WebSummit | Participante queixa-se do fraco apoio do IPIM

Macau esteve representada naquele que é considerado um dos maiores eventos da área tecnológica e de plataformas digitais com uma pequena comitiva. A KNJ Investment, nova accionista do grupo Global Media, é uma das empresas participantes. Katya Maia, fundadora do website Macau Lifestyle, participa a título individual e alerta para a falta de apoio do IPIM

[dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]obots que falam, carros voadores da Uber. Estas foram algumas das últimas novidades do mundo da tecnologia reveladas na WebSummit, a conferência mundial sobre tecnologia e plataformas digitais que decorreu até ontem em Lisboa.

Macau fez-se representar com uma comitiva composta por Irene Lau e Steve Chan, responsáveis do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM), e o empresário Bernardo Alves, da A & P Holdings. Outra empresa local que também marcou presença foi a KNJ Investment, através de Philip Yip. A empresa é, no entanto, liderada por Kevin Ho, que recentemente adquiriu 30 por cento do grupo Global Media.

Outra empresa de Macau que participou na WebSummit foi a Macau Lifestyle Media, liderada por Katya Maia e Sally Victoria Benson, e que detém o website “Macau Lifestyle”.

Ao HM, a partir de Lisboa, Katya Maia falou da estreia neste evento mundial. “Macau é um território afastado e tudo isto parece irrelevante, mas isto já não é o futuro. É o presente e atinge toda a gente, desde Governo a empresas ou até indivíduos. Como participantes queremos aprender, conhecer pessoas e ganhar inspiração. Queremos levar para Macau aquilo que aprendemos aqui.”

Katya Maia decidiu participar na WebSummit por sua livre iniciativa, sem qualquer apoio do IPIM. “Tudo partiu da nossa vontade, porque achamos importante participar devido às oportunidades de negócio.”

Da frustração

A empresária da área dos media não deixa de apontar o dedo ao IPIM.

“Contactámos o IPIM várias vezes e não se mostraram muito cooperantes connosco. Tivemos uma reunião com eles mas não funcionou, não sei porque razões. Talvez porque tenhamos um website em inglês, uma área que não tem qualquer tipo de regulação em Macau, ao nível de media digital. Temos o registo e a licença mas não somos reconhecidos como media. Isto é muito frustrante.”

Katya Maia considera “frustrante” o facto do IPIM não dar apoio a projectos como o Macau Lifestyle. “Acreditamos que o nosso projecto pode promover Macau no mundo e é frustrante que não seja reconhecido pelo IPIM ou outras entidades, quando é suposto apoiarem as Pequenas e Médias Empresas (PME).”

A empresária tentou mesmo estabelecer contacto com os dois representantes do IPIM em Lisboa, mas afirmou nunca ter obtido uma resposta.

Num evento que conta com a presença de várias startups e empresas do género de Hong Kong, da China e de toda a Ásia, Kátia Maia lamenta que haja uma certa “estagnação” na forma como as PME são promovidas neste tipo de eventos. E lamenta que haja pouca promoção numa altura em que as relações entre Portugal e China estão numa boa fase.

“É incrível que não haja aqui mais PME de Macau da área da tecnologia. O IPIM está aqui representado mas não tem tido uma postura muito activa. Há aqui muitas empresas de Hong Kong, desde startups a investidores, por exemplo”, explicou.

Katya Maia considera que a falta de uma maior comitiva em Lisboa não se prende com a ausência de startups em Macau.

“Há muita publicidade para as PME, e muito apoio. Reconheço que recebemos apoios para jovens empresários, mas não cobre sequer a totalidade das despesas iniciais. Acreditamos que temos mais empresas inovadoras em Macau que optam por trabalhar exclusivamente online e que continuam a recusar aparecer numa ‘versão impressa’”, concluiu.

10 Nov 2017

Exposições | Macau é o mercado “mais destacado” da Ásia Pacífico

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]az parte dos mais pequenos e dos que se começaram a desenvolver recentemente, mas foi aquele que teve o melhor desempenho nos últimos anos. A Associação Global da Indústria de Exposições destaca o território no relatório mais recente sobre o sector.

A Associação Global da Indústria de Exposições (UFI, na sigla inglesa) está satisfeita com o progresso do sector em Macau. Os elogios são deixados no mais recente relatório anual sobre a indústria de feiras comerciais da Ásia-Pacífico: para a organização, a RAEM é um dos mercados da região com menor tempo de desenvolvimento e também um dos mais pequenos, mas foi aquele que, nos últimos cinco anos, teve o melhor desempenho no mercado de exposições.

De acordo com o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), que dá conta da avaliação da UFI, a indústria das exposições foi a que mais cresceu no período em análise, quando comparando com outros locais na Ásia. Em 2012, a área útil de exposição vendida em Macau era de 72.500 metros quadrados, tendo subido para 215.250 metros quadrados em 2016. Feitas outras contas, registou-se um aumento de cerca de 200 por cento.

Apesar de a economia global da RAEM continuar a ser afectada devido ao ambiente económico externo, realça o IPIM, “a área útil de exposição vendida em Macau ainda continua a registar algum crescimento, tendo cada exposição registado, em média, receitas de cerca de 2,1 milhões de dólares americanos, pelo que se pode constatar que o desempenho do mercado de exposições de Macau teve melhor desempenho em relação ao desempenho económico global”.

Futuro feliz

O IPIM refere ainda que o relatório em questão destaca o “grande apoio” dado pelo Governo da RAEM à indústria de exposições, “bem como as excelentes instalações inerentes, sendo esses os factores que contribuíram para o desenvolvimento estável da indústria de exposições de Macau”. O instituto dá como exemplos a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, cuja abertura está prevista para final deste ano, e a expansão gradual da rede de destinos do Aeroporto Internacional de Macau.

As duas estruturas “irão melhorar significativamente o transporte regional, criando uma nova perspectiva para a economia da Região do Delta do Rio das Pérolas”. O IPIM aponta que a indústria de exposições do território deverá manter a sua actual tendência de desenvolvimento: nos próximos dois a três anos, o crescimento médio será na ordem dos cinco por cento.

A UFI congrega gestores e organizadores de exposição de todo o mundo, com o objectivo de promover o desenvolvimento do sector ao nível regional e em termos internacionais. A organização pede todos os anos a consultadoria que analise e estude as exposições que têm como alvo visitantes profissionais. O relatório em que Macau surge em local de destaque é um “importante material de referência para os organizadores de exposições e entidades de gestão de exposições internacionais”. Nas estatísticas relativas a 2016, foram incluídas 26 exposições realizadas na RAEM, que geraram receitas de 53,55 milhões de dólares americanos.

12 Set 2017

IPIM | Empresários de Macau em Cabo Verde e Portugal

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 60 empresários de Macau vão participar, a partir de sexta-feira, em Cabo Verde e depois em Portugal, em fóruns subordinados à cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua oficial portuguesa.

Segundo o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), que organiza a comitiva, a delegação empresarial vai participar, entre os próximos dias 16 e 18, na cidade da Praia, em Cabo Verde, no Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, e depois em fóruns em Lisboa e no Porto.

Durante o encontro empresarial na Praia, que vai fazer convergir mais de 150 empresários de Macau e da China, vai decorrer uma sessão de apresentação do fundo chinês de mil milhões de dólares destinado a investimentos de e para os países lusófonos, cuja sede foi transferida de Pequim para Macau no dia 1, com vista a atrair mais candidaturas.

A comitiva, composta por empresários de sectores como manufactura, importação e exportação, comércio, prestação de serviços, consultadoria, energia ou construção e engenharia, vai também efectuar uma série de visitas, incluindo a um parque industrial e ao projecto turístico da Macau Legend Development, do empresário de Macau David Chow, segundo informação facultada pelo IPIM à Agência Lusa.

Lisboa e Porto

Depois da missão em Cabo Verde, a delegação parte para Portugal, onde o IPIM organiza, em Lisboa, em conjunto com o Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China (CCPIT) e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), uma sessão de apresentação da actual situação económica e ambiente de investimento em Macau e na China.

De seguida, a comitiva segue para o Porto para participar na primeira Feira & Fórum Internacional de Negócios China-Países de Língua Portuguesa e Espanhola (FIN2017), que vai ter lugar, na Exponor, entre os próximos dias 21 e 23.

14 Jun 2017

IPIM abre candidaturas de apoio ao comércio online

O IPIM vai dar até 20 mil patacas às empresas de Macau que queiram colocar os seus produtos à venda em plataformas online. As candidaturas decorrem até ao final do ano

[dropcap sryle=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) abre na próxima semana o Plano de Incentivo para a Promoção do Comércio Electrónico. Destinado a empresas locais ou com metade do capital de Macau, a iniciativa visa dar a conhecer os produtos da RAEM ao mesmo tempo que incentiva este tipo de comércio.
A ideia é encorajar a utilização da Internet como ferramenta promotora da venda de produtos locais e a entrada em novos mercados, como anunciou ontem o IPIM em conferência de imprensa. Após o plano de 2009 que tinha como base a divulgação em plataformas “Business to Bussiness” (B2B), é agora a vez de avançar com a promoção em plataformas que chegam directamente aos consumidores, as “Business to Consumer” (B2C).
Na próxima segunda-feira, 6 de Junho, abrem as candidaturas ao apoio especialmente concebido para ajudar as pequenas e médias empresas (PME). É também neste dia que as empresas podem conhecer quais as plataformas já acreditadas pelo IPIM onde os produtos podem ser postos à venda. Plataformas estas semelhantes, por exemplo, ao Ali Baba.

À espera da centena

O IPIM promete dar até 20 mil patacas a cada empresa, incentivos que incluem apoio para “despesas técnicas anuais e despesas ligadas à publicidade e promoção”. O limite é de 70% do total da despesa e cada empresa poderá beneficiar do apoio apenas uma vez por ano fiscal.
Para serem elegíveis ao apoio financeiro as empresas têm que estar registadas na Direcção dos Serviços de Finanças, ter pelo menos 50% das quotas detidas por residentes de Macau e ter actividade comercial nas áreas de produção e/ou comércio de produtos.
Para já, o subsídio está apenas numa fase experimental – que decorre a partir de 6 de Junho e até 31 de Dezembro -, sendo que o IPIM pretende cativar o interesse de pelo menos cem entidades, tendo disponibilizado uma verba total de dois milhões patacas.
No entanto, Glória Batalha Hung adianta que, caso o interesse no projecto seja superior ao estimado e as empresas cumpram os requisitos, o montante “poderá ser aumentado”. Por outro lado, se as candidaturas forem muito inferiores ao número previsto, a presidente-substituta do IPIM adianta que pode ser sinal de que “alguma coisa não esteja a correr bem e que o próprio projecto necessitará de ser revisto.”
Já António Lei, Director do Centro de Apoio Empresarial do IPIM, refere que o tempo de espera da aprovação não excederá os 30 dias não esquecendo que, se por agora as plataformas acreditadas pelo IPIM são essencialmente chinesas, incluindo de Macau, a instituição está também aberta a propostas de creditação de outras origens de modo a internacionalizar cada vez mais o comércio local.

1 Jun 2016

IPIM | Lançamento de novo plano para turismo de negócios em Janeiro

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]m Janeiro do próximo ano, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) vai lançar um novo plano de financiamento destinado ao sector do turismo de negócios. A implementação da medida enquadra-se no esforço que tem sido feito pelo Governo para aumentar a popularidade de Macau como destino para a realização de convenções e exposições, mas também para ajudar a promover Macau lá fora.
“O IPIM irá implementar diversos Planos Especiais de Apoio às Convenções e Exposições, (…) para a participação em feiras e exposições e turismo de negócios no exterior, que incluem a Asia-Pacific Incentives and Meetings Expo em Melbourne, Austrália (AIME), Incentive Travel & Conventions, Meeting em Shanghai, R.P. C. (IT&CM China), IMEX em Frankfurt, Alemanha, IBTM China e IMEX America”, explica o comumicado.
“O IPIM irá montar o Pavilhão de Macau nas diferentes feiras e convenções de grande escala e organizar delegações para a sua participação, no intuito de reforçar a publicidade e promoção das vantagens do sector de convenções e exposições de Macau e promover o intercâmbio e contactos entre empresas locais e do exterior da indústria de MICE.”

Macau em Las Vegas

O anúncio foi feito pelo IPIM em comunicado, onde o organismo informa também que a entidade marcou presença na IMEX 2015, em Las Vegas. Macau teve o seu próprio stand na maior feira de Convenções e Exposições dos EUA.
O stand contou com áreas de exposição do IPIM e de agências de turismo locais, de operadores hoteleiros e organizadores de conferências da RAEM, “tendo em vista expandir os mercados-alvos internacionais e divulgar o ambiente de convenções, exposições e turismo em Macau, assim como os respectivos produtos”. O IPIM organizou uma sessão de promoção sobre as vantagens da organização de convenções e exposicões no território com uma plateia de representantes de 40 organizações da área.
“Irene Lau promoveu activamente as vantagens do sector de convenções e exposições de Macau, bem como o serviço de ‘agência única’ para licitação e respectivo apoio em Macau de actividades MICE, proporcionado pelo IPIM, no intuito de expandir os mercados-alvos internacionais e atrair para Macau, maior número de convenções internacionais”, referiu o IPIM em comunicado.

Em Portugal e no Brasil
O IPIM pretende ainda abrir uma representação permanente em Portugal até Março e até ao final do próximo ano no Brasil, como confirmou a vogal-executiva do IPIM, Glória Batalha. “Estamos a preparar criar uma representação permanente em Portugal com o fim de ajudar os empresários de pequenas e médias empresas de Macau e da China a entrarem em Portugal primeiro e depois, mais tarde, em outros países de Língua Portuguesa. Gostaríamos de prestar informações especialmente para os de pequenas e médias empresas – porque as grandes têm maneira de ter acesso à China e vice-versa”, realçou, indicando que a intenção é abrir a representação em Lisboa no primeiro trimestre de 2016. O plano prevê sinergias com a Delegação Económica e Comercial de Macau – estabelecida em Lisboa – que figura como um serviço de representação da RAEM, sendo responsável pela defesa dos interesses e pela promoção do território em Portugal. Depois de Portugal, a segunda fase vai ser o Brasil, com Glória Batalha a adiantar que pretende que essa representação abra até ao final do próximo ano.

22 Out 2015