do território, incluindo através da participação de dezenas de imigrantes. “Quando a democracia está sob ameaça, devemos erguer-nos para protegê-la. Como Presidente, devo defender a soberania e assegurar a sobrevivência de Taiwan”, afirmou Tsai. Desde que Tsai Ing-wen foi eleita Presidente, sete países, incluído São Tomé e Príncipe, cortaram relações diplomáticas com Taipé, que conta agora apenas 15 aliados diplomáticos. E após o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), em 2017, as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo da ilha intensificaram-se, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável uma invasão da China. No entanto, o apoio militar dos Estados Unidos a Taipé tem aumentado, o que constitui outra fonte de tensão entre Washington e Pequim. Numa demonstração de apoio a Tsai, o senador Ted Cruz, do Partido Republicano, participou ontem nas comemorações do Dia Nacional em Taipé. Tratou-se da primeira participação de um senador norte-americano naquelas comemorações em 35 anos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China acusada de constituir “grande desafio” à paz e estabilidade [dropcap]A[/dropcap] Presidente de Taiwan disse ontem que a China tem ameaçado constantemente a ilha, constituindo um “grande desafio” à paz e estabilidade regionais, numa altura em que Pequim tenta isolar diplomaticamente o território. “A China usa a fórmula ‘um país, dois sistemas’ para nos ameaçar constantemente, efectua todo o tipo de ataques e ergue desafios virulentos à paz e à estabilidade regionais”, defendeu Tsai Ing-wen, no discurso que marcou o Dia Nacional de Taiwan. As declarações de Tsai surgem numa altura em que Hong Kong é palco dos maiores protestos pró-democracia desde a transferência da soberania do território do Reino Unido para a China, em 1997. A líder taiwanesa considerou que a contestação social na região semiautónoma chinesa expõe “o fracasso” da fórmula ‘um país, dois sistemas’, e prometeu defender a soberania de Taiwan. Taiwan “não teria espaço para sobreviver se aceitasse a fórmula ‘um país, dois sistemas'”, afirmou. Rejeitar aquela fórmula, que garante o estatuto semiautónomo de Hong Kong e de Macau, é o “maior consenso entre os 23 milhões de habitantes de Taiwan, independentemente da filiação partidária ou posição política”, sublinhou. Nada a dizer China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência. Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição de Tsai Ing-wen, do Partido Progressista Democrático (DPP, sigla em inglês), pró-independência, em 2016, e afirmou que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China. Tsai concorre a um segundo mandato nas eleições que se realizam no início do próximo ano. Apoio republicano Em contraste com a parada militar que, no dia 1 Outubro, assinalou os 70 anos desde a fundação da República Popular da China, em Pequim, com uma demonstração de mísseis balísticos intercontinentais, Taiwan realizou uma celebração mais discreta, que sublinhou a abertura do território, incluindo através da participação de dezenas de imigrantes. “Quando a democracia está sob ameaça, devemos erguer-nos para protegê-la. Como Presidente, devo defender a soberania e assegurar a sobrevivência de Taiwan”, afirmou Tsai. Desde que Tsai Ing-wen foi eleita Presidente, sete países, incluído São Tomé e Príncipe, cortaram relações diplomáticas com Taipé, que conta agora apenas 15 aliados diplomáticos. E após o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), em 2017, as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo da ilha intensificaram-se, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável uma invasão da China. No entanto, o apoio militar dos Estados Unidos a Taipé tem aumentado, o que constitui outra fonte de tensão entre Washington e Pequim. Numa demonstração de apoio a Tsai, o senador Ted Cruz, do Partido Republicano, participou ontem nas comemorações do Dia Nacional em Taipé. Tratou-se da primeira participação de um senador norte-americano naquelas comemorações em 35 anos, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.