Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China reitera apoio a todos os esforços de paz A China reafirmou ontem o apoio a todos os esforços a favor da paz, após as conversações em Washington sobre a Ucrânia e o anúncio de uma possível cimeira entre os presidentes ucraniano e russo. “A China esteve sempre convencida de que o diálogo e a negociação eram a única via viável para resolver a crise ucraniana”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. “Apoiamos todos os esforços em prol da paz”, reiterou Mao durante uma conferência de imprensa em Pequim, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP). A porta-voz da diplomacia chinesa comentava as conversações de segunda-feira em Washington entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, com a participação de líderes europeus e da NATO. As conversações focam-se sobretudo na questão das garantias de segurança para a Ucrânia. Trump anunciou no final que estava a preparar uma cimeira entre Zelensky e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, com quem falou ao telefone durante as conversações. A reunião na Casa Branca (presidência) seguiu-se à cimeira do Alasca, na sexta-feira, entre Trump e Putin. No encontro regular com a imprensa, Mao Ning reafirmou que a China não é parte directa na guerra na Ucrânia, uma ideia que Pequim tem repetido desde o início do conflito, em Fevereiro de 2022, apesar da proximidade com Moscovo. “A China não é a criadora da crise na Ucrânia, nem uma parte directamente envolvida”, afirmou Mao, também citada pela agência de notícias espanhola EFE. Clareza e coerência A porta-voz da diplomacia chinesa disse que, desde o primeiro dia, a China manteve “uma posição coerente e clara a favor do diálogo e das conversações de paz”. Acrescentou que o Presidente Xi Jinping definiu os “quatro deveres” que norteiam a postura internacional da China, incluindo em relação ao conflito na Ucrânia. Trata-se do respeito pela soberania e integridade territorial de todos os países, do cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas, da consideração das preocupações legítimas de segurança de cada parte e do apoio a todos os esforços que favoreçam a resolução pacífica. Tais princípios têm hoje “um significado ainda mais prático”, afirmou. Mao evitou comentar a hipótese levantada após as conversações de Washington de a próxima reunião sobre a Ucrânia se realizar na China e as eventuais garantias de segurança num futuro acordo de paz. As comunicações entre os presidentes Xi e Putin são “fluidas e abertas”, respondeu apenas.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim espera um acordo favorável para todas as partes A República Popular da China disse ontem que espera um acordo “aceitável para todas as partes” sobre a Ucrânia, referindo-se ao encontro entre Donald Trump e Volodimir Zelensky que estará acompanhado por vários líderes europeus. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Mao Ning, disse ontem numa conferência de imprensa, que a República Popular da China espera que todas as partes alcancem um acordo de paz justo e duradouro o mais rapidamente possível. Na cimeira realizada na sexta-feira no Alasca entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, não foi alcançado acordo para um cessar-fogo. Questionada sobre o encontro entre Trump e Putin, a porta-voz diplomática de Pequim afirmou que a República Popular da China apoia todos os esforços que visam uma resolução pacífica para a crise. Mao Ning acrescentou que a República Popular da China “está satisfeita por ver a Rússia e os Estados Unidos” a manterem contacto, a melhorarem as relações e a promoverem uma solução política para a “crise ucraniana”. Entretanto, o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, afirmou que o homólogo ucraniano pode terminar “a guerra com a Rússia quase imediatamente”. Numa declaração difundida através das redes sociais, Trump afastou a possibilidade de Kiev retomar o controlo da Península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, assim como não pode integrar a Aliança Atlântica. O presidente ucraniano tinha ontem agendado um encontro com Donald Trump, em Washington, a partir das 13:00. Depois da reunião bilateral, estava previsto um encontro com os vários líderes europeus que vão acompanhar o Presidente da Ucrânia. Além de Zelensky, eram esperados na capital dos Estados Unidos, o Presidente francês, Emmanuel Macron; o chanceler alemão, Friedrich Merz; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o primeiro-ministro britânic,o Keir Starmer e o líder da NATO, Mark Rutte.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Xi encoraja Putin a melhorar relações com EUA Xi Jinping falou ao telefone com Putin na sexta-feira aconselhando o líder russo a dialogar com os Estados Unidos a fim de se encontrar uma solução política que ponha fim ao conflito na Ucrânia O Presidente chinês, Xi Jinping, encorajou sexta-feira ao telefone o homólogo russo, Vladimir Putin, a melhorar as relações com Washington para solucionar a crise na Ucrânia, noticiou a televisão estatal chinesa CCTV. “A China gostaria que a Rússia e os Estados Unidos mantivessem contactos, melhorassem as relações e promovessem uma solução política para a crise na Ucrânia”, disse Xi a Putin, segundo a CCTV, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP). A televisão chinesa referiu que a conversa telefónica partiu da iniciativa de Putin, segundo a agência russa Ria Novosti. As agências russas noticiaram o contacto telefónico entre os dois líderes, mas sem qualquer informação por parte de Moscovo, usando como fonte a CCTV. “Os líderes dos dois países apreciaram muito o elevado nível de confiança política e de cooperação estratégica entre a China e a Rússia”, escreveu a agência TASS. Xi e Putin concordaram “em fazer avançar conjuntamente as relações entre os dois países para um maior desenvolvimento”, acrescentou, citando a CCTV. Em relação à Ucrânia, Xi afirmou que não existem soluções simples para questões complexas e que a China continuará a promover a paz e as negociações, de acordo com a mesma fonte citada pela Ria Novosti. Outras conversas Putin também manteve sexta-feira conversações telefónicas com os presidentes do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, e do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, com quem falou sobre a reunião com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, acrescentou a Ria Novosti. Após a reunião com Witkoff na quarta-feira, a Rússia anunciou que Moscovo e Washington tinham concordado na realização de um encontro nos próximos dias entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Putin admitiu mais tarde que a reunião poderá realizar-se nos Emirados Árabes Unidos. A audiência a Witkoff ocorreu dois dias antes de terminar um ultimato que Trump tinha dado a Putin para suspender os ataques contra a Ucrânia, sob pena de enfrentar sanções duras dos Estados Unidos. A Rússia invadiu a Ucrânia em Fevereiro de 2022, mergulhando a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a II Guerra Mundial (1939-1945). O conflito causou dezenas de milhares de mortos, segundo várias fontes, mas o número exacto de vítimas é desconhecido.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China pede aos cidadãos que evitem envolvimento na guerra A China afirmou ontem ter instado os seus cidadãos a evitarem qualquer envolvimento na guerra na Ucrânia, reiterando a defesa de um cessar-fogo e negociações de paz, depois de Kiev denunciar a presença de mercenários chineses no conflito. Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, afirmou que “a posição da China sobre a crise ucraniana é coerente e clara: estamos empenhados em promover as conversações de paz e facilitar um cessar-fogo”. Guo assegurou que “a China emitiu vários alertas de segurança, instando os cidadãos chineses a manterem-se afastados das zonas de conflito armado e a evitarem qualquer envolvimento no conflito”. As autoridades chinesas salientaram, “em particular, que os cidadãos chineses devem abster-se de participar em operações militares de qualquer uma das partes”, acrescentou o porta-voz. Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, mas também à consideração das “legítimas preocupações de todos” os Estados, numa alusão à Rússia. Pequim opõe-se às sanções “unilaterais” contra Moscovo e defende uma “solução política” para o conflito. O Ocidente tem acusado a China de apoiar a campanha militar russa – o que Pequim nega – e de fornecer componentes essenciais para a produção de armamento por parte de Moscovo. Vários países europeus têm apelado ao Presidente chinês, Xi Jinping, para que use a sua influência sobre Vladimir Putin com vista ao fim da guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim pede respeito pelos direitos de dois cidadãos chineses detidos O Governo chinês pediu ontem que “se respeitem os direitos e interesses” dos seus cidadãos, depois de as autoridades ucranianas terem informado da detenção de dois cidadãos chineses, um homem de 24 anos e o seu pai. Os dois homens foram detidos por alegadamente tentarem transmitir à China documentação sobre os mísseis Neptuno das Forças Armadas da Ucrânia. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning declarou em conferência de imprensa que as autoridades chinesas ainda estão a “verificar as informações”, sem fornecer mais detalhes. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) informou que os dois cidadãos “tentaram exportar ilegalmente para a China documentação secreta” relativa aos sistemas R-360 Neptuno, um míssil de cruzeiro antinavio fabricado pela empresa de armamento ucraniana Oficina de Design Estatal de Kiev, mais conhecida como “Luch”. O homem de 24 anos foi estudante universitário até 2023, ano em que perdeu esse estatuto devido aos seus maus resultados académicos, o que não o impediu de continuar a viver em Kiev. O seu pai foi detido nesta quarta-feira “no âmbito de uma investigação pré-julgamento”, informou a Procuradoria. O progenitor vivia na China, mas viajava regularmente para Kiev, cidade onde chegou na segunda-feira desta semana.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Alemanha destaca papel da China na paz mundial A diplomacia alemã defendeu ontem que a China tem uma responsabilidade pela paz mundial, referindo-se explicitamente à guerra na Ucrânia, numa altura em que se intensificam os esforços ocidentais para levar Moscovo a um cessar-fogo. “A guerra da Rússia na Ucrânia afecta interesses europeus fundamentais. A China tem uma responsabilidade pela paz mundial”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão nas redes sociais. A mensagem foi divulgada após um telefonema entre os chefes da diplomacia da Alemanha, Johann Wadephul, e da China, Wang Yi, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). Apesar de o primeiro contacto desde a posse do executivo de Friedrich Merz se ter centrado nas “relações germano-chinesas”, a questão ucraniana também foi discutida, disse o porta-voz governamental, Christian Wagner, numa conferência de imprensa. A mensagem que Wadephul transmitiu a Wang foi “que a guerra que a Rússia está a travar na Ucrânia afecta os interesses essenciais dos europeus e atenta contra a ordem de paz europeia”, afirmou. O novo chanceler, Friedrich Merz, afirmou no parlamento na quarta-feira estar preocupado com a “crescente proximidade entre Pequim e Moscovo”. “Vamos insistir com a China para que contribua para a resolução da guerra na Ucrânia”, afirmou na altura. A China é um parceiro comercial crucial para a Alemanha, mas há muito que é poupada pelos responsáveis alemães. Durante o mandato do anterior chanceler, Olaf Scholz, Berlim endureceu o tom face ao aumento das tensões geopolíticas e à crescente rivalidade económica entre Pequim e a União Europeia. A guerra começou em Fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, bem como impedi-lo de se tornar membro da NATO.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China mantém esperança de se alcançar paz justa As primeiras negociações entre delegações da Rússia e da Ucrânia desde 2022 aconteceram sexta-feira na Turquia sem, no entanto, contarem com a presença de Putin ou Zelensky. Acordada, ficou a troca de prisioneiros entre ambas as partes A China disse sexta-feira esperar um acordo de paz justo e duradouro entre a Rússia e a Ucrânia, quando Moscovo e Kiev se preparavam para realizar as suas primeiras negociações directas desde 2022 em Istambul, na Turquia. Ucranianos e russos sentaram-se pela primeira à mesa das negociações desde a Primavera de 2022, mas a ausência do Presidente russo, Vladimir Putin, no encontro mitigou as esperanças sobre eventuais progressos no sentido da assinatura de um acordo de paz. Do encontro, apenas saiu um acordo para a troca de prisioneiros entre as duas nações, mil de cada um dos lados. “Esperamos que todas as partes envolvidas continuem as conversações e as negociações com vista a chegar a um acordo de paz justo, duradouro e vinculativo, aceitável para todas as partes, de forma a alcançar uma solução política para a crise ucraniana”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jean, numa conferência de imprensa. Pequim, acrescentou, espera que uma “solução política” para a “crise na Ucrânia” possa ser alcançada em breve. Papel activo A China tem afirmado repetidamente que quer desempenhar um papel construtivo para alcançar a paz e sublinhou que a Europa deve ter uma palavra a dizer nas negociações de paz. Desde o início da guerra, Pequim tem mantido uma posição ambígua sobre o conflito, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos” os estados, referindo-se à Rússia. Assim, opôs-se às sanções unilaterais contra Moscovo, embora o Ocidente tenha acusado a China de apoiar a campanha militar da Rússia, algo que sempre negou, e de fornecer a Vladimir Putin componentes essenciais para produzir armas. Os países europeus têm apelado repetidamente ao líder chinês Xi Jinping para usar a sua influência sobre o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para travar o conflito. Entretanto, o porta-voz Lin anunciou sexta-feira que o vice-primeiro-ministro Zhang Guoqing visitará a Rússia de hoje até dia 22 de Maio para uma reunião dos presidentes do Comité Intergovernamental de Cooperação entre o Nordeste da China e o Extremo Oriente na Rússia. Comentando a visita, Lin recordou que Xi e Putin concordaram durante a última visita do líder chinês a Moscovo em “continuar a sua cooperação” e explorar formas de a promover “com maior vitalidade e vigor”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China espera acordo de paz duradouro e vinculativo A China disse ontem que espera um acordo de paz duradouro e vinculativo para pôr fim à guerra na Ucrânia, após a proposta do Presidente russo, Vladimir Putin, de abrir negociações diretas entre Kiev e Moscovo. “Esperamos que as partes envolvidas continuem a usar o diálogo e as negociações para chegar a um acordo de paz justo, duradouro e vinculativo que seja aceitável para todas as partes envolvidas”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. Vladimir Putin propôs, no sábado à noite, que a Ucrânia iniciasse negociações diretas entre as partes na quinta-feira, em Istambul, cidade que acolheu, em Março de 2022, as primeiras e únicas negociações entre as partes em mais de três anos de guerra. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu à proposta considerando-a “um primeiro passo” do Kremlin para pôr fim à guerra, mas insistiu que primeiro deve haver um cessar-fogo antes que a Ucrânia se sente para negociar. A proposta da Rússia foi apresentada algumas horas depois de a Ucrânia e os aliados europeus terem exigido a Moscovo que concorde com um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias, sob pena de enfrentar novas sanções económicas. Esta exigência surgiu após uma reunião realizada no sábado em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, a chamada “coligação dos dispostos”. A proposta russa também foi olhada com desconfiança pelos aliados europeus da Ucrânia que exigiram que quaisquer conversações sejam precedidas por um cessar-fogo duradouro.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim saúda empenho para um cessar-fogo na Ucrânia após chamada entre Trump e Putin A China saudou ontem “todos os esforços” para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, um dia depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter contactado o seu homólogo russo, Vladimir Putin. “Desde o início da crise, a China tem defendido a resolução do conflito através do diálogo e das negociações. Apoiamos todos os esforços para alcançar um cessar-fogo, pois acreditamos que este é um passo necessário para a paz”, disse ontem a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, quando questionada sobre a conversa entre os líderes dos EUA e da Rússia. Quanto aos relatos sobre o alegado envolvimento de empresas chinesas em actividades extractivas em território ucraniano ocupado pela Rússia, Mao Ning disse “não ter conhecimento dos pormenores específicos mencionados”. “No entanto, a posição da China sobre a crise na Ucrânia tem sido sempre consistente e clara. Os quatro pontos propostos pelo Presidente [chinês] Xi Jinping continuam a ser a nossa linha de orientação fundamental para abordar a questão”, acrescentou. A Casa Branca e o Kremlin informaram na terça-feira sobre o telefonema entre Trump e Putin, no qual o líder russo concordou em suspender temporariamente os ataques às infra-estruturas energéticas ucranianas enquanto Washington e Moscovo exploram negociações técnicas para um cessar-fogo marítimo no Mar Negro e, eventualmente, uma paz permanente. O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, afirmou que “Putin rejeitou na prática a proposta de um cessar-fogo global” e denunciou os contínuos ataques da Rússia à Ucrânia. Jogo de equilíbrios Desde o início da invasão, a China tem defendido o respeito pela “soberania e integridade territorial de todos os países”, em referência à Ucrânia, ao mesmo tempo que apela a que sejam tidas em conta as “preocupações legítimas de todas as partes”, em referência à Rússia. Pequim opôs-se às sanções unilaterais contra Moscovo e apelou a um processo de paz que respeite o equilíbrio entre a segurança europeia e a estabilidade global. Neste contexto, a China tem mantido uma relação estreita com a Rússia, com um aumento do comércio bilateral e uma postura diplomática que tem sido criticada pelo Ocidente, que acusa Pequim de fornecer peças-chave para a indústria militar russa, algo que o Governo chinês nega. No domingo, terá lugar em Jeddah, na Arábia Saudita, uma nova ronda de conversações liderada pelos EUA, com a presença de delegações russas e norte-americanas, enquanto a Ucrânia deverá decidir a sua participação nos próximos dias.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China espera “solução justa e duradoura” para a guerra A China disse ontem esperar que seja encontrada uma “solução justa e duradoura” para a guerra entre Ucrânia e Rússia, antes das negociações entre as autoridades norte-americanas e ucranianas na Arábia Saudita. “Esperamos que as partes cheguem a uma solução justa e duradoura que seja aceitável para todos”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, numa conferência de imprensa, em Pequim. “A China apoia todos os esforços que contribuam para uma resolução pacífica da crise”, continuou a porta-voz, quando questionada sobre as conversações. “A China está também pronta a continuar a trabalhar com a comunidade internacional para desempenhar um papel construtivo na resolução política da crise”, acrescentou. Pequim apresenta-se como uma parte neutra na guerra, afirmando não estar a enviar ajuda letal a nenhum dos lados, ao contrário dos Estados Unidos e de outros países ocidentais. Mas a China é um aliado político e económico da Rússia e os membros da NATO descreveram o país asiático como um “facilitador decisivo” da guerra, que nunca condenou. As conversações na Arábia Saudita serão as mais importantes desde a recepção do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, no mês passado.
Hoje Macau China / ÁsiaFinlândia | MNE adverte EUA para risco de Rússia violar acordos na Ucrânia A ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, avisou ontem que os EUA serão julgados pelo que fizerem se a Rússia desrespeitar um acordo de paz negociado entre Washington e Moscovo para a guerra na Ucrânia. “A nossa mensagem aos nossos amigos na América é que a história nos julgará pelos desenvolvimentos após a assinatura do acordo, e não apenas pelo momento em que qualquer possível acordo está a ser assinado”, afirmou, a propósito da suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kiev. O Presidente norte-americano, Donald Trump, determinou na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia, que combate a invasão russa, na sequência da altercação durante a visita, na semana passada, do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca. Durante um evento no centro de estudos britânico Chatham House, em Londres, Valtonen criticou a estratégia da administração Trump de “apaziguar na prática a Rússia e exercer alguma pressão sobre a Ucrânia” para forçar negociações de paz. “Na minha opinião pessoal, deveria ser exactamente o contrário. Mas estou certo de que, e confio que o Presidente Trump e a sua equipa se aperceberão, a seu tempo, de que isto provavelmente não funciona”, advertiu. A chefe da diplomacia finlandesa lamentou que, “infelizmente, a experiência que temos na Europa é que, especialmente durante o regime de Putin, eles [russos] não estão dispostos a aceitar quaisquer compromissos”. Como exemplo, referiu a invasão russa da Geórgia em 2008, a anexação da Crimeia em 2014 e de território no leste da Ucrânia e o desrespeito pelos acordos de Minsk, que previam um cessar-fogo. “A Rússia partilha uma fronteira terrestre com 14 países. Apenas um deles se manteve constantemente como uma democracia independente durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, e esse país é a Finlândia. A história ensinou-nos que a Rússia só respeita a força e a determinação”, argumentou.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Xi diz a Putin que está “feliz por ver esforços” para pôr fim à guerra Quando se assinalam três anos do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, a administração chinesa reafirma o seu empenho na luta por encontrar uma solução para o conflito. O Presidente chinês congratulou-se com os novos esforços levados a cabo pelos EUA e Rússia O Presidente chinês, Xi Jinping, disse ontem ao homólogo russo, Vladimir Putin, que está feliz por ver que a Rússia e outros países estão a fazer “esforços positivos” para acabar com a guerra na Ucrânia. “A China está satisfeita por ver que a Rússia e as partes relevantes estão a fazer esforços positivos para pôr fim a esta crise”, disse Xi, numa conversa por telefone, que ocorre no terceiro aniversário da guerra na Ucrânia. Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Xi disse ainda que os laços entre a China e a Rússia têm uma “força motriz interna forte” e um “valor estratégico único”, e que os dois países são “dois bons vizinhos” e “verdadeiros amigos”, que se apoiam mutuamente na procura de um “desenvolvimento comum”. O líder chinês acrescentou que a relação bilateral “não é dirigida contra terceiros, nem será influenciada por ninguém”, sublinhando que os laços continuarão a desenvolver-se “com facilidade” e “ajudarão o desenvolvimento mútuo, injectando estabilidade e energia positiva nas relações internacionais”. De acordo com a Xinhua, Putin afirmou que está empenhado em “eliminar as causas profundas do conflito” entre a Rússia e a Ucrânia, a fim de “alcançar uma solução de paz sustentável e duradoura”. Do lado da paz A China afirmou ontem que sempre esteve “do lado da paz” e que vai continuar a trabalhar para “construir um consenso” que ponha fim à guerra na Ucrânia, que se prolonga há três anos. “Desde o início desta crise, temos vindo a trabalhar e a manter a comunicação com as partes envolvidas, com o objectivo de construir um consenso para a paz”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa. O porta-voz acrescentou que a China sempre esteve “do lado da paz” e manteve uma posição “justa e objectiva”, que tem sido “clara e consistente desde o início”. De acordo com porta-vozes chineses, o país asiático espera “manter a comunicação com todas as partes envolvidas” e continuará a fazer “esforços” para desempenhar “um papel construtivo” na resolução do conflito. Posição central Nas últimas semanas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirmou que a posição da China sobre o conflito tem sido “racional” e que Pequim deseja “estabelecer um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável para a Europa, visando uma paz duradoura”. “A China quer trabalhar com todas as partes, incluindo a Europa”, afirmou Wang. Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção pelas “preocupações legítimas de todos os países”, numa referência à Rússia. Pequim opôs-se a sanções “unilaterais” contra Moscovo e apelou ao “desanuviamento e a uma solução política”. No entanto, o Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar da Rússia, algo que o país asiático sempre negou. A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz, como o plano que elaborou com o Brasil, no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kiev.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China defende participação da Europa nas negociações de paz Pequim defende a participação de representantes do continente europeu nas conversações para pôr fim à guerra na Ucrânia. Delegações da Rússia e dos EUA reuniram ontem em Riade O representante permanente da China na ONU, Fu Cong, disse ontem que Pequim saúda o acordo entre Estados Unidos e Rússia para iniciar conversações de paz sobre a Ucrânia, mas considerou imperativo que a Europa participe. “Esperamos que todas as partes envolvidas na crise na Ucrânia se empenhem no processo de diálogo de paz e cheguem a um acordo justo, duradouro e vinculativo aceite por todos”, disse Fu, durante uma sessão dedicada ao assunto, no Conselho de Segurança da ONU, cuja presidência rotativa é ocupada pela China em Fevereiro. As declarações de Fu, divulgadas ontem pela imprensa estatal, são as primeiras de um representante chinês sobre o acordo entre EUA e Rússia. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, reuniram-se em Riade, num encontro que poderá conduzir a uma cimeira entre os Presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. Assunto próximo O diplomata chinês espera que as partes “abordem as causas profundas desta crise através da negociação e encontrem um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável para alcançar uma estabilidade duradoura na região”. Fu considerou, no entanto, ser imperativa a participação da Europa nas negociações, já que o conflito “ocorre em solo europeu”. “A China tem defendido consistentemente a resolução pacífica de disputas e conflitos globais através do diálogo e da consulta”, algo que “se aplica ao problema da Ucrânia”, no qual Pequim “tem estado ativamente envolvida através da mediação diplomática”, mantendo contactos com todas as partes, afirmou. Defendeu também a proposta apresentada pela China há dois anos, uma iniciativa de 12 pontos que defendia o respeito pela soberania e integridade territorial de todas as nações, mas que também tinha em conta as “preocupações legítimas de segurança” dos países. Esta proposta foi recebida com cepticismo pelo Ocidente devido à ambiguidade demonstrada pelo país asiático durante o conflito e a sua aproximação a Moscovo. “A evolução da situação demonstrou que a proposta da China é objectiva, justa, racional e pragmática, reflectindo o amplo consenso da comunidade internacional”, defendeu o diplomata chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Brasil reafirmam em Munique compromisso com a paz O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterou, em Munique, num encontro com o conselheiro especial brasileiro Celso Amorim, o compromisso dos dois países em pôr fim à guerra na Ucrânia, afirmaram ontem as autoridades chinesas. Numa reunião à margem da Conferência de Segurança de Munique, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês e Amorim, enviado especial do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmaram a boa saúde das relações bilaterais. Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China indicou que ambos destacaram o trabalho da plataforma “Amigos da Paz”, criada pelos dois países dentro da ONU para explorar soluções pacíficas alternativas para a guerra na Ucrânia, e comprometeram-se a desempenhar um papel construtivo na obtenção de uma solução política. A China e o Brasil têm pressionado os países em desenvolvimento para que apoiem um plano de paz, com seis pontos, que apresentaram em 2024, que descreve a invasão russa da Ucrânia como “uma crise”, pede “o fim da escalada ou provocação por qualquer das partes” e apela a uma conferência internacional de paz através de um “debate justo”. A iniciativa foi recebida com cepticismo por muitos países ocidentais e pela própria Ucrânia, principalmente devido à ambiguidade demonstrada por Pequim desde o início do conflito e ao seu apoio tácito a Moscovo. De braço dado Wang realçou que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para continuar a cooperação, “praticar o verdadeiro multilateralismo, defender o papel fundamental das Nações Unidas e salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos países do Sul Global”. Amorim disse ao diplomata chinês que o Brasil está aberto a continuar a trabalhar com o gigante asiático para “defender a justiça internacional”. Wang e Amorim concordaram ainda em aprofundar a cooperação na América Latina e no seio da comunidade BRICS de economias emergentes, cuja presidência rotativa foi assumida pelo Brasil este ano. A cimeira de chefes de Estado dos BRICS, formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, terá lugar no Rio de Janeiro nos dias 06 e 07 de Julho. Além dos países fundadores, nos últimos anos, o Egipto, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia, o Irão, a Indonésia e a Arábia Saudita juntaram-se ao bloco como membros de pleno direito, e a Bolívia, Cuba, a Bielorrússia, o Cazaquistão, a Malásia, a Tailândia, o Uganda, o Uzbequistão e a Nigéria juntaram-se recentemente como Estados associados. De acordo com dados oficiais, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2008. O mercado chinês foi o destino de 30 por cento das exportações brasileiras em 2023, ano em que totalizaram 104 mil milhões de dólares, constituídas maioritariamente por produtos alimentares e matérias-primas. A China mantém investimentos no Brasil de cerca de 40 mil milhões de dólares, sobretudo no setor energético.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim defende plano de paz apresentado com Brasil A China afirmou na passada sexta-feira que o plano de paz que apresentou em conjunto com o Brasil para resolver a guerra na Ucrânia tem como objectivo “reduzir as tensões” e “evitar a expansão do conflito”. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse que o consenso de seis pontos alcançado com o Brasil “centra-se na urgência de arrefecer” o conflito. “O consenso enfatiza o cumprimento de três princípios-chave para o desanuviamento: evitar a expansão do conflito, prevenir a escalada da guerra e não atiçar as chamas do conflito”, disse Mao. A porta-voz referiu também a importância de manter o diálogo, aumentar a ajuda humanitária e rejeitar a utilização de armas nucleares e os ataques contra centrais nucleares. Mao sublinhou ainda que a proposta, apresentada a 24 de Maio pela China e pelo Brasil, foi bem recebida por mais de 110 países, o que, segundo Pequim, “está em linha com as expectativas gerais da comunidade internacional” e procura garantir a “estabilidade nas cadeias de abastecimento globais”. O Governo chinês negou a venda de armas à Rússia, alegando que a sua relação comercial com Moscovo é “normal”, enquanto os EUA acusam as empresas chinesas de apoiar a indústria de armamento russa através da venda de equipamento que pode ser utilizado na produção de mísseis balísticos. Grande parte da comunidade internacional tem apelado repetidamente à China para que utilize as suas boas relações e influência sobre a Rússia para pôr termo à guerra, uma exigência que Pequim argumenta dever ser dirigida às partes directamente envolvidas. China e Brasil foram duas das dezenas de nações em desenvolvimento que não assinaram o comunicado final da cimeira de paz apoiada pela Ucrânia, realizada na Suíça, em Junho passado. A China faltou à reunião, insistindo na “participação igualitária” da Rússia e da Ucrânia. A Rússia não foi convidada para a cimeira. Sinais de diálogo Após a cimeira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Pequim de ajudar Moscovo a minar a reunião, que visou obter mais apoio internacional para uma solução baseada numa fórmula de paz de 10 pontos proposta por Kiev. O plano de paz da Ucrânia exige a retirada total das tropas russas dos seus territórios ocupados, incluindo a Crimeia e partes de quatro províncias do leste da Ucrânia. No entanto, têm surgido alguns sinais de que a Ucrânia e a Rússia estão dispostas a dialogar. No final de Julho passado, na sua primeira visita à China desde o início da guerra, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, disse ao seu homólogo chinês, Wang Yi, que Kiev está disposta a negociar se Moscovo agir de “boa-fé”. A Rússia afirmou que está aberta a conversações, mas que a Ucrânia deve primeiro abandonar a sua candidatura à NATO e retirar-se das suas quatro províncias mais a leste.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Li Hui aborda guerra com o Cardeal Matteo Zuppi O diplomata chinês conversou por telefone com o representante do Vaticano em busca de soluções de paz para o conflito na Ucrânia O representante especial do Governo chinês para os assuntos euro-asiáticos, Li Hui, agradeceu ontem o “empenho contínuo” do Vaticano em apaziguar o conflito na Ucrânia, durante uma conversa por telefone com o Cardeal Matteo Zuppi. Durante a chamada, Li expressou apreço pelo “empenho contínuo do Vaticano na mediação da crise e na prestação de assistência humanitária”, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Como enviado do Papa Francisco para a guerra na Ucrânia, Zuppi elogiou, em nome do pontífice, os “esforços incessantes” do Governo chinês na promoção da “paz e do diálogo” e de uma “solução política” para o conflito, segundo a mesma nota. As duas partes também trocaram “pontos de vista sobre a situação actual” da guerra e sobre o processo de negociações de paz, lê-se no comunicado. Li e Zuppi encontraram-se em Pequim em Setembro do ano passado, apesar de o Vaticano e a China não manterem relações diplomáticas desde 1951 e de o país asiático ter uma igreja “patriótica” oficial e uma igreja clandestina fiel a Roma. A visita do cardeal a Pequim marcou um avanço no processo de aproximação entre as duas partes. Por todo o mundo Li Hui visitou recentemente a Indonésia, África do Sul e Brasil para “trocar impressões com membros importantes do ‘sul global’ sobre a actual situação” na Ucrânia. O diplomata visitou também a Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Rússia em Maio passado para, segundo Pequim, “comunicar com todas as partes sobre uma solução política” para a guerra. Li encontrou-se entāo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem avisou que “todas as partes têm de criar condições para acabar com a guerra” e “iniciar conversações de paz”. Desde o início do conflito, a China tem mantido uma posição ambígua, durante a qual tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia, com a qual tem continuado a aprofundar as suas trocas comerciais.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim pede a Kiev e Moscovo para reduzirem tensões O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China apelou ontem a “todas as partes” envolvidas no conflito entre Rússia e Ucrânia para “reduzirem a tensão”, face à incursão de forças ucranianas em território russo. A diplomacia chinesa apelou, num comunicado publicado no seu portal, a três princípios: “evitar a expansão do conflito”, “evitar a escalada militar” e “abster-se de atiçar as chamas do confronto”. “A China continuará a trabalhar com a comunidade internacional para promover uma solução política para a crise”, lê-se na mesma nota. A Rússia está a lutar pelo sexto dia consecutivo contra as forças ucranianas que entraram na região de Kursk na terça-feira, provocando um êxodo em massa de russos das cidades fronteiriças. De acordo com os dados de domingo, pelo menos 84.000 pessoas deixaram as aldeias perto da fronteira ucraniana em Kursk nos últimos dias. Desde o início do conflito, a China tem adoptado uma posição ambígua sobre a guerra na Ucrânia, apelando ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, e ao respeito pelas “preocupações legítimas de segurança” de todas as partes, numa referência à Rússia. Pequim também negou que tenha vendido armas à Rússia e garante que mantém uma relação comercial “normal” com Moscovo, com quem intensificou as suas trocas comerciais nos últimos dois anos.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Enviado Li Hui diz que proposta de Pequim tem apoio de 110 países Os esforços da China para encontrar uma solução de paz para a guerra na Ucrânia receberam, segundo Li Hui, o apoio de mais de 100 nações O enviado especial de Pequim para os assuntos euro-asiáticos, Li Hui, afirmou na segunda-feira que a proposta de Pequim para pôr fim à guerra na Ucrânia tem o apoio de 110 países. Li Hui esteve no Brasil e na África do Sul, na semana passada, no âmbito daquela que é a sua quarta missão de paz, desde Maio do ano passado. A China tem procurado posicionar-se como parte neutra no conflito na Ucrânia, que já entrou no terceiro ano, apesar da sua crescente aproximação a Moscovo. Pequim procurou contrariar as críticas de que apoia a Rússia na sua campanha na Ucrânia e apresentou um documento composto por 12 pontos sobre o conflito, no ano passado, que foi recebido com cepticismo pelo Ocidente. Na África do Sul, a propósito do documento proposto por Pequim, Li disse que a China está disposta a reforçar a comunicação e a coordenação com o país africano e a promover a formação de uma “base comum mais alargada” que reúna o consenso internacional baseado “em seis entendimentos comuns”, segundo indicou na segunda-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado. Segundo a mesma nota informativa, Li afirmou que a proposta de Pequim recebeu “respostas positivas” de mais de 110 países. Tal como a China, a África do Sul não condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia e manteve um relacionamento activo com Moscovo durante a guerra. Joanesburgo também envidou esforços para pôr fim ao conflito, liderando uma delegação africana de paz a Kiev no ano passado. Foi uma das dezenas de nações em desenvolvimento, incluindo o Brasil, que não assinaram o comunicado final da cimeira de paz apoiada pela Ucrânia, realizada na Suíça, em Junho passado. A China faltou à reunião, insistindo na “participação igualitária” da Rússia e da Ucrânia. A Rússia não foi convidada para a cimeira. Após a cimeira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Pequim de ajudar Moscovo a minar a reunião, que visou obter mais apoio internacional para uma solução baseada numa fórmula de paz de 10 pontos proposta por Kiev. O plano de paz da Ucrânia exige a retirada total das tropas russas dos seus territórios ocupados, incluindo a Crimeia e partes de quatro províncias do leste da Ucrânia. No entanto, têm surgido alguns sinais de que a Ucrânia e a Rússia estão dispostas a dialogar. Limites traçados No final do mês passado, na sua primeira visita à China desde o início da guerra, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, disse ao seu homólogo chinês, Wang Yi, que Kiev estava disposta a negociar se Moscovo agisse de “boa-fé”. A Rússia afirmou que está aberta a conversações, mas que a Ucrânia deve primeiro abandonar a sua candidatura à NATO e retirar-se das suas quatro províncias mais a leste. Durante a sua visita ao Brasil, Li Hui afirmou que a integridade territorial de cada país deve ser respeitada, mas que as exigências para que a China pressione a Rússia a pôr fim à guerra são “irrealistas”. “A China não é participante no conflito. A Rússia é um país independente e soberano, um membro de pleno direito do Conselho de Segurança da ONU”, disse Li, citado pelo jornal brasileiro Folha de S. Paulo. “A China e a Rússia são parceiros estratégicos. Não podemos forçar a Rússia a fazer o que queremos”, vincou.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | NATO provoca “discórdia” A República Popular da China acusou a NATO de provocar a discórdia condenando directamente os comentários do secretário-Geral da organização, Jens Stoltenberg sobre o alegado apoio de Pequim à guerra da Rússia na Ucrânia. “Instamos (o Secretário-Geral da NATO) a deixar de culpar os outros e de semear a discórdia, e a não deitar ‘achas para a fogueira'”, disse Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa. Lin Jian, numa conferência de imprensa de imprensa em Pequim, sugeriu que Stoltenberg deve “fazer algo de concreto para uma resolução política da crise”, referindo-se à guerra na Ucrânia. “A realidade é que a China está a alimentar o maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e, ao mesmo tempo, quer manter boas relações com o Ocidente”, disse o líder da NATO. “A menos que a China mude de rumo, os aliados vão ter de impor um preço. Deve haver consequências”, defendeu Stoltenberg. Relativamente à questão da Ucrânia, Pequim apela regularmente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, o que inclui implicitamente a Ucrânia, mas também apela à consideração das preocupações de segurança da Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Tensões no país “podem amanhã estender-se à Ásia oriental”, diz PM japonês Fumio Kishida discursou na Cimeira da Paz, em Genebra, que reúne quase cem líderes de países e organizações para discutir soluções que possam pôr fim à guerra imposta pela Rússia à Ucrânia O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou no sábado, na Cimeira de Paz organizada pela Suíça para procurar soluções para a guerra russa na Ucrânia, de que as tensões causadas na Europa pelo conflito “podem amanhã estender-se à Ásia Oriental”. Kishida sublinhou o apoio do Japão à Ucrânia desde o início da invasão, há mais de dois anos, com a imposição de severas sanções à Rússia, reforçadas na passada quinta-feira com um acordo de assistência assinado entre ele e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Apraz-me ver que tantos países se reuniram aqui hoje com o objectivo comum de alcançar a paz na Ucrânia, uma paz que deve ser duradoura e assente nos princípios da Carta das Nações Unidas, que não admite justificação alguma para alterar o ‘statu quo’ pela força ou a coerção”, declarou. O chefe do executivo nipónico indicou que o Japão está especialmente interessado em cooperar num dos três pilares de discussão da cimeira, o da segurança nuclear, e expressou também a intenção de colaborar com a Ucrânia na segurança do seu abastecimento de electricidade e na remoção de minas terrestres nas zonas de combates. O leste da Ásia é uma das regiões com mais tensões latentes do planeta, devido a conflitos por resolver como os que existem entre as duas Coreias ou entre Taiwan e a China. A busca pela paz A Suíça acolheu entre sábado e domingo a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que junta representantes de quase uma centena de países e organizações, mas sem a participação da Rússia nem da China, entre outros ausentes de peso. Portugal foi representado pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e também pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. O objectivo da conferência, organizada pela Suíça na sequência de um pedido nesse sentido do Presidente ucraniano, é “inspirar um futuro processo de paz”, tendo por base “os debates que tiveram lugar nos últimos meses, nomeadamente o plano de paz ucraniano e outras propostas de paz assentes na Carta das Nações Unidas e nos princípios fundamentais do direito internacional”. A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente. A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infra-estruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014. Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram, entretanto, a concretizar-se.
Hoje Macau China / ÁsiaGuerra | Kiev pede à China que adira a cimeira de paz O ‘número dois’ da diplomacia da Ucrânia, Andriy Sybiha, pediu ontem, em Pequim, ao Governo Central que participe na cimeira de paz marcada para 15 e 16 de Junho, na Suíça. O primeiro vice-ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano falou com o homólogo chinês, Sun Weidong, sobre a situação na Ucrânia e os preparativos para a cimeira, de acordo com um comunicado da Embaixada da Ucrânia na China. No encontro, Sybiha disse que a participação da China na cimeira seria uma “excelente oportunidade para contribuir de forma prática para a conquista de uma paz justa e duradoura na Ucrânia”. O dirigente defendeu que a “única base para alcançar tal paz” é a fórmula defendida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Zelensky exige a retirada da Rússia de todo o território da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk (leste), Kherson e Zaporijia (sul), anexadas em Setembro de 2022. Sun e Sybiha sublinharam a importância de aderir aos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, incluindo o “respeito mútuo pela soberania e integridade territorial”, indicou a nota ucraniana. Num outro comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China referiu que Sun destacou a importância de “manter o respeito mútuo e a sinceridade nas relações bilaterais” e acrescentou que ambos os países devem “focar-se nos interesses fundamentais e de longo prazo dos respectivos povos”. Sybiha manteve também um encontro com o enviado especial chinês para a região da Eurásia, Li Hui, no qual foram novamente discutidas as relações entre a China e a Ucrânia, bem como a guerra no país europeu. A 31 de Maio, o país asiático tinha dito que seria difícil participar nesta cimeira se a Rússia não fosse convidada, declaração aprovada por Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina rejeita condicionar outros países para evitarem participar na cimeira de paz na Ucrânia A China negou ontem “ter pressionado” certos países para que não participassem na Cimeira de Paz na Ucrânia, contrariando comentários do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no fim de semana. “Utilizar a política da força não é o estilo da diplomacia chinesa (…). A posição da China é aberta e transparente e, em nenhum caso, exercemos pressão sobre outros países”, disse à imprensa Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Falando à margem de um fórum de segurança em Singapura no domingo, o Presidente Zelensky acusou a China de trabalhar para impedir países de participarem na Cimeira de Paz na Ucrânia, marcada para Junho na Suíça. Dois dias antes, Pequim tinha dito que seria difícil participar nesta cimeira se a Rússia não fosse convidada, declaração aprovada por Moscovo. “A China espera sinceramente que esta conferência de paz não se torne uma plataforma para criar confronto entre campos”, disse ontem Mao Ning. “Deixar de participar na conferência não significa que rejeitemos a paz (…). E mesmo que alguns países decidam participar na conferência, isso não significa necessariamente que estejam a esperar um cessar-fogo e o fim dos combates. O mais importante é uma acção concreta”, declarou o porta-voz chinês. Pé de igualdade A China afirma ser neutra nesse conflito, mas nunca condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro de 2022 e recebeu várias vezes o Presidente russo, Vladimir Putin, no seu território desde o início da guerra. Pequim apela regularmente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, o que implicitamente diz respeito à Ucrânia, mas também apela à consideração das preocupações de segurança da Rússia. “A China sublinhou repetidamente que a conferência de paz deve ser reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia, que todas as partes devem participar em pé de igualdade e que todos os planos de paz devem ser “objecto de uma discussão justa”, lembrou Mao Ning. “É difícil para a China participar nessa reunião precisamente porque acreditamos que estes três pontos podem não ser alcançados nesta reunião.” Mais de uma centena de países e organizações comprometeram-se a participar na cimeira, de acordo com Zelensky, que instou os países da região Ásia-Pacífico a aderirem.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Zelensky convida Xi e Biden para Cimeira de Paz de Genebra O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou ontem os homólogos dos Estados Unidos, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, a participarem numa cimeira de paz a realizar em Lucerna em 15 e 16 de Junho. “Apelo aos líderes mundiais (…), ao Presidente Biden, líder dos Estados Unidos, e ao Presidente Xi, líder da China (…): por favor, apoiem a cimeira de paz com a vossa liderança e participação”, disse Zelensky numa mensagem de vídeo. A Suíça enviou convites a mais de 160 delegações, mas a Rússia não foi convidada “nesta fase”, de acordo com o portal do Governo helvético dedicado ao evento no início de Maio. Os convidados incluem membros do G7, do G20, dos BRICS, muitos outros países de todos os continentes, bem como a UE, três organizações internacionais e dois representantes do mundo religioso. A Rússia, que lançou a sua invasão da Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022, fez saber – com duras críticas – que não está interessada em participar nesta conferência. O Kremlin deixou claro em várias ocasiões que não participaria em quaisquer negociações se Kiev não aceitasse a anexação pela Rússia dos cerca de 20 por cento do território ucraniano que ocupa actualmente. O Presidente Zelensky afirmou ontem que “mais de 80 países confirmaram a sua participação”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim diz ter “posição imparcial” e quer “pôr termo ao conflito” O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou ontem que a China sempre manteve uma posição “objectiva e imparcial” sobre a guerra na Ucrânia e o objectivo de Pequim é “parar” o conflito. “Promovemos conversações de paz. O nosso Presidente falou com todos os líderes mundiais, incluindo os da Rússia e da Ucrânia, e temos um representante especial que se deslocou à região para mediar. Todos os nossos esforços visam um objectivo: abrir caminho para acabar com o conflito e iniciar conversações de paz”, disse Wang Yi, numa conferência de imprensa, à margem da Assembleia Popular Nacional (APN), cuja sessão anual decorre esta semana, em Pequim. Wang acrescentou que a China “apoia a realização, em devido tempo, de uma conferência internacional de paz que seja reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia e que garanta a participação igualitária de todas as partes”. De acordo com o diplomata chinês, começam a estar reunidas as condições para explorar uma “saída para a crise”, uma vez que “cada vez mais pessoas começam a ver um resultado vantajoso para todos”. “A experiência passada mostra que um conflito, quando prolongado, tende a deteriorar-se e a escalar até um ponto impensável para as partes envolvidas. Na ausência de conversações de paz, as percepções e os erros de cálculo acumulam-se e podem conduzir a uma crise ainda maior”, defendeu. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês reiterou que “todos os conflitos têm de terminar na mesa das negociações” e que “quanto mais cedo as conversações começarem, mais cedo a paz chegará”. Wang afirmou que Pequim e Moscovo gozam de “confiança política mútua” e os dois países “vão aprofundar” a cooperação, o que “mostra um novo paradigma de cooperação entre grandes potências que é completamente diferente da era da Guerra Fria”.