Espectáculo | Destiny encerrado antes de começar

[dropcap]A[/dropcap]operadora MGM estava a preparar o lançamento de um espectáculo intitulado Destiny, que acabou cancelado, antes da estreia. Uma decisão que deixou sem emprego 50 funcionários.

A notícia foi avançada pelo portal Expediente Sínico, com base no depoimento de dois dos despedidos. A decisão terá sido tomada depois da directora executiva da companhia, Pansy Ho, filha de Stanly Ho, ter assistido à pré-estreia do espectáculo e ter decidido que não tinha qualidade para ser levado ao grande público.

A medida afecta artistas, técnicos de guarda-roupa, operadores de câmara, directores artísticos e maquilhadores, entre outros.

19 Out 2018

Jogo | Pansy Ho confiante para eventuais desafios da guerra comercial

A directora-executiva da MGM China não está preocupada com a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, mas espera que o Governo Central encare as operadoras do jogo americanas como empresas locais

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] directora-executiva e accionista da MGM China Pansy Ho diz que não está preocupada com a guerra comercial, entre a China e os Estados Unidos. Contudo, defende que as operadoras norte-americanas em Macau devem ser encaradas como empresas locais, pela forma como contribuem para o desenvolvimento da região. As afirmações da filha de Stanley Ho foram feitas, ontem, à margem da conferência de imprensa de lançamento do Fórum de Economia de Turismo Global.

“Até agora não vimos qualquer tipo de pressão governamental, ou do Governo Central, com medidas que desencorajem a vinda a Macau dos turistas do Interior da China. Pelo contrário, de uma forma geral os números têm sido muito consistentes. Não sentimos qualquer influência [da guerra comercial]”, começou por dizer Pansy Ho.

A director da MGM China destacou depois que Macau tem vindo a diversificar a oferta ao nível do entretenimento, e que o território se está a afastar cada vez mais de ser visto apenas como um centro de jogo. “Temos feito um bom trabalho com base na missão do Governo Central de diversificar o entretenimento com os elementos não-jogo, principalmente com a construção dos hotéis integrados de nível internacional. Por isso, quanto muito [a guerra comercial] vai ser um teste para vermos se a oferta de elementos não-jogo em Macau é suficiente”, considerou. “Mas estamos muito confiantes e felizmente já estamos no caminho certo há algum tempo”, acrescentou.

Estados Unidos de Macau

Apesar do optimismo face ao diferendo comercial entre as duas maiores potências económicas do Mundo, a accionista da MGM espera que as operadoras americanas em Macau sejam vistas mais como empresas locais. “A marca [que utilizamos] é americana, mas espero que as operadoras americanas consigam demonstrar que têm actuado como operadoras locais. São empresas que têm utilizado o conhecimento local e que têm contribuído para construir uma cidade de Macau melhor”, vincou. “É assim que queremos ser encarados”, frisou.

Já em relação à renovação das licenças, Pansy Ho admitiu que já houve abordagens do Governo, embora não tenha elaborado mais sobre o assunto. “Claro que já houve diferentes formas de discussão [sobre a renovação das licenças]. Mas não quero entrar em detalhes”, confessou.

A MGM opera em Macau como subconcessionária da SJM. A licença da SJM é a primeira das três existentes a expirar, o que acontece em 2020.

O Fórum de Economia de Turismo Global vai decorrer entre 23 e 24 de Outubro, com o tema “Parceria Estratégica numa Nova Era, Fomentando um Futuro Compartilhado”. Em discussão vai estar o impacto da cooperação estratégica no sector do turismo entre a China e a União Europeia.

9 Out 2018

Distinção | Empresária Pansy Ho recebe a mais alta condecoração francesa

[dropcap style=’circle’] P [/dropcap] ansy Ho foi condecorada pelo Presidente da França com o Chevalier de L’Ordre Nacional de la Légion d’Honneur pela sua contribuição na promoção do comércio franco-chinês, turismo, artes e cooperação cultural e intercâmbio. Além do seu generoso envolvimento na organização do Le French May, Pansy Ho trouxe importantes exposições de arte francesa, como a Bienal dos Leões, Edgar Degas: Figuras em Movimento e Um Modo de Vida de Ouro – Très’Ors a Macau para tornar a arte e cultura francesa mais acessível às comunidades de Hong Kong e Macau. Desde a sua nomeação como Embaixadora do Louvre na China em 2012, Pansy Ho tem sido incansável na defesa da arte e cultura francesas. Também fundou a Câmara de Comércio da França em 2008 para fazer negócios em rede em Macau, Hong Kong e França.
“Esta é uma condecoração que o presidente francês concede a mim por reconhecer o papel humilde que eu tenho tido em defesa da arte e da cultura francesa, e a promoção do intercâmbio cultural e desenvolvimento económico entre a França e a China, Hong Kong e Macau.” Descrevendo a influência da arte e da cultura francesa sobre ela, Pansy Ho disse: “Mal sabia eu que minhas visitas de infância evoluiriam para uma jornada vitalícia de promoção da arte e cultura francesas, abrangendo minha carreira, diferentes empresas e sectores industriais, diferentes regiões, e por uma infinidade de boas razões … A minha experiência com arte e cultura tem sido uma jornada de despertar, inspirada pela arte e cultura francesas como manifesta em suas artes e arquitectura, literatura, culinária e vinho, moda e estilo ”. Pansy Ho partilhou seus últimos pensamentos sobre receber a honraria: “Conectar pessoas e nações e promover o desenvolvimento comum e a paz são tarefas enormes que exigem esforços individuais e colaborativos. Mas, para mim, não há alegria maior do que poder oferecer serviço para benefício comum por meio da partilha de arte e cultura ”. A Ordem da Légion d’Honneur foi criada por Napoleão Bonaparte em 1802. É o maior prémio civil dado pela República Francesa por excelentes serviços prestado à França.

15 Jun 2018

Jogo | Pansy Ho considerada a mais rica de Hong Kong pela Bloomberg

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s últimos meses parecem ter sido de alegria para a filha do magnata do jogo Stanley Ho. Após a abertura do empreendimento da MGM China no Cotai, Pansy Ho acaba de ser considerada pelo Bloomberg’s Billionaire’s Index (índice de bilionários elaborado pela agência de notícias de economia) como a mulher mais rica da região vizinha, com uma fortuna pessoal avaliada em 6.01 mil milhões de dólares norte-americanos. Com esta subida na lista elaborada pela Bloomberg, Pansy Ho ocupa agora a posição número 286 na lista mundial de bilionários, de acordo com a publicação Inside Asian Gaming.

A mesma publicação refere que Pansy Ho roubou o lugar a Pollyanna Chu, cuja empresa Kingston Financial Group Ltd perdeu quase metade do seu valor no ano passado. A empresa de Pollyanna Chu detém os casinos Casa Real e Grandview, operados com uma licença da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), concessionária da qual Pansy Ho é também uma das accionistas principais.

A queda da Kingston Financial Group Ltd deveu-se ao facto da Hong Kong’s Securities and Futures Commission ter alertado, em Janeiro, os investidores de que a posse das acções da empresa estava demasiado concentrada, uma vez que apenas 20 pessoas detinham 91 por cento das acções. A empresa registou uma queda de 8.7 por cento na Segunda-feira na bolsa de valores de Hong Kong, depois do Grupo FTSE Russell, sediado em Londres, ter retirado as acções da empresa da sua lista de referências.

21 Mar 2018

MGM China II abre na terça-feira

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de mil quartos, 125 mesas de jogo, 900 ‘slot machines’ e 300 obras de arte são algumas das características do segundo e novo empreendimento que a MGM vai inaugurar na terça-feira em Macau. O MGM Cotai, na faixa de casinos entre a Taipa e Coloane, é a última adição ao portfólio da MGM China e um ‘resort’ integrado avaliado em 2,7 mil milhões de euros, que vai abrir, depois de vários adiamentos, antes do ano novo chinês, que este ano se assinala na próxima sexta-feira.

Esta época festiva é um dos períodos mais fortes do jogo em casinos de Macau.

Em Janeiro, o Governo de Macau tinha autorizado a MGM a adquirir 125 novas mesas de jogo. Ao número total de mesas, vão ser transferidas 77 outras da propriedade do MGM na península de Macau e mais 900 ‘slots machines’ novas.
No projecto, do gabinete de arquitetura Kohn Pedersen Fox (KPF), idêntico ao do MGM Macau, foram usadas cerca de 17 mil toneladas de aço, equivalente ao peso utilizado no fabrico de 18 mil carros, e cerca de 240 tipos de pedra e mármore, “escolhidas ao longo de dois anos na Europa, Turquia, América do Sul, China e Hong Kong”, de acordo com dados da operadora de jogo.

Em destaque no novo MGM Cotai vai estar uma colecção de arte, avaliada em 100 milhões de patacas (cerca de 10 milhões de euros), que integra cerca de 300 obras de pintura, escultura e instalações de novos ou conhecidos artistas asiáticos.

De acordo com a operadora, a colecção inclui 28 tapetes imperiais chineses, da dinastia Qing, que outrora cobriram o chão da Cidade Proibida, em Pequim.

Na restauração, os ‘chefs’ Graham Elliot, conhecido como júri do programa Top Chef, e Mauro Colagreco, ambos distinguidos com estrelas Michelin, vão liderar o Coast e o Grill 58º, respectivamente. A oferta de restauração inclui Aji, o primeiro restaurante Nikkei em Macau, conduzido pelo ‘chef’ Mitsuharu Tsumura.

O icónico símbolo da MGM, o leão dourado, vai ocupar a entrada para o ‘resort’ e é a primeira estátua coberta com aproximadamente 32 mil folhas de ouro. Tem 11 metros de altura e pesa 38 toneladas.

O complexo turístico ocupa uma área 71.833 metros, um terreno concessionado por um período inicial de 25 anos, tendo sido oficializado no início de 2013 pelo Governo de Macau. A operadora concordou pagar um prémio de 1,3 mil milhões de patacas pelo arrendamento.

A operadora de jogo MGM China resulta de uma parceria entre Pansy Ho, filha do magnata do jogo em Macau Stanley Ho, e a MGM Resorts.

Entre Julho e Setembro passado, as receitas da MGM China atingiram 471 milhões de dólares norte-americanos (406 milhões de euros), o que traduz uma diminuição de 6% em termos anuais homólogos. No trimestre anterior (abril a junho), as receitas tinha registado uma subida de 5%.

Anunciado no início das obras a 27 de fevereiro de 2013 como o “‘resort’ e casino mais impressionante” da MGM, a conclusão do empreendimento, inicialmente prevista para 2016, sofreu vários adiamentos.

12 Fev 2018

Pansy Ho diz que Macau precisa de “novas ofertas”

Macau precisa de inovar na oferta que disponibiliza aos turistas. A ideia foi deixada por Pansy Ho, empresária e secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] secretária-geral do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau, Pansy Ho, afirmou ontem que a cidade vai “liderar a invenção de novas experiências turísticas” e continua a ser um local privilegiado para entender as preferências dos chineses.

“Precisamos desesperadamente de novas ofertas, caso contrário não conseguimos acompanhar, as pessoas já cá vieram e podem desviar-se para outro lado. Como podemos garantir que vamos continuar a atrair 30 e tal milhões de turistas por ano? Claramente temos de nos reinventar”, disse a também presidente da MGM China, num encontro com a imprensa durante a 6.ª edição do fórum. 

“Da próxima vez que [os turistas] vierem não será só para ver um excelente ‘resort’, experimentar um restaurante de que nunca tinham ouvido falar. De cada vez que vêm queremos que pensem que Macau é o local onde haverá sempre a próxima nova experiência. Não apenas a nova, mas a próxima nova. Vamos liderar a invenção de novas experiências turísticas. Por isso temos de dizer às pessoas que estamos comprometidos em fazê-lo”, afirmou.

Pansy Ho lembrou que Macau “experienciou um crescimento acelerado” no ramo do turismo, atraindo “os principais operadores de hotelaria”, mas que agora quer desenvolver uma “personalidade única” que vá além de “marcas de hotel”.

“As pessoas não vão gostar mais de Macau devido a um fórum. Mas temos de ter algo para usar como meio de promover, de dizer às pessoas que conquistámos um certo progresso”, disse, referindo-se ao evento que termina esta terça-feira.

Do ponto de vista do sector, afirmou, Macau continua a ser um local privilegiado, ao entender bem as preferências dos turistas chineses.

“Se vens para esta parte do mundo queres cobrir os diferentes segmentos. A China é tão grande, é o maior mercado do mundo [de turismo]. É preciso compreender as divisões geográficas, culturais. Como promover? É diferente no norte e no sul. Se querem perceber as preferências [dos chineses] devem vir a Macau. Porquê? Porque Macau e Hong Kong, as duas regiões administrativas especiais, foram as primeiras a beneficiar da abertura aos turistas chineses. Tivemos um grande papel a moldar forma como os turistas chineses entendem as suas férias”, explicou.

MGM abre mesmo em Janeiro

Para Pansy Ho, “Macau mudou, transformou-se e vai continuar a transformar-se”. Os parceiros do fórum “vão perceber que Macau tem a capacidade de ser pioneiro, porque beneficia do número de visitantes, podemos ser pioneiros na próxima geração do desenvolvimento do turismo”.

Em 2016 Macau recebeu cerca de 31 milhões de turistas, a maior parte vindos da China.

A empresária confirmou ainda que o novo projecto da MGM na ‘strip’ de casinos do Cotai vai ser inaugurado a 29 de Janeiro, após sofrer “alguns atrasos”, também devido ao impacto do tufão Hato, que atingiu a cidade a 23 de Agosto.

17 Out 2017

Fórum de Economia e Turismo com mais cooperação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 6.ª edição do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau, que decorre nos dias 16 e 17, vai incidir na cooperação com 16 países da Europa Central e de Leste, que estarão representados a nível ministerial.

A edição deste ano será subordinada ao tema “Colaboração Regional para um Futuro Melhor” e além de se centrar sobre a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, vai focar-se na chamada cooperação “16+1”, que inclui 16 países da Europa central e de leste e a província chinesa de Guizhou.

“Com o forte crescimento do número de visitantes chineses aos países da Europa Central e de Leste nos últimos anos, a China e estes países criaram uma organização oficial para facilitar a crescente cooperação turística”, disse a secretária-geral do Fórum, Pansy Ho, em conferência de imprensa.

“Este ano incluímos 16 países da Europa que não são muito conhecidos no Extremo Oriente, alguns deles nem eu visitei. Achámos que era uma boa oportunidade. São todos muito próximos uns dos outros e não são muito grandes, têm experiência em oferecer pacotes turísticos combinados”, acrescentou, explicando que podem representar um bom exemplo para Macau.

Representação ministerial

Alguns destes países vão estar representados a nível ministerial, como a Hungria, através do Ministro do Turismo, e a Bósnia-Herzegovina. O Fórum vai também contar com a presença do secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai.

Estes representantes vão participar nas sessões “Frente a frente entre ministros e líderes do sector privado”, uma das iniciativas do Fórum, que este ano, segundo a organização, vai contar com “o maior painel de oradores de sempre”, 169 de 50 países.

Durante o fórum será também apresentada pela OMT a quarta edição do “Relatório sobre tendências do turismo da Ásia”.

A 6.ª edição do Fórum de Economia de Turismo Global de Macau tem um orçamento de 46 milhões de patacas, dos quais 24,2 milhões são da responsabilidade da Direcção de Serviços de Turismo, ficando o restante valor a cargo de patrocinadores.

Desde a edição inaugural em 2012, o Fórum atraiu um total de mais de 7.000 participantes de 63 países e regiões, recebeu 54 delegações de diferentes províncias e regiões autónomas do Interior da China, e mais de 300 oradores.

8 Out 2017

Tufão Hato: MGM China doa 30 milhões de patacas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s empresas MGM China e MGM Resorts, bem como a “equipa de Pansy Ho” decidiram doar 30 milhões de patacas para a recuperação dos inúmeros estragos causados pela passagem do tufão Hato pelo território, que já causou um total de dez mortos e inúmeros feridos.
Segundo um comunicado, “a distribuição do montante será decidida nos próximos dias e meses com a coordenação do Governo de Macau, tendo em conta as áreas com maior necessidade”.
Além disso, “os funcionários do MGM e as necessidades das suas famílias serão tidas em conta na alocação destes fundos”, aponta a concessionária de jogo.
Citada pelo mesmo comunicado, Pansy Ho, directora-executiva da MGM China, referiu que os funcionários da empresa têm sido “excepcionais, contribuindo com o seu tempo e esforços para enfrentar estes desafios”.
“Estamos prontos para utilizar os nossos recursos de forma a que possamos garantir uma recuperação sustentável da comunidade local”, disse ainda.

26 Ago 2017

Shun Tak vai negociar com o Governo terrenos em Nam Van

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]assaram quatro meses desde que a concessão de dois terrenos à Shun Tak, na zona do lago Nam Van, chegou ao fim. Em comunicado, o grupo Shun Tak, que detém a subsidiária, promete negociar directamente com o Governo.

“Depois de avaliar a situação e as suas opções, o Grupo propõe-se obter o pleno poder de negociação directa dos terrenos e dos direitos promissórios sobre os terrenos com o Governo da RAEM, com vista à obtenção de condições que sejam favoráveis e aceitáveis para a empresa como um todo”, afirma a empresa. Perante isto, a concessionária promete “emitir uma circular sobre a proposta de acordo com vista à aprovação dos accionistas”.

A Shun Tak indica ainda que “o Grupo continuará a prosseguir as negociações de boa fé para a obtenção de soluções eficazes com o Governo da RAEM, de acordo com o melhor interesse dos seus accionistas”.

Anos à espera

O mesmo comunicado volta a frisar a posição que a concessionária tem desde o início do processo, de que é da responsabilidade da Direcção de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) o atraso no desenvolvimento do terreno.

“Em 2004 o Grupo celebrou um contrato de compra e venda com a empresa Sai Wu, relativo à aquisição condicional dos terrenos em Nam Van. O projecto foi adiado durante anos até que o Governo de Macau elaborasse o plano director para a zona de Nam Van.”

Um mês antes do fim do prazo de 25 anos de concessão, em Junho, Pansy Ho admitiu, à margem de um evento público, que a ida a tribunal seria uma possibilidade, dado que os investidores exigem “tratamento justo”. A Shun Tak sempre disse que esperou vários anos pelas respostas do Governo quanto às alterações necessárias ao projecto, já que seria necessário implementar na zona “novas regras para a preservação do património cultural”. “É claro que tudo isso afectou o avanço do nosso projecto, mas temos cooperado com o Governo. Não devemos ser agora penalizados”, disse Pansy Ho.

Os planos de pormenor do reordenamento da Baía da Praia Grande – formado pelas zonas A, B, C, D e E – foram aprovados pela Administração de Macau em 1991, tendo sido estabelecido então o acordo com a Sociedade de Empreendimentos Nam Van. No entanto, afectada pela longa crise do imobiliário, a Nam Van viria a transferir os terrenos para subsidiárias totalmente detidas pela Shun Tak.

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, já deixou bem clara a posição do Governo, já que, “nos termos da actual Lei de Terras, quando chegar ao fim da concessão não há qualquer possibilidade de renovar”.

3 Nov 2016

Nam Van | Shun Tak diz-se pronta a desenvolver terrenos e não descarta tribunal

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ansy Ho, directora da Shun Tak, concessionária de dois terrenos na zona de Nam Van, referiu que a empresa não desacelerou o aproveitamento dos terrenos, estando a preparar o desenvolvimento do projecto imobiliário que pretende construir junto à Torre de Macau e ao lago Nam Van. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a concessão dos dois terrenos irá chegar ao fim no próximo mês.
“A empresa já começou a planear o desenvolvimento destes terrenos e já elaboramos a proposta com os documentos”, disse a empresária, citada pelo canal chinês da Rádio Macau. “A empresa não desacelerou deliberadamente o aproveitamento do terreno e neste momento a Shun Tak está apenas a tentar entregar as informações ao Governo”, referiu Pansy Ho.
A empresária garantiu que vai proteger os direitos da Shun Tak enquanto concessionária caso o Governo pense em reverter os terrenos para a Administração. “Caso o Governo recupere os terrenos na zona de Nam Van a Shun Tak vai tomar uma decisão que proteja os direitos da empresa pela via judicial”, garantiu a empresária. Pansy Ho garantiu que houve adiamentos no terreno devido a alguns pedidos feitos pelo Executivo durante o período de concessão, relacionados com as zonas C e D dos novos aterros e a reestruturação dos solos.
Os terrenos em causa estão envolvidos num processo de permuta com o Governo, devido ao facto de estarem próximos das zonas C e D dos novos aterros, actualmente em consulta pública. O Governo ainda não avançou novos dados sobre o processo, mas a Shun Tak já confirmou que pretende avançar com a construção do “Harbour Mile”, um empreendimento de habitação de luxo.

29 Jun 2016

Fórum de Economia de Turismo Global 2015 focado na cultura

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ansy Ho critica a indústria do turismo por considerar que esta é “muito convencional”, almejando uma melhoria através da implementação de medidas mais avançadas, com enfoque nas novas tecnologias.
“Somos muito convencionais, temos que ser mais progressistas”, disse a directora-executiva do MGM Macau, que falava ontem, durante a apresentação do Fórum de Economia de Turismo Global, do qual é vice-presidente e secretária-geral. O fórum terá lugar de 12 a 14 de Outubro, no Venetian.
A próxima edição do Fórum, que surge sob o mote de “promover o turismo cultural e agarrar as oportunidades trazidas por ‘Uma Faixa, Uma Rota’”, vai focar-se no turismo cultural, continuando a promover a RAEM como destino turístico noutros países. Este ano, estreiam-se enquanto participantes o Chile, o Perú, a Colômbia e o México. Estes países deverão fazer parte do evento com uma série de oradores em debates e painéis de discussão, mas também estão previstas bolsas de contactos para promover Macau como destino turístico nestes países e vice-versa.
A ideia, no fundo, é a de alterar a perspectiva que o mundo tem, de que a RAEM é apenas a capital asiática do Jogo. “Tem muito potencial”, argumentou Pansy Ho.
O evento vai compreender ainda a representação de países como Camboja, Coreia, África do Sul, China, entre vários outros. Também o sector privado desempenha um forte papel no Fórum deste ano, com a presença da TripAdvisor, da UnionPay, do grupo Jumeirah, da Fosun, Security, entre outros.

Informação que tem valor

O Fórum abre com discursos de boas-vindas de sete intervenientes, que vão falar sobre o estado do turismo em várias partes do mundo e sob várias perspectivas. A tarde começa com três apresentações das cidades chinesas de Zheijiang, Fujian e Tianjin, contando com a participação de Yang Shihao, director-geral da Administração de Turismo de Tianjin.
O dia 13 arranca com uma bolsa de contactos que dura até ao final tarde. No entanto, os participantes vão ter oportunidade de participar em cinco diferentes palestras. A primeira, intitulada “Aproximando os países através de pontes de ligação”, explora a relação e diferenças entre as perspectivas de Ministros – sector público – e os CEO de várias empresas internacionais, representantes do sector privado. São 14 os intervenientes, incluindo Ministros, empresários e moderadores do painel.
À tarde está prevista a realização de uma palestra intitulada “Compreender o comportamento de consumo dos chineses e o investimento destes no estrangeiro”, com seis oradores. “Explorar o potencial do turismo cultural – património cultural” conta com a intervenção de oito diferentes especialistas. O dia encerra com um painel sobre a expansão do turismo nas redes sociais, no qual participarão cinco oradores.
O dia 14 foi reservado para a realização de parcerias de negócios e bolsas de contacto, incluindo uma tour pelo património cultural de Macau. Os bilhetes de acesso ao Fórum podem ser comprados online ou na sede do evento, por três mil patacas por pessoa.

18 Set 2015

Tabaco | Pansy Ho diz que proibição nos casinos gera receios

A co-presidente da MGM China diz que a intenção do Governo de proibir na totalidade o fumo nos casinos “preocupa” todas as seis operadoras, não tendo, contudo, comentado os resultados de um inquérito ontem divulgado

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ansy Ho, filha do magnata Stanley Ho e co-presidente da MGM China, disse ontem aos jornalistas que o plano do Governo em avançar com a proibição total do fumo nos casinos está a gerar uma onda de receios em todo o sector do Jogo.

“Se essa questão me preocupa? Preocupa-nos a nós, a todas as seis operadoras”, disse, à margem da apresentação de mais uma edição do Fórum do Turismo Global, que decorre em Outubro (ver caixa).

Pansy Ho não quis, contudo, fazer mais comentários sobre um estudo divulgado pelas seis operadoras de Jogo esta terça-feira, que mostra que 66% dos 34 mil trabalhadores da indústria inquiridos apoiam a manutenção das salas de fumo, enquanto que 47% dos jogadores das salas VIP defendem que a proibição total terá um “impacto negativo” na economia local e no emprego.

“Os dados do inquérito estão publicados e são o que são, apenas partilhámos a informação do inquérito. Caso haja mais questões devem ser colocadas aos departamentos de relações públicas das seis concessionárias”, apontou a empresária.

Sem comentários

Questionada sobre o anúncio de venda de 16% das acções da MGM International Resorts por Kirk Kerkorian, Pansy Ho considerou não ser a altura ideal para fazer projecções sobre a possível compra dessas acções. “Penso que esta não é a melhor altura para fazer comentários. Essa informação acaba de ser avançada e é difícil comentar algum tipo de interesse. Pessoalmente não penso que isso vá trazer algum efeito na MGM International Resorts”, referiu.

As acções, avaliadas em 1,75 mil milhões de dólares norte-americanos, pertencem à Tracinda Corporation Holding desde 2009, data em que Kirk Kerkorian, fundador do MGM Grand Hotel, em Las Vegas, decidiu reduzir a sua presença na empresa em 37% de uma participação accionista de 54%. Foi aí que nomeou a empresa Tracinda e a Fundação Lincy, das filhas Tracy e Linda. Kirk Kerkorian faleceu esta semana aos 98 anos de idade.

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Fórum de Turismo vai convidar Portugal e Espanha A quarta edição do Fórum de Turismo Global irá decorrer entre os dias 12 e 14 de Outubro e o programa foi ontem apresentado não só por Pansy Ho, secretária-geral do evento, mas também por Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, e Isaac Lai, chefe do gabinete de Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Pansy Ho garantiu que vão ser endereçados convites aos Ministros do Turismo de Portugal e Espanha para estarem presentes no Fórum, cuja edição de 2015 pretende apostar na estratégia de “Uma Faixa, Uma Rota”, bem como lembrar os dez anos de adesão do património de Macau à UNESCO. Novidade é a presença do Peru, México, Colômbia e Chile, sendo a primeira vez que a América Latina se faz representar no evento. Pansy Ho referiu que estes países não só estão atentos aos serviços oferecidos por Macau como na possibilidade de poderem entrar no mercado chinês. “Estamos numa zona com cem milhões de pessoas e esses países dão muita importância a Macau pela entrada no Delta do Rio das Pérolas. No passado, Macau não era mais do que jogo mas hoje já não é assim, é cada vez mais um destino turístico de entretenimento”, referiu. Em Outubro será ainda apresentado o relatório das novas tendências do turismo global.

18 Jun 2015